terça-feira, 10 de maio de 2022

ELEITOR VOTA EM QUE ELE QUISER E ATÉ NO RETRÓGRADO

Bolsonaro ou Lula?

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Segundo turno da eleição para presidente em Curitiba. #voto #cabine #justificativa #eleitoral #urna #biometria

Corrida presidencial se desenha neste ano com uma polarização jamais vista em eleições anteriores.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

De todas as insânias que estão marcando a corrida presidencial de 2022, e que prometem dar à política brasileira os seus piores momentos desde a volta das eleições diretas em 1989, nenhuma parece se comparar, até agora, com a ofensiva para se negar a um dos lados o direito de ganhar. Este lado, é claro, é o do presidente da República – qualquer um, dizem a maior parte da mídia, as elites e as classes intelectuais, menos ele.

Não se discute, aí, os seus erros ou as suas qualidades. Não se discute as virtudes ou os defeitos do seu adversário. O que vai se impondo no debate é uma alegação estúpida: a que o eleitorado não tem o direito de votar em Jair Bolsonaro.

Essa postura sustenta, muito simplesmente, o seguinte disparate: os brasileiros que votarem no presidente da República estarão votando contra os “interesses do Brasil”. Aí já se começa a entrar no terreno do fanatismo, coisa de Talibã que proíbe as pessoas de ouvirem música porque isso é contra os interesses do Islã.

Porque, de uma forma objetiva, votar em Bolsonaro seria votar contra a nação? Qual a autoridade de quem está dizendo isso para decidir o que é, e o que não é, o “interesse nacional”? Quais são os fatos que sustentam essa afirmação? E, mais do que tudo: por que raios o cidadão não teria o direito de votar em quem quiser?

Nunca houve, nas campanhas anteriores, este tipo de proibição. Sobraram, nestes últimos 30 anos, as palavras mais incendiárias contra candidatos de todas as modalidades, mas negar a um deles o direito de receber votos é novidade de 2022.

Não há a mais remota preocupação de discutir as ideias, projetos ou valores de cada candidato, nem de buscar argumentos lógicos para nada do que se diz. Basta eliminar o nome vetado – e carimbar como má pessoa, mau patriota e mau brasileiro quem pretende votar nele.

Bolsonaro foi um mau presidente e é um mau candidato? Perfeito: basta apresentar fatos objetivos, e coerentes entre si, que demonstrem isso. Na verdade, se ele é o pesadelo que os jornalistas acham que é, não deveria haver o menor problema em fazer a lista de tais fatos, não é mesmo? Não adianta, aí, dizer que ele é “genocida”; é indispensável acusar com um mínimo de inteligência, nexo e respeito à realidade. E então?

Denuncia-se quem vota no presidente como gente “a favor do atraso”. E o outro candidato – o único de verdade, quando se deixa de lado a palhaçada da “terceira via”? O que há de moderno com ele e com as propostas que está fazendo neste exato momento?

O ex-presidente Lula diz que vai resolver os problemas do Brasil abrindo mais estatais. Vai criar o Ministério do Índio e a moeda que acaba com o dólar. Vai eliminar a reforma trabalhista, anular a reforma previdenciária e ressuscitar o imposto sindical. Vai acabar com os clubes de tiro. Diz que policial, para ele, não é gente.

Quer tirar do passado tudo o que já se experimentou e deu errado – e fazer disso a sua plataforma de governo. Por que votar contra isso tudo seria votar a favor do atraso – e contra os interesses nacionais?

