Daniel Silveira muda estratégia de defesa e designa nova advogada. Saiba o que deve mudar Por Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo
Nova advogada de Daniel Silveira propõe “diálogo técnico e respeitoso” na interlocução com ministros| Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados
O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) fez mudanças em sua estratégia de defesa após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes “dobrar a aposta” e manter a vigência de medidas cautelares contra o parlamentar – mesmo diante da prevalência da graça constitucional concedida pelo presidente Jair Bolsonaro ao parlamentar. O ministro também vem determinando multas que já ultrapassaram meio milhão de reais – nesta quarta-feira (12), foi aplicada nova sanção de R$ 135 mil – alegando descumprimento de medidas judiciais, como uso de tornozeleira eletrônica.
Diante do impasse, Silveira designou a advogada Mariane Andréia Cardoso, mestre em Direito e especialista em estratégia em Tribunais, para comandar a defesa. Ela assumiu no último dia 5. O advogado Paulo César Rodrigues de Faria, que até então estava à frente, ainda compõe a equipe, mas se afastará por motivo de saúde.
A principal mudança na atuação da defesa será a busca por um diálogo “respeitoso e técnico” com a Corte e por manter a defesa afastada de embates públicos com integrantes do Judiciário.
“Com a edição do decreto, houve uma alteração substancial nas circunstâncias de fato e de direito do caso, o que implicou em uma alteração de estratégia de defesa”, disse Mariane à Gazeta do Povo. “Sobre a forma de lidar, vai se prestigiar a manifestação a respeito das questões nos autos, dentro dos meios processuais previstos, justamente para que se busque endereçar as questões de uma forma respeitosa e técnica”.
A advogada foi uma das signatárias da nota elaborada por juristas e professores de Direito que se manifestaram favoravelmente à constitucionalidade do perdão presidencial concedido por Bolsonaro. Dentre os juristas que assinaram a nota estavam Ives Gandra da Silva Martins, Modesto Carvalhosa e Janaína Paschoal.
Uma das primeiras ações da defesa a partir da reestruturação foi interpor um recurso pedindo a reconsideração da decisão monocrática de Moraes, de 3 de maio, que determinou multa de R$ 405 mil ao deputado por desobediência às medidas cautelares impostas no curso do processo, além do bloqueio de bens.
Nesta quarta-feira (11), Mariane se deslocou até o prédio do STF, em Brasília, para tentar viabilizar uma audiência presencial com Moraes. O pedido foi inicialmente negado por falta de disponibilidade de agenda.
Em recurso, defesa sustenta que medidas cautelares em vigor são inválidas O novo recurso da defesa de Daniel Silveira, protocolado no dia 9 de maio, pede a anulação de todas as multas e medidas cautelares impostas ao deputado em razão da constitucionalidade do decreto presidencial que concedeu o indulto individual ao deputado. Além do uso da tornozeleira eletrônica, perduram uma série de restrições que afetam a atividade parlamentar de Silveira, como proibição de participar de eventos públicos, usar redes sociais, conceder entrevistas e ausentar-se do Rio de Janeiro, salvo deslocamento a Brasília para tocar o mandato.
De acordo com o art. 192 da Lei de Execuções Penais, após a concessão de indulto, o Judiciário deve declarar extinta a pena ou ajustá-la. No caso em questão, mesmo após o pedido da defesa pelo arquivamento da ação penal, o STF não se manifestou, o que deixa a questão em aberto e permite que Moraes, relator da ação penal, mantenha as penalizações.
Ao manter as imposições, o ministro tem alegado, nos autos, que enquanto não houver a análise pelo Poder Judiciário, seguida da decretação da extinção de punibilidade, a ação prosseguirá, cabendo a Silveira observar as imposições cautelares. Para juristas ouvidos pela Gazeta do Povo, tal conduta é vista como o meio que o ministro encontrou para seguir punindo Silveira – que foi preso por vídeos com ofensas aos ministros da Corte – mesmo com a concessão do perdão presidencial. A linha dura adotada pelo ministro já desagrada até mesmo outros ministros do Supremo.
