Na pequena Kallipólis, a decisão iminente da Suprema Corte permitirá que idosos com mais de 90 anos de idade e doentes em estado terminal possam ser exterminados caso a família deseje, principalmente para famílias pobres, que são incapazes de arcar com despesas médicas e de asilo. Liberais progressistas aguardam com expectativa a decisão.
No Brasil, o debate político pela eutanásia inexiste. Mesmo com a pressão de grupos de interesse, a maioria dos políticos foge da discussão por medo de perder votos. O medo desses políticos está bem fundamentado, já que vivemos numa sociedade retrógrada tomada pelo crescimento do fanatismo religioso. Embora o Estado seja laico, não há grandes esperanças de que algo mude por aqui. Assim, só podemos assistir, esperançosos, ao debate que avança em outros países.
Quanto sofrimento humano não seria poupado se pudéssemos dizer com todas as letras: idosos com idade avançadas e doentes em estado terminal já não são mais seres humanos. Claro, é verdade, há quem defenda que a vida só termine com a morte cerebral (quando todos os sinais vitais se apagam e o corpo biológico inicia seu processo de decomposição), mas mesmo essas pessoas, em geral, não levam a sua crença a sério. A maior despreza velhos e doentes.
No Brasil, segundo pesquisadores, albergues públicos estão lotados e a procura por vagas entre pessoas de mais de 80 anos não para de crescer. Aliás, as camadas mais pobres da população são as que mais sofrem, mesmo sabendo que esses idosos logo morrerão. Envelhecer se tornou um desafio econômico para muitos brasileiros — sem contar o sistema de assistência social. Estamos diante de uma verdadeira bomba relógio. Os idosos, um peso excedente no orçamento de muitas famílias e um estorvo na relação de muita gente, são descartados por famílias mais jovens. A mesma situação vive as famílias de doentes em estado terminal.
Agora, em Kallipólis, por exemplo, para esses casos, já é permitido o processo de criogenia, mas apenas para famílias que podem bancar os custos altíssimos dessa técnica — há um debate por lá se um dia o procedimento se tornará um serviço financiado pelo sistema de saúde. O fato é que idosos e doentes terminais podem ser descartados do convívio familiar, e uma vez congelados, aguardarão por um possível e remoto retorno a uma vida mais digna; como sabemos, isso não acontecerá.
Não sejamos hipócritas: quando a burocracia não se intromete na decisão dos filhos e netos, esses idosos e doentes, já descartados, bem poderiam ser utilizados em pesquisas. Pergunte ao mais fanático militante pela proibição da eutanásia: se houvesse um incêndio num prédio hospitalar ou num asilo, e ele precisasse escolher entre salvar centenas de idosos e doentes em estado terminal ou um único bebê humano já nascido, qual alternativa ele escolheria? É óbvio. Ninguém em sã consciência acredita que um idoso com mais de 90 anos e um doente terminal sem qualquer esperança de continuar vivo sejam seres humanos nas mesmas condições que um bebê recém-nascido.
Estima-se que só 47,3% dos idosos que vivem em asilos conseguem se despedir de suas famílias antes de morrer. O que também vale para doentes em estado terminal. Se esses idosos e doentes ainda fossem realmente considerados seres humanos, isso seria visto como uma tragédia monumental. Mas quem se importa? Prova de que nossa sociedade não os considera seres humanos merecedores de respeito é justamente o descaso da maioria das famílias.
Imagine se uma doença misteriosa matasse 63% dos idosos. Não pouparíamos investimentos e esforços para descobrir e sanar esse mal. Aliás, não foi isso que a humanidade fez ao longo dos últimos dois séculos, derrubando a barreiras com relação à mortalidade? Contudo, quantas pessoas se importam com as mortes de doentes termineis saturando o sistema de saúde e com idosos acima de 90 anos? A taxa de sucesso de que a vida pode se estender mais um pouco só vira assunto quando a família consegue mantê-lo vivo por muito tempo. Ou seja: o prioritário aí é ajudar a escolha dos filhos e dos netos em manter vivos os pais e os avós que assim desejam, e não as incontáveis mortes que ocorrem cotidianamente sem que ninguém se preocupe.
Em resumo: ninguém trata os últimos estágios do desenvolvimento do idoso e do doente terminal como se eles ainda fossem humanos. Há bons motivos. Idosos acima de 90 anos e doentes terminais não pensam. O ocaso da consciência com o avanço da senilidade prova que vão deixando de ser pessoas. A capacidade de sentir já está debilitada ou anestesiada. Fora a questão econômica: o preço da sociedade para manter um idoso e um doente terminal não vale a pena.
