quarta-feira, 16 de março de 2022

SEU SITE NO GOOGLE

 

 Por Frank Marcel 

Uma das grandes dúvidas de quem está começando no mundo digital ou lançando o seu primeiro site, é exatamente sobre o funcionamento dos mecanismos de busca. O objetivo da grande maioria é aparecer nos primeiros resultados de pesquisas, mas nem todos sabem como fazer para o Google encontrar o seu site.

Os algoritmos da plataforma vão se atualizando, mas existem alguns métodos que ajudam sua página a ter um bom rankeamento. Além de permitir que o Google encontre o seu site, podem agregar valor ao domínio e à marca.

Para sanar os questionamentos sobre esse tema, leia o artigo e entenda os detalhes!

Como fazer para o Google encontrar o seu site?

Quer saber como fazer para o Google encontrar o seu site? Veja quais são os diferentes caminhos para fazer o seu site aparecer no Google de forma orgânica:

cadastre o sitemap.xml no Google Search Console;

solicite a indexação;

fortaleça seus links;

divulgue o link dos seus sites nas redes sociais;

tenha um código limpo;

preze pela rapidez do seu site;

crie conteúdos estratégicos e de valor;

mantenha seu site atualizado;

defina a canonical tag;

faça linkagem interna.

Essas ações vão contribuir para um bom posicionamento orgânico do seu site. Entenda cada um destes tópicos a seguir:

1. Cadastre o sitemap.xml no Google Search Console

O Google tem o seu modelo preferido e mais indicado de todos para indexar sites, o cadastro do sitemap.xml no Google Search Console (GSC).

Embora esse seja o modelo mais conhecido e indicado, é impressionante a quantidade de sites que ainda não usou o método, seja por não ter um Sitemap XML, ou por ter, mas não fazer o cadastro no GSC.

Esta é, provavelmente, a forma mais eficaz de fazer com que o Google indexe um site, pois você entrega de forma organizada todas as páginas do site (ou quase todas, listando pelo menos as mais importantes).

Apesar do Sitemap XML ser o mais indicado, o Google aceita outros formatos, como um simples arquivo de texto (sitemap.txt), com uma lista de URLs do seu site, uma por linha. Simples assim. Basta enviar este arquivo também pelo Search Console. Não tem desculpa para não ter um sitemap por lá.

Se ainda assim você quiser um Sitemap XML, você pode usar uma ferramenta como o WriteMaps para isso. Na Academia de Marketing Digital, no módulo de SEO, temos uma aula explicando como usar a ferramenta que, entre outros recursos, gera um sitemap.xml a partir da arquitetura de site que você construir.

2. Solicite a indexação

Antigamente, o GSC tinha a opção de rastrear como o Google. Agora, ele não conta mais com essa opção e quando você quer que uma URL seja indexada mais rapidamente, é preciso ir no GSC e clicar em ‘Inspeção de URL’ e colocar a URL na caixa de busca que vai ficar destacada. Após inserir a URL lá e buscar, você pode ver se a página está indexada ou não. Se não tiver, pode solicitar a indexação.

como fazer para o Google encontrar o seu site

Estes métodos servem, não só para um site ser descoberto, mas também para que suas páginas mais profundas, ou seja, mais distantes (em número de cliques) da página inicial serem descobertas. Infelizmente, não há garantia de que cada página listada seja indexada, mas certamente é uma grande oportunidade que está na sua mão.

Veja mais sobre Como Aparecer No Google e Indexar Seu Site no Buscador!

3. Fortaleça seus links

Para o Google encontrar o seu site, ele vai precisar de um link que leve o Googlebot até o site ou página específica. Como o Google também usa links de outros sites para encontrar novas páginas, você pode comentar em blogs ou fóruns populares (independentemente do uso de nofollow nesses sites) e usar o endereço do seu site como assinatura.

Porém, algo que é IMPORTANTE e não deve ser esquecido: caso você escolha utilizar este caminho, não exagere, não abuse de texto âncora e não entre em esquemas de troca de links.

Tudo o que você precisa é apenas um link. Tem um site que você gosta, acompanha e tem um comentário valioso para adicionar ao conteúdo? Ótimo, use um comentário neste site e pronto. Você não precisa e não deve exagerar, comentando bastante neste e em outros sites e blogs.

