domingo, 27 de março de 2022

TSE GASTA MILHÕES PARA COMBATER NOTÍCIAS FALSAS

 

Em ano de eleição, Corte faz parcerias para enfrentar problema

Alessandra Monnerat, Samuel Lima e Gustavo Côrtes, especial para o Estadão, O Estado de S.Paulo

Em um de seus primeiros atos como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin determinou a criação de uma assessoria especial incumbida da gestão do Programa de Enfrentamento à Desinformação – lançado em 2019, mas que só ganhou status de permanente em agosto passado. A medida faz parte do esforço para coibir o que, hoje, são vistas por Cortes Superiores como as principais ameaças às eleições de outubro e à normalidade do processo democrático: as informações enganosas.

O grupo de trabalho é composto por sete integrantes de diferentes áreas, como direito, computação, ciência política e tecnologia de dados. A tarefa é tornar mais ativa a atuação do TSE contra mentiras, em vez de respondê-las depois que elas já tomaram a internet. 

Até outubro, quando os eleitores brasileiros irão às urnas, os tribunais regionais eleitorais deverão atualizar estruturas similares. “Todas as energias do TSE, enquanto instituição, estão voltadas à questão da desinformação e da erosão democrática por meio das fake news”, disse a secretária-geral da presidência da Corte, Christine Peter. Ela afirmou que servidores do órgão têm recebido treinamento e orientações com a ajuda de instituições aliadas do programa.

A iniciativa constituiu uma comunidade de mais de 70 organizações parceiras, como o Estadão Verifica – serviço de checagem de fatos do Estadão – e outros organismos que fazem trabalho semelhante. Empresas de telefonia, redes sociais, institutos de pesquisa e órgãos públicos também participam da coalizão. Desde dezembro, publicações no Facebook e no Instagram com conteúdo referente às eleições acompanham o “Rótulo Eleitoral”, um aviso por meio do qual internautas podem acessar as fontes oficiais com um clique. 

Resultado de uma parceria do TSE com a Meta, empresa que administra as redes sociais, o projeto levou a um aumento de dez vezes no volume de acessos ao portal da Corte em janeiro e fevereiro em relação a outubro e novembro do ano passado, antes da implementação do rótulo. De acordo com levantamento do órgão, houve 1,4 milhão de visitas ao site no primeiro bimestre. 

TSE quer ter postura ativa no combate à desinformação
‘Todas as energias estão voltadas à questão da desinformação e da erosão democrática por meio das fake news’, diz Christine Peter, do TSE.  Foto: Dida Sampaio/Estadão (07/10/2018)

Parcerias

O TSE ainda busca ampliar o número de parcerias com empresas de tecnologia. O aplicativo de mensagens WhatsApp e as plataformas Google, Twitter e YouTube também aderiram ao projeto, assim como o TikTok, uma das novidades de 2022. Até o Telegram decidiu cooperar. No último dia 18, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes chegou a determinar o bloqueio da plataforma por descumprir decisões judiciais e ignorar contatos das autoridades brasileiras. A ordem de suspensão foi revogada após o Telegram cumprir as determinações do magistrado.

Na semana passada, Fachin havia enviado novo ofício ao CEO da companhia, o russo Pavel Durov, e ao escritório de advocacia Araripe & Associados, que tem procuração da empresa no Brasil, com convite de adesão ao Programa de Enfrentamento à Desinformação. Em pronunciamento público, no mesmo dia, o ministro fez um apelo para que fosse atendido.

“Os acordos em questão propiciam subjacentemente a abertura de canais para um diálogo direto e profícuo, necessário para garantir que a transgressão generalizada e sistemática dos limites da liberdade de expressão, notadamente na senda das práticas desinformativas e disseminadoras de ódio, não comprometa a eficácia do estado de direito, por meio da demissão do direito posto.”

O esforço da Corte resultou no anúncio do TSE, feito no dia 25: “O Telegram Messenger INC assinou termo de adesão ao Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no Âmbito da Justiça Eleitoral”. De acordo com o tribunal, a “parceria vai combater informações falsas sobre a Justiça Eleitoral, o sistema eletrônico de votação, o processo eleitoral e os atores nele envolvidos”.

Costurar acordos de cooperação como esse é fundamental para gerir o processo eleitoral, pois o TSE só pode implementar sanções ou medida judicial restritiva de direitos quando provocado, observou Christine Peter. “Oferecemos um incentivo à colaboração, porque ainda não temos legislação que permita atuação mais preventiva.

Aprovado pelo Senado e em trâmite na Câmara dos Deputados, o projeto de Lei das Fake News (PL 2630/2020) propõe medidas para coibir a disseminação de conteúdos de desinformação veiculados em plataformas com mais de 2 milhões de usuários. Apresentado pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), o texto prevê que redes sociais e aplicativos de mensagens devem excluir contas falsas, criadas “com o propósito de assumir ou simular identidade de terceiros para enganar o público”.

