Reinado de 70 anos não tem precedentes e comemorações mostram que rainha cumpre seu papel
Seu primeiro compromisso oficial desacompanhada ocorreu em 1942,
quando ela passou em revista à tropa dos Guardas Granadeiros no Castelo de Windsor.
Mais de 21 mil inaugurações de estabelecimentos e placas se seguiram,
entre mais de 200 retratos oficiais e mais de 300 mil telegramas de
congratulações enviados para súditos centenários. Neste fim de semana,
o Reino Unido celebra outro importante marco para a rainha Elizabeth II: o Jubileu de Platina, que comemora seus 70 anos no trono.
Grande parte do que transcorre durante as comemorações de quatro dias
é objetivamente extravagante. Pessoas usando enormes chapéus desfilaram
montadas a cavalo. Um almoço em Windsor tentará bater o cobiçado
recorde da maior mesa de refeição do mundo.
A lei dos números exagerados sugere que alguém deverá morrer em algum
acidente em algum evento temático do jubileu – engasgado em um ovo à
escocesa, talvez, ou estrangulado por uma bandeirola. Ainda assim,
apesar de sua estranheza, o jubileu não é mero pavê (apesar de o Pudim
do Jubileu ser um pavê).
Membros
da família real britânica na missão pelo Jubileu de Platina, uma
celebração que a rainha Elizabeth não compareceu Foto: Aaron Chown/Pool
photo via AP
Walter Bagehot, editor de Economist no século 19, dividiu o
estatuto britânico em dois campos, o dignificante e o eficiente. O
jubileu – e mais especificamente a mulher em seu coração – mostrará que a
monarca, exemplo de um Estado digno, está cumprindo com seu lado da
barganha. Isso importa acima de tudo quando o governo, longe de ser
eficiente, está consumido em escândalo e introspecção. As virtudes que a
rainha representa, de continuidade e consenso, não são qualidades
pequenas no Reino Unido dos tempos modernos.
Por sua própria natureza, o jubileu representa continuidade. Um
reinado de 70 anos não tem precedente na monarquia britânica. A rainha
passou por 14 primeiros-ministros e poderá conhecer o 15.º no futuro
próximo. Ela se encontrou com 4 papas e 13 presidentes americanos;
somente Lyndon Johnson não tocou suas luvas brancas.
Elizabeth é tema recorrente na vida de milhões de britânicos, 87% dos
quais nunca conheceram outro chefe de Estado. Uma monarquia hereditária
é projetada para sobreviver à morte dos ocupantes do trono: a rainha,
aos 96 anos, já está entregando algumas de suas atribuições para o
príncipe Charles. Mas sua longevidade tem simbolizado a constância do
Estado mesmo quando outras instituições vacilam.
Aprovação
Em relação ao consenso, isso emana da aprovação à rainha. Oito em
cada dez britânicos têm opinião positiva sobre ela; pessoas de todas as
idades pensam nela favoravelmente. Ampla concordância é atualmente algo
mais raro no Reino Unido do que já foi. A maioria das pessoas ainda vê a
si mesma mais enquanto favorável ou contrária ao Brexit, em vez de
expressar lealdades a partidos políticos.
Jubileu de Platina: veja as comemorações em Londres
Os políticos buscam temas desagregadores para galvanizar seus
apoiadores, e símbolos do Estado não estão imunes. O governo exalta
orgulho na bandeira. Promove o uso da coroa como símbolo em copos de
cerveja, enquanto libertação da tirania da União Europeia.
Está refletindo sobre o retorno de medidas imperiais, esperando que o
pensamento de abrir o Instapound em seus telefones fomentará fervor
entre apoiadores. A rainha transcende tais disparates: é uma figura
unificadora em um país mais tribal.
A coisa nem sempre foi assim. A expressão contida da rainha não lhe ajudou de nenhuma maneira após a morte da princesa Diana em
um acidente de trânsito em Paris, em 1997. Ainda assim, o consenso em
seu favor flui neste momento daquelas mesmas virtudes antiquadas da
função e do autocontrole.
Bagehot reconhecia que o paroquialismo da família real era fonte de
força constitucional: ela “adoça a política com a temperada adição de
eventos agradáveis e belos”. A “vida fútil” sobre a qual ele escreveu
estar em plena exibição neste fim de semana, juntamente com os dramas
infinitos que envolvem os filhos e os netos da rainha.
A visão insensível de Elizabeth é como uma incógnita segurando uma
bolsa de mão. Mas ela manteve seu lado do Estado britânico merecedor de
celebração nas mentes de milhões. Seja qual for a visão que você tem da
monarquia, trata-se de uma proeza. /TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO
Arma está em desenvolvimento há anos, mas somente agora apresentou resultados satisfatórios para Israel
JERUSALÉM (THE NEW YORK TIMES) – Após duas décadas de pesquisa e experimentação,as autoridades de defesa de Israelagora
afirmam que desenvolveram um protótipo de arma a laser capaz de atingir
foguetes, morteiros, drones e mísseis que estiverem em voo. Segundo as
autoridades, o sistema foi bem-sucedido em uma série de testes recentes
de tiro ao alvo.
Durante os testes, feitos no sul de Israel, o armamento se provou
capaz de destruir um foguete, um morteiro e um drone, provocando uma
ovação de pé das autoridades que assistiam à realização. O
primeiro-ministro israelense Naftali Bennett descreveu
a arma como uma “virada estratégica” e prometeu “cercar Israel com uma
parede de laser”. Centenas de milhões de dólares foram gastos no seu
desenvolvimento.
Profissionais envolvidos na construção da arma afirmam que deve
demorar anos até que ela esteja pronta para operar em conflitos armados.
E, segundo especialistas, o uso da arma, quando estiver pronta, pode se
limitar inicialmente a proteger Israel de foguetes. Autoridades
israelenses não informaram se ela seria eficaz contra os mísseis guiadosde precisão que Israel acusa o Hezbollah de desenvolver no Líbano.
Kibutz israelense é alvo de foguete disparado pelo Hezbollah Foto: Laetitia Vancon/The New York Times
Da ficção à realidade
Ainda assim, as armas a laser passaram dos filmes de ficção
científica e da fantasia dos jogos para a realidade. Pelo menos uma arma
desse tipo, a Helios, da empresa Lockheed Martin, já começou a ser implantada em navios da Marinha dos Estados Unidos.
“Há muito trabalho promissor com laser em andamento”, disse Thomas
Karako, membro sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais
em Washington. “Isso não é mais ficção científica de ‘Star Wars’.”
De acordo com Karako, o Exército dos EUA também trabalha no
desenvolvimento de armas a laser, incluindo armas mais poderosas,
capazes de derrubar mísseis de cruzeiro, e se prepara para começar a
implantá-las.
No entanto, os feixes de laser conhecidos ainda possuem sérias
limitações, como não poder atravessar nuvens. Nenhum desses equipamentos
foi testado em batalha até o momento.
Um salto tecnológico
No caso do sistema de defesa aérea a laser de Israel, chamado Iron Beam,
as autoridades pretendem utilizá-lo como complemento, e não substituto,
de outros equipamentos do arsenal militar do país – incluindo o Iron
Dome, conhecido sistema de interceptação de mísseis de curto alcance, e
os sistemas de interceptação de mísseis de médio e longo alcance.
