sábado, 18 de junho de 2022

AGRO NEGÓCIO BRASILEIRO PRECISA PROVAR QUE NÃO PRODUZ EM DESMATAMENTO

 gronegócio Brasil e Mundo

O que falta para o agro brasileiro tirar o “passaporte verde” e voar mais alto

Byvaleon

Jun 18, 2022

Mercado internacional

Por
Marcos Tosi


O Cadastro Ambiental Rural é classificado como passaporte verde da agricultura brasileira| Foto: Divulgação / Infraero

Frigoríficos, tradings de soja e produtores de café são alguns dos setores do agronegócio pressionados por clientes, domésticos e internacionais, para provar que sua cadeia produtiva não tem nenhuma ligação com áreas de desmatamento ilegal.

Uma das maiores exportadoras globais de carne, a Marfrig, está comprometida em garantir a total rastreabilidade do gado na Amazônia, até 2025, e nos cinco anos seguintes chegar aos demais biomas, como o Cerrado. No café, em Minas Gerais, marcas como a Nespresso e Nucoffee já pagam a mais pela rastreabilidade aos cafeicultores da Cooperativa Monte Carmelo.

Além das iniciativas empresariais que correm por conta própria, o Estado brasileiro tenta implementar há anos uma ferramenta que nenhum outro país possui em relação às propriedades privadas, para atestar quais são as áreas em plena conformidade com a legislação ambiental. Trata-se do Cadastro Ambiental Rural, uma exigência estendida a todos os imóveis rurais pelo Novo Código Florestal. Nele, o produtor declara a situação da propriedade em relação à Reserva Legal e às Áreas de Preservação Permanente (APPs) e se há excedentes de cobertura vegetal, por exemplo.

É a vez de o poder público fazer a devolutiva do CAR

Os agricultores aderiram de forma maciça ao CAR: mais de 6,5 milhões de declarações foram feitas desde 2013. Estima-se que as informações cubram mais de 98% das propriedades. Falta ainda o processamento desses dados e um retorno oficial. “A lei é uma das mais sofisticadas em termos de proteção dentro de uma propriedade. Não é possível que o poder público não dê essa devolutiva, não diga: olha, sua declaração está ok, ou, sua declaração não está ok, é preciso fazer isso e aquilo para regularizar. É um esforço grande do estado, que não pode deixar de acontecer”, avalia Cristina Murgel, coordenadora do Programa CAR na Secretaria da Agricultura de São Paulo. O estado é o que está mais avançado na validação dos dados. Os 404 mil cadastros no sistema já foram processados, dos quais 33% vão exigir alguma retificação dos produtores, e foram separados para verificação individualizada. Os outros 67% tiveram análise concluída e estão disponibilizados para o “aceite do proprietário”.

Essa rapidez no processamento foi possível porque São Paulo aderiu à ferramenta AnalisaCAR, disponibilizada há um ano pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) para destravar o processo. O AnalisaCAR faz o cruzamento automático de dados, com capacidade de análise de até 66 mil cadastros por dia. Assim, em apenas quatro dias o sistema nacional pode dar conta de processar mais do que todos os 180 mil cadastros revisados nos últimos seis anos. Se fosse mantido o ritmo de 30 mil por ano, levaria 216 anos para terminar a análise dos 6,5 milhões de cadastros.

Estados vão fazer a checagem dos dados do CAR
A bola agora está com os estados. É deles a tarefa de verificar e regularizar as declarações feitas pelos produtores no CAR. E, de fato, há muitas sobreposições, aponta Rodrigo Lima, diretor da consultoria Agroícone. “Como o CAR é declaratório, e não foi preciso usar o geoprocessamento, o produtor entrou no sistema e pôde desenhar a propriedade no computador, talvez pegando bordas dos vizinhos ou de uma unidade de conservação. Ou seja, a base de dados do CAR hoje tem uma extensão muito acima do que existe de área privada no Brasil. São 6,57 milhões de cadastros, quando o Censo de 2017 mostra que a gente tem, arredondado, 5 milhões de áreas privadas. Então, tem 1,5 milhão a mais. E 612 milhões de hectares cadastrados. Mas o Brasil tem 851 milhões de hectares. Como é que tem 612 milhões de fazenda? Isso está errado. Mas vai jogar tudo fora? De maneira alguma, daí vem a necessidade de avaliação do CAR”, diz Lima, que é advogado especialista em comércio internacional e desenvolvimento sustentável.

Visto com desconfiança no início, o CAR virou uma aposta do setor produtivo para trazer à tona dados que comprovem que o Brasil pratica a agricultura mais sustentável do planeta, abrindo caminho para o pagamento por serviços ambientais previstos na lei. “O CAR é o passaporte da agropecuária. Exatamente por trazer informações para todos os elos da cadeia, para o banco que vai dar crédito para ele, para o comprador do boi gordo, das frutas e do leite. Ao longo da cadeia, espera-se que eu monitore ou cobre os fornecedores para que eles cumpram as leis. O CAR validado tem um papel excepcional para ajudar o produtor. Com ele validado, é um passaporte para fazer os negócios, tomar crédito, vender a fazenda com tudo ‘certinho’, isso agrega valor à propriedade. Se tiver um passivo, preciso me adequar, não tem jeito”, observa Lima.

Dados processados pelo SFB sobre o CAR no País, até abril de 2022. | Reprodução
Sem o CAR, país ficaria refém de soluções privadas e para poucos
O mercado tem pressa. Na avaliação do diretor da Agroícone, se o CAR fosse flexibilizado ou abandonado, como chegaram a defender alguns, haveria um prejuízo incalculável. “Imagine a Cargill que compra soja na região dos Campos Gerais do Paraná. Ela está exposta no mercado, é cobrada por investidores, pelos compradores, e tem ações na Bolsa. Ela precisa de informação mínima de que o fornecedor está buscando se adequar à lei. Se não tiver o CAR, vai ser o quê? Sem ele, ficaríamos reféns de inúmeras soluções privadas, contratadas de empresa a empresa, o que, a meu ver, seria muito ruim para a agropecuária brasileira. Com o CAR, a gente pode provar por A mais B, com foto de satélite, que a preservação é uma verdade. Isso agrega valor para nossa agricultura nessa discussão de mudança de clima, de pagamentos por créditos de carbono”, completa o consultor.

O diretor da Agroícone destaca a importância de um comitê gestor interministerial criado em março pelo Serviço Florestal Brasileiro, o Regulariza Agro. “Se vai fazer a polenta, tem que mexer a panela. Esse comitê gestor é importante, mas há que ter vontade política. Os estados e as cooperativas precisam abraçar. Se não, daqui a cinco anos corremos o risco de estar na mesma lenga-lenga. Todos têm um papel a cumprir. Não é só o produtor rural”.

