sábado, 9 de abril de 2022

ENTENDA O PASSO ATRÁS DE MORO NA CANDIDATURA À PRESIDENTE

 

Terceira Via

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília

O ex-juiz Sergio Moro, na última sexta, quando anunciou que não desistiria da candidatura à Presidência| Foto: União Brasil

Desde que o ex-ministro Sergio Moro anunciou que deixaria, provisoriamente, a corrida presidencial, intensificaram-se as articulações entre os partidos do chamado “centro democrático” para lançar um nome competitivo em seu lugar como alternativa da “terceira via”. União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania rejeitam apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e prometem anunciar um nome de consenso no dia 18 de maio.

As negociações, contudo, ainda esbarram em dificuldades, sobretudo porque nenhum dos outros pré-candidatos – Simone Tebet (MDB), Eduardo Leite (PSDB) e João Doria (PSDB) – ainda conseguiu demonstrar força para herdar os votos do ex-juiz. Além disso, cada um deles, assim como Moro, também enfrenta resistências internas em seus respectivos partidos.

O primeiro sinal contrário a um nome alternativo ao de Moro veio da pesquisa do Ipespe divulgada na última quarta-feira (6). O levantamento mostrou que, num cenário sem o ex-juiz, Bolsonaro sobe quatro pontos percentuais, chegando a 30% das intenções de voto, em comparação com a pesquisa feita pelo instituto duas semanas antes. “A saída de Moro foi o maior presente, até o momento, à pré-campanha de Bolsonaro”, disse o diretor do Ipespe, Antônio Lavareda.

Também em razão disso, os apoiadores de Moro dentro do União Brasil – que tem como expoentes o presidente do partido, Luciano Bivar (PE), e o deputado federal Junior Bozzella (SP) – acreditam que ainda há tempo de convencer a maioria dos dirigentes de que ele pode, afinal, ser o nome mais viável e unificador contra Bolsonaro e Lula.

Nesta semana, após os atritos públicos com a ala do União que o rejeita – liderada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto e composta por caciques do antigo DEM –, Moro resolveu sair dos holofotes e se concentrar em obter apoio nos bastidores, inclusive junto aos demais partidos.

Na terça (5), esteve em Brasília para encontros reservados – antes, na sexta (1) e no sábado (2), teve conversas pessoais com Tebet e Leite. Na quarta (6), viajou para os Estados Unidos para uma série de compromissos com autoridades, inclusive com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

Nesta sexta-feira (8), em entrevista ao Atlantic Council, centro de pesquisas baseado em Washington, Moro disse que “segue disponível” para ser o candidato à Presidência, o que, segundo ele, depende do presidente do partido, Luciano Bivar.

“Eu disse desde o começo que nunca desistiria da eleição presidencial. Isso [migrar de partido] foi apenas dar um passo atrás, que eu senti ser necessário para ter a possibilidade de vencer”, disse, acrescentando que precisa “de um partido mais forte para vencer a polarização”.

“Ainda estou no jogo. Entendo a necessidade de ter candidatos únicos ao centro. A questão principal é: os partidos de centro realmente querem ter candidatos competitivos para competir contra os extremos”, disse.

Um dos últimos compromissos de Moro, no fim de semana, será a participação no Brazil Conference, evento de debates promovido por alunos brasileiros da Universidade de Harvard, onde será sabatinado, no sábado (9).

Moro retorna ao Brasil na segunda-feira (11), quando visitará cidades no Rio Grande do Sul – Porto Alegre, Canoas e Caxias – para encontros com lideranças locais. Depois, dará entrevistas à imprensa.

Relembre, abaixo, uma síntese dos motivos que levaram Moro a sair da corrida e as primeiras consequências da desistência.

VEJA TAMBÉM:
Além de Alckmin: qual é a estratégia do PT para atrair o apoio do mercado financeiro
PSB formaliza indicação de Alckmin para composição de chapa com Lula
Ciro Gomes com a terceira via? Quais são os entraves para essa aliança

  1. Falta de verba, apoio interno e estrutura
    Um dos motivos cruciais para a saída de Sergio Moro do Podemos, que havia se comprometido a levar sua candidatura presidencial até o fim, foi a falta de verbas e estrutura para uma campanha nacional. Aliados do ex-ministro ressentiam-se também da falta de apoio interno, uma vez que parte da bancada de deputados federais do partido reivindicava uma fatia maior do fundo eleitoral para priorizar suas próprias reeleições.

A avaliação é que a campanha de Moro sugaria a maior parte dos recursos – estima-se que o Podemos terá cerca de R$ 190 milhões neste ano para todos os seus candidatos. Neste ano, mesmo após a filiação do ex-juiz, o partido viu diminuir seu tamanho na Câmara.

Se antes da janela partidária – período de um mês, durante março, em que a troca de legendas é liberada – o Podemos tinha 11 deputados federais, ao final, ficou com nove – quatro deputados deixaram a legenda e dois ingressaram. No primeiro grupo, havia deputados que apoiam Bolsonaro – como José Medeiros (MT), que foi para o PL; e Diego Garcia (PR), que migrou para o Republicanos – quanto apoiadores de Lula – caso de Bacelar (BA), que mudou para o PV.

Interlocutores de Moro dizem que pesou para a saída do partido um boicote que a própria direção partidária começou a fazer em relação à sua campanha. Insatisfeitos com a paralisação dele nas pesquisas de intenção de voto, alguns dirigentes passaram a ficar cada vez mais descrentes com a possibilidade de vitória na corrida presidencial e avaliaram que gastar recursos numa campanha nacional seria desperdiçar recursos.