“As medidas cautelares servem para acautelar o processo até que haja um julgamento, para que não haja nenhum prejuízo em relação à percepção criminal. Se houve um perdão, que configura a extinção da punibilidade, essa extinção equivale ao cumprimento da pena. Então não há mais o que se acautelar. É isso que dissemos no recurso”, explica Mariane Cardoso. “O decreto presidencial é válido imediatamente, assim como qualquer lei do Parlamento. Então, considerando o rol de normas presentes no ordenamento jurídico, com o decreto sendo válido, ele é orientação para a conduta de quem quer que seja”.
Defesa pede aplicação de jurisprudência do STF no caso Daniel Silveira Um dos principais argumentos do recurso apresentado foi uma jurisprudência do próprio STF sobre indultos presidenciais no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.874, no qual o Supremo validou o indulto natalino concedido pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). O redator desse acórdão foi o ministro Alexandre de Moraes.
Na ocasião, os ministros aprovaram a tese de que “A concessão de indulto é prerrogativa constitucional privativa do Presidente da República e submete-se ao controle judicial nos limites expressamente previstos na Constituição, de modo que não cabe ao STF a revisão da conveniência e da oportunidade da política criminal adotada em seus critérios”. Na prática, a Corte declarou que não cabe ao Supremo analisar o mérito do indulto concedido, apenas sua constitucionalidade.
“Há um decreto presumidamente válido, legítimo, constitucional e em vigor determinando a extinção da punibilidade. Nosso agravo pede, portanto, a aplicação de jurisprudência que já existe no STF sobre o tema. O que estamos pedindo é coerência”, afirma a advogada.
TSE não acolheu novas sugestões das Forças Armadas para o processo eleitoral.| Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE..
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acaba de se manifestar sobre as dúvidas e sugestões dos militares, que visavam a mais segurança, transparência e confiança no processo de apuração. Especializados em guerra cibernética, sabem que não há segurança absoluta no mundo digital, militares convidados pelo TSE para integrar uma comissão de transparência das eleições, não permaneceram como espectadores passivos apenas para servir de avalistas do processo, mas fizeram muitas perguntas e sugeriram muitas ações que podem afastar as desconfianças de eleitores de quaisquer dos candidatos.
O TSE permanecera em silêncio sobre as sugestões, e até recusou pedido de deputado para torná-las públicas. Semana passada, o ministro da Defesa sugeriu que tudo fosse divulgado. Apuração é um ato da administração pública, e, como tal, precisa ter a publicidade exigida pelo artigo 37 da Constituição.
As respostas do TSE certamente vão frustrar os militares, que vieram com a maior boa vontade de ajudar. O calor do ano eleitoral afeta o espírito e as emoções exacerbam as posições a respeito. De um lado o presidente da República a advogar transparência no processo, citando os precedentes da eleição Dilma x Aécio e do passeio do jovem hacker português no sistema do TSE, e de outros ministros do TSE, como Moraes, Barroso e Fachin, a não aceitar modificações num sistema que apresentam como seguro.
As respostas de agora refletem isso. Parece um tiroteio defensivo. Entre os milhões de eleitores, formam-se torcidas de um lado e de outro, muitas vezes estimulando posições cada vez mais radicais. Os militares, de instituições permanentes de estado, estão no meio do tiroteio, querendo ajudar e podendo ajudar.
O fato é que as duas partes aparentemente antagônicas têm o mesmo senhor: o povo brasileiro, fonte de poder e razão da existência do estado, constituindo para servir a esse mesmo povo. As partes da contenda devem ter a intenção de melhor servir ao povo, portanto precisam considerar que eleição é uma das ações mais sagradas do processo democrático.
Para que não pairem dúvidas, como as que subsistem desde que o PSDB não conseguiu auditar os resultados de 2014, cada eleitor precisa entender, sem dificuldade, como seu voto é contado e computado. O que está em jogo é cumprir com um processo que é da sociedade. Não é por outro motivo que na maioria dos países, os votos são contados por representantes do povo e dos partidos, nas próprias sessões em que foram recolhidos.
Questões pessoais, antipatias, não podem ser consideradas nessa disputa, mesmo porque a Constituição exige que haja impessoalidade. Tensões precisam ser esfriadas, para que cabeças frias percebam que o objetivo interessa a todos, a menos que haja sonhos mal-intencionados. Não parece que as respostas do TSE tenham vindo para aliviar as tensões.
