sábado, 5 de março de 2022

O CONGRESSO CRIOU UMA ESFINGE COM AS FEDERAÇÕES PARTIDÁRIAS

Política
Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

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A Rede está na coordenação da candidatura Lula, mas a criadora da Rede pode estar como vice na chapa do adversário Ciro Gomes. O PSOL fica na federação de esquerda e apoia Alckmin candidato a vice. PSB e PT se amarram por quatro anos numa federação, mas são adversários em São Paulo, Espírito Santo e outros estados. Esses são alguns exemplos das excentricidades a que os partidos estão sendo levados a resolver, depois da criação das federações partidárias, que têm a intenção de salvar pequenos partidos da condenação à extinção.

Gazeta do Povo publicou há pouco a melhor análise sobre esse imbróglio, num excelente artigo assinado por Rodolfo Costa. Os legisladores, mais uma vez alterando de forma casuística e em causa própria a lei eleitoral, ao substituírem as coligações por federações, criaram uma esfinge e terão que decifrá-la, ou serem devoradas por ela. A união de partidos numa federação os obriga a ficarem juntos pelos quatro anos de duração dos mandatos.

Isso significa que a federação registrada agora na Justiça Eleitoral, obriga os mesmos partidos a estarem juntos nas eleições para prefeito dentro de dois anos. Já imaginaram fechar agora um acordo que vai ter que ser obedecido na eleição para prefeito de São Paulo, de Imperatriz ou de Urucânia?

Até 31 de maio, o TSE homologará as federações que farão tudo junto, na campanha e no mandato de quatro anos. Por enquanto, está tudo em paz na relação PSDB e Cidadania(o mais novo nome do PCB); suas lideranças sempre se deram bem. Mas ainda aqui deve-se considerar se nos 5570 municípios não haverá um comunista raiz que queira combater um prefeito tucano candidato à reeleição, em 2024. Isso se o pré-candidato à presidência, senador Alessandro Vieira, topar ser vice de Doria, que, certamente, não abrirá mão de ficar no pódio  da chapa.

O União Brasil conseguiu juntar o antigo PFL, depois DEM, com o PSL, pelo qual foi eleito Bolsonaro. É presidido por Luciano Bivar, que ficou acima de ACM Neto. Imagino o que resulta da soma dessas duas personalidades. E essa mistura, dizem, poderia fechar federação com o MDB – que já é uma federação de lideranças locais. Quem estudou química vai entender que pode ser uma mistura, mas não uma solução.

O Podemos, que já lançou Moro, está procurando quem acredite na candidatura. Ciro, com o PDT, disse que federar-se é retrocesso. O PL, para onde voltou Bolsonaro, conversou com o PTB, o Pros, Republicanos, Patriota, o PP, mas ficou tudo aberto para que interesses estaduais e municipais não causem defecções no objetivo maior da reeleição.

Uma federação de esquerda pode se tornar um grande bloco ou se fragmentar. PT, PSOL, PV, Rede, PC do B, PSB podem se juntar em torno de Lula, mas em Pernambuco o PT teria que ceder ao PSB o governo do estado; no Espírito Santo, o senador Contarato, do PT, teria que desistir de ser adversário do governador Casagrande, do PSB; Marina, da Rede, tem que deixar de ser vice de Ciro, do PDT. E em São Paulo, o candidato da federação de esquerda será Márcio França, do PSB ou Fernando Haddad, do PT?

Como se nota, a caixa de Pandora da Federação pode soltar as vaidades, os egos, os interesses, as idiossincrasias, os regionalismos, as ambições. O que vai dar?


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PUTIN CONSIDERA A UCRÂNIA O SEU QUINTAL

 

  1. Política 

Segundo Angela Merkel, o presidente russo é um líder do século 19 agindo no século 21

João Gabriel de Lima, O Estado de S.Paulo

A melhor definição de Vladimir Putin foi dada por Angela Merkel, a ex-chanceler alemã. Segundo ela, o presidente russo é um líder do século 19 agindo no século 21, um nacionalista disposto a anexar Estados soberanos numa era de direito internacional e globalização. Merkel conhece bem Putin. Visitaram-se várias vezes enquanto coincidiram no poder, e conversavam sem intérprete – um é fluente na língua do outro.

Merkel nasceu na Alemanha Oriental. Escapou de um totalitarismo para liderar informalmente a União Europeia, um clube de democracias. Putin é um nostálgico da Rússia totalitária, mais a czarista que a comunista. Merkel era frequentemente dura com Putin. Ele respondia ora com flores, ora soltando na sala seu labrador Koni. Merkel tinha medo de cães, mas não demonstrava na frente de Putin. E colocava os galanteios machistas na conta do século 19.