O premiê de Israel, Naftali Bennet, fala em proteger o país com uma parede de laser Foto: Gil Cohen-Magen/Pool via REUTERS
O funcionamento dos sistemas existentes é diferente das armas a
laser. Enquanto os antigos funcionam disparando pequenos mísseis em
direção aos projéteis inimigos, o novo concentra feixes de laser em um
ponto específico do projétil – um míssil, por exemplo – para aquecê-lo a
ponto dele explodir no ar. O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz,
disse que Israel foi “um dos primeiros países do mundo” a desenvolver
tal arma.
O general de brigada Yaniv Rotem, chefe da equipe de Pesquisa e
Desenvolvimento do Ministério da Defesa, disse que durante os testes de
março a nova arma foi capaz de interceptar as ameaças em segundos após a
detecção e a uma distância de até 10 quilômetros. Nos testes
anteriores, o tempo de resposta era de minutos.
Busca por armas a laser coleciona fracassos
Em 1983, o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan,
criou a Iniciativa de Defesa Estratégica, amplamente ridicularizada
como “Guerra nas Estrelas”, para encontrar uma forma de derrubar mísseis
balísticos nucleares. Os militares buscaram o uso da tecnologia a
laser, mas abandonaram os esforços em 1993 depois de gastar mais de US$
200 bilhões em dez anos.
A pesquisa em torno da tecnologia continuou em outros programas. No
final da década de 1990, Israel e os EUA tentaram produzir um sistema
experimental de laser de alta energia com alcance menos ambicioso, com o
objetivo de destruir foguetes em voo. O programa ficou conhecido como
Nautilus e foi abandonado em 2005, em parte devido às dificuldades de
transportar o sistema e ao baixo desempenho apresentado.
A tecnologia usada antes era do laser químico, que exige produtos
químicos corrosivos e tóxicos para induzir um feixe e um maquinário
quase do tamanho de um laboratório local. Agora, os sistemas utilizam o
laser de estado sólido, que precisa apenas de grandes quantidades de
eletricidade para funcionar.
Jovem israelense passa por destroços de foguete lançado de Gaza contra Israel Foto: Dan Balilty/The New York Times
Em um avanço tecnológico recente, os desenvolvedores israelenses
dizem que foram capazes de combinar e concentrar muitos feixes de laser,
em uma intensidade muito alta, em um único ponto específico de um alvo
aéreo.
O Ministério da Defesa de Israel recentemente concedeu um contrato no
valor de mais de US$ 100 milhões à estatal Rafael Advanced Defense
Systems Ltd., a principal fabricante do sistema a laser. A estatal
trabalha com a tecnologia há cerca de 20 anos. Somente nos últimos dois
anos, entretanto, conseguiram resolver algumas complicações – como o
tamanho e a baixa eficácia.
“Tivemos problema com energia, rastreamento e capacidade de furar a
atmosfera”, declarou Michael Lurie, vice-presidente e chefe da Diretoria
de Sistemas de Manobra Terrestre da Rafael. “Neste momento, o que
enfrentamos são desafios de engenharia. Mas sabemos que o sistema
funciona”.
Nova tecnologia tem baixo custo, diz Israel
Autoridades israelenses dizem que a principal vantagem do Iron Beam
será o custo. Segundo Bennett, a cada interceptação do Iron Beam serão
gastados cerca de US$ 3,50 por tiro. Em comparação, os sistemas atuais
de defesa custam dezenas de milhares de dólares para cada míssil
disparado.
Além disso, o Iron Dome é fortemente subsidiado pelos Estados Unidos,
que alocaram um bilhão de dólares adicionais para a arma no orçamento
de 2022, no momento em que a ajuda militar dos EUA a Israel se torna
cada vez mais controversa. Israel também compartilha o conhecimento do
sistema a laser com os americanos, disseram autoridades israelenses.
Segundo general Yaniv Rotem, o preço gasto com o Iron Beam é
equivalente à quantia gasta por inimigos – com munições, artilharias e
outros armamentos – ao longo de duas semanas de conflito. A tecnologia
seria primeiro alocada ao redor da Faixa de Gaza, afirmou o general, e depois ao longo de todas as fronteiras hostis de Israel.
O professor Gabi Siboni, especialista em estratégia militar do
Instituto de Estratégia e Segurança de Jerusalém, um centro de pesquisa
israelense, avaliou que Israel nunca abandonou a ideia da tecnologia a
laser. “Será mais barato, mais seguro e dependente menor do
rearmamento”, declarou.
Para o futuro, Israel trabalha em uma nova tecnologia capaz de
interceptar ameaças acima das nuvens. O sistema atual, por enquanto, é
ineficaz em condições nebulosas e nubladas – e por isso vai servir como
um complemento aos outros sistemas de defesa.
Entretanto, o custo real para implantar e operar o Iron Beam ainda é
uma dúvida para os especialistas. Ao contrário de um lançador
tradicional, que pode enviar vários mísseis contra diversos alvos
simultaneamente, as armas a laser precisam se concentrar em um alvo
antes de passar para outro, de acordo com a avaliação de Tal Inbar,
especialista independente em espaço e mísseis e pesquisador sênior na
Missile Defense Advocacy Alliance, uma organização americana.
Isso leva a uma necessidade de vários equipamentos a laser – o que
eleva o custo. “Mesmo que sejam descritos como muito baratos porque
precisam apenas de eletricidade”, disse Inbar.
Entretanto, o barato é relativo. No ano passado, por exemplo, Israel
utilizou caças F-35, os aviões de guerra mais sofisticados do país. para
interceptar dois drones do Irã no espaço aéreo de um país vizinho,
disse um alto oficial militar sob anonimato. Ele destacou que os custos
dos israelenses em casos como esses, em que os alvos são foguetes e
drones relativamente baratos, são discrepantes com os gastos inimigos.
Com o Iron Beam, as autoridades israelenses esperam corrigir esse
desequilíbrio.
A gamificação se tornou muito comum dentro de corporações que buscam
um clima mais humanizado e híbrido após a pandemia; especialista pontua
os principais mitos e verdades sobre o tema
Pensando em um mundo pós-pandemia, as empresas precisaram se
reinventar para manter seus colaboradores engajados, para isso têm
investido na gamificação, ou seja, implementam técnicas de jogos para
engajar colaboradores. Empresas como iFood, Dasa, Votorantim, Hermes
Pardini, Maersk, entre outras, já adotam a estratégia, com o intuito de
levar saúde e qualidade de vida para seus colaboradores.
Mas quais as principais características da gamificação? Como podemos
implementar? Segundo Tomás Camargos, sócio-fundador da VIK – startup que
nasceu para ajudar as empresas a melhorarem a saúde de seus
colaboradores, implementando um programa que visa transformar a vida das
pessoas e o resultado das corporações -, essa é uma forma lúdica de
engajar e trazer leveza para os colaboradores que, muitas vezes,
encontram-se estressados com as tarefas do dia a dia. “Games
proporcionam interação, amizade, momento de descontração e ainda uma
motivação, pois sempre deve haver uma premiação no final”, comenta o
empresário.
