terça-feira, 22 de março de 2022

SISTEMA DE EDUCAÇÃO BRASILEIRO É BASEADO NA DESCONFIANÇA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

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| Foto: Bigstock

Não existe fórmula pronta para uma boa educação. Aqui e ali, métodos, grades curriculares, disciplinas, modelos de gestão, velocidade e eficácia do ensino podem variar. Pode-se discutir quais os padrões e modelos que devem servir de referência geral para este ou aquele desafio, mas não dá para dizer que existe um único ou o melhor de todos os modos de educar uma pessoa. Por causa disso, a descentralização e a riqueza interna de variedades têm sido pilares de muitos sistemas educacionais do mundo, que deixam grande liberdade para as próprias escolas definirem na ponta a organização de seus currículos e os métodos pedagógicos a serem empregados.

No Brasil, propostas recentes de mudança no ensino têm tentado abrir o nosso sistema para essa variedade positiva. A chamada Reforma do Ensino Médio, por exemplo, estabeleceu a possibilidade de que escolas adotem vocações distintas para determinados tipos de estudante, bem mais alinhadas com os desafios do mercado de trabalho e com as aptidões de cada indivíduo. As diretrizes da nova política nacional de alfabetização também seguem os mesmos princípios, procurando fundamentar cientificamente o uso de métodos pedagógicos, para promover aqueles que demonstrem melhores resultados do ponto de vista prático.

Infelizmente, a tendência contrária, de engessamento e centralização, ainda domina a concepção de muitos políticos, gestores, ideólogos e mesmo educadores brasileiros. Na sua expressão mais recente, o afã de controle se traduziu na proposta do Sistema Nacional de Educação, aprovado pelo Senado no último dia 11, que deve seguir para a Câmara dos Deputados. O texto aprovado por unanimidade foi o substitutivo de Dário Berger (MDB-SC) ao projeto de Flávio Arns (Podemos-PR). O Projeto de Lei Complementar (PLP) 235/2019, apelidado de “SUS da educação”, deve sofrer acréscimos na Câmara, que já discute proposta análoga, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 25/19, aprovado em dezembro pela Comissão de Educação da Casa.


O que é prioridade na educação
O PLP tem sido apresentado como uma panaceia para a solução de problemas que se arrastam há décadas no ensino do país, mas parece repetir o mesmo erro de velhas soluções, combinando centralização, burocratização e desprezo pela iniciativa privada. A proposta cria uma estrutura nacional de decisões que, na prática, retira do Ministério da Educação (MEC) a função de induzir políticas de qualidade, mas também impede que prefeitos, governadores e a própria União procurem métodos inovadores de ensino. Isso seria operacionalizado por uma Comissão Tripartite formada por 15 membros titulares, divididos entre representantes da União, estados e municípios, com o MEC ocupando uma posição minoritária.

Com a aprovação do projeto no atual formato, o potencial de iniciativas locais em implementar mudanças que podem servir de case para outros municípios terminaria abafado pela voz de órgãos de atuação estritamente política. A efetividade dos sistemas escolares locais não é tomada em consideração, assim como a definição de objetivos claros em termos de aprendizagem que considerem as particularidades de cada instituição. A voz das famílias, que deveriam ser agente ativo para discussões na ponta, em contato direto com as escolas, tampouco tem sido levada em consideração. Da mesma forma, o MEC torna-se mero coadjuvante no processo de tomada de decisão.

Nesse modelo do tipo “one size fits all” (um tamanho serve para tudo), mesmo os poucos exemplos de mudança efetiva que tivemos no país nos últimos anos estariam submetidos à decisão de instâncias superiores. É o caso, por exemplo, da rede pública de ensino de Sobral (CE), que foi de uma das piores do país em 2007 para o topo do ranking em 2017 segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Isso só foi possível pela iniciativa de resolver problemas de gestão da ponta, com a incorporação de mecanismos típicos de empresas privadas, definição e acompanhamento de indicadores claros de qualidade, sistemas de monitoramento e avaliação do ensino etc. O problema é que o foco de um sistema de ensino local não necessariamente deve ser o mesmo de outro. Há municípios cujas escolas possuem problemas particulares de ordem e disciplina, com incidência forte de atuação de organizações criminosas e uso de drogas entre estudantes. Há outros que carecem de formação específica para profissionais responsáveis pela alfabetização de crianças, prejudicando o desempenho da rede de uma ponta a outra. Há sistemas em que o salário de professores é um problema significativo e outros que podem encontrar soluções para melhorar o desempenho profissional na instauração de bonificações por resultado. Em um país diverso como o Brasil, nem mesmo o aumento da quantidade de dinheiro gasto para a educação deve ser visto como um consenso, já que o Brasil gasta mais que muitos países em melhor situação nos testes internacionais.