As sugestões dos militares que, embora sob o comando supremo do presidente da República foram convidados pela própria Justiça Eleitoral a participar da Comissão de Transparência, aparecem como uma oportunidade de solução para uma corda esticada. Adotadas mais medidas para segurança, transparência e credibilidade, num momento em que já não há tempo para mudar radicalmente o processo, pode distensionar a corda e dar aos brasileiros um avalista de alta credibilidade popular aos resultados das urnas.
Lula e Bolsonaro se recusam a discutir seus planos de política econômica. O pior não é que não os tenham, mas que sejam os mesmos que provocaram e aprofundaram a crise
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
Mal saída da UTI, respirando com um balão de oxigênio após a pandemia, a economia global foi atropelada pela guerra de Vladimir Putin. As rupturas nas cadeias de fornecimento recrudesceram a fome no planeta e o puseram na rota da estagflação. Tanto pior para o Brasil, ainda convalescente após a recessão de 2015-16. Desemprego alto, inflação acelerada e baixo crescimento estão contratados no futuro próximo.
Nesta tempestade perfeita, seria de esperar que os dois candidatos com o bloco na rua desde sempre e que lideram as pesquisas estivessem promovendo rodadas de debate acaloradas entre aliados, recrutando tropas de economistas e mobilizando publicistas para explicar seus diagnósticos e advogar seus planos.
Nada disso. Como confessou Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista à Time, “a gente não discute política econômica antes de ganhar as eleições”. Jair Bolsonaro não se exprimiu com tanta candura. Nem precisava. Ele nunca escondeu sua ignorância em economia, e ainda tentou revesti-la com uma pátina de humildade, delegando-a ao seu “Posto Ipiranga”, o “superministro” Paulo Guedes.
Em 2018 havia algo remotamente parecido a um programa econômico bolsonarista. Falava-se em redução da dívida, abertura de mercado, modernização do funcionalismo, redução de impostos, renúncias e alíquotas e privatizações trilionárias.
Dizer que o governo não fez nada disso é uma meia-verdade. Inação era de fato a assinatura da política econômica bolsonarista até a primeira metade do mandato. Depois foi submissão. Agora nas mãos dos próceres do Centrão, ela serve para abastecer os apetites paroquiais de uma seleta clientela parlamentar e as ambições eleitorais de Bolsonaro.
Já Lula tem uma fórmula: “Eu tenho a certeza de que esses problemas (do Brasil) só serão resolvidos quando os pobres estiverem participando da economia, quando os pobres estiverem participando do orçamento, quando os pobres estiverem trabalhando, quando os pobres estiverem comendo”. Seria o equivalente a um médico dizer a seu paciente: “Eu tenho certeza de que você não estará mais doente quando estiver saudável”. A questão, obviamente, é como.
A resposta de Lula é olhar para trás. À Time ele soltou alguns números sobre reservas internacionais, IPOs, dívida internacional, que comprovariam que ele é “o único candidato com quem as pessoas não deveriam ter essa preocupação”. Mas mesmo admitindo-se um bom desempenho no primeiro mandato, 20 anos depois as condições são outras. Os pilares macroeconômicos herdados da era FHC estão despedaçados e não há nada no horizonte similar ao boom das commodities que permitiu a elevação dos gastos públicos e dos créditos que deram à ampliação do consumo a aparência de crescimento.
De resto, quem olha para trás, antes de encontrar as promessas do “social-desenvolvimentismo” petista em 2003, se choca com a catástrofe fabricada por ele em 2015-16. É ela a maior responsável por tirar dos pobres trabalho, comida ou investimentos.
O buraco só não foi mais fundo em razão da reforma da Previdência, aprovada no governo Bolsonaro, e pelas medidas tomadas ou encaminhadas no governo Temer, como a ancoragem fiscal e a reforma trabalhista, as mesmas que Lula promete revogar sem propor nada em troca. “Quem é que disse que o Brasil precisa de reformas?”, disse em outra entrevista.
Quem se esforça por desacreditar a polarização entre os populismos bolsonarista e lulopetista pode se sentir vindicado. De fato, em relação a mecanismos econômicos cruciais, como o teto de gastos ou as agências reguladoras, eles convergem: ambos querem implodi-los.
