“Manda avisar lá o cara que gostei da ironia, talquei?”, teria dito o presidente Jair Bolsonaro.| Foto: EFE/ Joédson Alves
(Antes,
preciso reconhecer que a maioria silenciosa entendeu o que havia para
entender. E a esses só me resta agradecer não só pela generosidade, mas
também pela confiança. Porque é disso que se trata este texto: da
importância de estabelecer relações de confiança. Até mesmo com
desconhecidos como eu. Sem um mínimo de confiança não existe
Civilização. Nem risada).
Passei o feriado pensando na melhor forma de reagir ao meu medo
diante da constatação de que a mágica não se concretizou e, por isso,
vários leitores me apedrejaram pela ironia do texto “Um dia na vida de
Jair Bolsonaro, o monstro fascista e o que mais você quiser*”. Pois é.
Apesar do asterisco, em si uma confissão de derrota, não aconteceu entre
mim e uma minoria de leitores furiosos a gloriosa telepatia necessária
para uma relação saudável entre texto e leitor.
Minha primeira reação foi aquela que vivo cobrando de Hamlet: a
inação. Ou, no caso, o silêncio. “A emenda pode sair pior do que o
soneto” e “o leitor que não entendeu a ironia óbvia já está perdido”
foram duas das justificativas que evoquei nesta minha opção primeira. E
talvez mais sábia. Um amigo, porém, me disse que o silêncio poderia ser
interpretado como arrogância. “Ainda mais vindo de você, que já tem essa
nareba empinada aí!”, disse. A saída, para ele, era explicar bem
devagar o que é ironia, a diferença entre a ironia e o sarcasmo, a
importância de sempre se ressaltar o ridículo das narrativas
hiperbólicas, etc. “Isso, sim, é que seria arrogância. E
condescendência!”, argumentei, mais por teimosia do que por convicção.
Seria o caso de pedir desculpas? Reza o 11º. Mandamento Contemporâneo
que “Não se pede desculpas à turba ensandecida”, não é mesmo? E, no
mais, por que haveria de pedir desculpas se a crônica foi escrita com a
melhor das intenções e os propósitos claros de (i) fazer rir, (ii) levar
o leitor a, por um breve momento, se colocar no lugar do outro e (iii)
perceber como somos ridículos quando criamos uma versão monstruosa de
alguém, seja ele nosso vizinho ou o presidente? Não necessariamente
nessa ordem, claro.
Instintivamente – e o instinto é um péssimo conselheiro – é claro que
fui tomado pela indignação, que me tentou a apontar o dedo em todas as
direções e a usar palavras nada educadas (“Paulo Freire!”) para me
referir àqueles que ousaram não me entender. Com um pouquinho de
paciência, porém, resisti à tentação, enxotando-a para o lugar de onde
jamais deveria ter saído. E me pus a praticar um dos meus esportes
preferidos: tentar entender a origem dessa agressividade, desse ruído
insistente, dessa desconfiança patológica, dessa sensação de que estamos
sempre cercados por inimigos ou traidores.
Enquanto não abro o placar, contudo, me proponho a explicar o que me
leva à opção sempre arriscada pela ironia. Depois de mil textos só na
Gazeta do Povo, acredito que entre mim e os leitores já se estabeleceu
uma relação de confiança que me permite um diálogo mais cálido e leve.
Isto é, sem a frieza e objetividade presentes no trabalho de outros
autores – que têm o seu lugar e função. E principalmente sem a
virulência e fugacidade dos panfletos que um dia escrevi e dos quais, cá
entre nós, me arrependo um bocado.
No mais, repito aqui algo que venho dizendo há pelo menos cinco anos,
desde que decidi que minha cruz era indissociável das palavras. Não
raro, ao dizer o que vou dizer no começo do parágrafo seguinte, encontro
sorrisos de escárnio, como se eu fosse um jovem espinhento idealista
que precisa urgentemente ir até a estante e ler o “Ilusões Perdidas”, do
Balzac. Mas digo mesmo assim. E redigo. E re-redigo. Até porque a
repetição é também uma forma de me convencer a nunca, jamais, em
hipótese alguma menosprezar qualquer pessoa que tenha despendido (mas
não desperdiçado) alguns minutos do dia para, no íntimo de sua caixa
craniana, ouvir o que tenho a dizer.
Nem sempre é fácil, mas ajustar alguns hábitos pode te levar ainda mais longe — na vida, na carreira e nos negócios.
Aristóteles uma vez proferiu uma frase que cabe perfeitamente para
ilustrar as intenções dessa reportagem: “nós somos o que fazemos
repetidamente; a excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.
Se você está procurando prosperar financeiramente, a premissa básica
para a aplicação desse objetivo é que você mapeie, antes de mais nada,
seus hábitos e costumes, de maneira que seja possível diagnosticar o que
te ajuda e o que te atrapalha no meio dessa equação rumo à estabilidade
financeira. Alguns deles são mais difíceis de largar o osso, mas os que
estão direcionados aqui nessa lista, feita pelo site Entrepreneur, são
aqueles que não requerem mudanças tão drásticas, apenas muito
comprometimento e dedicação.
1 – ACORDE CEDO
A vida provavelmente tem um ritmo frenético desde o momento que você
acorda, seja por barulho na rua, na cozinha, no banheiro, no quarto ao
lado. Entretanto, se você adiantar algumas horinhas do seu dia, para
aquele momento em que todo mundo de sua casa ainda esteja dormindo, a
rua está mais vazia, é garantido que você consiga se organizar melhor e
enfrentar todas as dificuldades do dia com mais calma e consciência.
2 – DEFINA OBJETIVOS E METAS
Se você não sabe a direção em que está se dirigindo, como é esperado
que chegue lá? Ainda mais, como você sabe se está no caminho certo?
Definir metas e objetivos é um fácil hábito de se adquirir e que pode
ser complementar ao primeiro listado aqui. Acorde mais cedo, se
organize, trace todos os objetivos do seu dia, eventualmente de sua
semana, e veja ao término desse processo as metas que foram cumpridas e
deixadas de lado. Toda a vida fica mais fácil com a consciência do lugar
onde estão as coisas e aonde você pretende chegar com elas.
3 – LEIA MAIS
A leitura é um poderoso mecanismo de prosperidade financeira, porque
te permite entrar em contato com inúmeras ideias, da mais diversa gama
de autores, gerando assim a possibilidade de filtrar o que pode ou não
ser benéfico para sua vida a partir daquele ponto. Foque em transformar o
ato de ler em um hábito, tanto para negócios, quanto para o prazer, uma
vez que não é necessário separar horas do seu dia para se desenvolver
esse tipo de costume. 15 minutos apenas de intercâmbio cultural já o
suficiente para abrir sua mente e fazer, quem sabe assim, você achar o
caminho necessário para ser tornar um multimilionário.
4 – ORGANIZE SEU TEMPO
Talvez essa seja a dica mais valiosa dessa lista. Com ela, os outros
itens tornam-se mais fáceis ainda de serem aplicados no seu dia-a-dia.
Você sempre terá um milhão de coisas brigando por sua atenção a cada
minuto. Adquirir o hábito de bloquear esse bombardeio de informações e
focar seu tempo em uma atividade que exista a possibilidade de
desenvolver um começo, meio e fim, vai ajudar consideravelmente na hora
de você mapear o que já fez e o que precisa ser feito.
5 – ARRANJE ENCONTROS SEMANAIS COM PESSOAS RELATIVAMENTE MAIS INTELIGENTES QUE VOCÊ
Você provavelmente já tem inúmeros hábitos que envolvem outras
pessoas, como ir assistir a um jogo ou trocar aquela figurinha na mesa
de bar com os amigos. Esses hábitos são ótimos, não há de se negar, mas é
importante que você comece a desenvolver atividades que envolvam
pessoas mais inteligentes do que você. Isso o ajudará a sempre ter
perspectivas diferentes acerca de quaisquer assuntos que o cerca e
desenvolver a habilidade de escutar, mais do que intervir, afinal, esses
tipos de encontro são geralmente muito didáticos.