O PLP tem sido apresentado como uma panaceia para a solução de problemas que se arrastam há décadas no ensino do país, mas parece repetir o mesmo erro de velhas soluções, combinando centralização, burocratização e desprezo pela iniciativa privada

Um sistema nacional de educação deveria contemplar a necessária descentralização, com mais liberdade de iniciativa para entes públicos e privados. Isso significa possibilitar mais flexibilidade para gestores na ponta, que são aqueles que estão mais próximos dos alunos e de suas famílias. A iniciativa privada e a sociedade civil precisam se tornar parcerias efetivas nesse processo, que pode incluir até alternativas baseadas em vouchers ou escolas “charter”. Os parâmetros de referência para mudanças precisam se assentar em indicadores claros, mecanismos de gestão que facilitem seu acompanhamento e auxílio técnico de órgãos competentes para facilitar a sua operacionalização. Da mesma forma, deve haver abertura para a inovação em termos dos conteúdos e habilidades necessários a uma nova formação, principalmente considerando a velocidade do avanço tecnológico em nossa sociedade. Educar é apostar na confiança e na capacidade que mais pessoas com a pele em jogo têm para resolver seus próprios problemas. O PLP ora em discussão na Câmara parece ir na direção contrária, desconfiando de tudo e de todos, deixando para comitês de burocratas iluminados a possibilidade de decidir sobre o destino de toda uma nação.


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AUMENTO DO PETRÓLEO FAZ AUMENTAR OS ROYALTIES DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS

 

Arrecadação

Por
Vandré Kramer – Gazeta do Povo

Navio-plataforma FPSO Carioca no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos.| Foto: Bram Titan/Agência Petrobras

As participações governamentais na produção de petróleo e gás natural tiveram um crescimento de 110% – ou seja, mais que dobraram – no primeiro bimestre do ano, comparativamente a igual período do ano passado. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP), foram distribuídos R$ 21,02 bilhões à União, estados e municípios.

Dois fatores explicam o crescimento das participações governamentais: a disparada dos preços do petróleo e gás natural no mercado internacional, em primeiro lugar, e o aumento da produção nacional.

Em fevereiro de 2021, o barril do tipo Brent era negociado na casa dos US$ 60. O preço foi subindo nos meses seguintes e, com a guerra na Ucrânia, chegou a alcançar US$ 140 por algumas horas. Chegou a cair abaixo de US$ 100 na semana passada, com algum “alívio” vindo dos lockdowns na China, mas voltou a subir na sequência e nesta segunda-feira (21) voltou a subir com força, chegando à casa dos US$ 116.

Os preços do gás natural também estão em alta. A Rússia é o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos EUA. Nos últimos 12 meses, o preço do milhão de BTUs variou quase 90%.

A produção média brasileira de petróleo também subiu neste início de ano. Segundo a ANP, em janeiro (dado mais recente), ela foi de 3,03 milhões de barris por dia, um crescimento de 5,55% em relação ao mesmo mês de 2022. A principal fonte de alta foi a extração marítima no pré-sal. A produção de gás teve variação positiva de 0,76%, atingindo 137 milhões de metros cúbicos diários.

Participações especiais
A principal fonte de recursos direcionados aos entes da federação foram as chamadas participações especiais, que tiveram um crescimento de 127% no comparativo entre os dois primeiros meses de 2021 e 2022. Foram liberados R$ 12,49 bilhões, segundo a ANP.

A participação especial é uma compensação financeira extraordinária – adicional aos royalties – devida pelos concessionários de exploração e produção de petróleo ou gás natural em campos de grande volume.

Segundo a ANP, metade dos recursos das participações especiais é repassada para a União, 40% vão para os estados e 10% para os municípios. Em todo o ano passado, foram liberados R$ 39,66 bilhões, 66% mais que em 2020.


