sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

MARKETING DIGITAL - PARTE 2

 

Flávio Antunes Bispo  – Jornalista, formado em Comunicação Social: Jornalismo pela Universidade Tiradentes (UNIT). Pós-graduado em Marketing e Redes Sociais pela UNIBF.

1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO MARKETING DIGITAL

Alguns conceitos são essenciais para entender o que é marketing digital, persona,

lead, funil de vendas, landing page, SEO, CTA, fluxo de nutrição.  Desta forma, iremos

explicar o que são cada um destes conceitos:

1.1 Persona

A persona vem a ser a criação fictícia de um cliente ideal, que possui um perfil

que se encaixa dentro de conceitos que criam um determinado padrão de consumo. Assim,

a empresa cria um conteúdo que trai este tipo de cliente específico, com o objetivo de

obter resultados positivos.

1.2 Lead

O lead consiste em uma troca entre o usuário e a empresa, a empresa libera um

produto qualquer gratuitamente em seu site, como um vídeo ou e-book, em troca de

informações pessoais do usuário. Esta troca é benéfica para empresa, pois com estas

informações pode oferecer outros produtos (pagos) ao usuário de acordo com seu perfil

viabilizado por seus dados cedidos.

1.3 Funil de Vendas

O funil de vendas é um modelo que representa a trajetória dos consumidores com

relação a uma marca. O início se dá quando o consumidor tem seu primeiro contato com

a marca, o desenrolar se dá a partir da manutenção do relacionamento da marca com o

cliente e por fim quando o cliente se torna um comprador da marca.

1.4 Landing Page

São páginas que não tem foco conteúdo e sim na atração dos dados pessoais do

cliente. Podem ser páginas com códigos promocionais, páginas de recuperação de

palavras-chave, validação de contas por exemplo.

1.5 Seo

O SEO (Search Engine Optimization), é um método que compreende uma série

de ações para aumentar a visibilidade e consequentemente os acessos a um determinado

site, a partir dos mecanismos de busca, principalmente o Google.

SEO é um conjunto de técnicas que utilizam marcadores e tags para que

determinada página na web tenha uma colocação melhor em sites de busca. A

importância da posição no ranking de sites de buscas é essencial para obter

relevância na internet que estamos hoje onde o principal navegador usado

(Google Chrome) tem embutido o sistema de busca do Google. O SEO se

tornou tão utilizado que logo em seguida surgiu o temo Search Engine

Marketing (SEM), que se referia as estratégias que envolviam o SEO.

(COSTA et al, 2009, p.9)

1.6 Cta

Os Calls-to-Action são links que incitam os visitantes de uma página a clicarem

para continuarem a navegação. Esta estratégia alimenta outras ações descritas

anteriormente, como o funil de vendas.

1.7 Fluxo de Nutrição

O fluxo de nutrição é um mecanismo que possibilita a manutenção do

relacionamento com o usuário a partir de informações relevantes com o cliente. Esta

manutenção acontece geralmente por meio de e-mails. O objetivo deste processo é

conseguir a fidelização do cliente.

2. AS MÍDIAS SOCIAIS

Dentro desta lógica de operação do marketing digital por meio das mídias

sociais, algo que que merece atenção vem a ser quais as funções de cada mídia social, e

como as estratégias de marketing digital podem ser utilizadas em cada um destes

ambientes virtuais.

2.1 Blog

Dentre estas mídias sociais, o blog é um recurso multimídia extremamente

flexível, econômico, direto e que pode ser extremamente rentável se utilizado combinado

com estratégias de marketing digital adequadas ao produto que se quer promover. Os

blogs são um canal direto de contato com o público que acompanha aquele conteúdo,

podem ser editados mais facilmente de que um site, o qual necessita de web designers ou

web developers.

Esses sistemas proporcionaram uma maior facilidade na publicação e

manutenção dos sites, que não mais exigiam o conhecimento da linguagem

HTML e, por isso, passaram a ser rapidamente adotados e apropriados para os

mais diversos usos. Além disso, a posterior agregação da ferramenta de

comentários aos blogs também foi fundamental para a popularização do

sistema. (AMARAL et al, 2008, p.2).