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Segundo Angela Merkel, Vladimir Putin é um líder do século 19 agindo no século 21 Foto: Aleksei Druzhinin/Kremlin via REUTERS

Daniel Pineu, entrevistado no minipodcast da semana, é pesquisador na área de segurança internacional na Universidade de Amsterdam. Foi ele quem me lembrou da frase de Merkel, dita em 2014. “Putin pode ser definido como um ultranacionalista conservador. Em vez de olhar para o futuro, quer um retorno à grandeza passada, à grandeza imperial, à grandeza da Guerra Fria”, diz Pineu.

O pesquisador me recomendou a leitura de um ensaio escrito por Putin. O título é Sobre a unidade histórica de russos e ucranianos, e está anexado à versão digital da coluna. No texto fica claro por que Putin considera a Ucrânia seu quintal – e por que, homem do século 19 que é, acha que tem o direito de invadi-la.

O problema de viver no passado é que o presente cobra a conta. Os cidadãos ucranianos – pesquisas acadêmicas já haviam sinalizado – não se sentem num quintal de Moscou. A resistência à invasão tem sido maior do que Putin esperava. Enquanto isso, sanções internacionais provocam estragos na economia russa, expondo o que talvez seja um erro de cálculo do homem do século 19. 

Idolatrado pela extrema direita que assedia a imprensa, Putin deu ordem para que os jornais de seu país não usassem as palavras “guerra” e “invasão”. O russo Dmitry Muratov, editor da Novaya Gazeta e vencedor do Nobel da Paz, afirmou em entrevista à The New Yorker que vai chamar “guerra” de “guerra”, desafiando a censura do autocrata. 

A condenação quase unânime a Putin, da esquerda democrática à direita liberal, foi uma reação do século 21 contra o século 19. Como o Convidado de Pedra da ópera Don Giovanni, Putin é uma estátua do passado a assombrar o presente – daquelas que acabamos por destruir, quando os ventos da História mudam de direção.

NO BRASIL É ASSIM O STF NÃO INTERFERE NO CONGRESSO E ESTE NÃO INTERFERE NO STF

 

  1. Opinião 

Fundo Eleitoral é uma aberração, mas a decisão do STF de respeitar a opção do Congresso foi correta. Democracia não combina com judicialização da política

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a validade das regras de cálculo do valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o chamado Fundo Eleitoral, tem uma importante dimensão pedagógica. Ainda que a maioria dos ministros da Corte tenha manifestado discordância pessoal em relação ao valor de R$ 4,9 bilhões destinado ao fundo, o plenário do STF respeitou a decisão legislativa, em deferência ao princípio da separação dos Poderes. É o Congresso, e não o Judiciário, que define a legislação orçamentária.

A missão do STF é defender a Constituição. Cabe à Corte, portanto, entre outras atribuições, realizar o controle de constitucionalidade das leis aprovadas pelo Congresso. Se uma lei contraria o texto constitucional, ela deve ser retirada do ordenamento jurídico. Caso contrário, haveria uma inversão hierárquica de normas, com uma lei prevalecendo sobre a Constituição, o que é um evidente contrassenso.

O controle de constitucionalidade do STF sobre os atos do Legislativo e do Executivo não é, no entanto, uma autorização para que o Judiciário faça uma avaliação política desses atos. A Justiça não revisa politicamente as decisões do Congresso, por mais equivocadas que possam ser. Sendo constitucionais, as opções legislativas devem ser respeitadas. “O valor (do Fundo Eleitoral) é alto, mas inconstitucionalidade aqui não há”, disse o presidente do STF, ministro Luiz Fux.

Se a existência do Fundo Eleitoral em si já é imoral, mais imoral ainda é seu bilionário valor, que cresce exponencialmente a cada eleição. Com pessoas passando fome, com necessidades prementes em áreas essenciais, como educação e saúde, Senado e Câmara destinaram inacreditáveis R$ 4,9 bilhões dos cofres públicos para os partidos políticos realizarem as campanhas de seus candidatos. Eis a total disfuncionalidade. 

Um fundo que nem deveria existir, pois desvirtua a representação política, recebeu um valor superior ao orçamento de 99,8% dos municípios brasileiros, segundo levantamento do Estadão. Trata-se de cabal deboche com a população e com o País. No entanto, por mais contundente que seja o erro do Congresso, o Supremo não está autorizado a mudar o valor do fundo. Em um Estado Democrático de Direito, com vigência do princípio da separação de Poderes, o orçamento público é uma decisão dos parlamentares eleitos, que respondem politicamente por essa decisão.

