quarta-feira, 4 de maio de 2022

NÃO MENOSPREZEM O TRABALHO TÉCNICO

 

Daniela Diniz – Great Place to Work

Com a valorização cada vez mais das soft skills, comete-se o perigoso equívoco de não investir na parte técnica, isto é, no ponto estratégico do negócio. Consequentemente, há um aumento na vala da qualificação

Nos últimos anos, relatórios e pesquisas de consultorias e fóruns do mundo inteiro despejaram suas tendências sobre a importância das soft skills ou competências comportamentais no trabalho. Talvez a lista mais famosa seja a divulgada pelo Fórum Econômico Mundial sobre as 15 habilidades mais importantes para os profissionais até 2025.

Embora haja no seu ranking competências consideradas mais “hard”, como programação, uso de tecnologia e análise de sistemas, foram as habilidades “soft” que propagaram pelos debates, palestras e rodas de conversas mundo corporativo afora. Elas traziam uma perspectiva de que no mundo atual valem mais o comportamento do que o conhecimento mais profundo do negócio.

Falar de soft skills ficou na moda. E isso pode ser perigoso

Estamos vivendo em um período severo de falta de qualificação. Até um nível de conhecimento superficial sobre diversos assuntos está em falta. Isso não se limita aos cargos ligados à tecnologia. Em todas as áreas sentimos escassez de profissionais preparados. Muitos têm visão de mundo rasa e pouco pensamento crítico (uma competência, aliás, que apareceu na lista do Fórum Econômico Mundial).

A demanda aumenta e os bancos escolares não entregam esses profissionais na mesma proporção que o mercado hoje cobra. Aí, a conta não fecha e, mais uma vez, vai sobrar para a empresa desenvolver esse profissional.

Por muito tempo, as melhores empresas para trabalhar vêm pagando essa conta extra no aprimoramento de seus funcionários. Em 2021, por exemplo, a média de horas de treinamento por colaborador entre as 150 Melhores Empresas para Trabalhar, segundo o ranking Great Place to Work, foi de 3,8 mil, um aumento de 33% em relação ao ano anterior.

O que nos preocupa é o conteúdo desses treinamentos. Ao valorizar cada vez mais as soft skills, cometemos o perigoso equívoco de deixar de investir na parte técnica, no ponto estratégico do negócio. A consequência é um aumento na vala da qualificação.

Durante um workshop para uma plateia de CHROs realizado por uma das empresas mais famosas do mundo, o presidente resumiu em uma frase o grau de expectativa em relação aos seus profissionais: “entre valores e resultados, ficamos com os dois”. Gostamos tanto desse conceito que decidimos incluí-lo na cultura do Great Place to Work Brasil.

O melhor dos dois mundos

Sozinhas, as soft skills não sustentam o desempenho – nem do profissional, muito menos da empresa. Isso também vale, é claro, para as hard skills. É impossível fazer uma gestão de pessoas sustentável baseada apenas em resultados e metas. Portanto, que fique claro: este artigo não pretende transferir o peso que se dá hoje às soft skills para as hard skills, mas, sim, fazer um alerta e propor um ajuste nesse pêndulo.

Passamos anos valorizando apenas a parte técnica, o conhecimento e a experiência do profissional. Quanto mais sólido seu currículo, melhor era sua reputação. O comportamento, a empatia, a flexibilidade, a inteligência emocional e a resiliência foram características acopladas só mais recentemente no conjunto da obra.

O resultado foi um celeiro de líderes técnicos e batedores de metas que são péssimos gestores de pessoas. Não podemos agora fazer o mesmo com as soft skills. Ao valorizar apenas a parte mais emocional e humana da relação, fechando os olhos para aspectos importantes da formação profissional, corremos o risco de criar outro tipo de líder: aquele que é gente boa, mas é superficial, inseguro e incapaz de tomar decisões.

Sabemos que o líder de hoje precisa fazer mais perguntas do que dar respostas. Mas para fazer as perguntas adequadas, além de conhecer as pessoas e o time, é preciso conhecer o negócio. Ter visão de mundo, pensamento crítico e analítico, uma boa formação, algumas horas de voo e entender bem do seu mercado.

Se não entende, tudo bem, mas é preciso ter a disposição de aprender. Aprender muito e sempre.

A essas competências devemos somar as soft skills. Saber ouvir, agregar, engajar, comunicar, envolver e ser, sobretudo, humano. Unir todas essas competências talvez seja o maior desafio da gestão de pessoas atualmente. E para isso é preciso enfatizar menos e dosar mais. Precisamos de habilidades sociais e também das técnicas. É a união delas que fará a diferença na vida das pessoas e dos negócios.