7

Uma informação de extrema relevância que muitas vezes pode passar

despercebida é que a utilização do um blog proporciona a não submissão das empresas e

plataformas que tem suas próprias regras de layout e distribuição do conteúdo, como

Facebook e o Instagram e o Twitter. Ao passo que estando fora destas plataformas, tem –

se um espaço próprio, no qual a definição das estratégias de layout (desenho gráfico e

diagramação), distribuição de conteúdo, de alcance de público e de público-alvo, só diz

respeitam ao blogueiro em questão. Além disso, a possibilidade de encontrar um blog

pela busca do Google é maior considerando que nem todos usuários de internet têm perfis

em Facebook e Instagram.

2.2 Site

O site é uma mídia social voltada para empresas, pela sua linguagem e formato

mais formal e institucional, diferente do blog que tende a transmitir conteúdos

informativos e opinativos. O site necessita de um programador de conteúdo, logo é menos

flexível que o blog. É um canal que apresenta os produtos e serviços de uma maneira mais

comercial, possuindo mecanismos de compra, venda, suporte ao cliente.

2.3 Redes Sociais

As redes sociais são canais que promovem maior interação entre os usuários.

Tanto no que se refere a promoção de diálogo como cria um espaço propenso a formação

e disputa de opinião. “Nesses grupos, os indivíduos vão elencando e filtrando informações

que consideram de seu interesse e o resultado é que coletivamente, de forma emergente,

as redes vão construindo, delimitando e influenciando as mensagens que ali são

propagadas.” (Recuero, 2012, p.205)

São canais extremamente flexíveis quanto a edição e administração de

conteúdos, se aproximando dos blogs, como também tem a possibilidade de atuar de uma

maneira diversificada do site, com publicações de vídeos, fotos, promoções, enquetes,

eventos, entre outros.

As Redes Sociais juntamente com a Internet, se tornou o meio mais prático de

comunicação num todo. Elas são plataformas na quais são compostas por pessoas ou

organizações, que são conectadas por algum tipo de relação, que possuem algum interesse

ou objetivos em comum.

Segundo Marteleto (2001), o marketing digital, juntamente com as redes sociais,

desenvolveu um novo mundo para trocar ideias. Hoje em dia, as pessoas que possuem

acesso à internet possuem voz para compartilhar e troca experiências, pensamentos e

opiniões. O novo conteúdo das redes sociais utiliza a mais atual tecnologia da internet

para alavancar as imagens complexas de suas ofertas. Se a empresa não estiver envolvida,

atualizada e informada das últimas tendências, podem acabar perdendo uma oportunidade

de atrair e fidelizar clientes conectados.

Para Marteleto (2001, p.72), as redes sociais simbolizam “um conjunto de

participantes autônomos, unificando ideias e recursos em torno dos valores e interesses

compartilhados”. A autora evidencia que nas últimas décadas o trabalho pessoal em redes

desconexões passou a ser compreendido como um instrumento organizacional, embora o

envolvimento das pessoas sem redes exista desde os primórdios da humanidade.

O Facebook é a maior rede social do mundo, foi lançada no ano de 2004, fundado

por Mark Zuckerberg juntamente com mais 3 colegas de quarto da faculdade. No início

era voltado apenas para os estudantes da Universidade, só então a partir de 2006 foi aberta

para o público em geral, para qualquer usuário maior de 13 anos, e assim em outubro de

2012 a rede já possuía mais de 1 bilhão de usuários. Pelo alto número de integrantes, o

Facebook automaticamente se tornou uma das principais ferramentas para o Marketing

Digital. Além de poder fazer propaganda gratuita, você pode fazer propagandas

patrocinadas na quais podem atrair ainda mais novos consumidores.

Com o surgimento da Internet houve diversas mudanças para a sociedade.

