terça-feira, 5 de abril de 2022

ESCOLHA DO NOVO PRESIDENTE DA PETROBRAS AINDA INDEFINIDA

 

Após negativa de Adriano Pires

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Rio de Janeiro – Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Governo pretende indicar um novo presidente para Petrobras até o dia 13 de abril, quando acontece a assembleia geral para composição da nova diretoria.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


A desistência do economista e consultor Adriano Pires em assumir a presidência da Petrobras reabre uma disputa interna no governo para definir o comando da companhia estatal. Uma mudança da política de preços dos combustíveis não está no radar da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o mesmo não pode ser dito sobre formas de se reduzir o custo dos consumidores com a gasolina e o óleo diesel.

O debate sobre a redução do preço dos combustíveis coloca em lados opostos duas “alas” do governo. A da equipe econômica, chefiada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e o núcleo político, chefiado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que somou forças com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

A ala capitaneada por Guedes está politicamente enfraquecida no governo, mas alguns de seus integrantes ainda tentam fazer valer sua influência. Nos bastidores, tentam emplacar o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mário Paes de Andrade.

O discurso na equipe econômica daqueles que atuam para emplacar Paes de Andrade e aliados que advogam pelo seu nome junto a Bolsonaro apontam que o secretário é defensor de uma linha mais próxima do livre mercado e que a indicação seria bem recebida junto aos agentes econômicos. No entanto, essa é uma retórica que perdeu força dentro do governo.

O principal motivo que levou o governo a indicar Pires para a presidência da Petrobras é ter alguém com “cacife” para ser o fiador da criação de um fundo de estabilização dos preços de combustíveis, segundo apurou a Gazeta do Povo. O economista foi indicado por Albuquerque e teve seu nome avalizado por Nogueira e outros aliados do Centrão no Congresso.

Sem Pires, alguns aliados do governo ainda defendem que Bolsonaro mantenha a indicação de um nome técnico que apoie a criação de um fundo de estabilização. A medida vai enfrentar a resistência de Guedes, mas teria o apoio de lideranças do Centrão.

Por que a ala política e aliados apoiam a ideia do fundo de estabilização

A ala do governo que defendeu a indicação de Adriano Pires e mantém a defesa da criação de um fundo de estabilização de preços sustenta que a medida poderia trazer benefícios políticos e eleitorais não só a Bolsonaro, mas também à base governista.

Existe um cálculo feito no núcleo político do governo que, com um fundo de estabilização, seria possível reduzir em três meses a gasolina a patamares entre R$ 4,75 e R$ 5,00 em estados como o Rio de Janeiro, o reduto eleitoral de Bolsonaro, por exemplo. No estado, a média do custo da gasolina em março foi de R$ 7,51. A média nacional foi de R$ 7,01, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Três meses é o cálculo político trabalhado pelos partidos para a definição das coligações. Entre 20 de julho e 5 de agosto é o período que os as legendas terão para definir seus palanques nos estados e candidatos à Presidência da República. O discurso de aliados é que uma redução considerável do preço dos combustíveis poderia impulsionar a candidatura de Bolsonaro e de sua base.

Antes de ser indicado para a presidência da Petrobras, Adriano Pires havia dito que, para ele, a solução para a alta dos preços era a criação de um fundo de estabilização para subsidiar os custos dos combustíveis quando a cotação internacional do petróleo atingir um determinado gatilho. Ele sugeria que o dinheiro saísse dos dividendos pagos pela Petrobras à União ou de recursos vindos de royalties, participações especiais ou mesmo da comercialização de óleo feita pela estatal PPSA.

Uma vez à frente do comando da Petrobras, Pires assumiria o compromisso de defender a criação desse fundo. Como presidente da estatal, isso teria um peso determinante para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), desengavetasse o projeto de lei (PL) 1.472/21. Aprovado pelo Senado em fevereiro, o texto prevê a criação de um fundo.

Segundo Lira, o texto está “fora do radar” e segue sem data para ser apreciado pelos deputados. Entretanto, uma vez que Pires se manifestasse a favor do fundo enquanto presidente da Petrobras, a expectativa é de que a pauta fosse destravada com o apoio de parlamentares do Centrão e até da oposição, já que a matéria foi proposta e relatada por senadores do PT.

O deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA), vice-líder do governo no Congresso, disse à Gazeta do Povo na última semana que Pires seria o “melhor presidente da história” da estatal. E manifestou que o economista contaria com o apoio da base do governo, inclusive na defesa da discussão de um fundo estabilizador.

Como funcionaria o fundo e por que a equipe econômica é contra
O fundo de estabilização discutido nos bastidores prevê que o governo utilizaria parte dos dividendos pagos pela Petrobras à União para subsidiar os preços dos combustíveis. Comenta-se que, uma vez empossado pelo conselho de administração da estatal em sua Assembleia-Geral Ordinária (AGO) em reunião no dia 13 de abril, ele passaria a advogar pela criação do fundo.

O fundo dependeria da aprovação do PL 1.472/21 para ser instituído com a segurança jurídica necessária e ficaria sob a gestão do governo. Em 2021, a Petrobras programou o pagamento de R$ 101,4 bilhões aos seus acionistas em dividendos referentes ao exercício de 2021. Considerando sua participação no capital da companhia, de 28,7%, a União receberá cerca de R$ 29,1 bilhões.

O montante de competência da União leva o governo a crer que teria em suas mãos um mecanismo eficiente para controlar os preços sem arcar com os mesmos ônus políticos de mudar a política de preços. “Seria menos danosa e populista do que adotar uma medida provisória para fazer subsídio fora do teto [de gastos]. É uma saída tecnicamente bem consistente no meio econômico e não é mal visto no mercado de petróleo”, pondera um interlocutor do governo.

