sábado, 4 de junho de 2022

JUBILEU DE PLATINA DA RAINHA ELIZABETH II

 

The Economist

Foto: AP Photo/Matt Dunham – Jornal Estadão

Por The Economist

Reinado de 70 anos não tem precedentes e comemorações mostram que rainha cumpre seu papel

Seu primeiro compromisso oficial desacompanhada ocorreu em 1942, quando ela passou em revista à tropa dos Guardas Granadeiros no Castelo de Windsor. Mais de 21 mil inaugurações de estabelecimentos e placas se seguiram, entre mais de 200 retratos oficiais e mais de 300 mil telegramas de congratulações enviados para súditos centenários. Neste fim de semana, o Reino Unido celebra outro importante marco para a rainha Elizabeth II: o Jubileu de Platina, que comemora seus 70 anos no trono.

Grande parte do que transcorre durante as comemorações de quatro dias é objetivamente extravagante. Pessoas usando enormes chapéus desfilaram montadas a cavalo. Um almoço em Windsor tentará bater o cobiçado recorde da maior mesa de refeição do mundo.

A lei dos números exagerados sugere que alguém deverá morrer em algum acidente em algum evento temático do jubileu – engasgado em um ovo à escocesa, talvez, ou estrangulado por uma bandeirola. Ainda assim, apesar de sua estranheza, o jubileu não é mero pavê (apesar de o Pudim do Jubileu ser um pavê).

Membros da família real britânica na missão pelo Jubileu de Platina, uma celebração que a rainha Elizabeth não compareceu
Membros da família real britânica na missão pelo Jubileu de Platina, uma celebração que a rainha Elizabeth não compareceu  Foto: Aaron Chown/Pool photo via AP

Walter Bagehot, editor de Economist no século 19, dividiu o estatuto britânico em dois campos, o dignificante e o eficiente. O jubileu – e mais especificamente a mulher em seu coração – mostrará que a monarca, exemplo de um Estado digno, está cumprindo com seu lado da barganha. Isso importa acima de tudo quando o governo, longe de ser eficiente, está consumido em escândalo e introspecção. As virtudes que a rainha representa, de continuidade e consenso, não são qualidades pequenas no Reino Unido dos tempos modernos.

Por sua própria natureza, o jubileu representa continuidade. Um reinado de 70 anos não tem precedente na monarquia britânica. A rainha passou por 14 primeiros-ministros e poderá conhecer o 15.º no futuro próximo. Ela se encontrou com 4 papas e 13 presidentes americanos; somente Lyndon Johnson não tocou suas luvas brancas.

Elizabeth é tema recorrente na vida de milhões de britânicos, 87% dos quais nunca conheceram outro chefe de Estado. Uma monarquia hereditária é projetada para sobreviver à morte dos ocupantes do trono: a rainha, aos 96 anos, já está entregando algumas de suas atribuições para o príncipe Charles. Mas sua longevidade tem simbolizado a constância do Estado mesmo quando outras instituições vacilam.

Aprovação

Em relação ao consenso, isso emana da aprovação à rainha. Oito em cada dez britânicos têm opinião positiva sobre ela; pessoas de todas as idades pensam nela favoravelmente. Ampla concordância é atualmente algo mais raro no Reino Unido do que já foi. A maioria das pessoas ainda vê a si mesma mais enquanto favorável ou contrária ao Brexit, em vez de expressar lealdades a partidos políticos.

Jubileu de Platina: veja as comemorações em Londres

Começaram nesta quinta-feira, 2, as comemorações pelo Jubileu de Platina da rainha Elizabeth II, que completa 70 anos a frente do trono britânico. Foto: Aaron Chown/ AFP.
Elizabeth bateu o recorde da rainha Vitória, que ficou a frente do trono por 63 anos. Foto: Andrew Matthews/PA via AP.

Os políticos buscam temas desagregadores para galvanizar seus apoiadores, e símbolos do Estado não estão imunes. O governo exalta orgulho na bandeira. Promove o uso da coroa como símbolo em copos de cerveja, enquanto libertação da tirania da União Europeia. Está refletindo sobre o retorno de medidas imperiais, esperando que o pensamento de abrir o Instapound em seus telefones fomentará fervor entre apoiadores. A rainha transcende tais disparates: é uma figura unificadora em um país mais tribal.

A coisa nem sempre foi assim. A expressão contida da rainha não lhe ajudou de nenhuma maneira após a morte da princesa Diana em um acidente de trânsito em Paris, em 1997. Ainda assim, o consenso em seu favor flui neste momento daquelas mesmas virtudes antiquadas da função e do autocontrole.

Bagehot reconhecia que o paroquialismo da família real era fonte de força constitucional: ela “adoça a política com a temperada adição de eventos agradáveis e belos”. A “vida fútil” sobre a qual ele escreveu estar em plena exibição neste fim de semana, juntamente com os dramas infinitos que envolvem os filhos e os netos da rainha.

A visão insensível de Elizabeth é como uma incógnita segurando uma bolsa de mão. Mas ela manteve seu lado do Estado britânico merecedor de celebração nas mentes de milhões. Seja qual for a visão que você tem da monarquia, trata-se de uma proeza. /TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

© 2022 THE ECONOMIST NEWSPAPER LIMITED. DIREITOS RESERVADOS. PUBLICADO SOB LICENÇA. O TEXTO ORIGINAL EM INGLÊS ESTÁ EM WWW.ECONOMIST.COM

 

 

 

 

 

 


ARMA A LASER

 

Da ficção à realidade

Foto: Corinna Kern/The New York Times

Por Isabel Kershner – Jornal Estadão

Arma está em desenvolvimento há anos, mas somente agora apresentou resultados satisfatórios para Israel

JERUSALÉM (THE NEW YORK TIMES) – Após duas décadas de pesquisa e experimentação, as autoridades de defesa de Israel agora afirmam que desenvolveram um protótipo de arma a laser capaz de atingir foguetes, morteiros, drones e mísseis que estiverem em voo. Segundo as autoridades, o sistema foi bem-sucedido em uma série de testes recentes de tiro ao alvo.

Durante os testes, feitos no sul de Israel, o armamento se provou capaz de destruir um foguete, um morteiro e um drone, provocando uma ovação de pé das autoridades que assistiam à realização. O primeiro-ministro israelense Naftali Bennett descreveu a arma como uma “virada estratégica” e prometeu “cercar Israel com uma parede de laser”. Centenas de milhões de dólares foram gastos no seu desenvolvimento.

Profissionais envolvidos na construção da arma afirmam que deve demorar anos até que ela esteja pronta para operar em conflitos armados. E, segundo especialistas, o uso da arma, quando estiver pronta, pode se limitar inicialmente a proteger Israel de foguetes. Autoridades israelenses não informaram se ela seria eficaz contra os mísseis guiados de precisão que Israel acusa o Hezbollah de desenvolver no Líbano.

Kibutz israelense é alvo de foguete disparado pelo Hezbollah
Kibutz israelense é alvo de foguete disparado pelo Hezbollah  Foto: Laetitia Vancon/The New York Times

Da ficção à realidade

Ainda assim, as armas a laser passaram dos filmes de ficção científica e da fantasia dos jogos para a realidade. Pelo menos uma arma desse tipo, a Helios, da empresa Lockheed Martin, já começou a ser implantada em navios da Marinha dos Estados Unidos.