A degradação que esses populismos causaram no debate público é tamanha que os dois candidatos dispensam até aquela homenagem que o vício presta à virtude, a hipocrisia. Em outros tempos, demagogos como eles conjuravam planos tão grandiloquentes como vagos nas eleições, para depois terceirizar a culpa por seus malogros. Agora, nem isso. Simplesmente pedem cheques em branco em troca de caixas-pretas. Tanto pior quando se sabe que elas são só mais das mesmas caixas de Pandora que precipitaram a economia nacional na desolação em que está.
Kremlin denunciará o ‘expansionismo’ da Otan com a adesão de Suécia e Finlândia, que só buscam proteção
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
Na realidade paralela propagandeada por Vladimir Putin, as suas “forças de paz” foram à Ucrânia para libertá-la de um regime “nazista” e afastar a “ameaça existencial” da Otan. Em seus sonhos, a esse ponto a Otan estaria desestabilizada e a Ucrânia teria sido eliminada como país, ou, ao menos, o regime de Kiev estaria decapitado e os territórios do leste, dominados. Nada disso aconteceu. Ao contrário. O mais recente revés é o movimento de Suécia e Finlândia rumo à Otan.
Aqueles que consideram que Kiev foi imprudente e que o expansionismo da Otan é tão responsável pela guerra quanto Putin denunciarão a decisão finlandesa e sueca como mais um passo rumo a uma guerra mundial provocada pelo Ocidente. Na verdade, a esta altura, com a ameaça representada pelo regime delinquente russo, é natural que países próximos da Rússia procurem proteção. Como disse o ex-primeiro-ministro da Suécia Carl Bildt, “não foi tanto a Otan que se empenhou em ir ao Leste, foram diferentes nações que se empenharam em ir ao Ocidente”.
Pode-se questionar se os EUA foram prudentes ao anunciar, em 2008, que países como a Ucrânia ou a Geórgia “se tornarão membros”. Mas não havia consenso na Otan, e Putin tem motivações próprias.
Com ou sem a Otan, uma democracia funcional na Ucrânia é uma ameaça existencial não à Rússia, mas à autocracia de Putin. De resto, países eslavos têm uma história complexa com a Rússia. Quando o império soviético ruiu, tensões relativas à etnia, cidadania e fronteiras, alianças ou regimes constitucionais irromperam.
Não há nada similar em relação aos nórdicos. Seu não alinhamento era resultado da prudência diplomática e poderia se perpetuar se Putin recorresse a ela. Mas sua agressão não provocada mudou a opinião pública. Ficou claro que não são os vizinhos que ameaçam “existencialmente” a Rússia, mas o contrário.
Suécia e Finlândia já são democracias e membros da União Europeia. A decisão de ingressar na Otan é livre e soberana, e faz sentido estratégico para a segurança desses países e os da Otan, em especial os do Báltico. Ambos cooperam há décadas com a Otan e, se integrados, podem emular as estratégias da Noruega de convivência com a Rússia.
Isso não significa que o Kremlin não alegará uma provocação e não a utilizará como pretexto para suas ofensivas nacionalistas. Também não significa que os ocidentais, sem abrir mão de apoiar a defesa ucraniana, não devam concertar estratégias para desescalar o conflito, moderar sua retórica belicosa e, no momento oportuno, participar de uma negociação de paz, oferecendo garantias aos interesses ucranianos em relação à sua soberania e território e, ao mesmo tempo, uma saída “honrosa” para Putin. Isso envolverá acordos sobre armas convencionais e nucleares entre Otan e Rússia. Mas, agora, a Otan está mais forte, não mais fraca, para defender seus membros.
Suécia e Finlândia são só mais duas nações democráticas e soberanas que estão se unindo a outras na Otan, uma aliança de defesa, não um império como o que Putin tenta exumar. Como resumiu o presidente finlandês em mensagem a Moscou: “Você causou isso. Olhe-se no espelho”.