Confira abaixo os principais mitos e verdades sobre o tema:
Traz motivação para os colaboradores: Verdade. A gamificação pode ser
aplicada de diversas formas, como um programa que promove saúde, por
meio da atividade física, em que é possível criar uma competição
saudável entre os membros de uma equipe, com uma premiação no final para
quem fizer mais pontos. “Não importa como o game será aplicado, ele
sempre terá o intuito de promover uma maior interação e fazer com que os
colaboradores não se tornem robôs. Hoje, os colaboradores buscam
felicidade acima de tudo”, complementa o especialista.
Em 2022, vão aparecer em aplicativos móveis: Verdade. Uma tendência
para o próximo ano é que os programas de gamificação poderão ser
controlados por dispositivos móveis. O público consome notícias e
conteúdos por meio dos smartphones e os aplicativos têm dominado o
mercado com a chegada de novas startups. “Em 2022, essa será a tendência
que as pessoas procurarão”, pontua.
Melhoria no raciocínio lógico: Verdade. Jogos exigem concentração,
foco e outras diversas habilidades que também precisamos ter no ambiente
de trabalho. Assim, é uma forma de proporcionar isso para os membros de
uma equipe, de uma forma prazerosa. ” Hoje as pessoas querem trabalhar
em um lugar leve, que usufrua de suas habilidades e intensifique seus
pontos positivos”, diz Tomás.
Não é possível medir resultados: Mito. Como citado acima, os
programas gamificados para empresas tendem a migrar para o mundo
digital. E, junto com a tecnologia, surgem formas de medir os resultados
daquele determinado game. “Na VIK, por exemplo, enviamos um relatório
de pontos de cada colaborador, o engajamento e índices do programa. É
uma forma de mostrar a importância dos resultados para quem paga a
conta”, comenta Tomás.
Ainda de acordo com ele, um programa como este tornou-se ainda mais
importante durante o período de pandemia, quando olhar para a própria
saúde e para a de quem está ao redor se tornou essencial. Além disso,
dentro do ambiente corporativo, cuidar dos colaboradores é uma forma de
aproximá-los ainda mais da empresa. “Cada vez mais as empresas enxergam
que as pessoas que cuidam da saúde física e mental, têm melhor
autoestima, estão mais dispostas ao trabalho, a novos desafios. Quando
uma pessoa muda um hábito de saúde, ela se sente mais empoderada.
Principalmente em um período tão delicado como o da pandemia, para a
empresa ter sucesso é preciso investir em quem faz a coisa acontecer”,
finaliza Tomás.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000
acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
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TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer
novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de
suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás,
já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea
vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja
oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o
ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores
marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o
máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A
começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do
valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
• O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e
único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
• A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com
separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e
acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que
possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
• Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
• No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
• O número de visitantes do Site da Valeon
(https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o
momento, temos mais de 100.000 visitantes e o site
(https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 1.000.000 de
visitantes.
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telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer
novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de
suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás,
já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea
vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja
oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o
ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores
marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o
máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A
começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do
valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
• O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e
único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
• A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com
separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e
acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que
possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
• Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
• No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
• O número de visitantes do Site da Valeon
(https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o
momento, temos mais de 100.000 visitantes e o site
(https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 1.000.000 de
visitantes.
• O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
• A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós
somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história
ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
E-Mail: valeonbrasil@gmail.com
Site: https://valedoacoonline.com.br/
Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
• A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
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Nós
somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história
ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
EXPEDIÇÃO
SAFRA MG/GO – RIO VERDE – 28/11/2013 – AGRNEGÓCIO – Expedição Safra
Minas Gerais e Goiás, passando por Rio Verde e região. Pulverizando de
veneno para evitar a proliferação da helicoverpa. – Foto: Antônio More /
Agência de Notícias Gazeta do Povo
Planta de soja em lavoura de Rio Verde, Goiás| Foto: Antônio More / Arquivo Gazeta do Povo
Dentre
os líderes da produção agrícola mundial, o Brasil é o país que enfrenta
seus competidores com o freio de mão puxado quando se trata da adoção
de novas moléculas para controle de pragas e doenças. Por aqui, costuma
demorar de oito a 10 anos – há casos de 12 anos – até que um defensivo
agrícola mais moderno e eficiente consiga obter registro para ingressar
no mercado. Em nossos principais competidores esse prazo costuma ser, em
média, de três a quatro anos.
O problema não estaria na má vontade dos órgãos de regulação e
aprovação – Agência de Vigilância Sanitária, Ibama e Ministério da
Agricultura –, mas nos trâmites administrativos para pedidos de novos
registros, que seguem ritos de mais de 30 anos atrás. A lei atual é de
1989, época quando ainda vigoravam os processos em papel, quando a
internet sequer existia no Brasil.
Depois de 20 anos tramitando na Câmara, o fato é que o Projeto de Lei
(PL) 6.299/2002, chamado de Projeto Alimento Mais Seguro pelos
defensores, e de Pacote do Veneno pela oposição, foi aprovado pelos
deputados em fevereiro e aguarda reanálise no Senado, casa de origem da
proposição. As diferenças semânticas, e conceituais, chegam à própria
nomenclatura adotada no Brasil para os defensivos agrícolas. O país é o
único no mundo que usa o termo “agrotóxico” para classificar essas
substâncias. A proposta do projeto é substituir por “pesticidas”, como
já são classificados em outros países falantes da língua portuguesa e do
inglês. O entendimento é de que o termo “agro” da palavra agrotóxico
pode sugerir o uso apenas no meio rural, mas os mesmos princípios ativos
estão presentes tanto nas lavouras como em raticidas, inseticidas e
desinfetantes.
Lei pretende dar celeridade à análise dos registros Dizendo que
tentará “conciliar interesses” entre o desenvolvimento econômico e a
questão ambiental, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
decidiu que a votação do Projeto de Lei seguirá seu curso normal nas
comissões, “sem açodamento”.
Desde a aprovação na Câmara, oposicionistas, ambientalistas e ONGs
intensificaram a campanha para barrar a atualização da lei. Em
abaixo-assinado online, o Greenpeace, por exemplo, alardeia algo que não
está no texto: afirma que o projeto irá “tirar o poder de decisão de
aprovação da Anvisa e do Ministério do Meio Ambiente, transferindo a
responsabilidade exclusivamente para o Ministério da Agricultura”.
A distorção irrita o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR),
presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. “Uma mentira quando
muitas vezes contada se torna uma verdade. É muito simples, é só pegar o
texto e ler. Está muito claro. O órgão registrador é o Ministério da
Agricultura e continua sendo o Ministério da Agricultura. Quem faz a
análise de toxidade é a Anvisa e continua sendo a Anvisa; quem analisa
se faz mal ao meio ambiente é o Ibama, e continua sendo o Ibama. Quem
faz registro é o Ministério da Agricultura e isso não mudou. O que
precisamos é de uma legislação que dê celeridade na análise, para dizer
sim ou não.”.