4. Divulgue o link dos seus sites nas redes sociais

Além da pesquisa do Google, utilize outros canais para ajudar o buscador a ver seu site como referência. Você pode se apoiar em redes sociais como o Twitter, YouTube ou outras que não ofereçam bloqueio ao rastreamento do Google.

O bônus destes métodos alternativos é que o seu site pode já alcançar o público de forma direta e receber visitas de outros canais, enquanto o Google vai lendo o Sitemap e navegando pelo site para encontrar as páginas, classificar e passar a exibir nos resultados de busca.

5. Tenha um código limpo

O rastreamento e a indexação do seu site pode se tornar mais fácil se o backend do seu site estiver “limpo”, em outras palavras, se estiver organizado e se garantir que tenha o código W3C (World Wide Web Consortium) compatível, um padrão para a criação de conteúdos estruturais. Nunca inche o seu código. Certifique-se de que o conteúdo do seu site está dentro de uma boa estrutura HTML.

6. Preze pela rapidez do seu site

O que você pode fazer para tornar seu site ainda mais ágil? Faça uma revisão das imagens, se puder diminuí-las, o faça. Além disso, verifique se existem plugins ou outras aplicações que estão deixando as páginas mais pesadas.

Faça as correções e, com isso, vai ajudar os robôs do Google a fazerem uma leitura muito mais ágil e eficaz, como também vai priorizar a boa experiência dos usuários — o que vai elevar a sua nota de qualidade.

7. Crie conteúdos estratégicos e de valor

Desenvolva conteúdos de qualidade, que cumpram seus objetivos, que ajudem a atingir suas metas de fazer seu site aparecer no Google e obter melhores resultados. Para isso, você não só precisa criar artigos para o blog e textos de apoio para o site com base em uma pesquisa de palavras-chave, como também precisa ter atenção aos detalhes para oferecer algo de valor para o público-alvo.

Pergunte-se sempre se os seus conteúdos estão alinhados à persona da sua marca, ou seja, se são úteis para quem visita seu site.

8. Mantenha seu site atualizado

Além de tudo o que você já aprendeu por aqui, preciso lembrar que se a sua dúvida é como fazer o Google encontrar o seu site, um dos principais segredos é mantê-lo atualizado.

Tenha o cuidado de:

conferir as páginas;

fazer testes;

analisar se há links quebrados;

entre outras possíveis situações que podem prejudicar a experiência dos usuários.

Isso vai ajudar a manter o seu padrão de qualidade elevado.

9. Defina a Canonical Tags

A canonical tag é uma das formas de conseguir a indexação correta dos sites, pois elas definem quando é um conteúdo duplicado ou original. E um alerta: duplicação de páginas pode gerar punição e perda de rankeamento. Portanto, configurar a canonical tag é uma maneira simples de evitar esse problema.

10. Faça linkagem interna

Outra forma de como fazer o Google encontrar o seu site é caprichando na linkagem interna. Isso não significa que você deva repetir várias vezes o link da sua home page em uma mesma página ou artigo, e nem linkar “qualquer coisa”.

As URLs devem ser adicionadas com uma estratégia e fazer sentido com o conteúdo que está sndo exibido. Além de artigos de Blog, é possível linkar para:

páginas de categorias;

subcategorias;

produtos e serviços;

materiais ricos;

etc.

Esses backlinks internos precisam ser de qualidade e ter uma boa ancoragem do link. Isso é imprescindível para aumentar o tempo e a quantidade de páginas que o leitor visita em uma sessão do seu site. Consequentemente, isso ajuda a gerar mais conversões e vendas.

Gostou das dicas? Agora é com você! Siga as orientações, coopere com a busca dos robôs do Google e torne seu site melhor rankeado. Continue conferindo os conteúdos do blog e aproveite para aprender na prática com o Ricotta a Como Aparecer No Google e Indexar Seu Site no Buscador!