Royalties do petróleo

Outra importante fonte de recursos são os royalties do petróleo. A distribuição nos dois primeiros meses do ano foi de R$ 8,16 bilhões, 94% acima do mesmo período de 2021.

Os royalties são uma compensação financeira devida à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios beneficiários pelas empresas que produzem petróleo e gás natural. Incidem sobre o valor da produção e são recolhidos mensalmente. O cálculo leva em consideração a alíquota do campo produtor (que pode variar de 5% a 15%), a produção mensal e o preço de referencia do petróleo ou gás natural.

Dos R$ 37,8 bilhões de royalties distribuídos no ano passado, 34,5% foram para os municípios; 29,5% para a União; e 27,6% para os estados. Outros 8,4% foram para um fundo especial, destinado às unidades da federação, cujo rateio obedece às regras do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

O estado que mais ganhou, com R$ 7,8 bilhões, foi o Rio de Janeiro, onde está concentrada a maior parte da produção brasileira de petróleo e gás natural. Entre os municípios, os que mais receberam foram os fluminenses, com R$ 8,6 bilhões, com Maricá, Macaé e Saquarema no topo. Nove dos dez maiores recebedores de royalties estão no Rio de Janeiro. A exceção nessa lista é Ilhabela (SP), em sexto lugar.


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GENERAL BRAGA NETTO SERÁ VICE NA CHAPA DO BOLSONARO

Futuro vice

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

General Walter Braga Netto, atual ministro da Defesa, é favorito para compor chapa com Bolsonaro como candidato a vice-presidente| Foto: Alexandre Manfrim/Ministério da Defesa

O presidente Jair Bolsonaro indicou já estar escolhido o seu candidato a vice-presidente na disputa para a reeleição. Disse ser ele um ministro nascido em Belo Horizonte e que tem formação militar. Será, portanto, o general Walter Souza Braga Netto, que estudou no tradicional Colégio Militar de BH e que se formou na Academia Militar das Agulhas Negras de 1978 – Bolsonaro foi da turma de 1979.

Recentemente, Braga Netto foi interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, comandante militar do leste, chefe do Estado-Maior do Exército e ministro da Casa Civil de Bolsonaro no auge da pandemia, quando organizou um gabinete de crise que operou 24 horas por dia para atender aos estados, principalmente na crise de Manaus.

Hoje, ele é ministro da Defesa e uma garantia de amizade, discrição e confiança. Não é político, mas é uma garantia política, que dá respaldo, para o presidente Bolsonaro.

Lula ofende Congresso; Moro na Alemanha
Adversário de Bolsonaro nas eleições, o ex-presidente Lula disse que nunca viu um Congresso pior que o atual. Até achei estranho que um político experiente tenha resolvido ofender deputados e senadores que são cabos eleitorais de qualquer candidato à Presidência da República.

Estranho também é o candidato Sergio Moro que, em um momento de decisões e ajustes na sua chapa, esteja na Alemanha, distante, num congresso tecnológico. Estranha também foi a declaração da candidata do MDB, senadora Simone Tebet, que disse: “estamos doente de corpo e alma”. Esse “estamos”, se ela não restringir a “nós do MDB ou políticos”, subentende-se que somos todos. Mas todos estamos doentes, de alma doente? Acho que não. Assim como Lula ofendeu os políticos, ela ofende os eleitores.

Bolsonaro pega ônibus

Nesta segunda-feira (21) foi aniversário do presidente Jair Bolsonaro e ele festejou indo de ônibus de casa para o trabalho, do Palácio da Alvorada para o Palácio do Planalto.

Foi em um ônibus movido à biometano, um gás produzido a partir da decomposição de lixões e dejetos da agropecuária, e que já está sendo usado para movimentar veículos experimentais em Ribeirão Preto (SP).

É mais um pioneirismo brasileiro, que já desenvolveu o etanol, o combustível vindo da cana de açúcar, e agora vem aí o combustível criado a partir de dejetos. E num momento em que o gás de cozinha e todos os derivados de petróleo estão muito caros.

