segunda-feira, 14 de março de 2022

CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA E SUAS ALIANÇAS

Eleições 2022
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Os pré-candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sergio Moro (Podemos), Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT)| Foto: Mohammed Badra/EFE; Saulo Rolim/Podemos; Alan Santos/PR; Reprodução/Twitter

Faltando cerca de sete meses para o primeiro turno das eleições, pré-candidatos ao Palácio do Planalto já começam a definir suas alianças e possíveis nomes para vice na corrida presidencial. Neste cenário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende oficializar seu nome na disputa no começo de abril, logo depois do prazo final da janela partidária.

A expectativa do partido do petista é lançar a candidatura em um evento em São Paulo já com a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin como vice de Lula. Alckmin está com filiação acertada com o PSB e deve oficializar sua entrada na sigla nos próximos dias. Até lá, Lula pretende consolidar também o apoio do PSol, sigla da esquerda que ainda apresenta entraves para fechar uma aliança com o PT.

Crítico da composição de Lula com Alckmin, o PSol elencou uma série de exigências consideradas relevantes para a militância de esquerda como forma de estar na coligação petista. Entre as demandas, os integrantes do PSol defendem a revogação do teto de gastos, da reforma trabalhista e a taxação de grandes fortunas. Até o momento, Lula já sinalizou que pretende alterar a lei do teto de gastos e da reforma trabalhista caso seja eleito.

Paralelamente, Lula pretende negociar com o PSol para que a sigla retire a pré-candidatura de Guilherme Boulos para o governo de São Paulo. O objetivo do petista é angariar o máximo de apoio para a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad na disputa estadual.

“Vamos buscar até o último minuto uma convergência entre os partidos de esquerda para a disputa estadual, desde que o acordo não anule o PSol”, argumenta Boulos. Nos bastidores, líderes do PT admitem que Lula deve indicar apoio ao nome de Boulos na disputa pela prefeitura de São Paulo na disputa de 2024.

Nesta estratégia, Boulos sairia neste ano como candidato para a Câmara dos Deputados, fortalecendo a bancada da legenda. Em 2020, Boulos chegou ao segundo turno da disputa municipal da capital paulista, mas acabou sendo derrotado por Bruno Covas (PSDB).

O PT pretende ainda consolidar a criação de uma federação com outros partidos de esquerda como o PV e o PCdoB. O PSB chegou a discutir a entrada no grupo, mas acabou desistindo depois de entraves com a cúpula petista.

Bolsonaro busca vice enquanto tenta manter aliança com o Republicanos 
Filiado ao PL, o presidente Jair Bolsonaro deve indicar um nome aliado para a vaga de vice na chapa presidencial. Até o momento, o ministro da Defesa, Braga Netto, é o nome mais cotado para o posto. Para isso, o chefe da pasta precisa deixar o cargo até 1º de abril.

O nome da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vinha sendo apontado pelos partidos do Centrão como uma opção para o posto. A ministra, que é deputada federal licenciada, vai trocar o União Brasil pelo PP, sigla que pleiteia a indicação de vice na chapa de Bolsonaro.

Apesar disso, Tereza Cristina pretende disputar uma cadeira no Senado pelo Mato Grosso do Sul. De acordo com aliados da ministra, a eleição para o Congresso é um projeto pessoal e que ela só abriria mão caso houvesse um pedido de Bolsonaro.

Até o momento, Bolsonaro já conta com acordo para ter, além do PL, o apoio do PP e do PTB na coligação de reeleição. Aliado do governo do presidente desde o início do mandato, o Republicanos vive um racha sobre a participação na coligação deste ano. Para amarrar o apoio do partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, Bolsonaro pretende contemplar líderes do Republicanos com alguns ministérios durante a reforma ministerial, prevista para ocorrer no próximo mês.

Até o momento, Bolsonaro já confirmou que oito ministros irão deixar o governo para disputar cargos eletivos neste ano. De acordo com integrantes do Planalto, o Republicanos deve manter a gerência do ministério da Cidadania, que atualmente está com João Roma, além da indicação para o ministério da Mulher, da ministra Damares Alves.

Na chamada terceira via, pré-candidatos como o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (Podemos), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a senadora Simone Tebet (MDB) vivem um impasse sobre a unificação das candidaturas do grupo. Até o momento, os três nomes ainda patinam nas pesquisas e passam por resistências dentro de suas siglas diante do cenário de polarização entre Lula e Bolsonaro.

Nesta sexta-feira (11), um levantamento do instituto Ipespe trouxe o ex-presidente Lula na liderança com 43% das intenções de voto, seguido do presidente Bolsonaro, com 28%. O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) está empatado com o ex-juiz Sergio Moro em terceiro, ambos com 8%. Na sequência aparece Doria, com 3%, seguido por Tebet, que somou 1%.

No Podemos, o principal entrave enfrentado por Moro diz respeito ao uso do fundo eleitoral para custear a candidatura presidencial do ex-juiz. A bancada de deputados defende que a maior parte do montante, de cerca de R$ 230 milhões, da sigla seja empregado na renovação dos seus mandatos.

Além disso, o ex-juiz enfrenta dificuldades para construir palanques estaduais, como em São Paulo, onde o deputado estadual Arthur do Val acabou retirando sua pré-candidatura ao governo paulista depois da divulgação do áudio em que ele diz que refugiadas ucranianas “são fáceis porque são pobres”. O episódio acabou resultando na saída de do Val do partido do ex-juiz.