Anvisa e Ibama seguirão com voz ativa no registro dos pesticidas Christian
Lohbauer, presidente da Croplife Brasil – associação que reúne
especialistas, instituições e empresas da área de pesquisa e
desenvolvimento de tecnologias para a agricultura – compartilha do
espanto com a crítica a algo que não está no projeto. “Nunca mudou nada
no perfil de avaliação. A única coisa que aconteceu, é que, antes, do
ponto de vista administrativo, você pagava uma taxa para as três
entidades fazerem uma avaliação. Agora é só uma taxa para o Ministério
da Agricultura. E se a Anvisa indeferir um produto, o ministério pode
deferir? Ora, ele sempre pôde, mas certamente não vai fazer isso. Por
que a responsabilidade será de quem assinar o deferimento. E se houver
um indeferimento da Anvisa, eu não conheço nenhum cristão que terá
coragem de assinar um documento que a Anvisa desautoriza por questões
toxicológicas”.
De fato, o texto é claro quanto às atribuições. O Capítulo III do PL,
Seção I, inciso VII do Artigo 5º, que trata das competências dos órgãos
federais, afirma que caberá ao Ministério da Agricultura “definir e
estabelecer prioridades de análise dos pleitos de registro de pesticidas
para os órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde e do meio
ambiente de acordo com os alvos biológicos de maior importância
econômica”. Caio Carbonari, professor da Universidade Estadual Paulista
(Unesp) e vice-presidente da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas
Daninhas, destaca tratar-se de uma reorganização dos fluxos de
tramitação, e diz que é legítimo que o Ministério da Agricultura defina
prioridades de análise, no sentido de determinar o que é importante para
a agricultura brasileira. “É uma atualização que permite convergência
regulatória e científica com o resto do mundo. E tem gente que trata
como pacote do veneno, sem se debruçar sobre a questão científica”,
observa.
Nova lei dos defensivos dá prazo para análise dos pedidos de registro Para
assegurar que um pedido de registro de um defensivo não fique
“esquecido” ou ignorado por tempo indeterminado, o projeto de lei
estabelece a possibilidade do Registro Temporário (RT). Isso ocorrerá
quando o solicitante cumprir as exigências legais, mas não houver
manifestação conclusiva dos órgãos governamentais no prazo de dois anos.
Para que esse RT seja concedido, no entanto, será preciso que os
produtos já estejam registrados para culturas ou usos ambientais
similares em pelo menos três países membros da Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Considerando que o ser humano é o ser humano, e a natureza é a
natureza, se três países estão usando aquele produto, a autorização
temporária será dada. A oposição trata esse tema como se fosse uma
liberalização geral, como se fosse uma pressão das empresas colocando
goela abaixo do sistema regulatório a aprovação de qualquer produto, e
não é disso que se trata. Simplesmente, como o Brasil tem um problema
crônico de informatização, digitalização, equipe, tempo de aprovação e
análise de dossiês tecnológicos, é preciso colocar um limite de prazo
para que a agricultura brasileira não perca tempo”, afirma Lohbauer.
Maior parte dos registros envolve ingredientes ativos já existentes Além
de se posicionarem contra a desburocratização do processo de análise de
novas moléculas para controle de pragas e doenças, os opositores do
projeto professam um suposto “liberou geral” para o uso dos defensivos. E
citam a aprovação de 562 produtos em 2021, sem explicar que 34% foram
matéria prima destinada à indústria, 16,4% pesticidas biológicos, 47,5%
pesticidas químicos desenvolvidos a partir de moléculas antigas e
somente 2,1% pesticidas químicos desenvolvidos a partir de novas
moléculas. Ou seja, grande parte dos “novos produtos” envolve o registro
de genéricos, pequenas modificações em bulas e novas marcas comerciais
de ingredientes ativos que, por vezes, já existem no mercado há vários
anos.
O número que deve ser olhado, aponta Carbonari, é o dos ingredientes
ativos novos. Em 2019, havia 29 desses ingredientes na fila dos órgãos
reguladores no Brasil, dos quais 17 já estavam em uso nos Estados
Unidos, 16 no Canadá, 15 na Austrália e 14 no Japão e na União Europeia.
“Ou seja, a grande maioria desses produtos que estão em análise aqui, e
de fato são novos produtos, já está em uso em muitos países
desenvolvidos, com sistema regulatório rigoroso. E não quer dizer que os
EUA estejam pleiteando o registro dos 29 produtos que estão na nossa
fila, por que vários deles podem simplesmente não ser importantes para a
agricultura americana ou europeia, mas podem ser muito importantes para
o Brasil. A cana-de-açúcar, por exemplo, é uma demanda nossa”, completa
Carbonari.
Num prazo de 16 anos (2006-2021) o Brasil aprovou apenas 51 novas
moléculas de defesa vegetal na área química. A média de aprovação tem
sido de 3,2 novas moléculas por ano. E quando chegam aqui já estão sendo
utilizadas nos principais mercados concorrentes. Atualmente, segundo a
Croplife, 28 moléculas aguardam avaliação do governo brasileiro.
Polarização apenas prejudica imagem do país No artigo “A
modernização da lei dos defensivos agrícolas é urgente”, publicado no
Jornal da USP em março último, o professor da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) José Otávio Menten, enfatizou a
necessidade de um novo marco regulatório. “O conhecimento científico e o
avanço tecnológico permitem afirmar que novos ingredientes químicos
destinados ao combate das pragas agrícolas são sempre mais eficientes e
trazem menores riscos ambientais e à saúde humana. (…) As divergências
existentes a respeito do Projeto de Lei devem ser resolvidas com base na
ciência, na tecnologia e no conhecimento. A intensa polarização somente
prejudica a imagem do nosso país”.
E aquele discurso de que é preciso segurar a entrada de novos
agroquímicos, em defesa da saúde dos brasileiros? Carbonari, da Unesp,
sublinha que raciocínio deveria ser exatamente o contrário. “A indústria
e a ciência dos defensivos tiveram um avanço muito significativo.
Retardar o acesso a essas tecnologias, de maneira geral, só acarreta
prejuízo no sentido de evoluirmos mais rápidos para produtos mais
seguros”. Ele cita como exemplo o glifosato, herbicida mais utilizado no
mundo. “Ele foi desenvolvido na década de 70. Na comparação com o que
entrou no mercado a partir dos anos 2000, a redução da dose média é de
88%. Isso demonstra como esses produtos têm se tornado progressivamente
mais seguros, com uma especificidade muito maior, que não têm impacto
ambiental toxicológico maior, do ponto de vista do ser humano, da macro e
da microfauna”.
Processo de aprovação de defensivos é semelhante ao dos remédios Todo
o processo de pesquisa, desenvolvimento e aprovação de defensivos
guarda muitas similaridades com a produção de novos remédios. “De fato,
são produtos que passam por sistemas de analises bastante rigorosos. No
caso dos pesticidas, o processo regulatório é tão crítico como o uso do
medicamento. E há similaridade inclusive na questão dos genéricos. Uma
vez que passou pela aprovação, o produto está no mercado, é permitido o
acesso àquele mesmo ingrediente ativo por meio de outras marcas
comerciais. E ninguém vai usar mais ou menos porque tem mais marcas
comerciais no mercado”, sublinha Carbonari, que é doutor em proteção de
plantas e pós-doutor em pesquisa de manejo com produtos naturais.