“Há muito trabalho promissor com laser em andamento”, disse Thomas Karako, membro sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington. “Isso não é mais ficção científica de ‘Star Wars’.”

De acordo com Karako, o Exército dos EUA também trabalha no desenvolvimento de armas a laser, incluindo armas mais poderosas, capazes de derrubar mísseis de cruzeiro, e se prepara para começar a implantá-las.

No entanto, os feixes de laser conhecidos ainda possuem sérias limitações, como não poder atravessar nuvens. Nenhum desses equipamentos foi testado em batalha até o momento.

Um salto tecnológico

No caso do sistema de defesa aérea a laser de Israel, chamado Iron Beam, as autoridades pretendem utilizá-lo como complemento, e não substituto, de outros equipamentos do arsenal militar do país – incluindo o Iron Dome, conhecido sistema de interceptação de mísseis de curto alcance, e os sistemas de interceptação de mísseis de médio e longo alcance.

O premiê de Israel, Naftali Bennet, fala em proteger o país com uma parede de laser
O premiê de Israel, Naftali Bennet, fala em proteger o país com uma parede de laser Foto: Gil Cohen-Magen/Pool via REUTERS

O funcionamento dos sistemas existentes é diferente das armas a laser. Enquanto os antigos funcionam disparando pequenos mísseis em direção aos projéteis inimigos, o novo concentra feixes de laser em um ponto específico do projétil – um míssil, por exemplo – para aquecê-lo a ponto dele explodir no ar. O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, disse que Israel foi “um dos primeiros países do mundo” a desenvolver tal arma.

O general de brigada Yaniv Rotem, chefe da equipe de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Defesa, disse que durante os testes de março a nova arma foi capaz de interceptar as ameaças em segundos após a detecção e a uma distância de até 10 quilômetros. Nos testes anteriores, o tempo de resposta era de minutos.

Busca por armas a laser coleciona fracassos

Em 1983, o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, criou a Iniciativa de Defesa Estratégica, amplamente ridicularizada como “Guerra nas Estrelas”, para encontrar uma forma de derrubar mísseis balísticos nucleares. Os militares buscaram o uso da tecnologia a laser, mas abandonaram os esforços em 1993 depois de gastar mais de US$ 200 bilhões em dez anos.

A pesquisa em torno da tecnologia continuou em outros programas. No final da década de 1990, Israel e os EUA tentaram produzir um sistema experimental de laser de alta energia com alcance menos ambicioso, com o objetivo de destruir foguetes em voo. O programa ficou conhecido como Nautilus e foi abandonado em 2005, em parte devido às dificuldades de transportar o sistema e ao baixo desempenho apresentado.

A tecnologia usada antes era do laser químico, que exige produtos químicos corrosivos e tóxicos para induzir um feixe e um maquinário quase do tamanho de um laboratório local. Agora, os sistemas utilizam o laser de estado sólido, que precisa apenas de grandes quantidades de eletricidade para funcionar.

Jovem israelense passa por destroços de foguete lançado de Gaza contra Israel
Jovem israelense passa por destroços de foguete lançado de Gaza contra Israel Foto: Dan Balilty/The New York Times

Em um avanço tecnológico recente, os desenvolvedores israelenses dizem que foram capazes de combinar e concentrar muitos feixes de laser, em uma intensidade muito alta, em um único ponto específico de um alvo aéreo.

O Ministério da Defesa de Israel recentemente concedeu um contrato no valor de mais de US$ 100 milhões à estatal Rafael Advanced Defense Systems Ltd., a principal fabricante do sistema a laser. A estatal trabalha com a tecnologia há cerca de 20 anos. Somente nos últimos dois anos, entretanto, conseguiram resolver algumas complicações – como o tamanho e a baixa eficácia.

“Tivemos problema com energia, rastreamento e capacidade de furar a atmosfera”, declarou Michael Lurie, vice-presidente e chefe da Diretoria de Sistemas de Manobra Terrestre da Rafael. “Neste momento, o que enfrentamos são desafios de engenharia. Mas sabemos que o sistema funciona”.

Nova tecnologia tem baixo custo, diz Israel

Autoridades israelenses dizem que a principal vantagem do Iron Beam será o custo. Segundo Bennett, a cada interceptação do Iron Beam serão gastados cerca de US$ 3,50 por tiro. Em comparação, os sistemas atuais de defesa custam dezenas de milhares de dólares para cada míssil disparado.

Além disso, o Iron Dome é fortemente subsidiado pelos Estados Unidos, que alocaram um bilhão de dólares adicionais para a arma no orçamento de 2022, no momento em que a ajuda militar dos EUA a Israel se torna cada vez mais controversa. Israel também compartilha o conhecimento do sistema a laser com os americanos, disseram autoridades israelenses.

Segundo general Yaniv Rotem, o preço gasto com o Iron Beam é equivalente à quantia gasta por inimigos – com munições, artilharias e outros armamentos – ao longo de duas semanas de conflito. A tecnologia seria primeiro alocada ao redor da Faixa de Gaza, afirmou o general, e depois ao longo de todas as fronteiras hostis de Israel.

O professor Gabi Siboni, especialista em estratégia militar do Instituto de Estratégia e Segurança de Jerusalém, um centro de pesquisa israelense, avaliou que Israel nunca abandonou a ideia da tecnologia a laser. “Será mais barato, mais seguro e dependente menor do rearmamento”, declarou.

Para o futuro, Israel trabalha em uma nova tecnologia capaz de interceptar ameaças acima das nuvens. O sistema atual, por enquanto, é ineficaz em condições nebulosas e nubladas – e por isso vai servir como um complemento aos outros sistemas de defesa.

Entretanto, o custo real para implantar e operar o Iron Beam ainda é uma dúvida para os especialistas. Ao contrário de um lançador tradicional, que pode enviar vários mísseis contra diversos alvos simultaneamente, as armas a laser precisam se concentrar em um alvo antes de passar para outro, de acordo com a avaliação de Tal Inbar, especialista independente em espaço e mísseis e pesquisador sênior na Missile Defense Advocacy Alliance, uma organização americana.

Isso leva a uma necessidade de vários equipamentos a laser – o que eleva o custo. “Mesmo que sejam descritos como muito baratos porque precisam apenas de eletricidade”, disse Inbar.

Entretanto, o barato é relativo. No ano passado, por exemplo, Israel utilizou caças F-35, os aviões de guerra mais sofisticados do país. para interceptar dois drones do Irã no espaço aéreo de um país vizinho, disse um alto oficial militar sob anonimato. Ele destacou que os custos dos israelenses em casos como esses, em que os alvos são foguetes e drones relativamente baratos, são discrepantes com os gastos inimigos. Com o Iron Beam, as autoridades israelenses esperam corrigir esse desequilíbrio.