Também não ficou evidente o potencial de Moro puxar votos para aumentar a bancada de deputados federais – é esse número que define o quanto o partido terá de recursos públicos para sobreviver. O plano do partido é aumentar sua bancada federal.

A mesma estagnação nas pesquisas foi apontada, internamente, como motivo do desinteresse de outros partidos firmarem alianças ou mesmo uma federação. O Cidadania, por exemplo, que cogitou inicialmente juntar-se ao Podemos, acabou optando por uma federação com o PSDB.

EBOOK GRÁTIS

Para entender o dragão
Tenha acesso ao novo ebook exclusivo da Gazeta do Povo, entregamos conteúdos exclusivos sobre a história e a realidade do regime comunista.

CONFIRA!

  1. Pressão contrária do novo partido
    A expectativa de Moro de que, no União Brasil, sua pré-candidatura ganharia mais força não durou um dia. No mesmo 31 de março, data da filiação, a ala oriunda do DEM reiterou que ele seria bem-vindo para “construir uma candidatura em São Paulo pela legenda”.

A nota foi assinada por antigos caciques do partido, com poder em estados do Nordeste que seriam cruciais para uma candidatura presidencial competitiva, uma vez que, segundo as pesquisas, Lula atualmente tem ampla vantagem na região.

Subscreveram o repúdio a uma candidatura de Moro à Presidência o prefeito de Salvador, ACM Neto, herdeiro da família mais tradicional da política na Bahia; o deputado federal Efraim Filho, que tem grande influência sobre prefeitos na Paraíba; o ex-senador José Agripino Maia, chefe de um clã no Rio Grande do Norte; além de Mendonça Filho, ex-ministro com projeção sobre a política de Pernambuco. Também assinaram a nota o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, mais próximo de Bolsonaro; o senador Davi Alcolumbre, do Amapá, e um dos maiores críticos da Lava Jato no Congresso.

O interesse maior é que ele se candidate a deputado federal, o que serviria para puxar votos e eleger outros candidatos à Câmara no estado. A declaração de Moro, no dia seguinte, descartando essa hipótese e de que não desistiria da pretensão presidencial, só piorou sua situação internamente. A mesma ala do DEM passou a ameaçar impugnar sua filiação.

A tensão interna só arrefeceu depois que Luciano Bivar, presidente do União e que comanda a ala proveniente do PSL – partiu dele a promessa a Moro de apoio à sua candidatura presidencial, na expectativa de que ele, Bivar, poderia ser candidato a vice-presidente – assinou uma nota conjunta com ACM Neto declarando que a filiação de Moro “tem como objetivo a construção de um projeto político-partidário no estado de São Paulo”.

Um plano B e que ainda não foi descartado por Moro é uma candidatura ao Senado. Mas ele mesmo considera que enfrentará uma competição difícil, que, para apenas uma vaga, têm como pré-candidatos o apresentador José Luiz Datena (PSC), a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB) e, talvez, o ex-governador Márcio França (PSB) – se ele desistir de sua pré-candidatura ao governo de São Paulo.

Outra fonte de aborrecimento veio de fora: petistas começaram a questionar a mudança de seu domicílio eleitoral para São Paulo. Filiada ao partido, a empresária Roberta Luchsinger acionou o Ministério Público Federal para investigar o caso, alegando que Moro não tem qualquer ligação com o estado.

A defesa do ex-juiz está convicta de que a nova filiação, já aprovada pela Justiça Eleitoral, será mantida com base na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que admite, para a mudança de domicílio, a demonstração de “vínculos políticos, econômicos, sociais e familiares”, sem necessidade de fixar residência no local – Moro mora em Curitiba e aluga um flat na zona sul da capital paulista.

  1. Saída do Podemos provoca críticas e desistências

Ainda que parte do Podemos já quisesse abandonar Moro, sua saída repentina do partido deixou outra ala, que lhe era favorável, frustrada. O maior representante desse grupo é o senador Alvaro Dias (PR), que abriu as portas da legenda para o ex-juiz.

Em entrevistas recentes, ele tem dito que seria possível manter a candidatura presidencial de Moro no Podemos e que sua migração para o União Brasil acabou se revelando uma má escolha.

“A tentativa de fugir do isolamento o leva ao União Brasil, que o prende, e ele não será candidato a presidente, o partido já anunciou isso. Portanto, o sonho foi sepultado. A movimentação feita nos últimos dias, com essa mudança partidária, me parece ter sido um tiro no pé”, disse Alvaro à rádio Jovem Pan.

A saída de Moro também acabou prejudicando outros pré-candidatos que se filiaram à legenda por sua influência. Foi o caso do general Santos Cruz, que desistiu de disputar uma cadeira na Câmara pelo Distrito Federal, e também da professora Catarina Rochamonte, que teve a pré-candidatura a deputada federal vetada pelo diretório do Podemos no Rio Grande do Norte.

O único forte apoiador de Moro que se manteve no Podemos e ainda está com a pré-candidatura de pé é o ex-procurador Deltan Dallagnol.

VEJA TAMBÉM:
Governo articula para superar lobby de cartórios e destravar mercado de até R$ 10 trilhões
Fim do teto, revogação de reformas e mais: o que os sindicatos querem dos presidenciáveis

  1. Nomes do “centro democrático” se rearticulam
    A resistência do União Brasil em lançar Moro como pré-candidato à Presidência deu fôlego para outros pré-candidatos da chamada “terceira via” ou do “centro democrático”, que querem se cacifar à Presidência. Daí a intensificação das conversas, nos últimos dias, em torno da senadora Simone Tebet e do ex-governador Eduardo Leite.

