domingo, 20 de fevereiro de 2022

ESCREVER MELHOR EXIGE LEITURA ABUNDANTE

 

  1. Cultura 

Para dar maior quantidade à escrita, seja natural, ache sua voz, domine a gramática, leia e treine

Leandro Karnal, O Estado de S.Paulo

Existiria uma fórmula para escrever melhor? A pergunta foi feita por um adolescente no meu correio eletrônico. Eu estava de férias e, em meio a uma viagem de trem, tive tempo de refletir. Não sei se serve para mais gente, mas resumirei o que enviei a ele. 

Como professor, percebia, no ensino médio, que os textos ficavam piores quando os alunos achavam que era necessária uma impostação, uma artificialidade, um distanciamento entre o mundo do jovem e o que ele escrevia. O adolescente Rimbaud tinha uma capacidade linguística além do normal, porém, seu talento era não seguir o modelo formal, todavia o que lhe inspirava o coração e o gênio. Autenticidade é o primeiro ponto para escrever. Pretensão mata. 

Há questões práticas. Ao escrever sobre um tema no qual você identifica palavras que podem se repetir, copie de um dicionário de sinônimos (ou da internet) um vocabulário mais rico. O rapaz escreveu sobre água, logo, a palavra ocorria muito. Sugeri substituir por palavras ou expressões próximas como hídrica, pluvioso, temporal, aguaceiro, garoa, borrisco, fluido, líquido, etc. Em todo texto existem conceitos recorrentes. Achar sinônimos para fazer gradações e impedir a repetição: um bom detalhe técnico.

Vamos ao tema. Quer falar da água? Pesquise antes de escrever. Duas pistas? No livro do Gênesis, primeiro há luz, depois, no segundo dia, Deus divide as águas. Luz e em seguida água, um poético pontapé inicial. Sintomaticamente, quase na mesma época em que o Gênesis estava sendo escrito, o filósofo Tales de Mileto dizia que a água era a matéria essencial do universo. Aqui, teríamos outro gancho… O sociólogo Bauman fala em mundo líquido para nos descrever… Tudo pode ser uma ideia para um texto. Pensar no que pretende dizer, imaginar o argumento central, buscar informações e fazer; são alguns ingredientes: o cozinheiro continua sendo você. 

O óbvio canta dos rochedos como sereia tentadora. “Água é vida, o planeta precisa pensar a questão da água, etc., etc.” Tudo corretíssimo e muito conhecido. Pense que tudo contém o seu contrário e a água simboliza vida, limpeza e renovação. Igualmente, ela é dilúvio, morte e punição do mundo. Ler algo novo sobre o que desejamos, ver um documentário, deixar-se impressionar por um quadro ou uma música: faz parte de “laboratório” do escritor. O que ainda não foi dito e que eu possa tentar captar em texto?

Originalidade é um caminho perigoso e bom. 

Icebergs produzidos pela Geleira Kangerdlussuaq, no leste da Groenlândia
Icebergs produzidos pela Geleira Kangerdlussuaq, no leste da Groenlândia
  Foto: J.A. Dowdeswell/Divulgação

Deve-se cuidar dos clichês, evitar ideias prontas, afastar-se de preconceitos e do senso comum. Importante traçar um roteiro de ideias, buscar uma citação boa, digerir o tema mentalmente e, por fim, dar forma à escrita. 

Escrever é árduo, revisar o que se fez é ainda mais duro. Cortar, eliminar o que parece excessivo, diminuir e, assim, treinar. Escrita é treino. 

Um bom escritor é um bom leitor? Os especialistas se dividem. Parece que ler muito me torna um… leitor experiente. Claro, analisar textos e ter contato com ideias de outros criadores é fundamental. Cada um deve encontrar sua voz. Sim, um grande autor pode deixar uma longa marca sobre mim. Gênios da escrita confessam sua “angústia da influência”. Fundamental encontrar a voz própria, o estilema, a marca de cada um, a assinatura da escrita é algo que se elabora com mais tempo. 

E a gramática? Aprendermos a vida toda. A norma culta estará muito bem resolvida quando eu tiver consciência dela para seguir sua via asfaltada ou para burlar a arquitetura clássica. Escrever bem é diferente de prestar um concurso: você não precisa viver só da forma ou da forma (nesse momento lamento a falta de acento em fôrma para distinguir, entre a vogal aberta ou fechada, duas ideias complementares). 

Um grande dicionarista, Antonio Houaiss, homem de fala e escrita lapidares, disse-me que tinha encontrado duas ou três pessoas de gramática perfeita ao longo da vida. Sempre aprendemos.