Benefícios práticos do CAR, nas fazendas e no comércio exterior
Nas fazendas, o CAR validado vai possibilitar, por exemplo, que um agricultor com excedente de cobertura nativa na propriedade possa alugar a área para outro produtor compensar seu passivo, evitando que ele seja obrigado a tirar da exploração um campo altamente produtivo. Em nível internacional, a União Europeia pode exigir o CAR regularizado, afinal é uma previsão da legislação brasileira, para as importações agrícolas. Para Lima, é preciso olhar pelo lado positivo. “A União Europeia é destino de 16% de tudo o que o Brasil exporta na agricultura. Além disso, é um cartão de visitas fabuloso, você não joga fora um mercado desse tamanho. A gente precisa cumprir não só porque é lei, mas pelos benefícios que esse cumprimento do Código Florestal pode abrir. A gente tem a faca e o queijo na mão”.

O Serviço Florestal Brasileiro estima que, neste ano, 20 estados estejam em fase de plena adoção do AnalisaCAR, a ferramenta automatizada criada pelo governo federal. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apoia a iniciativa para “transformar o que era visto como passivo em um grande ativo ambiental”. Nelson Ananias, coordenador de sustentabilidade da CNA, aponta que um dos gargalos do setor, e do país, como um todo, é que “se faz muito e se comprova pouco”. “O Código Florestal é um dos mais rígidos do mundo e mais exigentes. Em que outro país não é possível utilizar 80%, 35% ou 20% da propriedade, dependendo da região, devido a questões ambientais? Essa sustentabilidade é um diferencial”, diz Ananias.

Meta é colocar APPs e Reserva Legal no mercado de créditos de carbono
A luta agora é para que este ativo, segundo o coordenador da CNA, que tem a virtude de dar transparência à questão ambiental no país, passe a ser levado em consideração nas transações envolvendo créditos de carbono. Em maio o governo publicou decreto lançando as bases da regulamentação desse mercado. O prazo é de 180 dias, prorrogáveis por mais 180, para que hajam os acordos setoriais.

“Entendemos que as áreas de APP (áreas de preservação permanente) e Reserva Legal, apesar de estarem na lei, são adicionalidades em relação aos nossos competidores internacionais. Outros países, grandes produtores, não têm obrigação de cumprir isso. A gente entende que essa adicionalidade deverá ser considerada no mercado voluntário do carbono. O Brasil deve pleitear por isso”, arremata Ananias.

Em nota, o Serviço Florestal Brasileiro destacou que “no módulo de Análise Dinamizada estão parametrizados mais de cem cruzamentos automatizados no ambiente de processamento de informações geográficas, permitindo a verificação dos dados de cobertura do solo e hidrografia declarados e sua revisão pelo produtor rural para, posteriormente, identificar a situação de regularidade ambiental das Áreas de Preservação Permanente (APP), de Reserva Legal (RL) e de uso restrito no imóvel rural”. Também será útil para “localização de excedentes de vegetação nativa que podem ser objeto de emissão de Cotas de Reserva Ambiental (CRA) e outras modalidades de pagamentos por serviços ambientais”.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/o-que-falta-para-o-agro-brasileiro-tirar-o-passaporte-verde-e-voar-mais-alto/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

JUROS ALTOS PREJUDICAM A ECONOMIA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Sede do Banco Central, em Brasília.| Foto: Enildo Amaral/BC

Nos Estados Unidos, a maior elevação de juros desde 1994; no Brasil, a Selic mais alta desde o fim de 2016. Nesta quarta-feira, tanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro quanto sua contraparte norte-americana, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), decidiram pela elevação dos juros em seus respectivos países: 0,75 ponto porcentual nos EUA (para um intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano) e meio ponto porcentual no Brasil (para 13,25%). E o aperto continuará nos dois países, deixando muitas dúvidas sobre quando o ciclo de alta da Selic iniciado em março de 2021 terminará no Brasil.

A maioria das instituições financeiras já previa que o Copom não terminaria o ciclo de alta nesta reunião, voltando a subir a Selic na reunião de agosto, mas ainda havia bancos e corretoras estimando que o processo de aperto estaria concluído já em junho, seja por meio de um aumento maior agora, seja pela manutenção dos juros em 13,25% por um período mais longo. O comunicado divulgado ao fim da reunião, no entanto, dissipou qualquer dúvida: “é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista (…) Para a próxima reunião, o Comitê antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude”, o que levaria os juros para 13,75% ao ano ou, segundo as projeções da maior parte do mercado financeiro, 13,5%, com uma elevação de apenas 0,25 ponto em agosto.

Ainda que outros fatores de risco acabem se resolvendo de forma benéfica para o Brasil, a escalada de juros nos Estados Unidos torna ainda mais complicada a missão do Copom

Nem mesmo a desaceleração da inflação em maio, com o IPCA de 0,47% após ter registrado 1,06% em abril e 1,62% em março, aliviou as preocupações dos membros do Copom. O cenário internacional se deteriorou ainda mais – autoridades e economistas norte-americanos creem ser cada vez mais provável que os Estados Unidos enfrentem uma recessão, colocando a maior economia do mundo no rumo da estagflação. Embora não tenham sido explicitamente mencionados no comunicado do Copom, os lockdowns chineses e a invasão da Ucrânia continuam trazendo caos às cadeias produtivas e ao comércio mundial de commodities.

Internamente, o Copom preferiu não dar como certa a aprovação de projetos de lei e PECs que afetam a tributação sobre itens como combustíveis e energia elétrica; de qualquer maneira, o comitê acredita que “as medidas tributárias em tramitação reduzem sensivelmente a inflação no ano corrente, embora elevem, em menor magnitude, a inflação no horizonte relevante de política monetária” – ou seja, oferecerão uma redução no curto prazo, mas terão o efeito contrário nos anos seguintes. A esperança de que ainda se aprove qualquer reforma macroeconômica ou medida de ajuste fiscal neste mandato já se foi há algumas reuniões: o último comunicado a afirmar que “perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia” foi o da reunião de setembro de 2021, quando a Selic subiu para 6,25%; agora, menciona-se apenas “a incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país”. Em outras palavras, o Copom não conta mais com as reformas, esperando apenas que governo e Congresso não piorem o cenário fiscal.


Juros em alta nos EUA e no Brasil (editorial de 7 de maio de 2022)
O IPCA desacelera e permite um otimismo cauteloso (editorial de 11 de junho de 2022)
A inflação brasileira a reboque da inflação mundial (editorial de 13 de maio de 2022)
Ainda que outros fatores de risco acabem se resolvendo de forma benéfica para o Brasil, a escalada de juros nos Estados Unidos torna ainda mais complicada a missão do Copom, pois cada elevação decidida em Washington provoca uma “fuga para a segurança” de investidores, tirando dólares das economias emergentes e desvalorizando suas moedas. No caso brasileiro, dólar em alta significa produtos importados mais caros, inclusive o petróleo, forçando novamente a inflação para cima, prolongando o ciclo de aperto nos juros e sacrificando ainda mais as perspectivas de crescimento neste e nos próximos anos.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/aumento-de-juros-eua-brasil/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

EXISTE UM TERCEIRO ENVOLVIDO NAS MORTES DE BRUNO E DOM

 

Investigação
PorGazeta do Povo


PF divulgou o nome de mais um suspeito de envolvimento nas mortes do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.| Foto: Joédson Alves/EFE.