A ação seria permitida apenas em casos de páginas de humor e paródias. A proposta ainda pede a limitação do número de mensagens enviadas e remoção de conteúdos que infrinjam as leis. Críticos da proposta, por outro lado, advertem sobre o caráter vago de alguns trechos e manifestam preocupação com a liberdade de expressão e a privacidade.

‘Opinão’

Para a coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Mídia, Discurso e Análise de Redes Sociais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Raquel Recuero, as táticas de desinformação evoluíram desde as eleições de 2018 também como uma reação às medidas tomadas pelas plataformas para reduzir o alcance desses conteúdos, incluindo a suspensão de contas.

Uma das estratégias mais comuns, hoje, é a de espalhar mentiras com o verniz da “opinião” ou do “humor”, segundo ela. “A pessoa começa a dizer ‘olha, eu acho que a vacina não presta’, porque esse tipo de conteúdo problemático é mais difícil de se reconhecer e marcar (como falso nas redes sociais)”, afirmou.

A pesquisadora entende que a atuação do TSE e o trabalho de verificação ajudam a reduzir o problema da desinformação, mas não dão conta de resolvê-lo. “É preciso colaboração das plataformas e atenção dos tribunais, mas também de educação: ensinar o que é desinformação nas escolas e a pesquisar sobre aquele assunto em lugares que tenham algum fundamento”, disse Raquel.

Produtores de material enganoso driblam restrições nas redes

Pesquisadores temem pelo aumento de volume e alcance de conteúdos enganosos nas eleições de outubro. Além da proliferação de canais com milhões de seguidores em diferentes plataformas com níveis distintos de moderação, a produção desse material está mais treinada para driblar restrições e ser mais efetiva no público-alvo.

“Quem produz desinformação tem as mesmas ferramentas de análise de audiência que um veículo de comunicação usa. Eles podem testar novos modelos e dinâmicas o tempo todo”, afirmou o editor-chefe do Projeto Comprova, Sérgio Lüdtke. O Comprova reúne jornalistas de 40 veículos, incluindo o Estadão, para monitorar e investigar conteúdos suspeitos sobre eleições, políticas públicas e covid-19.

Para Lüdtke, a pandemia serviu como “pós-graduação” para agentes de desinformação que polarizaram os discursos e investiram em temas que envolvem emocionalmente os seguidores. Entram nessa lista conteúdos sobre vacinas, máscaras e isolamento social. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a chamar de “infodemia” a elevada circulação de informações desencontradas sobre a covid-19.

“A desinformação começa com uma dúvida, geralmente a partir de algo que tenha certa verossimilhança. Depois, vem a fase do questionamento e a tentativa de destruir o crédito e a confiança nas fontes. Isso tudo leva a um isolamento, a um contato reduzido com o contraditório”, disse Lüdtke.

Algoritmos

Por influência, em parte, do algoritmo das plataformas, as pessoas passam a interagir em “bolhas”, onde recebem conteúdos semelhantes diariamente e formam “convicções”. A partir de certo ponto, segundo Lüdtke, não é mais necessário enviar conteúdo claramente falso para enganá-las. “Podem simplesmente lançar dúvidas, que vão servindo para confirmar crenças.”

Produtores de desinformação passaram, então, a adotar modelos simples, fáceis de se reproduzir. O “viés de confirmação”, definido pelo The Trust Project como a tendência natural das pessoas de lembrarem, interpretarem ou pesquisarem informações para confirmar hipóteses já internalizadas, ajuda a explicar o fenômeno. Para analistas, a motivação por trás da produção de ruídos passa pela perspectiva de obter lucro, via monetização de canais, mas influência política, domínio do debate e interesse em promover o caos também são apontados como incentivos à prática.

BRASIL TEM O SEGUNDO PARLAMENTO MAIS CARO DO MUNDO

 

  1. Política 

Brasil tem o segundo Congresso mais caro do mundo, atrás apenas dos EUA; maior parte do orçamento vai para salários e benefícios do Legislativo

André Shalders, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – O Brasil tem o segundo Congresso mais caro do mundo, em números absolutos. Só o parlamento dos Estados Unidos – a maior economia do mundo – possui orçamento superior. É como se cada um dos 513 deputados e 81 senadores brasileiros custasse pouco mais de US$ 5 milhões por ano, o equivalente a R$ 23,8 milhões na cotação da última sexta-feira. Os dados, aos quais o Estadão teve acesso, são a conclusão de um estudo de pesquisadores das universidades de Iowa e do Sul da Califórnia e da UnB.