Ao rejeitar a judicialização da política, mantendo o valor do Fundo Eleitoral, o Supremo não disse que a decisão do Congresso foi correta ou condizente com o interesse público. Apenas reconheceu que o Judiciário não é órgão revisor do Legislativo. Erros políticos devem ser corrigidos pela política, no âmbito político. Em última análise, é o eleitor, no exercício de seus direitos políticos, quem tem a responsabilidade de fazer o controle político das decisões do Congresso.

Vale notar que a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 7058, questionando o valor do Fundo Eleitoral, foi ajuizada pelo Partido Novo, que tentou reverter no Judiciário a derrota sofrida no Legislativo. Como enfatizou corretamente o presidente do STF, ministro Luiz Fux, os inconformados com derrotas na arena política acreditam que podem revertê-las apelando ao Supremo. O fenômeno da judicialização da política não é, portanto, mero fruto do ativismo de alguns membros do Judiciário. São os próprios partidos que, contrariando o princípio democrático, recorrem ao Supremo com o objetivo de alterar a decisão da maioria dos parlamentares.

Felizmente, por 9 votos a 2, o Supremo rejeitou a manobra, abstendo-se de intervir na decisão do Congresso. Não deixa de ser curioso que o novo ministro do STF, André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro – que continuamente critica a suposta interferência do Supremo sobre os outros Poderes –, tenha sido um dos dois a defender a alteração da decisão política do Legislativo. 

Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões é uma aberração, mas a decisão do Supremo foi correta. No regime democrático, decisão política equivocada não é corrigida pela caneta de juiz, mas pelo voto do eleitor. Sem admitir atalhos cômodos, “todo o poder emana do povo” tem consequências exigentes.

PUTIN UTILIZA A GUERRA INFORMACIONAL

 


  1. Política
     

A guerra na Ucrânia ressalta para os militares a importância da condução política

William Waack, O Estado de S.Paulo

Guerras oferecem excelentes lições sobre liderança política, algo que os militares brasileiros talvez estejam aprendendo com a invasão russa da Ucrânia. Na Eceme (Escola de Comando e Estado-Maior do Exército), que forma os futuros generais, um ponto central estudado no presente conflito é a “guerra informacional”, diz um de seus docentes, o professor Tasso Franchi.

Trata-se de qual lado num conflito manipula melhor as informações ao público. E qual lado no conflito toma as melhores decisões baseado em quais informações, evitando ser levado por desinformação. O mundo da revolução digital acentuou brutalmente a gravidade do problema, mas não alterou a sua natureza.

Como “desinformação” entende-se também subestimar a capacidade de resistência do adversário, ou superestimar a própria força – o noticiário sugere que Vladimir Putin estava desinformado ao iniciar a invasão da Ucrânia. É algo que ainda pode corrigir, embora já esteja pagando um preço altíssimo.

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Guerras oferecem excelentes lições sobre liderança política Foto: Roman Pilipey/EFE/EPA

Muito mais importante é a liderança política, que remete a clássicos como Clausewitz (que por esse motivo continua sendo lido na Eceme e em academias militares pelo mundo). Guerras e a sua condução têm de ser entendidas no contexto político e histórico, sujeito ao acaso. Sim, ao acaso, o que torna consequências às vezes imprevisíveis.

Por razões que ele considera objetivas (mas seus adversários consideram irracionais), Putin se dedicou a assegurar pela força bruta um espaço de vital importância estratégica para ele (e de bem menos importância para seus adversários). Conseguiu até aqui aumentar a própria dependência estratégica da China – que detém a capacidade de controlar o conflito sem ser parte direta dele – e devolveu ao inimigo da aliança militar ocidental um sentido de existência.

Mesmo conseguindo “negar” a Ucrânia ao adversário, território que Putin já inviabilizou como país por muitos anos adiante, a “liderança política” do autocrata em Moscou o deixou em situação mais perigosa e vulnerável do que antes da guerra. Para oficiais-generais estudando decisões políticas, a invasão da Ucrânia é a mais recente lição de que prevalecer no campo de batalha (que se antecipa que os russos consigam) não significa vencer a guerra, nem resolver a questão estratégica.

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Presidente da Rússia Vladimir Putin, em Moscou; para oficiais-generais estudando decisões políticas, a invasão da Ucrânia é a mais recente lição de que prevalecer no campo de batalha (que se antecipa que os russos consigam) não significa vencer a guerra, nem resolver a questão estratégica. Foto: Mikhail Klimentyev/EFE/EPA/Kremlin Pool/Sputnik

Há debate fascinante sobre o tamanho da desinformação (ou visão de mundo equivocada, pois se julgaram “donos da História”) de sucessivos líderes ocidentais ao lidar com o dilema milenar do equilíbrio entre potências, e seu tratamento da Rússia. E do tamanho da desinformação de Putin ao lidar com dados da realidade.