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terça-feira, 3 de maio de 2022

O BRASIL PRECISA FAZER REFORMAS URGENTES

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

MP do Crédito altera a legislação que disciplina diversos programas de financiamento público e acesso ao crédito que estão atualmente em vigor.| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

As grandes reformas macroeconômicas tão necessárias para destravar o país e racionalizar ao menos em parte o gasto público devem mesmo ficar para o ano que vem – ou para nunca mais, dependendo de quem saia vencedor nas eleições de outubro. Nos poucos meses que restam antes de o Congresso deixar de lado sua principal responsabilidade para sair em campanha, a prioridade do governo federal se resume a quatro reformas microeconômicas, enquanto espera que o Tribunal de Contas da União (TCU) finalmente dê seu aval à privatização da Eletrobrás.

Caso o TCU não coloque mais nenhum obstáculo para a emissão de novas ações que tirem da União o posto de acionista controlador da Eletrobrás e aprove a privatização assim que o assunto voltar à pauta dos ministros, permitindo que a oferta de ações ocorra no início do segundo semestre ou até mesmo em junho, 2022 já terminaria como o ano mais bem-sucedido em termos de desestatizações. Isso sem considerar que ainda há a possibilidade de realização do leilão dos Correios e uma série de concessões importantes de infraestrutura, como os aeroportos de Congonhas (SP), Galeão e Santos Dumont (RJ), e o Porto de Santos (SP), o maior da América Latina. Será um resultado bem distante do discurso um tanto hiperbólico de “uma estatal por semana” que marcou o início do governo Bolsonaro, em 2019, mas ainda assim, dadas todas as dificuldades impostas por Legislativo e Judiciário ao longo desses quatro anos, seria uma entrega notável, semelhante apenas ao ciclo de privatizações da década de 90, que começou com a Embraer, em 1994, e terminou com Vale e Telebrás, em 1997 e 1998 respectivamente.

Ninguém há de negar a importância de reformas microeconômicas para o Brasil, mas a sociedade não tem como esconder uma certa frustração com o adiamento das reformas tributária e administrativa

As outras fichas do governo estão em um conjunto de quatro reformas microeconômicas que, juntas, formam o chamado “Mais Garantia Brasil”. Trata-se de um projeto de lei e três medidas provisórias que, em conjunto, devem baratear e expandir o mercado de crédito no Brasil, com um dos textos dedicado especialmente aos produtores rurais, e desburocratizar e modernizar o sistema de registros públicos. Caso sejam aprovadas, elas se juntam a outras iniciativas bem-sucedidas do governo federal neste campo, como a Lei de Liberdade Econômica e marcos legais como os do saneamento básico, das ferrovias e das startups.

Ninguém há de negar a importância de reformas microeconômicas para o Brasil. Quando Bolsonaro ainda era presidente eleito, antes de iniciar seu mandato, a Gazeta do Povo já afirmava que “as reformas microeconômicas são urgentes inclusive porque o Brasil já perdeu tempo demais sem dar conta de executá-las, com altos prejuízos para a economia e para o desenvolvimento social”. O estabelecimento de um ambiente de negócios amigável, com regras simples e previsíveis, segurança jurídica e facilidade para empreender é fundamental para que o setor privado, o verdadeiro motor do crescimento de um país – ao contrário do que afirmam os estatistas –, possa gerar emprego e renda. Em entrevista recente à Gazeta do Povo, Adolfo Sachsida, chefe da Assessoria Especial do Ministério da Economia, saudou as reformas microeconômicas como as responsáveis por fazer do Brasil um “porto seguro do investimento internacional”.


Por mais que Sachsida esteja certo ao não minimizar a importância dessas reformas, a sociedade não tem como esconder uma certa frustração com o adiamento das reformas tributária e administrativa. A segurança jurídica trazida pelas reformas microeconômicas é fundamental para o investidor, mas é igualmente essencial eliminar o manicômio tributário nacional, que faz do Brasil o campeão absoluto em tempo gasto pelas empresas no cumprimento das obrigações com o fisco. Da mesma forma, o empenho em racionalizar o gasto público por meio de uma reforma administrativa envia ao investidor uma mensagem de confiança a respeito da saúde fiscal de um país, reduzindo as chances de grandes crises como a recessão lulopetista, ou ao menos diminuindo a possibilidade de grandes estragos na economia nacional. A não ser que o próprio Congresso tome para si a responsabilidade de seguir com as reformas macroeconômicas ainda este ano, sem o empurrão do governo – o que, no momento, parece muito improvável –, estes quatro anos terminarão deixando muito a fazer no próximo ciclo.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/as-reformas-microeconomicas-e-o-trabalho-inacabado/
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CAMPANHA DE BOLSONARO VAI APOSTAR MAIS NA ECONOMIA

 

Estratégia eleitoral

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes: governo vai concentrar esforços na agenda econômica| Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

O indulto ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e a defesa da liberdade de expressão impactaram positivamente nas agendas política e eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, o desejo da pré-campanha é “virar a página” e passar a dar mais ênfase às agendas econômica e social.