Assim como Moro, o governador de São Paulo, João Doria, também enfrenta resistências dentro do ninho tucano por conta do fundo eleitoral. Parte dos deputados do partido defende que o fundo da sigla seja usado para eleição de nomes para o Congresso, diante do desempenho de Doria nas pesquisas. Como forma de se contrapor à candidatura, deputados do partido defendem que o pré-candidato banque a campanha com recursos próprios.

Apesar disso, aliados do governador paulista acreditam que a pré-candidatura possa ganhar musculatura a partir do próximo mês, quando Doria vai deixar o Palácio dos Bandeirantes para rodar o país em pré-campanha. O objetivo de Doria é explorar a campanha de vacinação contra a Covid e os índices da economia paulista para dar visibilidade para a candidatura.

Na esteira do grupo, a cúpula do MDB tem apostado nos baixos índices de rejeição de Simone Tebet para alavancar a candidatura emedebista. A estratégia é dar visibilidade para o nome de Tebet até o período de registro das candidaturas, previsto para ocorrer em junho.

“É a hora de os candidatos se apresentarem. Eu mesma sou muito pouco conhecida, mas em compensação tenho o menor índice de rejeição entre todos os pré-candidatos [à Presidência]. Lá na frente vamos ver se vamos nos unir ou não. Eu estou convicta que eu tenho condições de ser essa candidatura da convergência do centro democrático”, disse Simone durante evento da XP Investimentos.

PDT tenta atrair Datena para vice na chapa de Ciro Gomes 
Como forma de manter a candidatura de Ciro Gomes, a cúpula do PDT busca filiar o apresentador José Luís Datena para indica-lo como vice na chapa do partido. “Reiterei o convite para ele vir para o PDT. Ele tem forte apelo popular e ajudaria em qualquer caminho”, avaliou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

O apresentador da TV Band já ensaiou diversas vezes entrar para a política, mas sempre acabou recuando da disputa. Em janeiro, afirmou que seria candidato ao Senado, mas ainda não havia definido sua filiação. Até então, Datena estava filiado ao PSL, mas decidiu deixar o partido depois da fusão com o DEM para criação do União Brasil.

Paralelamente, o PDT tenta atrair a ex-senadora Marina Silva para a campanha, junto com o partido Rede Sustentabilidade. Marina chegou a ser cotada para vice na chapa do pedetista, mas acabou declinando do convite. Os aliados de Ciro Gomes desejam quem ela ocupe um posto na estrutura de campanha.

Sem Pacheco, Kassab busca alternativa para ter um nome na corrida presidencial
Cortejado por Lula, o presidente do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab ainda busca uma alternativa para a disputa ao Planalto neste ano. O cacique chegou a trabalhar para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), entrasse na corrida presidencial, mas o mineiro acabou recuando da pré-candidatura.

O objetivo de Kassab é evitar uma debandada de deputados do partido, que se dividem entre o apoio ao nome de Lula e de Bolsonaro na disputa. Com candidatura própria, o PSD ofereceria uma neutralidade na disputa do primeiro turno. Além disso, o presidente do partido pretende liberar os seus diretórios para construção de alianças de acordo com os interesses estaduais.

Como alternativa ao nome de Pacheco, Kassab tenta atrair o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O gaúcho foi derrotado por Doria nas prévias tucanas e tem se movimentado contra a candidatura do governador paulista.

Leite, que está nos Estados Unidos, pretende se reunir com Gilberto Kassab na próxima semana para uma tentativa de acordo. “O convite já foi feito e o prazo para a filiação é o fim da janela partidária, [1º de abril], porque ele terá que renunciar ao governo do Rio Grande do Sul”, afirma o líder do PSD no Senado, Nelsinho Trad (MS).

O encontro entre Kassab e Leite deve ocorrer na próxima terça-feira (15), em Porto Alegre. Nesta data, o presidente do PSD estará na capital gaúcha para a filiação da secretária extraordinária de Relações Federativas do governo Leite, Ana Amélia Lemos.

VEJA TAMBÉM:
Qual é a estratégia do PT para desgastar a candidatura de Moro à Presidência
PSD minimiza desistência de Pacheco, mantém tese de candidatura própria e vê Leite como plano A
Metodologia de pesquisa citada na reportagem

O levantamento do instituto Ipespe, encomendado pela XP Investimentos, ouviu, por telefone, 1mil eleitores entre os dias 7 e 9 de março. A pesquisa tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-03573/2022.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/candidatos-vices-aliancas-o-que-ja-foi-e-o-que-falta-ser-definido-para-a-corrida-presidencial/
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NO BRASIL SÓ O STF QUE DIZ A VERDADE E AI DAQUELES QUE SÃO CONTRA

 

Artigo
Por
Pedro Henrique Alves, especial para a Gazeta do Povo

O ministro do STF Luís Roberto Barroso: cada dia mais o STF engole as funções dos demais poderes sob a luz do sol, na cara de todos| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Entre todas as formas de autoritarismo que “vira e mexe” recobrem a mentalidade social brasileira, aquela que julgo ser a mais ameaçadora trata-se da sede constante dos tribunais superiores, mídias e políticos em ser mediadores da verdade, dos fatos e da realidade dos indivíduos.

Em ‘A cultura do cancelamento”, livro lançado recentemente no Brasil, o sensato e polêmico democrata Alan Dershowitz comenta: “Nem a liberdade de expressão nem o devido processo legal são garantidores da liberdade, da democracia ou da verdade, pois ambos contam com a inteligência, e a boa vontade, de seres humanos falíveis”. A liberdade de expressão e as demais liberdades fundamentais de um indivíduo não são geradas nem praticadas a partir de instituições e pessoas de poder.