Resta saber o que oficiais-generais brasileiros acham que é “liderança política” quando olham para o Palácio do Planalto.

*JORNALISTA E APRESENTADOR DO JORNAL DA CNN

A ROTINA MATINAL DEVE SER PRODUTIVA

StartSe

Você sabia que a sua rotina matinal influencia o seu nível de produtividade ao longo do dia? Por isso, esqueça o “só mais cinco minutinhos” que duram 40 minutos após o despertador tocar. Crie hábitos matinais (confira algumas dicas abaixo) para melhorar o seu foco. Afinal, “tudo gira em torno do autoconhecimento e planejamento”, diz Juliana Alencar, Chief Culture Officer da StartSe.

Planeje a sua rotina

Um dia antes, faça a programação de como será a sua rotina. Por exemplo, programe o horário para acordar (e sem apertar o botão soneca, hein? Entenda mais abaixo) e também o período de trabalho. Pois, “estabelecer horários é uma forma de começar [o dia] bem. Você vai saber que o seu dia tem começo, meio e fim — e isso ajuda bastante em sua produtividade”, diz Rafael Oliveira, psicólogo e diretor de gente na Z-Tech e na Donus.

Evite apertar o botão soneca do despertador

Que tal começar a manhã de forma produtiva? O primeiro passo é resistir ao botão soneca. De cinco em cinco minutos, você pode perder mais de 30 minutos e, consequentemente, vai acordar atrasado. Sem tempo até para tomar o café da manhã com calma. “Muitas pessoas acordam em cima da hora. Às vezes, levantam e já vão direto para uma reunião [em caso de home office]. E isso é ruim [além de não conseguir se concentrar e se preparar para a reunião], a voz fica turva. De certa forma, fica bem visível que a pessoa acordou há pouco tempo”, diz Vitor Silva, branch manager na Robert Half, consultoria de recursos humanos. Portanto, acorde sempre no horário programado.

Tenha hábitos saudáveis

Vitor Silva indica ter hábitos saudáveis. Como, “tomar café da manhã sem pressa e fazer exercício físico”, diz ele. Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, não abre mão de tomar café da manhã com as filhas; Jeff Bezos evita reuniões matinais e só toma o café da manhã em casa; Tim Cook checa os e-mails, depois faz exercícios físicos; a escritora Arianna Huffington faz yoga e meditação durante a manhã; Anna Wintour, editora-chefe da Vogue, começa o dia com uma hora de tênis no Midtown Tennis Club, em Nova York, segundo a Inc.

Juliana Alencar reforça a importância de incluir exercícios físicos na rotina do dia. Segundo ela, “nosso cérebro se torna mais produtivo quando alternamos os esforços entre físicos e mentais.”

Tenha o espaço de trabalho fixo

Mesmo que o seu apartamento ou casa seja pequeno, é importante que você escolha um espaço para trabalhar, que seja diferente do seu local de descanso. “Tenha o lugar de trabalhar, de comer, de dormir. Mesmo que seja no mesmo cômodo [separe cada espaço para uma tarefa], pois ter essa organização física e mental ajuda a ter mais produtividade”, diz Rafael Oliveira. Por exemplo, evite tomar café da manhã no mesmo local em que você trabalha.

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                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                   

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas desse Camelódromo na no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no Camelódromo? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelo Camelódromo, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos camelódromos e shoppings centers, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer.” – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite o final do ano para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

sexta-feira, 4 de março de 2022

BRAVURA E RESISTÊNCIA DOS UCRANIANOS CONQUISTAM O MUNDO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Na cidade de Lausanne, Suíça, jovens organizaram uma manifestação pró-Ucrânia e contra a guerra nesta quinta-feira (03).| Foto: EFE

Desde que a invasão da Rússia à Ucrânia começou, cerca de 6 mil cidadãos russos foram detidos por participar de protestos em defesa do povo ucraniano e pedindo o fim da guerra. Esses atos ocorreram em 48 cidades, incluindo a própria Moscou. Manifestações semelhantes se multiplicaram de forma incontável por todo o mundo livre, revelando o que já se consolidou como efeito colateral da insana e anacrônica empreitada de Vladimir Putin: a solidariedade global pela Ucrânia.