GAMIFICAÇÃO NAS EMPRESAS

 

Tomás Camargos

A gamificação se tornou muito comum dentro de corporações que buscam um clima mais humanizado e híbrido após a pandemia; especialista pontua os principais mitos e verdades sobre o tema

Pensando em um mundo pós-pandemia, as empresas precisaram se reinventar para manter seus colaboradores engajados, para isso têm investido na gamificação, ou seja, implementam técnicas de jogos para engajar colaboradores. Empresas como iFood, Dasa, Votorantim, Hermes Pardini, Maersk, entre outras, já adotam a estratégia, com o intuito de levar saúde e qualidade de vida para seus colaboradores.

Mas quais as principais características da gamificação? Como podemos implementar? Segundo Tomás Camargos, sócio-fundador da VIK – startup que nasceu para ajudar as empresas a melhorarem a saúde de seus colaboradores, implementando um programa que visa transformar a vida das pessoas e o resultado das corporações -, essa é uma forma lúdica de engajar e trazer leveza para os colaboradores que, muitas vezes, encontram-se estressados com as tarefas do dia a dia. “Games proporcionam interação, amizade, momento de descontração e ainda uma motivação, pois sempre deve haver uma premiação no final”, comenta o empresário.

Confira abaixo os principais mitos e verdades sobre o tema:

Traz motivação para os colaboradores: Verdade. A gamificação pode ser aplicada de diversas formas, como um programa que promove saúde, por meio da atividade física, em que é possível criar uma competição saudável entre os membros de uma equipe, com uma premiação no final para quem fizer mais pontos. “Não importa como o game será aplicado, ele sempre terá o intuito de promover uma maior interação e fazer com que os colaboradores não se tornem robôs. Hoje, os colaboradores buscam felicidade acima de tudo”, complementa o especialista.

Em 2022, vão aparecer em aplicativos móveis: Verdade.  Uma tendência para o próximo ano é que os programas de gamificação poderão ser controlados por dispositivos móveis. O público consome notícias e conteúdos por meio dos smartphones e os aplicativos têm dominado o mercado com a chegada de novas startups. “Em 2022, essa será a tendência que as pessoas procurarão”, pontua.

Melhoria no raciocínio lógico: Verdade. Jogos exigem concentração, foco e outras diversas habilidades que também precisamos ter no ambiente de trabalho. Assim, é uma forma de proporcionar isso para os membros de uma equipe, de uma forma prazerosa. ” Hoje as pessoas querem trabalhar em um lugar leve, que usufrua de suas habilidades e intensifique seus pontos positivos”, diz Tomás.

Não é possível medir resultados: Mito. Como citado acima, os programas gamificados para empresas tendem a migrar para o mundo digital. E, junto com a tecnologia, surgem formas de medir os resultados daquele determinado game. “Na VIK, por exemplo, enviamos um relatório de pontos de cada colaborador, o engajamento e índices do programa. É uma forma de mostrar a importância dos resultados para quem paga a conta”, comenta Tomás.

Ainda de acordo com ele, um programa como este tornou-se ainda mais importante durante o período de pandemia, quando olhar para a própria saúde e para a de quem está ao redor se tornou essencial. Além disso, dentro do ambiente corporativo, cuidar dos colaboradores é uma forma de aproximá-los ainda mais da empresa. “Cada vez mais as empresas enxergam que as pessoas que cuidam da saúde física e mental, têm melhor autoestima, estão mais dispostas ao trabalho, a novos desafios. Quando uma pessoa muda um hábito de saúde, ela se sente mais empoderada. Principalmente em um período tão delicado como o da pandemia, para a empresa ter sucesso é preciso investir em quem faz a coisa acontecer”, finaliza Tomás.

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Tomás Camargos

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

•             O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.

•             A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.

•             Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.

•             No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.

•             O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 100.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 1.000.000 de visitantes.

•             O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.

•             A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

        O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.

•             A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

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Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sexta-feira, 3 de junho de 2022

LEI DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

Alimentos seguros

Por
Marcos Tosi

EXPEDIÇÃO SAFRA MG/GO – RIO VERDE – 28/11/2013 – AGRNEGÓCIO – Expedição Safra Minas Gerais e Goiás, passando por Rio Verde e região. Pulverizando de veneno para evitar a proliferação da helicoverpa. – Foto: Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo


Planta de soja em lavoura de Rio Verde, Goiás| Foto: Antônio More / Arquivo Gazeta do Povo

Dentre os líderes da produção agrícola mundial, o Brasil é o país que enfrenta seus competidores com o freio de mão puxado quando se trata da adoção de novas moléculas para controle de pragas e doenças. Por aqui, costuma demorar de oito a 10 anos – há casos de 12 anos – até que um defensivo agrícola mais moderno e eficiente consiga obter registro para ingressar no mercado. Em nossos principais competidores esse prazo costuma ser, em média, de três a quatro anos.

O problema não estaria na má vontade dos órgãos de regulação e aprovação – Agência de Vigilância Sanitária, Ibama e Ministério da Agricultura –, mas nos trâmites administrativos para pedidos de novos registros, que seguem ritos de mais de 30 anos atrás. A lei atual é de 1989, época quando ainda vigoravam os processos em papel, quando a internet sequer existia no Brasil.

Depois de 20 anos tramitando na Câmara, o fato é que o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002, chamado de Projeto Alimento Mais Seguro pelos defensores, e de Pacote do Veneno pela oposição, foi aprovado pelos deputados em fevereiro e aguarda reanálise no Senado, casa de origem da proposição. As diferenças semânticas, e conceituais, chegam à própria nomenclatura adotada no Brasil para os defensivos agrícolas. O país é o único no mundo que usa o termo “agrotóxico” para classificar essas substâncias. A proposta do projeto é substituir por “pesticidas”, como já são classificados em outros países falantes da língua portuguesa e do inglês. O entendimento é de que o termo “agro” da palavra agrotóxico pode sugerir o uso apenas no meio rural, mas os mesmos princípios ativos estão presentes tanto nas lavouras como em raticidas, inseticidas e desinfetantes.

Lei pretende dar celeridade à análise dos registros
Dizendo que tentará “conciliar interesses” entre o desenvolvimento econômico e a questão ambiental, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu que a votação do Projeto de Lei seguirá seu curso normal nas comissões, “sem açodamento”.

Desde a aprovação na Câmara, oposicionistas, ambientalistas e ONGs intensificaram a campanha para barrar a atualização da lei. Em abaixo-assinado online, o Greenpeace, por exemplo, alardeia algo que não está no texto: afirma que o projeto irá “tirar o poder de decisão de aprovação da Anvisa e do Ministério do Meio Ambiente, transferindo a responsabilidade exclusivamente para o Ministério da Agricultura”.

A distorção irrita o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. “Uma mentira quando muitas vezes contada se torna uma verdade. É muito simples, é só pegar o texto e ler. Está muito claro. O órgão registrador é o Ministério da Agricultura e continua sendo o Ministério da Agricultura. Quem faz a análise de toxidade é a Anvisa e continua sendo a Anvisa; quem analisa se faz mal ao meio ambiente é o Ibama, e continua sendo o Ibama. Quem faz registro é o Ministério da Agricultura e isso não mudou. O que precisamos é de uma legislação que dê celeridade na análise, para dizer sim ou não.”.