Não faz nenhum sentido. Mas grande parte da mídia brasileira, com a mente cada vez mais desarrumada pela existência de Bolsonaro, deixou de fazer qualquer sentido na campanha para presidente.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/eleitor-tem-direito-de-votar-em-quem-quiser/
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GUERRA NA UCRÂNIA ESTÁ FICANDO PERIGOSA PARA OS EUA

 

Thomas Friedman: leia artigo

Foto: Max Delany/AFPPor Thomas Friedman – Jornal Estadão

Para autoridades americanas, está cada vez mais óbvio que o comportamento de Putin não é tão previsível quanto já foi no passado

THE NEW YORK TIMES – Se você tem acompanhado as reportagens sobre a Ucrânia, pode pensar que a guerra se assentou como um longo caminho, arrastado e em certa medida aborrecido. Você pode estar errado. Na realidade, as coisas estão ficando mais perigosas a cada dia.

Para começar, quanto mais longa for esta guerra, mais oportunidades existirão para erros de cálculo catastróficos — e a matéria-prima para isso está se acumulando rapidamente e furiosamente. Considerem os dois vazamentos de graduadas autoridades americanas, ocorridos na semana passada, a respeito do envolvimento dos Estados Unidos na guerra entre Rússia e Ucrânia:

No primeiro, o Times revelou que “os EUA forneceram informações de inteligência a respeito de unidades russas que permitiram aos ucranianos localizar e matar muitos dos generais russos que morreram em ação na guerra da Ucrânia, de acordo com graduadas autoridades americanas”.

No segundo, após uma reportagem da NBC News e citando autoridades americanas, o Times noticiou que os EUA “forneceram informações de inteligência que ajudaram as forças ucranianas a localizar e atacar” o Moskva, o principal navio de guerra da esquadra russa no Mar Negro. Essa ajuda na localização do alvo “contribuiu para o eventual naufrágio” do Moskva provocado por dois mísseis de cruzeiro ucranianos.

Presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, posa para foto entre os secretários americanos de Defesa (E), Lloyd Austin e de Estado, Antony Blinken, em Kiev, em 24 de abril de 2022

Presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, posa para foto entre os secretários americanos de Defesa (E), Lloyd Austin e de Estado, Antony Blinken, em Kiev, em 24 de abril de 2022 

Como jornalista, adoro um bom vazamento de informações, e os repórteres que produziram essas reportagens realizaram uma investigação poderosa. Ao mesmo tempo, por tudo que pude perceber após conversas com graduadas autoridades americanas, que falaram comigo sob condição de anonimato, esses vazamentos não foram fruto de nenhuma estratégia planejada, e o presidente Joe Biden ficou furioso com isso.

Relataram-me que ele chamou a diretora nacional de inteligência, o diretor da CIA e o secretário da Defesa para deixar claro, nos termos mais contundentes e explícitos, que esse tipo de conversa mole é algo irresponsável e tem de parar imediatamente — antes que acabemos numa guerra não intencional contra a Rússia.

A estarrecedora conclusão que decorre desses vazamentos é que eles sugerem que não estamos mais numa guerra indireta contra a Rússia, mas, em vez disso, estamos à beira de uma guerra direta — e ninguém preparou o povo americano nem o Congresso para isso.

Vladimir Putin certamente não tem dúvidas sobre a magnitude com que os EUA e a Otan estão municiando a Ucrânia com armamentos e informações de inteligência, mas quando autoridades americanas começam a se gabar em público a respeito do papel dos EUA na morte de generais russos e no ataque que afundou o navio de guerra russo, matando muitos marinheiros, poderíamos estar criando uma abertura para Putin responder de maneiras capazes de ampliar perigosamente esta guerra — e afundar os EUA neste conflito mais do que o país deseja.

Isso é duplamente perigoso, afirmam graduadas autoridades americanas, porque fica cada vez mais óbvio para elas que o comportamento de Putin não é tão previsível quanto já foi no passado. E Putin está ficando sem opções para algum tipo de sucesso que mantenha as aparências no campo de batalha — ou até mesmo de uma saída para salvar sua dignidade.