“Inclusive, Noruega e Suécia fazem uso desse expediente quando é necessário para estabilizar o preço, não é uma reinvenção da roda, é uma ferramenta usada por alguns países”, endossa um segundo interlocutor governista.

Conforme mostrou a Gazeta do Povo, bancar um “desconto” de R$ 1 por litro nos preços da gasolina e do diesel custaria aos cofres públicos mais de R$ 8 bilhões por mês. Em um ano, a despesa poderia passar de R$ 100 bilhões, mais que todo o montante que a União recebe em dividendos da Petrobras e royalties de petróleo e gás.

Reduzir artificialmente o custo dos combustíveis praticamente esgotaria nos mesmos três meses pretendidos pelo núcleo político os valores que a União teria a receber da Petrobras. Contrários a essa lógica de curto prazo, a equipe econômica e aliados técnicos em autarquias estaduais seguem na contramão.

Um técnico destaca que um fundo para amortecer o preço dos combustíveis faria sentido se o preço do barril de petróleo estivesse barato. “Fazer fundo em momento de alta não tem como. Na hora que está baixo para amortizar no período de alta ninguém pensa nisso. Tinha que ter feito lá atrás, não é viável discutir isso agora”, pondera. Mesmo a lógica de reduzir os custos pelos próximos três meses é algo questionável.

Um interlocutor da equipe econômica diz que Guedes aposta em controlar o preço pela lógica de mercado e está confiante que a desaceleração do dólar possa influenciar no custo dos combustíveis no mercado interno brasileiro. “Apostamos que a guerra se arrefeça e os números caiam. Veja que o dólar está em queda, chegando nos R$ 4,50. Isso dá um refresco, ele caindo bem abaixo dos R$ 5 seria a hora de reduzir preço”, diz. “É mais caro reduzir preço de petróleo pelo mercado do que artificialmente. O ministro é defensor do mercado, tem que ter paciência para deixar o mercado agir”, complementa.

Quem pode assumir a presidência da Petrobras
A desarmonia entre equipe econômica e o núcleo político torna incerto o nome que pode assumir a presidência da Petrobras. Pela definição mais recente de Adriano Pires, é possível que os ministros Bento Albuquerque e Ciro Nogueira tenham nova influência, mas mesmo interlocutores no governo evitam cravar algo.

Antes de Pires ser sondado, Bolsonaro havia se decidido pelo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que chegou a ser indicado para presidir o conselho de administração da Petrobras. “O Jair queria o Landim, mas foi convencido de que o Adriano estava mais preparado para assumir a presidência da estatal”, afirma um interlocutor do Palácio do Planalto.

Segundo a fonte, Bolsonaro demonstrou uma resistência inicial ao nome de Landim, mas aconselhou a indicação de Albuquerque após nomes influentes do Centrão avalizarem Pires. Após a negativa a seu nome, aliados não descartam que o governo repense o perfil almejado para suceder o comando da estatal.

O núcleo política pondera que o mais provável é o governo ser mais criterioso na escolha do próximo indicado. Embora fosse um quadro técnico bem respaldado pelo Centrão, surpreendeu caciques políticos o fato de Pires ter tido seu nome vetado pelo departamento de governança e conformidade da estatal. “Depois daquela crise de corrupção na Petrobras, o pessoal tem sido rigoroso na seleção de nomes e tido mais critério para efeito de saneamento da empresa”, explica um interlocutor do governo.

Um integrante da ala política respeita os critérios rigorosos do departamento de compliance da Petrobras, mas pondera que eles restringem a escolha de nomes “bons” e técnicos do mercado de petróleo e gás capazes de assumir a estatal. “Acaba que, para ser indicado, tem que ser alguém de fora [do mercado], e aí fica difícil”, lamenta.

Já a equipe econômica pondera que o momento não é propício para a indicação de alguém que defenda a criação de um fundo de estabilização, ainda que detenha um perfil técnico. “Eu acho que qualquer um que defenda isso vai sofrer uma oposição muito forte por causa do critério. Fundo não vai adiante porque preço de petróleo vai ser corrigido por dólar, vai depender de mercado, como vai mandar um nome que vai defender isso?”, analisa um interlocutor.

A possibilidade de um nome ser indicado por Guedes, porém, é vista como improvável na equipe econômica. Um interlocutor sustenta, inclusive, que o ministro não tem a intenção de indicar alguém e afasta a possibilidade de disputa entre os núcleos econômico e político. “Existe um clima palaciano bem antagônico ao ministro, e ele [Guedes] próprio não quer mexer com isso. Já fez sua indicação lá atrás com o [economista Roberto] Castello Branco [ex-presidente da Petrobras], que era um excelente nome”, diz um interlocutor.

Por esse motivo, sem o aval direto de Guedes, Caio Mário Paes de Andrade pode não ganhar o apoio político necessário para superar outros nomes. “A sondagem ao Paes de Andrade é o reconhecimento a um cara competente, alguém que faz um excelente trabalho no governo digital, mas você pode cravar que o Guedes não está envolvido na escolha de presidente da Petrobras”, reforça outro interlocutor da equipe econômica.

Nesta segunda-feira (4), Guedes disse estar “sem luz” sobre a situação na Petrobras. Em 29 de março, após a indicação de Pires, declarou que o assunto não era seu “problema”.

Caso um nome não seja indicado até a reunião de 13 de abril, a CNN Brasil aponta que o conselho de administração pode eleger um interino para a presidência. O estatuto da empresa prevê que “no caso de vacância do cargo de presidente, o presidente do Conselho de Administração indicará o substituto dentre os demais membros da diretoria executiva até a eleição do novo presidente”. Ou seja, é possível que alguém do segundo escalão ocupe o comando interinamente.