Anvisa e Ibama seguirão com voz ativa no registro dos pesticidas
Christian Lohbauer, presidente da Croplife Brasil – associação que reúne especialistas, instituições e empresas da área de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a agricultura – compartilha do espanto com a crítica a algo que não está no projeto. “Nunca mudou nada no perfil de avaliação. A única coisa que aconteceu, é que, antes, do ponto de vista administrativo, você pagava uma taxa para as três entidades fazerem uma avaliação. Agora é só uma taxa para o Ministério da Agricultura. E se a Anvisa indeferir um produto, o ministério pode deferir? Ora, ele sempre pôde, mas certamente não vai fazer isso. Por que a responsabilidade será de quem assinar o deferimento. E se houver um indeferimento da Anvisa, eu não conheço nenhum cristão que terá coragem de assinar um documento que a Anvisa desautoriza por questões toxicológicas”.

De fato, o texto é claro quanto às atribuições. O Capítulo III do PL, Seção I, inciso VII do Artigo 5º, que trata das competências dos órgãos federais, afirma que caberá ao Ministério da Agricultura “definir e estabelecer prioridades de análise dos pleitos de registro de pesticidas para os órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde e do meio ambiente de acordo com os alvos biológicos de maior importância econômica”. Caio Carbonari, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e vice-presidente da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas, destaca tratar-se de uma reorganização dos fluxos de tramitação, e diz que é legítimo que o Ministério da Agricultura defina prioridades de análise, no sentido de determinar o que é importante para a agricultura brasileira. “É uma atualização que permite convergência regulatória e científica com o resto do mundo. E tem gente que trata como pacote do veneno, sem se debruçar sobre a questão científica”, observa.

Nova lei dos defensivos dá prazo para análise dos pedidos de registro
Para assegurar que um pedido de registro de um defensivo não fique “esquecido” ou ignorado por tempo indeterminado, o projeto de lei estabelece a possibilidade do Registro Temporário (RT). Isso ocorrerá quando o solicitante cumprir as exigências legais, mas não houver manifestação conclusiva dos órgãos governamentais no prazo de dois anos. Para que esse RT seja concedido, no entanto, será preciso que os produtos já estejam registrados para culturas ou usos ambientais similares em pelo menos três países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Considerando que o ser humano é o ser humano, e a natureza é a natureza, se três países estão usando aquele produto, a autorização temporária será dada. A oposição trata esse tema como se fosse uma liberalização geral, como se fosse uma pressão das empresas colocando goela abaixo do sistema regulatório a aprovação de qualquer produto, e não é disso que se trata. Simplesmente, como o Brasil tem um problema crônico de informatização, digitalização, equipe, tempo de aprovação e análise de dossiês tecnológicos, é preciso colocar um limite de prazo para que a agricultura brasileira não perca tempo”, afirma Lohbauer.

Maior parte dos registros envolve ingredientes ativos já existentes
Além de se posicionarem contra a desburocratização do processo de análise de novas moléculas para controle de pragas e doenças, os opositores do projeto professam um suposto “liberou geral” para o uso dos defensivos. E citam a aprovação de 562 produtos em 2021, sem explicar que 34% foram matéria prima destinada à indústria, 16,4% pesticidas biológicos, 47,5% pesticidas químicos desenvolvidos a partir de moléculas antigas e somente 2,1% pesticidas químicos desenvolvidos a partir de novas moléculas. Ou seja, grande parte dos “novos produtos” envolve o registro de genéricos, pequenas modificações em bulas e novas marcas comerciais de ingredientes ativos que, por vezes, já existem no mercado há vários anos.

O número que deve ser olhado, aponta Carbonari, é o dos ingredientes ativos novos. Em 2019, havia 29 desses ingredientes na fila dos órgãos reguladores no Brasil, dos quais 17 já estavam em uso nos Estados Unidos, 16 no Canadá, 15 na Austrália e 14 no Japão e na União Europeia. “Ou seja, a grande maioria desses produtos que estão em análise aqui, e de fato são novos produtos, já está em uso em muitos países desenvolvidos, com sistema regulatório rigoroso. E não quer dizer que os EUA estejam pleiteando o registro dos 29 produtos que estão na nossa fila, por que vários deles podem simplesmente não ser importantes para a agricultura americana ou europeia, mas podem ser muito importantes para o Brasil. A cana-de-açúcar, por exemplo, é uma demanda nossa”, completa Carbonari.

Num prazo de 16 anos (2006-2021) o Brasil aprovou apenas 51 novas moléculas de defesa vegetal na área química. A média de aprovação tem sido de 3,2 novas moléculas por ano. E quando chegam aqui já estão sendo utilizadas nos principais mercados concorrentes. Atualmente, segundo a Croplife, 28 moléculas aguardam avaliação do governo brasileiro.

Polarização apenas prejudica imagem do país
No artigo “A modernização da lei dos defensivos agrícolas é urgente”, publicado no Jornal da USP em março último, o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) José Otávio Menten, enfatizou a necessidade de um novo marco regulatório. “O conhecimento científico e o avanço tecnológico permitem afirmar que novos ingredientes químicos destinados ao combate das pragas agrícolas são sempre mais eficientes e trazem menores riscos ambientais e à saúde humana. (…) As divergências existentes a respeito do Projeto de Lei devem ser resolvidas com base na ciência, na tecnologia e no conhecimento. A intensa polarização somente prejudica a imagem do nosso país”.

E aquele discurso de que é preciso segurar a entrada de novos agroquímicos, em defesa da saúde dos brasileiros? Carbonari, da Unesp, sublinha que raciocínio deveria ser exatamente o contrário. “A indústria e a ciência dos defensivos tiveram um avanço muito significativo. Retardar o acesso a essas tecnologias, de maneira geral, só acarreta prejuízo no sentido de evoluirmos mais rápidos para produtos mais seguros”. Ele cita como exemplo o glifosato, herbicida mais utilizado no mundo. “Ele foi desenvolvido na década de 70. Na comparação com o que entrou no mercado a partir dos anos 2000, a redução da dose média é de 88%. Isso demonstra como esses produtos têm se tornado progressivamente mais seguros, com uma especificidade muito maior, que não têm impacto ambiental toxicológico maior, do ponto de vista do ser humano, da macro e da microfauna”.

Processo de aprovação de defensivos é semelhante ao dos remédios
Todo o processo de pesquisa, desenvolvimento e aprovação de defensivos guarda muitas similaridades com a produção de novos remédios. “De fato, são produtos que passam por sistemas de analises bastante rigorosos. No caso dos pesticidas, o processo regulatório é tão crítico como o uso do medicamento. E há similaridade inclusive na questão dos genéricos. Uma vez que passou pela aprovação, o produto está no mercado, é permitido o acesso àquele mesmo ingrediente ativo por meio de outras marcas comerciais. E ninguém vai usar mais ou menos porque tem mais marcas comerciais no mercado”, sublinha Carbonari, que é doutor em proteção de plantas e pós-doutor em pesquisa de manejo com produtos naturais.