Numa relação com a renda média dos cidadãos, o Poder Legislativo no Brasil é o primeiro em despesas. O gasto com cada congressista corresponde a 528 vezes a renda média dos brasileiros. O segundo lugar é da Argentina. Lá, cada congressista custa o equivalente a 228 vezes a renda média local. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores compararam o orçamento dos parlamentos e congressos de 33 países, compilados pela União Parlamentar Internacional (IPU, na sigla em inglês); o Banco Mundial e o escritório do FED (o Banco Central dos EUA) em St. Louis (no Estado do Missouri).

Em 2020, o orçamento da Câmara e do Senado brasileiros somaram US$ 2,98 bilhões – ou 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Nos Estados Unidos, o valor total chegou a US$ 4,73 bilhões, o que representa apenas 0,02% de tudo que o país produziu naquele ano. O terceiro lugar em gastos totais ficou com o Japão (US$ 1,12 bilhão, ou 0,02% do PIB), seguido pela Argentina (US$ 1,1 bilhão).

Congresso Nacional
Congresso Nacional: folha de pagamento cara e extensa.  Foto: Dida Sampaio/Estadão – 23/7/2021

“Tem uma frase do professor Barry Ames, no livro The Deadlock of Democracy in Brazil (O impasse da democracia no Brasil), segundo a qual a tragédia do sistema político brasileiro não é que ele beneficie as elites, e sim que ele beneficia a si próprio”, diz o pesquisador Luciano de Castro, que é professor associado na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. “Você tem uma situação em que o sistema político trabalha, em grande parte, para se beneficiar”, ressaltou. Além de Castro, o artigo é assinado por Odilon Câmara (Universidade do Sul da Califórnia) e Sebastião Oliveira, da Universidade de Brasília (UnB).

Câmara

Em 2022, os gastos do Legislativo brasileiro continuarão elevados. Juntos, Câmara, Senado e Tribunal de Contas da União têm R$ 14,5 bilhões de orçamento autorizado. O maior limite de gastos é o da Câmara (R$ 6,95 bilhões), seguido pelo Senado (R$ 5,1 bilhões) e o Tribunal de Contas (R$ 2,4 bilhões) – apesar do nome, este último não é parte do Poder Judiciário, e sim um órgão de assessoria do Legislativo. O valor corresponde a pouco mais de US$ 3 bilhões, na cotação de sexta-feira.

O orçamento à disposição do Legislativo este ano é maior que o de quatro ministérios somados: Comunicações (R$ 4,2 bilhões); Meio Ambiente (R$ 3,6 bilhões); Turismo (R$ 3,5 bilhões) e Mulher, Família e Direitos Humanos (R$ 947 milhões). Também é maior que o montante disponível para o Ministério Público da União (MPU), de cerca de R$ 8 bilhões.

A maior parte do orçamento do Legislativo irá para o pagamento dos salários e benefícios de congressistas e servidores: R$ 6,43 bilhões. Só para a assistência médica e odontológica são R$ 495 milhões. O segundo maior gasto é com aposentadorias e pensões, totalizando R$ 5,5 bilhões. Além disso, Câmara e Senado dispõem de quatro superquadras residenciais inteiras em Brasília para os apartamentos funcionais: em 2022, há R$ 21 milhões reservados para a manutenção desses imóveis. Se o congressista decidir não morar num desses imóveis, pode requisitar o auxílio-moradia: são R$ 10,5 milhões reservados a esta finalidade neste ano.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=2VapRQ

Além de custar caro, a folha de pagamento do Legislativo federal é extensa, somando mais de 20 mil pessoas. Dos três órgãos, a Câmara é de longe o que possui a maior força de trabalho. Atualmente são 14.778 servidores comissionados, efetivos (concursados) e estagiários, sendo o maior grupo o dos assessores dos gabinetes (10.821), os chamados secretários parlamentares. No Senado há outros 6.132 servidores, sendo a maioria (4.121) de comissionados. Já o TCU conta com outras 831 pessoas na força de trabalho.

‘Dinheiro’

Ao Estadão, o analista político e professor da Fundação Dom Cabral Bruno Carazza disse acreditar que a origem das distorções mostradas no estudo é o fato de o Legislativo brasileiro ter a última palavra na definição do Orçamento Público – e o fato de que este poder não é sujeito a controle externo. “Os próprios parlamentares definem o Orçamento do Legislativo e também os montantes do fundo eleitoral e partidário. E como não há nenhum outro Poder para fazer o contrapeso, o que a gente observa é que esses valores estão crescendo ano após ano. Isto torna a política cada vez mais atraente: há mais dinheiro no sistema político-partidário e com controles cada vez mais frouxos”, disse.