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LEI DAS FAKES NEWS EM DISCUSSÃO E VOTAÇÃO NO CONGRESSO

 

Análise
Por
Jocelaine Santos – Gazeta do Povo

Se PL das Fake News for aprovado, políticos poderão ser cassados por uso indevido das redes sociais.| Foto: Pixabay

Uma nova versão do chamado PL das Fake News está pronta para ser levada ao Plenário da Câmara de Deputados. O novo texto traz mudanças importantes em relação à versão anterior, especialmente no que diz respeito ao uso das redes sociais por políticos. Caso o projeto seja aprovado, partes da nova lei poderão entrar em vigor a tempo de interferirem nas eleições deste ano. Para isso, o relator da proposta, deputado Orlando Silva (PCdoB) quer que o projeto tramite em regime de urgência, para que a votação seja concluída até o fim deste mês.

A principal alteração em relação à versão anterior do PL 2.630/2020 foi a inclusão de um item prevendo que os provedores de redes sociais, ferramentas de busca e de mensagem instantânea sejam tratados como veículos de comunicação para fins de cumprimento do artigo 22 da Lei de Inelegibilidade. Isso vai permitir, por exemplo, que coligações ou partidos peçam a abertura de investigação na Justiça Eleitoral sobre possível uso indevido das redes sociais e aplicativos de mensagens em benefício de algum candidato.

“Essa equiparação possibilitará, caso aprovada, que as campanhas entrem com ações de cassação, ações de investigação judicial eleitoral, contra condutas praticadas nas redes, com mais chances de serem consideradas de fato um uso indevido ou abuso e que resultem em eventual cassação de mandato”, explica a advogada Samara Castro, que atua na área de Direito Eleitoral e Partidário, Direito Digital, Privacidade e Proteção de Dados. Para ela, a alteração vai ter grande impacto nas eleições deste ano.

“É óbvio que isso não vem da melhor forma. Vem um pouco às pressas, colocado no final do texto, mas acho que isso é consequência do fato de que a gente não conseguiu aprovar o novo código eleitoral e ter mecanismos melhores e mais efetivos de combate à desinformação”, afirma.

Já na avaliação do advogado Amauri Nunes Filho, especialista em Direito Digital, a inclusão desses dispositivos foi inoportuna. Para ele, embora seja importante que o país tenha uma legislação que trate da regulamentação das redes sociais e aplicativos de mensagens, questões relacionadas a eleições não deveriam ter sido incluídas.

“A lei trata de muitos temas ao mesmo tempo, como a liberdade de expressão, publicidade, comunicação institucional, propaganda política e remuneração de veículos de comunicação. E o faz de forma muito ampla, no atropelo, sem se debruçar nos detalhes, o que seria fundamental”, diz ele.

O advogado ressalta que o texto do PL 2.630/2020 é resultado da análise de mais de 80 outros projetos que foram apresentados pelos deputados e que acabaram apensados (discutidos juntos). “Esse processo de ‘apensamento’ nem sempre é positivo, podendo levar a análises precipitadas. Na minha avaliação, parece que foi isso o que houve: uma pressa exagerada em discutir e, agora, para tentar aprovar, um texto ainda bastante falho”, avalia.

Parlamentares reúnem assinaturas para votar convite a Alexandre de Moraes para debate no Senado sobre inquérito das fake news


Perfis oficiais ou pessoais
Outro ponto relacionado ao uso das redes por políticos, já presente na versão anterior do texto, prevê que contas ou perfis de órgãos públicos ou agentes políticos devem se submeter aos princípios da administração pública. Assim, essas contas não poderiam, por exemplo, bloquear usuários ou excluir mensagens. Porém, a nova versão do texto incluiu a possibilidade de que um político que possua mais de uma conta ou perfil possa indicar qual delas será a “oficial”, e que por isso ficará submetida às regras da administração pública. As demais serão consideradas “pessoais” e nelas o político não precisará seguir as regras determinadas para as contas oficiais.

Outra alteração foi a extensão da imunidade parlamentar a opiniões e posicionamentos emitidos por meio das redes sociais. Assim, da mesma forma como os parlamentares são protegidos juridicamente quando discursam oficialmente na Câmara ou Senado, também o serão em suas postagens nas redes sociais. Já em relação ao uso político de aplicativos de mensagens, como Telegram e WhatsApp, houve poucas mudanças.

O texto manteve a proibição de que contas comerciais sejam usadas para finalidade de propaganda eleitoral e partidária e a exigência de que as plataformas limitem a distribuição massiva de conteúdos e mídias, independentemente do tema. Igualmente, foi mantida a proibição da venda de softwares, plugins e quaisquer outras tecnologias que permitam disseminação massiva de conteúdos. Como em outros trechos da lei, não há especificação do que se deve considerar como “massivo”.

Indefinições permanecem
Problemas antigos presentes na edição anterior do texto permanecem na nova redação, como a falta de precisão de termos. Mesmo sendo chamado de “PL das Fake News”, em nenhum momento o texto menciona ou explica o termo “fake news”. No artigo 36 do projeto, por exemplo, é considerado crime “promover ou financiar, pessoalmente ou por meio de terceiros, mediante uso de contas automatizadas e outros meios ou expedientes não fornecidos diretamente pelo provedor de aplicações de internet, disseminação em massa de mensagens que contenha fato que sabe inverídico que seja capaz de comprometer a higidez do processo eleitoral ou que possa causar dano à integridade física e seja passível de sanção criminal. Pena: reclusão, de 1(um) a 3 (três) anos e multa”.