Outra novidade da lei está no padrão para análise regulatória. Em vez do conceito de análise de perigo, entra a metodologia da análise de risco, como já acontece nos países de produção agrícola mais expressiva, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Argentina. “O perigo é subjetivo. Sair de carro de manhã para trabalhar envolve perigo. Se sair com o carro sem manutenção, pneu careca, sem carteira de habilitação ou embriagado, o risco é inaceitável. A lei não permite. Mas se estou com a manutenção em dia, tenho habilitação e dirijo na velocidade correta, o risco é calculado e aceitável. Isso deve estar muito claro e precisa ser seguido”, sublinha Carbonari.

Produto velho perde eficácia e sai mais caro para os produtores

Não será fácil o caminho para o PL 6.2999/2002 virar lei. O presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Jaques Wagner (PT-BA), declarou após aprovação pelos deputados que “se avançar no Senado como veio da Câmara Federal será um desastre do ponto de vista ambiental. Irá permitir que mais agrotóxicos cheguem à mesa dos brasileiros, além de promover o completo desmonte da regulação dos agrotóxicos no país”.

Lohbauer, da Cropscience, que é também cientista político e foi candidato a vice-presidente da República pelo Novo, em 2018, espera que a nova lei seja aprovada até julho. “Porque se não for, provavelmente no segundo semestre não será votado nada neste país. Não consigo ver quem tem interesse de manter a utilização de produto velho na agricultura. O produto velho, que é o que o PT promove quando fica com essa política antitecnologia, é produto que vai perdendo eficácia, e quando perde eficácia tem que usar mais. Além de ser mais caro para o produtor, a eficiência e produtividade são mais baixas. Então, não dá para entender a conta que esse pessoal faz, que não seja uma conta fantasiosa, ilusória, desviada do que significa a tecnologia no campo”.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/por-que-a-nova-lei-dos-agrotoxicos-sera-boa-para-o-pais/
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PERSEGUIÇÃO DA PRÓPRIA JUSTIÇA À LAVA JATO

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, durante entrevista no estúdio do jornal Gazeta do Povo


Deltan Dallagnol durante entrevista em 2019: ex-procurador recebeu notificação do TCU cobrando R$ 2,8 milhões relativos a diárias e passagens supostamente irregulares de membros da Lava Jato.| Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

De tudo o que vem sendo feito em todas as esferas de poder para desconstruir a Operação Lava Jato, anular seus resultados, criminalizar os que a conduziram e garantir que nunca mais algo semelhante ocorra no Brasil, poucas ações ou decisões desafiam tanto o bom senso, a lógica e a lei quanto uma notificação recentemente enviada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ao ex-procurador Deltan Dallagnol, que coordenou a força-tarefa da Lava Jato. Nela, a corte de contas pede que ele devolva aos cofres públicos R$ 2,8 milhões relativos a passagens e diárias de procuradores durante o andamento das investigações do petrolão, em um processo aberto após representação do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU) e, para a surpresa de absolutamente ninguém, da bancada do Partido dos Trabalhadores.

O relator do processo, ministro Bruno Dantas, ignorou o parecer da Secretaria de Controle Externo da Administração do Estado (SecexAdministração) do próprio TCU, que “registrou não ter identificado indícios contundentes de desvio de finalidade ou de outras irregularidades nos valores gastos no âmbito da Lava Jato”, como admite o ministro em um despacho datado de novembro de 2021 que ordenava a apuração e detalhamento dos valores gastos. Em vez disso, Dantas optou por uma crítica ao modelo de força-tarefa e, apesar da recomendação da SecexAdministração para que o processo fosse arquivado, seguiu adiante na tentativa de responsabilizar os procuradores; em abril, ele votou pela abertura de processo de Tomada de Contas Especial, sendo seguido pelos outros membros da Segunda Câmara do TCU.

No combate ao crime, os órgãos dele encarregados precisam fazer as escolhas mais eficientes, ainda que não necessariamente sejam as mais baratas. O modelo de força-tarefa escolhido pela PGR para a Lava Jato se mostrou acertadíssimo

Para justificar o ataque à Lava Jato, Dantas afirma em seu voto que “faltaram estudos que avaliassem outras alternativas e demonstrassem tecnicamente que esse modelo de gestão era o que melhor atendia ao interesse público”, mas que “tem razão o Ministério Público de Contas ao asseverar que a opção adotada pela Procuradoria-Geral da República não representou o menor custo possível para a sociedade brasileira” e que “não é crível que seria impossível promover medidas mais aderentes ao princípio da economicidade na escolha do modelo de força-tarefa”. Ou seja, estamos tratando de uma conclusão que deriva de premissa inexistente: se não há estudos (nem da PGR, nem do MPTCU) sobre o custo de “outras alternativas”, como pode o MPTCU “asseverar” que os gastos foram indevidos? Assevera-se com base em quê? Apenas na intuição dos perseguidores, para quem seria suficiente afirmar que “não é crível” que a força-tarefa não pudesse ter economizado. Como se não bastasse, ainda que não tivesse sido o responsável por autorizar as despesas, Dallagnol está sendo cobrado em R$ 2,8 milhões sem que a notificação explique qual a sua responsabilidade nos gastos e qual seria a irregularidade cometida.

Por fim, é preciso questionar que isenção têm os membros da Segunda Câmara para determinar a abertura de processo contra os procuradores da Lava Jato. Afinal, o relator Dantas, conforme amplamente divulgado pela imprensa, foi um dos convidados do jantar oferecido pelo grupo Prerrogativas, de advogados anti-Lava Jato, em homenagem ao ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula, no fim de 2021. Apenas isso já é bastante grave, mas os colegas de câmara de Dantas têm ainda mais “contas a acertar” com a Lava Jato. Tanto Antonio Anastasia quanto Aroldo Cedraz foram denunciados ao Supremo no âmbito da operação (as denúncias foram rejeitadas) – o filho de Cedraz chegou a ser preso na 45.ª fase da Lava Jato, em 2017. O nome de Augusto Nardes apareceu em delações premiadas, e o ministro foi alvo de operação da Polícia Federal. Ainda que nada disso possa configurar impedimento legal, é evidente que a proximidade do relator com o protagonista do esquema desvendado pela Lava Jato e o fato de os outros três ministros terem sido, em algum momento, alvos da operação (ainda que não necessariamente da parte da força-tarefa de Curitiba) desqualifica moralmente a todos eles.


É evidente que os enormes resultados da Lava Jato, inclusive os financeiros, em termos de dinheiro devolvido aos cofres públicos, não justificam gastos exorbitantes; o poder público pode e deve zelar pelo bom uso do dinheiro do contribuinte. Mas é preciso deixar bem claro que, no combate ao crime, os órgãos dele encarregados precisam fazer as escolhas mais eficientes, ainda que não necessariamente sejam as mais baratas. O modelo de força-tarefa escolhido pela PGR para a Lava Jato se mostrou acertadíssimo. O megaesquema petista para sua perpetuação no poder por meio do saque a estatais, em conluio com empreiteiras e partidos da base aliada, era altamente intrincado, repleto de ramificações. Algo dessa ordem de grandeza jamais seria desvendado em detalhes se não tivesse sido possível reunir especialistas no tipo de crime que estava sendo combatido e mantê-los em um regime de dedicação exclusiva às investigações. Obviamente, para que os membros do MP mais capacitados a essa tarefa pudessem desenvolver a contento seu trabalho, gastos com viagens e hospedagem eram necessários.