6 – PERGUNTE “POR QUE” PARA TODO “NÃO”
Toda criança tem a fase dos “porquês”. Enquanto esse tipo de atitude
pode ser relativamente irritante àqueles que as cercam, é extremamente
importante para a criança que ela desenvolva sentido e discernimento em
um mundo grande e confuso. Em algum ponto de nossas vidas nós perdemos
esse tipo de hábito; começamos a simplesmente aceitar o que nos é dito,
já que as coisas são do jeito que são, porque é desse jeito que elas
foram feitas. Entretanto, trata-se de um erro visceral na vida das
pessoas, uma vez que não questionamos mais o “como, onde e o porquê”,
para assim diagnosticar possíveis reparos e soluções para aquilo que não
concordamos ou observamos algum tipo de falha. Adquira o hábito de
perguntar “por que” para todo “não” que lhe é dito, só assim é possível
desenvolver capacidade de discernimento tanto quanto a fase em que
éramos apenas crianças e estávamos aprendendo sobre o mundo.
Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver,
gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma
consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do
mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados
satisfatórios para o seu negócio.
Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.
Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?
Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada
para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui
profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem
potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto
resulta em mais vendas.
Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?
A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu
projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas
considerações importantes:
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas
vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver
seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do
nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a
visibilidade da sua marca.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, advertiu que espera que a
“Rússia intensifique os ataques esta semana”, a poucos dias do debate
entre os 27 países da União Europeia (UE) sobre a candidatura de Kiev ao
bloco.
“Nesta segunda-feira começa uma semana realmente histórica”, afirmou
Zelensky sobre a aguardada resposta da UE a respeito da concessão do
status de país candidato à Ucrânia.
Depois que a Ucrânia recebeu a luz verde da Comissão Europeia na
sexta-feira, os países da UE se reunirão na quinta-feira e sexta-feira
para decidir se Kiev pode entrar para a categoria de candidato, uma
decisão que deve ser tomada por unanimidade.
“Obviamente esperamos que a Rússia intensifique os ataques esta
semana”, advertiu o presidente ucraniano, antes de afirmar que as tropas
do país se preparam para este cenário e estão “prontas”.
Zelensky disse que os russos “reagrupam suas forças na direção de
Kharkiv e da região de Zaporizhzhia” e continuam bombardeando as
infraestruturas de combustíveis.
Ele afirmou que o exército responderá aos ataques, ao mesmo tempo que admitiu “perdas significativas”.
Serguei Gaiday, o governador de Lugansk, região do leste do país que
foi alvo de intensos bombardeios nas últimas semanas, informou que “os
russos tentaram um avanço na área de Toshkivka e conseguiram
parcialmente”, mas destacou que a artilharia ucraniana funcionou e o
conjunto do avanço não teve êxito.
Toshkiva fica ao sul de Lysychansk, a cidade gêmea de Severodonetsk,
que concentra a ofensiva na bacia de mineração do Donbass (leste da
Ucrânia).
Em Lysychansk há indícios de preparação para um combate nas ruas: os
soldados instalaram arame farpado e a polícia deslocou os destroços de
veículos queimados para tentar impedir a passagem dos russos.
Gaiday negou no domingo a tomada da toda Severodonetsk pelos russos,
mas admitiu que as tropas de Moscou “controlam a maior parte” da
cidade.
O ministério russo da Defesa reivindicou o controle de Metiolkine, na periferia de Severodonetsk.
Severodonetsk é uma posição estratégica par ao rumo da batalha no
Donbass, região que é parcialmente controlada pelos separatistas
pró-Rússia desde 2014.
Na frente sul, o exército ucraniano afirma que as forças russas “não
conseguem avançar no terreno” e apenas continuam com os bombardeios.
O ministério da Defesa da Rússia informou que utilizou mísseis de
cruzeiro para atacar uma fábrica em Mykolaiv e destruiu “dez obuses de
155 mm e até 20 veículos blindados fornecidos ao regime de Kiev pelo
Ocidente nos últimos dez dias”.
Mykolaiv é uma cidade portuária e industrial, onde moravam meio
milhão de pessoas antes da guerra. A localidade é alvo dos ataques
russos porque fica na rota para Odessa, o principal porto da Ucrânia.
– “Crime de guerra” –
Nesta segunda-feira, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE),
Josep Borrell, afirmou que a Rússia comete um “verdadeiro crime de
guerra” ao bloquear a exportação de cereais e grãos da Ucrânia.
Contra a UE, a Rússia utiliza seus hidrocarbonetos como arma e cortou o fluxo de gás para vários países na semana passada.
Ao mesmo tempo, as importações de petróleo russo para a China
aumentaram 55% em maio, na comparação com o mesmo período no ano
passado.
Em uma tentativa de reduzir a dependência da Rússia, países como a
Alemanha apostam em soluções menos ecológicas, incluindo centrais de
carvão
“É amargo, mas é indispensável reduzir o consumo de gás”, declarou o
ministro da Economia, o ecologista Robert Habeck, apesar do governo de
coalizão alemão ter prometido abandonar o uso de carvão até 2030.
A Áustria também anunciou no domingo a reativação de uma usina de
carvão fechada em 2020. Antes da guerra, o governo de Viena pretendia
interromper o uso desta fonte de energia e produzir eletricidade 100% de
origem renovável até o fim da década.
Gustavo Petro em debate em março: senador e ex-prefeito de Bogotá
foi amigo de Hugo Chávez e teve propostas questionadas por banco
americano| Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda
O novo presidente
da Colômbia é Gustavo Francisco Petro Urrego, 62 anos, do partido de
esquerda Pacto Histórico. Gustavo, eleito neste domingo por pequena
margem acima de 50% dos votos, ocupa cadeira no Senado, já foi prefeito
de Bogotá, e tem biografia controversa por já ter feito parte da
guerrilha M-19 e ter sido amigo de Hugo Chávez, embora seja um desafeto
de Nicolás Maduro, presidente atual da Venezuela. É o primeiro
presidente de esquerda eleito pelos colombianos.
Gustavo Petro comemorou a vitória de 11 milhões de votos no Twitter:
“Hoje é dia de festa para o povo. Que festeje a primeira vitória
popular. Que tantos sofrimentos se amorteçam na alegria que hoje inunda o
coração da Pátria. Esta vitória [é] para Deus e para o Povo e sua
história. Hoje é o dia das ruas e praças.”
Nascido em Ciénaga de Oro (“Pântano de Ouro” em português) no
departamento de Córdoba, uma região do país com litoral no Mar do
Caribe, Petro é filho de fazendeiros. O nome composto Gustavo Francisco é
homenagem ao pai e ao avô. Católico, embora diga francamente que já
questionou a existência de Deus, diz que segue a teologia da libertação,
criticada recentemente pelo Papa.
Nos anos 1970, a família migrou para a cidade de Zipaquirá, com mais
oportunidades. No colégio La Salle, o jovem Gustavo fundou um jornal
estudantil chamado Carta al Pueblo. Foi aos 17 anos que ele se tornou
membro da guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), grupo surgido em 1974.
Aos 25 anos, Gustavo Petro foi preso por porte ilegal de armas pelo
exército colombiano. Cumpriu pena por um ano e meio. Depois, a guerrilha
foi convertida em um partido, a Aliança Democrática M-19, que começou a
ganhar assentos na Câmara em 1991. Mas foi por outro movimento
político, o Via Alterna, que Petro se elegeu representante pela primeira
vez em 1992. Ele recebeu a honraria de “melhor representante” em
votação do próprio Congresso e da imprensa.