A Polícia Federal realiza buscas para encontrar o terceiro envolvido na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Em nota, a PF afirmou que há um mandado de prisão contra Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”. O suspeito está foragido. “A PF e a PC continuam enviando esforços na localização e prisão do elemento foragido. Solicita ainda, àquele que tiver alguma informação que venha contribuir com as buscas, que comuniquem às autoridades imediatamente”, diz um trecho do comunicado da corporação divulgado na noite desta sexta-feira (17).

Os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, estão presos em Atalaia do Norte. Amarildo confessou na quarta-feira (15) ter ajudado a ocultar os corpos de Dom e Bruno. No entanto, em um novo depoimento ele teria assumido ter disparado tiros contra as vítimas, informou a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo. Amarildo também apontou que uma terceira pessoa teria feito disparados contra o jornalista e o indigenista.

Nesta sexta, a PF confirmou que uma parte dos restos mortais encontrados na região do Vale do Javari, no Amazonas, pertence a Dom Phillips. A perícia ainda analisa se o outro material é de Bruno Pereira. Segundo a Polícia Federal não há indícios de ter havido um mandante ou organização criminosa por trás das mortes.

Em nota, a PF, que coordena o comitê de crise para investigação do caso, informou também que as diligências continuam e que, apesar de não haver mandante, outras pessoas devem estar envolvidas no crime e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.

A União dos Povos do Javari (Unijava) disse que discorda da conclusão à qual chegou a PF. Segundo a entidade, foram repassadas informações sobre organizações criminosas que estariam atuando na região e que poderiam ser as responsáveis pelas mortes do indigenista e do jornalista.

No documento, a Unijava solicita que as investigações continuem e nenhuma hipótese seja descartada. “Exigimos a continuidade e o aprofundamento das investigações. Exigimos que a PF considere as informações qualificadas que já repassamos a eles em nossos ofícios. Só assim teremos a oportunidade de viver em paz novamente em nosso território, o Vale do Javari”. Com informações da Agência Brasil.


Pedido Da PGR
Rosa Weber arquiva investigação contra Barros aberta a partir da CPI da Covid
PorGazeta do Povo

Brasilia – O ministro da Saude, Ricardo Barros, durante anuncio de novos recursos para o fortalecimento da Atencao Basica. (Marcelo Camargo/Agencia Brasil) (Brasilia – O ministro da Saude, Ricardo Barros, durante anuncio de novos recursos pa

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber determinou nesta sexta-feira (17) o arquivamento da investigação preliminar aberta a partir do relatório final da CPI da Covi contra o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Esta é a primeira investigação derivada da comissão a ser arquivada.

A ministra acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A comissão acusou Barros de suposto crime de advocacia administrativa. Segundo o relatório da CPI, o parlamentar teria atuado em favor de empresas privadas dentro do governo durante a pandemia.


Ação Do Novo
Justiça pede que PGE do Rio Grande do Sul explique pensão de quase R$ 40 mil a Leite
PorGazeta do Povo

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). | Foto: Felipe Dalla Valle/ Palácio Piratini.

A Justiça do Rio Grande do Sul deu prazo de 48 horas para que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) do estado explique o pagamento de cerca de R$ 40 mil em pensão ao ex-governador Eduardo Leite (PSDB). O partido Novo questionou o pagamento e apontou supostas irregularidades no benefício. Pois a aposentadoria especial vitalícia a ex-governadores foi revogada antes de Leite renunciar ao cargo, em março deste ano, informou o Estadão.

O ex-chefe do Executivo gaúcho aparece como réu no processo, mas ainda não foi intimado pela Justiça. Em julho de 2021, o próprio Leite sancionou a extinção do pagamento de pensão especial vitalícia aos ex-mandatários estaduais. O ex-governador gaúcho teria recebido R$ 19,6 mil referente a maio e mais uma parcela retroativa de R$ 20,3 mil de abril, totalizando R$ 39,9 mil de rendimento bruto.

…mostrar mais
Tudo sobre:
Eduardo Leite
Partido Novo

17/06/2022 15:10
Críticas
Lira pede renúncia do presidente da Petrobras: “trabalha contra o povo”
PorGazeta do Povo

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). | Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Ouça este conteúdo
Em uma postagem feita em suas redes sociais nesta sexta-feira (17), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu a renúncia do atual presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho. A declaração foi feita após a estatal anunciar mais um reajuste nos preços dos combustíveis.

“O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa – o Brasil – e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país. Ele representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia!!! Pois sua gestão é um ato de terrorismo corporativo”, disse o deputado.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/breves/pf-faz-buscas-por-terceiro-suspeito-de-envolvimento-na-morte-de-bruno-e-dom/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

STF VIOLA A CONSTITUIÇÃO

 

Decisões arbitrárias

Por
Alexandre Garcia

Brasília – DF, 11/07/2016. Presidente em Exercício Michel Temer durante reunião para tratar sobre ação pela educação com o Ministro da Educação, Mendonça Filho; Senador Cristovam Buarque; Assessora Parlamentar do Senador Cristovam, Denise Paiva; Presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi; Presidente dos Correios, Guilherme Campos e o Presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Cafarelli. Foto: Foto: Beto Barata/PR


Decisões contrárias à lei máxima do país, a Constituição, causam insegurança jurídica e política.| Foto: Beto Barata/Arquivo PR

A primeira facada na Constituição foi desferida em 31 de agosto de 2016, quando foi cortado um pedaço do parágrafo único do art. 52, na condenação da presidente Dilma Rousseff. Presidia o julgamento, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski e o senador Renan Calheiros. Num arrazoado semelhante ao que mais tarde iria liberar Lula da Laja Jato, Lewandowski e Calheiros obtiveram 42 votos contra 36 para não inabilitar a condenada, como manda a Lei Maior. Já era o Senado se acumpliciando. O país respondeu com omisso silêncio ao descumprimento claro da Constituição e isso encorajou novos cortes.

Em 14.3.19, nos albores de novo governo, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, por portaria interna, manda abrir inquérito sobre agressões verbais à Corte, com base no Regimento Interno, como se fossem ameaças dentro das instalações da Casa, embora tivessem ocorrido nas redes sociais. E ele próprio nomeou relator Alexandre de Moraes. Não houve iniciativa do Ministério Público, como manda o art. 127 da Constituição.

Foram facadas nos artigos 5º e 220 da Constituição. Censura e punições por crimes de opinião. Prisões arbitrárias, jornalistas foram jogados em presídio, assim como presidente de partido e até deputado federal, numa facada mortal na inviolabilidade por quaisquer palavras, estabelecida no art. 53 e o antológico flagrante continuado, inventado para retirar o deputado de seu asilo inviolável às 11 da noite.