China sai ganhando

Um analista palestino falando sobre a situação do Oriente Médio em função da guerra na Ucrânia disse que eles estão descontentes com os países petrolíferos e a política de Joe Biden, presidente dos EUA, sobre o petróleo. E afirmou que a Arábia Saudita convidou o presidente chinês Xi Jinping para fazer uma visita e que eles estão pensando em vender petróleo para a China em iuane, a moeda chinesa, e não em dólar.

Ou seja, é aquilo que se previa desde o início. As posições dos Estados Unidos afastam a Rússia, seus aliados e até outros países em direção à China. A sanção é um tiro saindo pela culatra.

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SUSPENSÃO DO TELEGRAM FOI UMA VERGONHA NACIONAL

 

Rede social

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu o funcionamento do aplicativo de mensagens Telegram e só voltou atrás depois de a empresa assumir compromisso de colaborar com a Justiça brasileira.| Foto: Divulgação/Telegram

Foi mais um passo, na escalada permanente de repressão ao direito de livre expressão que o ministro Alexandre Moares conduz no STF com o seu inquérito perpétuo contra “atos antidemocráticos”. Num dia, o ministro mandou “suspender” o funcionamento no Brasil da plataforma de comunicação Telegram. No outro, mandou retirar a suspensão. No meio tempo, os responsáveis pelo Telegram, que não tem representantes no Brasil, comunicaram que estavam satisfazendo as instruções dadas pelo ministro – basicamente, retirar postagens das quais ele não gosta.

O caso do Telegram é uma vergonha – mais uma, na sucessão inevitável de vergonhas públicas trazidas por esse inquérito ilegal, abusivo e típico de ditaduras subdesenvolvidas. Diante de um Congresso Nacional que se ajoelha, e dos grandes faróis da “sociedade civil” que preferem ficar apagados, o ministro Moraes viola abertamente a Constituição a cada um dos seus despachos. Não há nada de certo na sua guerra santa para “defender a democracia”, mas poucas coisas são tão agressivamente contra a lei como sua perseguição a jornalistas de direita, ou “bolsonaristas”, ou que desagradam a ele e ao STF.

O caso mais gritante é o de Allan dos Santos, banido das redes sociais pelo ministro, e que se utilizava do Telegram para escrever a seus leitores. Allan tem sido, desde o início dessa aberração toda, a besta negra de Moraes. Está sendo processado, mas não é informado que crime teria cometido. Não dizem qual artigo do Código Penal, ou de qualquer outra lei brasileira, ele teria desrespeitado. Seus advogados não têm acesso aos autos do inquérito – e o próprio Allan não consegue informar a ninguém do que, exatamente, está sendo acusado. A única coisa clara é que virou uma ideia fixa para o ministro.

Moares está intensamente frustrado porque não consegue prender o jornalista. Ele está nos Estados Unidos – e nem a Interpol, nem as autoridades americanas, tomaram conhecimento dos pedidos oficiais de “extradição” feitos pelo ministro. É uma humilhação: a polícia internacional ignora uma ordem da Suprema Corte brasileira porque nos países democráticos onde opera não se admite a prisão de cidadãos que não cometeram crime definido em lei.

É, além disso, um dos piores momentos para quem, no Brasil, vive angustiado com ameaças à democracia, mas se cala diante da perseguição contra Allan dos Santos. Como o jornalista é uma figura detestada pela esquerda, considera-se que no seu caso a lei não se aplica; não vale, para ele, o direto constitucional à livre expressão, nem o princípio de que nenhum cidadão pode ser acusado de algo que não está previsto em lei.

O que não vale para um hoje pode não valer para outro amanhã. Ao silenciar diante do abuso serial às liberdades individuais feito pelo STF, a classe política brasileira está rifando a segurança que a democracia deveria oferecer a todos.


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MICHEL TEMER QUER PACTO NACIONAL


  1. Política
     

‘As pesquisas de hoje não são as de amanhã’, diz Temer, que aposta numa ‘coluna do meio’

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

As coisas não estão fáceis. Aliás, andam muito complicadas. É por isso que o ex-presidente Michel Temer tem sido procurado por todos os presidenciáveis, exceto o petista Lula, e defende que só há uma solução para quem se eleger presidente da República em outubro: propor um pacto nacional consistente para reconstruir as condições políticas e o País.