Atualmente envolvida num estudo no Capitólio, em Washington, sobre o funcionamento do legislativo americano, a doutora em ciência política pela Syracuse University, de Nova York, Beatriz Rey avalia que seria preciso qualificar a forma como cada Congresso gasta para evitar comparações indevidas. “Como se trata de um ranking de estatística descritiva, há fatores que podem impactar esse montante de gastos nos Legislativos e que os autores não estão levando em consideração. Por exemplo: o processo orçamentário em cada um desses países é muito diferente.”

A assessoria da Câmara disse que não comenta pesquisas científicas. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o primeiro-secretário da Câmara, o deputado Luciano Bivar (União-PE), foram procurados, mas não se pronunciaram.https://open.spotify.com/embed/episode/3zxFxnndcFLIkQtOByMr5A?utm_source=generator

Prerrogativas às quais os deputados têm direito

Cota parlamentar

Cada deputado federal tem direito a uma quantia para gastar ao longo do mês com despesas como alimentação, passagens aéreas, aluguel de veículos e divulgação do mandato (como impressão de materiais gráficos e envio de mala direta para eleitores).

Montante

O valor varia conforme o Estado – quem é de locais mais distantes recebe mais. O menor montante é o do Distrito Federal (R$ 30,7 mil) e o maior, o de Roraima (R$ 45,6 mil). O saldo não utilizado em um mês pode ser aproveitado no seguinte, mas não de um ano para o outro.

Assessores

Cada deputado dispõe de R$ 111,6 mil para contratar assessores. O número desses auxiliares pode variar de 5 a 25 profissionais, e os salários vão de R$ 1.025 a R$ 15,6 mil. A jornada é de 40 horas semanais, e os assessores podem trabalhar tanto nos gabinetes em Brasília quanto nos Estados.

Reembolso de saúde

Deputados e assessores dispõem do Departamento Médico da Câmara para atendimentos básicos nas dependências da Casa. Os deputados também podem pedir reembolsos por procedimentos médicos no valor de até R$ 135,4 mil.

Salário e aposentadoria

O salário de um deputado é de R$ 33,7 mil. Em novembro de 2019, a emenda constitucional da reforma da Previdência acabou com a aposentadoria especial para os novos deputados federais, e alterou regras para quem já está inscrito no Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). No PSSC, a contribuição dos deputados é de R$ 5,5 mil, e a Câmara contribui com o mesmo valor.

Auxílio-moradia e imóveis funcionais

A Câmara possui 432 apartamentos funcionais distribuídos em quatro quadras residenciais de Brasília (duas na Asa Sul e duas na Asa Norte). Quem opta por não morar no apartamento funcional recebe o auxílio-moradia, no valor de R$ 4.253. Este montante pode ser pago como reembolso, mediante apresentação de um recibo; ou em espécie.

LIÇÕES PARA COLABORADORES E GESTORES

 

*Gabriel Kessler – CGO do Dialog.ci

Em 2020 e 2021 o cenário econômico global foi afetado por causa da pandemia – a qual deixou grandes lições para gestores de negócios. Para se ter uma ideia, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) sofreu uma queda histórica de 9,7% no segundo trimestre de 2020.

Assim, as empresas tiveram que enxergar novas possibilidades de crescimento em meio a dificuldades, sendo que uma delas foi o fortalecimento da relação empresa-colaborador e da cultura organizacional.

Esses dois pontos são extremamente importantes dar esteio a empresas de todos os portes em momentos de crise. Uma lição foi a valorização da comunicação entre funcionários e gestores de forma remota e constante para evitar ruídos e desalinhamentos que pudessem interferir no desempenho das tarefas.

Abaixo, listo as 10 lições que os colaboradores aprenderam em 2021. Confira:

1. Tecnologia e equipes estruturadas têm de ter total foco no cliente e na resolução de possíveis problemas.

2. Planejamento com opções A, B e C são fundamentais para um bom andamento das corporações nesse momento de readaptação.

3. Lidar com novas gerações de colaboradores requer da liderança entendê-las e, sobretudo, as engajar. Acredito que o uso de tecnologias e formatos que se assemelham com redes sociais são boas alternativas nesse sentido.

4. Conhecer colaboradores significa também gerar e analisar métricas de alcance, absorção e engajamento.

5. Encontrar influenciadores internos é um benefício, já que todas as empresas têm alguns colaboradores que são mais “populares”. Esse colaborador pode ajudar tanto no processo de comunicação dentro da empresa, quanto engajar outros colegas.

6. Flexibilização em relação à quantidade de dias que o colaborador precisa estar presente no escritório. Hoje, o modelo híbrido é bem mais aceito no mundo corporativo e há ferramentas que contribuem para manter a cultura organizacional em pleno funcionamento.

7. O colaborador precisa conhecer diferentes setores e unidades da empresa e incentivá-lo a publicar conteúdos em canais horizontais de comunicação interna, descentralizando a função que normalmente é atribuída a um único departamento, criando uma cultura de comunicação horizontal.