Entre essas mudanças, as fundamentais e a mais significativa para esta

pesquisa é a possibilidade de expressão e sociabilização através das

ferramentas de comunicação intermediada pelo computador. Atualmente as

redes sociais com presença na web os quais são fomentadas nesta pesquisa são

Facebook, Twitter, LinkedIn e Google+ porém o foco da pesquisa visa à

funcionalidade da rede social LinkedIn no processo de recrutamento e seleção

de pessoas na área offshore sendo usadas as demais redes sociais como filtro

no processo e compreender os perfis dos candidatos. (ALEIXO et al, 2014,

p.2)

Dentre as estratégias de utilização dos blogs, sites e redes sociais como forma de

captação de recursos, estão a venda de vídeo aulas, cursos, e-books e coletâneas. Outra

possibilidade é o uso da ferramenta Google Adsense que consiste em um mecanismo no

qual os anunciantes pagam para veiculação de anúncios de produtos que dialogam com o

conteúdo e com o público-alvo dos referidos blogs. Outro método de captar recursos

financeiros é o uso da plataforma colaborativa Crowndfunding que em linhas gerais é um

projeto ou produto que precisa do investimento de várias pessoas para ser realizado. Esta

plataforma possibilita a criação de uma campanha para financiamento do projeto, com

recompensas aos colaboradores. O blog ou site tem a função de divulgar esta campanha

fomentando assim os investimentos no projeto, ideia ou produto. Há ainda a possibilidade

da venda de assinaturas, como feito há décadas atrás nas mídias tradicionais a exemplo

dos jornais, em troca do acesso ao conteúdo exclusivo para assinantes. Estratégias estas

que são comprovadamente eficientes por diversas pesquisas e utilizadas por grandes

empresas para divulgar e comercializar seus produtos.

Segundo a TechTrends3, as táticas de Marketing Digital mais utilizadas no Brasil

são:

– Automação de Marketing – RD Station Marketing;

– Email Marketing – Mailchimp e RD Station Marketing;

– Landing Page – RD Station Marketing;

– Marketing de Conteúdo – Rock Content;

– SEO – Google Search Console;

– Análises – Google Analytics;

– Sistema de Gerenciamento de Conteúdo (CMS) – WordPress;

– Monitoramento de Redes Sociais – RD Station Marketing.

A partir de uma série de informações extraídas sobre marketing digital podemos

obter algumas conclusões preliminares. A respeito das estratégias de marketing que

devem ser utilizadas pelas empresas, de acordo com suas especificidades. As

organizações têm diversas possibilidades ao investirem em marketing digital, desde

empresas tradicionais a empresas digitais. Vale lembrar que uma estratégia digital fornece

a direção e as etapas mensuráveis como usar os meios e técnicas para obter a visão e os

respectivos objetivos da empresa. Assim, existem muitas razões para usar este tipo de

estratégia:

• O uso de uma estratégia digital permite transformar os dados em inteligência de

mercado, tanto dos clientes como da concorrência.

• Estratégias digitais permitem empresa melhorar o relacionamento com os clientes e

verificar como eles interagem com a marca.

• Atualmente, o cliente é cada vez mais treinado e informado sobre o uso de mídia digital

e o mercado digital está em constante ascensão.

• Não é só ter um produto digital, é necessário aplicar estratégias de marketing para

efetivar a venda.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Marketing determina, avalia e quantifica todo o mercado que foi identificado e

o potencial de lucro. No decorrer dos anos, pode-se ver o quanto as estratégias de

marketing foram mudando e se atualizando. Grande parte desse processo ocorreu por

conta da globalização, onde facilitou cada vez mais o processo de comunicação entre todo

mundo, e também devido aos grandes avanços tecnológicos no quais não param de evoluir

cada vez mais. Devido a esses processos chegamos ao Marketing Digital, uma estratégia

na qual essencial para o desenvolvimento de para micro e pequenas empresas, pois os

custos são bem menores em relação a outras estratégias de marketing.

No contexto do marketing digital, as mídias sociais se tornaram estratégias

essenciais para conseguir atingir o público-alvo, sobretudo as redes sociais, as quais

milhões de pessoas tem perfis e utilizam a ferramenta diariamente. Assim, além do custo

que é menor do que o marketing tradicional, este tipo de estratégia tem um alcance maior.

A criação da internet, por sua vez propiciou a criação de uma série de ferramentas

de comunicação e interação em rede, as chamadas mídias sociais, como sites, blogs e

redes sociais

No contexto do marketing digital, as mídias sociais se tornaram estratégias

essenciais para conseguir atingir o público-alvo, sobretudo as redes sociais, as quais

milhões de pessoas tem perfis e utilizam a ferramenta diariamente.