Se é verdade, como bem disse Roger Scruton em ‘Conservadorismo: um convite à grande tradição’, que a liberdade não nasce de um vácuo, mas depende de uma estrutura social que lhe dê fundamento, é tão verdade quanto que não são tais esteios sociais que geram e lhe dão praticidade. Quem pratica e vive a liberdade são os indivíduos, as instituições apenas garantem ou – mais comumente – atrapalham os indivíduos no ato de exercê-la. As liberdades, a consciência individual, o julgamento e as escolhas pessoais não são terceirizáveis a instituições e juízes. A verdade que todos parecem ter esquecido é que, ou os indivíduos são livres, conscientes e capazes de escolherem seus caminhos, ou a liberdade não passa de uma cilada ideológica, uma lenda tosca que contamos para dar sentido a vidas patéticas, uma esperança de proveta feita para acalentar moribundos.

Aos poucos, juízes, políticos e seus agentes elaboram mecanismos jurídicos, midiáticos e políticos para censurar, punir e até prender pessoas, porque elas não agem tal como suas deliberadas vontades julgam corretas.

Sai a economia, entra a cultura
Para entender isso, precisamos recuar um pouco e compreender a filosofia jurídica que abarca tudo isso. Helen Pluckrose e James Lindsay, em ‘Teorias cínicas’, explicam como o pós-modernismo nutriu na mentalidade social da esquerda a mudança de polo da economia para a cultura, e como o marxismo deixou de ser uma espécie de teoria filosófica passiva, de espera da queda do capitalismo, para se tornar um progressismo ativo, gerador de mudanças sociais profundas.

Descendo das puras teorias ortodoxas do marxismo acadêmico do século XIX, o progressismo pós-modernista é antes um facilitador de ações. Ativistas, militantes e políticos de convicções progressistas, agora, são vistos em pé de igualdade com aqueles que produzem teorias a fim de fundamentar tais percepções.

No início do século XX, o marxismo se viu em uma leve crise existencial, pois havia uma crença arraigada – quase catequética – de que o capitalismo e a propriedade privada deveriam colapsar em algum momento, e justamente nesse instante o comunismo surgiria como o príncipe no cavalo branco para salvar a humanidade.

Mas o capitalismo estava se fortalecendo ao invés de degringolar, e o pior, os indivíduos não só não odiavam o capitalismo e suas propriedades, como pareciam gostar, cada vez mais, das benesses que o livre mercado criou. A Escola de Frankfurt, por exemplo, nasce com a convicção de que o marxismo tradicional devia ser revisado, bem como a sua estratégia de passividade ser revogada, adotando agora uma postura ativa de mudança social através de ativismos, pedagogias e a tomada de espaço cultural e político.

Em ‘A ideologia alemã’, escrito mais emblemático e que, pessoalmente, mais gosto de Karl Marx, o alemão disserta sobre o seu conceito de alienação e conclui que a moral conservadora da sociedade cria uma espécie de bruma sintética que anestesia as percepções dos indivíduos, fazendo com que eles não percebam suas condições de oprimidos e, por isso, não se revoltem imediatamente contra seus patrões e contra o sistema de mercado livre. É justamente aqui que entra a sanha de mediação das liberdades, opiniões e percepções da realidade dos juízes e políticos.

Ungidos
Em ‘Rumo à juristocracia: as origens e consequências do novo constitucionalismo’, o cientista político canadense Ran Hirschl mostra-nos como o conceito de “mediação constitucional”, papel das Cortes Supremas, tornou-se uma prática de mediação cultural, política e até de discernimento individual. Embebecidos na crença progressista de que o povo, alienado em moralidades conservadoras, não percebe o que é melhor para si mesmo, que não compreende a importância e os desafios da democracia contemporânea e de outros dispositivos institucionais do país, os juízes se sentem no direito de se tornarem mediadores, ungidos, sacerdotes não eleitos das escolhas da população. Sobre isso, diz Thomas Sowell em ‘Os Ungidos’:

As definições mais ambiciosas de liberdade e justiça, por exemplo, na visão dos ungidos, são consistentes com a extensa tomada das capacidades humanas que eles assumem. […] Não é meramente o fato de que o engenheiro não pode realizar uma cirurgia, o juiz, em suas decisões, não pode aventurar-se muito longe de sua expertise limitada da lei, sem a possibilidade de criar desastres ao tentar se tornar um filósofo social que pode transformar a lei em um instrumento de alguma visão maior do mundo.

E é justamente isso o que Luís Roberto Barroso denomina de “novo iluminismo”, essa tentativa de verter juízes em especialistas supremos sobre tudo, deuses da República, homens que têm livre trânsito entre as regras sociais que todos os outros mortais devem seguir sem contestar. Por isso que assistimos, cada vez mais, as quebras das regras da própria corte por seus magistrados; quando Alexandre de Moraes se torna acusador, inquiridor e juiz no mesmo processo, ele o faz em nome de uma intervenção NECESSÁRIA e HETERODOXA nas regras do jogo.

O STF então cria leis tal como xamãs criam doutrinas; baseado no argumento de que a não deliberação do legislativo sobre um tema cria uma brecha jurídica para que a Suprema Corte possa fazer leis à revelia dos representantes diretos da população, cada dia mais o STF engole as funções dos demais poderes sob a luz do sol, na cara de todos. E, vejam, tudo isso quem diz são eles mesmos, os homens de toga. Luis Roberto Barroso, em um artigo escrito para a Folha de São Paulo, em 23 de fevereiro de 2018, diz: “Cortes constitucionais, porém, desempenham também uma função representativa, quando atendem demandas sociais que não foram satisfeitas a tempo pelo Legislativo”.