Os aliados que defendem uma atenção maior às pautas econômicas e sociais nos discursos e agendas de Bolsonaro pelo país reconhecem que aspectos da chamada “agenda ideológica” devem ser defendidos e permanecerão, mas com menor foco. A análise feita por aliados da base governista — os quais incluem caciques do Centrão — é de que o governo já conquistou os votos possíveis com a defesa do indulto. Aliados de Silveira também entendem a pauta tende a perder força.

Desde a semana passada, coordenadores eleitorais de Bolsonaro e seus aliados mais próximos começaram a defender uma mudança gradual da agenda, com inserções pontuais nas redes sociais e falas sobre assuntos relacionados à economia. Agora, a tendência é de que isso seja intensificado, afirmam parlamentares e interlocutores governistas à Gazeta do Povo.

A expectativa é de que Bolsonaro e governistas intensifiquem as falas sobre o Auxílio Brasil e os feitos adotados para atenuar os impactos da pandemia da Covid-19 e da guerra na Ucrânia sobre o bolso das famílias brasileiras. É consenso entre interlocutores e aliados que a reeleição só será conquistada com uma comunicação eficaz e exaustiva na linha de “como o governo evitou o pior”.

“Se a economia melhorar, aí, ninguém ganha do presidente. Mas, para não dependermos apenas disso, o governo vai se esforçar para informar a população de que, se a economia não ‘explodiu’, foi porque veio a pandemia e a guerra, e que o pior foi evitado com o Auxílio Brasil e o auxílio emergencial”, explica um interlocutor do governo. “É esse o debate que vai definir a eleição”, acrescenta.

Que acenos Bolsonaro faz à agenda econômica e qual é o papel de Guedes
Pouco a pouco, Bolsonaro tem reinserido a agenda econômica como uma prioridade. Na última terça-feira (26), o presidente publicou em suas redes sociais um vídeo em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fala sobre os esforços do governo para atenuar os impactos da pandemia na economia.

“Ministro Paulo Guedes expõe fatos sobre o desempenho econômico destaque do Brasil durante e após a crise mundial da Covid, resultado alcançado graças à nossa decisão de priorizar não só o combate ao vírus, mas também ao desemprego causado pelo irresponsável ‘fecha tudo'”, comentou Bolsonaro no vídeo publicado.

O vídeo contém uma fala de Guedes durante evento virtual organizado pelo Center for Strategic & International Studies (CSIS), think tank norte-americano. O chefe da equipe econômica fala que os gastos brasileiros passaram de 19% do Produto Interno Bruto (PIB) para 26,5%, mas voltaram a 18,7%. Ele também comenta que o Brasil protegeu “integralmente” 68 milhões de brasileiros. “Digitalizamos seus dados e transferimos renda de US$ 120 por mês por dois anos consecutivos”, destacou.

O destaque dado a Guedes foi comemorado na equipe econômica e por empresários aliados. Havia um sentimento de que o chefe da equipe estava politicamente escanteado desde a discussão sobre a redução do preço dos combustíveis — que resultou em mais atritos com o ministro e uma demissão na presidência da Petrobras.

A participação de Guedes no ato organizado em Brasília no domingo (1º) era, inclusive, algo previsto pelo governo. Organizadores foram avisados de que ele subiria no trio elétrico para falar sobre os feitos do governo desde a pandemia, mas o planejamento foi abortado após uma avaliação jurídica de como a fala poderia ser interpretada.

O chefe da equipe econômica atua junto com o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, para apresentar à população a linha de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, que ainda não está em vigor pois depende da definição de regras. Os dois ministérios trabalham os toques finais para apresentar a medida, que faz parte de um programa bilionário de estímulo ao consumo e à geração de empregos que o governo lançou ainda em março.

Na quarta-feira (27), Bolsonaro voltou às redes para falar sobre desembolsos do governo com o pagamento dos auxílios emergencial e Brasil. Ele destacou que foram beneficiadas 118,7 milhões de pessoas com R$ 354,6 bilhões repassados ao longo de dois anos. E que, desde novembro de 2021, o Auxílio Brasil já repassou R$ 30,9 bilhões a 18 milhões de família, a um benefício médio mensal de R$ 409,81.

Governo inclui reajustes, contratações de servidores e família na agenda da economia
A sugestão feita por aliados de Bolsonaro é que o presidente não restrinja suas defesas à pauta econômica apenas nas redes sociais, o incorpore mais ao discurso do dia a dia e o intensifique. A recomendação é feita não apenas para o Auxílio Brasil, mas também para a geração de empregos e contratações de servidores.

Nesta segunda-feira (2), por exemplo, Bolsonaro disse a apoiadores que serão abertas 1 mil novas vagas para a Polícia Federal (PF) e outras 1 mil vagas para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O presidente aproveitou a conversa com os apoiadores para rebater e provocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), provável adversário nas urnas em outubro.