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por 86.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por 700.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

terça-feira, 15 de março de 2022

RUSSIA CONTRA A UCRÂNIA PODE CONSEGUIR UMA VITÓRIA DE PIRRO

 


  1. Economia
     

Cujo tamanho das perdas não justifica o triunfo militar

Guerra moral e de comunicação já foi perdida; e a guerra econômica tem impactos diretos

Luiz Carlos Trabuco Cappi*, O Estado de S.Paulo

No pós-pandemia, a guerra. E com ela a frustração das esperanças de virarmos a página da covid-19. O mundo volta ao cenário de incertezas econômicas e, pior, joga-se por terra a condição universal para a prosperidade humana, a paz.

As negociações para dar fim ao conflito evoluem, mas lentamente. E o estrago à economia global é de tal ordem que as medidas de reconstrução vão levar tempo, promover nova realocação de ativos, e exigir mais financiamento e mais consumo de commodities.

Vladimir Putin
Alemães protestam contra o presidente russo, Vladimir Putin; estrategistas russos não calcularam o tamanho dos estragos dos embargos numa economia que se tornou sofisticada após adotar o capitalismo Foto: Ardavan Safari/ Reuters

A guerra tem sempre um cálculo político, mas a invasão é claramente uma agressão à soberania da Ucrânia. Entre as consequências mais chocantes, há o drama dos milhões de refugiados, cujas cenas despertam consternação e repúdio.

A onda global de solidariedade mostra que o mundo está mobilizado, com os países aplicando sanções econômicas duríssimas. Gigantes do mundo corporativo se posicionam claramente ao abandonar o mercado russo. A guerra estrangula a liquidez financeira. Os investidores estrangeiros mantêm mais de US$ 150 bilhões em títulos e ações na Rússia. As reservas russas foram congeladas e não há liquidez para sair das posições.

Analistas já vislumbram como perspectiva global inflação mais alta, juros e protecionismo comercial. Alguns falam em estagflação. 

O centro de gravidade desse conflito é geopolítico, mas a guerra moral, política e de comunicação já foi perdida. E a guerra econômica tem impactos diretos. As sanções evidenciam seu peso relativo diferenciado em uma economia como a da Rússia, que se tornou capitalista, aberta e globalizada há cerca de apenas três décadas, após o fim da União Soviética. Os efeitos dos cortes de fluxo financeiro, do comércio e da saída de marcas icônicas são amplificados, desorganizam a economia. Provavelmente, os estrategistas russos não calcularam o tamanho dos estragos dos embargos numa economia que se tornou sofisticada após adotar o capitalismo – a União Soviética era um bloco estruturado no modelo básico de exportar petróleo e gás para fazer caixa.

Somando todos os elementos, a Rússia pode conseguir uma vitória de Pirro, aquela em que o tamanho das perdas não justifica o triunfo militar. Essa é uma lição da própria Rússia. Guerra e Paz, o clássico de Leon Tolstói, além de uma grande história de amor, mostra como Napoleão Bonaparte venceu, mas saiu derrotado da guerra contra a Rússia. Após ocupar e saquear uma Moscou deserta e incendiada, bateu em retirada depois de uma semana, com suas tropas abatidas pela fome e pelo frio. 

* PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO. ESCREVE A CADA DUAS SEMANAS

MINA DE URÂNIO E FOSFATO PODE SER DESTRAVADA E COMEÇAR A EXPLORAÇÃO MINERAL

 

Fertilizantes e energia nuclear

Por
Célio Yano – Gazeta do Povo

Jazida está localizada nos domínios da Fazenda Itataia, em Santa Quitéria (CE), a 210 km de Fortaleza| Foto: Divulgação/INB

Um dos projetos listados no Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) – que o governo lançou na sexta-feira (11) para reduzir a dependência brasileira no setor – é a exploração da jazida de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria, no Ceará, a cerca de 210 km de Fortaleza. Na reserva, encontram-se de forma associada o fosfato, que pode ser utilizado como insumo para o agronegócio, e o urânio, que serve de combustível para usinas nucleares.

Por isso, além de constar do PNF, o projeto Santa Quitéria, como é chamado, está habilitado também na Política Pró-Minerais Estratégicos, do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Um consórcio formado pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e pela fabricante de fertilizantes baiana Galvani em 2011 está habilitado a explorar a jazida, localizada nos domínios da Fazenda Itataia, que tem 4.042 hectares.