Um pacto com presidentes de Poderes, partidos, governadores, empresários e as frentes da sociedade civil, mas principalmente dirigido para os derrotados e seus seguidores, para o(a) eleito(a) ter condições de governabilidade, poder virar a página e escrever o futuro, depois de uma polarização tão destrutiva.

Se o ex-presidente Lula vencer, os bolsonaristas estarão em pé de guerra contra as urnas eletrônicas, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o eleito e o novo governo. Se o presidente Jair Bolsonaro conquistar a reeleição, os petistas vão lotar as ruas, pintar e bordar.

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Procurado pela maioria dos presidenciáveis, Michel Temer defende um pacto nacional para reconstruir as condições políticas e o País Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

“O presidente que ganhar a eleição nesse clima vai passar quatro anos atormentado, com denúncias, ameaças, pedidos de impeachment”, disse Temer ontem, em seu escritório de São Paulo. Ele ligou para o TSE sugerindo que a propaganda institucional deste ano seja focada na paz. “O Brasil precisa de paz, de pacificação. Aliás, como a Constituição determina.”

Como professor de Direito Constitucional, teoriza: “A vontade primeira é a do povo. Todo poder emana do povo e as autoridades constituídas são secundárias, não existem três Poderes, existe um, o povo. Eles são órgãos do poder, exercem funções para atender o povo”.

Já o político Temer, mais prático, condena quem insiste que a terceira via não vai dar em nada. “Isso desmotiva o eleitor, desarticula os que tentam construir uma coluna do meio, o que não é uma homenagem a um candidato, mas ao eleitor que não quer nem um nem outro (Lula e Bolsonaro).”

O ex-presidente diz que há “uma grande intranquilidade” e aponta um dos grandes problemas da polarização: “Todo mundo vota contra, não a favor de alguma coisa. O próprio voto do Bolsonaro foi contra Lula, como o de Lula agora é contra Bolsonaro”.

Segundo Temer, “ainda há muita indefinição na eleição”. “As certezas de ontem já não são certezas hoje. As pesquisas de hoje refletem hoje, não amanhã.” Pode haver surpresas? Ele: “Claro!”.

Uma pulga atrás da orelha: será que Temer, 81 anos, sonha em ser a “coluna do meio”? Medindo as palavras, ele diz que, daqui e dali, falam nisso e ele desconversa: “Se a eleição fosse aqui (onde a ideia surge), quem sabe? Mas um presidente precisa de 60 milhões de votos. Com oito, nove candidatos? É muito difícil”. 

COMENTARISTA DA RÁDIO ELDORADO, DA RÁDIO JORNAL (PE) E DO TELEJORNAL GLOBONEWS EM PAUTA

 

O PLANO B DE PUTTIN É INUNDAR A UNIÃO EUROPEIA DE REFUGIADOS

 

Leia artigo de Thomas Friedman

Estratégia do Kremlin se opõe ao ‘plano A’ de Zelenski e Biden: fazer a Ucrânia resistir em uma espécie de ‘empate militar’ com os russos

NEW YORK TIMES – Após um mês confuso, agora está claro quais estratégias estão sendo jogadas na Ucrânia: estamos observando o plano B de Vladimir Putin versus o plano A de Joe Biden e Volodmir Zelenski. Esperemos que Biden e Zelenski triunfem, porque o plano C de Putin é realmente assustador – e eu nem quero escrever o que temo ser seu plano D.Leia tambémTribunal russo chama empresa-mãe do Facebook e do Instagram de organização extremista e a proíbe

Não tenho nenhuma fonte secreta no Kremlin, apenas a experiência de ter visto Putin operar no Oriente Médio por muitos anos. Assim, parece óbvio para mim que Putin, tendo percebido que seu plano A falhou – a expectativa de que o Exército russo marcharia para a Ucrânia, decapitaria sua liderança “nazista” e esperaria que o país caísse pacificamente nos braços da Rússia – mudou para seu plano B.

O plano B é que o Exército russo atire deliberadamente contra civis ucranianos, prédios de apartamentos, hospitais, empresas e até abrigos antiaéreos – tudo isso aconteceu nas últimas semanas – com o objetivo de encorajar os ucranianos a fugir de suas casas, criando uma crise de refugiados dentro da Ucrânia e, ainda mais importante, dentro das nações vizinhas da Otan.