O problema dos dois é mesmo pelo qual passou Moro: não contar com consenso e apoio maciço de seus respectivos partidos para lançá-los a presidente na disputa eleitoral. Boa parte do MDB, especialmente dos velhos caciques do Nordeste – como Renan Calheiros –, prefere apoiar Lula.

Leite tem força no PSDB, mas o partido ficou preso ao resultado das prévias internas do ano passado que escolheu João Doria como candidato ao Planalto. Ele garantiu o apoio do presidente da sigla Bruno Araújo depois de, em um blefe, ameaçar abandonar a pré-candidatura e permanecer no governo paulista, o que frustraria a articulação do seu vice, Rodrigo Garcia, para assumir a gestão do estado e concorrer com força à reeleição.

Contra todos eles, ainda pesa a pretensão de cada um de encabeçar a chapa, sem que o outro abra mão. É o caso também de Ciro Gomes (PDT), que já sinalizou, por meio de intermediários, abertura para conversar com os demais, sobretudo após a saída de Moro, um desafeto, mas também sem admitir a possibilidade de ceder o lugar a outro pré-candidato.

Nesta quarta, numa reunião entre os presidentes do União, Luciano Bivar; do MDB, Baleia Rossi; do Cidadania, Roberto Freire; e do PSDB, Bruno Araújo; os partidos anunciaram o plano de apresentar, em 18 de maio, o nome de um candidato único. O União deverá divulgar seu escolhido em 14 de abril, para testar se ele terá apoio dos demais. Pode ser a última chance de Moro, mas, para isso, ele ainda terá de conquistar apoio interno no partido.

Metodologia da pesquisa citada
A pesquisa Ipespe citada nesta reportagem foi realizada entre os dias 2 e 5 de abril de 2022, a pedido da XP Investimentos. A amostra é de mil eleitores brasileiros, a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03874/2022.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/entenda-motivos-da-saida-de-moro-da-disputa-presidencial/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

PANDEMIA ALERTA PARA FAZER REFORMAS NA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Cobertura social

Por
Vandré Kramer – Gazeta do Povo

Mudanças demográficas e Covid-19 podem forçar novas reformas na Previdência| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A pandemia de Covid-19 acentuou os desafios que o sistema previdenciário normalmente já enfrenta, como a baixa cobertura e a alta taxa de trabalho informal. Segundo a seguradora de crédito Euler Hermes, o coronavírus evidenciou as carências e inadequações dos sistemas de previdência social. “Há uma necessidade urgente de expandir as coberturas para conter um aumento ainda maior da desigualdade de renda em muitos países latino-americanos”, dizem os analistas da empresa.

Segundo a seguradora, as medidas emergenciais adotadas pelo governo brasileiro em 2020 ajudaram a amortecer os efeitos econômicos da pandemia e evitar um maior aumento da desigualdade. Mas, como em outros países da América Latina, há necessidade de ampliar a cobertura e melhorar a eficiência do sistema. Devido à alta participação do trabalho informal, apenas cerca de 60% dos trabalhadores são cobertos pelo seguro-desemprego e pelo sistema previdenciário.

“No contexto de uma sociedade em envelhecimento, ao reformar o sistema previdenciário, o desafio será encontrar o equilíbrio certo entre sustentabilidade e adequação.”

Necessidade de reformas adicionais
A Euler Hermes aponta que diante do envelhecimento da sociedade são necessárias reformas adicionais do sistema previdenciário para garantir sua sustentabilidade a longo prazo. A taxa de dependência da velhice deverá aumentar de cerca de 14%, atualmente, para 36%, em 30 anos. Ou seja, haverá 36 aposentados por 100 pessoas com idade entre 15 e 64 anos.

Há três opções para amortecer os efeitos das mudanças demográficas de um sistema previdenciário: reduzir o nível de benefícios, aumentar as contribuições ou elevar a idade de aposentadoria.

Uma mudança em curso é o aumento da expectativa de vida. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2019, a expectativa média de vida de um brasileiro era de 76,6 anos.

Como ela deve aumentar ainda mais, uma opção poderia ser ajustar a idade legal de aposentadoria de acordo com o desenvolvimento da expectativa de vida para melhorar a sustentabilidade de longo prazo. Em 1991, um brasileiro de 60 anos esperava, em média, viver mais 16,72 anos. Vinte e nove anos depois, passou para 22,8 anos.

O relatório aponta que as adequações feitas até agora não são suficientes, considerando o rápido avanço da idade. Segundo dados do estudo, o calcanhar de Aquiles da América Latina, como um todo, são a baixa cobertura previdenciária e a alta taxa de trabalho informal.

Um desafio é o de aumentar a cobertura previdenciária no Brasil. Segundo a Euler Hermes, em 2020, ela era de 61,1%. Na América do Sul, o país com a maior cobertura é o Uruguai, com 69,5% e o menor, o Peru, com 26,1%. Nas economias da Europa Ocidental, essa proporção é próxima dos 90%.

A Euler Hermes atribui a baixa cobertura do sistema previdenciário à alta participação do trabalho informal. Em janeiro de 2021, eram 23,2 milhões de pessoas sem carteira assinada, segundo o IBGE. Um ano depois, esse número cresceu 10,3%, passando para 25,6 milhões.