Há mais de dez anos, o consórcio trabalha no licenciamento ambiental do projeto junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sob críticas de grupos de moradores locais e movimentos sociais. A expectativa é de que a aprovação do Relatório de Impacto Ambiental (Rima), apresentado em 2017, seja acelerada com o início do PNF – que prevê, entre outras medidas, a desburocratização de processos de licenciamento para exploração de minas.

De acordo com a Galvani, superada essa etapa, o início das obras deve ocorrer entre o fim deste ano e o início de 2023, para que a operação propriamente dita tenha início a partir do segundo semestre de 2024 ou no primeiro semestre de 2025. Vencedora de uma licitação aberta pela INB, a empresa é a responsável pelos investimentos e por desenvolver os processos, a engenharia, os estudos para o licenciamento ambiental, a construção e a montagem do empreendimento.

O fosfato é predominante no local, correspondendo a cerca de 90% da jazida. Segundo o INB, estão disponíveis aproximadamente 8,9 milhões de toneladas do mineral e 80 mil toneladas de urânio, que seriam explorados ao longo de 20 anos de vida útil do empreendimento.

Ao todo, são previstos investimentos de R$ 2,3 bilhões pelo consórcio em um complexo que fará tanto a exploração quanto o beneficiamento do minério composto de fosfato e urânio e conhecido como colofanito. Em sua capacidade máxima, a mina, cuja lavra será realizada a céu aberto e em cava, deve produzir anualmente 1,05 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados, além de 220 mil toneladas de fosfato bicálcico, usado na nutrição animal.

O volume será suficiente para atender o equivalente a 25% da demanda de fertilizantes fosfatados no Norte e no Nordeste, e de 50% da demanda por fosfato bicálcico nas duas regiões, segundo a Galvani. Hoje, o Brasil importa mais de 70% dos insumos à base de fosfato utilizados na agricultura.

O PNF é um esforço do governo para reduzir a dependência brasileira da importação de NPK (sigla para nitrogênio, fósforo e potássio), escancarada recentemente após o início da guerra na Ucrânia e das consequentes sanções de países do Ocidente à Rússia, principal fornecedor dos insumos.


O plano pode beneficiar o projeto Santa Quitéria ainda com a concessão de incentivos fiscais e tributários para a aquisição de máquinas, equipamentos, materiais de construção e serviços e com a abertura de linhas de crédito especiais.

Urânio vai abastecer as usinas nucleares de Angra 1, 2 e 3

Além dos derivados do fosfato, o complexo de Santa Quitéria deve produzir aproximadamente 2,3 mil toneladas de concentrado de urânio (conhecido como “yellow cake”), que ficará sob responsabilidade da INB. O material, após convertido em um gás, o hexafluoreto de urânio (UF6), será enriquecido para ser utilizado nas centrais termonucleares de Angra 1 e Angra 2 e da futura Angra 3, com conclusão prevista para 2026.

O processo de conversão do concentrado de urânio em UF6 não é feito no Brasil. Embora o país domine a tecnologia, ainda não dispõe de escala para fazer o processo. Na etapa seguinte, o INB vem trabalhando há anos para ampliar a usina de enriquecimento do combustível em Resende (RJ), hoje capaz de atender 60% da demanda de Angra 1.

Segundo o INB, a exploração de urânio da jazida de Santa Quitéria, somada à produção de Caetité (BA), deve ser suficiente para atender a capacidade de todas as usinas atômicas previstas no Plano Nacional de Energia (PNE), que projeta uma capacidade instalada de 10GW de energia nuclear no país até 2050.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/parceria-de-estatal-e-empresa-privada-mina-de-fosfato-e-uranio-pode-ter-obras-neste-ano/
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PUTIN TEM A SEU FAVOR UM LEGISLATIVO SUBSERVIENTE

 

Política de Moscou

Por
Fábio Galão – Gazeta do Povo

Sede da Duma, a câmara baixa do parlamente russo, em Moscou: partido de Putin é maioria nas duas casas, e outras legendas apenas “preservam aparência de pluralismo político”, segundo relatório| Foto: EFE/EPA/SERGEI ILNITSKY

Há mais de 20 anos no poder, o presidente russo, Vladimir Putin, teve como um de seus trunfos na invasão à Ucrânia uma arma que costuma acompanhar líderes que se perpetuam no poder: um legislativo subserviente.