Mas não há especificação de qual seria o número de disparos necessários para se considerar uma “disseminação em massa”. Também não há explicação sobre quais critérios seriam usados para definir a veracidade ou não de algum fato. Do jeito como está, o texto pode criminalizar, por exemplo, quem questionar ou apresentar dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Para a advogada Thaís G. Pascoaloto Venturi, doutora em Direito das Relações Sociais, o novo texto ainda tem pontos que precisariam de mais discussão, especialmente para buscar uma maior conformidade com o Marco Civil da Internet e a Lei de Proteção de Dados. Ainda assim, ela vê a lei como necessária. “Como acadêmica e professora de Direito, não tenho dúvida de que seria necessário mais discussão e análise do texto, mas, por outro lado, as redes sociais não podem continuar a exercer esse impacto absurdo sem nenhum tipo de regulamentação”, avalia.

Ela salienta que o projeto praticamente copia trechos de outras legislações, como o Online Safety Bill, da Inglaterra, e o Digital Services Act, aprovado recentemente pelo Parlamento Europeu, em relação ao Comitê Gestor da Internet, mas deixa de lado questões importantes, como a previsão de maior autonomia do órgão. “Lá fora os comitês têm uma autonomia muito grande também para fiscalizar a atuação das redes, o que não é previsto aqui”, explica.

Big Techs são contra projeto
Para a advogada, uma das alterações mais polêmicas é a que prevê a remuneração de empresas de conteúdo jornalístico. De acordo com o artigo 38 do projeto, textos, vídeos, áudio ou imagem produzidas por veículos de comunicação e usadas pelos provedores deverão ser remunerados. Entretanto, o texto diz que os critérios para isso, como forma de aferição de valores, negociações e resolução de conflitos, ainda dependerão de outra regulamentação. O texto não deixa claro de quem será a responsabilidade de fazer essa regulamentação e nem estabelece um prazo para isso.

É justamente a questão sobre remuneração dos veículos de comunicação que mais têm gerado resistência por parte das plataformas de tecnologias – as Big Techs. Em fevereiro deste ano, uma carta conjunta assinada pelo Facebook, Instagram, Google, Mercado Livre e Twitter, mesmo reconhecendo “os esforços do Congresso Nacional na formulação de uma proposta de lei que ofereça à sociedade meios eficientes de lidar com o problema”, disse que a nova lei seria uma “potencial ameaça para a Internet livre, democrática e aberta que conhecemos hoje e que transforma a vida dos brasileiros todos os dias”.

Conforme as empresas, o projeto pode restringir o acesso das pessoas “a fontes diversas e plurais de informação”, além de desestimular as plataformas a tomar medidas para manter um ambiente saudável online e ainda “causar um impacto negativo em milhões de pequenos e médios negócios que buscam se conectar com seus consumidores por meio de anúncios e serviços digitais”.

Segundo a carta, o projeto não é claro em relação aos critérios para definir o que são veículos de imprensa elegíveis a receber pelas notícias publicadas nas plataformas e nem leva em conta as parcerias já existentes entre plataformas e veículos. “Isso pode acabar favorecendo apenas os grandes e tradicionais veículos de mídia, prejudicando o jornalismo local e independente, e limitando o acesso das pessoas a fontes diversificadas de informação”, argumentam.

Com o anúncio de que o PL das Fake News pode ser votado em breve, as plataformas subiram o tom crítico. O Google, por exemplo, publicou materiais publicitários contra a proposta em jornais impressos como O Globo, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, e Correio Brasiliense alegando que o projeto poderá obrigar a empresa a financiar notícias falsas. Em texto publicado na página do Google, o presidente da empresa no Brasil, Fábio Coelho, disse que o PL das Fake News poderia promover a disseminação de mais notícias falsas no Brasil e ainda resultar “uma péssima experiência para os brasileiros buscando informações em mecanismos de pesquisa na internet”.

“A proposta exige o pagamento por conteúdos jornalísticos utilizados por plataformas de tecnologia. Sem uma definição precisa do que deve ser considerado conteúdo jornalístico ou de como ele seria utilizado, o Google seria obrigado a pagar a produtores de conteúdo apenas por exibir seus sites nos resultados de pesquisa. Do jeito que está, o projeto prejudica profundamente o funcionamento de um serviço gratuito e aberto que foi construído para atender a todos”, justificou Coelho.

Já para o relator do projeto, Orlando Silva, as Big Techs estariam mentindo e usando seu poder econômico para tentar atrasar a tramitação do projeto. Em sua conta no Twitter, o deputado escreveu que “verdade é que o Google usa conteúdo alheio para enriquecer, não tem ética e nem solidariedade com quem produz informação. Querem ganhar sozinhos”, afirmou o deputado.


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O MUNDO ABOLIU O VOTO OBRIGATÓRIO E O BRASIL NÃO

 

Eleições

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Voto obrigatório é um dos “direitos” legados pela Constituição Cidadã de 1988 aos brasileiros.| Foto: Abdias Pinheiro/TSE

De todas as deformidades impostas ao Brasil pela Constituição de 1988, poucas são tão estúpidas quanto o voto obrigatório. O que se entende por “democracia brasileira”, como nos provam todos os dias o ministro Alexandre de Moraes e seus colegas do Supremo Tribunal Federal, é apenas uma contrafação – basicamente, uma salada de regras que dá poderes de ditador (e nenhuma responsabilidade) a gente como eles e outros ocupantes dos galhos mais altos da máquina do Estado.

É inevitável, assim, que se multipliquem como ratos os assaltos do aparelho estatal às liberdades individuais dos cidadãos. Um deles, o voto obrigatório, tornou-se especialmente absurdo neste momento, em que o naufrágio da terceira via entre Bolsonaro e Lula está deixando muita gente sem candidato para as eleições presidenciais de 2022. As pessoas não querem votar em ninguém. Mas são obrigadas a ir até a seção eleitoral para apertar o botão de uma máquina que mostrará, se tudo correr bem, que elas não querem votar em ninguém.