É difícil exagerar o tamanho da catástrofe que esta guerra tem sido para Putin até agora. Na realidade, Biden apontou para sua equipe que Putin, ao tentar afrontar a expansão da Otan, acabou pavimentando o caminho para essa expansão. Tanto a Finlândia quanto a Suécia estão agora dando passos na direção de aderir à aliança da qual se mantiveram fora ao longo de sete décadas.

É por isso que as autoridades americanas estão tão preocupadas com o que Putin possa fazer ou anunciar nos próximos dias. Aliás, temos de estar atentos para o fato de que não apenas os russos gostariam de nos envolver mais. Não tenha dúvidas, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, tem tentado exatamente isso desde o início: tornar a Ucrânia membro da Otan imediatamente ou obrigar Washington a forjar um pacto de segurança bilateral com Kiev. Respeito o heroísmo e a liderança de Zelenski. Se eu fosse ele, estaria tentando enredar os EUA ao meu lado da mesma maneira.

Mas sou cidadão dos EUA — e quero que sejamos cautelosos. A Ucrânia foi — e ainda é — um país repleto de corrupção. Isso não significa que não deveríamos ajudar os ucranianos. Fico feliz por estarmos fazendo isso. E insisto que devemos fazê-lo. Mas minha sensação é que a equipe de Biden caminha muito mais sobre uma corda-bamba em relação a Zelenski do que possa dar a parecer — querendo trabalhar como pode para garantir que ele vença esta guerra, mas fazendo isso de uma maneira que ainda mantenha alguma distância entre Washington e a liderança da Ucrânia; para que não seja Kiev a dar as cartas e para que não sejamos constrangidos pela bagunçada política ucraniana depois da guerra.

A percepção de Biden e sua equipe, segundo minha apuração jornalística, é que os EUA precisam ajudar a Ucrânia a restabelecer sua soberania e expulsar os russos — mas não permitir que a Ucrânia se transforme num protetorado americano na fronteira com a Rússia. Temos de ter foco preciso no que é nosso interesse nacional e não vaguear por caminhos que levam a constrangimentos e riscos que não desejamos.

Uma coisa que sei sobre Biden — com quem viajei ao Afeganistão em 2002, quando ele era o senador que liderava a Comissão de Relações Exteriores — é que ele não romantiza a respeito de líderes mundiais. Ele lidou com muitíssimos ao longo de sua carreira. E adquiriu uma noção muito boa sobre onde começam e até onde vão os interesses americanos. Pergunte aos afegãos.

Então, onde os EUA estão neste momento? O Plano A de Putin — de tomar Kiev e instaurar um líder fiel à Rússia — fracassou. E seu Plano B — de tentar simplesmente tomar o controle do antigo centro industrial da Ucrânia, conhecido como Donbas, cuja população tem origem russa em sua maioria — ainda está em dúvida.

As recentemente reforçadas tropas terrestres de Putin fizeram algum progresso, mas ainda limitado. É primavera (Hemisfério Norte) no Donbas, o que significa que o terreno ainda está pantanoso e úmido em certos locais, portanto, os blindados russos ainda têm de apelar para estradas e autopistas em muitas regiões, o que os torna vulneráveis.

Bono, vocalista do U2, faz show em metrô de Kiev

O cantor irlandês Bono, do grupo U2, deu um show neste domingo em uma estação de metrô de Kiev. O artista pediu que a paz chegue em breve.

Enquanto os EUA navegam entre Ucrânia e Rússia tentando evitar ser ludibriados, um ponto brilhante no esforço para evitar uma guerra maior é o sucesso do governo americano em evitar que a China forneça ajuda militar à Rússia. Isso é importantíssimo.

Afinal, em 4 de fevereiro, o presidente da China, Xi Jinping, recebeu Putin na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, quando eles revelaram todo tipo de acordo em comércio e energia e posteriormente publicaram uma declaração conjunta garantindo que a amizade entre Rússia e China “não tem limites”.