Ainda que se argumente que teria sido possível montar uma força-tarefa gastando menos, seria preciso que os acusadores demonstrassem como teria sido possível fazê-lo. Isso não ocorreu, pois o próprio relator admite não haver estudos a esse respeito. E se, apesar dessa admissão, o TCU exige ressarcimentos milionários de quem nem mesmo chegou a assinar as autorizações para as despesas, não há outra palavra a usar a não ser “perseguição”. No ritmo atual, não surpreenderá se, mais adiante, o TCU determinar de uma vez que o dinheiro seja enviado diretamente à coordenação da campanha de Lula ao Planalto, como forma de “indenizar” o petista…


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/tcu-deltan-dallagnol-lava-jato/
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VÍCIO ESTATÍSTICO NAS ELEIÇÕES

 

Intenção de voto
Por
Wesley Oliveira
Brasília


Pesquisa eleitoral para presidente| Foto: Gazeta do Povo

Com o aumento no número de institutos de pesquisas no Brasil, os levantamentos sobre os cenários eleitorais se tornaram cada vez mais frequentes. Chama a atenção, porém, a diferença entre os resultados e índices apresentados pelos institutos, que, muitas vezes, fazem levantamentos no mesmo período de tempo.

Isso acontece por causa dos chamados house effects, ou viés da casa (não confundir com ação tendenciosa), termo técnico usado por pesquisadores de opinião pública para se referir a vieses sistemáticos (ou vícios estatísticos) que podem estar associados a diferentes institutos de pesquisa.

De acordo com Daniel Marcelino, analista de dados e especialista em métodos quantitativos, modelos de previsão e pesquisas de opinião, os house effects não se tratam de viés político ou partidário, mas de escolhas feitas pelo instituto responsável pelo levantamento que podem involuntariamente superestimar ou subestimar um candidato.

“Cada instituto de pesquisa desenvolve alguns mecanismos para obter a melhor eficiência. Essas combinações geram metodologias diferentes e têm a ver com a técnica de pesquisa de cada instituto. Por exemplo, o que serve para o Datafolha às vezes não serve para o Paraná Pesquisas”, explica Marcelino.

Para estimar a amostragem de seus levantamentos, por exemplo, o Paraná Pesquisas tem como base os dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, segundo registros no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por outro lado, o levantamento mais recente do Datafolha tem como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2021.

“Tem um debate dentro da associação de empresas de pesquisa com uma lista de melhores práticas. Esse debate, pode ser, por exemplo, usar dados mais recentes possíveis. Como tudo é muito ambíguo, você não sabe exatamente o que é dado mais recente. O dado do Censo mais recente, infelizmente, é o de 2010. Então se um instituto parte do pressuposto que uma PNAD pode substituir o Censo, ela pode usar esses dados que são, em tese, mais recentes”, completa o analista de dados.

As diferenças metodológicas usadas quase sempre provocam discrepâncias quando se compara uma pesquisa com outra. Vejam os casos da Paraná Pesquisa e do Datafolha, exemplos citados anteriormente.

O último levantamento da Paraná Pesquisas, divulgado na quarta-feira (1º), mostrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tecnicamente empatados na corrida presidencial, com 41,4% e 35,3% das intenções de voto, respectivamente.

Já o levantamento do Datafolha divulgado na última quinta-feira (26) trouxe Lula com 48% das intenções de voto contra 27% de Bolsonaro, diferença que indica a possibilidade de vitória já no primeiro turno.

TSE dá transparência a “house effects” de institutos que fazem pesquisas eleitorais 
De acordo com Daniel Marcelino, os levantamentos divulgados pelos institutos são retratos de momento e servem para tomadas de decisões de partidos ou de empresas contratantes. Em ano eleitoral, por exemplo, muitas das escolhas metodológicas tomadas pelos institutos são publicadas de forma transparente no sistema de registro de pesquisas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Alguns institutos com metodologia presencial escutam mensalmente cerca de 3 mil pessoas e têm margem de erro de mais ou menos 2 pontos percentuais. Outros, que também fazem levantamentos presenciais e que escutam apenas 1 mil pessoas quinzenalmente, possuem uma margem de erro de 3,2 pontos percentuais.

“Uma pesquisa de opinião ou pesquisa eleitoral não tem uma precisão que muitas vezes as empresas vendem ou que as pessoas querem acreditar, ela não é tão precisa”, defende Marcelino.

Na avaliação do analista de dados, essas escolhas metodológicas são responsáveis pela variação de resultados entre um instituto e outro durante uma campanha eleitoral. Além da metodologia, a ordem das perguntas ou até mesmo o uso de sorteio em uma ou mais etapa podem interferir no resultado do levantamento.

Por exemplo, se a pesquisa perguntar a intenção de voto apresentando uma lista em ordem alfabética e sem rodízio dos nomes, pode influenciar os resultados para os primeiros candidatos da lista. Com isso, cada instituto pode superestimar ou subestimar um candidato, por conta de sua metodologia.

“Tem empresa que divide eleitor jovem entre 16 e 17 anos, outras já colocam entre 16 e 24 anos. Ou seja, uma cota muito mais larga. Não necessariamente você tem que encontrar uma pessoa de 16 anos pra responder. Quando você coloca de 16 a 24 anos, pode ser todo mundo de 24 anos, pode ser todo mundo de 22. Todas essas escolham metodológicas influenciam no resultado”, defende o analista.

Institutos usam a mesma estrutura para coleta da dados
De acordo com Marcelino, essas escolhas de vieses refletem nos custos de cada levantamento e nas informações que o contratante deseja obter daquele levantamento.

“Você querer ouvir um morador de São Gabriel da Cachoeira (AM) implica em você ter que deslocar um pesquisador num dia da semana, na segunda, e ele só voltar na sexta-feira para ouvir, sei lá, duas pessoas. Tudo isso tem um custo envolvido. Poucas empresas fazem isso. Por exemplo, uma pesquisa Datafolha para presidente custa R$ 430 mil e uma pesquisa da Quaest custa cerca de R$ 200 mil”, explica.

Para o analista, a diferença de valores ou de pontos metodológicos não garante que uma pesquisa seja melhor que a outra. “Isso que é o pior de tudo, isso não garante que a pesquisa mais cara é melhor. Quando falo melhor, digo no sentido de chegar mais perto do cenário real”, completa Marcelino.

Durante a elaboração dos números e coleta dos dados, diversos institutos costumam usar a mesma equipe em diferentes regiões do país, segundo Marcelino.

“Toda empresa tem os seus métodos de questionários ou de sorteios. Mas tanto uma empresa quanto outra, quando vai fazer uma pesquisa nacional, seja telefônica ou presencial, a equipe de coleta é terceirizada. Por exemplo, o Paraná Pesquisas possivelmente está usando a mesma estrutura que o IPEC, mas com metodologias diferentes”, explica.