Por que raios o cidadão tem de votar se ele não quer votar em nenhum dos candidatos disponíveis? Já é um delírio, do ponto de vista puramente mental, que alguém seja obrigado a exercer um direito – é mais ou menos como obrigar o sujeito a se casar, ou a ir à missa, ou a guiar um carro. Direito é uma coisa, obrigação é outra: direito é sair de casa quando você quiser, obrigação é pagar imposto.

Mas os pais da pátria que empurraram essa Constituição para cima do Brasil misturaram de propósito as duas coisas. De um lado, queriam obrigar as pessoas a votar para explorarem, em seu favor, a ignorância maciça da maior parte dos eleitores. De outro, quiseram criar mais um mandamento para reforçar a situação de vassalo que o cidadão brasileiro tem em relação ao Estado.

Não há nada mais hipócrita do que ouvir um magnata que anda por aí dando entrevista, ou um “cientista político”, ou um desses editoriais edificantes que a imprensa publica sobre o voto obrigatório. Todos dizem que a obrigação de votar “protege” e “melhora” a democracia. Mentira. Ele apenas protege e melhora a vida dos que, de um jeito ou de outro, mandam na máquina pública – ao impedir que abstenções extremas deixem claro o desprezo fundamental da população brasileira por seus políticos e suas instituições. Não existe voto obrigatório em nenhuma democracia séria do mundo. Por que teria de existir no Brasil?

Neste momento, o que a Constituição e as elites que mandam na vida pública estão impondo é um disparate. “Você, que não quer votar em nenhum dos candidatos, tem o direito de votar em branco ou anular o seu voto”, dizem. “Não perca a oportunidade de exercê-lo no dia da eleição, sob pena de multa e de outras perseguições mesquinhas por parte dos agentes do Estado”.

Mas não seria muito mais simples, nesse caso, o sujeito ficar em casa, ou fazer o que lhe der na telha, como ocorre em todos os países realmente democratas? É óbvio que sim. Só que aqui não pode ser assim, porque nós temos uma “Constituição Cidadã”. Nosso direito é obedecer. Vivemos sob o comando de ditadorzinhos. Este é o Brasil 2022.


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GUERRA NÃO SE RESOLVE TOMANDO CERVEJA NO BUTECO

Ucrânia

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

AME7648. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 30/03/2022.- El expresidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva participa hoy en la conferencia “Igualdad y el Futuro de América Latina”, durante la clausura del encuentro internacional Democracia e Igualdad, en la Universidad Estatal de Río de Janeiro (Brasil). EFE/André Coelho

Ex-embaixatriz da Ucrânia no Brasil considerou desrespeitosa a fala do ex-presidente Lula sobre a guerra.| Foto: André Coelho/EFE

A ex-embaixatriz da Ucrânia no Brasil, Fabiana Tronenko, que é brasileira e pertence à colônia ucraniana no Paraná, ficou indignada com uma fala do ex-presidente do Brasil, Lula, a respeito da guerra, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Lula disse que para obter a paz, ele convocaria o Putin, o Zelensky e o Biden para tomar uma cerveja. Se fosse o caso tomariam duas, três, quatro, cinco, seis, todas as garrafas de cerveja existentes e no final chegariam à paz. Não sei se o pessoal recebeu isso como piada, mas não era piada. Todo mundo aplaudiu e achou uma maravilha.

Tronenko fez um post nas redes sociais dizendo que achou horrível e um desrespeito à Ucrânia que um assunto tão sério seja tratado dessa forma. Ela é casada com um diplomata de carreira ucraniano e ambos têm uma filha. Eles estavam na Ucrânia quando começou a guerra e ele disse que ficaria para defender o país. Ela retornou ao Brasil.

Fim da janela partidária
Vejam o resultado do troca-troca na Câmara: 135 deputados mudaram de partido. O político vai para o lado que ele acha que vai ganhar, que vai ter a força. Então de 135, a maior parte, 79 deputados, foram para os partidos que apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro: Republicanos, Progressistas e principalmente o Partido Liberal. Para o lado de Lula, só três. O PL, partido de Bolsonaro, ganhou 32 a mais. O PT, um.

A conclusão a que eu chego é que os deputados federais, que são políticos experientes, não acreditam em pesquisa de opinião, se não, iriam para o outro lado.

Tornozeleira sob suspeita

Interessante o que está acontecendo com a tornozeleira que botaram no deputado Daniel Silveira. Segundo sua defesa, ela parece ter vida própria: emite sons e se mexe. Por isso, foram pedir para trocar. Eles estão desconfiados de que não se trata de uma simples tornozeleira localizadora, mas também de uma escuta.

Dia D no Senado
O plenário do Senado terá que decidir hoje se chama o ministro do STF Alexandre de Moraes para prestar esclarecimentos sobre alguns inquéritos que conduz sem a participação do Ministério Público. O senador Eduardo Girão, autor do requerimento, conseguiu 27 assinaturas, mais que o mínimo necessário. Ele alega que tais inquéritos não seguem o devido processo legal.

Porque só se viu uma vez em que o ofendido investiga, denuncia, julga e executa. Foi em 1954, a chamada República do Galeão, que resolveu investigar por conta própria a morte do Major Rubens Florentino Vaz, cometida por capangas da segurança do então presidente Getúlio Vargas.


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RÚSSIA MATA CIVÍS EM BUCHA NA UCRÂNIA

 

 AFP

Nas valas comuns improvisadas ou no meio das ruas, os cadáveres estão em todas as partes da cidade ucraniana de Bucha, ao noroeste de Kiev, onde os moradores continuam chorando por seus mortos após a retirada das tropas russas.Corpo parcialmente enterrado em fossa coletiva na cidade ucraniana de Bucha© Sergei SUPINSKY Corpo parcialmente enterrado em fossa coletiva na cidade ucraniana de Bucha

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que as autoridades russas devem ser consideradas responsáveis por “assassinatos” e “torturas” em Bucha, onde as descobertas macabras geraram indignação na Europa e nos Estados Unidos. 