Chamou o petista de “cara de pau” por culpá-lo pela alta da inflação e destacou que a alta dos preços vem do “fique em casa e a economia a gente vê depois”, quando os estados restringiram o funcionamento da atividade econômica. Também provocou a fala crítica feita pelo ex-presidente a policiais. “Eu estou resolvendo a questão da PF e da PRF porque são até lucrativas para nós. Apreensões, combate à corrupção. Por isso um cara de nove dedos falou que eu não gosto de gente, eu só gosto de polícia”, disse.

A proposta às polícias é um gesto que ele faz para atender uma categoria-chave para seu eleitorado e, também, faz parte do aceno que o governo tem feito de mitigar o desconforto de servidores públicos após o governo sinalizar com um reajuste de 5% a todos os servidores. Em entrevista na sexta-feira (29), Bolsonaro defendeu o índice.

“Parece que desagrada a todo mundo. Alguns falam, então dá zero. Não pode fazer isso aí, tem muita gente que se for nessa linha, 5% interessa a eles. Nós dois últimos meses a inflação passou de 3%, o negócio está pegando pesado para todo mundo”, declarou em entrevista à rádio Metrópole FM, de Cuiabá (MT).

O reajuste acenado pelo governo a servidores mostra uma concessão feita por Guedes à ala política. Interlocutores da equipe econômica sustentam que ele está mais disposto a dialogar com o núcleo político do governo e superar as diferenças e a queda de braço gerada ainda no debate interno que elevou o Auxílio Brasil para R$ 400.

A geração de empregos e acenos à família são apostas que o governo vai adotar. A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que auxilia a estratégia eleitoral de Bolsonaro, vai encampar o discurso de geração de emprego e renda nos bairros e centros-administrativos onde moram os brasileiros, em especial as chefes de família que residem em áreas mais pobres.

A ex-ministra, que pode ser um nome para o Senado ou como vice de Bolsonaro, vai circular no país e está com um discurso pronto para unir as agendas social, econômica e da família. “Nós queremos que essa mulher e esse homem de baixa renda trabalhem na sua região. Querem diminuir o seu tempo de trabalho e translado de um local para o o outro. É o discurso que a ministra vai levar ao Brasil”, diz um interlocutor.

Tal como Guedes, a participação da Damares no ato em Brasília também era previsto pelo governo e havia sido informado a organizadores. Porém, ela acompanhou as recomendações feitas ao chefe da equipe econômica e a Bolsonaro e não subiu no trio elétrico.


Aliados defendem foco em Auxílio Brasil e obras pelo Brasil
O deputado federal Zé Vitor (PL-MG), vice-líder do partido, na Câmara, é um dos entusiastas na aposta das agendas econômica e social. Para ele, o indulto concedido a Daniel Silveira foi importante para reconectar o governo com a base mais “raiz” do eleitor de Bolsonaro. Porém, ele entende que essa agenda pouco contribui para a busca de eleitores “moderados” e indecisos.

“Um discurso com os feitos da infraestrutura pelo ministério então chefiado Tarcísio [de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo] é mais empolgante do que um discurso como esse relacionado ao Daniel”, defende. “Os “garotos-propagandas” do presidente precisam ser o Tarcísio e a Tereza [Cristina, ex-ministra da Agricultura e pré-candidata ao Senado]”, acrescenta.

O parlamentar é um dos que defende que Bolsonaro incorpore a pauta econômica em seus discursos e que o governo invista na comunicação institucional para explicar tudo o que foi feito na agenda econômica à população. “As redes sociais são um fenômeno, mas os jornais impresso, as rádios e as emissoras de TV também têm seu peso. É preciso melhorar a informação sobre o que o presidente tem feito e, também, junto disso, relembrar aquilo que foi feito em governos anteriores do PT”, analisa.

“A comunicação nesse momento é fundamental para mostrar os bons resultados que o governo federal alcançou agora e para mostrar sem nenhum retoque quem é o Lula de verdade. Quando as pessoas entenderem o mega esquema de corrupção que existia naquela época, quando entenderam a irresponsabilidade com o dinheiro público, vão começar a pensar muito bem. Ou então vamos legitimar a eleição de um ladrão sem dúvida nenhuma e não podemos correr o risco de retroagir”, complementa Zé Vitor.

Outro aceno feito por Bolsonaro vai na linha de mostrar os esforços do governo para atenuar os impactos da guerra na Ucrânia. Na abertura da 87ª edição da maior feira de pecuária zebuína do mundo, a ExpoZebu, em Uberaba (MG), o presidente disse que a Rússia enviou navios com fertilizantes para o Brasil e que o setor da agropecuária vai cumprir o pedido da Organização Mundial do Comércio (OMC) de ampliar a oferta de alimentos.