A seguradora sugere medidas como aumento do salário mínimo, ajustes no limite de avaliação da contribuição, bem como a inclusão de pequenas empresas e autônomos, para ajudar a aumentar a cobertura do sistema previdenciário.

Outro desafio é o de recuperar o número de pessoas de 25 a 54 anos na força de trabalho. No Brasil, por causa da Covid-19, essa proporção caiu de 80,3% para 75,8%.


Sustentabilidade da previdência

Garantir a sustentabilidade de longo prazo dos sistemas de previdência vai exigir a redução dos níveis de benefícios, aumentar as contribuições ou elevar a idade de aposentadoria.

“No entanto, a maioria dos países opta por uma combinação destas medidas para tornar os seus sistemas de pensões mais “à prova de demografia”, pois outro aspecto importante é a adequação e, portanto, a aceitação de um sistema previdenciário.

A Guerra na Ucrânia pode gerar novos impactos negativos sobre a previdência. A Euler Hermes aponta que a nova crise ameaça dificultar a recuperação dos mercados de trabalho, o que deixa uma grande parcela dos trabalhadores incapazes de encontrar emprego no setor formal. Além disso, os gastos do governo com o seguro-desemprego e a cobertura dos déficits do sistema previdenciário podem aumentar ainda mais, compensando as contribuições mais baixas.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/previdencia-mudancas-demograficas-pandemia-reformas/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

 

O FUTURO DOS CAIXAS ELETRÔNICOS DE BANCOS

ATM
Por
Elias Rogério da Silva* – Gazeta do Povo

O futuro dos caixas eletrônicos e dos serviços bancários no Brasil| Foto: Unsplash, Timeo Buehrer/Reprodução

No futuro, quando olharmos para trás, certamente vamos lembrar deste período de pandemia como o momento de virada para diversos segmentos. Decididamente, por exemplo, os últimos anos serão apontados como responsáveis pela aceleração da digitalização de nossas vidas. Nestes dois anos, nos acostumamos a trabalhar, comprar e até conversar por meio das telas e aplicações em nosso dia a dia. Toda essa evolução faz sentido e uma importante constatação trazida à tona agora também deve ser colocada em pauta: o mundo será cada vez mais híbrido e, para muita gente em nosso país, o acesso aos bancos e ao dinheiro ainda acontece com a ajuda dos caixas eletrônicos.

A verdade é que, mesmo com a onipresença dos celulares, os ATMs continuam a ser um dos mais importantes elos entre bancos e clientes. De acordo com pesquisas da Febraban, em 2020, os caixas eletrônicos foram responsáveis pela movimentação de mais de R$ 8,3 bilhões, volume de dinheiro que não pode ser desprezado, sobretudo em um país cuja sociedade utiliza majoritariamente o dinheiro físico em espécie em seus pagamentos.

Além da relevância pelo montante de dinheiro circulado, os caixas eletrônicos também têm um papel importante dentro da realidade das pessoas. Para muitos, inclusive, os terminais são a única forma de contato disponível com os bancos. Segundo dados do Banco Central, por exemplo, mais de 2.300 cidades de todo o País não têm qualquer tipo de agência bancária, o que representa quase 45% do total de municípios brasileiros.

Os terminais de autoatendimento, portanto, podem ser grandes aliados para aproximar os milhões de brasileiros que vivem nestes municípios e regiões ao sistema bancário, oferecendo acesso a dinheiro em espécie e a serviços essenciais, como depósitos e transferências. É neste ponto que surge uma questão-chave: como manter milhares de terminais funcionando, sempre, e ao mesmo tempo?

Fazer com que esta rede funcione com máxima disponibilidade e performance é, de fato, um desafio. O Brasil é um país com dimensões continentais, o que certamente torna a gestão desses parques em uma tarefa bastante complexa. A boa notícia, entretanto, é que o mesmo cenário que desafia a sobrevivência das agências também pode significar o caminho para maximizar as operações dos ATM, inclusive aumentando a relevância destes equipamentos para os usuários.

Os caixas eletrônicos são velhos conhecidos da população e uma das mais antigas maneiras de realizar transações financeiras. No entanto, isto não significa que ele não continue se inovando, com disrupções que permitem a inclusão social das pessoas. Hoje, a indústria de terminais de autoatendimento conta com uma série de inovações para otimizar a disponibilidade dos equipamentos, inclusive de forma remota. Isso significa a chance de utilizar a tecnologia e a ideia deste mundo cada vez mais híbrido e móvel justamente como os caminhos para simplificar – e amplificar – a presença das máquinas em todo o território.

Por meio de recursos como Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT), já é possível monitorar, configurar e até mesmo fazer reparos lógicos (software) a distância e de modo automatizado. Além disso, essas soluções também permitem que parceiros especializados possam verificar e antecipar o estado de peças e suprimentos fundamentais para a continuidade dos serviços – criando inclusive a chance de se aplicar programas de manutenção programadas e atualizações proativas no momento do reabastecimento de numerário nesses equipamentos, por exemplo.

Dessa forma, conseguimos reduzir as interrupções de operação dos bancos, diminuindo custos gerais de sustentação das redes de terminais. Do ponto de vista dos usuários, isso significa uma rede mais confiável e disponível, possivelmente com máquinas mais modernas e capazes de integrar serviços distintos.

Há um enorme campo a ser coberto pelos bancos, também, nas grandes cidades, onde a malha de ATMs já é significativa. Ao contar com máquinas mais modernas e parceiros de serviços especializados, os bancos (inclusive os digitais) ganham a oportunidade de consolidar as estratégias de operação dos terminais – que, em última instância são as novas agências bancárias da era digital.