É difícil saber se o presidente russo previu a extensão do apoio que seu alvo receberia, mas o fato é que já ficou impossível esconder que o mundo torce pelos ucranianos. O amarelo e o azul da bandeira eslava agora são cores reconhecidas e homenageadas em todos os continentes. O sentimento é justo, legítimo e o povo ucraniano o merece, não só por ser vítima da agressão que enfrenta, mas sobretudo pela bravura que demonstra, pois se levassem em conta apenas as evidências de poder bélico que cada lado pode mostrar, já teriam entregue metade do país no primeiro bombardeio. Os ucranianos conhecem bem melhor do que nós todo o estrago que o exército russo pode fazer, mas são motivados a resistir por fatores que superam a lógica puramente material.

Essa característica não é nova, mas parece que o ataque russo serviu para reforçá-la. Entre as muitas mentiras difundidas pelo Kremlin, umas das mais frágeis é a que acusa a Ucrânia atual de ser mera invenção artificial da União Soviética, desprovida de identidade nacional, insinuando que, em essência, o povo ucraniano seria russo. Trata-se de uma elaboração que não resiste a poucos minutos de pesquisa sobre a história da região.

O amarelo e o azul da bandeira eslava agora são cores reconhecidas e homenageadas em todos os continentes

A Ucrânia é um país soberano, com língua e culturas próprias, que vive em regime democrático desde 1991, instituída com base num referendo popular. O legado de sua cultura se expressa, para além do idioma, mesmo nas comunidades ucranianas espalhadas pelo mundo. No Brasil, por exemplo, ela influenciou fortemente a formação do cooperativismo na economia agrícola, por meio de imigrantes que chegaram no século XIX, principalmente no Sul.

Como bem lembrado num excelente resgate histórico feito por Diogo Schelp, a história de como o povo ucraniano buscou seus próprios caminhos para a autodeterminação, longe da influência do Kremlin, remonta a um passado ainda mais distante. É verdade que, enquanto nação, a Ucrânia já fez parte do Império Russo, mas durante sua conturbada história a região também já esteve sob domínio da Polônia e de outras nações estrangeiras. Entre 1917 e 1920, com o fim do czarismo, repúblicas autônomas foram criadas nas áreas periféricas do antigo império, e os falantes de língua ucraniana foram agrupados num mesmo Estado-nação pelos bolcheviques. Embora a definição de fronteiras tenha sido feita por razões políticas, aquele povo compartilhava de uma milenar cultura comum, o que incomodou os comunistas. O nacionalismo ucraniano foi então duramente reprimido na década seguinte, ao mesmo tempo que era reforçado pela rejeição do povo ao coletivismo forçado que ceifou a vida de 12 milhões de ucranianos pelos efeitos da fome, doloroso que ficou conhecido como Holodomor. Durante a II Guerra Mundial, nacionalistas ucranianos se dividiram entre lutar contra nazistas e soviéticos ou colaborar com ambos os lados. No final do conflito, as fronteiras do país foram ampliadas na direção oeste, unindo-se a maior parte dos ucranianos sob uma única entidade política. A maior parte da população não ucraniana dos territórios anexados foi deportada. E o país se tornou membro das Nações Unidas.

A independência plena, porém, só veio com o fim da União Soviética, em 1991. Um plebiscito foi convocado e a maioria decidiu pela criação de uma república semipresidencialista que teria sua nova constituição aprovada em 1996. De lá até aqui, o país enfrentou uma séria crise econômica na década de 90, mas estabeleceu moeda própria e iniciou uma trajetória de desenvolvimento consistente a partir dos anos 2000. O amadurecimento rumo à independência plena foi atingido com a crescente rejeição popular a políticos que se prestavam a ser fantoches de Moscou.


Disposição para o sacrifício
Essa repulsa culminou com a chamada Revolução Laranja, quando um presidente acusado de corrupção, Viktor Yanukovych, foi apeado do poder após uma controversa eleição em 2004, em meio a intensas manifestações populares. Em 2013, o mesmo Yanukovych, que conseguira retornar ao poder por meio de manobras político-econômicas envolvendo indiretamente o Kremlin, rejeitou um acordo de associação com a União Europeia, provocando uma onda de protestos ainda maiores, que levariam à sua deposição pelo parlamento, sendo substituído por uma coalizão pró-Europa que foi eleita com mais de 50% dos votos em 2014. Essa conquista popular por autonomia e distanciamento da Rússia foi o estopim para a invasão da Crimeia, precedida de manobras políticas de Putin em associação aos políticos pró-Rússia derrotados na Ucrânia. O mesmo sentimento esteve presente na vitória de Volodymyr Zelensky em 2019.

Esse consistente nacionalismo, associado ao desejo de adesão aos princípios e valores caros às democracias do Ocidente, reflete-se nas mais diversas pesquisas de opinião. Segundo dados do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, em novembro de 2013, apenas 10% dos ucranianos diziam ter uma atitude negativa em relação à Rússia. Esse percentual cresceu para 34% em maio de 2014, chegando a 42% em fevereiro desse ano.