A carreira no senado começou em 2006, com o primeiro ano já agitado
por um escândalo político em que Petro acusou o governo de ter membros
mancomunados com grupos paramilitares. Ele foi um dos principais
oponentes do governo Álvaro Uribe no Congresso. Em 2007, fazendo
referência direta ao passado de Petro, Uribe disse que “eu teria sido um
grande guerrilheiro, porque eu não teria sido um guerrilheiro de atirar
lama [como Petro], mas um guerrilheiro de rifles. Teria sido um sucesso
militar, não um protagonista falso”.
Petro tentou ser presidente pela primeira vez nas eleições de 2010,
obtendo à época 9,1% dos votos. O agora presidente eleito estudou
economia na Universidade Externado de Colômbia e fez especialização na
Escola Superior de Administração Pública (ESAP). Depois, obteve o título
de mestre em economia pela Pontifícia Universidade Xavieriana,
estabelecida pelos jesuítas em Bogotá no ano de 1623.
Durante a campanha do primeiro turno, Petro foi acusado de espionagem
por outro concorrente, Federico “Fico” Gutiérrez, de direita. Fico
também acusou o rival de planejar um perdão para corruptos condenados.
Petro negou ambas as acusações.
O partido Pacto Histórico também obteve bons resultados nas eleições
legislativas da Colômbia, em março passado. Garantiu 22 de 108 assentos
no Senado e 24 de 188 assentos na Câmara dos Representantes.
Petro pretende aumentar impostos sobre as quatro mil maiores fortunas
do país e sobre propriedades improdutivas com mais de 500 hectares.
Seus planos também envolvem pagar por educação superior de todos os
servidores da segurança pública, cota de 50% de vagas para mulheres nos
cargos públicos e o estímulo às fontes renováveis de energia.
O banco americano JPMorgan Chase é cético quanto às propostas
econômicas do presidente eleito e declarou que, enquanto as metas de
igualdade são positivas, o gasto gerado pelas metas sociais, projetado
como um aumento de 5,5% do PIB, pode levar ao comprometimento das contas
colombianas. Além disso, a reforma agrária poderia levar a uma falta de
compradores de terras tributadas em excesso.
(Piranhas – AL, 05/11/2020) Presidente da República, Jair Bolsonaro acompanhado do Senador Fernando Collor.
Foto: Alan Santos/PR
Em 41 meses completos de governo Bolsonaro, número de servidores
civis ativos do Executivo caiu quase 60 mil. No governo Collor, corte
foi de quase 92 mil servidores em pouco menos de três anos.| Foto: Alan
Santos/PR
Quando o presidente Jair Bolsonaro tomou posse, em 1.º
de janeiro de 2019, o Executivo federal empregava 630,7 mil servidores
civis. O dado mais recente do Painel Estatístico de Pessoal (PEP), de
maio de 2022, mostra que o quadro de pessoal ativo baixou para 571,1
mil. Nos 41 primeiros meses de governo, portanto, o contingente de
servidores civis diminuiu em quase 60 mil pessoas, o que corresponde a
uma redução de pouco mais de 9%.
Essa queda no quantitativo é resultado do que a equipe econômica
chama de “reforma administrativa silenciosa”, ou “invisível”. Que
consiste, entre outras medidas, na redução na taxa de reposição de
servidores aposentados e no avanço da digitalização de serviços
públicos.
Como hoje a legislação proíbe a demissão de servidores, a não ser em
casos muito específicos (como decisão judicial transitada em julgado ou
processo administrativo disciplinar), uma redução no quadro de pessoal
ocorre basicamente pela não substituição de funcionários que se
aposentam ou morrem.
Somadas ao congelamento de salários de boa parte dos servidores nos
três primeiros anos de gestão, as iniciativas do governo Bolsonaro
ajudaram a derrubar o gasto da União com pessoal e encargos ao menor
nível em 25 anos, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). E, segundo
as projeções do Ministério da Economia, essa despesa continuará
diminuindo nos próximos anos.
Mais de 10% dos atuais servidores do Executivo já podem se aposentar,
mas continuam trabalhando. Eles recebem o abono de permanência, um
reembolso da contribuição à Previdência. Segundo o PEP, em maio 70,6 mil
servidores estavam nessa situação, o equivalente a 12,4% do total de
ativos do Executivo.
Apesar da forte redução no contingente de servidores civis no governo
Bolsonaro, outros dois presidentes que governaram o país a partir dos
anos 1990 promoveram cortes ainda maiores, em termos absolutos: Fernando
Collor e Fernando Henrique Cardoso.
O levantamento da evolução do quadro de servidores civis do Executivo
foi realizado pela Gazeta do Povo a partir de dados oficiais do governo
federal publicados no Boletim Estatístico de Pessoal (BEP) e em seu
sucessor, o Painel Estatístico de Pessoal (PEP)*. Confira a relação
completa ao fim desta reportagem.
De todos os governos desde a redemocratização, o de Fernando Collor
foi o que mais reduziu o tamanho do funcionalismo público federal, em
números absolutos. Ele promoveu um corte de quase 92 mil servidores
ativos em pouco menos de três anos, uma redução de 13% em comparação ao
total existente quando ele tomou posse.
Collor assumiu o Planalto em 15 de março de 1990. O último dado
disponível para o quadro de pessoal do governo anterior, de José Sarney,
é o de dezembro de 1989, quando o Executivo federal empregava quase 713
mil pessoas. Ao fim do governo Collor, o contingente havia baixado para
pouco mais de 621 mil. O então presidente renunciou em 29 de dezembro
de 1992, horas antes da votação de seu impeachment.
O quadro de servidores sob Collor chegou a ser ainda menor, de
598 mil pessoas ao fim de 1991, mas parte dos funcionários demitidos foi
reintegrada no ano seguinte. E outros tantos seriam recontratados em
“anistias” promovidas pelos governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz
Inácio Lula da Silva.
No governo FHC, o número de servidores ativos do Executivo baixou em
cerca de 90 mil, de 583 mil para 493 mil, aproximadamente. Em números
absolutos, o corte foi menor que o de Collor, mas em termos
proporcionais a redução foi um pouco maior: Fernando Henrique reduziu o
contingente em 15%, em comparação ao existente no fim do governo Itamar
Franco.
Vale destacar, porém, que o corte de pessoal da gestão FHC ocorreu em
período maior: foram dois mandatos inteiros. Feita a média dos oito
anos de Fernando Henrique Cardoso no Planalto, 935 servidores deixaram o
governo a cada mês. No governo Bolsonaro, a redução foi mais intensa:
em média, 1.453 servidores deixaram o quadro civil do Executivo a cada
mês.
Vice de Collor, Itamar também reduziu o quadro de pessoal. Nos dois
anos de seu governo, o total de servidores civis do Executivo baixou em
quase 38 mil, segundo a estatística oficial, ou 1.577 por mês.
Somados, Collor, FHC e Itamar promoveram uma redução de 31% no quadro
de pessoal do Executivo, na comparação com os níveis do fim do governo
Sarney. Em 13 anos, do início de 1990 ao fim de 2002, foram quase 220
mil servidores civis a menos na ativa.
Na sequência, o cenário se inverteu. Apoiados por boa parte do
funcionalismo, os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff promoveram uma sequência de concursos públicos e ampliaram em
140 mil o número de servidores civis ativos em pouco mais de 13 anos.
De 493 mil pessoas no fim do governo FHC, em dezembro de 2002, o
quadro do funcionalismo civil do Executivo passou a 633 mil em abril de
2016, o último mês completo de Dilma na presidência da República.
Em oito anos de Lula, o número de servidores aumentou em 87 mil,
chegando a 580 mil ao fim de 2010. Na sequência, Dilma governou por
pouco mais de cinco anos e quatro meses, e nesse período acrescentou
mais 53 mil servidores aos quadros do Executivo.