8. A contratação de novos talentos para as empresas passou por uma implantação de processos realizados de forma remota no recrutamento, no onboarding e no engajamento do dia a dia.

9. Uma preparação adequada na política de trabalho remoto fez toda a diferença para desenvolver planos de contingência no gerenciamento das equipes que trabalhavam de forma remota.

10. Para finalizar, considero importante também ressaltar que a comunicação da empresa pode andar de forma integrada com o RH. As redes sociais corporativas também tornaram possível entregar métricas aos gestores de RH e ter uma visão clara do alcance, absorção e eficácia dos comunicados internos.

 A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

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sábado, 26 de março de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA COMPLETA UM MÊS

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Alemães protestam contra Vladimir Putin, em Munique| Foto: EFE

A invasão russa à Ucrânia completou um mês nesta quinta-feira (24), trazendo ao mundo mais incertezas do que desfechos. A possibilidade de um conflito breve parece ter ficado para trás e isso não é nada tranquilizador para nenhum dos envolvidos, pois todos sabem que a situação atual é insustentável. O leque de possibilidades de mudanças na guerra para os próximos dias ou semanas traz opções sombrias e uma questão latente que vai nos angustiar até que tudo termine: o Ocidente fez mesmo tudo o que podia para parar o agressor?

Essa é uma questão necessária quando se observa que as sanções impostas até aqui contra a Rússia, embora duras, pouparam em muito o setor de hidrocarbonetos, que é o coração econômico daquele país. Por óbvio, isso se deve à dependência energética que principalmente os países europeus desenvolveram em relação ao gigante do Leste nas últimas décadas.

A hesitação inicial ficou evidente com as notícias de que a Alemanha, por exemplo, decidiu só agora substituir seu fornecedor de gás, cerca de trinta dias depois da agressão à soberania de um país vizinho. O governo de Olaf Scholz anunciou ter fechado um acordo com o governo dos Estados Unidos para um aumento expressivo na importação do gás liquefeito norte-americano. Na ocasião, o governo alemão disse que as importações de petróleo da Rússia agora representam 25% do total comprado pelo país, uma queda em relação aos 35% de antes da invasão da Ucrânia. Já os volumes de importação de gás caíram de 55% para 40% e as de carvão de 50% para 25%.


Se por um lado esses números revelam reação, por outro, a forma gradativa como a diminuição da dependência ocorre expõe uma verdade dolorosa: a invasão russa à Ucrânia ainda é financiada com dinheiro europeu. As sanções não isolaram completamente o Kremlin de suas fontes de recursos estrangeiros, pois países europeus continuam comprando petróleo e gás russo, mesmo aqueles que estão sancionando autoridades russas em outras áreas econômicas. É impossível não cogitar que seja justamente esse o ponto que torna as medidas aplicadas até agora insuficientes para forçar um recuo de Putin.

Não se pretende com essa constatação subestimar as complexidades envolvidas na substituição de fornecedores internacionais de energia, mas sim jogar luz no fato de que, pelo que as informações atuais indicam, o disparo dos primeiros mísseis russos contra solo ucraniano, quando a violação da soberania se concretizou, não foi visto como suficiente para que os líderes europeus fizessem lá atrás o que estão fazendo agora, ou seja, interromper o comércio com a Rússia naquilo que seria realmente capaz de fazê-los parar. Apesar dos mortos e da crise humanitária, houve espera.

Essa demora, que já tem consequências, expõe que apesar da solidariedade expressada ao povo ucraniano, ainda há hesitação por parte do Ocidente em fazer sacrifícios que afetem suas próprias nações. Os governantes europeus parecem saber que há opções de dissuasão que não foram utilizadas até agora e que têm potencial para encerrar a guerra, mas se para isso for necessário aumentar dívidas comprando petróleo mais caro, correr o risco de passar por racionamento energético ou tomar medidas que coloquem em risco sua popularidade, então, o ímpeto solidário arrefece.

As sanções não isolaram completamente o Kremlin de suas fontes de recursos estrangeiros, pois países europeus continuam comprando petróleo e gás russo, mesmo aqueles que estão sancionando autoridades russas em outras áreas econômicas

Dada a comoção global que o sofrimento dos ucranianos despertou, com manifestações pelo fim do conflito em todos os continentes, convém refletir se tais autoridades não estariam discernindo equivocadamente, chamando de prudência o que pode ser tibieza. Se especialmente os vizinhos da Ucrânia envolvessem a sociedade num debate franco e amplo sobre o futuro do continente, a necessidade de resgatar a paz com rapidez e o quanto isso exigiria um momento de sacrifício, será mesmo que seriam rechaçados por seus cidadãos? Lembrando que estes assistem dia após dia a tragédia da guerra consumir com a vida de quem mora no país ao lado, além de conviverem com a ameaça permanente de que todo aquele horror pode, em algum momento, atravessar a fronteira.