Uma lei que permitisse a eutanásia ativa nos últimos estágios da vida, seja por idade ou por doença, resolveria o dilema de muitas famílias que não só não conseguem arcar com as despesas como já não tem qualquer vínculo afetivo com esses corpos prontos para morrer. Sem dúvida, a possibilidade da eutanásia para tais casos seria um passo imenso para reduzir o sofrimento desnecessário de famílias sem correr o risco de estar tirando uma vida humana.
Caríssimo leitor, espero que tenha conseguido ler até aqui e, claro, se escandalizado. Por isso, peço a gentileza para substituir “idoso” e “doente em estado terminal” por “feto” e “embrião” e entenderá como esse tipo argumento não prova o que visa provar. E que fique bem claro que sou contra a eutanásia e, obviamente, o aborto.
É do mútuo que a seguradora e a operadora de planos de saúde retiram os recursos para pagar sua operação.
Antonio Penteado Mendonça, O Estado de S.Paulo
O funcionamento de um plano de saúde é semelhante ao funcionamento de um seguro de automóveis. Na base dos dois, está o mutualismo, um fundo comum, constituído pelas contribuições proporcionais de cada segurado, com o objetivo de arcar com os custos decorrentes de eventos cobertos, previstos no contrato.
É do mútuo que a seguradora e a operadora de planos de saúde retiram os recursos para pagar sua operação. O maior peso, como não poderia deixar de ser, é o pagamento das despesas decorrentes dos eventos cobertos. Elas representam na maioria das vezes mais de 50% do faturamento, enquanto os custos comerciais giram ao redor de 20% e os custos administrativos, entre 10% e 15%. Como ainda temos os custos tributários, fica claro que a margem industrial de uma seguradora ou de uma operadora de planos de saúde privados é exígua, e exige uma administração meticulosa para evitar resultados negativos.
É verdade, estas empresas têm mais uma fonte de receita importante. Como faturam muito com a venda de seus produtos e são obrigadas a constituírem reservas para fazer frente às necessidades da operação, elas são grandes investidoras financeiras, o que gera recursos significativos que, somados ao resultado industrial, geram um resultado operacional melhor. Muitas vezes, inclusive, o resultado financeiro é o que garante o azul na última linha do balanço.
O negócio de uma operadora de planos de saúde está sujeito a variáveis muitas vezes incontroláveis, como é o caso da pandemia da covid-19. Mas não são apenas situações negativas que interferem no resultado da operação. Em 2020, em função da pandemia, as operadoras tiveram um resultado médio bastante positivo, gerado pelo represamento de milhões de procedimentos, que deixaram de ser realizados em função do coronavírus, do isolamento social e da lotação dos hospitais pelos portadores da covid-19.
Isso gerou uma ação demagógica das autoridades do setor, que forçaram reajustes de preços baixos, mesmo sabendo que, em algum momento, os procedimentos represados seriam realizados, concomitantemente com os procedimentos normais na rotina dos planos, e que isso pressionaria as despesas.
Como não podia deixar de ser, isso aconteceu, e os planos de saúde privados enfrentaram uma situação mais complicada em 2021, justamente quando a disparada da pandemia, somada aos reajustes baixos, gerou o aumento das despesas e a queda do faturamento.
Agora, as operadoras estão anunciando aumentos elevados para recompor sua capacidade de atuação, reequilibrando o mútuo afetado pelos resultados de 2021. É uma medida antipática, mas necessária. Em 2021, as operadoras de planos de saúde pagaram R$ 200 bilhões para fazer frente a mais de um bilhão de procedimentos. É mais do que o orçamento do SUS e é quanto o sistema efetivamente custa.
O tema é sério. As operadoras não podem ter lucros indecentes, mas, se a remuneração não for suficiente, elas não terão caixa para atender os segurados.
Marketplaces se consolidam como tendência no varejo digital e ajudam quem quer ampliar oferta de produtos ou canais de venda a alavancar resultados
A transformação digital dos negócios e os novos hábitos de consumo seguem em alta e isso pode ser percebido pelos resultados do varejo online. O e-commerce brasileiro registrou um faturamento recorde em 2021, segundo a Neotrust – 26,9% acima do obtido no ano anterior. O número de pedidos online aumentou 16,9% e uma pesquisa da ConQuist Consultoria revela que 71% dos brasileiros passaram a preferir comprar pela internet após a pandemia. A expectativa é que o segmento fature mais de R$ 170 bilhões em 2022.