Em suma, juízes e políticos, cada vez mais, rompem o véu da democracia ao avançarem violentamente contra a representatividade, a repartição dos poderes, e, o mais importante de todos, sobre as garantias constitucionais de liberdade dos indivíduos. Mark Victor Tushnet, professor da Harvard Law School, em seu livro ‘Taking the Constitution away from the courts’, mostra-nos como o ativismo judicial transformou o mundo moderno numa autarquia cada vez mais dura e hipócrita.

Se as opiniões dos indivíduos se tornam cada vez mais irrelevantes, dado que uma corte pode interferir em sua vontade política, expressa através de seus mandatários políticos, a democracia vai se tornando algo vazio de significado. No fim, uma lei criada a partir dos representantes populares pode ser simplesmente revogada e reescrita, sem nenhum apreço ao processo legal; e, após isso, outra ideia rigidamente contrária à ideia inicial dos representantes, subitamente criada à revelia da vontade popular direta ou indireta, pode passar a vigorar, porque alguns juízes assim o querem. No fundo, estamos falando da própria morte da democracia.

Dos políticos vem o controle de acesso à informação da mídia, a pré-interpretação e condução dos fatos; das cortes, a criação de instrumentos de repressão às liberdades individuais e o rompimento com as estruturas republicanas. Tudo isso está acontecendo agora, neste instante, e não se trata de teoria da conspiração, tudo é verificável.

Em nome da eleição que está por chegar, o TSE já baniu contas que eles consideram ser propagadoras de notícias falsas, irá punir, como numa corte inquisitorial, a vadiagem opinativa de pessoas que não concordam com eles.

O TSE está comemorando a parceria com grandes players midiáticos para o combate a fake news; em suma Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai irão verificar e, porventura, excluir mensagens que eles denominam de fake news.

O que significa isso?

Significa que o Orwell profético mais uma vez acertou: o Ministério da Verdade foi criado. Centenas de pessoas contratadas por agências de checagem, na sua maioria de tendência abertamente progressista, irão dizer a todos os brasileiros qual notícia é falsa e qual é verdadeira, vão punir pessoas por espalhar links que eles consideram mentirosos e também profissionais que produzirem conteúdos que não se adequem às diretrizes do Kremilin… quero dizer, do TSE.

Já mediadores da nossa vontade política, os togados agora estão virando mediadores da consciência. Desde o advento da primeira célula nesse planeta, nunca tivemos tão perto de voltarmos a ser amebas.


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PETROBRAS QUER EXPLORAR O PRÉ-SAL MAIS RÁPIDO ANTES DA CHEGADA DE UMA NOVA ERA

 

  1. Opinião 

Compromisso é não permitir que recursos repousem no fundo do mar enquanto aguardamos a chegada de uma nova era.

Joaquim Silva e Luna, O Estado de S.Paulo

O mundo vive um período de mudanças e um desafio coletivo. Para que os impactos mais graves da mudança do clima sejam evitados, é necessário que ocorra uma profunda redução das emissões de gases de efeito estufa – provocadas, em parte, pela produção e pelo consumo de energia fóssil. Ao mesmo tempo, o crescimento populacional segue acelerado e é necessário garantir acesso à energia para o desenvolvimento social e humano.

Neste cenário, é consenso que ocorrerá uma mudança na matriz energética mundial para o uso de fontes menos poluentes – a chamada transição energética. As divergências estão no intervalo de tempo que ainda levará até que o petróleo deixe de ser a principal fonte mundial de energia – hoje, ele ainda é responsável por mais da metade de toda a energia produzida e, mesmo nos cenários que preveem uma transição mais acelerada, continuará sendo utilizado por muitos anos.

Em razão disso, a indústria de óleo e gás está constantemente traçando cenários e investindo em estratégias para a transição. Nenhuma empresa do mundo, no entanto, está na mesma posição que a Petrobras para essa mudança: somos os maiores produtores e grandes conhecedores da principal fronteira exploratória do mundo, o pré-sal. Quanto tempo temos pela frente para produzir e encontrar mercados para esse petróleo?

A certeza da transição leva a Petrobras a ter pressa no pré-sal. O petróleo vindo dessa camada já é responsável por mais de 70% da produção de petróleo da companhia. É muito, mas sabemos que ainda há relevantes reservas abaixo do oceano e da camada de sal, que podem se transformar em recursos passíveis de ser convertidos em ganhos para toda a população.

O investimento realizado pela indústria do petróleo retorna em grande escala para a sociedade, já que a tributação petrolífera no Brasil representa aproximadamente 70% da renda da atividade, bem acima da carga tributária média no País.

Só em 2021, a Petrobras arrecadou para os cofres públicos R$ 203 bilhões em tributos. As participações governamentais, por exemplo, aumentaram mais de 70% no ano passado, em relação ao ano anterior.

Além disso, estudos indicam que cada R$ 1 bilhão investido em negócios de exploração e produção gera cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos. São recursos e oportunidades das quais o País não pode prescindir e que são importantes para financiar a própria transição energética no Brasil.

A produção do pré-sal contribui para a transição: isso porque o petróleo do pré-sal emite muito menos gases de efeito estufa (medidos em CO2 equivalente, CO2e) para cada barril produzido do que a média mundial: 17 kg CO2e por barril produzido no mundo, ante 10 kg no pré-sal. Consumir petróleo produzido com menos emissão é uma oportunidade imediata de reduzir emissões.