Outra novidade da lei está no padrão para análise regulatória. Em vez
do conceito de análise de perigo, entra a metodologia da análise de
risco, como já acontece nos países de produção agrícola mais expressiva,
como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Argentina. “O perigo é
subjetivo. Sair de carro de manhã para trabalhar envolve perigo. Se sair
com o carro sem manutenção, pneu careca, sem carteira de habilitação ou
embriagado, o risco é inaceitável. A lei não permite. Mas se estou com a
manutenção em dia, tenho habilitação e dirijo na velocidade correta, o
risco é calculado e aceitável. Isso deve estar muito claro e precisa ser
seguido”, sublinha Carbonari.
Produto velho perde eficácia e sai mais caro para os produtores
Não será fácil o caminho para o PL 6.2999/2002 virar lei. O
presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Jaques Wagner
(PT-BA), declarou após aprovação pelos deputados que “se avançar no
Senado como veio da Câmara Federal será um desastre do ponto de vista
ambiental. Irá permitir que mais agrotóxicos cheguem à mesa dos
brasileiros, além de promover o completo desmonte da regulação dos
agrotóxicos no país”.
Lohbauer, da Cropscience, que é também cientista político e foi
candidato a vice-presidente da República pelo Novo, em 2018, espera que a
nova lei seja aprovada até julho. “Porque se não for, provavelmente no
segundo semestre não será votado nada neste país. Não consigo ver quem
tem interesse de manter a utilização de produto velho na agricultura. O
produto velho, que é o que o PT promove quando fica com essa política
antitecnologia, é produto que vai perdendo eficácia, e quando perde
eficácia tem que usar mais. Além de ser mais caro para o produtor, a
eficiência e produtividade são mais baixas. Então, não dá para entender a
conta que esse pessoal faz, que não seja uma conta fantasiosa,
ilusória, desviada do que significa a tecnologia no campo”.
Procurador
Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba,
durante entrevista no estúdio do jornal Gazeta do Povo
Deltan Dallagnol durante entrevista em 2019: ex-procurador
recebeu notificação do TCU cobrando R$ 2,8 milhões relativos a diárias e
passagens supostamente irregulares de membros da Lava Jato.| Foto:
Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo
De tudo o que vem sendo feito em todas as esferas de poder para
desconstruir a Operação Lava Jato, anular seus resultados, criminalizar
os que a conduziram e garantir que nunca mais algo semelhante ocorra no
Brasil, poucas ações ou decisões desafiam tanto o bom senso, a lógica e a
lei quanto uma notificação recentemente enviada pelo Tribunal de Contas
da União (TCU) ao ex-procurador Deltan Dallagnol, que coordenou a
força-tarefa da Lava Jato. Nela, a corte de contas pede que ele devolva
aos cofres públicos R$ 2,8 milhões relativos a passagens e diárias de
procuradores durante o andamento das investigações do petrolão, em um
processo aberto após representação do Ministério Público junto ao TCU
(MPTCU) e, para a surpresa de absolutamente ninguém, da bancada do
Partido dos Trabalhadores.
O relator do processo, ministro Bruno Dantas, ignorou o parecer da
Secretaria de Controle Externo da Administração do Estado
(SecexAdministração) do próprio TCU, que “registrou não ter identificado
indícios contundentes de desvio de finalidade ou de outras
irregularidades nos valores gastos no âmbito da Lava Jato”, como admite o
ministro em um despacho datado de novembro de 2021 que ordenava a
apuração e detalhamento dos valores gastos. Em vez disso, Dantas optou
por uma crítica ao modelo de força-tarefa e, apesar da recomendação da
SecexAdministração para que o processo fosse arquivado, seguiu adiante
na tentativa de responsabilizar os procuradores; em abril, ele votou
pela abertura de processo de Tomada de Contas Especial, sendo seguido
pelos outros membros da Segunda Câmara do TCU.
No combate ao crime, os órgãos dele encarregados precisam fazer as
escolhas mais eficientes, ainda que não necessariamente sejam as mais
baratas. O modelo de força-tarefa escolhido pela PGR para a Lava Jato se
mostrou acertadíssimo
Para justificar o ataque à Lava Jato, Dantas afirma em seu voto que
“faltaram estudos que avaliassem outras alternativas e demonstrassem
tecnicamente que esse modelo de gestão era o que melhor atendia ao
interesse público”, mas que “tem razão o Ministério Público de Contas ao
asseverar que a opção adotada pela Procuradoria-Geral da República não
representou o menor custo possível para a sociedade brasileira” e que
“não é crível que seria impossível promover medidas mais aderentes ao
princípio da economicidade na escolha do modelo de força-tarefa”. Ou
seja, estamos tratando de uma conclusão que deriva de premissa
inexistente: se não há estudos (nem da PGR, nem do MPTCU) sobre o custo
de “outras alternativas”, como pode o MPTCU “asseverar” que os gastos
foram indevidos? Assevera-se com base em quê? Apenas na intuição dos
perseguidores, para quem seria suficiente afirmar que “não é crível” que
a força-tarefa não pudesse ter economizado. Como se não bastasse, ainda
que não tivesse sido o responsável por autorizar as despesas, Dallagnol
está sendo cobrado em R$ 2,8 milhões sem que a notificação explique
qual a sua responsabilidade nos gastos e qual seria a irregularidade
cometida.
Por fim, é preciso questionar que isenção têm os membros da Segunda
Câmara para determinar a abertura de processo contra os procuradores da
Lava Jato. Afinal, o relator Dantas, conforme amplamente divulgado pela
imprensa, foi um dos convidados do jantar oferecido pelo grupo
Prerrogativas, de advogados anti-Lava Jato, em homenagem ao
ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula, no fim de 2021.
Apenas isso já é bastante grave, mas os colegas de câmara de Dantas têm
ainda mais “contas a acertar” com a Lava Jato. Tanto Antonio Anastasia
quanto Aroldo Cedraz foram denunciados ao Supremo no âmbito da operação
(as denúncias foram rejeitadas) – o filho de Cedraz chegou a ser preso
na 45.ª fase da Lava Jato, em 2017. O nome de Augusto Nardes apareceu em
delações premiadas, e o ministro foi alvo de operação da Polícia
Federal. Ainda que nada disso possa configurar impedimento legal, é
evidente que a proximidade do relator com o protagonista do esquema
desvendado pela Lava Jato e o fato de os outros três ministros terem
sido, em algum momento, alvos da operação (ainda que não necessariamente
da parte da força-tarefa de Curitiba) desqualifica moralmente a todos
eles.
É evidente que os enormes resultados da Lava Jato, inclusive os
financeiros, em termos de dinheiro devolvido aos cofres públicos, não
justificam gastos exorbitantes; o poder público pode e deve zelar pelo
bom uso do dinheiro do contribuinte. Mas é preciso deixar bem claro que,
no combate ao crime, os órgãos dele encarregados precisam fazer as
escolhas mais eficientes, ainda que não necessariamente sejam as mais
baratas. O modelo de força-tarefa escolhido pela PGR para a Lava Jato se
mostrou acertadíssimo. O megaesquema petista para sua
perpetuação no poder por meio do saque a estatais, em conluio com
empreiteiras e partidos da base aliada, era altamente intrincado,
repleto de ramificações. Algo dessa ordem de grandeza jamais
seria desvendado em detalhes se não tivesse sido possível reunir
especialistas no tipo de crime que estava sendo combatido e mantê-los em
um regime de dedicação exclusiva às investigações. Obviamente, para que
os membros do MP mais capacitados a essa tarefa pudessem desenvolver a
contento seu trabalho, gastos com viagens e hospedagem eram necessários.