Recomendo conhecer o máximo possível para ter liberdade. Como no piano, as escalas e exercícios não são um fim. A ossatura gramatical permite uma consciência que confere liberdade. Sempre haverá pianistas, gramáticos e elaboradores de concursos que acham que a norma é o objetivo em si. Limitar a escrita à regra é supor que o objetivo de Castro Alves, ao fazer seu Navio Negreiro, era exemplificar a terceira geração poética romântica no Brasil. A gramática é um esquema, por vezes útil e, em outros casos, fossilizado. A escrita é vida pulsante e instável. Nunca confunda um bom livro de receitas com um bolo real fumegante. 

Não sou professor de texto. Emito opinião pura. Se tivesse de resumir, diria: a) seja natural; b) ache sua voz; c) domine a gramática normativa para não ficar endurecido por ela; d) leia; e) treine. Tudo isso, levado adiante, pode ajudá-lo a escrever muito melhor, com mais vida e mais qualidade.

“Ah, mas eu queria escrever como Machado de Assis ou como Clarice Lispector.” Bem… Nesse caso, o problema é outro. Sabe o que esses dois tinham em comum? Nunca consultaram Leandro Karnal para serem gênios. Felizmente, para eles e para a literatura brasileira. Treino melhora todo mundo. Os gênios? Rui Barbosa disse que eram meteoros raros, nem sempre benéficos. Aliás, o advogado baiano disse isso a jovens do Colégio Anchieta, que desejavam escrever melhor… Conservem a esperança…

*Leandro Karnal é historiador, escritor, membro da Academia Paulista de Letras e autor de A Coragem da Esperança, entre

A FORMA DE TRABALHO DEVE MUDAR NOS PRÓXIMOS ANOS

 

UOL EdTech | EdCorp

Apesar das transformações recentes dos modelos de trabalho, a forma de trabalhar deve mudar ainda mais nos próximos anos. Não apenas como consequência da pandemia, mas como um reflexo dos avanços tecnológicos cada vez mais frequentes e, principalmente, por conta do recente e crescente empoderamento da força de trabalho.

E hoje vamos falar sobre isso.

Cada revolução industrial impactou as formas de trabalho a sua maneira. Na primeira revolução industrial o advento das máquinas que facilitavam os processos de produção fez mudar todo o sistema econômico com o surgimento do capitalismo. A segunda revolução industrial foi marcada pela descoberta da energia elétrica e pelas produções em massa do fordismo foram determinantes para a criação das jornadas de trabalho. Com a terceira revolução industrial tivemos a descoberta da energia nuclear e, com ela, o surgimento das redes de internet e do uso de máquinas inteligentes, dividindo os campos de trabalho entre produção intelectual e produção física – ou colarinho branco e colarinho azul. E agora, em meio à quarta revolução industrial, marcada pelo big-data e pela digitalização da existência, vemos novos modelos de trabalho surgir.

A pandemia acelerou alguns processos que já estavam sendo testados por empresas ao redor do mundo como o trabalho híbrido e o anywhere office, que eram movimentos esperados para esta nova fase do trabalho com dispositivos cada vez mais autônomos e acessíveis, mas ela devolveu ao trabalhador algo que ele não tinha desde a primeira revolução industrial: controle sobre a sua jornada produção e, portanto, sobre sua carreira. E isso fica claro a partir de:

A guerra por talentos: quem está na linha de frente das áreas de recrutamento e seleção conhece bem a dificuldade em encontrar profissionais capacitados e de alta performance. Para o colaborador, isso significa maior poder de barganha ao pleitear cargos e salários, bônus de entrada e outros tantos benefícios.

Os novos benefícios: com a comprovação de que a produtividade não diminui no trabalho remoto e a não-obrigatoriedade do trabalho presencial para boa parte dos trabalhos de tecnologia, negócios e administrativos, surge também um novo pacote de benefícios que pode ir de um auxílio financeiro para as contas de consumo e mobiliário de escritório até créditos e bolsas de estudo ou treinamento, os novos benefícios são pensados para atender às atuais necessidades e interesses dos colaboradores neste novo momento do mercado.

A semana de 4 dias úteis: o próximo passo a ser adotado pelas organizações é a semana de 4 dias úteis, que já foi testada pela Microsoft no Japão e vem sendo difundida como o próximo grande passo nas transformações do trabalho, ampliando o equilíbrio das vidas pessoais e profissionais dos colaboradores.