Em fins de abril de 2020, Sérgio Moro se demite do Ministério da Justiça e o segundo artigo da Constituição é esfaqueado. Sem ligar para a harmonia e independência dos poderes, o Supremo veta nomeação pelo presidente de um subordinado seu, o diretor da Polícia Federal e ainda manda revelar o conteúdo de reunião ministerial feita a portas fechadas em que o presidente chamava a atenção de ministros, inclusive Moro.

Chegaram ao ponto de requisitar o celular do presidente, no que recuaram. No mesmo ano, a pretexto da pandemia, aboliram-se cláusulas pétreas, só passíveis de alteração por uma Constituinte. Os direitos de reunião, de ir e vir e de culto foram transferidos, pelo Supremo, para o arbítrio de prefeitos e governadores. Deixava de existir garantia da ordem jurídica.

Agora a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, interpela o Supremo sobre o inquérito que o ministro Marco Aurélio batizou de Inquérito do Fim do Mundo – na verdade, fim do Direito no Brasil. Não há como responder que o suposto ofendido é que investiga, denuncia, julga e executa, sem acesso dos autos aos advogados dos investigados. Na empolgação do ativismo, o Supremo substituiu a Constituição à qual deveria servir e guardar, enquanto parte da nação assiste em silenciosa aprovação suicida. Essa omissão é mais preocupante que o ativismo dos que esfaqueiam a Lei Maior.

Mas há esperança. Como em Copa do Mundo, quando todos viramos técnicos, cada vez mais brasileiros se tornam constitucionalistas, torcedores da Constituição. Estamos acompanhando a Constituição como a seleção das leis garantidoras dos direitos e conhecendo os 11 do Supremo em cada uma de suas posições em campo. E assim assumimos o que ela estabelece: que todo poder emana de nós, o povo.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/constituicao-esfaqueada/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

PLANOS DO GOVERNO FICAM PREJUDICADOS COM NOVO REAJUSTE DE PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS

  1. Economia 

Nessa guerra, o governo trata estatal como inimiga e o Congresso tenta tirar proveito

Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

A declaração de guerra de Jair Bolsonaro e Arthur Lira à Petrobras, que envolveu até o ministro André Mendonça, do STF, deverá ter como principal desfecho a concessão de um subsídio para segurar o preço do diesel bancado pelo governo federal. Essa era a solução política que estava na mesa desde o início da guerra da Rússia com a Ucrânia.

Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro declara guerra à Petrobras Foto: VALDENIO VIEIRA/PR

O reajuste do diesel e da gasolina, comandado por um presidente da Petrobras demissionário e inconformado por ter perdido o cargo um mês após a posse, jogou por terra os planos do governo de fazer uma troca rápida na direção empresa para segurar uma nova alta de preços com janelas de reajustes mais esparsos. A medida seria combinada com o impacto da queda de tributos sobre combustíveis com o projeto do teto do ICMS aprovado esta semana.

Bolsonaro não escondeu os planos numa das declarações ao longo desta sexta-feira: “Com a troca de presidente podemos colocar gente competente para não reajustar”.

A alta de R$ 0,20 na gasolina e de R$ 0,70 do diesel comeu boa parte do impacto previsto com a queda do ICMS e dos tributos federais. O pacote mirava redução em R$ 1,65 do litro da gasolina e de R$ 0,76 do diesel.

Foi tudo por água abaixo. E a nova lei, que custará bilhões aos cofres da União e dos Estados, não terá o efeito esperado. A resposta foi dura.

Na sua declaração de guerra, Lira disse que vai colocar em votação proposta para dobrar a taxação sobre o lucro da Petrobras e mudar a política de preços da empresa. A interlocutores, o presidente da Câmara diz que não se trata de blefe.

De imediato, o que o Congresso pretende fazer (Lira já deu a sinalização) é aprovar um subsídio para diminuir a compensação da diferença do custo do diesel no mercado internacional ou para criar a bolsa-caminhoneiro. As restrições eleitorais nem estão sendo levadas em conta. 

Do SenadoRodrigo Pacheco voltou a falar numa conta de estabilização, que nada mais é do que segurar preços com recursos do Tesouro. Em outras palavras, subsídio. “O governo deve aceitar dividir os enormes lucros da Petrobras com a população”, disparou o presidente.

Nessa guerra do petróleo, tem governo tratando sua própria estatal como inimiga, Congresso aproveitando a deixa para tentar retirar as amarras de indicações políticas na maior empresa do País e uma empresa que agiu com fígado em pleno feriado.

Ah! Tem também um pelotão desse exército no STF com André Mendonça fazendo uso de uma ação que já pode ter perdido o objeto para avançar no cerco à Petrobras e ampliar o alcance da mudança do ICMS do diesel para outros combustíveis. Puro ativismo judicial. 

REPÓRTER ESPECIAL DE ECONOMIA EM BRASÍLIA

 

PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS COM LOBBIES


  1. Economia
     

Pulverizar o controle acionário da Eletrobras não garante competição no mercado 

Elena Landau, O Estado de S.Paulo

Eletrobras foi, enfim, privatizada. Nunca fui fã do modelo escolhido. De todo modo, é menos uma estatal.

Eletrobras
Na privatização da Eletrobras, governo optou por oferta pública, com a diluição da União Foto: REUTERS/ALAN SANTOS

O governo optou pela oferta pública de ações, com diluição da União. O resultado da capitalização mostra que o governo deixou na mesa o prêmio que poderia ter ganho na venda do bloco de controle. Pior: para viabilizar a desestatização, cedeu a lobbies que vão absorver boa parte dos recursos – os jabutis. E com eles vem a promessa de financiar o Brasduto, para viabilizar as térmicas inventadas pelo Congresso.

Agora, o governo decidiu usar o bônus de outorga, que deveria contribuir para o resultado do Tesouro, para compensar os Estados, por conta do corte no ICMS. Outro capítulo no vale-tudo eleitoreiro. 

E mais: a capitalização não atraiu grupos especializados no setor. Pulverizar controle acionário da holding não garante competição no mercado, apenas evita o domínio de um acionista nas decisões estratégicas. Isso não seria um problema se o governo tivesse optado por vender suas subsidiárias em separado, como proposto por FHC.

Está em fase final de votação um projeto de lei de modernização do setor elétrico que vai ampliar, significativamente, a participação do mercado livre. Do jeito que está, a nova Eletrobras herda a posição relevante no mercado que tinha a ex-estatal. O grande desafio agora é formar um bom conselho de administração para conduzir a empresa como uma “corporation”.

Apesar de tudo, foi um passo importante. Passaram-se 27 anos desde a primeira decisão de vender a Eletrobras. O grupo foi incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND) em 1995. Três anos depois, a Gerasul foi leiloada. O processo dos anos 90 não foi adiante pela resistência mineira a privatizar Furnas, comandada pelo ex-presidente Itamar Franco. Atitude estranha para quem, quando na Presidência da República, privatizou mais do que Collor. Minas tem seus mistérios.