Bombeiro apaga fogo em prédio atingido pela artilharia russa em Kiev, na Ucrânia

Bombeiro apaga fogo em prédio atingido pela artilharia russa em Kiev, na Ucrânia Foto: AP / AP

Um mar de refugiados no leste

Putin, suspeito, está pensando que, se não puder ocupar e manter toda a Ucrânia por meios militares e simplesmente impor seus termos de paz, o melhor passo seguinte seria conduzir 5 ou 10 milhões de refugiados ucranianos, principalmente mulheres, crianças e idosos, para a Polônia, Hungria e Europa Ocidental – para criar ônus sociais e econômicos tão intensos que esses Estados da Otan acabarão pressionando Zelenski a concordar com quaisquer termos que Putin exija para parar a guerra.

Putin, provavelmente, espera que, embora esse plano envolva cometer crimes de guerra que possam deixar ele e o Estado russo párias permanentes, a necessidade de petróleo, gás e trigo russos – e da ajuda da Rússia para lidar com questões regionais como o iminente acordo nuclear com o Irã – logo forçariam o mundo a voltar a fazer negócios com o “Bad Boy Putin”, como sempre fez no passado.

O plano B de Putin parece estar se desenrolando como planejado. A agência de notícias France-Presse informou de Kiev no domingo: “Mais de 3,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da guerra – a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a 2.ª Guerra – a grande maioria mulheres e crianças, segundo a ONU. Outros 6,5 milhões estão deslocados dentro do país.”

A matéria continuou dizendo: “Em uma atualização de inteligência, o Ministério da Defesa do Reino Unido disse que a Ucrânia continua a defender seu espaço aéreo, forçando a Rússia a confiar em armas lançadas de seu próprio espaço aéreo. Assim, a Rússia foi forçada a “mudar sua abordagem e agora está buscando uma estratégia de atrito. Isso envolve o uso indiscriminado de poder de fogo, resultando em aumento de vítimas civis, destruição da infraestrutura e intensificação da crise humanitária.”

Destroços provocados pelos ataques russos a áreas civis em Kiev

Destroços provocados pelos ataques russos a áreas civis em Kiev  Foto: Heidi Levine/Washington Post

Um empate militar

O plano B de Putin, no entanto, está colidindo com Biden e Zelenski. O plano A de Zelenski, que suspeito estar se saindo ainda melhor do que ele esperava, é lutar contra o Exército russo até um empate, quebrar sua vontade e forçar Putin a concordar com os termos de Zelenski para um acordo de paz – com apenas o mínimo para poupar a imagem do líder do Kremlin. Apesar de todo o derramamento de sangue bárbaro e bombardeios das forças russas, Zelenski está – sabiamente – ainda de olho em uma solução diplomática, sempre pressionando por negociações com Putin enquanto reúne suas forças e seu povo.

Times informou, no domingo, que “a guerra na Ucrânia chegou a um impasse após mais de três semanas, com a Rússia obtendo apenas ganhos marginais e cada vez mais visando civis, segundo analistas e autoridades dos EUA. “As forças ucranianas derrotaram a campanha russa inicial desta guerra”, disse o Instituto para o Estudo da Guerra, com sede em Washington. “Os russos não têm homens ou equipamento para tomar Kiev, a capital, ou outras grandes cidades como Kharkiv e Odessa”, concluiu o estudo.

Ataques no oeste
Com ofensiva terrestre perdendo força, Rússia bombardeia cidades

Sanções devastadoras

O plano A de Biden, sobre o qual ele explicitamente alertou Putin antes do início da guerra, em um esforço para impedi-lo, era impor sanções econômicas à Rússia como nunca haviam sido impostas antes pelo Ocidente – com o objetivo de paralisar a economia russa.

A estratégia envolvia enviar armas aos ucranianos para pressionar militarmente a Rússia. Está tendo sucesso, provavelmente, além das expectativas de Biden porque foi amplificada por centenas de empresas estrangeiras que operam na Rússia e também suspendendo suas operações no país – voluntariamente ou por pressão de funcionários.

As fábricas russas agora estão tendo de fechar porque não podem obter do Ocidente microchips e outras matérias-primas de que precisam; as viagens aéreas para e ao redor da Rússia estão sendo reduzidas porque muitos de seus aviões comerciais eram, na verdade, de propriedade de empresas de leasing irlandesas, e a Airbus e a Boeing não prestam serviços aos que a Rússia possui.