Por alguns anos, a Petrobras precisou limitar seus investimentos e, consequentemente, atrasar o desenvolvimento do pré-sal, porque precisava direcionar boa parte de seus recursos para o pagamento de dívidas. Agora, que a empresa tem suas finanças recuperadas, estamos preparados para aproveitar a janela de oportunidade da transição energética e estamos investindo na aceleração do desenvolvimento do pré-sal.

Até 2026, vamos investir quase US$ 40 bilhões em projetos nesta camada. Das 15 novas plataformas de produção que vamos instalar no Brasil neste período, 12 são para produção de óleo do pré-sal. Estamos falando de uma nova geração de plataformas, resultado de mais de uma década de aprendizado no pré-sal. Os novos projetos trarão aumento de capacidade produtiva, mais eficiência e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Ao fim, 79% de nossa produção de petróleo equivalente virá do pré-sal. Temos, nesta região, o maior ativo em águas ultraprofundas do mundo, o Campo de Búzios, que estará produzindo 1,7 milhão de barris de petróleo em 2026.

Todo este petróleo vai atender de forma mais competitiva à demanda persistente durante a transição energética. Com o pré-sal, estamos em condições de aumentar nossa participação na oferta mundial de petróleo, oferecendo, ao mesmo tempo, uma fonte de energia menos intensa em carbono. Além disso, os recursos vindos desse petróleo permitirão a nossa preparação para o futuro.

Já anunciamos a ambição de atingir a neutralidade das emissões em nossas operações em prazo compatível com o Acordo de Paris, o que inclui meta de reduzir emissões absolutas em 25% até 2030. E estamos investindo em projetos de descarbonização enquanto avaliamos novas possibilidades de negócio em mercados de baixo carbono.

As oportunidades que o pré-sal nos proporciona são tão grandes como são grandes nossas reservas nesta região. Nosso compromisso público com a sociedade é não permitir que esses recursos repousem no fundo do mar enquanto aguardamos a chegada de uma nova era. É responsabilidade desta geração garantir, enquanto há tempo, os benefícios econômicos e sociais decorrentes da produção de petróleo no País.

*

TRANSPLANTES HUMANOS COM ORGÃOS DE ANIMAIS ESTÁ BASTANTE ADIANTADO

  1. Ciência 

Entenda como funciona

Cirurgias com coração e rins de porco abrem caminho na ciência e podem reduzir espera de pacientes

Leon Ferrari, O Estado de S.Paulo

David Bennett, de 57 anos, ganhou um novo coração em janeiro, em um transplante. A diferença para outros pacientes é que ele recebeu o órgão geneticamente modificado de um porco – foi o primeiro procedimento do tipo já registrado. A recuperação do paciente nas semanas seguintes animou médicos, mas após dois meses ele não resistiu. O nome dele, porém, já entrou para a história: o fato de a cirurgia ter sido concluída com êxito e ele ter sobrevivido dois meses são considerados marcos para a medicina e a ciência. 

Para comparação, o primeiro humano a receber transplante de coração convencional, em 1967, viveu mais 18 dias. Nos anos seguintes, a técnica foi melhorada e vem salvando milhares de vidas. “Vai aperfeiçoando a técnica, para que a cada vez se tenha resultado clínico melhor”, diz a geneticista da Universidade de São Paulo (USP) Mayana Zatz.

Xenotransplante
Transplante de coração suíno em humano na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland; comunidade científica, antes reticente, passou a ter mais compreensão de que vale a pena testar xenotransplantes (entre espécies diferentes) Foto: University of Maryland School of Medicine (UMSOM)/Apostila via REUTERS

Nas últimas décadas, especialistas buscam alternativas aos transplantes homólogos (entre humanos), diante do cenário de alta demanda de órgãos e de escassez de oferta. Casos como o de Bennet e de dois outros pacientes, que receberam rins de suínos no ano passado, inauguram uma outra fase na área dos xenotransplantes (transplantes entre espécies diferentes). 

Nos dois outros casos, nos Estados Unidos, o órgão modificado foi acoplado ao corpo de paciente com morte cerebral. Segundo publicações em revistas científicas e material divulgado à imprensa, os procedimentos foram bem sucedidos. Para os próximos meses, os cientistas esperam mais estudos em humanos. “Vai explodir agora”, avalia Mayana, envolvida em pesquisa de xenotransplantes no Brasil. 

“Acompanhando a evolução desses primeiros pacientes, teremos mais informações do que tivemos nos últimos dez anos”, acrescenta o pesquisador Silvano Raia, pioneiro do transplante de fígado na América Latina. 

Ganha espaço na comunidade científica a compreensão de que vale a pena autorizar testes do tipo. David Cooper, cirurgião do Hospital Geral de Massachusetts (EUA) e um dos pioneiros nas pesquisas de xenotransplantes, disse à revista Nature que está na hora de “irmos para as clínicas” para ver como esses órgãos se comportam em humanos.

Desafios

Em 1984, a recém-nascida Stephanie Fae Beauclair, com doença congênita terminal, recebeu transplante de um coração de babuíno e sobreviveu por cerca de 20 dias. O caso Baby Fae chocou a sociedade da época. 