Lula retirou a Eletrobras do PND, mas deu início à privatização de grande parte da geração de energia do País, pois sua expansão passou a se dar pelos chamados “leilões de energia nova”. Desde então, ocorreram inúmeros leilões, inclusive para as hidrelétricas no Rio Madeira. Quem não se lembra da polêmica do bagre, que terminou com a demissão de Marina Silva de seu governo?

Curioso que a fantasiosa alegação que o setor privado passaria a decidir sobre uso da água não preocupava na época os que hoje são contra a privatização da Eletrobras. A promessa do PT de reestatizar a empresa não é só uma bravata, mas uma hipocrisia. 

ECONOMISTA E ADVOGADA. CONTRIBUI COM O PLANO ECONÔMICO DE SIMONE TEBET

 

MITOS E VERDADES SOBRE EMPREENDEDORISMO

 

StartSe

O caminho do empreendedor é diferenciado, mas carrega questões encobertas que precisam ser ditas

Não são poucas as pessoas que desejam entrar para o mundo do empreendedorismo: as vantagens parecem ser inúmeras, mesmo que existam alguns desafios no meio do caminho.

Entretanto, algumas ideias sobre esse universo e como ele funciona podem estar erradas – por exemplo, o fato de ser difundido que empreendedores não têm chefes. Se você tem vontade de entrar para o mundo do empreendedorismo, precisa saber como ele realmente é.

Pensando nisso, alguns empreendedores esclareceram quais ideias comuns de empreendedorismo são mitos e verdades. Confira:

O SUCESSO DO NEGÓCIO VEM RÁPIDO – MITO

A verdade é que vai demorar até que seu negócio seja bem sucedido e comece a lucrar. Isso porque, até atrair investidores, o negócio precisa de tempo, experiência e muitas negociações. “Depois de colocar a ideia em prática e ter um negócio, você será testado pelo mercado”, disse o empreendedor Leandro Marques, sócio fundador da Tray, destacando que pode demorar de dois até três anos para a ideia começar a decolar.

EMPREENDEDORES NÃO TÊM CHEFES – MITO

Na realidade, o empreendedor tem dezenas e até centenas de chefes. Todos os clientes e investidores são chefes dele”, explicou Victor Popper, CEO da All In, empresa de marketing de relacionamento. O CEO e fundador do MeSalva!, Miguel Andorffy, plataforma educacional focada em conteúdo didático para estudantes de nível médio e superior, completa: “Ser fundador de um projeto que impacta diretamente a vida de milhões de pessoas faz com que você tenha milhares de chefes, principalmente quem dedica muitas horas na utilização de seu produto”.

O EMPREENDEDOR ENFRENTA INCERTEZAS – VERDADE

Os primeiros estágios do negócio nunca serão fáceis: serão muitas incertezas sobre o seu futuro e questionamentos se a sua escolha e investimento foram certos. “No começo a incerteza estará na aceitação do mercado. Se você tiver sucesso, as dúvidas passam para a necessidade financeira; depois ganhar competitividade e marketshare; os concorrentes internacionais e as crises“, completou Leandro Marques.

VOCÊ PRECISA TER UM PLANO DE NEGÓCIOS FORMAL PARA COMEÇAR UMA EMPRESA – MITO

Embora planejamento seja importante e essencial para um negócio, não se deve perder tempo para que ele fique “perfeito”. “Se você acredita na sua ideia e tem clareza dos seus objetivos, basta utilizar ferramentas mais ágeis de planejamento e abrir logo sua empresa”, explicou o empreendedor André Wilson, sócio fundador da VP Concursos. Ele também completou que é melhor testar a ideia na prática ao invés de desperdiçar tempo com projeções para o futuro.

SÓ EMPREENDE QUEM TEM IDEIAS ÚNICAS – MITO

A ideia de que um negócio depende de uma ideia diferente e única também está errada. “Na verdade, empreender pode significar fazer algo que já existe de uma forma mais eficiente ou com maior qualidade, seja um produto ou serviço”, explicou Luan Gabellini, sócio-fundador da Betalabs.

SER BOM VENDEDOR AJUDA NO CAMINHO DO EMPREENDEDORISMO – VERDADE

Muitas vezes, o que mais ajuda no empreendedorismo é não o que está sendo vendido, mas sim quem está vendendo. É preciso lembrar que um mesmo negócio pode obter recursos com mais facilidade se conduzido por alguém com perfil empreendedor. “Na vida profissional, todos precisam se vender bem. Mas o que faz ser um bom empreendedor é entregar e executar bem o produto vendido”, explicou o empreendedor Walter Sabini Junior.

EMPREENDER NO BRASIL NÃO É TÃO FÁCIL – VERDADE

“A demora excessiva de se conseguir toda a documentação e papelada necessária para abrir uma empresa, as idas intermináveis aos cartórios, sem contar a fatia brutal da receita que temos que pagar relativa a impostos são coisas que incomodam”, disse Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp. Mas esses são obstáculos que podem ser enfrentados em qualquer outro país e, de maneira alguma, deve-se buscar algum atalho para isso como sonegar impostos, atuar na informalidade, etc.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas desse Camelódromo na no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no Camelódromo? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelo Camelódromo, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos camelódromos e shoppings centers, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer.” – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite o final do ano para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sexta-feira, 17 de junho de 2022

DIRIGÍVEIS VOLTAM A SER USADOS PELAS COMPANHIAS AÉREAS

Da redação – IstoÉ

À medida que a busca por uma aviação menos prejudicial ao meio ambiente continua, uma companhia aérea espanhola colocou seu chapéu no ringue ao encomendar novos dirigíveis híbridos – que causam tanto impacto visual quanto dizem que são ambientais.

© Reprodução/DivulgaçãoMantidos no ar por hélio e eletricidade, eles acomodam 100 passageiros e normalmente voam de 300 a 400 quilômetros, de acordo com o fabricante. Reprodução/Divulgação

A Air Nostrum, que opera voos sob o guarda-chuva da Iberia Regional a partir de sua base de Valência, encomendou 10 aeronaves Airlander 10, com entrega prevista para 2026. Anteriormente, seus fabricantes previam que a aeronave – que foi revelada em 2016 – estaria em serviço até 2025.

Fabricados pela Hybrid Air Vehicles (HAV), com sede no Reino Unido, as aeronaves híbridas podem reduzir as emissões em 90%, de acordo com a empresa. Mantidos no ar por hélio e eletricidade, eles acomodam 100 passageiros e normalmente voam de 300 a 400 quilômetros, de acordo com o fabricante. No entanto, não espere um voo extremamente rápido – a velocidade máxima será de 129 km/h.

O negócio segue seis meses de “estudos e modelagem rigorosos” de rotas internas espanholas, segundo a fabricante.