Isso é passado. Depois que a guerra começou, Biden explicou pessoalmente para Xi, durante um delongado telefonema, que o futuro econômico da China depende do acesso do país aos mercados americano e europeu — seus dois maiores parceiros comerciais — e que se a China fornecer ajuda militar para Putin, isso teria consequências muito negativas para o comércio chinês com ambos os mercados.

Objetivo claro e definido

Xi fez a conta e foi dissuadido de ajudar a Rússia militarmente de qualquer modo, o que também enfraqueceu Putin. As restrições do Ocidente sobre exportações de microchips para a Rússia estão começando a prejudicar seriamente as fábricas do país — e a China, até agora, não se apresentou.

Minha conclusão ecoa meu ponto de partida — e não canso se ressaltar: Os EUA têm de se ater o mais estritamente possível ao seu objetivo limitado e claramente definido de ajudar a Ucrânia a expulsar as forças russas o quanto possível ou de ajudar a Ucrânia a negociar a retirada dos russos sempre que os líderes ucranianos considerem que for o momento certo para isso.

Mas estamos lidando com alguns elementos incrivelmente instáveis; em particular, um Putin ferido politicamente. Gabar-se de matar seus generais e afundar seus navios — ou apaixonar-se pela Ucrânia de maneira que nos envolva com o país eternamente — é o cúmulo da insensatez. / TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

O MAIOR NAVIO DO MUNDO TEVE FIM INGLÓRIO

 

Por João Lara Mesquita – Jornal Estadão

Maior navio do mundo com quase meio quilômetro de extensão

Alguns dos maiores navios do mundo vêm na forma de petroleiros, cargueiros e navios de cruzeiro. Essas megamáquinas são colossos da engenharia e contribuem para uma grande porcentagem das mercadorias transportadas no mundo, sem mencionar as pessoas. Mas, navios em geral são igualmente os maiores poluidores, e lançadores de gases de efeito estufa na atmosfera, conforme já mostramos. A simples visão de um desses superpetroleiros de perto faz perceber a verdadeira magnitude das técnicas de fabricação e design envolvidas no processo de construção. Hoje vamos conhecer o maior navio do mundo.

proa do maior navio do mundo
Imagem, www.dailymail.co.uk.

Seawise Giant, que também teve os nomes de Happy Giant e Knock Nevis, foi o navio mais longo já construído, com 458,45 m, ou quase meio quilômetro de extensão, mais longo do que a altura de muitos dos edifícios mais altos do mundo.

Um superpetroleiro ULCC com uma âncora de 36 toneladas

Seawise Giant; mais tarde Happy Giant, foi um superpetroleiro ULCC (Ultra Large Crude Carrier) considerado o navio autopropulsado mais longo da história, construído em 1974-1979 pela Sumitomo Heavy Industries em Yokosuka, Kanagawa, Japão. Ele ostentava a maior tonelagem de peso morto já registrado. Totalmente carregado, seu deslocamento era de 657.019 toneladas.

Suas âncoras pesavam 36 toneladas cada! O calado era de 29,8 metros; tinha uma boca (largura) de 68,8 metros, e atingia velocidade de 16 nós.

Missão: conectar o Oriente Médio e os Estados Unidos

O petroleiro, lançado em 1981, tinha nada menos que 31.541 metros quadrados de espaço de convés, 46 tanques e uma missão clara: conectar o Oriente Médio e os Estados Unidos. Durante sete anos ele conseguiu cumprir sua tarefa sem grandes contratempos, mas em 1988 uma guerra cruzou seu caminho.

A embarcação permaneceu sem nome por muito tempo e foi identificada pelo número de seu casco, 1016. Durante os testes no mar, o 1016 exibiu graves problemas de vibração ao ir à ré. O proprietário grego recusou-se a recebê-lo e a embarcação foi submetida a um longo processo de arbitragem.

Desenho do maior navio do mundo
Ilustração, www.vesseltracking.net.