São Paulo – Usuários de drogas saem da Praça Princesa Isabel e voltam a ficar entre a Avenida Cleveland e rua Helvétia (Rovena rosa/Agência Brasil)
Megaoperação para reprimir o tráfico é bem-vinda, mas o poder público precisa articular ações muito mais amplas
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
O tempo passa, planos vêm e vão, prefeitos e governadores se sucedem, mas, se há algo que não muda na cidade de São Paulo, são as cenas da miséria física e emocional de usuários de crack em ruas da região central. Após décadas nos arredores da Praça Júlio Prestes, a Cracolândia migrou, em março, para a Praça Princesa Isabel, onde passou a ser chamada de Nova Cracolândia. De novidade, nisso, somente o nome, a troca de endereço e a informação de que a transferência teria sido determinada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
No mais, a maior metrópole da América Latina segue convivendo com a degradação da dignidade de milhares de dependentes químicos expostos à violência e à exploração criminosa de traficantes de drogas, em plena rua, à vista de todos. Aqui neste mesmo espaço, em agosto de 2021, tratamos do assunto, lembrando que uma rápida consulta ao acervo do Estadão revelaria uma série de editoriais sobre a tragédia da Cracolândia, publicados ao longo dos anos.
Voltamos agora ao tema para saudar o planejamento da megaoperação policial desencadeada na madrugada de quarta-feira pelas Polícias Civil e Militar, com a presença da Guarda Civil Metropolitana e de funcionários da Prefeitura. Cerca de 650 agentes, apoiados por helicópteros, cercaram a Nova Cracolândia, a fim de cumprir mandados de prisão e retirar barracas onde as drogas são vendidas. Pelo menos 20 pessoas foram presas, parte delas por desacato, segundo balanço preliminar. Diferentemente de outras ações repressivas, quando policiais chegavam por uma rua e traficantes fugiam por outra, a polícia dessa vez mobilizou estrutura compatível com o desafio, o que é elogiável.
Ninguém se iluda, no entanto, quanto ao alcance da megaoperação, no sentido de debelar e esvaziar a Nova Cracolândia. O que a realidade tem mostrado, no Brasil e no mundo, é que o combate às drogas, na Cracolândia ou em qualquer outro endereço da cidade, esbarra sempre em uma complexidade de causas. Infelizmente, não há solução mágica − nem única.
Seja lá o que se vá fazer, é preciso ter clareza quanto à imperiosa necessidade de envolver múltiplos atores e abordagens. Afinal, o que caracteriza problemas multifacetados é justamente o fato de que há várias questões a resolver em um mesmo lugar ou situação. O que requer, no caso da Nova Cracolândia, uma combinação de ações repressivas, assistenciais e de saúde pública, entre outras. Algo que ninguém, nem nenhum órgão público, consegue fazer sozinho.
Não se ignoram aqui iniciativas tomadas por diferentes administrações, em épocas diversas, com a participação não apenas do setor público, mas de organizações não governamentais, mesclando abordagens variadas. Sim, é preciso reconhecer que muito já foi feito. A megaoperação de quarta-feira, que é parte da Operação Caronte, para combater o tráfico de drogas, integra esse esforço.
Isso não nos impede de afirmar, com todas as letras, que tudo o que já foi feito até o momento é pouco. A mera existência da Nova Cracolândia, com os mesmos problemas da antiga, é prova disso. Uma realidade inaceitável.
Saber qual tipo de contrato e quando usá-lo te ajuda a ter mais organização e acordos previstos em lei
À medida que o empreendedor vai colocando seus planos de negócios em ação, a primeira dúvida que naturalmente surge é “Quais tipos de contrato serão importantes para o meu negócio?”.
Neste sentido, o presente artigo irá tratar de forma objetiva sobre 5 tipos de contrato que todo empreendedor precisa conhecer para que possa desenvolver seu trabalho da forma mais correta e segura possível.
CONTRATO SOCIAL
O Contrato Social é basicamente a certidão de nascimento da sociedade, nele deverão estar contidas todas as informações essenciais da sociedade para o bom desenvolver de suas atividades perante terceiros e perante os próprios sócios.
Deve ser levado em conta que a elaboração do Contrato Social deve ser realizada por profissionais qualificados, e de confiança, pois erros, ou omissões no mesmo podem gerar GRAVES problemas ao(s) empreendedor(es) no futuro.