A HAV diz que, no futuro, possíveis rotas de curto alcance para a aeronave podem incluir Liverpool a Belfast, na Irlanda; de Seattle a Vancouver e Oslo a Estocolmo. A aeronave pode fazer viagens ponto a ponto, já que não precisa de uma pista de aeroporto para pousar – orlas, áreas verdes e aeroportos subutilizados foram todos reservados pelo HAV.

“A Airlander não precisa de estrutura aeroportuária para operar. A HAV está explorando novos locais de operação com a Air Nostrum”, disse um porta-voz.

Os interiores são um pouco mais glamorosos do que as cabines de avião típicas, com uma configuração 1-2-1, alguns assentos voltados um para o outro e paredes transparentes com vista para o campo abaixo. Para quem gosta de ver para onde está indo, ele voará a no máximo 20.000 pés, equivalente a 6 quilômetros. Um avião tradicional costuma viajar entre 10 e 12 quilômetros.

© Fornecido por IstoÉ DinheiroCompanhia aérea europeia acaba de encomendar uma frota de dirigíveis

O presidente da Air Nostrum, Carlos Bertomeu, disse que os dirigíveis ajudarão sua empresa a atingir as metas da União Europeia “Fit for 55” de reduzir as emissões em pelo menos 55% até 2030.

“O Airlander 10 reduzirá drasticamente as emissões e por isso fizemos este acordo com a HAV”, disse ele em comunicado. “A sustentabilidade… já é um fato inegociável no dia a dia da aviação comercial.

“Acordos como esses são uma maneira muito eficaz de atingir as metas de descarbonização contempladas na iniciativa legislativa Fit for 55.”

O CEO da HAV, Tom Grundy, acrescentou: “À medida que países como França, Dinamarca, Noruega, Espanha e Reino Unido começam a colocar em prática mandatos ambiciosos para a descarbonização de voos domésticos e de curta distância, a Hybrid Air Vehicles e o Air Nostrum Group estão demonstrando como podemos obter lá – e chegar lá em breve.

“A Airlander foi projetada para oferecer um futuro melhor para serviços de aviação sustentáveis, permitir novas redes de transporte e fornecer opções de crescimento rápido para nossos clientes”.

A HAV começará a construir a frota este ano, criando 1.800 empregos em Yorkshire, Reino Unido.

A empresa disse que está trabalhando em “mais desenvolvimentos na propulsão elétrica” ​​e espera que o Airlander 10 se torne a primeira aeronave de grande escala a alcançar um voo com zero emissões.

FOME NO BRASIL COM ESTATÍSTICAS MENTIROSAS

Estudo enviesado
Por
Leonardo Desideri
Brasília


Site oficial do “2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”, da Rede Pensann.| Foto: Reprodução

Um estudo sobre insegurança alimentar no Brasil publicado no início de junho pela rede de pesquisadores Pensann (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) em parceria com seis entidades e ONGs afirmou que o Brasil tem, atualmente, 33,1 milhões de pessoas passando fome. A pesquisa tem sido criticada por uma série de aspectos duvidosos de seu relatório, que sugerem uso político dos dados apresentados.

Faça parte do canal de Vida e Cidadania no Telegram

A controvérsia começa na própria falta de clareza do que os autores definem como fome. O número de 33,1 milhões se refere ao que está definido com o termo técnico “insegurança alimentar grave” na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), usada desde 2004 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e aplicada no estudo em questão. No entanto, ao contrário da Pensann, o IBGE não costuma usar a classificação de “insegurança alimentar grave” como sinônimo de fome.

Em 2020, André Martins, gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, definiu a fome como “situação em que pelo menos alguém ficou o dia inteiro sem comer um alimento”. Já a insegurança alimentar grave, para o especialista, é uma restrição de acesso a alimentos “com uma redução da quantidade consumida para todos os moradores”. Em domicílios com insegurança alimentar grave, “pode ter ocorrido a fome”, afirmou Martins, mas um não é sinônimo do outro.

Na literatura sobre insegurança alimentar, não há uma conceituação padrão da fome, e essa indefinição do termo tem dado brecha para que a estatística dos 33,1 milhões seja usada em todo tipo de discurso. No próprio site do estudo, há uma informação enganosa relacionada ao número: “em 2022, são 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer”, diz a página.

Captura de tela do site oficial do “2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”.
A expressão “sem ter o que comer” pode causar a impressão de privação total de alimentos, o que raramente é o caso, mesmo nas situações de insegurança alimentar grave. Curiosamente, a mesma expressão de efeito (“sem ter o que comer”) acabou subsidiando uma publicação também enganosa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência pelo PT, que tuitou: “O Brasil tem hoje 33 milhões de pessoas que vão dormir todos os dias sem ter o que comer”.

Alguns veículos de imprensa também reproduziram o discurso. O Estadão, por exemplo, em seu editorial de 9 de junho, afirmou que “são 33,1 milhões de brasileiros que dormem e acordam todos os dias sabendo que não terão o que comer”.

Relatório do estudo tem vários vestígios de politização
A pesquisa que chegou à estatística dos 33,1 milhões – isto é, 15,5% da população brasileira – é a segunda edição do “VIGISAN – Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”. Na primeira edição, publicada no começo de 2021, o número de brasileiros na mesma situação era de 19,1 milhões, ou seja, 9% da população.

Como mostra o gráfico acima, que faz parte do relatório, os dados são apresentados pela Pensann como uma continuidade de estudos do IBGE feitos desde 2004 sobre a situação alimentar do brasileiro. De fato, a metodologia descrita na pesquisa foi semelhante à que o IBGE usou nas últimas edições da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Por isso, segundo especialistas consultados pela Gazeta do Povo, não há problema em que os dados obtidos pelo Instituto Vox Populi, que aplicou o questionário da EBIA em parceria com a Pensann, sejam comparados com os do IBGE. O que tem claro viés político, segundo eles, é a interpretação que o relatório do VIGISAN faz dos dados.

O estudo fala, por exemplo, que há uma “onda deformadora do Estado, em curso desde 2016”. Afirma ainda que os pobres foram “deserdados por um Estado gerenciado sob a doutrina neoliberal e sob a obsessão pelo equilíbrio fiscal e controle de gastos”. Também diz que houve um “desmonte de políticas públicas”, sem especificar quais políticas relacionadas à fome foram desmanteladas e sem mostrar a correlação dos dados com isso.

“Teria que mostrar o elo causal entre uma política pública específica e a variação que eles observaram nos dados, e isso não é simples de se fazer”, diz Lucas Azambuja, doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais de Belo Horizonte (Ibmec-BH). “Eles fazem uma ilação com relação às políticas públicas. Mas a gente tem um contexto de pandemia, em que boa parte da população perdeu o seu emprego. Aquelas pessoas que trabalhavam com a economia informal deixaram de ter a sua renda, que já era baixa. Até as pessoas que pediam na rua ficaram sem recursos, porque as outras pessoas deixaram de circular. Houve toda uma estrutura que prejudicou as pessoas mais vulneráveis”, afirma.