A Assembleia Federal russa é composta de duas casas, o Conselho da Federação (câmara alta) e a Duma (câmara baixa). O partido de Putin, o Rússia Unida, tem ampla maioria em ambas: tem 142 dos 170 assentos do Conselho da Federação e 324 das 450 cadeiras da Duma.

Os parlamentares do Conselho da Federação, ao contrário do que ocorre na câmara baixa, não são eleitos diretamente: cada região federal russa tem direito a dois representantes, sendo que um senador é eleito pelos legislativos locais e outro é nomeado pelo governador regional e tem seu nome confirmado pelo parlamento local.

Na minoria nas duas casas, os partidos mais representativos são o Comunista (três assentos no Conselho e 57 na Duma), o social-democrata Somente Rússia – Pela Verdade (quatro cadeiras na câmara alta e 28 na baixa) e o Liberal Democrata, de direita (cinco no Conselho e 23 na Duma). O recém-criado Novo Povo, de centro-direita, que não tem assentos no Conselho da Federação, conseguiu 15 cadeiras na eleição para a Duma realizada no ano passado.

Essa gama de legendas pode dar a impressão de que, apesar da esmagadora maioria, Putin ao menos tem alguma oposição dentro do legislativo russo. Entretanto, um relatório divulgado no ano passado pelo Parlamento Europeu indicou que não é bem assim.

“Com o partido no poder claramente no comando, o parlamento serve como pouco mais do que um carimbo para as iniciativas do Kremlin e do governo. Dentro do sistema de democracia controlada da Rússia, o principal papel da oposição parlamentar é preservar uma aparência de pluralismo político, excluindo cuidadosamente a maioria dos críticos do regime”, destacou o documento, que apontou que as verdadeiras vozes críticas a Putin, como o ativista Alexey Navalny (preso no ano passado), são impedidas de concorrer nas eleições e sufocadas com acusações criminais, o que em muitos casos as leva a deixar o país.

Apesar de, em tese, estarem em campos políticos opostos, o Partido Comunista e o Liberal Democrata não costumam divergir quando o assunto é Putin.

“Na maioria das vezes (…), tanto os liberais democratas quanto os comunistas parecem satisfeitos em oferecer apenas oposição simbólica. Em questões de política externa, eles apoiam amplamente a agenda de Vladimir Putin, e ambos não têm muito interesse em melhorar os laços com o Ocidente. Em 2020, nenhum deputado dos dois partidos se opôs às mudanças constitucionais que deram a Putin a opção de ficar mais 12 anos no poder”, indicou o relatório do Parlamento Europeu.

O Somente Rússia – Pela Verdade é considerado pró-Kremlin e o Novo Povo foi descrito por associados a Navalny como um projeto do governo Putin, criado para dividir os votos da oposição sem prejudicar o Rússia Unida.

Críticas isoladas à invasão da Ucrânia
Apesar dessa situação extremamente controlada pelo presidente russo, esporadicamente ocorrem episódios de manifestação de dissidência, como quando três parlamentares do Partido Comunista criticaram a invasão da Ucrânia.

Oleg Smolin, deputado da Sibéria, se disse “chocado” numa rede social. “Como intelectual russo, estou convencido de que a força militar deve ser usada na política apenas como último recurso”, afirmou. “Eu não poderia votar pelo reconhecimento das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk [na região de Donbass] sem me trair.”

Mikhail Matveyev, deputado da região de Samara, escreveu também nas redes sociais que votou “pela paz, não pela guerra”, “para que a Rússia se torne um escudo, para que Donbass não seja bombardeada, e não para que Kiev seja bombardeada”. Entretanto, ele depois apagou as mensagens, alegando que estariam sendo utilizadas por outros países “para incitar o ódio mútuo”.

O último parlamentar russo a se manifestar, Vyacheslav Markhaev, senador da Sibéria, criticou no Facebook o fato de a Rússia ter escondido “planos para desencadear uma guerra em grande escala contra nosso vizinho mais próximo”.