Ao contrário do que Putin tem alegado reiteradamente, as pesquisas demonstram que foram suas próprias tentativas de interferir no país que empurraram os ucranianos para a Otan, na busca pela proteção contra um agressor que reiteradamente demonstrou desprezo – se não, ódio – pela nacionalidade ucraniana. Em maio de 2014, 31% dos ucranianos concordavam com a ideia de que o país se tornasse membro da organização militar ocidental. Em janeiro de 2021, essa proporção aumentou para 56%.

É essa história de progressiva conquista de verdadeira autonomia que agora está prestes a ser brutalmente interrompida, pois, apesar da empatia internacional, ainda não está claro se apenas as sanções econômicas aplicadas até agora serão suficientes para encerrar o que Putin começou, e os ucranianos sabem que sua heroica resistência talvez não impeça a vitória russa.

O que essa valente combatividade está escancarando ao mundo é um fato que qualquer líder dotado de senso de justiça é impelido a reconhecer: o povo ucraniano quer ser livre. Por isso, sua vontade deveria ser acatada. Seja ela de se aproximar da Otan, da União Europeia ou de manter uma relação de independência em relação aos principais esquemas de poder que disputam o controle da região. Acima das disputas de influência entre Rússia, Estados Unidos ou qualquer outra potência, os ucranianos querem ser Ucrânia.
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NECESSÁRIO MINERAR EM TERRAS INDÍGENAS PARA SUPRIR O AGRONEGÓCIO DE FERTILIZANTES

 

Projeto parado na Câmara
Por
Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo

(Brasília – DF, 24/03/2020) Pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro em Rede Nacional de Rádio e Televisão. Foto: Isac Nóbrega/PR

Governo de Jair Bolsonaro tenta acelerar tramitação do PL 191/2020. Na Câmara, líder do governo começou a colher assinaturas para aprovar requerimento de urgência| Foto: Isac Nobrega/PR

Um dos principais impactos econômicos para o Brasil decorrentes dos conflitos na Ucrânia está relacionado à falta de insumos agrícolas, uma vez que a Rússia é o principal fornecedor desse tipo de matéria-prima para o Brasil. Nesta quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil corre o risco da falta de potássio – mineral presente em fertilizantes utilizados na produção agrícola – ou do aumento do preço desse insumo. Para ele, a aprovação do Projeto de Lei 191/2020 – apresentado pelo governo federal para autorizar a exploração de recursos em terras indígenas – resolveria parte do problema.

O projeto de lei ao qual Bolsonaro se referiu permite a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos em terras indígenas desde que haja consentimento das comunidades indígenas afetadas. Na prática, atividades como a mineração e o garimpo passam a ser permitidas em áreas indígenas mediante autorização prévia do Congresso Federal e indenização a ser paga às comunidades.

Apesar da sinalização positiva de apoiadores do governo no Congresso e da Fundação Nacional do Índio (Funai), entidades ambientalistas e parlamentares de oposição são contrários ao projeto. Eles alegam que haverá mais impactos ambientais nas áreas preservadas e que não houve participação das comunidades indígenas na construção da proposta. Com isso, após dois anos de sua apresentação, até o momento o projeto não teve nenhum progresso.

Para que a medida possa avançar na Câmara dos Deputados, o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), deu início ao recolhimento de assinaturas de parlamentares na tentativa de aprovar um requerimento de urgência e com isso fazer com que o projeto vá direto para o plenário. Caso o requerimento seja aprovado, a proposta pode ir à votação a qualquer momento, sem a necessidade de passar pelas comissões.

Essencial para diversos tipos de cultivo, o potássio é um dos minérios mais importantes para a indústria de fertilizantes e, junto com o nitrogênio e o fósforo, forma a tríade dos macronutrientes de maior relevância para o aumento da produtividade no campo. Além da Rússia, a Bielorrússia (ou Belarus) também exporta boa parte desse mineral para o Brasil – o equivalente a 6,1% do total, frente a 20% da Rússia -, mas o país também é alvo de sanções econômicas por ser o principal aliado russo.

“Nossa segurança alimentar e agronegócio (Economia) exigem de nós, Executivo e Legislativo, medidas que nos permitam a não dependência externa de algo que temos em abundância”, declarou Bolsonaro nas redes sociais. Junto com a publicação, o presidente compartilhou um vídeo de um discurso seu ainda como deputado federal, de 2016, quando abordava a dependência brasileira do potássio importado do leste europeu. “Nós não podemos explorar o nosso próprio potássio”, criticou ele no vídeo.