Para Fernando Schüler, doutor em Filosofia e mestre em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), há sinais evidentes de politização no texto do relatório. “A pior forma de tratar o tema da pobreza é politizar a questão. Muitos governos têm responsabilidade por este estado de coisas. Na crise de 2015 e 2016, mais de quatro milhões de pessoas cruzaram para baixo da linha da pobreza extrema em apenas três anos. Depois houve um outro salto, durante a pandemia. O que o Brasil precisa é combinar políticas de crescimento econômico, via ganhos de produtividade, e programas estruturais de combate à pobreza que transcendam este ou aquele governo”, argumenta.

Chama a atenção no texto do relatório a pouca relevância que se dá às restrições de circulação impostas durante a pandemia como causa do aumento da pobreza. Desde 2020, vários economistas e sociólogos fizeram alertas sobre as potenciais consequências desastrosas dos excessos nas políticas de restrição à circulação, os chamados lockdowns.

“Eu especulo que a intenção do relatório é realmente subsidiar certo discurso político no campo da oposição ao governo atual. Não se vão colocar em primeiro plano as reais causas do problema, que são conhecidas. A gente enfrentou aquela situação escolhendo a questão do lockdown. Isso teve consequências, que estão chegando de maneira mais evidente agora”, diz Azambuja.

“Já se imaginava que isso ia acontecer lá no início, quando anunciaram as primeiras medidas de distanciamento social, de fechamento do comércio e das atividades. Já se sabia que isso ia impactar. E isso não se retoma do dia para a noite. Várias pessoas tiveram a sua vida desestruturada por causa dessas medidas. A pessoa tende a demorar, por exemplo, para conseguir um emprego novo ou pagar uma dívida que acabou assumindo em razão das dificuldades daquele momento”, acrescenta.

Segundo ele, em uma situação como a da pandemia, em que muitos brasileiros simplesmente deixaram de trabalhar, os mecanismos de transferência de renda são a principal política pública para resolver a situação emergencial. “E eles não cessaram. Muito pelo contrário, o auxílio foi ampliado”, diz.

ONGs e entidades que apoiaram a pesquisa têm viés de esquerda
Entre as ONGs e entidades que apoiaram a pesquisa realizada pela Pensann, algumas têm claro viés esquerdista e costumam atacar diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL) em declarações oficiais, o que põe em dúvida a imparcialidade do estudo. A Oxfam Brasil, por exemplo, publicou em seu site oficial no dia 10 de junho uma nota com o título: “Bolsonaro despreza fome de brasileiros na Cúpula das Américas”.

“É estarrecedor ver um presidente da República brasileiro afirmar em uma reunião de líderes internacionais, sem pudor algum, que o Brasil alimenta 1 bilhão de pessoas pelo mundo e evitou uma crise alimentar global, na semana em que um relatório de pesquisadores da área de segurança alimentar e nutricional revela que há mais de 33 milhões de pessoas passando fome no país. Foi o que aconteceu nesta sexta-feira (10/6), na Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles (EUA)”, diz a organização.

Em abril, a Oxfam e outra ONG parceira do estudo da Pensann, a Actionaid, assinaram uma carta contra o indulto de Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), afirmando que “o chefe do Executivo intensifica as afrontas e o tensionamento junto às instituições, em especial o STF, em mais um passo no processo de erosão da nossa democracia”.

Silvio Caccia Bava, presidente do conselho administrativo da Actionaid, é comentarista da TVT, emissora de rádio mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Entre suas últimas falas, Caccia Bava já disse que o “governo Bolsonaro abriu Amazônia para predação”, que sob Bolsonaro “o Brasil se torna cada vez mais um pária no mundo”, que o presidente “está tentando uma ruptura institucional”, e que “Lula se consolida como a alternativa para sairmos da crise”.

Para Lucas Azambuja, as organizações que apoiaram o estudo têm viés político claro, e isso se reflete no texto do relatório. “O jogo da política, especialmente em um ano eleitoral, é um jogo de quem consegue transferir a culpa para quem, quem consegue fazer mais acusações. Esse vai ser o jogo da campanha política, e essas são organizações que têm claras vinculações políticas. É por isso que elas acabam assumindo essa retórica de responsabilizar pelo fenômeno da fome o desmonte de políticas públicas. Aquilo que eles chamam de desmonte é, basicamente, o fato de que as políticas públicas hoje são encaminhadas por uma outra nuvem política que não a daqueles que produziram o relatório”, afirma.

Nas redes sociais, defensores do governo reagem
Além de Lula, vários políticos e formadores de opinião de esquerda usaram o discurso dos “33 milhões” como munição contra o governo Bolsonaro nas redes sociais. Apoiadores do atual presidente responderam com apelos para que a esquerda refresque a memória sobre o início da pandemia, quando os alertas sobre os riscos do lockdown para a economia brasileira eram frequentes.

O próprio presidente falou sobre o assunto em entrevista à CBN Recife na última segunda-feira (13). “O preço dos produtos da cesta básica subiu bastante. Agora, como é que começou isso daí? Começou com a pandemia, mas não por culpa do vírus, por culpa dos governadores”, disse Bolsonaro.

Entre as críticas ao estudo, alguns usuários de redes sociais apontaram que os pesquisadores do Pensann e do Instituto Vox Populi entrevistaram mais pessoas do Nordeste e do Norte, onde a situação de pobreza é mais grave, do que do Sudeste e do Sul.

Uma das responsáveis pela pesquisa da Pensann, a médica epidemiologista Ana Maria Segall explica que o tipo de amostragem usado no estudo é idêntico ao do IBGE, e que mais pessoas do Nordeste e do Norte são entrevistadas porque a população dessas regiões é mais dispersa, e não por causa de um viés da pesquisa. Depois das entrevistas, corrigem-se os dados para que se represente fielmente a população brasileira. “Os municípios são muito pequenos. Como a população é muito menor, você precisa de mais gente para conseguir o número de pessoas que são necessárias para dar visibilidade ao dado que está sendo pesquisado”, diz.

Segundo ela, toda a coleta de dados feita pelos funcionários do Instituto Vox Populi seguiu o padrão do IBGE. “A POF e a PNAD, do IBGE, usam o que se chama de ‘amostra-mestra’. O IBGE tem uma forma de coletar informações, de fazer uma amostra, que é usada em todas as suas pesquisas. Depois, você usa um método para expandir essa amostra e torná-la representativa da população. Com isso, você pode dizer qual é o volume daquela população que está na condição que está sendo apontada”, afirma Segall.

Raphael Nishimura, diretor de Operações de Amostragem em Pesquisas de Levantamento da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, diz que a ideia de que entrevistar mais pessoas de determinada população indique viés da pesquisa é “um erro de concepção bastante comum em amostragem”, e que a opção por uma amostra maior do Nordeste e do Norte só serve para tornar os dados mais precisos. “Subpopulações, como região, não precisam ser selecionadas proporcionalmente na amostra, desde que elas sejam devidamente ajustadas na análise por meio de ponderação. Inclusive, a maiorias das pesquisas acaba fazendo uma sobreamostragem para algum tipo de subpopulação de interesse. Isso é feito justamente para se obter estimativas com melhor precisão para essas subpopulações do que poderiam ser obtidas caso fossem selecionadas em quantidade proporcional à população”, explica.