Ainda que se argumente que teria sido possível montar uma
força-tarefa gastando menos, seria preciso que os acusadores
demonstrassem como teria sido possível fazê-lo. Isso não ocorreu, pois o
próprio relator admite não haver estudos a esse respeito. E se, apesar
dessa admissão, o TCU exige ressarcimentos milionários de quem nem mesmo
chegou a assinar as autorizações para as despesas, não há outra palavra
a usar a não ser “perseguição”. No ritmo atual, não surpreenderá se,
mais adiante, o TCU determinar de uma vez que o dinheiro seja enviado
diretamente à coordenação da campanha de Lula ao Planalto, como forma de
“indenizar” o petista…
Pesquisa eleitoral para presidente| Foto: Gazeta do Povo
Com
o aumento no número de institutos de pesquisas no Brasil, os
levantamentos sobre os cenários eleitorais se tornaram cada vez mais
frequentes. Chama a atenção, porém, a diferença entre os resultados e
índices apresentados pelos institutos, que, muitas vezes, fazem
levantamentos no mesmo período de tempo.
Isso acontece por causa dos chamados house effects, ou viés da
casa (não confundir com ação tendenciosa), termo técnico usado por
pesquisadores de opinião pública para se referir a vieses sistemáticos
(ou vícios estatísticos) que podem estar associados a diferentes
institutos de pesquisa.
De acordo com Daniel Marcelino, analista de dados e especialista em
métodos quantitativos, modelos de previsão e pesquisas de opinião, os
house effects não se tratam de viés político ou partidário, mas de
escolhas feitas pelo instituto responsável pelo levantamento que podem
involuntariamente superestimar ou subestimar um candidato.
“Cada instituto de pesquisa desenvolve alguns mecanismos para obter a
melhor eficiência. Essas combinações geram metodologias diferentes e
têm a ver com a técnica de pesquisa de cada instituto. Por exemplo, o
que serve para o Datafolha às vezes não serve para o Paraná Pesquisas”,
explica Marcelino.
Para estimar a amostragem de seus levantamentos, por exemplo, o
Paraná Pesquisas tem como base os dados do Censo Demográfico do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, segundo
registros no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por outro lado, o
levantamento mais recente do Datafolha tem como base os dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2021.
“Tem um debate dentro da associação de empresas de pesquisa com uma
lista de melhores práticas. Esse debate, pode ser, por exemplo, usar
dados mais recentes possíveis. Como tudo é muito ambíguo, você não sabe
exatamente o que é dado mais recente. O dado do Censo mais recente,
infelizmente, é o de 2010. Então se um instituto parte do pressuposto
que uma PNAD pode substituir o Censo, ela pode usar esses dados que são,
em tese, mais recentes”, completa o analista de dados.
As diferenças metodológicas usadas quase sempre provocam
discrepâncias quando se compara uma pesquisa com outra. Vejam os casos
da Paraná Pesquisa e do Datafolha, exemplos citados anteriormente.
O último levantamento da Paraná Pesquisas, divulgado na quarta-feira
(1º), mostrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL)
tecnicamente empatados na corrida presidencial, com 41,4% e 35,3% das
intenções de voto, respectivamente.
Já o levantamento do Datafolha divulgado na última quinta-feira (26)
trouxe Lula com 48% das intenções de voto contra 27% de Bolsonaro,
diferença que indica a possibilidade de vitória já no primeiro turno.
TSE dá transparência a “house effects” de institutos que fazem pesquisas eleitorais De
acordo com Daniel Marcelino, os levantamentos divulgados pelos
institutos são retratos de momento e servem para tomadas de decisões de
partidos ou de empresas contratantes. Em ano eleitoral, por exemplo,
muitas das escolhas metodológicas tomadas pelos institutos são
publicadas de forma transparente no sistema de registro de pesquisas
eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Alguns institutos com metodologia presencial escutam mensalmente
cerca de 3 mil pessoas e têm margem de erro de mais ou menos 2 pontos
percentuais. Outros, que também fazem levantamentos presenciais e que
escutam apenas 1 mil pessoas quinzenalmente, possuem uma margem de erro
de 3,2 pontos percentuais.
“Uma pesquisa de opinião ou pesquisa eleitoral não tem uma precisão
que muitas vezes as empresas vendem ou que as pessoas querem acreditar,
ela não é tão precisa”, defende Marcelino.
Na avaliação do analista de dados, essas escolhas metodológicas são
responsáveis pela variação de resultados entre um instituto e outro
durante uma campanha eleitoral. Além da metodologia, a ordem das
perguntas ou até mesmo o uso de sorteio em uma ou mais etapa podem
interferir no resultado do levantamento.
Por exemplo, se a pesquisa perguntar a intenção de voto apresentando
uma lista em ordem alfabética e sem rodízio dos nomes, pode influenciar
os resultados para os primeiros candidatos da lista. Com isso, cada
instituto pode superestimar ou subestimar um candidato, por conta de sua
metodologia.
“Tem empresa que divide eleitor jovem entre 16 e 17 anos, outras já
colocam entre 16 e 24 anos. Ou seja, uma cota muito mais larga. Não
necessariamente você tem que encontrar uma pessoa de 16 anos pra
responder. Quando você coloca de 16 a 24 anos, pode ser todo mundo de
24 anos, pode ser todo mundo de 22. Todas essas escolham metodológicas
influenciam no resultado”, defende o analista.
Institutos usam a mesma estrutura para coleta da dados De acordo
com Marcelino, essas escolhas de vieses refletem nos custos de cada
levantamento e nas informações que o contratante deseja obter daquele
levantamento.
“Você querer ouvir um morador de São Gabriel da Cachoeira (AM)
implica em você ter que deslocar um pesquisador num dia da semana, na
segunda, e ele só voltar na sexta-feira para ouvir, sei lá, duas
pessoas. Tudo isso tem um custo envolvido. Poucas empresas fazem isso.
Por exemplo, uma pesquisa Datafolha para presidente custa R$ 430 mil e
uma pesquisa da Quaest custa cerca de R$ 200 mil”, explica.
Para o analista, a diferença de valores ou de pontos metodológicos
não garante que uma pesquisa seja melhor que a outra. “Isso que é o pior
de tudo, isso não garante que a pesquisa mais cara é melhor. Quando
falo melhor, digo no sentido de chegar mais perto do cenário real”,
completa Marcelino.
Durante a elaboração dos números e coleta dos dados, diversos
institutos costumam usar a mesma equipe em diferentes regiões do país,
segundo Marcelino.
“Toda empresa tem os seus métodos de questionários ou de sorteios.
Mas tanto uma empresa quanto outra, quando vai fazer uma pesquisa
nacional, seja telefônica ou presencial, a equipe de coleta é
terceirizada. Por exemplo, o Paraná Pesquisas possivelmente está usando a
mesma estrutura que o IPEC, mas com metodologias diferentes”, explica.