O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), vice-líder do partido, é outro que defende a agenda econômica. Aliado da base mais “raiz” de Bolsonaro, ele entende que a defesa do indulto e da liberdade de expressão teve sua importância para a estratégia política e eleitoral, mas concorda que é importante ampliar o discurso.

“É preciso estimular a economia e mostrar os benefícios na economia, que são amplos, apesar da pandemia e da guerra”, destaca. “Tem que saber bem a diferença do que é o Auxílio Brasil, que não é apenas o dobro do Bolsa Família, que era R$ 193 e passou para R$ 400. Quando se oferece o Auxílio Brasil se oferece oportunidade de estudo e de emprego. É diferente do outro, que deixava as famílias à mercê da esquerda”, complementa.

O parlamentar faz referência aos R$ 200 extras que beneficiários do Auxílio Brasil ganham por mês durante dois anos caso arrumem emprego, uma prova, na opinião de Nunes, da diferença de metodologia de como o governo Bolsonaro trata o auxílio social. “E defender o programa é importante, porque estamos falando de distribuição de renda com responsabilidade. Faz o dinheiro circular e gerar empregos na economia”, analisa.


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MANIFESTAÇÃO DO PT PERDE DE GOLEADA PARA A MANIFESTAÇÃO DE BOLSONARO

1º de maio
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Pré-candidato a presidente pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva| Foto: EFE/Joédson Alves

Aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocaram na conta das centrais sindicais o fato de as manifestações convocadas para o Dia do Trabalho terem tido um público abaixo do esperado. O ato realizado no domingo (1º), em São Paulo, contou com a presença do ex-presidente e a expectativa do PT era de que o evento marcasse o início da pré-campanha petista.

Reservadamente, lideranças petistas admitem que o número de manifestantes ficou abaixo do que estava sendo esperado pelos organizadores. No entanto, avaliam que o público é resultado da perda do poder de mobilização dos trabalhadores por parte das centrais sindicais.

“As centrais, que organizaram as manifestações do Dia do Trabalho, foram perdendo o poder de mobilização nos últimos anos. A gente vem percebendo isso desde as mobilizações que foram convocadas nos últimos anos pelo impeachment do Bolsonaro”, avalia um integrante da bancada petista.

Ato das centrais sindicais em 1º de maio de 2022 | Foto: Guilherme Gandolfi/Reprodução Twitter

Na mesma linha, outro integrante de cúpula petista ameniza a falta de público afirmando que a mobilização dos trabalhadores ficou reduzida nos últimos anos devido à interrupção dos atos de forma presencial por conta da pandemia de Covid-19. “Depois de dois anos sem atos presenciais por conta da pandemia, a gente já sentia que a mobilização dos trabalhadores não seria a mesma. A reforma trabalhista acabou com o trabalho dos sindicatos, e isso reflete no resultado da busca por direitos trabalhistas por parte das centrais sindicais”, defende o petista.

Em 2017, ano em que a reforma trabalhista foi aprovada pelo Congresso Nacional e que acabou com o imposto sindical e reduziu o poder dos sindicatos, as centrais sindicais chegaram a sortear pelo menos 19 automóveis durante as manifestações do dia 1º de maio. Os custos do evento chegavam a cerca de R$ 1,5 milhão e os sorteios eram uma forma de atrair sindicalistas e militantes para esses atos.

Já no ano seguinte, com a reforma trabalhista em vigor, a manifestação custou cerca de R$ 700 mil e não houve sorteios para os presentes.

Lula dribla legislação eleitoral durante atos do Dia do Trabalho 
Oficialmente, Lula vai ter a pré-candidatura lançada no próximo sábado, dia 7, em um evento fechado em São Paulo. Apesar disso, aliados do petista vinham defendendo que os atos do Dia do Trabalho seriam o começo da pré-campanha de Lula.

A expectativa era de que o ex-presidente discursasse no evento por volta das 13 horas, mas com a falta de público Lula só falou no final da tarde depois da apresentação da cantora Daniela Mercury. Mesmo com o tom de campanha do evento, o petista afirmou que estava preocupado com eventual punição da Justiça Eleitoral por propaganda antecipada.

“Eu fiquei um pouco atrás [dos dirigentes] porque eu não posso falar de eleição. Eu ainda não sou candidato, só dia 7 eu vou ser pré-candidato. Mas se preparem porque alguém melhor do que esse presidente [Bolsonaro] vai ganhar as eleições”, discursou Lula.

De acordo com a legislação eleitoral, pré-candidatos não podem fazer pedido explícito de voto antes do início da campanha, o que ocorrerá somente em 16 de agosto. Apesar disso, Lula aproveitou o discurso para apresentar algumas de suas propostas de governo, entre elas mudanças na reforma trabalhista.