O estaleiro exerceu seu direito de vende-lo e um acordo foi negociado com o fundador da Hong Kong Orient Overseas Container Line, para alongar o navio em vários metros e adicionar 146.152 toneladas de capacidade de carga por meio de jumborização (Sistema que permite o aumento da capacidade de carga de um navio, mediante a realização de um corte transversal vertical em seu casco e interseção de um novo conjunto de porões, depois fundidos ao casco original).

Apesar do enorme comprimento, o Seawise Giant não era o maior navio em tonelagem bruta, ocupando o sexto lugar com 260.941 GT, atrás do navio guindaste Pioneering Spirit e dos quatro superpetroleiros da classe Batillus de 274.838 a 275.276 GT .

História do Seawise Giant

Originalmente, o navio-tanque foi encomendado em 1974 por um magnata grego. O proprietário  não conseguiu pagar em 1979, segundo o site www.vesseltracking.net,  o navio sem nome, identificado apenas pelo número de casco 1016, ficou sujeito a um longo processo de arbitragem.

A história da recusa  não é muito clara. Talvez tenha sido a falta de fundos, porque não estava inteiramente satisfeito com o resultado ou, simplesmente, porque em 1975 o Canal de Suez havia sido reaberto ao tráfego após oito anos.

Depois de muita discussão, finalmente, houve um acordo. O navio-tanque foi vendido a CY Tung, chefão do transporte marítimo chinês. Ele foi reformado, alongado em vários metros, Tung queria mais espaço, e ficou com 156.000 toneladas métricas de capacidade de carga adicionada, a fim de ser o maior navio a navegar.

Seawise Giant, o maior navio do mundo
Quase meio quilômetro de comprimento. Imagem, www.xataka.com.

O nome, Seawise Giant (Gigante do Mar), foi obra de Tung. Foi lançado ao mar em 1981 com capacidade de 564.763 toneladas de peso morto.

Suas origens remontam à década de 1970, época dos grandes petroleiros, quando o fechamento do Canal de Suez encorajou as empresas de navegação a apostar em navios de tamanho XXL que pudessem viajar para o Cabo da Boa Esperança.

Uma trajetória complicada

Ao longo de sua trajetória complicada, o petroleiro Seawise Giant alimentou sua lenda com base em marcos. Com quase meio quilômetro de comprimento, ganhou a reputação de ser o maior navio autopropulsado já construído.

Sua estatura ciclópica lhe valeu um lugar na história naval. Mas, apesar disto, teve um fim inglório…

Uma guerra na rota do Gigante do Mar

Em 1988 uma guerra cruzou a proa do Seawise Giant, a guerra entre Irã e Iraque.  Com seus armazéns abarrotados de petróleo bruto iraniano, acabou  tornando-se o alvo perfeito para a Força Aérea Iraquiana.

maior navio do mundo em chamas
O Iraque o abateu. Imagem, www.dailymail.co.uk.

Como resultado, o Seawise acabou  afundado na costa da Ilha Larak, no Irã.

maior navio do mundo atacado
Imagem, www.dailymail.co.uk.

Na época, era ‘o maior’ naufrágio do mundo. Se fosse qualquer outro, talvez a história do Seawise Giant tivesse acabado; mas seu tamanho XXL atraiu o interesse de um consórcio norueguês que considerou que reflutuá-lo, e repará-lo, poderia ser um bom negócio. 

Maior navio do mundo atracando
Imagem, www.dailymail.co.uk.

E assim foi. A operação, concluída em 1989, foi montada em Cingapura durante dois anos, de onde ele saiu com um novo nome: Happy Giant.

Gigante, sim; mas Happy não, diz o site xataka.com. Embora tenha acabado nas mãos de um magnata norueguês que o renomeou pela enésima vez —Jahre Viking—  continuou a operar por mais 13 anos. Mas, suas enormes dimensões, as mesmas que o tornaram tão espetacular, complicaram muito sua vida no mar.