“(A reação) foi muito contrária tanto na classe médica quanto na sociedade”, lembra Raia. A criança, porém, não foi a primeira a receber órgão de espécie diferente. Desde os anos 1960, profissionais estudam essa possibilidade. Ele explica que, já na década de 1980, houve a compreensão de que porcos são a melhor opção. Isso por serem de fácil manuseio e similares, fisiológica e anatomicamente, aos humanos. “Há semelhança de 96% entre o genoma humano e o do suíno. Se fosse muito diferente, provavelmente não daria para usar os órgãos,” diz Mayana.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=yqrmlQ

O transplante de um porco comum, porém, cria rejeição hiperaguda, que exige explante imediato. Por isso, até por volta de 2005, os cientistas se dedicaram a modificar geneticamente esses animais. Mayana destaca que os avanços nos xenotransplantes se deram por descobertas na genética. “Primeiro, a clonagem da ovelha Dolly (em 1996). Depois, o sequenciamento. E, mais recentemente, a técnica do CRISPR (tesoura genética)”, lista.

A edição genética envolve knockouts (bloqueios) e knock-ins (adições) de genes. O cientista pega células de porcos recém-nascidos, bloqueia os genes responsáveis pela produção dos açúcares que geram a rejeição e insere genes humanos para moderar a resposta imune do paciente. A célula modificada é introduzida em um óvulo sem núcleo (sem material genético). Mesmo não sendo uma clonagem, usa-se técnica de transferência de núcleo aprendida com a Dolly.

Mayana destaca que rim, coração, córnea e pele são as estruturas mais visadas nas pesquisas. Rins suínos modificados devem ser a aposta mais comum. Isso não é por acaso: se o xenotransplante falha, é possível colocar o paciente em hemodiálise, máquina que funciona como rim artificial. 

Por ora, um grupo específico de pacientes deve receber o órgão modificado: doentes em fase terminal, quando o transplante seja a única terapia viável. “A previsão de sobrevida deve ser menor do que o tempo para receber transplante humano”, diz Raia. O paciente precisa também ser meticulosamente informado sobre a cirurgia e assinar documento de consentimento.

Avanços

Food and Drug Administration (FDA), agência americana similar à Anvisa, tem avançado nas liberações. Em 2020, aprovou a primeira alteração genômica intencional em uma linha de porcos domésticos, os GalSafe, para uso como alimento e fonte potencial para tratamentos humanos. No fim de 2021, deu autorização emergencial para Bennett receber o coração suíno.

Com doença cardíaca terminal, Bennett havia sido considerado inelegível para o transplante convencional ou para receber bomba cardíaca artificial. “Era morrer ou fazer esse transplante”, declarou ele, um dia antes da cirurgia. “Sei que é um tiro no escuro, mas é minha última escolha”, disse. 

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David Bennett,  57 anos, com doença cardíaca terminal, com doença cardíaca terminal aceitou receber o transplante de coração de porco Foto: University of Maryland School of Medicine (UMSOM)/Apostila via REUTERS

“Se chegar ao ponto em que 100 pessoas no mundo tiverem mais 12 meses de vida (com coração de porco) nos próximos cinco ou dez anos, será incrível”, disse ao Estadão Darren Griffin, professor de Genética da Universidade de Kent, no Reino Unido. 

Para que o órgão não fosse rejeitado pelo sistema imune, Bennett tomava remédios imunossupressores. Um bom sinal foi ele ter vencido a rejeição hiperaguda, que geralmente ocorre minutos após o enxerto, seguida de trombose disseminada nos vasos do transplante e necrose, exigindo explante imediato. Pesquisadores devem criar suínos cada vez mais “compatíveis” com os humanos, para evitar rejeição, além de calibrar o uso de imunossupressores.

Na opinião de Raia, os dilemas éticos não serão os mesmos da época do caso Baby Fae. “As sociedades que defendem os princípios éticos sempre visam a salvar vidas”, afirma. Já Griffin prevê pressão de ativistas defensores de animais. “Eles provavelmente vão achar problemático criar um animal para salvar uma vida humana”, aponta.

Ele também vê risco de desigualdades. “Sempre haverá doadores humanos. Cria uma ‘classe’ de ricos ou privilegiados o suficiente para receber um órgão humano. E o resto recebe o de um porco que, mesmo sendo o melhor do mundo, não funcionará tão bem quanto um humano”, destaca. “Quem vai escolher?”

Benefícios

A busca por “órgãos adicionais” tem por trás uma limitação dos transplantes homólogos: não há órgãos suficientes para quem precisa e milhares morrem nas filas de espera – o que deve aumentar com a tendência de envelhecimento populacional. “Com o decorrer dos anos, os resultados dos transplantes melhoraram muito”, diz Raia. “Ao mesmo tempo, tem aumentado a idade média da população e, em consequência, o número de doenças graves que podem chegar a estágios cuja única solução é substituir o órgão.”

“Vamos precisar de soluções”, ressalta o médico Gustavo Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). O Brasil fechou 2021 com 47.974 pacientes adultos e 976 crianças e adolescentes na espera. Esse total, porém, traz distorções criadas pela pandemia. “O número de pacientes cresceu, mas não conforme seria esperado pela redução de transplantes”, diz. “Reduzimos de 2019 para 2020 em torno de 30%. E 2021 foi o pior ano da atividade.”

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Transplante inédito demonstrou que um coração de porco geneticamente modificado pode funcionar no lugar de um órgão humano sem rejeição imediata pelo corpo Foto: University of Maryland School of Medicine (UMSOM)/Apostila via REUTERS

O transplante renal é o mais demandado. Isso, explica Ferreira, pela possibilidade de hemodiálise, que permite o doente viver sem a estrutura funcional, e pelo avanço de doenças como hipertensão e diabete. 