Enquanto isso, milhares de jovens trabalhadores de tecnologia russos estão demonstrando ser contra a guerra e simplesmente deixando o país – tudo em apenas um mês após Putin iniciar essa guerra ilegítima.

“Mais da metade dos bens e serviços que chegam à Rússia vêm de 46 ou mais países que aplicaram sanções ou restrições comerciais, com os EUA e a União Europeia liderando o caminho”, informou o Washington Post, citando a empresa de pesquisa econômica Castellum.

A matéria do Post acrescentou: “Em um discurso televisionado, na quinta-feira, um desafiador presidente russo, Vladimir Putin, parecia reconhecer os desafios do país. Ele disse que as sanções generalizadas forçariam difíceis mudanças estruturais profundas em nossa economia, mas prometeu que a Rússia superaria as tentativas de organizar uma blitzkrieg econômica.” Putin acrescentou: “É difícil para nós no momento. Empresas financeiras russas, grandes empresas, pequenos e médios negócios estão enfrentando uma pressão sem precedentes”.

Hospital de Mariupol foi alvo de ataques russos em 9 de março

Hospital de Mariupol foi alvo de ataques russos em 9 de março Foto: AP / AP

Pressão humanitária x pressão econômica

Então, aí está a pergunta do momento: será que a pressão sobre os países da Otan, de todos os refugiados que a máquina de guerra de Putin está criando – mais e mais a cada dia – superará a pressão que está sendo criada em seu Exército estagnado na Ucrânia e em sua economia em casa, cada vez mais a cada dia?

A resposta a essa pergunta deve determinar quando e como essa guerra termina – se com um claro vencedor e perdedor ou, talvez mais provavelmente, com algum tipo de acordo sujo inclinado a favor ou contra Putin.

Digo “talvez” porque Putin pode sentir que não pode tolerar qualquer tipo de empate ou acordo sujo. Ele pode sentir que qualquer coisa além de uma vitória total é uma humilhação que minaria seu controle autoritário do poder. Nesse caso, ele poderia optar por um plano C – que, suponho, envolveria ataques aéreos ou com foguetes contra linhas de suprimentos militares ucranianos do outro lado da fronteira com a Polônia.

A Polônia é membro da Otan e qualquer ataque ao seu território exigiria que todos os outros membros da aliança agissem em defesa da Polônia. Putin pode acreditar que, se puder forçar essa questão, e alguns membros da Otan se recusarem a defender a Polônia, a Otan poderá ser fraturada.

Ucrânia rejeita ultimato para entregar Mariupol e shopping é bombardeado em Kiev

Centro comercial de Kiev foi atingido por bombardeios que deixaram pelo menos seis mortos. Autoridades ucranianas negaram o ultimato para entregar Mariupol.

Planos C e D: as escolhas impensáveis de Putin

Certamente, desencadearia debates acalorados em todos os países da Otan – especialmente nos EUA – sobre se envolver diretamente em uma 3.ª Guerra Mundial com a Rússia. Não importa o que aconteça na Ucrânia, se Putin pudesse fragmentar a Otan, isso seria uma conquista que poderia mascarar todas as suas outras perdas.

Se os planos A, B e C de Putin falharem, porém, temo que ele se torne um animal encurralado e possa optar pelo plano D – lançar armas químicas ou a primeira bomba nuclear desde Nagasaki. Essa é uma frase difícil de escrever, e ainda pior de imaginar. Mas ignorá-la como uma possibilidade seria ingênuo ao extremo. / TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

CAMINHOS DO SUCESSO NO EMPREENDEDORISMO

 

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No meio do caminho do empreendedorismo, qual bússola usar para entender se está na direção certa? Listamos aqui questões fundamentais para te guiar

Entrar para o mundo do empreendedorismo não é nada fácil: no início, são muitas dúvidas sobre a escolha e decisão feitas, sobre o futuro do negócio, entre outros. É difícil ter uma visão de como a experiência vai ser e se será o que você imagina.

Apesar disso, como conta o Entrepreneur, alguns sinais podem indicar se você está no caminho certo para ser um empreendedor de sucesso – ou não.