Apesar dessas poucas vozes discordantes sobre a invasão da Ucrânia, poucos dias depois a Duma aprovou por unanimidade uma lei que prevê pena de 15 anos de prisão para quem divulgar fake news na Rússia sobre os militares do país – o que inclui, por exemplo, chamar de “invasão” ou “guerra” o que Putin descreve como uma “operação militar especial” em andamento no país vizinho.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/existe-oposicao-no-congresso-russo/
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PEDIDO DE EXTRADIÇÃO DE ALLAN DOS SANTOS NÃO TEM SENTIDO

 

Como quer o STF

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Jornalista Allan dos Santos, do canal Terça Livre, teve a extradição dos EUA determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF| Foto: Agência Senado

O ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do “Inquérito do Fim do Mundo”, no Supremo Tribunal Federal (STF), está cobrando do Ministério da Justiça informações sobre a extradição do jornalista Allan dos Santos, que está nos Estados Unidos. Moraes determinou a extradição dele em outubro do ano passado.

O que Moraes esquece, no entanto, é que os EUA, tem por tradição não devolver perseguidos políticos ao país de origem. Ou seja, o governo brasileiro terá que “rebolar” para explicar que Santos não é um perseguido político, mas um “perigo” para a democracia brasileira.

Será muito difícil isso, porque não estamos falando de um guerrilheiro, um sequestrador, alguém que fabrica bombas, um assaltante, um sabotador, não, mas de um jornalista que fala, que aí sim, é verdade, não tem papas na língua.

Os americanos podem pensar: mas o governo brasileiro está perseguindo esse jornalista. Como é que o governo vai explicar que não é o Poder Executivo, o Ministério de Relações Exteriores ou o da Justiça, nem o presidente da República e nem o Congresso Nacional que estão pedindo isso, mas um ministro do Supremo. É difícil de explicar isso para um país que tem tradição de dar asilo político.

Mercado canadense
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que o Canadá está abrindo o seu mercado para receber carne bovina e suína do Brasil. Ela é uma grande estrategista e o que tem feito muito nesses três anos à frente do Ministério. Ela já abriu 200 novos mercados.

Vale lembrar que o Canadá é um dos maiores produtores de potássio e que nós precisamos importar de 90% a 95% desse mineral que é usado para fertilizar nossas terras e produzir alimento.

O Ministério da Agricultura está tendo papel fundamental num momento que a guerra no Leste Europeu prejudica o abastecimento. O Brasil é, atualmente, o maior importador do mundo de fertilizantes. Por isso, temos que conseguir o máximo possível de suficiência interna desses produtos.

Agora é impeachment
Lula não quer mais falar em “golpe” contra Dilma Rousseff. Porque agora ele está conversando com quem votou pelo impeachment da ex-presidente. Em entrevista à rádio Banda B, do Paraná, o petista afirmou que se fosse conversar só com quem foi contra o afastamento de Dilma, não teria com quem conversar. Por isso, está indo atrás do Gilberto Kassab, do PSD; do Renan Calheiros do MDB; do Geraldo Alckmin, que era do PSDB, e etc.

Ora, Lula conhece as ruas. Ele não acredita em pesquisas. Por isso, está fazendo o que o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, disse que faria na Segunda Guerra Mundial: que se aliaria até com o diabo para combater Hitler. Pois é o que o Lula está fazendo.


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FORÇAS PODEROSAS AGEM CONTRA O PROGRESSO DO BRASIL

Atraso econômico
As forças insanas que agem contra o progresso do Brasil

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Indígenas de várias etnias fazem caminhada para acompanhar em frente ao STF a votação do chamado Marco temporal indígena


Indígenas protestam em Brasília, em frente ao STF, contra a votação do chamado marco temporal para demarcação de terras indígenas, no ano passado| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O grande inimigo da prosperidade econômica do Brasil – e, por consequência, da real melhoria das condições de vida dos brasileiros – tem sido a pandemia do coronavírus, pelo desastre sem precedentes que provocou na atividade produtiva do país. Mas o vírus está sendo vencido, aqui e no restante do mundo. Com o tempo, ele não estará mais presente no dia a dia da humanidade, e será possível voltar às condições normais para a operação da economia.

O problema real, para o Brasil, está no seu vírus permanente, que existia muito antes da Covid e vai continuar existindo, cada vez mais forte: a ação destrutiva que exercem contra o progresso um conjunto insano de leis, a burocracia em todos os seus níveis e o sistema judiciário de um modo geral.