Exploração econômica de terras indígenas
O aproveitamento econômico de territórios indígenas é uma bandeira de Bolsonaro desde que chegou à presidência da República. “Em Roraima tem R$ 3 trilhões embaixo da terra, e o índio tem o direito de explorar isso de forma racional, obviamente. O índio não pode continuar sendo pobre em cima de terra rica”, disse o presidente em abril de 2019, em um encontro com representantes das etnias parecis, macuxi, xucuru e yanomamis, que reivindicam o direito de explorar as reservas tradicionais.

Bolsonaro tem o apoio do atual presidente da Funai, Marcelo Xavier. Em debate sobre o tema realizado na Câmara dos Deputados no ano passado, Xavier defendeu a aprovação do PL 191/2020 e relacionou as ações da atual gestão sobre a exploração de recursos nesses locais como uma estratégia de autonomia e protagonismo indígena.

Na ocasião, o gestor citou a necessidade de gerar desenvolvimento para as comunidades e apresentou um vídeo no qual Edson Bakairi, da Cooperativa dos Agricultores e Produtores Indígenas do Brasil (Coopaibra), apoia a exploração econômica desses locais. “Hoje nós, indígenas Bakairi, estamos integrados em uma sociedade onde a tecnologia e a globalização já chegaram e precisamos gerar renda para as nossas comunidades. Não é mais como era no passado”, disse o líder indígena.

A exploração de recursos nas terras indígenas também foi abordada nesta segunda-feira (28) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Segundo ela, há entraves relacionados ao licenciamento ambiental para a mineração de insumos importantes para a atividade agrícola, mas o Brasil deve avançar na produção interna para garantir a segurança alimentar e a segurança da produção nacional.

“A agricultura brasileira é muito dependente do uso de fertilizantes, então, nós precisamos ter cada vez mais produção própria”, disse ela, citando o Plano Nacional de Fertilizantes – medida que deve ser lançada ainda em março pelo governo federal para reduzir a dependência do Brasil da importação de fertilizantes.

Aplicação de fertilizante em Chapadão do céu/GO. Quase todo o potássio brasileiro (96,5%) destinado à adubação do solo é importado (Foto: Wenderson Araujo/CNA) | Wenderson Araujo
De acordo com a ministra, somente na região de Autazes, no Amazonas, há uma mina com potencial de exploração que supriria 25% do que o país importa de potássio. Em relação à legislação ambiental, a ministra cita que é preciso fazer avanços, “não precarizando, mas tendo uma agilidade maior, fazendo as compensações necessárias e vendo a importância que é para o país ter todo esse potencial que pode ser utilizado para a produção de alimentos”, afirmou a ministra a jornalistas.

Ainda segundo ela, o potássio é o maior gargalo do país ao se tratar de insumos agrícolas. A ministra pontuou ainda que o Brasil tem fertilizantes suficientes para o plantio até outubro e que o governo trabalha com alternativas para garantir o suprimento para o setor no caso de escassez provocada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. Também há negociações, segundo ela, com o Canadá, o maior produtor mundial do minério.

Entenda a proposta
O Brasil importa, atualmente, 96,5% do cloreto de potássio que utiliza para fertilização do solo, o que torna o país o maior importador mundial do mineral, com 10,45 milhões de toneladas adquiridas em 2019, de acordo com dados do Ministério da Economia.

Em janeiro do ano passado, o Ministério de Minas e Energia anunciou a descoberta de novas jazidas de potássio na Bacia do Amazonas, “ampliando em 70% a potencialidade sobre depósitos de sais de potássio, ou silvinita, como é denominado o mineral cloreto de potássio, do qual se extrai o potássio”, informou o órgão. Segundo a pasta, é possível afirmar a existência de ao menos 3,2 bilhões de toneladas do minério.

De olho nesses números, Bolsonaro tenta aproveitar o atual momento para conseguir avançar com o projeto de lei que visa a autossuficiência brasileira na produção do minério.

Em termos gerais, a proposta regulamenta a mineração, a geração de energia elétrica e a exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos em terras indígenas. O texto também estipula indenizações às comunidades indígenas nas quais houver empreendimentos e prevê que a exploração de recursos só poderá ocorrer mediante autorização prévia do Congresso Nacional e consulta às comunidades afetadas.