Na avaliação do analista, o eleitor comum precisa entender os vieses dos institutos e que, na maioria das vezes, as empresas apresentam resultados parecidos. “Claro que tem alguns erros, tem algumas pesquisas que sai muito fora do intervalo aceitável. Mas a grosso modo, mesmo com essas diferenças metodológicas, elas estão ali falando a mesma coisa”, afirma.

Ainda de acordo com Marcelino, uma pesquisa não deve ser analisada apenas pelos números de quem está à frente ou atrás numa corrida eleitoral. Para ele, é preciso entender que todos os institutos têm os seus vieses para que a análise dos números seja mais completa.

“As pesquisas eleitorais são de grande interesse dos partidos, empresas e mídia. Mas os relatórios precisam ser analisados com mais profundidade. A empresa que contratou a pesquisa, o partido ou candidato não usa apenas para ver quem está na frente ou atrás. O que mais interessa para um partido é saber onde o seu candidato vai bem, onde ele vai mal ou em qual espaço que uma empresa tem pra melhorar seu empreendimento. O cruzamento e a frequência são muito mais importantes”, completa o analista de dados.


Os “house effects” nos resultados das pesquisas para Lula e Bolsonaro
Através de agregadores de pesquisas é possível ver os house effects estimados de cada instituto de pesquisa para cada candidato. Os números representam quanto cada candidato pode ser subestimado ou superestimado em pontos percentuais por conta dos vieses dos institutos.

De acordo com o agregador de pesquisas do JOTA, no primeiro trimestre deste ano, os vieses calculados são representados assim:

Percentual de viés relativo para Lula

Sensus: -2 pontos até +4 pontos percentuais 
Ranking Brasil: -6 pontos até 0 ponto percentual 
Quaest: +2 pontos até +4 pontos percentuais 
PoderData: -2 pontos até 0 ponto percentual 
Paraná Pesquisas: -2 pontos até 0 ponto percentual 
MDA: -2 pontos até +4 pontos percentuais 
Ipespe: +2 pontos até +4 pontos percentuais 
IDEIA: -2 pontos a +2 pontos percentuais 
Futura: -4 pontos até 0 ponto percentual 
FSB: -2 pontos até +2 pontos percentuais 
Datafolha: -2 pontos até +4 pontos percentuais 
Percentual de viés relativo para Bolsonaro

Sensus: -6 pontos até 0 ponto percentual 
Ranking Brasil: 0 ponto até +6 pontos percentuais 
Quaest: -4 pontos até 0 ponto percentual 
PoderData: 0 até +4 pontos percentuais 
Paraná Pesquisas: 0 até +4 pontos percentuais 
MDA: -2 pontos até +2 pontos percentuais 
Ipespe: -2 pontos até 0 ponto percentual 
IDEIA: -2 pontos até 0 ponto percentual 
Futura: +4 pontos até +6 pontos percentuais 
FSB: -2 pontos até +2 pontos percentuais 
Datafolha: -6 pontos até -2 pontos percentuais 
Metodologia das pesquisas citadas
O Paraná Pesquisas entrevistou pessoalmente 2.020 eleitores entre os dias 26 e 30 de maio de 2022 em 164 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança atinge 95%. O levantamento foi contratado pela corretora BGC Liquidez e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-04618/2022.

O Datafolha entrevistou 2.556 eleitores entre os dias 25 e 26 de maio em 181 cidades. O levantamento foi contratado pelo jornal Folha de S. Paulo e está registrado no TSE com o protocolo BR-05166/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.


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MARCO TEMPORAL INDÍGENA FICA EM SEGUNDO PLANO NO STF

 

Demarcação indígena

Por
Alexandre Garcia
De Santa Cruz do Sul (RS)

Indígenas de várias etnias fazem caminhada para acompanhar em frente ao STF a votação do chamado Marco temporal indígena


Indígenas se manifestam em frente ao STF à espera do julgamento do marco temporal para demarcação de terras: tema interessa diretamente ao agronegócio| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Há uma decisão que interessa ao agronegócio, que está sob insegurança muito grande quanto ao direito de propriedade. O Supremo Tribunal Federal começou no ano passado a julgar o chamado marco temporal para demarcação de terras indígenas. Ou seja, vai dizer se terras onde o pessoal hoje está plantando são indígenas. É isso que está em discussão.

O julgamento ia recomeçar no dia 23 de junho, mas o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), adiou, tirou de pauta. Seria melhor que resolvesse logo, né? Porque é só uma questão de ler, língua portuguesa, o tempo do verbo.

Olha o que diz a Constituição no artigo 231: são indígenas os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente “ocupam”. Ocupam é presente do indicativo. Presente do indicativo é naquele dia, ou seja, 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Não é terras que “ocuparam ou ocuparão”. É “ocupam”.

É só ler, mas parece que aqui no Brasil tem um desejo sádico de prejudicar o futuro, de atrapalhar. E aí fica essa discussão, mas, enfim, essa questão foi empurrada para frente.

Crítica não é ataque
O ministro do STF Edson Fachin, que é presidente do TSE, está chamando de “ataques contra à democracia” as críticas que têm sido feitas ao processo de apuração, ao processo eleitoral. Eu acho que é uma questão de democracia, liberdade e abertura não considerar crítica como ataque. Crítica, inclusive, ajuda.

Se as pessoas estão em dúvida quanto à transparência, quanto à segurança da apuração, está aí a sugestão das Forças Armadas para aumentar essa segurança e a transparência, mas o TSE não aceitou. Isso que é estranho.

PCO no inquérito das fake news
O Partido da Causa Operária (PCO), que é de extrema esquerda, fez mais uma declaração que desagradou o Supremo Tribunal Federal. A primeira foi em setembro do ano passado, quando falou em “arrancar os cabelos e cuspir” nos ministros da Corte. Na época não aconteceu nada, afinal eles não eram de direita.

Mas, agora, o ministro Alexandre Moraes incluiu o partido no “inquérito das fake news” e intimou o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, para prestar depoimento em até uma semana. O partido postou no Twitter que Moraes é um “skinhead de toga”, pediram a dissolução do STF e disseram que a repressão dos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores.

Agora é estranho que, pelo menos eu não vi, esse pedido de investigação contra o PCO não tenha vindo do Ministério Público. Porque o artigo 127 da Constituição diz que o MP é essencial no processo. Mas não foi.


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TEM GENTE QUE CONSIDERA O TRABALHO DO LADRÃO - ROUBAR

 

Inversão de valores

Por
J.R. Guzzo


Professor de Roraima quis fazer crer em sala de aula que um assaltante está exercendo o seu trabalho| Foto: Pixabay

A notícia saiu na Gazeta do Povo, e foi confirmada pelas autoridades competentes: um professor de escola secundária de Roraima afirmou, em plena sala de aula, que um assaltante tem o direito de roubar as pessoas porque está apenas “trabalhando”. Ele é um cidadão injustiçado e carente que, em seu entender, precisa ganhar a vida, etc, etc, etc; não há nada de errado, nem de anormal, em sair por aí metendo um revólver na cara dos outros para roubar o que precisa, etc, etc, etc.