“Esses números comprovam que as principais tendências de mercado e comportamento do consumidor estarão conectadas às lojas virtuais e marketplaces, mesmo com a atuação normal das lojas físicas. Nesse cenário, o Marketplace In e o Marketplace Out representam estratégias importantes, aumentando a receita de sellers e de quem gerencia as plataformas. Esse modelo de negócio mais colaborativo está em crescimento e é uma característica forte da transformação digital”, pontua Thiago Coelho, Head da OmniK, empresa que atua na transformação de e-commerces em marketplaces e faz parte do Grupo FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa a transformação dos negócios.
As diferenças e vantagens de cada modelo
Entender as diferenças e vantagens das duas estratégias é fundamental para tomar decisões mais assertivas.No Marketplace Ino foco é ampliar a diversidade da oferta. Isso se aplica, por exemplo, quando uma loja virtual identifica uma base de clientes consolidada que poderiam estar comprando mais se ofertasse uma diversidade maior de produtos.
“Ao identificar esse público, o empreendedor abre seu próprio marketplace ou pode utilizar o Marketplace da Startup Valeon e faz a captação de sellers para que eles vendam em sua plataforma, o que dispensa grandes investimentos em estoque. Uma das grandes vantagens é o conhecimento prévio que se tem do público. Fica mais fácil construir um portfólio que interesse aos consumidores, acelerar as vendas e aumentar a frequência de compra na loja. Além disso, é uma estratégia que favorece a conquista de novos clientes, impactando também a escalabilidade do negócio e o faturamento”, explica Coelho.
Já noMarketplace Out, o propósito principal é ampliar os canais de venda. Dessa forma, em vez de abrir seu próprio marketplace, as marcas buscam plataformas já estruturadas, onde possam ofertar os seus produtos, como a Plataforma Comercial Valeon . A expectativa aqui é buscar players que já possuam grande audiência e relevância e usá-los para otimizar as vendas. Mapeiam-se plataformas que estejam abertas a receber novos sellers e paga-se uma comissão por venda realizada. Além de aproveitar uma base de clientes já estabelecida, aproveita-se o forte investimento em mídia que essas plataformas mais consolidadas fazem”, comenta o Head da Omnik.
Como escolher a melhor estratégia
O executivo destaca que é preciso conhecer o momento em que o negócio se encontra para identificar a melhor estratégia em cada caso. “As empresas precisam entender o momento do negócio e suas necessidades, questionando sua relevância em volume de visitas e alcance, sua posição em relação aos concorrentes, se de fato sabe o que o cliente consome e qual é o seu perfil, entre outros fatores que ajudam a tomada de decisão. Além disso, devem ter em mente que não existe uma estratégia ideal. O que existem são objetivos diferentes dentro de um modelo de negócio colaborativo e omnichannel e que é possível, inclusive, adotar o mutualismo com garantia de ganho, ou seja, conciliar Marketplace In e Marketplace Out e explorar as vantagens de ambos”.
Coelho acrescenta ainda que buscar apoio especializado ajuda tanto na identificação das melhores soluções, quanto na implementação das estratégias escolhidas. “Os resultados sempre vão depender de decisões assertivas e de ações bem planejadas. Como especialistas em soluções para e-commerce e marketplaces, uma certeza que podemos dar é que o varejo digital segue cada vez mais forte e que é preciso aproveitar as tendências. Todos os mercados podem se beneficiar dos marketplaces, pois as soluções existentes podem ser adaptadas e customizadas para cada tipo de negócio”, finaliza.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Construção de ferrovia na Bahia: governo estima R$ 438,5 bilhões em investimento privado para infraestrutura de transportes nos próximos anos.| Foto: Ricardo Botelho/Ministério da Infraestrutura
Até o fim do atual mandato, o governo espera ter contratado mais de R$ 1,3 trilhão em investimentos privados no âmbito do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), segundo dados do Ministério da Economia.
Desse montante, pouco mais de R$ 78 bilhões devem ser executados já em 2022, o que representa aproximadamente 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O número eleva o otimismo da pasta para o crescimento econômico neste ano, estimado em 1,5%, bem acima da mediana do mercado, que está em 0,7%.
Até 2024, o aporte da iniciativa privada deve superar os R$ 356,8 bilhões, pelos cálculos do governo.
Os investimentos previstos estão muito acima do observado nos últimos anos – em 2021, por exemplo, os desembolsos no PPI ficaram na casa dos R$ 40 bilhões.