Na avaliação do analista, o eleitor comum precisa entender os vieses
dos institutos e que, na maioria das vezes, as empresas apresentam
resultados parecidos. “Claro que tem alguns erros, tem algumas pesquisas
que sai muito fora do intervalo aceitável. Mas a grosso modo, mesmo com
essas diferenças metodológicas, elas estão ali falando a mesma coisa”,
afirma.
Ainda de acordo com Marcelino, uma pesquisa não deve ser analisada
apenas pelos números de quem está à frente ou atrás numa corrida
eleitoral. Para ele, é preciso entender que todos os institutos têm os
seus vieses para que a análise dos números seja mais completa.
“As pesquisas eleitorais são de grande interesse dos partidos,
empresas e mídia. Mas os relatórios precisam ser analisados com mais
profundidade. A empresa que contratou a pesquisa, o partido ou candidato
não usa apenas para ver quem está na frente ou atrás. O que mais
interessa para um partido é saber onde o seu candidato vai bem, onde ele
vai mal ou em qual espaço que uma empresa tem pra melhorar
seu empreendimento. O cruzamento e a frequência são muito mais
importantes”, completa o analista de dados.
Os “house effects” nos resultados das pesquisas para Lula e Bolsonaro Através
de agregadores de pesquisas é possível ver os house effects estimados
de cada instituto de pesquisa para cada candidato. Os números
representam quanto cada candidato pode ser subestimado ou superestimado
em pontos percentuais por conta dos vieses dos institutos.
De acordo com o agregador de pesquisas do JOTA, no primeiro trimestre deste ano, os vieses calculados são representados assim:
Percentual de viés relativo para Lula
Sensus: -2 pontos até +4 pontos percentuais Ranking Brasil: -6 pontos até 0 ponto percentual Quaest: +2 pontos até +4 pontos percentuais PoderData: -2 pontos até 0 ponto percentual Paraná Pesquisas: -2 pontos até 0 ponto percentual MDA: -2 pontos até +4 pontos percentuais Ipespe: +2 pontos até +4 pontos percentuais IDEIA: -2 pontos a +2 pontos percentuais Futura: -4 pontos até 0 ponto percentual FSB: -2 pontos até +2 pontos percentuais Datafolha: -2 pontos até +4 pontos percentuais Percentual de viés relativo para Bolsonaro
Sensus: -6 pontos até 0 ponto percentual Ranking Brasil: 0 ponto até +6 pontos percentuais Quaest: -4 pontos até 0 ponto percentual PoderData: 0 até +4 pontos percentuais Paraná Pesquisas: 0 até +4 pontos percentuais MDA: -2 pontos até +2 pontos percentuais Ipespe: -2 pontos até 0 ponto percentual IDEIA: -2 pontos até 0 ponto percentual Futura: +4 pontos até +6 pontos percentuais FSB: -2 pontos até +2 pontos percentuais Datafolha: -6 pontos até -2 pontos percentuais Metodologia das pesquisas citadas O
Paraná Pesquisas entrevistou pessoalmente 2.020 eleitores entre os dias
26 e 30 de maio de 2022 em 164 municípios brasileiros. A margem de erro
é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança atinge 95%. O
levantamento foi contratado pela corretora BGC Liquidez e está
registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo
BR-04618/2022.
O Datafolha entrevistou 2.556 eleitores entre os dias 25 e 26 de maio
em 181 cidades. O levantamento foi contratado pelo jornal Folha de S.
Paulo e está registrado no TSE com o protocolo BR-05166/2022. A margem
de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível
de confiança é de 95%.
Indígenas de várias etnias fazem caminhada para acompanhar em frente ao STF a votação do chamado Marco temporal indígena
Indígenas se manifestam em frente ao STF à espera do julgamento
do marco temporal para demarcação de terras: tema interessa diretamente
ao agronegócio| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Há uma decisão que interessa ao agronegócio, que está sob insegurança
muito grande quanto ao direito de propriedade. O Supremo Tribunal
Federal começou no ano passado a julgar o chamado marco temporal para
demarcação de terras indígenas. Ou seja, vai dizer se terras onde o
pessoal hoje está plantando são indígenas. É isso que está em discussão.
O julgamento ia recomeçar no dia 23 de junho, mas o ministro Luiz
Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), adiou, tirou de
pauta. Seria melhor que resolvesse logo, né? Porque é só uma questão de
ler, língua portuguesa, o tempo do verbo.
Olha o que diz a Constituição no artigo 231: são indígenas os
direitos originários sobre as terras que tradicionalmente “ocupam”.
Ocupam é presente do indicativo. Presente do indicativo é naquele dia,
ou seja, 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Não é
terras que “ocuparam ou ocuparão”. É “ocupam”.
É só ler, mas parece que aqui no Brasil tem um desejo sádico de
prejudicar o futuro, de atrapalhar. E aí fica essa discussão, mas,
enfim, essa questão foi empurrada para frente.
Crítica não é ataque O ministro do STF Edson Fachin, que é
presidente do TSE, está chamando de “ataques contra à democracia” as
críticas que têm sido feitas ao processo de apuração, ao processo
eleitoral. Eu acho que é uma questão de democracia, liberdade e abertura
não considerar crítica como ataque. Crítica, inclusive, ajuda.
Se as pessoas estão em dúvida quanto à transparência, quanto à
segurança da apuração, está aí a sugestão das Forças Armadas para
aumentar essa segurança e a transparência, mas o TSE não aceitou. Isso
que é estranho.
PCO no inquérito das fake news O Partido da Causa Operária (PCO),
que é de extrema esquerda, fez mais uma declaração que desagradou o
Supremo Tribunal Federal. A primeira foi em setembro do ano passado,
quando falou em “arrancar os cabelos e cuspir” nos ministros da Corte.
Na época não aconteceu nada, afinal eles não eram de direita.
Mas, agora, o ministro Alexandre Moraes incluiu o partido no
“inquérito das fake news” e intimou o presidente do PCO, Rui Costa
Pimenta, para prestar depoimento em até uma semana. O partido postou no
Twitter que Moraes é um “skinhead de toga”, pediram a dissolução do STF e
disseram que a repressão dos direitos sempre se voltará contra os
trabalhadores.
Agora é estranho que, pelo menos eu não vi, esse pedido de
investigação contra o PCO não tenha vindo do Ministério Público. Porque o
artigo 127 da Constituição diz que o MP é essencial no processo. Mas
não foi.
Professor de Roraima quis fazer crer em sala de aula que um assaltante está exercendo o seu trabalho| Foto: Pixabay
A
notícia saiu na Gazeta do Povo, e foi confirmada pelas autoridades
competentes: um professor de escola secundária de Roraima afirmou, em
plena sala de aula, que um assaltante tem o direito de roubar as pessoas
porque está apenas “trabalhando”. Ele é um cidadão injustiçado e
carente que, em seu entender, precisa ganhar a vida, etc, etc, etc; não
há nada de errado, nem de anormal, em sair por aí metendo um revólver na
cara dos outros para roubar o que precisa, etc, etc, etc.