Um movimento de tal ordem seria extraordinário, mas não pode demorar. Embora muitos analistas vejam com bons olhos o modo como os líderes ocidentais se uniram contra a Rússia agressora, a história prova que conflitos prolongados são terreno fértil para transformar convergências em fissuras, até porque as sanções também afetam quem sanciona, motivo a mais para celeridade na adoção de estratégias mais drásticas e efetivas.

Se o Ocidente esperar demais, corremos o risco de descobrir até onde Vladimir Putin pode chegar, caso a impaciência o motive a fazer algo ainda mais chocante do que a invasão em si. Estamos falando de um homem sem a menor disposição para admitir derrota, que tem 6 mil ogivas nucleares à sua disposição, um provável arsenal de armas químicas e biológicas, além do comprovado desprezo por tratados internacionais. Um golpe econômico realmente determinante, focado no setor vital do agressor, pode ser o que falta para a costura de um acordo que impeça a chegada de dias ainda piores.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/um-mes-de-guerra-o-que-ainda-nao-foi-feito/
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BOLSONARO ACERTA APOIO COM O PARTIDO REPUBLICANOS

 

Apoio político

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

O Presidente Jair Bolsonaro e o deputado Marcos Pereira durante culto religioso na Câmara dos Deputados.

Presidente Jair Bolsonaro e o deputado Marcos Pereira, presidente do Republicanos, durante culto religioso na Câmara: aliança selada para as eleições de outubro.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), selaram na quinta-feira (24) o embarque do partido na aliança eleitoral construída pela reeleição de Bolsonaro. A adesão da legenda fortalece a coligação presidencial ao compor o “tripé” com PL e PP, as siglas mais fortes do Centrão.

A relação entre o Republicanos e o governo estava estremecida, com sinais nos bastidores de que o partido estava formalmente fora da base governista e que ficaria neutro no primeiro turno das eleições. A cúpula se ressentia da falta de prestígio dada por Bolsonaro e Marcos Pereira explicitou isso no fim de fevereiro, quando disse que o presidente da República “só atrapalhou” o crescimento da legenda.

O Republicanos entrou na janela partidária com 31 deputados federais e, atualmente, conta com 41 em exercício, tendo superado a marca almejada por Pereira. A meta, contudo, foi atingida sem o apoio direto de Bolsonaro. O discurso na bancada é de que o governo não teve a preocupação em compor com as legendas da base e distribuir a filiação de aliados do presidente entre PP e Republicanos.

O PL, por exemplo, saiu de 43 deputados antes da janela partidária para 65, atualmente, sendo o maior partido da Câmara dos Deputados. O PP, que também não contou com a influência direta de Bolsonaro para acomodar aliados, teve um salto mais tímido, de 43 deputados em exercício para 46.

A bancada do Republicanos sabia que era evidente que muitos parlamentares escolheram acompanhar Bolsonaro e se filiar ao PL, mas é comum na política o presidente da República que vai à reeleição usar de seu capital político para buscar acordos e acomodar aliados em outros partidos da base, situação que não ocorreu. “Ele arrastou um monte de deputados ao PL e deixou os outros a ver navios”, critica reservadamente um interlocutor do Republicanos.

Além de não estimular a filiação de aliados ao Republicanos, existe uma crítica de que Bolsonaro pouco cedeu na acomodação de apadrinhados do partido no governo. Mesmo o ministro da Cidadania, João Roma, deputado federal eleito pelo partido na Bahia, não foi uma indicação do Republicanos. Não por acaso Roma está de partida da legenda. Ele vai se filiar ao PL no domingo (27), no evento de lançamento da pré-candidatura presidencial à reeleição.

O que Bolsonaro fez para assegurar o Republicanos em sua aliança eleitoral

Os sinais de uma possível neutralidade do Republicanos no primeiro turno acenderam o sinal de alerta no governo. Afinal, cálculos internos feitos pelo núcleo duro de Bolsonaro sugerem a possibilidade de vitória e reeleição nas urnas sem a necessidade de um segundo turno. Mas, segundo membros da coordenação eleitoral, isso só será possível com uma grande estrutura partidária.

Por isso, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), um dos coordenadores eleitorais da campanha presidencial junto do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e do presidente licenciado do PP e ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, aprofundou as conversas com Marcos Pereira para chegar a um acordo que mantivesse o Republicanos na base eleitoral.

O diálogo entre o senador e o chefe do Republicanos se arrastou ao longo dos últimos 30 dias até chegar em um denominador comum para ambos. O partido apresentou como demandas a filiação da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, bem como o controle da pasta, além da filiação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A possibilidade de filiação do pré-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, o ministro da Defesa, Braga Netto, também entrou em pauta.