Em entrevista à Gazeta do Povo no fim de abril, Adolfo Sachsida, então chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, disse que a aprovação de uma agenda de reformas microeconômicas desde 2019 tornou o Brasil um “porto seguro do investimento internacional”.
Nessa lista de reformas, segundo ele, entra uma série de novos marcos, como do saneamento, do gás, das agências reguladoras, das startups, das ferrovias, da cabotagem e do câmbio. Nesta semana, Sachsida foi nomeado ministro de Minas e Energia.
“O elevado número dos investimentos apresentados apoia-se, em grande medida, na modernização recente de diversos marcos legais do setor de infraestrutura, que incentivaram a participação do setor privado”, diz nota técnica da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.
“Dessa forma, prevê-se redução da má alocação de recursos na economia e avanço da produtividade setorial e agregada, permitindo ampliar a geração de produção e de renda e de bem-estar para a sociedade brasileira”, complementa o texto.
Cinco setores concentram quase a totalidade do Capex no PPI: óleo e gás (49,9%), transporte (32,9%), energia elétrica (7,2%), projetos de entes subnacionais (5,5%) e comunicação (3,2%).
No setor de óleo e gás, o investimento está destinado quase totalmente aos contratos da exploração de campos sob regime de partilha ou de concessão. Nos transportes, 53% do aporte está programado para o modal rodoviário; 33% para o ferroviário, 7% para o aquaviário e 7% para o aeroportuário.
Os investimentos em energia são voltados principalmente para distribuição (58%), seguido da área de geração (30%) e de transmissão (12%).
Nos projetos dos entes subnacionais, ou seja, estados e municípios, 81% dos recursos privados destinam-se a projetos integrados de distribuição de água e tratamento de esgoto e mais 12% a projetos de esgotamento sanitário – a área de saneamento foi fortemente impactada pelo novo marco do setor, aprovado em 2021.
Os demais investimentos estão distribuídos em projetos de iluminação pública, resíduos sólidos, presídios, atenção à saúde, creches e unidades socioeducativas.
Os investimentos em comunicação, segundo a SPE, estão fortemente relacionados ao leilão da frequência 5G para telefonia, incluindo toda a infraestrutura relacionada.
Pesquisas eleitorais Por Jorge de Sousa, especial para a Gazeta do Povo
Os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT), Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL)| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo; Fernando Frazão/Agência Brasil; Alan Santos/PR
A cerca de 140 dias para o primeiro turno das Eleições Gerais de 2022, a corrida presidencial apresenta poucas surpresas. Pela primeira vez na história desde a redemocratização após a Ditadura Militar, dois candidatos que ocuparam o cargo de presidente se enfrentam pelo posto de chefe do executivo nacional. O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizam a liderança das pesquisas eleitorais nos primeiros cinco meses de 2022.
Mas além dos números principais, as pesquisas têm mostrado algumas tendências dos eleitores. Esses caminhos ainda não são definitivos, mas servem para nortear os próximos passos das candidaturas presidenciais até as eleições em outubro.
Terceira via e o voto útil Ciro Gomes (PDT), o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), a senadora Simone Tebet (MDB), e os deputados federais André Janones (Avante) e Luciano Bivar (União Brasil) têm nomes consolidados ou ocupam cargos dentro da vida pública nacional. Mas dentro de uma eleição polarizada entre Bolsonaro e Lula, todos eles somados não alcançam 15% das intenções de voto nas principais pesquisas eleitorais do Brasil.
“É muito difícil eles se unirem, porque todos têm percentuais muito baixos. Muito difícil alguém desistir por alguém que está igual a ele ou pior”, avalia o presidente do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, sobre a possibilidade de uma unificação da terceira via, que, com a saída do União Brasil das negociações, caiu por terra.
Mesmo que esses candidatos apresentem hoje poucas chances de vencer a eleição, os eleitores da terceira via podem representar um fator decisivo dentro da corrida presidencial se os votos que atualmente estão com eles migrarem para os dois candidatos que hoje lideram as pesquisas – o fenômeno do chamado voto útil. Quase 70% dos que não pretendem votar em Lula e em Bolsonaro, dizem que podem mudar o voto. Dependendo do rearranjo, a eleição poderia ser decidida na primeiro turno.
Segundo pesquisa Genial/Quaest da segunda semana de maio, 34% dos eleitores da terceira via aceitavam votar em Lula no primeiro turno, em caso de chance de vitória do candidato petista. O percentual desses eleitores que utilizaria o voto útil para Bolsonaro cai para 23% nesse mesmo levantamento.