Caso tenha interesse em saber quais são os principais aspectos que deverão constar no seu Contrato Social, acesse o artigo “Contrato Social: 6 elementos que são indispensáveis num bom contrato!”, que trata sobre esse assunto!
ACORDO DE SÓCIOS
O Acordo de Sócios é um contrato parassocial, que difere do Contrato Social, um não depende do outro. Assim, é errado pensar que se “migra” de um instrumento para o outro.
Os sócios podem acordar diversas questões societárias entre si através do Acordo de Sócios, estabelecendo de forma prévia soluções para possíveis conflitos e situações que possam acontecer ao longo da atividade empresarial.
Por ter um caráter privado e não haver necessidade de arquivamento junto a Junta Comercial, vai privilegiar a autonomia de vontade das partes podendo estabelecer diversos critérios específicos para situações de controle da sociedade.
Vale ressaltar que é sempre recomendável que, antes do desenvolvimento do Contrato Social, seja firmado um Acordo de Sócios, que deverá abordar todas as questões referentes à sociedade, como:
• Participação, diluição;
• Hipóteses de saída;
• Participação societária;
• Entre outras questões que forem importantes para a segurança dos envolvidos e da sociedade a ser constituída.
CONTRATO DE VESTING
O Contrato de Vesting vem sendo utilizado no Brasil de forma crescente, por esse motivo se faz de suma importância trazermos ao seu conhecimento o que é Vesting e como funciona, para isso desenvolvemos o artigo “Vesting: tudo que você precisa saber sobre o tema!”, que trata de forma mais profunda o tema.
O Vesting nada mais é que um acordo, no qual os envolvidos recebem progressivamente um percentual na participação da empresa, já anteriormente pré-estabelecido.
Comumente a porcentagem é estabelecida conforme tempo de trabalho que o sócio e/ou colaborador irá desenvolver no empreendimento.
Assim este tipo de contrato se torna muito útil, por exemplo, em casos em que o sócio e/ou colaborador é especializado em certa área e desenvolve seu trabalho em troca de participação na empresa, de forma gradual, a medida que for entregando etapas do projeto ou suas atribuições.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
O Contrato de Prestação de Serviços é usado para firmar acordos entre contratado e contratante, ou seja, empresa (ou autônomo) e cliente.
Nesse contrato estarão definidos a qualificação de ambas as partes, bem como o objeto da prestação de serviços, ou seja, o serviço que deverá ser realizado pelo contratado.
Não tão somente isso, temos um artigo que elaboramos aborda todo essa questão que envolve o desenvolvimento e natureza do Contrato de Prestação de Serviços.
Cabe salientar que o Contrato de Prestação de Serviços não implica em vínculo empregatício entre as partes, tendo em vista, seu caráter temporal, onde fica pré-estabelecido a duração da prestação do serviço.
A importância de tal contrato se faz eminente no momento que traz ao contratante bem como para o contratado a segurança necessária para a realização e prestação dos serviços, servindo como prova jurídica caso haja uma desavença entra as partes.
Além disso, existem diversos benefícios de ser assessorado por bons profissionais do momento da realização do Contrato de Prestação de Serviços.
TERMO DE USO E POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Não poderíamos terminar este artigo sem nos referirmos a um dos documentos mais importantes para os atuais empreendedores da área “web”, os Termos de Uso e Política de Privacidade.
Apesar de a maior parte das pessoas que conhecemos, familiares, amigos, colegas de trabalhos não lerem os Termos de Uso e Política de Privacidade que estão presentes em praticamente todos os app, sites, e afins que utilizamos no dia a dia, os mesmos são válidos e definem (se forem realizados corretamente) de forma clara como funciona a plataforma que você está utilizando.
Neste sentido, os Termos de Uso e a Política de Privacidade, tratam sobre o que a plataforma desenvolve e como é desenvolvido, aborda também sobre tratamento de seus dados pessoais, bem como a segurança dos mesmos, não tão somente, aborda questões de responsabilidade, tanto da plataforma quanto dos usuários, e muitas outras questões que deverão ser levadas a sério e devem ser respeitadas para evitar futuras confusões.