As possibilidades, funcionalidades e táticas são diversas dentro do campo do

marketing digital. Como o SEO, o E-mail marketing, o Marketing de Conteúdo dentre

outros.

O uso das mídias sociais possibilita um controle do retorno financeiro e da

aceitação do público através de ferramentas diversas como Google Anlytics, Facebook

Ads dentre outros.

Neste sentido as formas tradicionais de mídia, que ainda são utilizadas para

divulgação e promoção de produtos, como jornais, rádio e televisão, têm uma inserção

limitada a determinados públicos, além de um valor muito alto em relação as novas

mídias. Considerando essa conjuntura, grande parte das empresas têm investido nas

estratégias publicitárias das Mídias Sociais.

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REFERÊNCIAS

ALEIXO, Sávio Rocha et al. Marketing Digital e o Uso das Redes Sociais como

Ferramenta no Processo de Recrutamento e Seleção no Setor Offshore. XI Simpósio de

Excelência em Gestão e Tecnologia. 2014.

AMARAL, Adriana et al. Blogs: Mapeando um objeto. VI Congresso Nacional de

História da Mídia, no GT História da Mídia Digital. Universidade Federal Fluminense,

13 a 16 de maio de 2008.

COSTA, Lucas Mendes et al. A Evolução do marketing digital: uma estratégia de

mercado. XXV Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Perspectivas Globais para

a Engenharia de Produção. 2015.

KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. Trad. Bazán

Tecnologia e Linguística; Rev. Arão Sapiro. São Paulo: Prentice Hall, 2000.

KURUCZ. V. Perspectives of viral marketing among managers: na internet based

assessment. 2008.

MARTINS, Daniela. Marketing Digital: Criação de um e-book descomplicado para

grupos de voluntariado. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Engenharia.

Universidade do Porto. 2010.

MENEZES, H. Comércio eletrônico para pequenas empresas. Florianópolis: Visual

Books, 2003.

RECUERO, Raquel. A Rede é a mensagem: Efeitos da Difusão de Informações nos Sites

de Rede Social. In: Eduardo Vizer. (Org.). Lo que Mcluhan no previó. 1ed.Buenos Aires:

Editorial La Crujía, v. 1, p. 205-223. [versão rascunho/draf].2003

TOLEDO, Luciano Augusto et al. PLANEJAMENTO DE MARKETING E

CONFECÇÃO DO PLANO DE MARKETING: UMA ANÁLISE CRÍTICA. o&s – v.13

– n.37 – Abril/Junho – 2006.

13

ROCHA, Thelma Valéria et al. Estudo Exploratório sobre o uso das Redes Sociais na

Construção do Relacionamento com Clientes. R bras. Gest. Neg, São Paulo, v.15, n.47,

p. 262-282, Abr/jun. 2013.

VIDIGAL, M. TÂNIA. E-Marketing: o marketing na internet, com casos brasileiros. São

Paulo: Ed. Saraiva, 2003.

YESIL, MAGDALENA. Criando a Loja Virtual. Rio de Janeiro: IBPI Press, 1999.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

SEM PROVAS PGR VAI ARQUIVAR AS ACUSAÇÕES DA CPI CONTRA O BOLSONARO E MINISTROS

 

Procurador-geral
Por
Olavo Soares – Gazeta do Povo
Brasília

Procurador-geral Augusto Aras pode arquivar indiciamento do presidente Bolsonaro feito pela CPI por falta de provas.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O relatório final da CPI da Covid do Senado, que contém o indiciamento de 80 pessoas, entre elas o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pode acabar no fundo de uma gaveta. O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito não apresentou provas sobre os supostos crimes cometidos por Bolsonaro e, por isso, ele não pôde avançar em investigações sobre o chefe do Executivo.

A declaração é um indicativo de que ele pode arquivar o relatório e não denunciar nenhum dos indiciados pela comissão. “Não houve a entrega dessas provas”, afirmou Aras em entrevista à CNN Brasil, na quarta-feira (16). Segundo ele, a CPI levou à Procuradoria-Geral da República (PGR) “um HD com 10 terabytes de informações desconexas e desorganizadas”.

O procurador fez as declarações no mesmo dia em que o Senado inaugurou um memorial em homenagem às vítimas da Covid-19, em cerimônia marcada por críticas a Bolsonaro e ao próprio Aras.