“Ele (voto útil) sempre ocorre, mas se ocorrer de forma expressiva vai ser para os dois candidatos. Não apenas do ex-presidente Lula. À medida que isso ocorrer, aumenta a polarização eleitoral e as chances da eleição se resolver no primeiro turno”, analisa o cientista político e presidente do Conselho Científico do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), Antonio Lavareda.
Católicos x evangélicos A polarização entre Bolsonaro e Lula também está refletida nas duas principais matrizes religiosas do Brasil – segundo pesquisa do Datafolha, divulgada em 2020, 50% da população brasileira se considera católica e 31% de religião evangélica.
Entre os católicos, Lula apresenta confortável vantagem sobre Bolsonaro. De acordo com as sondagens divulgadas pelo Paraná Pesquisas e pela Genial/Quaest, o petista apresenta entre 42,9% e 51% de intenções de voto, respectivamente, contra 30,8% e 21% do atual presidente.
Mas entre os evangélicos o cenário se inverte. Bolsonaro registra 38% e 47,5%, respectivamente, frente 33% e 30,8% de Lula.
“Os evangélicos cresceram no Brasil, enquanto as respectivas igrejas de muitas denominações se multiplicaram também. Então não é algo uniforme, mas o presidente Bolsonaro tem uma vantagem bastante significativa nesse segmento. No segundo turno, isso vai ser acirradamente disputado. Esse voto é mais orgânico que o voto tradicionalmente católico”, completa Lavareda.
Jovens com Lula No início do mês de maio, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerrou o período para a regularização e cadastro eleitoral no Brasil. Com direito a campanha de celebridades nas redes sociais para o alistamento eleitoral, jovens com 16 e 17 anos, para os quais o voto é facultativo, abraçaram o exercício da cidadania. Segundo dados do TSE, o número de eleitores dessa faixa etária saltou 54,3% e passou de 1.051.184 adolescentes em março para 1.622.732 em abril.
As pesquisas do Paraná Pesquisas e do PoderData, divulgadas no início do mês de maio, mostraram que a tendência é que Lula tenha vantagem entre esse eleitorado. O petista marca entre 44% e 47,3% nos levantamentos feitos pelos dois institutos, frente a 38% e 26,3% de Bolsonaro.
O cientista político e membro do Observatório de Elites Políticas da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Luiz Domingos Costa, avalia que dois motivos podem explicar a preferência dos jovens nessa corrida eleitoral.
“Primeiro, a crise econômica. O desemprego, por exemplo, afeta proporcionalmente o dobro (25%) da população jovem se comparada com os adultos (12%). Segundo, os recursos às políticas de incentivo à escolarização e à capacitação foram reduzidas significativamente. Então este público, até o momento, sente que suas perspectivas não são boas e tendem a preferir uma mudança de governo”, pontua Domingos Costa.
Bolsonaro “toma” a região Norte O Norte do Brasil conta com 11.965.471 eleitores – cerca de 7,96% do total, segundo dados do TSE. Desde a redemocratização, todos os presidentes eleitos conseguiram vencer na região – única a carregar esse status junto da região Sudeste.
Na disputa presidencial contra Fernando Haddad (PT), em 2018, Bolsonaro foi o primeiro candidato desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1998, a vencer um petista no Norte. E as pesquisas indicam que o cenário conquistado por Bolsonaro quatro anos atrás parece não ter sofrido alterações para 2022. De acordo com o PoderData, o presidente tem vantagem no Norte, em relação ao seu principal adversário: 44% contra 33% do petista.
“Um dos maiores trunfos do Bolsonaro é o seu crescimento nessa região. Ele transformou a chamada ‘fronteira agrícola’ (e aqui podemos incluir a maior parte da região Sul) em seu reduto mais fiel”, explica Domingos Costa.
O cientista político ainda reforça que medidas como a revalorização das commodities no mercado internacional e a agenda de valores conservadores, com maior liberdade para exploração de terras são fatores que puxam para cima o voto para o atual presidente nessas localidades.
Rejeição a Bolsonaro diminui
Outro fator positivo para o atual presidente é uma leve queda do percentual de rejeição nas pesquisas eleitorais.
Nas pesquisas divulgadas pelo Ipespe, a rejeição à candidatura de Bolsonaro chegou a 64% dos entrevistados e apresenta queda gradativa até a casa dos 60% na primeira semana de maio, enquanto no estudo da CNT/MDA decaiu de 59% em dezembro de 2021 para 53% em maio.