Liuba, de 62 anos, leva um vizinho para uma fossa encharcada atrás de uma igreja. Ele não tem forças para ver se o seu irmão está no local, como alguns boatos indicam.

Cinquenta e sete pessoas foram enterradas de forma superficial nesta vala comum, afirmou um funcionário do município à AFP. Mas apenas uma parte dos corpos pode ser observada.

Alguns estão em sacos mortuários. Outros, com trajes civis, foram parcialmente enterrados. Os moradores da cidade observam os corpos em posições estranhas, uma mão pálida, um pé calçado com uma bota, expostos à neve que afeta a cidade nos arredores da capital.

Um cadáver está envolvido por um lençol vermelho e branco, perto de uma única sandália feminina rosa.

O vizinho de Liuba recua e depois cai. Ele não consegue se aproximar da vala.

“Estas feridas nunca serão curadas”, afirma Liuba. “Não desejo isso a ninguém, nem ao meu pior inimigo”.

– “Absolutamente necessário” – 

Perto do local, ao longo de uma estrada estreita cercada de casas destruídas, quatro homens circulam em uma caminhonete desviando dos corpos.

No fim de semana, um correspondente da AFP observou ao menos 20 corpos, todos com trajes civis, espalhados por uma rua.

Três corpos estavam presos a bicicletas, outros próximos a veículos esmagados ou com marcas de tiros. Um cadáver estava com as mãos amarradas às costas.

Vitalii Shreka, de 27 anos, e seus colegas levantam um cadáver para colocá-lo em um saco mortuário.

Eles inspecionam com cuidado cada corpo, procurando um documento de identidade, antes de levar a vítima para a caminhonete.

Também evitam que os cães se aproximem dos cadáveres.

“Temos que fazer isto. O que fazemos é absolutamente necessário”, explica Vladyslav Minchenko, de 44 anos, diante de um corpo. 

Serhii Kaplychnyi, um funcionário do governo municipal cidade, conta que ele e seus colegas não conseguiram enterrar os mortos durante o breve período de ocupação russa. 

“Muitas pessoas morreram por tiros ou estilhaços de granadas, mas no início não estávamos autorizados a enterrá-los”, explica à AFP. “Eles nos disseram para deixar os corpos enquanto estava frio.”

Os russos terminaram permitindo que reunissem os corpos. “Cavamos uma grande fossa coletiva com a ajuda de um trator e depois os enterramos” recorda.

Agora ele coordena os esforços para encontrar os cadáveres por toda a localidade.

Após a saída dos russos, os soldados se abraçam, os moradores exibem bandeiras ucranianas e os comboios de ajuda chegam à cidade.

Serhii Kaplychnyi, no entanto, não esquece as cenas das últimas semanas. Ele recorda em particular um dia em que seus colegas encontraram 10 pessoas que foram assassinadas com tiros na cabeça.

“Aparentemente havia um franco-atirador que estava se divertindo”, comenta, tentando conter as lágrimas.

Os funcionários da cidade não foram os únicos que atuaram como coveiros improvisados. Vários moradores fizeram o possível para proporcionar uma sepultura provisória aos vizinhos, em jardins ou outros lugares.

“Havia uma rede de esgoto antiga, fora de uso. Alguns cadáveres também foram deixados lá. Agora vamos buscá-los”, disse.

ESTILOS PARA SE VESTIR BEM

 

Ana Letícia Rezende

Consultora explica que é preciso se autoconhecer e traz cinco passos para entender a sua imagem

Nem sempre encontrar um estilo que reflita a nossa personalidade e mantenha ao mesmo tempo a nossa imagem profissional é uma tarefa fácil. Por isso, muitas mulheres procuram ajuda profissional para resolver esse dilema e conseguir projetar a verdadeira imagem com a qual gostariam.

“Para compreender a imagem que você gostaria de comunicar, primeiro é necessário compreender quem somos, como nos enxergamos e nos sentimos ao nos olharmos no espelho e deixar o nosso estado interno refletir a nossa imagem”, é o que explica a consultora de imagem e estilo Ana Leticia Rezende, que atende mulheres que ocupam muitas vezes cargos de liderança.

Como parte de seu trabalho, Ana Leticia constrói uma estratégia da imagem para a cliente, fazendo com que este passe por um processo completo de autoconhecimento, que vai muito além das roupas. 

Dessa forma, a consultora dá cinco dicas do que ela chama de “passos para se vestir de si”:

1 – Busque referências – Para a consultora, estilo é a forma de dizer quem você é sem precisar dizer nada.

Uma dica é refletir porque certas pessoas são suas referências de estilo? Por que elas te inspiram? Quais características te chamam mais atenção? Como você gostaria de ser notada?

2 –Se conheça

Esse segundo passo é essencial principalmente em um mundo cheio de rótulos. Apesar de não ser uma tarefa fácil, é preciso passar por um processo de autoconhecimento profundo. Pergunte a si mesma: Como você se sente ao se olhar no espelho? Será que você se veste de forma que expresse toda essa potência que tem aí dentro de você?

3 – Qual mensagem quer transmitir?

Esse tópico é essencial para a imagem profissional. Para montar um look é preciso pensar em algumas variáveis como: sua rotina de vida, qual a ocasião e o ambiente em que será usada aquela roupa, qual nível de formalidade da ocasião, qual é a sua agenda do dia, como é a cidade em que vive, como é seu ambiente de trabalho?