A maioria das pessoas as tratam como termo de adesão, contudo, alegar o desconhecimento dos termos e políticas de um app ou site, não é o suficiente para enquadrar as mesmas como simples termo de adesão, ou seja, o usuário está sujeito as sanções que poderão ser aplicadas através dos Termos de Uso e Política de Privacidade.
UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?
Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.
Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de mais de 100.000 acessos.
O sucesso do modelo dos marketplaces está expresso nos números registrados no último ano: o crescimento em 2020 chegou a 52%, acima dos 41% do segmento de e-commerce.
Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.
A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso, as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às ofertas de produtos.
Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.
Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do público.
Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.
1- Otimização dos recursos
A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem consolidados.
Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado. Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência significativa.
Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso, essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que seus parceiros possam desenvolver seus negócios.
2- Alcance de clientes
Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para alcançar um número maior de clientes.
Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o integram.
Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon, não divide os custos de marketing com os seus parceiros custeando ele próprio o processo de aquisição de clientesnas redes sociais.
3- Volume de dados
Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.
Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho na internet.
Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de converter os visitantes do marketplace em seus clientes.
4- Integração com outras ferramentas
Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de preços ou inventários.
Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.
É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.
5- Aumento de vendas
Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair um bom volume de visitantes para o seu site.
Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.
6- Diversificação de público
Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro momento, não conseguiria atingir.
Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para atender a sua nova demanda.
Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.
Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?
Marketplace e o crescimento das empresas
Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.
Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em 2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.
Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.
Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.
O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e testado.
Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.
Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.
Exemplo disso é a plataforma comercial da Startup Valeon, que tem suas páginas desenvolvidas justamente para conectar a sua loja aos principais consumidores do mercado.
Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no marketplace.
Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WApp)
Abertura do Congresso do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em Brasília| Foto: Reprodução
Os ex-presidentes da República gastaram R$ 547 mil com viagens até abril deste ano – tudo pago pela Presidência da República. Quem mais torrou o dinheiro público com passagens e diárias para seguranças e assessores foi Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – um total de R$ 220 mil. Só a visita ao México custou R$ 96 mil. No Brasil, em fase de pré-campanha eleitoral, Lula viajou para agendas políticas acompanhado por servidores pagos com verbas públicas. Sua equipe de apoio recebeu 175 diárias nas viagens nacionais e internacionais neste ano.
Lula esteve na Cidade do México, no início de março, para visitar o presidente Andrés Lopez Obrador. Na Câmara dos Deputados, afirmou que “a luta contra a desigualdade é um caminho sem volta, que, além do México, está sendo trilhado também pela Argentina, o Peru, o Chile, a Bolívia e Honduras, com seus governos progressistas”, disse, referindo-se à retomada do poder pela esquerda na América Latina. Quatro seguranças e assessores fizeram sete deslocamentos para o México em janeiro, fevereiro e março, recebendo 35 diárias num total de R$ 59 mil.
No país, no final de março, sete integrantes da equipe de segurança e apoio acompanharam o ex-presidente ao Rio de Janeiro e Salvador. Lula falou no Encontro Internacional Democracia e Igualdade, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). No dia 31, prestigiou o lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo do estado, numa coligação com MDB e PSD. As 50 diárias dos servidores custaram R$ 13 mil; as passagens, mais 26 mil.
Em 28 de abril, o pré-candidato a presidente da República deu sequência à aproximação com o centro e selou o acordo com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), tendo como pré-candidato a vice um histórico adversário, o ex-tucano e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. O evento foi em Brasília. O deslocamento da equipe da seis seguranças e assessores custou R$ 28 mil, sendo R$ 23 mim com passagens – tudo pago pelos cofres públicos.
No evento, Lula rebateu as críticas pela aliança fechada com um tradicional adversário. “De vez em quando, Alckmin, alguém fala: ‘Ah! Mas o Lula e o Alckmin já divergiram. Por que eles agora estão juntos?’ Por que isso chama-se política. Isso chama-se maturidade. Isso chama-se compromisso com o povo brasileiro”.
“Comer é um ato político” Em 12 de abril, Lula já havia estado em Brasília para prestigiar o Acampamento Terra Livre, organizado por comunidades indígenas. A despesa com a equipe de apoio chegou por 20 mil, sendo R$ 16 mil com passagens. O deslocamento da equipe de seguranças e assessores a Londrina (PR), em 19 de março, para o encontro com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), no assentamento Eli Vive, ficou por R$ 17 mil.