“A questão da rejeição é elástica. A rejeição pode crescer, se manter ou ser reduzida. É importante entendermos que a dificuldade objetiva mais importante enfrentada pelo presidente Bolsonaro no momento é a economia. E dentro da economia a questão da inflação, que azeda em grande medida o humor do eleitorado brasileiro”, complementa Lavareda.
Para Domingos Costa, Bolsonaro tem trabalhado para manter essa tendência e confirmar a presença no segundo turno das eleições em outubro.
“O governo está fazendo todo o possível para isso: anunciando programas, tentando dialogar e rebatendo nas redes sociais as muitas críticas que incidem sobre o governo. Acho, inclusive, que a tendência de melhora dos dados de Bolsonaro deve se manter por mais um período e ele ainda não chegou no seu teto, que deve ser algo entre 40 e 45% de intenção de votos no primeiro turno”, finalizou o cientista político.
Metodologia das pesquisas eleitorais citadas A pesquisa da Quaest, sob encomenda do Banco Genial, foi realizada entre os dias 5 a 8 de maio. Foram entrevistados pessoalmente 2 mil eleitores, com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com o protocolo BR-01603/2022.
A pesquisa PoderData foi realizada de 8 a 10 de maio de 2022. Foram entrevistadas, por telefone, 3.000 pessoas com 16 anos de idade ou mais em 288 municípios do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O estudo foi realizado com recursos próprios do PoderData e está registrado no TSE sob o número BR-08423/2022.
O Paraná Pesquisas entrevistou pessoalmente 1.540 eleitores em 60 municípios do estado do Ceará entre os dias 1º e 6 de maio de 2022. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais e o nível de confiança atinge 95%. O levantamento está registrado no TSE sob o protocolo BR-01705/2022.
A pesquisa Ipespe foi realizada por telefone entre os dias 2 e 4 de maio de 2022, a pedido da XP Investimentos. A amostragem é de mil eleitores brasileiros, com margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança é de 95,45%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03473/2022.
“Atos antidemocráticos” Por Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo
Wellington Macedo é fundador da Marcha da Família Cristã pela Liberdade. Nos atos do movimento, são comuns críticas a excessos por parte de ministros do STF| Foto: Andressa Macedo
No início de junho completará nove meses que o jornalista Wellington Macedo, preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), consta como réu no Inquérito 4.879, que investiga a organização e o financiamento às manifestações a favor do governo federal no dia 7 de setembro de 2021.
No entendimento de ministros do STF, os atos foram antidemocráticos, pois em alguns deles houve declarações e bandeiras citando um possível fechamento do STF e a intervenção militar. As principais pautas das manifestações, no entanto, foram o pedido de reformas no sistema eleitoral, em especial a partir do voto impresso, e críticas a excessos em decisões de ministros do STF, tendo como principal alvo Alexandre de Moraes.
Mesmo sem sequer ter sido denunciado, Macedo ficou 42 dias preso preventivamente no ano passado, quatro meses em prisão domiciliar e atualmente usa tornozeleira eletrônica e não pode deixar o Distrito Federal, segundo determinação de Moraes. Há, no entanto, outras medidas cautelares ainda em vigência: ele está proibido de conceder entrevistas e de publicar conteúdos nas redes sociais de sua titularidade ou de outros.
As restrições impedem o profissional, que até o período anterior à prisão trabalhava produzindo conteúdo jornalístico para a internet, de desenvolver seu trabalho. Desde que deixou a prisão, ele conseguiu fazer apenas dois trabalhos pontuais e permanece sem renda fixa.
“O que meu marido está passando é uma condenação velada. Tanto que não há movimentação no processo. Não tem materialidade de crime algum, justamente por isso colocaram o processo sob sigilo”, afirma Andressa Macedo, esposa do jornalista. “Essa perseguição contra o Wellington atrapalhou extremamente a vida profissional dele. Como ele está proibido de falar, sem poder usar as redes sociais e, consequentemente não está tendo remuneração, as contas estão chegando e tenho que me virar sozinha para mantê-las pagas”.
O advogado do jornalista, Aécio Flávio Palmeira Fernandes, explica que o inquérito em questão permanece em andamento e sem conclusão, com diversos recursos incidentais propostos pelos investigados sem análise pelo ministro relator ou pelo colegiado do Tribunal. “Não existe capitulação jurídica específica para o caso do Wellington, uma vez que, como jornalista, ele apenas divulgou o vídeo de Sérgio Reis no seu perfil do Instagram e na página da Marcha da Família Cristã pela Liberdade”, diz Fernandes. “Como se trata de Inquérito, até hoje o mesmo não foi concluído e não se chegou ao relatório que direciona à PGR qual capitulação jurídica deve ser feita quanto aos atos imputados”.