Ter uma rede de caixas automáticos, nesses casos, pode representar a criação de uma base de contato e de apoio rápido. Para tanto, imagine o dia em que alguém precisará de dinheiro em espécie para um pagamento, mas está apenas com o cartão. Ou pense nas oportunidades para turistas manejarem troca de moedas e por aí vai. Seja nos grandes centros ou nas áreas mais remotas, os caixas eletrônicos seguem tendo uma função de integração.

O mundo híbrido é um exemplo de transformação que não precisa excluir um lado em prol de outro. Ao contrário. Ganharão aqueles que conseguirem transformar o que existia em um diferencial para o futuro. No caso dos bancos, os ATMs podem representar essa oportunidade, assim como a adoção de parceiros especializados pode simplificar o gerenciamento de redes de caixas espalhadas pelo Brasil. Temos muito o que organizar e desenvolver, mas é definitivamente mais do que hora de potencializar os aliados que já estão em nossas mãos.

*Elias Rogério da Silva é Presidente da Diebold Nixdorf no Brasil
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/gazzconecta-colab/mundo-hibrido-futuro-caixas-eletronicos-servicos-bancarios-brasil/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

 

LENTES DE CONTATO DENTAL EMBELEZAM OS DENTES

 

Talita Dantas – Doutora em Reabilitação Oral

Doutora em Reabilitação Oral, Talita Dantas alerta que o desgaste dos dentes não pode ser desfeito e o paciente precisa procurar um profissional especialista para evitar intercorrências

Tratamentos estéticos estão sempre em alta na mídia e são muito bem-vindos para melhorar a autoestima dos pacientes, mas é preciso muito cuidado, principalmente quando se trata de procedimentos feitos na face, como é o caso da lente de contato dental. O que poucos sabem é que o tratamento é irreversível e precisa de manutenção. Há alguns anos, as lentes dentais caíram no gosto de artistas e anônimos e, pelo seu alto valor, atraiu também profissionais sem capacitação adequada para realizar os procedimentos. Agora, a demanda por retrabalho aumenta nos consultórios de especialistas para corrigir problemas ou dar manutenção adequada.

“Os dentistas capacitados para esses tratamentos precisam de formação em uma dessas três áreas: reabilitação oral, prótese ou dentística. Existe o perfil de paciente que busca pelo exagero e pelo que é mais artificial, e isso tem que ser respeitado, mas a busca exagerada pelo estético tem colocado em pauta a discussão sobre exagero de tratamentos também. Vemos dentes que às vezes precisam de um simples clareamento ou de um pequeno reparo com resina e passam por procedimentos extremamente invasivos, e até irreversíveis, na busca por estética”, explica a cirurgiã dentista e doutora em Reabilitação Oral, Talita Dantas.

Segundo Talita, a popularização das lentes também trouxe problemas, como a qualidade técnica dos tratamentos, já que os consultórios de especialistas estão recebendo muitos casos de retrabalho. Existem riscos de colocar a lente de contato, principalmente a perda dental, que tem ocorrido com grande frequência. Ela conta que tem acompanhado casos de pacientes que colocaram lente de contato dental há pouco tempo e estão apresentando gengivas inflamadas até dentes com cáries que precisam desfazer e refazer tudo novamente.

“A lente de contato dental, na verdade, é uma prótese. Mas prótese é um nome feio e ninguém gosta de usar. Mas a verdade é que isso é o que tem acontecido: os pacientes abrem mão de seus dentes para colocar um material artificial para repor uma parte do corpo. Mas é preciso muita ética para realizar tratamentos em pacientes muito jovens. Vejo pessoas com dentes hígidos, que não possuem uma restauração sequer, passando por procedimentos de desgastes, preparos e colocação de uma lente de contato apenas por questões estéticas”, lamenta Talita Dantas.

A cirurgiã defende que o paciente precisa estar atento a alguns detalhes na hora de buscar um profissional e a primeira delas é ter certeza de que se trata de um especialista em reabilitação oral, prótese ou dentística. Em segundo lugar, é preciso saber com qual laboratório o profissional trabalha, quem é a equipe e quem vai confeccionar as lentes de contato dele.

É importante também perceber se o profissional está negligenciando outros procedimentos apenas para “vender” o que é mais caro. Cáries ou doenças periodontais não podem ser ignoradas antes da realização de um procedimento estético. “Pergunte sobre a qualidade dos materiais, ver se o profissional trabalha sem pressa, se fotografa os casos ou se usa microscópios e lentes de aumento para ter resultados mais precisos. Não é que os profissionais que não tenham isso não consigam ter resultados bons, mas os equipamentos ajudam muito”, pontua.

Qual a durabilidade das lentes e como é a remoção?

Segundo estudos, a durabilidade das lentes é entre 10 e 20 anos, mas isso não dispensa a manutenção periódica, já que elas podem fraturar por mau hábito do paciente, infiltrar, manchar ou serem substituídas por materiais melhores e técnicas melhores. “A manutenção não muda, o paciente deve continuar indo ao dentista a cada seis meses pra fazer procedimentos normais de limpeza e de avaliação das lentes para ver se é necessário algum reparo”, explica Talita.