O reset e o update da Grande Demissão: fica cada vez mais claro que os colaboradores estão mais no controle de suas carreiras e isso significa que eles têm também um maior entendimento sobre seus objetivos, propósitos e valores e buscam trabalhar em organizações que estejam alinhadas com isso. Enquanto alguns profissionais mudam completamente a maneira como enxergam suas carreiras e partem para aposentadorias antecipadas ou empreendimentos próprios, outros tantos se movimentam no mundo corporativo para organizações que façam sentido para o momento de suas jornadas.

As mudanças de contexto acontecerão cada vez mais e mais aceleradas. Investir em capacitação e desenvolvimento para seus colaboradores é mais do que oferecer um benefício dos mais importantes para a jornada deles; é preparar a sua organização para crescer no ritmo das transformações que vivemos.

Vale a pena ler qualquer semelhança será mera coincidência !!!

Autor desconhecido

Um ladrão entrou no banco gritando para todos:

” Ninguém se mexe, porque o dinheiro não é seu, mas suas vidas pertencem a vocês.”

Todos no banco ficaram em silêncio e lentamente se deitaram no chão.

Isso se chama CONCEITOS PARA MUDAR MENTALIDADES

Mude a maneira convencional de pensar sobre o mundo.

Com isso, uma mulher ao longe gritou: ” MEU AMOR, NÃO SEJA RUIM PARA NÓS, PARA NÃO ASSUSTAR O BEBÊ “, mas o ladrão gritou com ela:

“Por favor, comporte-se, isso é um roubo, não um romance!”

Isso se chama PROFISSIONALISMO

Concentre-se no que você é especializado em fazer.

Enquanto os ladrões escapavam, o ladrão mais jovem (com estudos profissionais de contabilidade) disse ao ladrão mais velho (que tinha acabado de terminar o ensino fundamental):

“Ei cara, vamos contar quanto temos.”

O velho ladrão, obviamente zangado, respondeu:

“Não seja estúpido, é muito dinheiro para contar, vamos esperar a notícia para nos contar quanto o banco perdeu.”

Isso se chama EXPERIÊNCIA

Em muitos casos, a experiência é mais importante do que apenas o papel de uma instituição acadêmica.

Depois que os ladrões foram embora, o supervisor do banco disse ao gerente que a polícia deveria ser chamada imediatamente.

O gerente respondeu:

“Pare, pare, vamos primeiro INCLUIR os 5 milhões que perdemos do desfalque do mês passado e relatar como se os ladrões os tivessem levado também”

O supervisor disse:

“Certo”

Isso se chama GESTÃO ESTRATÉGICA

Aproveite uma situação desfavorável.

No dia seguinte, no noticiário da televisão, foi noticiado que 100 milhões foram roubados do banco, os ladrões só contaram 20 milhões.

Os ladrões, muito zangados, refletiram:

“Arriscamos nossas vidas por míseros 20 milhões, enquanto o gerente do banco roubou 80 milhões em um piscar de olhos.”

Aparentemente, é melhor estudar e conhecer o sistema do que ser um ladrão comum.

Isto é CONHECIMENTO e é tão valioso quanto ouro.

O gerente do banco, feliz e sorridente, ficou satisfeito, pois seus prejuízos foram cobertos pela seguradora no seguro contra roubo.

Isso se chama APROVEITANDO OPORTUNIDADES ..

ISSO É O QUE MUITOS POLÍTICOS FAZEM ESPECIALMENTE NESTA *PANDEMIA, ELES A USAM PARA ROUBAR E RESPONSABILIZAR O VÍRUS.

A startup digital ValeOn daqui do Vale do Aço, tem todas essas qualidades, não me refiro aos ladrões e sim no nosso modo de agir:

Estamos lutando com as empresas para MUDAREM DE MENTALIDADE referente à forma de fazer publicidade à moda antiga, rádio, tv, jornais, etc., quando hoje em dia, todos estão ligados online através dos seus celulares e consultando as mídias sociais a todo momento.

Somos PROFISSIONAIS ao extremo o nosso objetivo é oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes e respeitando a sociedade e o meio ambiente.

Temos EXPERIÊNCIA suficiente para resolver as necessidades dos nossos clientes de forma simples e direta tendo como base a alta tecnologia dos nossos serviços e graças à nossa equipe técnica altamente especializada.

A criação da startup ValeOn adveio de uma situação de GESTÃO ESTRATÉGICA apropriada para atender a todos os nichos de mercado da região e especialmente os pequenos empresários que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.