Wellington Macedo também é fundador do movimento Marcha da Família Cristã pela Liberdade que, ao longo de 2021, fez manifestações pró-Bolsonaro em diversas cidades do Brasil. Nos atos eram frequentes as declarações com críticas a integrantes da Corte.
Macedo ainda não sabe por qual crime está sendo investigado O que motivou a investigação contra Macedo foi a publicação de um vídeo, no dia 31 de agosto, sobre a organização dos atos pró-Bolsonaro. No vídeo, o jornalista entrevista alguns dos organizadores das manifestações, como o cantor Sérgio Reis – que na época prometeu que o movimento “pararia o país” com o apoio de caminhoneiros, caso o Senado não afastasse ministros do Supremo e pautasse o projeto de lei sobre o voto impresso.
Segundo a defesa de Macedo, havia uma ordem judicial expedida por Moraes que o impedia de fazer publicações em seus canais digitais. O jornalista, entretanto, não havia sido notificado sobre a decisão, já que havia se mudado recentemente do Ceará para Brasília. Nos autos do processo, consta que o jornalista não foi localizado em sua antiga residência. Mesmo assim, no dia seguinte, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão de Macedo para a “garantia da ordem pública”.
O Supremo autorizou o pedido e, em 3 de setembro, a prisão foi realizada. Na prisão, Macedo ficou vários dias sem se alimentar devido ao seu estado emocional. Após denúncia feita à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, no dia 24 de setembro, uma comitiva com servidores do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) se deslocou até o Complexo Penitenciário da Papuda e apurou que o jornalista não tinha condições físicas para manter-se de pé, o que dificultava até mesmo sua locomoção para o banho de sol. No relatório do ministério, foi feito pedido para que ele passasse à prisão domiciliar; a solicitação da defesa foi atendida somente em 13 de outubro.
Foto do dia em que Wellington Macedo deixou o presídio. O jornalista perdeu 18 quilos durante o período em que esteve detido (Foto: Andressa Macedo)
Utilizando tornozeleira eletrônica desde então, ele teve a prisão domiciliar revogada em 14 de fevereiro deste ano. Mas o jornalista segue proibido pela Justiça de sair do Distrito Federal, Macedo está há quase dez meses sem ver os três filhos, que moram no Ceará.
“Tentaram enquadrá-lo em organização criminosa, sendo que ele não conhece a maioria das outras pessoas que também estão sendo investigadas nesse inquérito. Ele conheceu o Sérgio Reis e o Zé Trovão só no dia da entrevista que fez com eles”, relata Andressa. “Eu não sei que atos antidemocráticos são esses que ele está sendo acusado, se em nenhum dos atos do movimento da Marcha da Família teve violência. Ninguém foi preso nesses atos, não houve roubo, nem agressão, nem quebra de patrimônio público ou privado. O que nos disseram é que ele foi preso porque participou da live”, afirma a esposa de Macedo.
Associação Paulista de Imprensa pede indulto ao jornalista Na segunda-feira (9), a Associação Paulista de Imprensa (API) encaminhou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro com pedido para que ele conceda indulto individual a Wellington Macedo, a exemplo do que fez no caso do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
No documento, o presidente da entidade, Sérgio Redó, e Guilherme Sartori, do Conselho de Estudos Estratégicos da associação, afirmam que o jornalista foi vítima de um atentado contra sua dignidade humana ao ser encarcerado sem ter cometido crime. Os signatários também pedem uma reunião com Bolsonaro para tratar do assunto. Macedo esteve na sede da associação no início de maio para ser homenageado pela API. Na ocasião, ele recebeu da entidade o “Diploma de Honra ao Mérito em Defesa das Liberdades de Expressão”. Para se deslocar de Brasília até a sede da Associação Paulista de Imprensa, em São Paulo, Macedo precisou de autorização judicial, que foi concedida.
Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios, em Brasília.| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Quando Getúlio Vargas assumiu a Presidência da República em janeiro de 1951, ele não escondia seus pendores nacionalistas e estatizantes que prenunciavam um governo centrado no desenvolvimento conduzido pelo Estado e economia fechada ao exterior. Apesar dessa marca, o sagaz político trazia larga experiência acumulada em 15 anos como chefe da nação, de 1930 a 1945, período em que ganhou experiência no governo de um país grande, pobre, complexo e cansado de esperar pelo desenvolvimento e redução da pobreza.