Cirurgião-chefe do serviço de transplante de fígado do Hospital de Base de Rio Preto, Renato Ferreira da Silva vislumbra, em uma segunda fase dos xenotransplantes, a possibilidade de um animal desenvolvido especificamente para um único indivíduo, com base nas características do sistema imune. “Você terá o seu porco-irmão”, explica. Isso associado a exames de previsão de desenvolvimento de doenças.

Conforme a revista Nature, há só uma empresa com instalações adequadas para criar porcos para estudo clínico, a Revivicor. A tecnologia é cara. “O que temos de ver é a relação de custo e benefício”, diz. Para o cirurgião, o xenotransplante permite reduzir outros gastos envolvidos em um transplante homólogo. Quando houver xenotransplantes em larga escala, aponta, será possível diminuir despesas com internações em UTI, de pacientes à espera de órgãos. 

Haverá, também, mais previsibilidade no horário e evitar operações à noite – o que baixa os valores pagos à equipe. Como não é possível conservar os órgãos em boas condições por longos períodos, muitas vezes os profissionais são acionados às pressas para o transplante. Além disso, reduz-se o período em que o doente fica improdutivo economicamente, aguardando o novo órgão. 

Pesquisa brasileira depende de recurso para construir criadouro de porcos

A equipe liderada pelo pesquisador Silvano Raia estuda xenotransplantes suínos desde 2017 no Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células Tronco da USP. Com a edição genética pronta, o grupo agora espera recursos para construir um criadouro biosseguro, ou pig facility, e contratar mais bolsistas. A iniciativa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e da farmacêutica EMS.

Recentemente, após contato com cientistas de Auckland, na Nova Zelândia, começou a ser estudada a possibilidade de importar células embrionárias de uma raça de porco especial, segundo Raia. Esses animais pesam, no máximo, 140 kg – diferente de outras raças, que alcançam 400 kg. Além disso, os animais ficam isolados no Polo Sul, longe do contato com patógenos. Assim, a edição genética é simplificada. “Diminui o custo, o trabalho”, explica a geneticista Mayana Zatz.

 

EXEMPLOS DE GRANDES MARCAS DE SUCESSO

 

Renato Ribeiro

Histórias de sucesso de grandes marcas como Apple e AirBnB servem de exemplo e inspiração para qualquer empreendedor e profissional. Por isso, vamos contar sobre elas e outras 5 empresas bem-sucedidas.

Quando somos apresentados a uma pessoa logo começamos a fazer perguntas para entendê-la melhor. Por quais experiências já passou, de onde veio e o que faz são apenas alguns pontos em que buscamos algo em comum para que possamos nos identificar. Além disso, queremos saber suas histórias de sucesso (e de fracassos também).

Com as marcas não é tão diferente. Não são só missão, visão e valores que nos fazem escolher um negócio como nosso favorito. A maneira como os conceitos são passados influencia bastante na nossa percepção.

Empreendimentos que apostam em contar histórias para se aproximar do público, por exemplo, são mais bem-sucedidos ao transmitir essas ideias, que por sua vez se tornam fáceis de memorizar.

Talvez você não se lembre em que ano a Microsoft foi fundada, mas sabe que Bill Gates a criou em sua garagem. São as histórias de sucesso contadas por grandes marcas que continuam em nossas mentes e corações e compõem nosso entendimento delas.

Neste texto, vamos visitar algumas narrativas que se tornaram parte do imaginário popular, geraram buzz e serviram para aumentar o reconhecimento de empresas ao redor do mundo. Confira!

1. Converse

É provável que você já teve um All Star Chuck Taylor. Esse símbolo de rebeldia, criado pelo Converse em 1917, foi lançado para servir a jogadores de basquete, mas algumas décadas depois foi substituído por tênis da Adidas e da Puma que ofereciam melhor performance para a prática esportiva. O marketshare da empresa diminuiu e, em 2003, ela foi comprada pela Nike.

Porém, ainda vemos muitos tênis da Converse por aí. O que aconteceu? A nova gestão da marca passou a priorizar o valor sentimental da peça que comercializa e a associá-la a quem nunca a abandonou: as grandes estrelas do rock. De Joe Ramone a Kurt Cobain, muitos artistas integraram esse sapato a seu estilo e criaram moda com ele.

Em 2007, a campanha“History Made and The Making” concentrou-se em evocar justamente essa história, mostrando a importância cultural dos Converses desde a criação da NBA até a popularização do rock’n’roll.

Associada a um revival de modelos tradicionais, em versões inspiradas em quem já os vestiu, ela se tornou um grande exemplo de como marcas podem se inspirar no que aconteceu a elas para se fixarem no imaginário coletivo. Um grande marco nas histórias de sucesso!

2. Apple

A campanha“Get a Mac” da Apple é estudada em todos os cursos de publicidade pela eficácia que teve junto ao público. Criada a partir da comparação entre os computadores da marca de Steve Jobs e aqueles produzidos pela Microsoft, ela durou 3 anos e é provavelmente uma das mais conhecidas do mundo.

Utilizando dois atores, a marca personificou seus produtos neles, comparando um jovem descolado e um executivo sisudo. Ali, a Apple contava uma história: a de que seus produtos são diferentes porque podem fazer de você eficiente, sem torná-lo “quadradão”.

Para uma empresa que sempre valorizou designs ousados, sistemas que se integram facilmente uns aos outros e softwares que podem ser utilizados com facilidade mesmo por quem acabou de ser apresentado a um computador, nada poderia transpor melhor essas ideias do que as conversas entre os dois personagens.

Em alguns anúncios de 20 segundos, os criativos da Apple conseguiram passar todos os valores da organização em que trabalham, sem remeter diretamente a eles. A Apple tem até hoje algumas das maiores histórias de sucesso na tecnologia.