Temos CONHECIMENTO do que estamos fazendo e viemos com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos desenvolvendo soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Dessa forma estamos APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES que o mercado nos oferece onde o seu negócio estará disponível através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo chamada Plataforma Comercial ValeOn 24 horas por dia e 7 dias da semana.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WP)

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sábado, 19 de fevereiro de 2022

GOVERNO PRIORIZA EXPLORAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS

 

Povos originários
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Propostas sobre exploração e demarcação de terras indígenas estão em discussão no Congresso Nacional| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Entregue ao Congresso Nacional pelo Palácio do Planalto, a lista de prioridades do governo Jair Bolsonaro (PL) em 2022 traz dois projetos que tratam da demarcação e exploração de terras indígenas. A expectativa, segundo líderes do governo, é de que ambas as propostas avancem na Câmara e no Senado ainda neste primeiro semestre. A mobilização, no entanto, pode esbarrar em resistências da oposição.

Apresentado pelo governo em 2020, o PL 191 prevê a regulamentação da mineração, turismo, pecuária, exploração de recursos hídricos e de hidrocarbonetos em terras indígenas. De acordo com o texto, as áreas de exploração serão autorizadas pelo Congresso Nacional e licitadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

“Busca-se alcançar a viabilização da exploração de recursos minerais e hídricos, em terras indígenas, a partir de soluções que contribuam para o desenvolvimento econômico de atividades, participação nos resultados e indenização pela restrição do usufruto dos povos indígenas”, diz a justificativa do governo.

Para o presidente Bolsonaro, o projeto não é impositivo e a escolha final sobre o que será feito com a terra caberá aos povos indígenas. “Se vocês quiserem plantar, vão plantar. Se vão garimpar, vão garimpar. Se quiserem fazer algumas barragens no vale do rio Cotingo, vão poder fazer”, defendeu Bolsonaro no final do ano passado durante visita à região de garimpo ilegal na terra indígena Raposa Serra do Sol, no município de Uiramutã, em Roraima.

Lira já sinalizou que a Câmara precisa debater o tema 
Defensor da matéria, o deputado Coronel Chrisóstomo (PSL-RO) argumenta que o projeto apenas regulamenta uma atividade que já é praticada em boa parte das terras indígenas. “O PL regulamenta atividades que, na prática, já ocorrem na clandestinidade, o que gera inúmeros problemas e conflitos não só para os indígenas, mas para a sociedade como um todo”, justifica o parlamentar.

A expectativa, segundo líderes governistas, é que haja uma construção de acordo para que a proposta seja levada ao plenário neste primeiro semestre. Para o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), a discussão deve avançar na Casa.

“Esta Casa precisa ter coragem de debater sobre o tema de exploração em terra indígena. Não é possível que nós vamos ficar de olhos fechados quanto a isso. Não tem só um lado da história não, têm dois, têm três, têm quatro”, argumenta Lira.

Apesar disso, a oposição já sinalizou que pretende se mobilizar contra a proposta. Por conta das eleições, parlamentares críticos do texto já sinalizam que o governo não teria tempo hábil para se articular pela aprovação de matérias polêmicas.

“Eu acho que nós não podemos prestar esse desserviço de levar às populações indígenas a doença, o mercúrio, o conflito quando a legislação não permite que essa exploração seja feita. Então, vamos ouvir os indígenas e vamos atender a sua pauta de reivindicação”, defendeu o deputado Airton Faleiro (PT-PA).

Projeto que muda a demarcação de terras indígenas também é defendido pelo governo 

Também na lista de prioridades do governo Bolsonaro para 2022, o Câmara dos Deputados pode colocar em discussão o PL 490/2007, que trata da demarcação de terras indígenas. A proposta prevê que, para ter uma terra demarcada, os povos precisam comprovar ocupação em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

Pela legislação atual, a demarcação exige a abertura de um processo administrativo dentro da Fundação Nacional do Índio (Funai), com criação de um relatório de identificação e delimitação feito por uma equipe multidisciplinar, que inclui um antropólogo. Não há necessidade de comprovação de posse em data específica.

Para aliados do governo, a defesa do projeto é um aceno do presidente Bolsonaro ao agronegócio e para a bancada ruralista, que conta com mais de 200 parlamentares. “No meu governo, nenhuma terra indígena foi demarcada. Já temos 14% do Brasil demarcado”, comemorou Bolsonaro durante conversa com apoiadores na semana passada.

O texto está pronto para ir ao plenário da Câmara, mas integrantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Povos Indígenas no Congresso sinalizam que o grupo “está fortemente mobilizado contra os retrocessos do governo Bolsonaro”.  “[A lista de prioridades do governo] evidencia uma estratégia político-eleitoral de Bolsonaro para manter o apoio de segmentos poderosos interessados em tomar, controlar e explorar áreas e recursos naturais de terras indígenas constitucionalmente pertencentes às populações originárias. Não vamos permitir que esse pacote legislativo avance no Congresso”, afirma o senador Fabiano Contarato (PT-ES).