Nada impede de forma tão agressiva o Brasil de crescer, hoje em dia, quanto a combinação desses três fatores. Não se trata de uma questão abstrata, e muito menos de algo que só interesse a empresários ou a quem tenha dinheiro a perder ou ganhar. Combater o progresso é combater diretamente qualquer possibilidade de avanço social no Brasil – um país que precisa desesperadamente vencer a pobreza e prover uma existência mais digna para a grande maioria da sua população.

Agir contra o desenvolvimento econômico é agir contra o aumento de oportunidades para os pobres, a oferta de empregos e a distribuição de renda. É bloquear a aquisição de conhecimento, essencial para o cidadão melhorar seus níveis de remuneração. É impedir a criação de riqueza – e sem criar riqueza não se cria renda.

O que se vê no Brasil todos os dias é o aparelho do Estado trabalhando ativamente para impedir o progresso em tudo aquilo em que pode interferir. São as milhares de repartições públicas que têm o poder de dar ou negar “licenças” – e para tudo é preciso pedir licença ao burocrata. É, sobretudo, o Ministério Público, que proíbe o tempo todo as empresas de realizarem investimentos nas suas atividades ou de executarem projetos de novos negócios. É o Judiciário, que na maioria das vezes atende exigências do MP e paralisa durante anos a fio, e às vezes para sempre, as tentativas de produzir mais e melhor por parte da iniciativa privada.


Temos, neste momento, o exemplo da mineração de potássio no Amazonas – existem as minas, com 800 milhões de toneladas, os investidores, o projeto industrial, o cumprimento de todas as regras ambientais, mas o MP bloqueia qualquer atividade na área desde 2016. Sua alegação: a mina está “próxima” a uma reserva indígena, e essa proximidade pode perturbar a tribo ali residente.

O aproveitamento desse potássio, que hoje o Brasil tem de importar para sua produção de fertilizantes, é essencial para o agronegócio brasileiro – e o agronegócio é essencial para a economia do país. Mas o MP, com o amparo da Justiça, passa por cima disso tudo em busca de um suposto benefício a uma minoria. É um caso clássico de interesse comum sendo sacrificado por interesses particulares.

É, também, uma lição objetiva sobre as enormes forças que agem contra o progresso no Brasil atual. Seus integrantes acham que o desenvolvimento econômico é um mal em si. Vai atrapalhar os índios, as florestas e o meio ambiente em geral. Significa, sempre, agressão à natureza – ou degradação do meio ambiente, poluição da atmosfera e aumento da taxa de carbono.

Mais que isso, crescimento conduz a lucro – e boa parte dos membros do MP acredita que o lucro é um pecado mortal, como o capitalismo em geral, e tem de ser combatido de todas as formas possíveis.

A prioridade absoluta, para esses procuradores, é deixar o Brasil parado exatamente onde está; nós continuamos tendo tudo aquilo que temos, mas quem é pobre que continue pobre, quem não tem emprego que continue não tendo, e quem faz trabalho primitivo e mal remunerado que não saia do mesmo lugar.

Só o crescimento econômico sem amarras pode curar essas coisas. Se você é contra o remédio, é a favor da doença. É onde estamos.


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BOLSONARO QUER ZERAR IMPOSTOS SOBRE COMBUSTÍVEIS

 

  1. Economia 

Presidente deixou claro que vai passar por cima da orientação da equipe econômica de não bancar uma desoneração indiscriminada sobre os combustíveis

Adriana Fernandes*, O Estado de S.Paulo

O presidente Jair Bolsonaro jogou gasolina na fogueira da “guerra” política travada no governo para a adoção de novas medidas compensatórias para segurar o impacto da alta do preço do petróleo na bomba dos consumidores. Ao acenar no sábado passado com a redução também de tributos incidentes sobre a gasolina, com custo de quase R$ 27 bilhões aos cofres públicos, Bolsonaro deixou claro que vai passar por cima da orientação da equipe econômica de não bancar uma desoneração indiscriminada sobre os combustíveis. Ele ainda culpou o Senado por não ter aprovado, na semana passada, a medida junto com o corte de tributos do diesel.  

Segundo o presidente, um projeto de lei complementar poderá ser encaminhado para impedir que todo o reajuste concedido pela Petrobras chegue às bombas dos postos.