Qual é o problema? Ele tem o direito de prover o seu sustento como
todo mundo, não é mesmo? Um aluno perguntou se estaria certo ele
trabalhar dez anos seguidos para comprar um carro, por exemplo, e ter de
entregar o seu carro para o ladrão. Tudo o que o professor fez foi
dizer que “ninguém” consegue comprar um carro no Brasil com dez anos de
trabalho, diante de toda essa injustiça social que, segundo ele, está
aí. Fora isso, deu uma bronca no aluno.
É possível fazer todo tipo de comentário diante de um despropósito
desses, mas, com certeza, há um que estará errado: dizer que isso só
acontece em Roraima ou em algum outro fim de mundo desse “brasilzão”
atrasado. Falso. Pode acontecer em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em
Brasília, em qualquer escola e em qualquer dia do ano letivo.
Na verdade, o manifesto social do professor de Roraima é tão parecido
com a posição semioficial da esquerda brasileira sobre crime e
criminosos, mas tão parecido, que não dá para ver bem qual é a
diferença. Afinal das contas, gente muitíssimo mais conhecida do que ele
diz basicamente a mesma coisa – e é considerada a quinta essência do
progressismo nacional. O professor está apenas repetindo o que ouve
falarem nestas cumeeiras de sabedoria.
Como esperar outra coisa? Um dos peixes mais graúdos da advocacia
criminal brasileira, devoto fervoroso da candidatura Lula à Presidência,
não disse recentemente, na frente de todo mundo, que os crimes pelos
quais a Justiça brasileira condenou o ex-presidente deveriam ser
esquecidos? “Já aconteceu”, disse ele. “O que adianta punir?”
Ou seja: o sujeito mata a mãe, mas já que a mãe está morta mesmo, não
adianta nada punir o filho, certo? O advogado em questão julgou
oportuno, também, dar uma lição de ciência penal ao público. “Não se
ache que a punição irá combater a corrupção”, afirmou. Na sua opinião,
segundo se pode deduzir, o corrupto está apenas “trabalhando” para
assegurar o próprio sustento – algo mais ou menos na mesma linha de
raciocínio exibida pelo professor que defende os assaltantes. Qual é a
grande diferença?
Num país em que um condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, em
três instâncias e por nove juízes diferentes, é candidato à Presidência
da República, é possível esperar tudo – a começar pela defesa do crime
nas salas de aula. Essa indulgência plenária para os delinquentes vale,
até mesmo, quando as suas vítimas estão dentro dos círculos mais
elevados da esquerda lulista.
Como se noticiou amplamente, um filho do ex-presidente foi assaltado
há pouco no centro de São Paulo e, automaticamente, absolveu os
bandidos. De quem é a culpa, então? Segundo o filho de Lula, o culpado é
“o Bolsonaro” – ele “não adota políticas sociais” e, em consequência
disso, os cidadãos saem por aí assaltando os outros. O professor de
Roraima, como se vê, poderia ser um consultor valioso da campanha de
Lula.
Lula pretende se apresentar como ‘salvador da democracia’ no País,
mas sua natureza autoritária se impõe, ao debochar do PSDB e da
inteligência do eleitor
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
Há poucos dias, diante de simpatizantes reunidos em um teatro da
capital paulista, o ex-presidente Lula da Silva decretou o fim do PSDB,
com ar de deboche. “Um senador do PFL disse uma vez que era preciso
acabar com a ‘desgraça do PT’, o Jorge Bornhausen. O PFL acabou. Agora,
quem acabou foi o PSDB”, disse o eterno candidato petista à Presidência.
Eis aí a natureza de Lula em seu esplendor. O chefão petista diz e
repete que pretende ser líder de um amplo movimento suprapartidário para
nada menos que “salvar a democracia”, mas, quando está entre os seus,
deixa claro o que entende por “democracia”: um regime em que o PT
governa sem oposição.
Um genuíno democrata, especialmente quem se arvora em líder
insubstituível de uma formidável “frente ampla” pela democracia, jamais
celebraria o fim de um partido. E não é o fim de um partido qualquer,
mas um que desde sua fundação, em 1988, legou à sociedade brasileira um
vistoso conjunto de conquistas civilizatórias como poucos partidos
jamais farão. O PT de Lula sempre negou todas essas conquistas.
Mais tarde, talvez advertido por assessores sobre a gravidade dessa
agressão gratuita, especialmente no momento em que tenta atrair o apoio
de lideranças tucanas para sua candidatura, Lula tentou contemporizar,
afirmando que o Brasil “era feliz quando a polarização era entre PT e
PSDB”. Segundo o petista, tratava-se de uma relação “civilizada”. Nada
mais distante da realidade.
Quando estiveram na oposição, os petistas pediram o impeachment do
tucano Fernando Henrique Cardoso e sabotaram os esforços para
estabilizar a economia, resumidos no Plano Real. Em São Paulo, são
inesquecíveis as imagens da agressão física cometida por militantes
petistas contra o então governador de São Paulo, Mário Covas, em junho
de 2000. “Eles (os tucanos) têm de apanhar nas ruas e nas urnas”, disse à época o prócer petista José Dirceu. O Brasil não era feliz e sabia.
Uma vez no poder, Lula inventou que havia recebido uma “herança
maldita” dos governos tucanos, criando um inimigo para levar a culpa por
todos os problemas e, de quebra, excitar a militância petista contra
qualquer forma de oposição. Não há malandragem discursiva capaz de mudar
essa história – que, de resto, está na gênese do esgarçamento das
relações sociais que culminaram com a desmoralização da política como
meio de concertação democrática no Brasil. Triunfou o vale-tudo.
Fosse Lula um candidato nanico, nada disso teria muita importância.
Mas o petista é o líder das pesquisas de intenção de voto e aparece hoje
como favorito para vencer a eleição de outubro, razão pela qual tudo o
que diz sinaliza o que potencialmente está por vir. E a perspectiva é
sombria.
O perigo de uma eventual vitória de Lula não se manifesta somente nos
momentos em que reafirma sua vocação autoritária. Preocupa igualmente
sua visão tacanha de mundo. Em vários momentos, Lula parece que está
disputando a direção de um centro acadêmico, não a Presidência da
República.
Num discurso constrangedor, disse que o presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, “nunca fez um discurso para dar 1 dólar para quem
está morrendo de fome na África” enquanto destina US$ 40 bilhões à
Ucrânia para “comprar armas”. Imagine-se o regozijo da militância
petista, para quem os Estados Unidos são o que há de pior no mundo, mas o
pior ainda estava por vir: na sequência, Lula prometeu cancelar a
privatização da Eletrobras e ainda sugeriu que as empresas privadas
querem se apropriar não só da energia, mas “das águas dos nossos rios”.
Num mesmo fôlego, Lula – que se apresenta ao País como “democrata” e
que se pretende “moderno”, em contraste com o atraso bolsonarista –
exercitou o mais retrógrado antiamericanismo, demonstrou profunda
ignorância sobre a agressão criminosa da Rússia contra a Ucrânia,
ameaçou romper contratos de privatização e, de quebra, caracterizou
investidores privados como piratas insaciáveis dos recursos naturais do
País.
Esse é o Lula – irredutível demagogo e incorrigível autoritário – que quer ser visto como o redentor do Brasil.