“Existem opções de remoção a laser das lentes de contato, mas qualquer estrutura dental desgastada deixa de existir e não é possível devolvê-la. Tirar uma lente de contato dental é como trocar o piso de casa: quando tiramos o piso antigo a base estará destruída e é preciso preparar o terreno para receber outro piso, não dá pra deixar sem o piso. O paciente normalmente só vê a parte de fora e acha que está tudo lindo, mas odontologia é algo muito delicado e microscópico, então fica o alerta para conhecer os detalhes do procedimento, que vão muito além de foto bonita no Instagram”, finaliza a cirurgiã.

PROJETO DA UNIVERSIDADE DE HARVARD PARA A EDUCAÇÃO

 

Andressa Muniz, especial para a Gazeta do Povo

O projeto de Harvard que está mudando a maneira de dar aulas.

Pesquisadores levam experiências práticas da sala de aula para discussões científicas; depois os resultados voltam à escola.

“Se uma teoria não recai sobre implicações práticas, não insistimos nela. E se uma prática se prova eficaz ou não, tentamos entender os motivos para o sucesso ou fracasso”, diz Howard Gardner.

Iniciativa criada nos anos 60 na Universidade Harvard, o Project Zero (PZ) reúne especialistas em educação voltados para o ensino das competências do século 21. O projeto conta com uma equipe multidisciplinar que busca desenvolver abordagens novas e mais abrangentes para processos de aprendizagem. 

Para isso, pesquisadores levam experiências práticas da sala de aula para discussões científicas; depois os resultados voltam à escola na forma de novas práticas, mais alinhadas às necessidades dos alunos. 

Em entrevista à Gazeta do Povo, Howard Gardner, diretor-sênior do Project Zero, destaca o papel da iniciativa para a educação, a importância da multidisciplinaridade e formas efetivas para colocar a teoria em prática. 

“Se uma teoria não recai sobre implicações práticas, não insistimos nela. E se uma prática se prova eficaz ou não, tentamos entender os motivos para o sucesso ou fracasso”, diz Gardner. Confira: 

Como o Project Zero começou? Quais foram as questões motivaram os estudos? 

O Project Zero foi fundado em 1967 por Nelson Goodman, filósofo proeminente de Harvard. Ele se interessava por conhecimentos artísticos e pensou que era o momento de acumular conhecimento sistemático sobre como os indivíduos adquirem conhecimento sobre arte – tanto artistas quanto críticos e público. 

David Perkins e eu éramos estudantes de graduação na época, e quando Goodman se aposentou quatro anos depois, assumimos a direção Apesar de termos começado com foco em arte, hoje olhamos todo o currículo e trabalhamos não apenas com escolas, mas também museus, corporações e outras instituições nos Estados Unidos e em muitas outras partes do mundo. 

De certa forma, desenvolvemos ideias sobre aprendizagem e conhecimento, e as empurramos na direção correta. Não operamos instituições educacionais, mas trabalhamos em cooperação com elas. Nossa pesquisa é rigorosa e não comprometida – isso significa que não somos contratados, descrevemos o que encontramos. E apenas aceitamos apoio de fontes que nos permitem estudar um tema da melhor forma que pudermos. 

Qual a influência do projeto em estudos sobre educação e aprendizagem? Como se tornou mais relevante para a comunidade acadêmica? 

A maioria dos estudos são sobre educação e aprendizagem. Tentamos compreender o conhecimento disciplinar, conhecimento interdisciplinar, desenvolvimento cívico, raciocínio ético, inteligência, criatividade e liderança. Todo ano conduzimos institutos em Harvard que atraem centenas de pessoas. A maior parte dos nossos estudos é com instituições educacionais. Os trabalhos estão descritos detalhadamente no site. 

A educação é uma área dinâmica em que teoria e prática caminham juntas. Como vocês alinham teoria e prática em estudos e iniciativas? 

Geralmente partimos de questões teóricas ou acadêmicas. Outros já foram professores ou supervisores atuantes na sala de aula e partem de questões mais práticas. Se uma teoria não recai sobre implicações práticas, não insistimos nela. E se uma prática se prova eficaz ou não, tentamos entender os motivos para o sucesso ou fracasso. 

Por que abordagem multidisciplinar é importante? Até onde ela pode melhorar a aprendizagem? 

Não há nada essencialmente bom ou ruim com aprendizagem multidisciplinar. Tudo depende das questões que são abordadas. Às vezes matemática é apenas matemática, e história é apenas história.

E ninguém pode sequer fazer um trabalho interdisciplinar sério se não dominar mais de uma disciplina. Muitas discussões sobre trabalho “multidisciplinar” são apenas barulho, sem muita base para as alegações que são feitas. 

As crianças de hoje têm perfil diferente das gerações passadas. Como o PZ aborda as necessidades dos estudantes? Até onde envolve o desenvolvimento de novos métodos de ensino e aprendizagem? 

Reconhecemos claramente os desafios dos jovens e as mudanças nos métodos educacionais. Muito do nosso trabalho acontece online, e também estamos interessados nos pontos fortes e fracos da aprendizagem online, comparando à educação presencial. Um desafio é que geralmente os jovens são muito mais confortáveis com novas mídias que os professores. Espero que isso mude em breve. 

De qualquer forma, acredito que o ensino não vai mudar tanto quanto a aprendizagem. A aprendizagem vai ser mais online e continuará ao longo da vida, muitas vezes sem necessidade de ensino formal. E os professores se tornarão algo mais próximo de orientadores. 

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/o-projeto-de-harvard-que-esta-mudando-a-maneira-de-dar-aulas-2m8n5cewct51u4bvyb29vzaqt/

Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

VALEON FAZ A DIVULGAÇÃO ONLINE DA SUA EMPRESA

 

Moysés Peruhype Carlech

Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?

Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

sexta-feira, 8 de abril de 2022

PT NOS ENCONTROS COM A MILITÂNCIA MOSTRA A SUA VERDADEIRA FACE

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Em evento, Lula diz que aborto é questão de saúde pública e que pauta da família é “atrasada”.| Foto: Reprodução

Em ocasiões anteriores, na disputa pelo Palácio do Planalto, o petismo precisou esconder suas verdadeiras convicções para atrair eleitores moderados e convencer o mercado financeiro e o setor produtivo de que não era uma ameaça. Foi assim, por exemplo, que surgiram o “Lulinha paz e amor” de 2002 e a Dilma Rousseff autora de uma “carta ao povo de Deus” em 2010. Ambos terminaram vencedores e, uma vez no poder, negaram tudo o que haviam prometido – ainda que tenha demorado um pouco no caso de Lula, que chegou a respeitar o tripé macroeconômico herdado de FHC por alguns anos. Desta vez, no entanto, o petismo decidiu mostrar sem rodeios seu plano de destruir o Brasil em várias frentes, da econômica à moral.

Em debate promovido nesta terça-feira pela Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, e pela fundação alemã Friedrich Ebert, o ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado defendeu escancaradamente a legalização do aborto no Brasil. “Aqui no Brasil não faz [aborto] porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública, e todo mundo ter direito e não ter vergonha. Eu não quero ter um filho, eu vou cuidar de não ter meu filho, vou discutir com meu parceiro. O que não dá é a lei exigir que ela precisa cuidar”, afirmou. A defesa do aborto foi tão explícita que o petista nem mesmo recorreu à ressalva hipócrita feita por tantos abortistas que invocam as próprias crenças religiosas (quando as há) para acrescentarem depois que não pretendem impô-las a todos os brasileiros, como se o aborto fosse uma questão puramente religiosa, quando na verdade é uma questão filosófica, ética e científica. Só posteriormente, falando a uma rádio do Ceará, Lula disse ser “contra o aborto”, mas insistindo no surrado bordão do “tema de saúde pública” tão usado pelos defensores da legalização.

Lula e líderes petistas deixam claro que não desejam para o Brasil nem a excelência moral, nem a prosperidade material

Os brasileiros que acompanham há tempos a trajetória de Lula e do PT não se espantam com a afirmação. O partido colocou a legalização do aborto entre suas plataformas oficiais em 2007, apenas formalizando o que já era bandeira antiga da legenda. Tanto Lula como Dilma tentaram facilitar o acesso ao aborto contornando o processo legislativo, por exemplo com portarias ministeriais e o famoso Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3); tiveram ministros abortistas, como José Gomes Temporão (na Saúde) e Eleonora Menicucci (de Direitos para as Mulheres); e apontaram ministros do STF favoráveis à legalização, com destaque para Luís Roberto Barroso. A novidade está no fato de Lula falar sem rodeios sobre o tema antes da eleição, inclusive correndo o risco de alienar o eleitorado cristão mais conservador, um grupo que o petismo vinha cortejando até agora – e, para que fique bem claro o desprezo de Lula por esses brasileiros, o petista acrescentou, na mesma ocasião em que falou do aborto, que “essa pauta da família, pauta dos valores, é uma coisa muito atrasada”.

Um dia antes das falas de Lula sobre o aborto, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, participou de um jantar, a convite de um grupo de empresários que pretende ouvir os presidentes das legendas de todos os pré-candidatos à Presidência, e também não fez questão de esconder sua intenção de devastar economicamente o Brasil. “O clima foi cordial, mas o conteúdo foi horroroso”, disse um dos participantes à CNN Brasil, acrescentando que as plataformas defendidas por Gleisi lembravam muito a “nova matriz econômica” de Dilma, responsável pela recessão de 2015-16. A petista atacou as privatizações, a gestão da Petrobras e a reforma administrativa; apenas descartou uma revogação da reforma trabalhista de 2017 (embora o PT esteja ativamente buscando informações sobre movimento semelhante ocorrido na Espanha) e prometeu trabalhar com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central – até porque não há outra opção, já que a autonomia do BC garante o cargo do presidente do órgão mesmo durante uma troca de governo.


A retórica estatizante de Gleisi no jantar apenas confirma todas as declarações anteriores de Lula e outros figurões petistas a respeito dos rumos que pretendem dar à economia, com destruição do teto de gastos; revisão de privatizações; ataques à reforma da Previdência, inclusive com direito a fake news; enfim, a segunda dose do veneno que fez adoecer gravemente o país poucos anos atrás. Novamente, surpreende que o petismo seja tão explícito na divulgação de suas reais intenções para a política econômica, já que a memória da recessão ainda é muito recente.

Analistas políticos tentarão buscar as razões pelas quais o petismo não faz mais questão de esconder suas reais plataformas, mas algo de bom pode ser tirado desse recente surto de sinceridade de Lula e dos demais petistas: nenhum eleitor genuinamente comprometido com o crescimento econômico e com a defesa da vida e da família poderá alegar desconhecimento do que está por vir caso Lula saia vencedor em outubro. O grau de maturidade civilizatória de uma sociedade se mede especialmente pela maneira como ela trata seus integrantes mais indefesos e inocentes, muito mais que pela riqueza de seus integrantes. Mas o PT deixa claro que não deseja para o Brasil nem a excelência moral, nem a prosperidade material.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/lula-aborto-gleisi-hoffmann-economia/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

CIRO GOMES NÃO QUER FAZER ALIANÇA COM A TERCEIRA VIA

 

Unificação de candidatura
Quais são os entraves para essa aliança
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Pré-candidato pelo PDT, ex-ministro Ciro Gomes resiste em abdicar da candidatura se não for o escolhido da terceira via| Foto: PDT/SP/Divulgação

Líder do movimento de unificação da chamada terceira via, o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), tenta atrair o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) para o grupo que se opõe à polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição ao Palácio do Planalto.