Qual é o problema? Ele tem o direito de prover o seu sustento como todo mundo, não é mesmo? Um aluno perguntou se estaria certo ele trabalhar dez anos seguidos para comprar um carro, por exemplo, e ter de entregar o seu carro para o ladrão. Tudo o que o professor fez foi dizer que “ninguém” consegue comprar um carro no Brasil com dez anos de trabalho, diante de toda essa injustiça social que, segundo ele, está aí. Fora isso, deu uma bronca no aluno.

É possível fazer todo tipo de comentário diante de um despropósito desses, mas, com certeza, há um que estará errado: dizer que isso só acontece em Roraima ou em algum outro fim de mundo desse “brasilzão” atrasado. Falso. Pode acontecer em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em Brasília, em qualquer escola e em qualquer dia do ano letivo.

Na verdade, o manifesto social do professor de Roraima é tão parecido com a posição semioficial da esquerda brasileira sobre crime e criminosos, mas tão parecido, que não dá para ver bem qual é a diferença. Afinal das contas, gente muitíssimo mais conhecida do que ele diz basicamente a mesma coisa – e é considerada a quinta essência do progressismo nacional. O professor está apenas repetindo o que ouve falarem nestas cumeeiras de sabedoria.

Como esperar outra coisa? Um dos peixes mais graúdos da advocacia criminal brasileira, devoto fervoroso da candidatura Lula à Presidência, não disse recentemente, na frente de todo mundo, que os crimes pelos quais a Justiça brasileira condenou o ex-presidente deveriam ser esquecidos? “Já aconteceu”, disse ele. “O que adianta punir?”

Ou seja: o sujeito mata a mãe, mas já que a mãe está morta mesmo, não adianta nada punir o filho, certo? O advogado em questão julgou oportuno, também, dar uma lição de ciência penal ao público. “Não se ache que a punição irá combater a corrupção”, afirmou. Na sua opinião, segundo se pode deduzir, o corrupto está apenas “trabalhando” para assegurar o próprio sustento – algo mais ou menos na mesma linha de raciocínio exibida pelo professor que defende os assaltantes. Qual é a grande diferença?

Num país em que um condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes, é candidato à Presidência da República, é possível esperar tudo – a começar pela defesa do crime nas salas de aula. Essa indulgência plenária para os delinquentes vale, até mesmo, quando as suas vítimas estão dentro dos círculos mais elevados da esquerda lulista.

Como se noticiou amplamente, um filho do ex-presidente foi assaltado há pouco no centro de São Paulo e, automaticamente, absolveu os bandidos. De quem é a culpa, então? Segundo o filho de Lula, o culpado é “o Bolsonaro” – ele “não adota políticas sociais” e, em consequência disso, os cidadãos saem por aí assaltando os outros. O professor de Roraima, como se vê, poderia ser um consultor valioso da campanha de Lula.


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LULA É UM DEMOCRATA?

 

  1. Opinião Jornal Estadão

Lula pretende se apresentar como ‘salvador da democracia’ no País, mas sua natureza autoritária se impõe, ao debochar do PSDB e da inteligência do eleitor

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Há poucos dias, diante de simpatizantes reunidos em um teatro da capital paulista, o ex-presidente Lula da Silva decretou o fim do PSDB, com ar de deboche. “Um senador do PFL disse uma vez que era preciso acabar com a ‘desgraça do PT’, o Jorge Bornhausen. O PFL acabou. Agora, quem acabou foi o PSDB”, disse o eterno candidato petista à Presidência.

Eis aí a natureza de Lula em seu esplendor. O chefão petista diz e repete que pretende ser líder de um amplo movimento suprapartidário para nada menos que “salvar a democracia”, mas, quando está entre os seus, deixa claro o que entende por “democracia”: um regime em que o PT governa sem oposição.

Um genuíno democrata, especialmente quem se arvora em líder insubstituível de uma formidável “frente ampla” pela democracia, jamais celebraria o fim de um partido. E não é o fim de um partido qualquer, mas um que desde sua fundação, em 1988, legou à sociedade brasileira um vistoso conjunto de conquistas civilizatórias como poucos partidos jamais farão. O PT de Lula sempre negou todas essas conquistas.

Mais tarde, talvez advertido por assessores sobre a gravidade dessa agressão gratuita, especialmente no momento em que tenta atrair o apoio de lideranças tucanas para sua candidatura, Lula tentou contemporizar, afirmando que o Brasil “era feliz quando a polarização era entre PT e PSDB”. Segundo o petista, tratava-se de uma relação “civilizada”. Nada mais distante da realidade.

Quando estiveram na oposição, os petistas pediram o impeachment do tucano Fernando Henrique Cardoso e sabotaram os esforços para estabilizar a economia, resumidos no Plano Real. Em São Paulo, são inesquecíveis as imagens da agressão física cometida por militantes petistas contra o então governador de São Paulo, Mário Covas, em junho de 2000. “Eles (os tucanos) têm de apanhar nas ruas e nas urnas”, disse à época o prócer petista José Dirceu. O Brasil não era feliz e sabia.

Uma vez no poder, Lula inventou que havia recebido uma “herança maldita” dos governos tucanos, criando um inimigo para levar a culpa por todos os problemas e, de quebra, excitar a militância petista contra qualquer forma de oposição. Não há malandragem discursiva capaz de mudar essa história – que, de resto, está na gênese do esgarçamento das relações sociais que culminaram com a desmoralização da política como meio de concertação democrática no Brasil. Triunfou o vale-tudo.

Fosse Lula um candidato nanico, nada disso teria muita importância. Mas o petista é o líder das pesquisas de intenção de voto e aparece hoje como favorito para vencer a eleição de outubro, razão pela qual tudo o que diz sinaliza o que potencialmente está por vir. E a perspectiva é sombria.

O perigo de uma eventual vitória de Lula não se manifesta somente nos momentos em que reafirma sua vocação autoritária. Preocupa igualmente sua visão tacanha de mundo. Em vários momentos, Lula parece que está disputando a direção de um centro acadêmico, não a Presidência da República.

Num discurso constrangedor, disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “nunca fez um discurso para dar 1 dólar para quem está morrendo de fome na África” enquanto destina US$ 40 bilhões à Ucrânia para “comprar armas”. Imagine-se o regozijo da militância petista, para quem os Estados Unidos são o que há de pior no mundo, mas o pior ainda estava por vir: na sequência, Lula prometeu cancelar a privatização da Eletrobras e ainda sugeriu que as empresas privadas querem se apropriar não só da energia, mas “das águas dos nossos rios”.

Num mesmo fôlego, Lula – que se apresenta ao País como “democrata” e que se pretende “moderno”, em contraste com o atraso bolsonarista – exercitou o mais retrógrado antiamericanismo, demonstrou profunda ignorância sobre a agressão criminosa da Rússia contra a Ucrânia, ameaçou romper contratos de privatização e, de quebra, caracterizou investidores privados como piratas insaciáveis dos recursos naturais do País.

Esse é o Lula – irredutível demagogo e incorrigível autoritário – que quer ser visto como o redentor do Brasil.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...