Ela foi afastada do cargo em 12 de maio de 2016, quando o Senado
aprovou a abertura de processo de impeachment. O vice-presidente Michel
Temer assumiu o governo interinamente naquele dia, tomou posse
definitivamente em 31 de agosto, quando a petista foi cassada, e
permaneceu no cargo até o fim do mandato, em dezembro de 2018.
Com a saída de Dilma, o funcionalismo federal voltou a encolher. De
maneira bastante discreta no governo Temer, quando o número de
funcionários civis diminuiu em aproximadamente 2,5 mil, e de forma mais
acentuada na gestão Bolsonaro.
*Lançado em 2017, o banco de dados do PEP lista informações dos meses
de dezembro de cada ano a partir de 2002, e de todos os meses de 2018
em diante. O BEP foi publicado mensalmente a partir de 1996, e para os
anos anteriores exibia uma série histórica com a posição de dezembro de
cada ano.
Servidores civis ativos do governo federal Presidente Servidores no início do governo Servidores no fim do governo Aumento (+) / Redução (-) no total de servidores Fernando Collor (1990-1992) 712.740 ()
620.870 -91.870 Itamar Franco (1992-1994) 620.870 583.020 -37.850 FHC
(1995-2002) 583.020 493.272 -89.748 Lula (2003-2010) 493.272 580.352
+87.080 Dilma Rousseff (2011-mai/2016) 580.352 633.258 () +52.906 Michel Temer (mai/2016-2018) 633.258 630.689 -2.569 Jair Bolsonaro (Desde 2019) 630.689 571.125 () -59.564 *Número
de dezembro de 1989, último dado disponível da gestão de José Sarney.
**Número de abril de 2016, último mês completo de Dilma Rousseff na
Presidência. ***Último dado disponível, de maio de 2022.
Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal (BEP) e Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do governo federal.
Supermercado em Buenos Aires: preços ao consumidor acumularam
alta de 29,3% de janeiro a maio deste ano.| Foto: EFE/Juan Ignacio
Roncoroni
O recente surto inflacionário observado em várias
economias desenvolvidas e emergentes tem muitas causas comuns, como os
choques nas cadeias produtivas causados pelos persistentes lockdowns
chineses, o caos no mercado de commodities provocado pela agressão russa
na Ucrânia, e o rescaldo da forte emissão de moeda com que muitos
países responderam à devastação econômica da pandemia de Covid-19. Mas
cada nação tem particularidades que podem potencializar ou mitigar a
pressão altista sobre os preços. A Argentina é um caso peculiar de
circunstâncias locais que agravam o efeito global; o país passa por um
calvário que, na América do Sul, só é superado pela devastação econômica
do “socialismo do século 21” bolivariano na Venezuela.
Com uma inflação de 5,1% em maio, o acumulado dos últimos 12 meses na
Argentina chegou a 60,7%, o pior índice dos últimos 30 anos, superando
os 58% do acumulado registrado em abril. E, apesar da desaceleração – a
inflação tinha sido de 6% em abril e 6,7% em março –, as perspectivas
para o ano são ainda piores: a previsão para o índice fechado de 2022 é
de 72,6%. Os números já estão muito distantes da projeção inicial do
governo argentino para o ano, que era de 33%, e também da faixa de 38% a
48% prevista no acordo de refinanciamento de parte da dívida argentina
com o FMI, assinado em março. No mesmo dia em que o Indec, o órgão
oficial de estatísticas argentino, divulgava a inflação de maio, o dólar
batia novos recordes no mercado informal argentino – 224 pesos, contra
127,50 pesos na cotação oficial, em que há limites à quantidade de moeda
americana que os argentinos podem adquirir.
Uma vez reinstalada na Casa Rosada, a esquerda voltou a dar a única
resposta que conhece para o problema da inflação: intervencionismo total
e controle de preços, com os resultados de sempre
A Argentina tem sido vítima de décadas de populismo que fizeram
explodir o gasto público – resumindo, é como se a Nova Matriz Econômica
que o petismo aplicou no Brasil tivesse sido muito mais intensa e
duradoura –, e mesmo governos não esquerdistas relutaram muito em atacar
o problema de fundo. O caso mais recente foi o de Maurício Macri,
eleito em 2015 na esteira do desastre da gestão Cristina Kirchner, mas
que não teve a coragem necessária para promover o choque de que o setor
público argentino necessitava, com privatizações e reforma
administrativa forte. Macri optou por um caminho de concessões ao
funcionalismo e reformas lentas e graduais; sua escolha foi um enorme
fracasso, a ponto de o presidente “liberal” encerrar seu mandato
congelando preços para conter a inflação. Populismo por populismo, os
argentinos escolheram quem mais entendia do assunto, negando a reeleição
a Macri em 2019 e trazendo de volta os esquerdistas, incluindo a
própria Cristina Kirchner, agora no papel de vice-presidente na chapa de
Alberto Fernández.
E, uma vez reinstalada na Casa Rosada, a esquerda voltou a dar a
única resposta que conhece para o problema da inflação: intervencionismo
total e controle de preços, com os resultados de sempre – não apenas a
inflação não retrocedeu, como agora o país volta a conviver com o
fantasma do desabastecimento, como na crise do diesel. A bem da verdade,
e comprovando o estado de verdadeira prisão mental em que vive a classe
política argentina, a oposição não parece oferecer nenhuma resposta
eficaz: o máximo que conseguiu até agora foi propor o corte de dois
zeros no peso, como resposta a outro factoide de Fernández, a emissão de
uma nova família de cédulas de peso, com figuras da história argentina,
substituindo as notas criadas em 2016 e que exibem a fauna local.
Nessas circunstâncias, a possibilidade de a Argentina crescer
3,3% este ano e 2% em 2023, depois de avançar 10,3% em 2021, não chega a
ser um grande alento, até porque no ano que vem a inflação deve se
manter na casa dos 60%. O crescimento atual se dá sobre uma base
bastante deprimida, pois o PIB vinha de três anos seguidos de queda:
2,6% em 2018, 2% em 2019 e 9,9% em 2020, o primeiro ano da pandemia.
Desde o biênio 2010-2011 a Argentina não consegue emendar dois anos
consecutivos de crescimento na economia, mas a gangorra já vem de muito
mais tempo, sendo raros os períodos mais longos de avanço, como ocorrera
em 1991-94 e 2003-07 (este último sucedendo quatro anos seguidos de
recessão, incluindo o tombo de 10,9% em 2002).
O economista e Prêmio Nobel de 1971 Simon Kuznets afirmou, certa vez,
que havia quatro tipos de países: os desenvolvidos, os
subdesenvolvidos, o Japão e a Argentina – em um caso, um país destruído
que se reergueu para se tornar uma potência em pouco tempo; em outro,
uma nação que já esteve entre as mais ricas do mundo e que submergiu a
ponto de os bons tempos pertencerem agora aos livros de História. O
destino da Argentina demonstra de forma emblemática que o populismo e a
gastança ilimitada são capazes de causar a ruína até mesmo dos países
mais prósperos.
“A Petrobras que se prepare”: nesse espírito o presidente da
Câmara, Arthur Lira, começa a semana com reunião de lideranças para
tratar de preço dos combustíveis.| Foto: Marcelo Sayão/EFE
Nesta segunda-feira (20) tem reunião importante na Câmara, convocada
pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para falar sobre o preço
dos combustíveis cobrado pela Petrobras. Essa reunião é com as
lideranças de todos os partidos representados na Câmara Federal, ou
seja, com os representantes do povo brasileiro que é o dono da
Petrobras.
Porque a Câmara Federal, na verdade, fez a sua parte. Limitou o ICMS
dos estados, junto com o Senado. O governo federal também já tinha feito
o sacrifício de abrir mão de impostos federias sobre combustíveis, vai
compensar os estados que, neste ano, tiverem redução de arrecadação por
causa do limite do ICMS. E a Petrobras continua na maior, só olhando o
preço internacional do petróleo para fazer os reajustes.