Com Sergio Moro fora da corrida presidencial e a indefinição sobre a candidatura de João Doria (PSDB), Ciro aparece como o pré-candidato com a melhor pontuação nas últimas pesquisas eleitorais.

Pesquisa do Ipespe, encomendada pela XP Investimentos e divulgada na quarta-feira (6), mostrou Lula com 44% das intenções de voto, seguido de Bolsonaro com 30% e Ciro Gomes com 9%. Já o levantamento da Genial/Quaest, divulgado pela CNN nesta quinta-feira (7), traz Lula com 44%, Bolsonaro com 29% e Ciro com 5%.

Nas últimas semanas, Bivar e outras lideranças do União Brasil passaram a procurar Ciro em busca de uma composição, mas, por enquanto, sem sucesso. O partido de Bivar e mais MDB, PSDB e Cidadania definiram em reunião na quarta que terão um candidato único à Presidência e que o nome escolhido será revelado no dia 18 de maio.

Enquanto isso, os esforços de Bivar para contar com Ciro nessa aliança devem ser intensificados. Acenos não faltam. Pré-candidato ao governo da Bahia, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) já sinalizou que poderia abrir palanque para o pedetista no estado.

Aliado de ACM Neto, o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) defendeu que o pedetista participasse das conversas. “Qualquer discussão que trate de terceira via tem que incluir a todos, inclusive o Ciro, para depois afunilar em torno de um nome”, disse Nascimento.

Apesar do movimento, alguns integrantes do União Brasil consideram praticamente nula a chance de o partido vir a apoiar o integrante do PDT por causa de divergências ideológicas. Além disso, há uma resistência de Ciro Gomes eventualmente abrir mão de sua candidatura para apoiar um outro integrante da terceira via.


Aliança com Moro é vista como inviável dentro do PDT 
Dentro do PDT, a aproximação de Ciro Gomes com o União Brasil é vista como improvável por causa da entrada de Sergio Moro na legenda. O ex-juiz ingressou no partido de Bivar e acabou retirando sua pré-candidatura ao Planalto.

Questionado sobre os encontros com Bivar, Ciro disse que o presidente do União Brasil tem “essa pretensão generosa” de unir os nomes do centro. O pedetista afirmou ter dito a Bivar que não seria um “obstáculo” a eventuais conversas.

“Penso em uma composição, mas penso com muito ceticismo. O que passa na cabeça do Moro sobre a Petrobras, sobre o salário das pessoas, sobre juros e crediário (…). É água e óleo. Não combina. Primeiro porque ele não sabe nada disso, segundo que repete um ideário reacionário, que é o Bolsonaro”, afirmou o pedetista.

Na última terça-feira (5), por exemplo, o pedetista voltou a criticar publicamente Moro durante um evento em São Paulo e afirmou que terceira via não existe. “Eu o conheço profundamente. Ele é um pilantra que fez da magistratura um palanque para tirar os direitos políticos de um político e depois virar ministro do outro. Em seguida, querendo trair o outro, vai para a iniciativa privada trabalhar, em qualquer empresa ele podia, menos numa, a multinacional que ganha R$ 70 milhões da massa falida da Odebrecht e da Queiroz, que ele, Moro, quebrou”, afirmou.

Ciro Gomes enfrenta resistências de outros nomes da terceira via 

Além dos obstáculos no União Brasil, Ciro Gomes também enfrenta resistências entre outros partidos que integram a terceira via, como MDB, PSDB e Cidadania. Recentemente, durante uma entrevista à rádio Tiradentes, de Manaus, Ciro classificou João Doria, pré-candidato pelo PSDB, como “viúva de Bolsonaro”.

Para aliados do pré-candidato tucano, o pedetista não representa o “centro democrático” e não partilha das mesmas “convergências” dos partidos da terceira via. “Ele [Ciro Gomes] é bastante intransigente e isso está comprovado no seu isolamento tanto na esquerda quanto entre os partidos de centro. Todos que estão participando das conversas da terceira via estão abdicando de alguma coisa, ele não estaria disposto a abdicar de nada”, argumenta um aliado de Doria no PSDB.

Pré-candidata pelo MDB, a senadora Simone Tebet (MS) também sinalizou que Ciro Gomes não tem participado das conversas do grupo. “Nunca estivemos tão próximos de um consenso. Ele [Ciro Gomes] não se apresenta como integrante do centro democrático, mas é bem-vindo para conversar conosco, não há dúvidas disso”, acrescentou a emedebista.

Metodologia das pesquisas citadas na reportagem
A pesquisa Ipespe foi realizada entre os dias 2 e 5 de abril de 2022, a pedido da XP Investimentos. A amostra é de mil eleitores brasileiros, a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03874/2022.

Já a pesquisa do instituto Quaest foi contratada pelo Banco Genial. Foram ouvidos 2.000 eleitores entre os dias 1º e 3 de abril de 2022 em todas as regiões do país. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral, sob o protocolo BR-00372/2022.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/ciro-gomes-terceira-via-quais-sao-os-entraves-para-essa-alianca/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...