As negociações avançaram e Flávio apresentou as demandas ao pai, que chamou Marcos Pereira para selar o acordo em uma reunião fora da agenda oficial, na quinta, no Palácio da Alvorada. Ali, ele consentiu com a filiação de Damares e Tarcísio no Republicanos e em ceder o ministério dela ao partido.

“O Flávio colaborou muito para isso, tem viajado o Brasil inteiro. Ele está fazendo um trabalho extraordinário de aliança”, elogia um interlocutor do ministério comandado por Damares, que confirma a filiação da ministra ao Republicanos na segunda-feira (28). Já Tarcísio usou o Twitter para dizer que se filiará ao partido e tornou público o acordo firmado entre Bolsonaro e Marcos Pereira.

“O Republicanos é um partido muito importante para a coligação. Tem uma base evangélica, então, há um alinhamento natural. E o Flávio era senador deles até pouco tempo e havia o interesse de azeitar bastante a relação”, diz um interlocutor do Palácio do Planalto, confirmando também o acordo para o Republicanos indicar o sucessor de Damares e a filiação de Tarcísio à legenda.

O senador Flávio Bolsonaro não foi o único a atuar nos bastidores pelo acordo firmado. Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira e outros quadros políticos com influência nas cúpulas dos partidos da base também avalizaram a negociação. Um deles é o pastor e ex-senador Magno Malta (PL-ES).

A engenharia política para a filiação de Damares ao Republicanos e a entrega do comando do ministério a um indicado do partido não teve a simpatia de lideranças evangélicas, a exemplo do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia.

Segundo fontes com conhecimento das negociações entre governo e Republicanos, Malafaia queria ter influência no processo decisório e indicar um aliado para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Essa operação, contudo, comprometeria a candidatura de Damares ao Senado pelo Amapá.

Por isso, Malta, que é aliado de Malafaia e Bolsonaro, e defensor da candidatura de Damares ao Senado, atuou para convencer o líder religioso a recuar. O Republicanos deu sinais de que, sem indicar o sucessor de Damares, o partido filiaria a ministra, mas a lançaria como deputada federal pelo Distrito Federal e não ao Senado.

A presidente do diretório amapaense do Republicanos, deputada federal Aline Gurgel, é favorável a apoiar a candidatura do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à reeleição, afirmam fontes do governo. Ou seja, sem ter suas demandas atendidas, a legenda poderia optar pelo apoio a um adversário de Bolsonaro no estado.

Acontece, contudo, que Bolsonaro quer se reeleger e ampliar sua bancada no Senado. Para isso, ele conta e insiste com a candidatura de Damares ao Senado. Então, para ter o Republicanos em sua coligação e lançar sua ministra ao Senado no Amapá, ele atendeu os pedidos feitos.

A mesma lógica pragmática prevaleceu em São Paulo, onde o PL queria lançar Tarcísio de Freitas como candidato a governador no estado que é o colégio eleitoral de Valdemar Costa Neto. Ocorre, contudo, que a unidade da federação também é a base eleitoral de Marcos Pereira e onde está situada a sede da Igreja Universal do Reino de Deus, denominação evangélica ao qual o Republicanos é associado.

Ao estender as mãos ao Republicanos e atender às demandas feitas pelo partido, Bolsonaro larga com uma estrutura partidária robusta composta por três dos principais partidos do Centrão. Uma vez coligados, isso significa que a chapa presidencial vai dispor de muitos recursos do fundo eleitoral e minutos nas inserções eleitorais de rádio e TV, além de obter mais aliados para defender a campanha nos estados.


Acordo assegura aliança poderosa para Bolsonaro, diz vice-líder do Republicanos
O acordo entre Bolsonaro e Marcos Pereira é comemorado pelo deputado federal Aroldo Martins (Republicanos-PR), vice-líder do partido na Câmara. “Com Tarcísio e Damares [filiados], isso demonstra que nós estaremos na chapa apoiando Bolsonaro, é uma aliança poderosa para as eleições”, analisa.

O parlamentar reconhece que o relacionamento entre seu partido e o governo estava abalado, mas, agora, prevê um realinhamento positivo. “As relações estavam estremecidas, mas agora temos uma sinalização boa de aproximação e que vamos caminhar juntos”, afirma.

O vice-líder do Republicanos destaca sua legenda e entende que o perfil foi essencial para o crescimento do partido antes do acordo selado com o governo. “”Em questão de ideologia partidária, o Republicanos é o único partido no Brasil que mantém o seu manifesto político bem marcante e a sua maneira de ser como partido. Um partido conservador, pró-família, com uma base cristã, um perfil e característica conservador, de família, que defende a pauta de costumes e valores”, diz.