Líder da bancada do União Brasil na Câmara, o deputado Efraim Filho (PB), também acredita que esta agenda não será priorizada neste ano. “A questão mais importante em 2022 será a agenda econômica”, sinalizou o parlamentar.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/prioridades-do-governo-quais-sao-projetos-que-tratam-de-terras-indigenas-no-congresso/
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FIM DE INQUÉRITO CONTRA AÇÕES DA LAVA JATO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Presidente do STJ determinou arquivamento de inquérito contra procuradores da Lava Jato.| Foto: Divulgação / STJ

Quase um ano depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) abrir um inquérito contra membros da (hoje extinta) força-tarefa da Operação Lava Jato de forma claramente abusiva, o presidente da corte, ministro Humberto Martins, finalmente decidiu pelo seu arquivamento. Nestes tempos invertidos em que aqueles que assaltaram os cofres públicos e pilharam estatais são descritos como vítimas, e os agentes públicos que investigaram e condenaram políticos e figurões são criminalizados, a decisão do STJ ajuda, até certo ponto, a restaurar a verdade sobre a Lava Jato, embora a forma como o arquivamento se deu ainda deixe muitos motivos para preocupação.

O inquérito aberto em fevereiro de 2021 pretendia investigar uma suposta tentativa, por parte da Lava Jato, de investigar informalmente (e ilegalmente) membros do STJ, analisando sua movimentação patrimonial com a ajuda da Receita Federal. No entanto, para realizar tal apuração, o STJ cometeu uma série de irregularidades, certamente inspirado em outro inquérito abusivo – o das fake news, aberto pelo Supremo Tribunal Federal e que está prestes a completar três anos. Afinal, o STJ também se colocou no papel de vítima, investigador e julgador; além disso, ignorou completamente que membros do Ministério Público Federal só podem ser investigados por outros integrantes do MPF e julgados em Tribunais Regionais Federais, não no STJ. E, ainda por cima, fez letra morta do inciso LVI do artigo 5.º da Constituição Federal – segundo o qual “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos” – ao usar, como pretexto para a instauração do inquérito, as supostas mensagens trocadas entre procuradores e obtidas por meio da invasão de seus celulares; ou seja, uma prova ilegal, fruto de um crime, que nunca poderia ser usada contra ninguém, ainda mais quando sua autenticidade jamais chegou a ser comprovada.

A ideia de que tanto a força-tarefa quanto Moro burlaram ou violaram sistematicamente a lei para conseguir colocar na cadeia os responsáveis pelo petrolão não tem a menor base factual ou jurídica, mas mesmo assim conseguiu se impor

Em outras palavras, o inquérito do STJ viola tantas normais legais que, ainda que estivesse apurando um crime real, ele jamais poderia ter existido. O condicional faz todo o sentido aqui, pois o que Martins alegou para o arquivamento foi justamente a ausência completa de qualquer indício que aponte para uma ação ilícita de algum integrante da Lava Jato. “Das informações prestadas pelas autoridades estatais não se verifica a existência de indícios suficientes de autoria e de materialidade de eventuais crimes, o que induz à convicção de que o arquivamento do presente inquérito é medida que se impõe”, diz a decisão de Martins.

Que o arquivamento seja motivado pela inexistência de qualquer elemento que aponte para uma ação fora da lei por parte dos procuradores tem seus méritos, pois ajuda a derrubar a narrativa dos “abusos da Lava Jato”, que passou a se impor desde o circo midiático iniciado pelo site The Intercept e outros órgãos de imprensa, responsáveis pela publicação dos supostos diálogos, que também envolveriam o então juiz Sergio Moro. A ideia de que tanto a força-tarefa quanto Moro burlaram ou violaram sistematicamente a lei para conseguir colocar na cadeia os responsáveis pelo petrolão não tem a menor base factual ou jurídica, mas mesmo assim se impôs de tal forma que contaminou até mesmo o STF, que a invocou para justificar decisões absurdas como a declaração de suspeição de Moro. O que os inimigos da Lava Jato chamam de “abusos” normalmente não passa de discordância ou desagrado em relação a escolhas perfeitamente legítimas feitas pelo MPF e por Moro sobre o uso das ferramentas que a lei oferece para se combater a corrupção.