No evento, Lula citou Paulo Freire ao falar sobre a fome: “A fome é uma doença que não dói aos olhos de quem não a sente. E a fome é mais grave porque a gente tem capacidade de produzir alimento para todos os seres humanos”. A ativista Bela Gil completou: “A comida é uma ferramenta muito poderosa de transformação. Comer é um ato político”.
A Lei 7.474/1986 estabelece que os ex-presidentes da República têm direito a quatro seguranças e dois veículos com motoristas. Posteriormente, foram acrescentados mais dois assessores à equipe de apoio. Lula manteve os seus assessores e seguranças, incluindo motoristas, mesmo enquanto permaneceu preso em Curitiba.
Os serviços também não são suspensos durante período de campanha eleitoral. Em 2018, a ex-presidente Dilma Roussef levou servidores pagos pela Presidência da República para Minas Gerais durante a sua campanha ao Senado. Eles receberam 350 diárias num total de R$ 84 mil, como mostrou reportagem publicada no blog.
E ainda tem os salários da equipe de apoio Outro aspecto a ser destacado é que as equipes de apoio dos ex-presidente também recebem salário da Presidência da República. Nos três primeiros meses do ano, essa despesa já chegou a R$ 1 milhão. A maior equipe é a de Dilma Rousseff, com custo de R$ 201 mil. Depois vem a de Sarney, com R$ R$ 180 mil. A equipe de Lula está custando R$ 146 mil. Os penduricalhos como combustível, aluguel de veículos, seguros, telefonias, taxas, somaram R$ 66 mil. Ou seja, é tudo por conta do contribuinte
O total de despesas dos seis ex-presidentes até março, segundo dados da Presidência, foi de R$ 1,48 milhão. Nesse período, as diárias e passagens de assessores somaram R$ 393 mil. Mas é possível apurar os gastos de abril na página do Portal da Transparência que traz o detalhamento das despesas. Assim, nos quatro primeiros meses do ano, os gastos com viagens chegam a R$ 547 mil.
A segunda maior despesa, até abril, foi do ex-presidente Fernando Collor (PROS) – R$ 138 mil. Mas ele só viajou pelo país. Os deslocamentos para São Paulo custaram R$ 92 mil. Para Maceió, capital do estado que representa como senador, as viagens somaram apenas R$ 20 mil. Além dos cinco assessores pagos pela Presidência, ele conta com mais 56 assessores no Senado. No ano passado, esses assessores parlamentares custaram R$ 5,5 milhões ao contribuinte.
Dubai, Nova York, Santiago O ex-presidente Michel Temer (MDB) gastou um total de 90 mil com viagens até abril. De 22 a 28 de março, viajou para Dubai, nos Emirados Àrabes, para participar da 4ª Edição Global Business Fórum da América Latina. Foi acompanhado por dois servidores da Presidência, que receberam 12 diárias no valor de R$ 18,6 mil. A despesa total fechou em R$ 32 mil.
Em seguida, programou para abril a sua participação, como palestrante, na Reunião Anual de Investidores da Siguler Fuff & Company, em Nova York. A despesa total seria de R$ 48 mil, sendo R$ 37 mil com passagens.
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) já torrou muito dinheiro em viagens para o exterior. Mas reduziu as despesas neste ano. Foram R$ 68 mil em viagens nacionais e internacionais. Esteve em Santiago do Chile para a posse do presidente Gabriel Boric. Pelas redes sociais, ela saudou o novo presidente: “É a maior vitória do povo chileno desde a deposição de Allende. Todo esse movimento traz esperança não apenas ao Chile, mas aos povos do continente que lutam contra o neoliberalismo e o fascismo”. A despesa com a sua equipe de apoio chegou a R$ 33 mil, sendo R$ 27,5 mil apenas com as passagens.
O ex-presidente José Sarney (MDB) gastou R$ 28 mil com seis deslocamentos de assessores, sendo cinco deles para São Luís. As passagens custaram R$ 19 mil. No total, foram 42 diárias. Com problemas de saúde, o presidente Fernando Henrique Cardoso não fez viagens com assessores neste ano.