Embora seja politicamente tendencioso em seu relatório, o estudo da Pensann traz dados que não deixam de ser preocupantes do ponto de vista social. Em comparação com o estudo publicado pela rede em 2021, o aumento do número de pessoas com insegurança alimentar grave é expressivo: os que se encontram nessa situação são agora 15,5% da população brasileira, contra 9% na pesquisa anterior. “Há duas questões muito importantes: o volume de pessoas em situação de fome no Brasil e a velocidade da piora. Houve uma aceleração muito grande entre o final de 2020 e o início de 2022”, diz Segall.

O Ministério da Cidadania foi procurado diversas vezes ao longo da última semana pela reportagem da Gazeta do Povo para comentar a pesquisa, mas não se manifestou.

O IBGE também foi procurado pela reportagem, mas afirmou que “não comenta estudos elaborados por outras instituições”, mesmo que sejam parcialmente baseados nos microdados do instituto.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/fome-no-brasil-o-que-esta-por-tras-da-estatistica-dos-33-milhoes/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

 

CÂMARA DOS DEPUTADOS DEVE ADOTAR MEDIDAS PARA EVITAR AUMENTO DE PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS

 

Câmara Dos Deputados
PorGazeta do Povo


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).| Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta quinta-feira (16) em suas redes sociais que irá convocar uma reunião de líderes para discutir a política de preços da Petrobras. O anúncio foi motivado pela decisão da estatal de autorizar mais um reajuste nos preços dos combustíveis a partir da próxima semana.

“A República Federativa da Petrobras, um país independente e em declarado estado de guerra em relação ao Brasil e ao povo brasileiro, parece ter anunciado o bombardeio de um novo aumento nos combustíveis. Enquanto tentamos aliviar o drama dos mais vulneráveis nessa crise mundial sem precedentes, a estatal brasileira que possui função social age como amiga dos lucros bilionários e inimiga do Brasil”, afirmou Lira ao anunciar a reunião.

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, também fez críticas à estatal em suas redes. “Basta! Chegou a hora. A Petrobras não é de seus diretores. É do Brasil. E não pode, por isso, continuar com tanta insensibilidade, ignorar sua função social e abandonar os brasileiros na maior crise do último século”, disparou.

Gasolina e diesel
Conselho da Petrobras aprova mais um reajuste dos combustíveis em reunião tensa
Por
Gazeta do Povo

Rio de Janeiro – Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)


| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O conselho de administração da Petrobras decidiu nesta quinta-feira (16) autorizar mais um reajuste do diesel e da gasolina. O valor do reajuste, entretanto, não foi informado – a previsão é de que o anúncio seja feito nesta sexta-feira (17). Mas já se sabe que o aumento passa a valer semana que vem.

A decisão do reajuste foi tomada em reunião tensa de três horas na sede da petrolífera no Rio de Janeiro. A reunião foi convocada pelo presidente pelo presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Márcio Weber.

A companhia vem praticando no mercado interno preços abaixo do vendido no mercado internacional. A defasagem do diesel é de 18%, após 36 dias sem reajuste, segundo dados desta quarta-feira (15) da Associação Brasileira dos Importadores e Combustíveis (Abicom). Já o preço da gasolina está há 96 dias sem alteração e com uma defasagem de 14%, de acordo com a associação.

Semana passada, a Petrobras divulgou nota defendendo a “prática de preços competitivos” para a “garantia do abastecimento doméstico”. Com a alta do petróleo no mercado internacional e a valorização do dólar frente ao real, a companhia pode começar a ter prejuízo caso não aplique sua política de paridade de preços.

“Sem a prática de preços de mercado, não há estímulo para o atendimento ao mercado brasileiro pelos diversos agentes do setor. Dessa forma, a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado é condição necessária para que o país continue sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diversos agentes”, disse a empresa no comunicado divulgado no último dia 8.

Pressão do governo para conter alta dos combustíveis
O comunicado da companhia foi divulgado em meio a uma série de críticas e pressões do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a política de preços da estatal. A vontade pessoal de Bolsonaro é de pôr fim ao modelo de preço de paridade de importação (PPI) adotado pela Petrobras. No entanto, o presidente da República não pode intervir na estatal.

Pouco antes da reunião do conselho da Petrobras se encerrar nesta quinta, o presidente voltou a criticar fortemente a postura da empresa. “Espero que a Petrobras não queira aumentar o preço de volta nesse momento em que estamos negociando a redução do ICMS nos combustíveis, com a boa vontade dos parlamentares”, declarou Bolsonaro antes de saber do resultado.

O presidente ressaltou que pretende na próxima semana trocar integrantes do conselho para poder alterar a política de preço dos combustíveis.

As críticas foram reiteradas nessa semana pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que defendeu novamente a privatização da estatal. No final de maio, Lira afirmou que a empresa registra lucros abusivos e não tem função social.

Hoje, uma das maiores preocupações do governo federal é como resolver a alta no preço dos combustíveis. No início deste mês, uma parte da ala governista chegou a cogitar a possibilidade da edição de um novo decreto de calamidade pública para flexibilizar as regras fiscais e permitir maiores gastos para subsidiar os combustíveis.

No último dia 6, Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram um plano para tentar aprovar no Senado o projeto de lei complementar (PLP) 18/22 que fixa um teto de 17% do ICMS sobre os combustíveis e ao mesmo tempo reduzir o preço dos combustíveis ao consumidor final e conter a pressão inflacionária. Definida estado por estado, a alíquota para alguns desses itens ultrapassa 30% em alguns casos e deverá ser reduzida imediatamente após a sanção.

Além disso, o governo federal acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender as leis estaduais e do Distrito Federal que fixam alíquotas de ICMS sobre combustíveis. Segundo o documento, “em diversos Estados da Federação a alíquota da tributação de combustíveis como a gasolina chega a ser quase o dobro da alíquota geral, ou, ainda, a quarta parte em relação a bens supérfluos”.

Congresso aprovou teto do ICMS para combustíveis
Nesta quarta-feira (15), a Câmara dos Deputados aprovou o PLP 18/2022 e encaminhou o texto para sanção presidencial. Para garantir a aprovação a União se comprometeu a cobrir parcialmente as perdas até 31 de dezembro de 2022, ainda que a desoneração seja permanente.

Além do teto para o ICMS, o projeto aprovado prevê outras desonerações para combustíveis. Até 31 de dezembro serão reduzidos a zero o PIS/Cofins e a Cide incidentes sobre gasolina e etanol, inclusive importados.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/conselho-da-petrobras-aprova-mais-um-reajuste-dos-combustiveis-em-reuniao-tensa/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...