A base aliada do presidente celebrou as declarações de Aras sobre o relatório final da comissão. “O procurador falou algo que nós já sabíamos. Renan, Randolfe e Omar só tinham narrativas, nada concreto e objetivo”, afirmou à Gazeta do Povo o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), que durante a CPI foi um dos principais defensores do presidente da República.

Os nomes que ele citou são os dos membros da cúpula da CPI: Omar Aziz (PSD-AM), presidente do colegiado; Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o vice; e Renan Calheiros (MDB-AL), relator. Os três fazem oposição a Bolsonaro, e a atuação deles foi tida como parcial pelos parlamentares alinhados ao governo.

Heinze também chamou a atuação da oposição durante a CPI de “fanfarronada” e afirmou que Aras “analisou tecnicamente” os resultados da comissão. “Um advogado, um juiz ou um promotor olha para os fatos e vê se há fundamentos ou não. Ele [Aras] não está dizendo por dizer. Percebeu que tudo ali é factoide”, acrescentou.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o também governista Marcos Rogério (PL-RO) afirmou: “eu adverti durante todo o funcionamento da CPI que faltava técnica no processo investigativo. Preocuparam-se e construíram narrativas sem nenhum fundamento e nem prova. O resultado é justamente esse vexame”.

O relatório final da CPI da Covid foi aprovado pela comissão em 26 de outubro do ano passado. O texto indiciou 80 pessoas, relação que inclui Bolsonaro e outras autoridades do governo, como os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Onyx Lorenzoni (Trabalho) e Braga Netto (Defesa), entre outros nomes.

Pela Constituição, o presidente da República e outras autoridades com foro privilegiado só podem ser investigadas por inquérito conduzido pelo PGR – por isso a pressão dos oposicionistas sobre Aras.

Segundo o procurador-geral, os senadores da CPI se comprometeram a entregar todas as provas em dez dias. “Eu espero que até sexta-feira (18) o senador Randolfe e seus eminentes pares entreguem essas provas para que o Supremo possa preservar a cadeia de custódia, a validade das provas e que não tenhamos nulidades e impunidade em um futuro próximo”, disse.

Oposição fala em impeachment de Aras

A conduta de Aras foi interpretada pelos senadores da oposição como uma “submissão” do procurador a Bolsonaro. Em reação, os parlamentares levantaram a hipótese de abrir um processo de impeachment contra o procurador. A ideia já havia sido lançada por Randolfe em ocasiões anteriores.

Também em entrevista à CNN, o senador do Amapá disse que o processo de impeachment seria um mecanismo para “ver se ele [Aras] pega no serviço”. “Não descartamos nenhuma hipótese de pedir a ele o cumprimento do seu papel. Seja pelo remédio do impeachment, seja por uma ação de investigação no STF”, declarou Randolfe.

O senador também disse que a CPI enviará à PGR, até sexta-feira (18), um documento adicional com o que chamou de mais provas sobre as investigações conduzidas pela comissão. O adendo foi requerido pela PGR, após membros da instituição identificarem problemas na vinculação entre os arquivos entregues e os crimes imputados aos indiciados.

“Se nós conseguimos em seis meses levantar tudo isso, como é que em 120, 115 dias a Procuradoria-Geral não o faz? Não o fez por inércia, não o fez por omissão, não o fez por parcialidade. Porque ele que representa o órgão máximo de fiscalização e controle pela Constituição, que é o Ministério Público, ele simplesmente esquece o seu papel, a sua atribuição, e vai ser mero servo do presidente da República”, criticou nesta quarta-feira (16) a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

A parlamentar fez a declaração em sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado, em que o colegiado recebeu o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. A reunião viu a repetição de argumentos apresentados pelos oposicionistas durante a CPI, como ataque ao que chamam de “negacionismo” do governo federal e à defesa do tratamento precoce.

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Relembre as acusações contra Bolsonaro
A CPI da Covid acusou o presidente Bolsonaro de ​​nove crimes: epidemia com morte como resultado; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade; e crimes de responsabilidade.