“Linhas curvas, cores suaves e claras, tecidos fluidos que tenham caimento leve como renda ou o algodão por exemplo são elementos que comunicam acessibilidade. Por outro lado, linhas retas, cores escuras e sóbrias, peças em alfaiataria transmitem autoridade. Tecidos nobres como seda, linho, cashmere, tom sobre tom e acessórios como joias ou com um design diferenciado transmitem sofisticação”, exemplifica.

4 – Harmonia das cores e suas mensagens

As cores das roupas também representam uma ótima ferramenta para transmitir mensagens e construir um look com bossa e harmonia. Cores monocromáticas, por exemplo (que são a combinação de cores da mesma família) podem variar a tonalidade e intensidade, transmitindo um visual elegante e sofisticado. Mas dependendo do seu estilo e personalidade, você poderá também fazer uma combinação complementar o que é ideal para pessoas que gostam de um visual fora do lugar comum e com mais criatividade.

5 – Como compor um look?

Finalizando, o look harmônico é aquele que é agradável de se olhar. Para se ter harmonia é preciso ter um ponto comum nos elementos pois os olhos buscam conexão.

“Essa harmonia pode se dar pela combinação de cores, formas, linhas, texturas e padronagens. O importante é a cliente me passar qual o seu objetivo para fazermos uma consultoria personalizada”, conclui.

NA LOJA VIRTUAL VOCÊ TEM QUE CONVENCER O PÚBLICO A COMPRAR

 

Galleger Ilhe

No meio físico, consolidar uma marca não é algo que se faz do dia para a noite. Na internet não é nada diferente disso, a credibilidade leva tempo para ser consolidada. Mas algumas ações assertivas, combinadas com trabalho duro e dedicação, podem render resultados positivos. Afinal, você não pode ficar esperando o cliente decidir comprar na sua loja. Não adianta se questionar o porquê a loja virtual não vende se você não está fazendo o mínimo para convencer o seu público a comprar.

Existem soluções simples que podem alavancar as vendas de quem está buscando evoluir a loja virtual. São pequenos fatores que podem ser a razão pela qual a sua loja virtual não vende, confira alguns:

Falta de segmentação

Será que você está focando no público certo? Às vezes temos a ideia de que “o que cair na rede é peixe”, mas na internet a realidade é bem diferente. Se você não sabe quem é o seu cliente, não tem como se comunicar com ele. Isso faz com que sua loja virtual não seja focada no seu usuário. Pode parecer pouco, mas a falta de segmentação afasta muitos consumidores (ou não atrai) e sua loja virtual não vende tanto como você esperava.

O primeiro passo da venda é que seu público te conheça. Muitas empresas não têm uma comunicação ativa com seu consumidor. Dessa forma, não conhece seu público e não sabe o que ele quer comprar.

Por isso, identifique sua persona. Você não tem como vender se não sabe para quem está vendendo. Conheça seu cliente e suas dores, para acertar na comunicação e fazer com que ele identifique seu produto como uma solução para seu problema.

É preciso definir um nicho

Dentro do nicho de loja virtual de moda, por exemplo, tem várias segmentações possíveis. Se o proprietário desta loja não souber o seu público, provavelmente, sua loja virtual não vende como esperado.

Um segmento tem várias opções a se aventurar, no caso, o empreendedor definiu que a sua loja virtual seria de moda feminina. Mas, ainda assim, não basta para ter uma comunicação eficiente com o cliente, ele deve especificar mais o nicho.

A marca deve ser vista como referência em um nicho, no caso um estilo de roupa. Pois, ainda que seja focada em moda feminina, a loja virtual pode vender roupas infantis, roupa de ginástica, roupa para gestante, roupas de festa, entre muitos outros.

Definindo um nicho, será possível criar uma comunicação eficiente com seu público e com certeza vender mais. Definitivamente, ser especializado no seu produto é um diferencial competitivo que agrega mais valor à marca.

Seja acessível!

Muitas lojas virtuais perdem vendas porque não se colocam no lugar do cliente ao dispor as informações no site. Quando o cliente está navegando na loja e tem alguma dúvida que não consegue resolver pelo site, muitas vezes ele busca por outro meio de contato. Por isso, disponibilize diversos canais para o consumidor entrar em contato com a sua loja. Esses canais tem que atendê-lo da maneira que ele preferir, seja por meio do Instagram, Facebook, Whatsapp, chatbox ou e-mail. A questão é: esteja presente.

Também é interessante que você deixe um número de telefone fixo. Muitas pessoas ainda dão mais credibilidade para esse meio de contato e veem como o único em que elas podem confiar. Isso também mostra que a sua loja virtual não é feita apenas por “robozinhos”. Em alguns casos, ligar para o número e falar com “uma pessoa de verdade” transmite mais segurança na hora da compra.

O atendimento ao cliente é uma etapa que parece pequena, mas exige cuidado minucioso. Mas, veja bem, o cliente não pode ficar esperando, responda o mais rápido possível. De nada adianta ter diversos canais de atendimento e não atender em nenhum deles.

Imagem e descrição do produto falhas

Ao procurar um produto, nos deparamos com muitas descrições genéricas e incompletas. Isso, muitas vezes, não vai ser um fator excludente da compra, mas com certeza não vai te destacar diante dos concorrentes e pode ser o que está fazendo com que a sua loja virtual não vende mais do que você espera.

Se o preço não diferencia a sua loja, outros fatores devem fazê-lo. Quando um cliente entra na sua loja e na do concorrente e se depara com preços iguais, o que vai definir sua compra são os detalhes. Uma descrição bem feita, mostrando a versatilidade do produto e dicas de como usá-lo, combinado com imagem de boa qualidade, vai gerar mais confiança. Afinal, se quer fazer o consumidor comprar na sua loja, é preciso proporcionar mais que o básico.