Difícil de manobrar

O navio era difícil de manobrar, o seu enorme peso aumentava o risco de encalhe e, diz-se, impedia-o de navegar em alguns dos pontos estratégicos das rotas comerciais, como os canais Inglês, e Suez, ou o Canal do Panamá.

Ilustração do maior navio do mundo
Ilustração, roblox.shipping.lanes.

No século 21, novo dono e novo nome

Em 2004 passou para as mãos de um novo proprietário, First Olsen Tankers, que – claro – mudou seu nome novamente, depois de renová-lo em Dubai e passar a usá-lo como unidade de armazenamento flutuante: um gigantesco petroleiro XXL localizado na costa do Catar. À sua maneira, isso marcou a aposentadoria do velho Seawise Giant.

Comparações entre navios
Ilustração, www.dailymail.co.uk.

Final de vida no maior cemitério de navios do mundo, em Alang

Não poderia ser diferente. O maior navio do mundo acabou retalhado no maior cemitério de navios, em Alang, Índia. Na época, o Times of India garantiu que foram necessários mais ou menos 18.000 trabalhadores para concluir o trabalho de retalhamento.

ALGUNS ESTÃO PROGRAMADOS PARA A RIQUEZA E OUTROS PARA A POBREZA

 

Byvaleon

 MAI 10, 2022

Os Segredos da Mente Milionária

T. Hark Eker – Editora Sextante

Entenda seu modelo mental sobre dinheiro 🧠

Todas as pessoas têm pensamentos inconscientes programados, modelos mentais para lidar com dinheiro dentro das suas mentes. Alguns estão programados para a riqueza, enquanto outros são programados para a pobreza.

O modelo mental que usamos para pensar sobre dinheiro tem origem em nossas experiências de infância e ele guia nosso comportamento de tal forma que isso influencia diretamente em quanta riqueza teremos no futuro.

Para Harv, a renda das pessoas dificilmente se desvia dos níveis que foram definidos mentalmente para eles na infância. Por quê? O subconsciente das pessoas regula sua capacidade de acumular riqueza como um termostato. Se ele está muito baixo, quando as pessoas ganham algum dinheiro extra, elas gastam o dinheiro.

Se o termostato é definido no alto, estamos falando de alguém rico e, caso a falta de dinheiro ocorra, ela é compensada rapidamente. A maioria da população é programada para viver com baixa renda e poucas pessoas conseguem ficar de fato ricos e acumular riqueza duradoura.

Nossos padrões de pensamento são moldados por aquilo que os nossos pais nos ensinaram sobre dinheiro e precisamos entender como eles funcionam para agir sobre eles.

É importante entender estes modelos e ser capaz de romper com eles para ter sucesso financeiro. Quando as pessoas aprendem a abordagem positiva e as famílias reforçam que o dinheiro é um meio de atingir e conquistar coisas, estas pessoas tendem a ter mais facilidade para enriquecer.

Antes de mudar sua maneira de pensar, avalie tudo

Apesar de seu potencial de acumular riqueza depender do seu modelo mental sobre dinheiro, é possível mudá-lo e isso requer bastante esforço. O primeiro passo é entender de onde vem os seus conceitos sobre dinheiro. Você precisa entender como seu subconsciente te sabota na perseguição pela riqueza.

Analise sua programação mental, tome nota dos seus modelos e quais os ditados usados pelos seus pais quando você era criança. Analise se você ainda vive sobre estes mesmos ditados. Se você não tinha condição de ter algo quando criança, esta não é uma crença que você deve reforçar na idade adulta.

Pergunte-se: por que não? Também é importante analisar sua situação financeira. Você está endividado? Tem dinheiro de sobra no banco? Entenda o motivo de cada um dos dois. Entenda também todos os investimentos bem-sucedidos e falhos que você fez na sua vida. Por que eles funcionaram? Por que não?