As acusações contra o chefe do Executivo se pautaram por ocorrências como as críticas dele à vacinação, a defesa do tratamento precoce e a promoção de eventos com aglomeração de pessoas. A citação à possível prevaricação foi motivada pela denúncia apresentada pelo deputado Luís Miranda (União Brasil-DF), que disse ter levado ao conhecimento de Bolsonaro a existência de um esquema para superfaturar a compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. A Polícia Federal, no último dia 31, disse não ter identificado prevaricação do chefe do Executivo no episódio.

Os indiciamentos feitos pela CPI a pessoas físicas se dividiram em seis grandes grupos: o dos atuais e antigos integrantes do governo; o de executivos e lobistas, que respondem, principalmente, sobre corrupção; o de políticos, como deputados federais e senadores; o de pesquisadores, que na avaliação da CPI estariam conduzindo pesquisas fraudulentas ou incorretas sobre a pandemia; o dos empresários, acusados de disseminarem notícias falsas sobre a Covid-19; e o de influenciadores digitais, alvo de acusação semelhante.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/aras-indica-possivel-arquivamento-das-investigacoes-da-cpi-da-covid-entenda/
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PASSEIOS DE LULA EM 2021 CUSTARAM MEIO MILHÃO DE REAIS AO GOVERNO

 

Por
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo

Após decisão do STF sobre parcialidade de Moro, Lula retomou viagens e discursos| Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Chegou a conta final das viagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no país e pelo mundo em 2021. Mais R$ 498 mil pagos pelo contribuinte. A maior parte foi gasta nos eventos na Europa e em Buenos Aires. O tour entre Berlim, Bruxelas, Paris e Madri custou R$ 314 mil. A despesa de apenas um segurança chegou a R$ 55 mil. Mas teve também caravana pelo Nordeste. Os gastos dos seis ex-presidentes somaram R$ 5,8 milhões.

Sete servidores pagos pela Presidência da República acompanharam Lula na viagem pela Europa, na função de apoio e segurança pessoal ao ex-presidente. Eles receberam juntos 100 diárias no valor total de R$ 190 mil. Edson Moura Pinto recebeu R$ 55 mil, sendo R$ 33,6 mil relativos a 14 diárias – R$ 2,4 mil a unidade. Primeiro-tenente do Exército, Pinto tem salário de R$ 17,7 mil. Ricardo Azevedo recebeu R$ 52 mil, com R$ 29,6 mil de diárias. Segundo sargento, tem salário de 8,4 mil. Três integrantes de segurança fizeram o trecho Bruxelas-Paris de trem.

Realizada de 10 a 24 de novembro, foi a primeira grande viagem ao exterior depois que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou que o ex-juiz Sérgio Moro foi parcial ao julgar Lula. Ele foi recebido na França com pompas de chefe de Estado. Por onde passou, o ex-presidente fez críticas a Bolsonaro, principalmente pela sua atuação no combate à Covid-19, falou dos seus planos de governo e da sua luta pela absolvição: “Foram cinco anos de luta até que o Supremo viesse a estabelecer a suspeição e parcialidade do juiz que me condenou sem provas e sem causa”, afirmou.

Em 10 de novembro, Lula participou, na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, da celebração dos 38 anos do retorno da democracia à Argentina. Estavam presentes o presidente argentino, Alberto Fernández; a vice, Cristina Kirchner; e o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica. Diante de uma multidão, Lula citou a ex-presidente: “A perseguição que me colocou em cárcere é a mesma perseguição que a companheira Cristina foi e é vítima”, disse Lula.


Buenos Aires e caravana no Nordeste
Mas é claro que a visita não saiu de graça. Quatro integrantes da equipe permanente de Lula foram destacados para os trabalhos de apoio e segurança em Buenos Aires. A despesa fechou em R$ 56 mil, incluindo 18 diárias no valor total de R$ 28 mil. Lá estava mais uma vez Mauro Moura Pinto. A sua despesa chegou a R$ 17,8 mil. Ele teve o carro arrombado em Curitiba, em abril de 2018, no dia em que foi fechado o acordo para o desmonte do acampamento de militantes pró-Lula em frente à sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente estava preso.