“Vamos ter que sentar numa mesa e regulamentar a vida das pessoas que trabalham com aplicativo, dizer que não podem ser tratados como se fossem escravos, que precisam ter direito a um programa social, assistência médica, seguro para quando bater o carro, a moto ou a bicicleta e descanso semanal remunerado porque a escravidão acabou”, disse Lula.

PT quer manter mobilização das centrais sindicais na campanha de Lula
Apesar da falta de público nas manifestações do dia do trabalhador, a cúpula do PT espera contar como a mobilização das centrais sindicais durante a campanha de Lula. Os movimentos já sinalizaram que pretendem criar ao menos 5 mil comitês de campanha para o ex-presidente em diversas cidades do país.

Um encontro com o ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo de Lula, deve ocorrer nas próximas semanas, no intuito de amarrar a estratégia pelo país. De acordo com integrantes do PT, a medida é uma forma de “retomar o trabalho de base da militância petista”.

“Temos a tarefa de eleger novamente o presidente Lula, com todo respeito aos demais candidatos, mas a única candidatura que tem condições de derrotar Bolsonaro é o Lula. E ele não vai estar sozinho nessa tarefa, nós estaremos ao seu lado para reconstruir o Brasil”, afirmou o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre.


Ciro Gomes diz que atos do Dia do Trabalho fracassaram

Tentando viabilizar sua candidatura pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou que os atos do Dia do Trabalho fracassaram de forma constrangedora em todo o país. Além das manifestações pró-Lula das centrais sindicais, o feriado de 1º de maio contou com atos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o pedetista, Bolsonaro não tem a mínima condição de deixar que o debate flua na direção do que realmente interessa para a população, como inflação, renda e desemprego. Do outro lado, avaliou, durante a manifestação, Lula foi “vomitar obviedades que alienam o povo”, além de ofertar uma “memória afetiva mentirosa”.

“O nosso povo de fato não se engajou ainda, o nosso povo não foi [para os atos] porque não está sentindo nenhum entusiasmo com essa falsíssima estelionatária polarização em que os dois disputam quem vai administrar a tragédia de um modelo econômico que só privilegia rico e que manda para os pobres as migalhas. (…) Uma lição da rua: a eleição está em aberto”, disse o pedetista.

Tradicionalmente, o PDT participava das manifestações convocadas pelas centrais sindicais em São Paulo. Neste ano, no entanto, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), ligada ao partido de Ciro Gomes, rompeu com as demais entidades de trabalhadores depois da sinalização de apoio ao ex-presidente Lula.


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A ECONOMIA REAGE POSITIVAMENTE

 

Pós-pandemia

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Sinais de reação da economia brasileira pós-pandemia de Covid são evidentes| Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central do Brasil

O ex-presidente Lula, no 1º de maio, disse que vai sugerir, como presidente do Brasil, uma moeda latino-americana. Isso significa que nós vamos subsidiar a moeda da Venezuela, da Argentina, de Cuba.

Economia reage
Enquanto isso, ao contrário do mundo, o país está com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,8% nos últimos 12 meses. O mundo inteiro está sofrendo com inflação, reação no crescimento econômico, juros altos. As contas públicas estão com resultado positivo, a dívida pública bruta está equivalente a 79,2% do PIB. Já esteve em 88,6% e os “masoquistas” diziam que ia passar de 90%. Não deu!

Pela primeira vez em oito anos, o superávit primário chegou a R$ 3,5 bilhões. O índice de atividade econômica cresceu 0,34% e a confiança empresarial da Fundação Getúlio Vargas é a maior dos últimos cinco meses: 2,7 pontos entre março e abril.

Exploração no Mero
A Petrobras começou, nesta segunda-feira (2), a extrair petróleo e gás do poço da plataforma do pré-sal no campo Mero, na bacia de Santos (SP). É a plataforma Guanabara, que tem 332 metros de comprimento, 102 toneladas de peso e está a quase 2 mil metros de profundidade e a 150 quilômetros da costa.

Até o fim do ano, deve permitir a retirada de 180 mil barris de petróleo e 12 milhões de m³ de gás por dia, que vai servir para produzir energia elétrica, movimentar indústrias e para produzir nitrogenados de fertilizantes para a agricultura.

Aposta na Amazônia
O empresário sul-africano Elon Musk, da SpaceX, que por sua vez tem a Starlink, com satélites em órbita baixa, está interessado em melhorar as comunicações na Amazônia. Haverá internet banda larga para tudo: hospitais, postos médicos, aldeias de indígenas, reuniões empresariais… O anúncio foi feito pelo governo do Amazonas e o interesse de Musk significa que ele acha que a Amazônia pode ter um desenvolvimento sustentável, apostando no Brasil.

Pedido de desculpas
Ainda falando sobre 1º de maio, eu quero saber se vocês ouviram de algum prefeito ou governador um pedido de desculpas por terem impedido o trabalhador de levar pão e leite para os seus filhos durante a pandemia.