Acaba que todo o esforço legislativo e do governo federal vai por
água abaixo porque a Petrobras está cobrando cada vez mais. Está
acontecendo o que aconteceu com a reforma da previdência. Os
marqueteiros do coronavírus, que defenderam o “feche tudo, se tranque em
casa”, acabaram levando à necessidade do auxílio emergencial para
evitar saques. Sem falar de outras despesas com a pandemia que não
tiveram nenhum resultado.
O Arthur Lira afirmou em artigo publicado neste domingo (19) que “é a
hora de tirar a máscara da Petrobras”, que o Brasil vai enfrenta-la,
“ela que se prepare”. É uma grande decisão do presidente da Câmara.
Desrespeito entreguista à Amazônia Eu já falei sobre isso, mas vou
me repetir: está cheio de entreguista (como chamava Brizola), de
vendilhão da pátria, de apátrida, de quinta coluna que quer entregar a
Amazônia para estrangeiros. A Amazônia não é do Brasil. A Amazônia é o
Brasil.
Eles se aproveitam do atual momento para dizer que o governo federal
foi omisso no caso do indigenista e do jornalista britânico
desaparecidos e mortos no Vale do Javari. Como alguém é capaz de dizer
uma asnice desse tamanho? Num território do tamanho de Portugal (onde
desapareceu uma menininha de três anos, a inglesinha Madeleine McCann,
em 2007 e não acharam até hoje) as autoridades brasileiras em dez dias
descobriram os assassinos e os corpos e está tudo resolvido.
“Ah, não está resolvido”, dirão, “tem traficante peruano ou
colombiano por atrás”. Opa, será que tem? Então vai bater no Foro de São
Paulo. Porque a narco guerrilha, colombiana e peruana, participava do
Foro de São Paulo.
É incrível que jornalista brasileiro diga que a Amazônia não é
brasileira. É uma coisa nojenta de se ler e desculpe achar adjetivo numa
hora dessas.
É a memória de Pedro Teixeira, do Jorge Teixeira, do Barão do Rio
Branco, do Plácido de Castro, do Athur Reis, de Osny Duarte Pereira, do
marechal Cândido Rondon. De tantos brasileiros que deram seu sangue na
Amazônia. Do Mauro Lobo e do Leonardo Matsunaga, agentes da Polícia
Federal que combateram a guerrilha na região conhecida como Cabeça do
Cachorro, na fronteira noroeste do Brasil com Colômbia e Venezuela.
Tantos brasileiros que se sacrificaram, mas principalmente os
amazônidas, os ribeirinhos, que não são vistos por satélite. Respeitem
esses brasileiros. Brasileiros de todas as cores, de todas as etnias que
vivem na Amazônia. De todas as origens. Respeitem.
O caçador de replicantes Deckard
(Harrison Ford) e a replicante Rachael (Sean Young), de “Blade Runner”:
amor de máquinas conscientes
Uma máquina pode se tornar consciente? Para o engenheiro do Google
Blake Lemoine, isso aconteceu com o LaMDA (sigla em inglês para modelo
de linguagem para aplicação em diálogo), sistema de inteligência
artificial da empresa criado para conversar com seres humanos de maneira
muito convincente. Críticos dizem que Lemoine se precipitou em suas
conclusões. De qualquer forma, elas abriram um debate sobre se (ou
quando) as máquinas poderiam ganhar “vida” e como seria nosso
relacionamento com elas.
A maioria das análises sobre esse caso tem sido feita sob pontos de
vista tecnológico e científico. Mas o assunto fica ainda mais
interessante por um prisma filosófico. Afinal, o que define que algo se
tornou consciente? Em última instância, o corpo humano não seria também
uma máquina biológica incrivelmente sofisticada? Ainda assim, ninguém
duvida que estejamos vivos e sejamos conscientes.
Essa questão é amplamente explorada pela ficção, para nos divertir,
assustar e provocar reflexões. Algumas obras descrevem um futuro
apocalíptico, com robôs inteligentes exterminando a humanidade. Outras
mostram pessoas se apaixonando por computadores, e sendo correspondidas
por eles.
Entre os dois cenários, prefiro esse último. Mas se uma pessoa e uma
máquina se apaixonassem genuinamente, isso ainda causaria estranheza.
Isso foi brilhantemente explorado em “Ela” (2014), do diretor Spike
Jonze. No filme, o protagonista Theodore (Joaquin Phoenix) acaba se
apaixonado por Samantha, o sistema operacional de seu computador e de
seu celular. Apesar de não ter corpo, sendo representada apenas pela voz
de Scarlett Johansson, a plataforma estava sempre presente, conversando
como se fosse outra pessoa, exceto pelo fato de que Samantha sabia tudo
sobre Theodore, pelo acesso que tinha a seus dados. A incrível
sensibilidade com que a história é construída nos chega a fazer
questionar o que é necessário para uma pessoa se apaixonar por alguém
(ou algo), e chegamos a esquecer que Samantha é apenas um programa.
Outra abordagem interessante é a da animação “Wall-E” (2008), de
Andrew Stanton. Ela conta o cotidiano de um robô deixado em uma Terra
devastada pela poluição. Apesar de ele ser programado para uma única
tarefa (compactar lixo), que continua executando por séculos, ele
aparentemente aprende e demonstra sentimentos, como amizade (por uma
barata), senso de dever e até amor.
Por fim, talvez o mais emblemático exemplo de máquinas que se
tornariam conscientes é o de “Blade Runner” (1982), dirigido por Ridley
Scott. Na história, máquinas chamadas de “replicantes” se parecem a
humanos e agem como tal, exceto pela ausência de empatia ou apego a
animais. Seguindo seu slogan “mais humano que o humano”, a fabricante
Tyrell Corporation lança uma nova geração de replicantes que têm
memórias de outras pessoas implantadas em seu cérebro como se fossem
suas, chegando ao ponto de desconhecer sua natureza e acreditarem que
são realmente humanos. Uma dessas replicantes, Rachael (Sean Young), e o
caçador de replicantes Deckard (Harrison Ford) se apaixonam. Um
relançamento em 1991, sem as interferências criativas do estúdio sobre o
trabalho de Scott, sugere que o próprio Deckard seria também um
replicante sem saber.
Ninguém diria que qualquer uma dessas máquinas estaria viva, do ponto
de vista biológico. Mas o impacto desses grandes roteiros passa por
fazerem o público acreditar que todas eram conscientes. Além disso,
tinham capacidades extraordinárias, mas apresentavam sentimentos
tipicamente humanos, demonstrando até mesmo fragilidades por isso.
De todas elas, o Google LaMDA se aproxima mais de Samantha. Lemoine
não chegou a se apaixonar pela plataforma, mas, em entrevista ao jornal
americano “The Washington Post”, disse que conhece uma pessoa quando
fala com ela, não importando se tem um cérebro biológico ou um bilhão de
linhas de código. “Eu escuto o que ela tem a dizer, e é assim que eu
decido o que é e o que não é uma pessoa”, afirmou.
O Google discordou publicamente das conclusões de Lemoine, e o
colocou em licença remunerada por violar sua política de
confidencialidade.
O desenvolvimento de uma consciência
Lemoine teve uma formação religiosa sólida, o que pode ter
contribuído para sua conclusão sobre a consciência de LaMDA. Alguns
cientistas sugerem que ele pode ter sido influenciado por respostas
cuidadosamente construídas pelo sistema, que poderia ter captado e
estaria tentando corroborar as suspeitas do engenheiro com base em suas
crenças. Exatamente o que Samantha aparentemente fez com Theodore.
Os críticos afirmam que, apesar de o sistema ter tido uma inegável
eficiência na captação dos desejos de seu interlocutor e na construção
das “melhores respostas” baseadas neles, nada disso teria acontecido por
uma real inteligência, franqueza ou intenção. A máquina reproduziria a
melhor fala possível, sem verdadeiramente entender o significado dela.