No entanto, é muito preocupante que Martins, ao determinar o arquivamento do inquérito contra os procuradores, não tenha admitido nenhuma das irregularidades processuais que envolveram sua instauração e condução – pelo contrário, o presidente do STJ defendeu, na peça, a abertura da investigação justificando-a tanto no regimento interno da corte quanto na decisão do Supremo que manteve o inquérito das fake news. Com isso, ele ajuda a reforçar a argumentação equivocada que legitima toda uma série de arbítrios recentes cometidos pelos tribunais superiores – basta lembrar que só o inquérito das fake news já rendeu censura à imprensa, prisões arbitrárias e violação da imunidade parlamentar. E, sendo assim, nada impede que os ex-integrantes da Lava Jato voltem a ser alvo de perseguição, inclusive com o uso de provas ilegais. Ao menos neste caso, a verdade sobre a Lava Jato está restaurada, mas os brasileiros preocupados com a desconstrução da maior e mais bem-sucedida operação de combate à corrupção da história do país precisam seguir atentos.


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PRÓS E CONTRA GARIMPO EM TERRAS INDÍGENAS

 

Regulamentação da atividade

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Operação Verde Brasil,Garimpo ilegal, Marabá

Área de garimpo ilegal: programa do governo federal pretende regulamentar a atividade.| Foto: Warley de Andrade/TV Brasil

Acaba de sair um decreto que instituiu um programa de apoio ao garimpo, chamado de Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala. Um nome comprido para não ser confundido com a atividade mineradora industrial. O objetivo é tirar a atividade da ilegalidade e com isso controlar onde pode e onde não pode, fiscalizar de forma transparente o meio ambiente, recolher os impostos devidos, prestar assistência de saúde e educação às famílias de garimpeiros. O decreto regulamenta o que ficou fora da lei de 1989 que tratou do assunto.

Já andei em garimpo, onde só se chega de avião inseguro em pista improvisada. A vida por lá é duríssima e arriscados os resultados. Os ambientalistas e as forças policiais vêm batendo nos garimpeiros. No entanto, na história, devemos a eles a expansão do nosso território para além de Tordesilhas. A eles, aos bandeirantes e às patas do boi.

Os Estados Unidos se tornaram potência pela posição geoestratégica, de estar nos dois grandes oceanos, por causa da corrida do ouro, que levou os americanos para oeste, a ponto de tirar a Califórnia dos mexicanos. Aqui no Brasil, foi o ouro das Minas Gerais, as esmeraldas de Goiás, os bandeirantes que entraram por São Paulo e para o sul, até as Missões Jesuíticas espanholas. Os garimpeiros brasileiros há séculos marcam a nossa soberania na Amazônia, a oeste e ao norte.

Falar em garimpo, tão hostilizado por certos intelectuais da cidade, é falar em riqueza, em soberania, em economia, em questão social. Em geral são nordestinos, em busca de sonhos. Gente boa, trabalhadora, cumpridora de palavra. Numa atividade ilegal, índios vendem diamantes via Bolívia, por exemplo.

O ex-ministro Aldo Rebelo, que já foi do PCdoB, afirma que entre as maiores jazidas do mundo em diamantes estão nas margens do rio Roosevelt, reserva dos Cintas-Largas, em Rondônia. E o Brasil nada ganha com isso. Todo mundo sabe que os garimpeiros que estão em reservas já fizeram sociedade com os indígenas, mas legalizar depende de lei. Enquanto isso, as pedras brasileiras são lapidadas na Holanda.

Ironicamente, enquanto era anunciado o decreto, no mesmo dia, garimpeiros eram atacados por um helicóptero que despejava foguetes incendiários, atingindo suas casas e máquinas, como se o Brasil estivesse em guerra contra eles. Pareciam imagens da guerra no Vietnã. O ataque não foi sequer em área indígena, mas na região conhecida como Galdeano, perto do rio Crepori, afluente do Tapajós. Uma reedição do que aconteceu com 61 balsas queimadas no Rio Madeira, onde os garimpeiros moravam com suas famílias.

Como não se trata de malfeitores nem de gente perigosa, fica estranho esse grau de destruição no mesmo dia em que o Palácio do Planalto anuncia um programa de apoio aos garimpeiros. Vai ser preciso saber se vale o decreto ou a repressão violenta. E distinguir entre o bem e o mal na Amazônia.

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ESSA AMEAÇA DE INVASÃO É UMA FORMA DO PUTIN DE RECLAMAR DA OTAN

 

  1. Internacional 

The Economist

Presidente russo colocou-se no centro das atenções globais, provando que a Rússia é importante novamente, sem disparar nenhum tiro

Redação, O Estado de S.Paulo

As notícias pareceram encorajadoras. Em uma aparição na TV estatal, em 14 de fevereiro, Vladimir Putin resmungou um sucinto “bom” em relação à proposta de seu chanceler de que, apesar dos alertas do Ocidente a respeito de uma invasão à Ucrânia, a diplomacia deveria continuar. Um dia depois, o Ministério da Defesa russo afirmou que alguns dos 180 mil soldados concentrados nas fronteiras ucranianas seriam enviados de volta para as casernas, após terem completado exercícios militares que, segundo Moscou, foi desde o início o motivo para eles estarem lá.