O presidente também já avisou aos auxiliares que pretende aumentar o vale-gás. Hoje, o governo banca 50% do preço médio do botijão (13kg) para cada família de baixa renda que recebe o Auxílio Brasil. Bolsonaro quer que o programa pague o preço de todo o gás.

O impacto da desoneração da gasolina poderá alcançar R$ 23,84 bilhões de PIS e Cofins e mais R$ 3,01 bilhões da Cide, contribuição que incide sobre os combustíveis. Já o vale-gás tem custo de R$ 1,9 bilhão.

Os cálculos são do Ministério da Economia, que vê a redução maior de impostos, abarcando também a gasolina, com grande preocupação e uma medida pouco eficiente.

Bolsonaro e Guedes
Jair Bolsonaro, presidente da República, e Paulo Guedes, ministro da Economia; presidente deixou claro que vai passar por cima da orientação da equipe econômica de não bancar uma desoneração indiscriminada sobre os combustíveis Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters

Após quase dois meses com os preços congelados, e em meio a pressões para não trazer a volatilidade do mercado externo para o Brasil, a Petrobras anunciou, na semana passada, um aumento da gasolina em 18,7%; o diesel, em 24,9%; e o gás de cozinha em 16%.

Uma preocupação adicional é a retirada da desoneração com uma eventual melhora do cenário internacional que estabilize a alta volatilidade de preços do petróleo depois que a Rússia invadiu a Ucrânia. Na área de incentivo tributário, a máxima que corre em Brasília é a de que é mais fácil conceder e muito difícil acabar com ele mais tarde. Um problema com potencial de espirrar para o próximo presidente, em 2023, se a desoneração valer até o fim do ano.

O Congresso já aprovou a desoneração do diesel, do biodiesel, GLP e, na última hora, do querosene de aviação. O custo estimado de perda de arrecadação é próximo de R$ 20 bilhões. O etanol anidro e o hidratado ficaram de fora da redução de tributos.

Como ocorreu com o diesel, o projeto visa a afastar a necessidade de o governo ter que compensar a desoneração da gasolina com aumento de outros tributos. Essa é uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Como mostrou o Estadão no sábado, a pressão para a desoneração da gasolina é crescente, como segue forte o lobby das empresas de transporte público, e para corte de tributos do etanol. O lobby das empresas aéreas para a desoneração do querosene, capitaneado pela Azul Linhas Aéreas, foi bem-sucedido com custo de R$ 317 milhões de perda de arrecadação.

O governo também já decidiu pela redução dos impostos do frete marítimo, que diminuirá em cerca de R$ 4 bilhões por ano. Essa medida tem apoio do Ministério da Economia porque reduz o custo da importação de insumos. O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, antecipou que vai “eliminar e remover” impostos na importação de insumos.

Além dessa orientação de Guedes para o corte de tributos, o Ministério da Economia prefere focar na concessão de subsídios – no caso de a medida prevalecer como querem aliados políticos do presidente – para a população mais pobre via o programa social Auxílio Brasil e na concessão de uma bolsa caminhoneiro.

Ainda assim, há dúvidas em relação à viabilidade desse tipo de subsídio orçamentário em ano de eleições, sem ferir a lei eleitoral. Essa incerteza jurídica, admitem integrantes do governo, é até mais ampla e abarca até mesmo o corte do IPI já adotado e outros benefícios que estão no radar, como o vale-gás. Em última instância, essas adoção dessas medidas em ano de eleições podem ser questionadas pelos adversários do presidente na Justiça Eleitoral, admitem integrantes do governo.

Na disputa pela sua reeleição, o presidente aumentou a pressão pela desoneração da gasolina e pela adoção de um subsídio temporário de alguns meses porque recebeu informações de que a desoneração do diesel terá pouco impacto na bomba, já que dificilmente o corte de tributos será repassado integralmente. Um dos argumentos para não repassar ao consumidor é de que o estoque foi comprado com preço mais alto. Por outro lado, o movimento para aumentar o corte de tributos chamou a atenção dos investimentos do mercado financeiro para o risco para as contas públicas.

*REPÓRTER ESPECIAL DE ECONOMIA EM BRASÍLIA

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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