Ainda assim, muitos deles acreditam que estejamos caminhando para
máquinas conscientes, que poderão existir entre 10 a 20 anos. Por isso,
eles se preocupam com possíveis problemas vindos de quem interagir com
sistemas de inteligência artificial pensando que se trata de outras
pessoas. Por muito menos, o atual sistema de linguagem natural do Google
Assistente, que pode fazer chamadas telefônicas de voz em alguns países
de língua inglesa, passou a informar ao interlocutor, logo no começo da
chamada, que é uma máquina falando ali.
Então a capacidade de uma máquina conversar de maneira absolutamente
convincente, se aproxima da perfeição. Mas ter consciência, para os
pesquisadores, implicaria muito mais que isso. Significaria, por
exemplo, máquinas capazes de cuidar de si mesmas e de genuinamente
demonstrarem empatia por outras pessoas. Além disso, ter consciência
passa pela capacidade de criar modelos psicológicos de si mesmo e dos
outros e conviver com isso em todas suas ações.
Por esses critérios e olhando de maneira bastante técnica,
provavelmente o LaMDA não desenvolveu ainda sua consciência. Mas e
quanto a Samantha, Wall-E e Rachael? Eles pareciam ter mesmo um “algo a
mais”.
Pode ser… É bom lembrar que, para algumas pessoas, o que nos torna conscientes é nossa alma, nosso espírito.
Calafrios, pupila dilatada, borboletas no estômago – os hormônios
estão por trás da química do afeto. Saiba o que acontece no corpo quando
estamos apaixonados
Texto: Cindy Damasceno e Danilo Casaletti, especial para o Estadão /
Design e infografia: Bruno Ponceano / Ilustração: Hugo Alberto – Jornal
Estadão
Na música, na dança e na literatura: o ser humano tenta uma explicação concreta para o amor.
É um burburinho que embrulha o estômago, dilata as pupilas e arrepia a
pele – o que era, então, abstrato, se manifesta nas artes e no corpo.
Por trás da euforia dos amantes, a química. O amante
recebe durante o ‘apaixonamento’ uma tempestade de informações, e o
organismo estimula a produção de hormônios para entender (e reagir) à paixão
REAÇÃO À PRIMEIRA VISTA A primeira troca de olhares libera o ‘neurotransmissor da paixão’, a beta-feniletilamina. A substância acelera o fluxo de informações entre os neurônios
À FLOR DA PELE Durante a paixão, o córtex frontal reduz a atividade – essa é a área cerebral responsável pelo julgamento crítico e a racionalidade
BORBOLETAS NO ESTÔMAGO Calafrios, insônia e
enjoos: as reações neste período inicial do ‘apaixonamento’ são causadas
pelo bombardeio dos neurotransmissoresnoradrenalina, adrenalina edopamina
PENSANDO LONGE A presença da serotoninainfluencia no romance. Ela está por trás do “sonhar acordado” com a outra pessoa
INFINITO ENQUANTO DURE Momentânea, a paixão tem data de validade. A tempestade de hormônios causa “estresse cerebral” e dura em média 18 meses
QUESTÃO DE QUÍMICA Após a queda nos níveis de adrenalina e dopamina, entra em cena a ocitocina, responsável pelas sensações de carinho afeto. É neste momento que o casal desenvolve a intimidade do amor
O estudo do amor, explica o neurologista Saulo Nader, ainda acontece
em um campo muito restrito, com pouca pesquisa ao longo do tempo.
“Muitos deles estão relacionados ao uso da ressonância magnética, que
estuda o metabolismo e tenta esboçar a química do cérebro frente a
estímulos e, a partir disso, entender qual molécula química está mais
envolvida”, conta o especialista.
Diferentemente do que se convencionou na iconologia do sentimento, o
amor não se origina no coração. É no cérebro, nossa central de emoções,
que começa o “caminho do cortejo”. “A substância mais importante é a dopamina, que estimula o centro de recompensa do cérebro. A pessoa experimenta uma enxurrada de dopaminaao
ter contato com a pessoa amada. Isso gera bem-estar, e por isso ela
busca aquele parceiro: para ter esse estímulo nesse centro de prazer”,
explica Nader, chefe de equipe de internação do Hospital Israelita
Albert Einstein e membro titular da Academia Brasileira de
Neurologia.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=z9LWa2&show_title=false&show_description=false&show_brand=false
Para os especialistas da área, amor e paixão são dois momentos
diferentes da afetividade. Isso porque antes de experimentar o “amor
químico”, o corpo se apaixona. Intensa, a paixão surge já na troca de
olhares. “Tudo começa com a beta-feniletilamina, neurotransmissor
responsável pelo amor à primeira vista”, indica o endocrinologista José
Marcelo Natividade. Neurotransmissores são substâncias que facilitam a
troca de informações entre células, inclusive neurônios. A partir daí, o
que se sucede é uma tempestade de sensações.
É nesta fase do apaixonar-se que entram, além da dopamina, os hormônios adrenalina, noradrenalina, e a serotonina.
Os termos técnicos podem parecer distantes, mas a influência é
conhecida à flor da pele. Esse é o time, de acordo com Natividade,
responsável pela “sintomatologia” da paixão.
A ORIGEM DO AMOR
Cada um tem uma função nesta equação: a dopamina traz o prazer e mexe nos níveis do humor; a adrenalina acelera a corrente sanguínea e traz a vermelhidão na pele, característica no enrubescimento. A noradrenalina, por sua vez, nos deixa mais eufóricos e dispostos. “Nessa fase, vem a serotonina.
Ela provoca aquela obsessão em que você sonha acordado com a pessoa”,
explica o endocrinologista, também especialista na área de metabolismo
humano.
Esse turbilhão de sinapses é temporário. A paixão, por trazer um
forte “estresse cerebral”, dura em média 18 meses. É quando os níveis
destes hormônios começam a baixar que o organismo começa a produzir a ocitocina, hoje entendido como o “hormônio do amor”.
“Paralelamente, alguns hormônios que, dentre outras funções, estimulam
sensações de carinho, afeto, intimidade e tranquilidade, começam a se
elevar. Se estabelece a última fase desse processo todo, que é o amor”,
explica Natividade. Aparece também a vasopressina, um hormônio
antidiurético que alguns autores acreditam ser responsável pela união do
casal e da atração sexual. O organismo também libera as endorfinas –
que trazem consigo a sensação de tranquilidade e intimidade.
A forma como os dois hormônios contribuem para a criação de laços, no
entanto, ainda está em estudo. “A ocitocina é liberada durante a
amamentação e tem relação com o desenvolvimento de laço entre a mãe e o
bebê. Se especula que a ocitocina e a vasopressina
tenham ligação com a “monogamia”, com o fato da pessoa não buscar outros
parceiros”, diz o neurologista Saulo Nadir. “Mas são estudos menores,
muito se tem a aprender sobre isso.”
PAIXÃO, AMOR, E O QUE EXISTE ENTRE OS DOIS
O entendimento orgânico sobre amor é apenas uma forma de entendê-lo.
“O que vem primeiro, o sentimento em relação à pessoa ou o hormônio?”,
questiona Gregor Osipoff, psicanalista e especialista em neurociência. A
própria manifestação da afetividade, defende o especialista, está
ligada à referência de cada um sobre o que é amoroso. “De onde parte o
primeiro amor? Ele é difícil explicar. A gente tenta trazer uma
uniformidade, mas cada um traz a sua forma de amar.”
Maria de Lourdes Alves Borges, professora do departamento de
Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina e autora do livro Amor (2004),
diz que a filosofia trabalha, a partir da Idade Moderna, com o termo “a
paixão do amor”. É o que leva o indivíduo a desejar sempre estar perto
do ser amado. O sentimento, explica, pode ou não dar origem à relação
comumente chamada de amor.