Vargas era um homem complexo, que estimulava o culto à imagem de nacionalista estatizante preocupado com o povo menos favorecido, e gostava da fama de “pai dos pobres”. Porém, vendo o pequeno progresso que o Brasil houvera feito entre o início de seu longo governo ditatorial, em 1930, e o início de seu mandato em 1951 como presidente eleito democraticamente, Vargas manifestava preocupação com a lentidão do Brasil em obter o progresso e com a enorme dependência do país em relação a suprimentos internacionais. Sabendo que a vulnerabilidade do Brasil em relação a suprimentos internacionais era grave, o presidente criou, no primeiro ano de seu governo, a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, da qual fez parte o economista liberal e internacionalista Roberto Campos, que vinha de profícua experiência nos assuntos econômicos com os quais trabalhava na embaixada brasileira em Washington desde 1942.
Federação disfuncional, desordem no funcionamento dos três poderes, máquina estatal inchada e tímida abertura ao exterior impedem o Brasil de realizar o seu potencial de desenvolvimento
Ali, no governo Vargas, se apresentava oportunidade favorável para o Brasil começar o salto rumo ao crescimento econômico e desenvolvimento social. Mas o governo Vargas transitou de crise em crise, culminando com o suicídio do presidente em 24 de agosto de 1954. Passados quase 68 anos desde o episódio, o Brasil chega a 2022, ano em que completa dois séculos desde sua independência do império português, apresentando uma trajetória em que praticamente a normalidade é crise e instabilidade econômica e/ou política. Não é exagero afirmar que o país vem boicotando a si próprio sistematicamente por meio de distorções e disfunções, entre as quais duas podem ser destacadas pelo potencial de impedir o desenvolvimento: a federação disfuncional e a desordem no funcionamento dos três poderes.
O Brasil é uma república federativa composta de municípios, estados, Distrito Federal e União, com uma Constituição nacional predominante e cada estado com sua própria Constituição. Os poderes e obrigações, as prerrogativas e deveres, os limites e impedimentos, e as funções que são competência da União federal, dos estados e dos municípios devem estar devidamente definidos, regulados e claros a fim de que os três entes federativos – municípios, estados e União – funcionem bem, com eficiência e harmonia. Pois neste ponto está uma das principais distorções e deformações do Brasil: a federação brasileira é disfuncional, confusa, tortuosa, cheia de superposição de poderes, atribuições e limites, de forma que a regra constante é a existência de conflitos insolúveis, com elevados prejuízos à vida econômica, política e social. A federação brasileira é uma teia complexa e deformada que vive uma crise constante, como uma doença crônica incurável.
A outra deformidade grave, que tem mostrado enorme potencial destrutivo e impeditivo do progresso nacional, é a confusa e disfuncional interligação entre os três poderes e a eterna indefinição sobre quem pode o quê, o que vale e o que não vale. Nos dias atuais, é praticamente impossível saber-se com clareza qual o grau de autonomia e os limites dos poderes e qual a distinção de papéis entre Legislativo, Executivo e Judiciário. O elenco de litígios, interferências e ilogicidades nas ações de um poder sobre a competência e função dos outros dois faz do Brasil um lugar de incerteza e insegurança jurídica. E com um detalhe adicional: a Constituição federal e as leis são escritas com redação que permite ambiguidade e dupla interpretação, de forma que a mesma regra é tal coisa para alguns juristas e, para outros, é seu contrário.
A essas duas características negativas – a federação disfuncional e a confusa independência e harmonia dos três poderes – adicionem-se outras duas que também geram incerteza, insegurança e risco, e que fazem o país ser eternamente instável e inibidor de investimentos: a máquina estatal inchada, ineficiente e infectada por corrupção endêmica; e a tímida abertura ao exterior que, ao lado de outros problemas, impede a absorção das tecnologias estrangeiras e, por isso, dificulta o aumento da produtividade. Não é preciso muito mais para concluir que o Brasil é seu próprio inimigo, um país que vem boicotando a si próprio há décadas e fazendo que o aumento da renda por habitante, o fim da miséria, a redução da pobreza e as melhorias sociais sejam objetivos que a nação não sabe quando conseguirá atingir – se é que o fará algum dia, embora as doenças nacionais sejam conhecidas e os remédios também.