Uma vez que você entende as armadilhas que seu cérebro lhe prega, chegou a hora de superá-las. Você precisa recondicionar seu cérebro a pensar contrariamente a estas crenças e modelos mentais limitantes. Tudo aquilo que remete a uma mentalidade de pobreza e escassez precisa ser reprogramado.

É preciso substituir as antigas crenças sobre o dinheiro em nossos sistemas e não apenas adicionar novas. Para mudá-las, temos que encontrar nosso novo modelo mental sobre a riqueza e trabalhar para reforçá-lo em nossas mentes diariamente, através da repetição.

STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups? Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que sim.

Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados. Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb e tantos outros não param de surgir.

E as grandes empresas começam a questionar.

O que estamos fazendo de errado?

Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?

Qual a solução para resolver este problema?

A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes conclusões:

* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.

* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.

* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;

* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.

* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.

O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de aproximação com o mundo das startups.

Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar um piloto.

Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta, tomará mais riscos.

Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.

As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.

As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.

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segunda-feira, 9 de maio de 2022

MINISTRO ALEXANDRE DE MORAIS IMPEDE O STF DE PACIFICAR COM OUTROS PODERES

Supremo isolado

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília

O presidente do STF, Luiz Fux, e o ministro Alexandre de Moraes, no plenário| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A linha dura adotada pelo ministro Alexandre de Moraes nos inquéritos contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), seus aliados e apoiadores, passou a incomodar alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que esperam uma pacificação na relação com o Executivo e o Congresso.

A avaliação entre vários ministros é que o recente esforço do presidente da Corte, Luiz Fux, para estreitar a relação com os demais poderes e com militares – embora tardio e ineficiente, na visão dos mesmos ministros – tem sido em vão, diante da insistência de Moraes em pesar a mão contra o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o próprio presidente da República.


Ministros com mais traquejo político que Fux já expressaram a membros do governo e do Congresso que há excessos sendo cometidos. Por outro lado, não existe articulação interna suficiente dentro do STF para traçar uma estratégia de defesa da instituição, sobretudo porque Moraes costumar agir sozinho, sem consultar os colegas sobre o que vai fazer.

Há ministros que consideram que ele tem cometido excessos. Exemplo recente foi a ideia de encomendar novo relatório da Polícia Federal no inquérito que apura a divulgação, por Bolsonaro, da investigação sobre o ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018, mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pedido o arquivamento do caso.

Outro exemplo é a opção de aplicar multa de R$ 405 mil, bloquear contas e reter parte do salário do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), mesmo após o indulto concedido a ele por Bolsonaro. Muitos esperavam que Moraes decidisse logo sobre a extinção da pena, em vez de prolongar o caso, aumentando a tensão com o Congresso e o Executivo – o parlamentar já disse que não vai colocar a tornozeleira, como exigiu o ministro, porque já está perdoado.

Em casos comuns, a recusa em cumprir essa medida obrigaria o juiz a decretar uma prisão preventiva. Mas, neste caso, há obstáculos jurídicos: o STF já decidiu que esse tipo de prisão (usada para impedir fugas, prejuízos a investigações ou cometimento de novos delitos) não pode ser decretada contra parlamentares, que só podem ser presos em flagrante.

Assim, a não ser que considerasse que o deputado está cometendo outro crime em estado de flagrância – algo que, comumente, é verificado pela polícia ou Ministério Público –, não haveria, em tese, mais nada a fazer contra Silveira além da pesada multa já aplicada.

Ministros temem desmoralização por descumprimento de decisões
O temor é que a recusa de Silveira em cumprir as novas restrições – que incluem proibição de contato com apoiadores de Bolsonaro investigados, de conceder entrevistas e participar de atos públicos, atividades tipicamente parlamentares, sobretudo num ano eleitoral – acabe desmoralizando o próprio STF, que ficaria sem meios de fazer valer suas decisões.

É algo que já vem ocorrendo e pode se tornar frequente.