Autoridades – e os mercados – respiraram com certo alívio. Mas dados de inteligência logo mostraram que, apesar de algumas unidades estarem se movendo, muitas outras se preparavam para o combate. Com candura similar à que jogou Putin no contrapé, muitas autoridades de segurança do Ocidente o acusaram de mentir, redobrando seus alertas para uma iminente invasão russa. Mesmo se as tropas recuarem, a crise não acabará. E aconteça o que acontecer, Putin prejudicou seu país ao arquitetá-la.

Muitos observadores discordariam dessa avaliação. Sem disparar nenhum tiro, apontam eles, Putin colocou-se no centro das atenções globais, provando que a Rússia é importante novamente. Ele desestabilizou a Ucrânia e incutiu em todos a ideia segundo a qual o futuro do país é assunto dele. Ele ainda poderá conquistar concessões da Otan por evitar a guerra. E domesticamente sublinhou seu estadismo e criou distração das agruras econômicas e da repressão contra figuras da oposição, como Alexei Navalni, que esta semana foi novamente arrastado para uma tribunal.

Ainda assim, esses ganhos são táticos. Mesmo que Putin os tenha conquistado, num sentido mais duradouro e estratégico, ele perdeu terreno. Um motivo para isso é que, apesar de todos os olhares estarem sobre Putin, ele incitou seus oponentes. 

Liderado por Joe Biden, que numa ocasião chamou Putin de “assassino” e abomina o homem que tentou lhe tirar da presidência, o Ocidente concordou ameaçar com um pacote de sanções mais duras que as de 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia. 

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O presidente russo, Vladimir Putin, irá cantar vitória de qualquer maneira Foto: Sergey Guneev/Sputnik/Kremlin via EFE/EPA

PROPÓSITO

A Otan, desqualificada pelo presidente francês, que em 2019 afirmou que a aliança sofrera “morte cerebral”, encontrou o propósito renovado de proteger seus flancos próximos à Rússia. Sempre tendo preferido manter distância, Suécia e Finlândia poderão aderir à Otan. A Alemanha, que insensatamente deu estímulo ao gasoduto Nord Stream 2, aceitou que o gás russo é um fator de risco com que terá de lidar, que uma invasão encerraria o projeto. Se Putin previu que suas ameaças seriam respondidas com meras frases de efeito, se enganou.

A Ucrânia tem sofrido realmente. Mas a crise também afirmou o sentimento popular entre os ucranianos que seu destino é ao lado do Ocidente. É verdade que Putin arrancou garantias de que a Ucrânia jamais se juntará à Otan, mas são garantias baratas, pois a adesão da Ucrânia sempre foi uma possibilidade remota. O que mais importa é que, tendo sido negligenciada nos anos recentes, a Ucrânia está desfrutando de apoio diplomático e militar sem precedentes do Ocidente. Esses laços forjados na crise não se dissolverão subitamente caso as forças russas recuem. Novamente, isso é o oposto do que Putin pretendia.

Também é verdadeiro que Putin colocou a segurança europeia na pauta, incluindo discussões a respeito de mísseis e exercícios militares. Mas essas negociações seriam de interesse de todos, porque reduzem o risco de conflito. Se negociações vantajosas para todos contam como vitórias para Putin, que elas aconteçam mais.

A derrota mais intrigante de Putin é em casa. A Rússia tentou construir uma economia forte. Aumentou suas reservas e reduziu a fatia em dólares de suas reservas. Diminuiu a dependência das empresas de capital estrangeiro e trabalhou duro para construir um estoque de tecnologia (em todas as áreas, de chips a aplicativos, passando pela própria internet). O país também se aproximou da China, na esperança de encontrar um comprador alternativo para os hidrocarbonetos que continuam sendo sua principal fonte de moeda estrangeira.

Apesar dessas ações terem aliviado o dano de sanções do Ocidente, elas não o eliminaram. A UE ainda compra 27% de todas as exportações russas; a China, cerca de metade disso. O gasoduto Força da Sibéria, quando ficar pronto, em 2025, levará à China somente um quinto da quantidade de gás que vai para a Europa. 

ISOLAMENTO

Na eventualidade de um conflito grave, sanções sobre transações bancárias da rede Swift em bancos russos isolariam o sistema financeiro do país. Restrições a importações similares às aplicadas contra a Huawei ocasionariam enormes dificuldades para as empresas russas de tecnologia.