Confira alguns deles:

1. Você está empolgado com seu negócio

As chances de ter um negócio malsucedido quando você o tem apenas pelo dinheiro, ou para agradar seus amigos e família, são maiores. Seu negócio deve ser algo empolgante e que te deixe feliz desde o começo.

E como saber que é empolgante? Você fala sobre ele constantemente com seus amigos, mal pode esperar para trabalhar pela manhã ou até mesmo se se empolga quando conquista algo novo relacionado a isso.

2. As pessoas falam sobre isso

Se a ideia central de seu negócio é boa e conta com uma boa estratégia de marketing, as pessoas vão comentar sobre ele.

Embora as redes sociais hoje sejam algumas das fontes de informação mais fáceis de serem acessadas, as pessoas podem comentar sobre seu produto ou serviço fora delas de maneira tão eficiente quanto – portanto, não desanime se não encontrar milhares de posts com o nome de sua empresa.

3. Seu resultado líquido faz seus custos fixos parecerem razoáveis

Pode ser difícil no começo destinar uma boa quantia de dinheiro para domínio da internet, design de seu logo, protótipo de seu produto e outros custos iniciais. Quando você vê, já perdeu boa parte de seu dinheiro – e sem saber quando vai recebe-lo de volta.

Mantenha um acompanhamento cuidadoso das finanças de sua empresa: uma vez que seus empréstimos e custos fixos forem menos intimadores, é um sinal de que você está bem.

Se você está procurando maneiras de acelerar o processo de ganho de lucro, lembre-se de que não é tão simples assim.

+ Chat financeiro: a solução para gestão de despesas?

4. Você está disposto e é capaz de se adaptar a mudanças

É preciso entender que o mundo dos negócios é fluído, tal como os campos em que seus serviços e produtos estão inseridos. Por isso, qualquer negócio, não importa o tamanho, passará por mudanças ao longo do tempo.

Além disso, a tecnologia e o mercado também exigem essa mudança: você não vai querer ficar para atrás em relação à sua concorrência.

+ 4 tsunamis tecnológicos que toda empresa vai querer surfar em 2022

5. Você recebe bem as críticas

Nenhum empreendedor consegue de crescer e enriquecer seu negócio se não é capaz de aceitar as críticas pelo que elas realmente são: conselhos. Esse feedback pode não ser sempre agradável, mas muitas vezes identifica áreas e detalhes que precisam de uma melhoria.

Se você é capaz de receber críticas e torna-las em uma mudança positiva, você está muito a frente de outros donos de negócio.

6. Você aprende com seus erros

Pessoas de sucesso não são aquelas que não cometem erros, mas sim as que aprendem com eles. Ao invés de ver suas falhas como um erro, você pode analisar e descobrir o que poderia ter feito, quais obstáculos você podia ter evitado, e outros aspectos que você saberá corrigir em uma próxima situação.

7. Você é capaz de ter gratidão mesmo querendo mais

Você nunca ficará satisfeito com seu progresso se é incapaz de sentir gratidão pelo que já tem. Durante o processo de startups, garanta que você diferencia as fontes que já possui das fontes que vai adquirir.

Agradecer pelo que já tem permeia sua empresa com positividade e também cria uma perspectiva para quando você tem dúvidas sobre suas habilidades.

+ A genialidade de Uri Levine, fundador do Waze e empreendedor

8. Você não tem arrependimentos

Todos sabem que o mundo do empreendedorismo é cheio de altos e baixos. Se você tiver em mente que, mesmo com as dificuldades que começar um negócio te trouxe, você não se arrepende de entrar para tal, as suas chances de ser bem sucedido são maiores.

As pessoas que nascem para ser empreendedoras amam o trabalho que fazem para seu negócio, não importam os resultados que você obteve – a paixão e energia que são colocadas em criar uma empresa são motivos suficientes para continuar em frente.

QUEM SOMOS

A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.

Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.

A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

Diferenciais

  • A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
  • A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
  • A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
  • A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Valeo do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Missão:

Oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes, respeitando a sociedade e o meio ambiente.

Visão:

Ser uma empresa de referência no ramo de prestação de serviços de Tecnologia da Informação na região do vale do aço e conquistando relacionamentos duradouros.

Valores:

  • Ética e Transparência
  • Profissional, ambiental e social
  •  – Busca pelo melhor

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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