Isso foi uma crueldade e uma ilegalidade, porque o Supremo Tribunal Federal dizer que eles poderiam tolher um direito constitucional não significa que a Constituição se ajoelhou. Ainda está lá que é livre o acesso ao trabalho e o direito de ir e vir de todo os brasileiros.

Emaranhado de fios
Os postes de luz nas nossas cidades viram cada vez mais um emaranhado de fios, sustentando além dos fios originais de energia elétrica, os fios que vieram depois pela brasilidade do “gato”, a ligação clandestina. Agora tem ainda cabos de provedores de fibra óptica.

Tudo isso deveria vir por baixo da terra. Postes só mesmo para iluminação pública, porque além de feio, é perigosíssimo continuar do jeito que está. A Anatel e a Aneel dizem que querem acabar com isso, mas estipularam meta muito tímida. Em dez anos, reduzir só 30%. Deveriam acabar com isso 100% em cinco anos.


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TERMÓMETRO DAS RUAS INDICA VANTAGEM 10X1 DE BOLSONARO

Lula x Bolsonaro

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

BRA01. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 01/05/2022.- Simpatizantes del presidente Jair Bolsonaro participan en una manifestación con motivo del Día del Trabajo hoy, en la playa de Copacabana, en Río de Janeiro (Brasil). EFE/ André Coelho

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fazem manifestação no Dia do Trabalho em Copacabana, Rio de Janeiro.| Foto: André Coelho/EFE

Lula, o PT e a campanha de ambos para a Presidência da República perderam a batalha das ruas nesse 1º de Maio que vinha sendo considerado tão importante para a avaliação da popularidade dos candidatos. Na verdade, sofreram uma derrota tamanho gigante, daquelas que se tenta esquecer com o máximo de empenho.

A mídia, como de costume, tratou o fato como um segredo de Estado. As fotos foram escondidas. Os relatos falaram de ”manifestações de ambas as partes”, como se a presença popular nos atos rivais de Lula e do seu adversário na eleição, o presidente Jair Bolsonaro, tivesse sido equivalente. Alguns veículos preferiram simplesmente não tocar no assunto.

Mas não adiantou muita coisa – hoje a internet está aí. O que foi ocultado pelos meios de comunicação apareceu em fotos, vídeos e áudios nas redes sociais – essas mesmas que o STF faz tanta questão de controlar nas eleições. O resultado é o que se pode ver; está lá.

Em São Paulo, sempre considerado o melhor termômetro do país para medir essas temperaturas, Lula teve um miserável ajuntamento de militantes na frente do Pacaembu. Não adiantou atrasar a hora do discurso, para ver se vinha mais gente, nem oferecer o show grátis de uma cantora que é destaque na campanha do PT – que foi um fiasco igual ao do comício. Bolsonaro, mais uma vez, encheu os dois ou três quarteirões de praxe diante do Masp.

Nos outros estados brasileiros, a situação foi a mesma – muita gente e muita bandeira verde-amarela de um lado, pouca gente e muita bandeira vermelha de outro. Lula, o PT e os “analistas” continuam achando que a eleição já está decidida, e que o ex-presidente já ganhou. Mas a rua, para eles, continua sendo um problema – ou, então, não é problema nenhum, porque hoje em dia não é mais preciso ter apoio popular público para ganhar eleição. Outubro dirá.

Enquanto isso, Lula vem chamando a atenção por dizer ao microfone coisas cada vez mais extraordinárias. É curioso: quanto menos gente aparece em torno dele, mais bobagem ele diz. Depois de declarar que “Bolsonaro não gosta de gente, gosta de policial” – negando, assim, que os policiais sejam seres humanos – veio com a história de criar “uma moeda para a América Latina”. Para que fazer um negócio deles? Segundo Lula, para acabar com “essa dependência do dólar”. Não faz nenhum nexo.

O Brasil, neste momento, tem cerca de 400 bilhões de dólares de reservas; de onde ele foi tirar a “dependência” que o aflige? Depois, Lula precisaria combinar com mais ou menos uns 20 países da América Latina se eles querem mesmo juntar suas moedas que não valem nada e ficar com outra que valerá menos ainda. Lula perguntou se a Venezuela, por exemplo, quer trocar dólares por reais, ou pela tal moeda que ele imagina? E o México – será que topa? E Cuba, que ele acha um modelo de regime?

Outro detalhe: a Arábia Saudita vai aceitar “moeda latino-americana”, em vez de dólar, para vender petróleo ao Brasil? E os Estados Unidos, a Europa e o Japão – vão abrir mão de receber em dólar as suas exportações de tecnologia, instrumentos médicos, máquinas de precisão, peças de automóvel e mais um milhão de coisas? É insano – mas Lula é isso.