Putin pode tanto conviver com essa interdependência quanto se voltar ainda mais para a China. Mas isso condenaria a Rússia a tornar-se sócia minoritária de um regime pouco sentimental, que a considera um auxiliar diplomático e uma fonte atrasada de commodities baratas. Esse jugo irritaria Putin.

Essa aliança de autocratas também surtiria um custo psicológico na Rússia. Demonstraria a dependência de Putin dos siloviki, os comandantes de segurança que veem na democracia ucraniana e no estreitamento das relações com o Ocidente uma ameaça à própria capacidade de controlar e saquear a Rússia. 

Seria mais um sinal de que eles perderam para os capitalistas liberais e os tecnocratas – que são o outro pilar do Estado russo. Mais mentes excelentes e brilhantes se perderiam; outras desistiriam. Estagnação e ressentimento forjariam uma oposição que, provavelmente, seria correspondida com brutalidade intensificada.

E se Putin, ciente de tudo isso, invadir? Esse ainda poderia ser o terrível resultado da crise, enquanto cada lado busca manobrar melhor que o outro. Nesta semana, o Parlamento russo pediu que Putin reconheça as autodeclaradas “repúblicas” na região do Donbas, que reivindicam grande faixas de território que não controlam atualmente – adicionando mais um gatilho para Putin puxar quando bem entender.

Além de devastar a Ucrânia, a guerra prejudicaria muito mais a Rússia do que a ameaça de guerra. O Ocidente ficaria mais unido e determinado a virar as costas para o gás russo; a Ucrânia se tornaria uma ferida aberta, sugando dinheiro e homens russos; e Putin se tornaria um pária. A própria Rússia seria flagelada por sanções e por um aprofundamento ainda maior da autarquia e da repressão.

Putin colocou-se numa encruzilhada. Ele pode atacar. Mas, mesmo um recuo agora, com suas ambições frustradas, pode apenas levar a um ataque posterior. Ao levantar-se contra a ameaça que ele representa, o Ocidente tem a melhor chance de dissuadi-lo da escolha fatídica. /TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

BOLSONARO NEGA TER APOIADO A RÚSSIA

 

  1. Internacional 

Declaração foi feita no mesmo dia em que a porta-voz do governo americano, Jen Psaki, disse que o ‘Brasil talvez esteja do outro lado’ em relação à maioria da comunidade internacional

Eduardo Gayer, O Estado de S.Paulo

BUDAPESTE – O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha tomado partido da Rússia no conflito com a Ucrânia, mesmo após se dizer “solidário” aos russos durante sua visita oficial a Moscou, nesta semana. A declaração foi feita no mesmo dia em que a porta-voz do governo dos Estados Unidos, Jen Psaki, disse que o “Brasil talvez esteja do outro lado” em relação à maioria da comunidade internacional. 

“Falei lá (na Rússia) que o mundo é nossa casa e Deus acima de todos. Falei a mensagem de paz, não foi para tomar partido de ninguém”, afirmou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais, nesta sexta-feira, 18. 

Bolsonaro reiterou que a retirada – ainda não confirmada – de parte das tropas russas da fronteira com a Ucrânia sinaliza diminuição das chances de guerra na região. Disse, ainda, que as empresas do país vão dobrar a exportação de fertilizantes para o Brasil. 

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O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse não ter tomado lado no conflito Rússia – Ucrânia Foto: Bernadett Szabo/REUTERS

Durante a transmissão pelas redes sociais, o presidente citou o aumento do preço do petróleo, decorrente das tensões entre Rússia e Ucrânia, mas ponderou que a valorização do real pode ajudar o País. “Dólar caiu bastante de preço, isso é bom para a gente porque tira pressão dos combustíveis”, disse Bolsonaro, ao destacar que, neste momento, sua  preocupação é em diminuir a inflação e criar empregos formais. 

Ao se referir à repercussão, nas redes sociais, de sua visita a um monumento erguido em homenagem a soldados mortos na Segunda Guerra Mundial – quando a Rússia era a comunista União Soviética –, Bolsonaro mandou que os críticos estudassem. “Os russos lutaram ao nosso lado contra o nazismo”, observou.

O serviço de segurança russo também foi elogiado pelo presidente. O Estadão/Broadcast Político apurou que Bolsonaro conversou sobre cibersegurança com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a visita a Moscou. “O serviço de inteligência dele funciona, assim como o meu tem melhorado”, argumentou ele. A Rússia tem um histórico de críticas por denúncias de espionagens e tentativas de interferência em eleições de outros países, como os Estados Unidos.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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