Críticas ao projeto de lei do governo federal
De acordo com Decio Yokota, coordenador de gestão da informação do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), o projeto de lei em questão é inconstitucional, uma vez que ao abordar as atividades de mineração e o aproveitamento de potenciais energéticos, a Constituição Federal criou restrições quanto a essas práticas em terras indígenas e por isso elas colidem com o texto do projeto de lei em questão. Por isso, segundo ele, caso a proposta seja aprovada, deverá ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Essa tentativa não vem de hoje; diferentes governos já tentaram implementá-la. Mas, basicamente, estamos falando sobre dois artigos da Constituição. O artigo 49 coloca que é competência do Congresso Nacional autorizar a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e pesquisa e lavras de riquezas minerais em terras indígenas”, diz Yokota. “Esse projeto de lei cita que existem casos em que há a competência do Congresso, mas em outros há outro procedimento, portanto é inconstitucional”.

Ele argumenta também que apesar de haver exceções para a mineração em terras indígenas, o artigo 231 da Constituição veda as atividades de garimpo nesses locais. “Esse projeto de lei fala não só da regulamentação da mineração, mas também autoriza o garimpo, o que claramente é contra a constituição e com certeza vai parar no STF”, afirma.

Algumas das principais entidades que representam essas comunidades, como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), também se posicionaram contra a mineração em terras indígenas.

Em junho do ano passado, a Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6ªCCR/MPF) publicou uma nota técnica alegando que o projeto de lei é inconstitucional. “Esta 6ª Câmara de Coordenação e Revisão se manifesta pela inconstitucionalidade e inconvencionalidade do PL nº 191/2020, ao tempo em que espera que o Poder Executivo, por meio da Funai, do Ibama, da Polícia Federal e do Ministério da Defesa, adote todas as providências necessárias para coibir a mineração e o garimpo ilegal em terras indígenas, inclusive para a retirada de garimpeiros invasores dessas terras”, cita a nota.


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PARTIDOS QUE APOIAM BOLSONARO ATRAEM MAIS DEPUTADOS

 

Eleições 2022

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Presidente Jair Bolsonaro ao lado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, um dos líderes do Centrão.| Foto: PL/Divulgação

Parabéns, contribuinte! Você vai pagar R$ 4,9 bilhões para que os partidos políticos façam a campanha eleitoral. Pode ser até que esse dinheiro vá para um partido que você sequer queira ver em algum governo, mas vai sair dos seus impostos. O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, nesta quinta-feira (3), por 9 votos a favor e 2 contra, o novo valor do fundo eleitoral – que antes era de R$ 2,1 bilhões. Agradeça aos ministros do STF e aos congressistas.

Janela partidária
Desde quinta-feira (3) até 1º de abril está aberta a possibilidade para que os deputados troquem de partido sem correr o risco de perder o mandato – no Brasil os partidos são meros rótulos, não têm diferenças doutrinárias profundas.

Tudo indica que quem mais vai ganhar na chamada janela partidária são as legendas que estão apoiando a reeleição do presidente. O PL, partido de Jair Bolsonaro, tem 43 deputados federais e deve ganhar cerca de 25 que vão abandonar o antigo DEM e o PSL, que se fundiram para criar o União Brasil.

O Progressistas, onde está o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, também vai crescer. O Republicanos, que também deve apoiar o presidente, tem 31 e deve aumentar sua bancada para 40 parlamentares. O PT tem 53 e está esperando receber 10 do Partido Socialista Brasileiro (PSB). O PDT de Ciro Gomes, que tem 25, pode perder 5. E quem mais perde é o partido de João Doria, por causa dele mesmo. O PSDB tem uma bancada de 32 parlamentares, que deve diminuir pela metade.


Lições da guerra

O Brasil está com um tremendo laboratório: o Centro de Defesa e Segurança Cibernética, que junta a Itaipu Binacional e o Exército Brasileiro por meio do Instituto Militar de Engenharia. Há dois laboratórios idênticos para ensinar os computadores, inclusive, a se defender.

Vale lembrar que o primeiro ataque que paralisou a Ucrânia foi cibernético: espaço aéreo, aeroportos, transportes, emissões de rádio e TV, Forças Armadas, hospitais, trânsito, semáforos. Ataques como esse podem afetar a produção de eletricidade, distribuição de água, petróleo, gás. Nós estamos nos preparando, inclusive, para substituir softwares importados e usar nossos próprios programas.

Escassez de potássio
O presidente russo, Vladimir Putin, puxou o gatilho que disparou o nosso potássio. O Brasil paga R$ 12 bilhões por ano pelo potássio que vem do Hemisfério Norte e agora precisamos aproveitar o potássio que temos na foz do Rio Madeira, em São Gotardo (MG). Em geral o que está impedindo a exploração desse mineral em solo brasileiro é o Ministério Público e a Povos Tradicionais. Quero dizer, é a ideologia de brasileiros contra brasileiros. Ideologia infiltrada em instituições públicas que deveriam trabalhar pelo país e não contra o país.


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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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