3. O Boticário

Há alguns anos as campanhas mais importantes da O Boticário, como aquelas lançadas para o dia dos namorados, dos pais e das mães são baseadas em histórias. É esse o caso dos filmes criados em“Toda forma de Amor”, um minicurta metragem sobre como as pessoas se conhecem e se apaixonam.

Ali, dá para ver como a marca valoriza todos os seus clientes, independentemente do credo, cor ou sexualidade deles e cria produtos com a única aspiração de que sejam símbolos do amor, para que sejam suas próprias histórias de sucesso.

4. Always

Você sabe de onde veio a expressão “lute como uma garota”? A Always, marca de produtos femininos, resolveu inspirar toda uma campanha na ideia de que meninas podem fazer o que quiserem e reuniu depoimentos de suas consumidoras sobre como elas quebraram barreiras em suas áreas.

Na primeira parte do filme, vemos estereótipos do que uma garota pode fazer e, na segunda, o que elas fazem de verdade. Voltada para o público que acaba de chegar a puberdade, a campanha foi um sucesso na arte de contar histórias.

5. Old Spice

O desodorante Old Spice é um dos produtos masculinos mais conhecidos no mundo, mas as coisas não andavam bem para a marca nos anos 2000. O mercado tinha mudado de linguagem e produtos, como os produzidos pela Axe, se tornado cada vez mais comuns, apelando para um público mais jovem do que o clássico Old Spice fazia. Os novos produtos não chamavam a atenção dessa fatia do mercado e as vendas estagnaram.

Até que nasceu a campanha “Smells like a Man”, com prints, anúncios na TV e sites interativos inspirados na masculinidade representada há muitos anos pela marca e por jogadores da NBL como Isaiah Mustafa. Sem mudar de identidade ou tentar ser jovem como a concorrente, o anúncioThe Man Your Man Could Smell Like sozinho foi o suficiente para aumentar as vendas do produto em27% nos EUA.

6. Do Bem

A do Bem utiliza a própria história para inspirar consumidores desde que foi lançada. Criada por “jovens cansados da mesmice”, ela já contou em suas peças publicitárias tanto a narrativa de como seus sócios largaram os empregos tradicionais para virarem especialistas em suco quanto a origem das frutas que vão parar na caixinha (a fazenda do senhor Francisco).

Sua missão, visão e valores estão presentes em todas as peças, que prezam pela simplicidade e pela inovação. Dentre seus promocionais o mais importante é a caixinha do produto, que a cada vez que é manuseada lembra, em texto, como tudo começou.

7. Airbnb

Algumas marcas têm como consumidores os seus protagonistas e a Aibnb é uma delas. Afinal, são eles que movem todas as operações do negócio, abrindo suas casas para terceiros e oferecendo atrações como passeios guiados pela cidade. Por isso, a comunicação da empresa é voltada para as histórias da comunidade do Airbnb, que são contadas noblog da marca.

Mas foi a campanha“Belong Anywhere” o maior acerto da startup. Ali, ela mostra o que alguém pode esperar ao se hospedar pelo Airbnb e quantas histórias terá para contar depois da experiência.

Quando marcas contam boas histórias nos lembramos delas. Isso nos torna mais próximos do que fazem, ajuda a nos identificarmos mais com os produtos que comercializam e permite que elas criem campanhas de marketing inspiradoras.

Vendas pela internet com o site Valeon

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nas lojas passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nas lojas a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para as empresas.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por 83.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por 700.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

domingo, 13 de março de 2022

PETROBRAS JUSTIFICA AUMENTO PARA EVITAR DESABASTECIMENTO

 

ISTOÉ

Após os reajustes promovidos esta semana nos preços de gasolina, diesel e gás de cozinha, a Petrobras publicou neste sábado, 12, dois vídeos em sua página na internet justificando os aumentos. Conforme a estatal, o último reajuste foi necessário para manter o fornecimento por todas as empresas, mitigando riscos de desabastecimento. A empresa diz que não repassou imediatamente a elevação recente nas cotações do petróleo pois “não transmite volatilidade e sabe da importância de contribuir com combustível acessível.”

Na publicação, a companhia alega que seu lucro recorde em 2021 pode parecer alto, mas na verdade não é. Segundo a empresa, o lucro é compatível com o tamanho dos investimentos. A estatal fechou o ano passado com um lucro inédito de R$ 106,7 bilhões. “Você imagina o quanto é necessário de investimentos para produzir o combustível que chega até você. É um investimento bilionário”, diz.

De acordo com a Petrobras, a taxa anual de retorno empregado na operação da companhia em 2021 foi de 8%, ficando, conforme a estatal, “apenas 2% acima do custo da sua dívida, um retorno justo.”

A publicação diz que a empresa é uma das que mais investem no Brasil e que mais da metade do seu caixa retorna para a sociedade através de tributos, participações governamentais e dividendos para os Estados.

Em 2021, a estatal informa que pagou por hora R$ 23 milhões em impostos e tributos, e que gerou cerca de 10 mil empregos para cada R$ 1 bilhão de investimentos em exploração e produção. “Estamos investindo mais de R$ 70 bilhões por ano, estamos beneficiando mais de 4 milhões de pessoas com aquisição de gás de cozinha para famílias vulneráveis.”

Por fim, a companhia afirma que “aqui não existe monopólio e outras empresas, assim como a Petrobras, também produzem e importam combustíveis”. Segundo a empresa, preços do mercado asseguram o funcionamento e o abastecimento do País. promovido por diversas empresas.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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