Martins não confirma, no entanto, se o Republicanos também está próximo de filiar o ministro da Defesa e emplacar o vice na chapa presidencial. “Começou a surgir essa informação de que o Braga Netto venha a concorrer a vice-presidente na chapa e que venha pelo Republicanos. Tudo isso que está sendo falado são conversas de corredores, não existe nenhuma conversa oficial em relação a isso”, diz. “Existem namoros, flertes, algo totalmente natural nessa época, em ano de eleição”, complementa.

A meta do partido é manter o fortalecimento em âmbito nacional, o que não inviabilizaria uma candidatura de Braga Netto, embora ainda não haja conversas concretas. “Nós estamos realmente trabalhando no sentido de nos fortalecermos este ano e fazermos uma bancada expressiva, de continuarmos sendo o partido que mais tem crescido em todas as eleições”, destaca Martins.

Interlocutores do Planalto apontam que o Republicanos é um partido bem cotado para filiar ao Braga Netto, embora também coloquem o PP como um dos favoritos.


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BRASIL QUER AUMENTAR A SUA PRODUÇÃO DE MILHO

 

Agronegócio
Agência EFE

17-07-18 – Expedição Avicultura / Goiás / Colheita de Milho Safrinha em Miniros/GO

Clima seco e encarecimento dos fertilizantes são alguns desafios para aumentar a produção de milho no Brasil| Foto: Daniel Caron/Arquivo/Gazeta do Povo

Um dos maiores produtores mundiais de cereais, o Brasil quer ocupar o espaço que a Ucrânia pode deixar no mercado de milho e acredita que tem capacidade para isso, apesar dos muitos desafios que sua produção ainda enfrenta.

A forte demanda e a invasão russa da Ucrânia levaram os preços internacionais do milho ao maior patamar desde 2012, o que está chamando a atenção dos exportadores brasileiros. A Ucrânia e a Rússia juntas representam entre 16% e 18% do mercado mundial de exportação de milho.

Quanto à Ucrânia, há muitas dúvidas sobre a viabilidade de sua colheita devido à falta de mão de obra – ocupada defendendo o país ou fugindo de ataques russos – e suprimentos, como combustível; e pelo bloqueio de seus principais pontos de exportação.

No caso da Rússia, o cerco econômico internacional ao governo de Vladimir Putin colocará suas operações comerciais no exterior em sérias dificuldades.

Com esses dois países fora da equação, o mercado olha para outros dois importantes players do setor: Argentina e Brasil, segundo e terceiro maiores exportadores de milho do mundo, respectivamente, atrás apenas dos Estados Unidos.


A Ucrânia é a quarta, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – e daí surgem as urgências de alguns de seus maiores clientes, como a União Europeia, para garantir o abastecimento de grãos.

As previsões no Brasil para a segunda safra de milho da temporada são boas, depois de uma primeira que foi afetada por uma seca severa. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Brasil estima que a produção total do cereal crescerá 29% na safra 2021/22, atingindo 112,3 milhões de toneladas, impulsionada por essa segunda safra.

“Temos condições de produzir um pouco mais e já estamos plantando mais do que no ano passado”, disse à Agência EFE o presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesário Ramalho.

“O Brasil tem um potencial de crescimento muito bom e estamos diante de uma grande oportunidade. Temos mercado, compradores e área para isso”, completa Ramalho.


Clima, custos e fertilizantes são desafios para aumentar a produção de milho no Brasil

No entanto, vários fatores podem arruinar essa expectativa. Para começar, as previsões meteorológicas não são as melhores e existe a possibilidade de que o fenômeno La Niña dure até junho ou julho.

Nesse contexto, Felippe Serigati, pesquisador do Centro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro), considera que, se a segunda safra de milho finalmente for boa, servirá principalmente “para cobrir os danos” da primeira.

Além disso, segundo Ramalho, o Brasil consome 70% de sua produção, pois é o maior exportador mundial de carne e boa parte de seu milho é destinada à fabricação de ração para suínos e aves.

Mas com os preços e a demanda internacional em alta, os produtores locais podem começar a olhar mais para o mercado de exportação. “O Brasil tem que estar atento porque precisa muito do milho e há um certo pânico. Essa corrida pelo milho me preocupa”, diz Ramalho.

E depois há um problema de altos custos e dúvidas sobre o fornecimento de fertilizantes, ramo em que a Rússia é um grande produtor mundial.

“O setor de milho vai iniciar o próximo ciclo com custos muito altos e a incerteza de ter acesso a esses insumos de produção”, acrescenta o especialista.

No entanto, Ramalho minimiza a possível falta de fertilizantes devido às sanções contra a Rússia e que mobilizou o governo brasileiro em busca de novos fornecedores. “Temos terras muito bem adubadas. Podemos plantar um ano com menos e nas terras mais férteis mesmo sem eles [adubos]”, diz.


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