Em 2016, por exemplo, o então presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), recusou uma intimação do STF para que fosse afastado do cargo, pelo fato de, na época, ter se tornado réu na Lava Jato. A ordem partiu do ministro Marco Aurélio Mello, hoje aposentado. “Já me obriguei a cumprir liminares piores”, provocou o senador à época. Dois dias depois, o plenário do STF derrubou o afastamento, definindo que bastaria Calheiros ser excluído da linha sucessória da Presidência da República. Os ministros criticaram o senador, mas nada mais foi feito contra ele. “Implica a desmoralização ímpar do Supremo”, protestou Marco Aurélio.

Caso mais recente, em janeiro, envolveu Bolsonaro, que não apareceu para depor na PF, como havia determinado Moraes, no mesmo inquérito sobre a divulgação de detalhes do ataque hacker ao TSE. A jurisprudência do STF já dizia que o presidente, como qualquer investigado, não é obrigado a depor, já que tem direito ao silêncio. A Advocacia-Geral da União (AGU), que defende Bolsonaro no caso, avisou que ele não iria falar perante um delegado – mesmo assim, Moraes manteve o interrogatório. O presidente não apareceu e não sofreu consequências por isso.

Medidas contra Silveira são consideradas excessivas
De forma reservada, alguns ministros reconhecem que são casos, como o de agora, envolvendo Silveira, em que o STF extrapolou. Vários, por exemplo, se arrependeram de seguir Moraes ao impor ao deputado uma pena de 8 anos e 9 meses de prisão, considerada excessiva. Avaliação semelhante é feita agora, com a multa pesada fixada contra ele.

O problema é que a maioria votou com Moraes nos dois julgamentos em que isso foi discutido, sem confrontar a fundo sua posição – as exceções foram Kassio Nunes Marques e André Mendonça, que depois foram criticados por divergir. O primeiro votou contra a condenação e a multa. O segundo, contra a multa e a favor da condenação, mas a uma pena bem menor, de dois anos de prisão.

Por causa da adesão da maioria, haveria agora pouco o que fazer para frear Moraes e tentar apaziguar as relações com o Executivo e o Congresso – na Câmara, a condenação foi mal recebida na parte que obrigava a Casa a decretar a perda do mandato de Silveira, e já existe um recurso do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), contra isso.

Dentro do STF, Moraes não costuma avisar ou se aconselhar com outros ministros sobre suas ações, o que dificulta qualquer abordagem sobre ele para amenizar suas decisões.

Um exemplo claro dessa dificuldade ficou evidente no último dia 29, quando Moraes rechaçou, de forma peremptória, a ideia defendida nos bastidores por alguns ministros, de encerrar o inquérito das “fake news”, conduzido com mão de ferro pelo ministro e origem da discórdia. Internamente, a sugestão partiu de André Mendonça, como uma forma de sinalização de paz.

“Não vai arquivar inquérito de fake news nenhum. Nós estamos chegando aos financiadores”, reagiu Moraes, durante uma palestra para estudantes em São Paulo. A justificativa é que a investigação estaria chegando aos financiadores de “desinformação”, que, segundo ele, “é criminosa” e serve para uma “tomada de poder não democrática, autoritária, sem controle”.

Como o atrito envolve o TSE
A recusa de Moraes em arquivar o inquérito das fake news é um sinal de que o ministro pretende juntar as provas do inquérito e, eventualmente, usá-las como munição dentro do TSE, onde tramita um inquérito administrativo aberto contra Bolsonaro no ano passado, por apontar fraude nas urnas eletrônicas.

No ano passado, Moraes compartilhou com a Corregedoria Eleitoral, que toca essa investigação, parte do inquérito das fake news, para alimentar ações do PT que pretendiam cassar o mandato de Bolsonaro por suposto disparo em massa de mensagens contra o partido em 2018 via WhatsApp – essas ações acabaram arquivadas por falta de provas contra o presidente.


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