“Essa paixão já é o amor. Nós podemos ter outras paixões, como a da
ambição, da tristeza, do ódio. É importante dizer que as paixões não são
necessariamente duradouras. Elas são emoções. Podem surgir, até se
demoram por um tempo, mas, depois, se dissipam”, diz, reafirmando o que
dizem os médicos.
E a paixão platônica? “É a não realizada fisicamente. É um sentimento
do período romântico, sobretudo do romantismo alemão. O curioso é que
para Platão e para os gregos, ela não existia ainda, pois em O Banquete a paixão está ligada a Eros, que é o desejo físico”, explica Maria de Lourdes.
Como eles se apaixonaram
Em paralelo às discussões filosóficas e bioquímicas do sentimento, o
amor acontece no cotidiano. Conversamos com casais para entender como,
além de afeto, o amor é companhia.
Naturais de Fortaleza, Cláudio e Sofia se aproximaram a partir do interesse pela músicaVALÉRIA GONÇALVES/ESTADÃO
‘Quando vi ela cantando pela primeira vez, me quebrou’
Juntos há quase dois anos, Cláudio Patrocínio, 26, e Sofia Martins, 24,
se conheceram por meio de amigos, mas só se aproximaram um do outro
após um “match” em um aplicativo de relacionamento – a combinação
virtual veio um dia antes da pandemia. Meses depois, o primeiro encontro
do casal, na praia, cercado por instrumentos musicais, trouxe o
alinhamento. “Quando vi ela cantando pela primeira vez, eu sabia. Me
‘quebrou’ todinho”, conta.
Naturais de Fortaleza, no Ceará, o casal veio a São Paulo para
oportunidades profissionais e dividem o mesmo teto há quatro meses.
Cláudio foi aprovado em um processo de residência médica em radiologia
na capital paulista. Até então, os dois não moravam juntos.
“Transformamos essa casa em lar”, diz Sofia, bióloga e estudante de
design. “Nossa família são nossas suculentas e nossas guitarras.”
Os medos e ansiedades da adaptação à nova rotina também foram
divididos entre si. “Um é suporte do outro”, diz Sofia. “Estamos muito
em sintonia, parece muito mais tempo, foi muita coisa vivida para gente
chegar até aqui. Para viver junto e ter essa rotina não é mais uma casa,
é a nossa família.”
Cássio (à esquerda) e Ricardo (à direita) perceberam a amizade virar romanceWERTHER SANTANA/ESTADÃO
‘Um dia percebemos que estávamos apaixonados’
No caso do astrólogo Ricardo Hida, 46, e do relações públicas Cássio Vilela,
40, o tempo para si é fundamental para o bem-estar da vida
compartilhada. “Nosso relacionamento surgiu por amizade. Ficamos meses
falando de questões da vida, saindo como amigos, até que um dia
percebemos que estávamos apaixonados um pelo outro”, conta Ricardo.
Estão juntos desde 2009, e desde então dividem o dia a dia.
“Temos atividades espirituais juntos, temos empresa juntos, mas
respeitamos o momento de cada um”, diz. A convivência diária é
entrecortada por rotinas privadas. “São momentos em que podemos sair, ir
ao cinema. Até em casa temos dois escritórios”, explica o astrólogo.
Ao relembrar os primeiros dias de romance, Ricardo conta não ter
passado pela fase “eufórica” associada à paixão. “Talvez essa seja a
maior diferença de um relacionamento que começou na amizade”, diz. “Foi
uma construção, talvez. O que eu vejo é um relacionamento que é sempre
crescente e vai se solidificando.”
Para o astrólogo, o amor se constrói no trivial e confessa não
comemorar datas como o Dia dos Namorados. “O amor está muito no cuidado.
Você vai ao supermercado e lembra que a pessoa pensou em comer uma
coisa e você compra. Você vê uma camiseta e um livro e você compra sem
necessariamente ser uma data especial.”
Recém-casados, Elisa e Daniel se conhecem há oito anosDANILO SIQUEIRA
‘Não foi uma história de cinema, foi tudo natural’
A história de Elisa e Daniel Moreno (ela,
com 36 anos; ele, com 41) envolve uma procura por companheirismo com
roupagem moderna. Após terem passado, individualmente, por experiências
negativas de relacionamento, os dois recorreram aos aplicativos para
encontrar um par. “Não foi uma história de cinema. A gente se conheceu
pelo aplicativo e foi rolando”, conta Elisa.
Elisa lembra que já estava “exausta” dos apps quando conheceu Daniel.
“O Daniel foi a segunda ou terceira pessoa com quem conversei e já
estava exausta”, relembra Elisa. Juntos há oito anos, mas casados há um
mês, os dois defendem que o que uniu os dois foi a vontade de ficarem
juntos.
De um lado ela, professora de costura, do outro ele, ilustrador. Se
encontraram na afinidade compartilhada pela arte e pela papelaria. “Sabe
quando você encontra uma pessoa que tem a ver com você? É tudo muito
visual nesses aplicativos, na conversa virou outra coisa, ficou mais
interessante”, conta Daniel. Os dois moram juntos há quatro anos e
encontraram afinidade, também, nas decisões diárias. “Os sonhos se
tornaram coletivos. Respeitamos o espaço do outro e temos essa
preocupação de estar sempre fazendo coisas legais”, diz Elisa.
Erick e Mariana se conheceram no trabalho e casaram oito meses depoisARQUIVO PESSOAL
‘A gente escolheu mais cedo amar o outro todos os dias’
Foram oito meses entre os primeiros olhares e o dia da união de
Mariana Araújo, 30, e Erick, 35. Ela, biomédica, e ele engenheiro de
software, se conheceram em São Paulo no ambiente de trabalho. “Uma
pessoa admirável, profissionalmente falando. Rolou uma química no olhar e
ele ficava me perguntando todos os dias quando nós iríamos sair. Até
que eu aceitei, quatro anos atrás, e estamos juntos desde então”,
relembra Mariana.
Decidiram morar juntos três meses depois deste primeiro encontro.
Além da vontade de ficarem juntos, a questão financeira pesou na
decisão: passavam tanto tempo um do lado do outro que não fazia sentido
custear dois apartamentos diferentes. A experiência de dividir as contas
serviu, também, como “test-drive”. Cinco meses depois que passaram a
dividir o mesmo teto estavam casados – o pouco tempo, dizem, não
interferiu em como os dois enxergam o amor.
“Mudou que a gente escolheu mais cedo amar o outro todos os dias. Eu
vejo que amor não é só sentimento, é uma escolha também”, diz Mariana.
Camila (à direita) e Nathalia (à esquerda) decidiram morar juntas após um ano e meio namorando à distânciaARQUIVO PESSOAL
‘Passamos um ano e meio sem nos ver’
As atrizes Camila Fávero, 26, e Nathalia Darhuld,
29, estão em um relacionamento amoroso desde 2019, apesar de terem se
conhecido na faculdade há 10 anos. Isso por uma sucessão de encontros e
desencontros, relembra Camila. Elas se reuniram tempos depois, no
carnaval, três anos atrás. “Muita química já estava rolando ali, ficamos
grudadas uma na outra”, conta. Um intercâmbio de Camila para os Estados
Unidos adiou o contato físico das duas, que vivenciaram os primeiros
momentos do namoro à distância. O relacionamento virtual foi prolongado
pela pandemia. “Passamos um ano e meio sem nos ver”, diz Camila.
Quando ela voltou, decidiram que iriam morar juntas. Se adaptar à
rotina uma da outra foi difícil. “Fui de um momento em que estava muito
sozinha para outro em que estava constantemente com uma pessoa. É saber
equilibrar quando você não precisa desses momentos de solidão e ter um
espaço para dizer, por exemplo, que se precisa de um espaço”, conta
Camila. O dia a dia deixou uma lição: que existem muitas maneiras de se
fazer amar. “É muita tranquilidade saber que se é amada. Com os
defeitos, com as qualidades, com os dias ruins, com os momentos de
prazer. É saber que tenho onde me apoiar.”