Imagens de boa qualidade e de diversos ângulos são fatores obrigatórios ao postar um produto na internet. Os clientes são desconfiados. Oferecer a descrição detalhada e uma boa imagem vai facilitar a tomada de decisão. Vídeos geram engajamento e podem ser uma boa estratégia de convencer o cliente que o seu produto é bom, pois mostra o produto sob uma nova perspectiva.

Plataforma sem recursos

Se você está preocupado pensando porque a sua loja virtual não vende, você deve estar atento à experiência do seu consumidor. Uma loja virtual mal estruturada, com instabilidade e defeitos técnicos vai afastar o seu cliente.

Uma plataforma sem recursos vai travar o crescimento das suas vendas. Por isso, ao contratar um serviço de plataforma para loja virtual, você deve ficar atento a alguns pontos:

Facilidade em gerenciar a plataforma

Boa indexação

Segurança

Suporte eficiente

Integração facilitada

Personalização

Uma plataforma que não te ofereça versatilidade pode deixar você na mão e te dar muita dor de cabeça. Uma plataforma completa deve te oferecer suporte e possibilitar uma experiência incrível para o consumidor. Porque oferecer uma experiência ruim é um caminho sem volta para o cliente, pois ele não vai querer comprar em uma loja que não passa segurança.

Não investir em marketing digital

Muita gente lamenta que a loja virtual não vende, mas não investe em marketing digital, por achar que é um fator secundário. Desprezar o investimento em marketing é uma falha (das graves)! Porque ninguém vai comprar na sua loja se não souberem que ela existe. E o marketing é responsável por colocar a sua marca no mercado.

Claro que você não precisa gastar seu orçamento mensal apenas investindo em marketing digital. Pois, assim como o crescimento do seu negócio, a sua marca vai crescendo gradualmente.

Mas você precisa gerar tráfego para sua loja e o marketing vai te ajudar nessa missão. Ter controle sobre as plataformas Google Analytics e Google Adwards, por exemplo, deve fazer parte da sua gestão. Monitorar as campanhas que serão geradas no marketing, como produção de conteúdo e anúncios, é fundamental para entender o andamento do seu negócio. O marketing digital:

Garante presença online

Mensura e controla as ações da empresa

Ajuda a atrair clientes

Assegura credibilidade no mercado

Possibilita deixar sua empresa à frente dos concorrentes

Ajuda no direcionamento das ações

Propõe engajamento com o consumidor

Sua loja virtual não pode ficar no offline dessas ações. Assim, é o marketing digital que vai basear a sua posição no mercado e ajudar a vender mais.

Poucas formas de pagamento

Quantas formas de pagamento você disponibiliza na sua loja virtual?

Não adianta se questionar “porque minha loja virtual não vende?” e não facilitar a compra para o seu cliente. Dessa forma, disponibilizando, ao menos, três diferentes formas de pagamento as chances do consumidor efetuar a compra é muito maior.

Mas, é claro, isso varia de acordo com a sua realidade e o seu nicho, mas uma coisa é certa: você deve oferecer diferentes formas de pagamento para atender o formato que o seu público quer pagar.

Se o seu ticket médio for alto, é interessante pensar em formas personalizadas de proporcionar o pagamento (como boleto + cartão, por exemplo). Pois pode ser que o seu cliente não tenha limite em um só cartão para realizar a compra.

Em lojas virtuais de móveis é bem comum utilizar essa opção mesclada de pagamento. Entretanto, você deve avaliar o que será mais benéfico para o seu cliente.

Falta de credibilidade

Como é vista a sua loja virtual no mercado? Sem credibilidade, os consumidores vão apenas navegar e não concretizar a compra na sua loja. Dessa forma, você deve passar segurança para o cliente realizar a compra e fazer a sua loja virtual vender.

As avaliações podem ajudar muito nesse processo de gerar uma rede de confiança com seu consumidor. Deixe as avaliações dos seus produtos à mostra no seu site. Mesmo as negativas, se você dedicar tempo a responder e justificar todos os erros, isso vai gerar uma boa visão da sua marca para os consumidores. Além disso, as boas avaliações criarão uma imagem positiva e orgânica, provando socialmente a credibilidade da sua loja virtual.

Criar uma aba, na loja virtual, com informações institucionais da sua marca pode ser um recurso eficiente para consolidar a loja virtual. Bem como colocar um pouco da história e dos valores da marca.

Quer aumentar as vendas na loja virtual?

Não há receita pronta que vá fazer você vender mais. Mas existem alguns fatores comuns que podem ser os motivos pelos quais a sua loja virtual não vende. São eles: a falta de segmentação, a falha na acessibilidade, a falta de cuidado com a imagem e descrição do produto, a plataforma sem recursos, a carência de investimento marketing digital, as poucas formas de pagamento e a falta de credibilidade.

Ao notar essas falhas, algumas estratégias podem ser trabalhadas, ampliando o engajamento com o seu público e o processo de compra. Se você quer aumentar as vendas na sua loja virtual, antes de qualquer coisa, coloque-se no lugar do cliente.

Você já fez uma compra na sua própria loja virtual? Comece por aí. Simule uma compra, navegue na sua loja. O que você sente falta no processo de compra? Teste as formas de pagamento, o cálculo do frete, o cadastro e o checkout. Afinal, você deve entender as necessidades do usuário.

Quais são suas dificuldades? Entenda se o motivo pelo qual ele não compra na sua loja virtual é alguma disfuncionalidade da sua operação ou porque ele não te acha facilmente. A partir daí, será possível criar estratégias, executá-las com mais precisão e obter resultados incríveis.

Para isso, pense como seu cliente. Afinal, vender é algo simples, não fácil, mas simples. Com cautela e investimento nos pontos corretos, você não precisará mais se questionar porque sua loja virtual não vende, pois será algo que passa bem longe da sua realidade.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 100.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 1.000.000 de pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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