O candidato, como faz a cada vez que diz um disparate ou insulta alguém, pediu desculpas pela agressão aos policiais. Já tinha pedido desculpas por dar indulto ao terrorista Cesare Battisti, que matou quatro pessoas – ele, que tanto condena o perdão ao deputado Daniel Silveira, que não matou ninguém. Pedirá desculpas, de novo, na próxima barbaridade – ou vai alegar que a sua “moeda” não é para ser levada a sério por ninguém. É este, segundo os liberais bem-pensantes, o homem que vai salvar o Brasil.


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COM A DESISTÊNCIA DA CANDIDATA SIMONE TEBET MDB VOTA EM BOLSONARO

 

  1. Política 

Levantamento da direção da sigla aponta que, na ausência de nome próprio na disputa ao Planalto, o grupo pró-presidente teria cerca de 70% dos votos da convenção nacional

Pedro Venceslau e Bibiana Borba, O Estado de S.Paulo

Se o MDB declinar da decisão de ter uma candidatura própria ao Palácio do Planalto, a ala que defende o apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) seria amplamente majoritária na convenção nacional do partido. Esta foi uma constatação feita pela direção emedebista após um levantamento recente com base nos delegados eleitos pelos diretórios estaduais, nas bancadas e nos prefeitos do partido. O resultado mostra que, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantenha forte interlocução com caciques do MDB no Nordeste, o bolsonarismo é mais forte na correlação de forças interna. 

A pesquisa se tornou uma arma na estratégia da cúpula emedebista para tentar consolidar a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS). A direção do partido, presidido pelo deputado Baleia Rossi (SP), enfrenta resistências internas para manter a candidatura própria. O argumento é que somente com um nome na disputa presidencial a sigla conseguirá manter a coesão e formar uma bancada forte no Congresso a partir de 2023. Apesar dos baixos índices de intenção de voto nas pesquisas, Simone Tebet é vista por articuladores de uma candidatura unificada no centro político como o nome mais viável no momento. Pesa a seu favor o fato de ser mulher em uma eleição na qual o segmento feminino costuma concentrar parcela maior de indecisos. 

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No caso do MDB, Tebet é vista como trincheira à força gravitacional da polarização Lula-Bolsonaro. O antipetismo, contudo, tem força nas bases mais organizadas da legenda.  Foto: Gabriela Biló/Estadão

MDB, União Brasil, PSDB e Cidadania anunciaram acordo para lançar um candidato único à Presidência no dia 18 próximo. O União Brasil, no entanto, recuou do acerto e promete manter voo solo com seu presidente nacional, deputado Luciano Bivar (PE). Já no PSDB, boa parte da legenda rejeita um projeto presidencial próprio e vive uma queda de braço com o pré-candidato tucano, João Doria

No caso do MDB, Tebet é vista como trincheira à força gravitacional da polarização Lula-Bolsonaro. O antipetismo, contudo, tem força nas bases mais organizadas da legenda. https://arte.estadao.com.br/uva/?id=zxZMNQ

Um levantamento feito pelos integrantes da executiva aponta que, sem candidatura própria, o grupo pró-Lula no MDB conseguiria apenas 30% dos votos, enquanto o atual presidente seria apoiado por 70% dos convencionais. Os cálculos foram feitos com base no quadro de delegados e na leitura do cenário político em cada região. 

A Região Nordeste, onde está concentrado o apoio a Lula, conta com 107 votos, ou 25% do total da convenção. O Sudeste também tem 107 votos; o Sul, 94; o Norte, 75; e o Centro-Oeste, 44 votos. Os delegados são eleitos a partir de uma fórmula complexa que leva em conta o número de votos no partido no Estado na eleição mais recente e de parlamentares com mandato. 

“A minha avaliação é a de que, sem a Simone, daria Bolsonaro na convenção. Das cinco regiões, só uma é mais favorável a Lula. A maioria do MDB tem restrições ao atual presidente, mas é antipetista”, disse ao Estadão o deputado Alceu Moreira (RS), que integra a executiva nacional do partido e preside a Fundação Ulysses Guimarães. Baleia Rossi tem feito a mesma leitura em conversas privadas e nas reuniões com correligionários. 

A articulação em torno de Tebet reúne o apoio formal de 19 dos 27 diretórios da sigla. Segundo aliados de Baleia Rossi, a senadora teria 318 votos, ou 75% da convenção se ela ocorresse hoje. Já a ala pró-Lula no MDB – dissidências no partido já são dadas como certas – é comandada pelo senador Renan Calheiros (AL) e pelo ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE).

Como efeito comparativo, Alagoas tem apenas 14 votos na convenção, ante 45 do Rio Grande do Sul e 30 de São Paulo. O MDB tem 8.847 mandatários, sendo 794 prefeitos e 674 vices. “O MDB é um dos partidos com características mais descentralizadas do Brasil”, disse o cientista político Humberto Dantas.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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