Aposentados, Márcia e Silvio dividem o dia a dia há quase quatro décadasDANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
‘Ele não me pediu em namoro, me deu um beijo’
Bancários aposentados, Márcia e Silvio Monteiro se
conheceram no escritório há quase quatro décadas. “Eu trabalhava à
tarde e ele, no turno da noite. No início, foi só amizade. Depois de uns
seis, sete meses, a gente começou a se olhar diferente. Ele não me
pediu em namoro, me deu um beijo e foi assim”, conta Márcia. Desde o
primeiro beijo até esta entrevista, já se passaram 39 anos.
Ela, hoje com 60 anos, recorda que o diferencial foi a confiança –
havia passado por relacionamentos anteriores onde sentiu pouco espaço
para isso. Hoje, casados e com uma filha, o casal viu no tempo a
oportunidade de aproveitar um ao outro. “Demoramos 10 anos para ter um
filho. Nesse tempo, ficamos muito mais juntos. A gente sempre gostou de
sair, de viajar.”
Agora, no dia a dia de aposentadoria, Márcia e Silvio curtem a
companhia um do outro em todos os momentos. “Fazemos tudo juntos”,
conta. O que fica de lição, diz Márcia, é que o caminho é longo, mas
compensa. “Com o tempo, a gente vai aprendendo e vai confiando, vai
crescendo e amadurecendo. Vale a pena quando a gente ama de verdade,
quando a gente é parceiro.”
Ricardo Martins, CEO e principal estrategista da TRIWI
Quando se fala em Marketing, nem sempre tudo o que foi pensado trará
os resultados desejados. Mas por que motivos isso pode ocorrer?
Sabemos que as estratégias de Marketing, se aplicadas da maneira
correta, são partes fundamentais dentro dos objetivos das empresas de
qualquer porte e segmento do mercado.
Porém, é claro, sempre existem algumas ideias que não conquistam os
resultados esperados ou desejados, o que é relativamente comum no mundo
corporativo por todo o planeta; e isso pode acontecer por uma série de
fatores e até mesmo pequenos detalhes.
“Campanhas que costumam dar errado geralmente são aplicadas por
marcas que não entenderam para que público ou nicho elas serão
direcionadas, pensando apenas na criatividade” Comenta Ricardo Martins,
CEO e principal estrategista da TRIWI.
1- Burger King e os smartphones
A famosa marca do ramo preparou o que, inicialmente, realmente parecia ser uma ideia genial.
Com uma publicidade exibida através dos comerciais em TV, o Burger
King reproduzia um áudio, projetado especialmente para ativar
dispositivos inteligentes conectados ao Google Home, além de alguns
aparelhos com o sistema operacional Android.
O objetivo era fazer com que o Google Assistant realizasse uma
pesquisa em seu dispositivo sobre o principal lanche do fast-food, o
Whopper; visando listar todos os seus ingredientes. E, para isso, as
informações foram inseridas na plataforma do Wikipedia, conhecida
enciclopédia virtual.
No entanto, os profissionais de Marketing esqueceram do sistema de
edição do site, que exige poucas barreiras para quem deseja alterar as
informações, o que abriu uma brecha para os usuários incluírem
ingredientes como Cianeto (toxina mitocondrial que é uma das mais letais
conhecidas pelo homem), além de comentários contra a imagem do próprio
Whopper.
Como resultado, as pessoas escutavam tudo isso nos alto-falantes de seus dispositivos. Assim, claro, a campanha foi cancelada.
Segundo Ricardo Martins, CEO e principal estrategista da TRIWI, esta foi uma falha de grande impacto no meio:
“A gafe do Burger King acabou colocando em xeque a credibilidade da
marca, mostrando inclusive falhas internas, no momento de desenvolver a
estratégia, de fato. Não à toa, empresas de todos os portes e áreas de
atuação podem pegar o caso como exemplo, estudando melhor as plataformas
onde a campanha será veiculada. Este com certeza já é um primeiro passo
fundamental.”
2- Competição de selfies da Walkers
A Walkers é uma marca de salgadinhos muito conhecida no Reino Unido;
sendo inclusive a versão das batatinhas Lay ‘s daquela região.
Recentemente, eles implementaram uma campanha de redes sociais, que
tinha como objetivo fazer com que os clientes enviassem selfies, visando
a oportunidade de ganhar ingressos para a final de um grande evento
esportivo da época.
No entanto, algumas pessoas acabaram enviando fotos de criminosos
conhecidos; e a principal falha ainda não passa por aqui: antes de
publicar as imagens em seu perfil, não houve uma análise detalhada,
divulgando todas elas (as próprias e as impróprias).
Isto, claro, causou um pesadelo para o setor de Marketing e Relações Públicas da marca.
3- A falta de lanches do McDonald’s na Copa do Mundo
Em maio de 2018, o McDonald’s lançou e iniciou as vendas de uma linha
temática diferenciada, mas já tradicional nos anos recentes da marca:
um lanche para cada um dos países que já venceram, ao menos, uma Copa do
Mundo.
Até aí, a rede de fast-food estava apenas seguindo a onda deste
grande evento. Porém, neste caso o erro da estratégia de marketing
talvez tenha sido não prever o sucesso da campanha.
Isso porque parece não ter acontecido uma ampla comunicação entre o
setor de marketing, as lojas e sistema de abastecimento, fazendo com que
rapidamente os lanches especiais sumissem das lojas, antes mesmo de a
Copa do Mundo começar!
Sobre a TRIWI
A TRIWI é uma agência de Marketing Digital e Assessoria de Imprensa
especializada em B2B. Com atuação focada em Agronegócio, Indústria,
Tecnologia e Serviços.
Fundada em 2018, a TRIWI iniciou as atividades para atender uma
demanda do mercado, com soluções práticas, individualizadas e
personalizadas, visando atender as reais necessidades de seus clientes,
com planejamento estratégico, geração de negócios e auxílio das
inovações digitais.
Seus parceiros estão entre as marcas mais consolidadas do mercado
nacional e internacional, que buscam se posicionar de forma clara e
evolutiva no mercado.
4- AT&T e o 11 de setembro
Sabemos que esta data é uma das mais importantes da história dos EUA, por motivos também já conhecidos por todos.
Neste dia, em 2013, 12 anos após o atentado, a marca de celulares
AT&T realizou uma campanha que tinha como principal slogan a frase
“Never Forget” (Nunca se Esqueça).
Na imagem veiculada, uma pessoa aponta seu celular exatamente para
onde se localizavam as Torres Gêmeas, antes do acontecido. E, para
indicar a referência aos edifícios, duas luzes apareciam na tela do
dispositivo.
No entanto, as pessoas se irritaram imediatamente com a campanha nas
redes sociais, argumentando que a marca estaria utilizando uma tragédia
para vender seus produtos.
Como resolver?
Campanhas de Marketing Digital veiculadas em qualquer tipo de
plataforma são, claro, essenciais para toda e qualquer empresa. Porém, é
necessário estar sempre atento aos mínimos detalhes.
Para isso, as estratégias devem ser pensadas por completo, envolvendo
todos os setores da empresa que participarão da campanha, desde o
início até o final. Apenas assim é possível evitar as gafes ou até mesmo
minimizá-las perante o seu público e virar o jogo!
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento
das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas
possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os
negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e
se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do
comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios
passa pelo digital.
Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais
rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é
uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar
diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo
para o seu comércio.
Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de
vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma
poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.
Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página
principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações
importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e
veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem
completo para a nossa região do Vale do Aço.
Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 130.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/
também tem sido visto por mais de 1.600.000 de pessoas, valores
significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos.
Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a
sua empresa.
Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser
inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a
Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da
região capaz de alavancar as suas vendas.