As viagens de Lula para o exterior custaram R$ 358 mil. A despesa nas viagens pelo país foi menor – R$ 140 mil. Lula esteve com mais frequência em Brasília e no Rio de Janeiro. A maior gastança, porém, ocorreu na caravana pelo Nordeste, de 15 a 27 de agosto. Ele esteve em Recife, Teresina, São Luís, Fortaleza, Natal e Salvador, pavimentando a sua candidatura a presidente da República. a caravana contou com seis integrantes da equipe de apoio e segurança, que custaram R$ 52 mil em passagens e diárias. As 93 diárias somaram R$ 26 mil.

A ex-presidente petista Dilma Rousseff chegou a gastar R$ 554 mil com seguranças e assessores em viagens para o exterior – mais exatamente para 13 países – em 2019, incluindo 250 diárias. Mas gastou apenas R$ 86 mil em 2021, um ano em que a pandemia fechou muitas fronteiras. Dilma esteve em maio nas cerimônias de celebração dos 700 anos da Cidade do México, a convite do presidente López Obrador.

Retornou ao México em novembro para participar da reunião de ex-presidentes do Grupo de Puebla – uma espécie de Foro de São Paulo remodelado. A primeira viagem custou R$ 45 mil em diárias e passagens para dois agentes de segurança. A segunda, os dois agentes receberam um total de 17 diárias, com as despesas chegando a R$ 56 mil.


Quem gastou mais com servidores
A equipe de apoio de Lula custou R$ 637 mil em 2021. Foi quem menos gastou. Mas a liderança desse ranking foi mantida pelo PT. Dilma torrou R$ 905 mil com assessores e seguranças. O ex-presidente Michel Temer gastou R$ 800 mil; Fernando Collor, R$ 764; Fernando Henrique Cardoso, R$ 761; José Sarney, R$ 742 mil.

Considerando todas as despesas, Lula mantém a liderança, com R$ 1,16 milhão. Dilma ficou na segunda colocação, com R$ 1,1 milhão. Collor, que também conta com as mordomias do Senado, ainda gastou R$ 1 milhão por conta da Presidência da República. Só os assessores do seu gabinete no Senado custaram R$ 5,5 milhões aos cofres públicos em 2021. Com uma viagem para o exterior em novembro, ao custo de R$ 54 mil, a despesa de Temer chegou a R$ 910 mil. Sarney gastou um total de R$ 824 mil; FHC, R$ 762 mil.

Os ex-presidentes ainda gastaram R$ 74 mil com combustível e manutenção de automóveis e alguns trocados com telefonia e telecomunicações – R$ 10 mil. Mas é bom lembrar que cada ex-presidente conta com dois carros oficiais de luxo, com valor de R$ 108 mil a unidade. Foram comprados por R$ 1,3 milhão no final de 2019 e pagos em 2020.

As mordomias oferecidas aos ex-presidentes estão previstas na Lei 7474/1986. Diz a lei que o presidente da República, terminado o seu mandato, tem direito a utilizar os serviços de quatro servidores, para segurança e apoio pessoal, bem como a dois veículos oficiais com motoristas, custeadas as despesas com dotações próprias da Presidência da República. Uma alteração na lei, em 2020, diz que os ex-presidentes poderão contar, ainda, com o assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS).

Tramitam no Congresso, há muitos anos, vários projetos de lei que reduzem ou extinguem completamente esses privilégios. Um deles, apresentado em 27 de março de 2018, tem como autores o então deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Delegado Francischini (PSL-PR). Após eleito, o agora presidente nunca mais tocou no assunto. O projeto dorme nas gavetas da Câmara desde 2019.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/lula-gastou-meio-milhao-de-reais-em-viagens-em-2021/
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O BRASIL QUASE NÃO TEM LIBERDADE ECONÔMICA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Lockdowns impostos durante a pandemia afetaram a liberdade econômica.| Foto: Lineu Filho /Arquivo/Tribuna do Paraná

As dificuldades de fazer do Brasil uma economia mais livre ficaram evidenciadas na nova edição do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation (e publicado no Brasil graças a uma parceria entre a Gazeta do Povo e o Instituto Monte Castelo), que acaba de ser divulgado. O país avançou dez posições, saltando do 143.º para o 133.º lugar, mas em termos absolutos sua nota piorou 0,1 ponto, em uma gradação que vai de zero a 100 – ou seja, o Brasil só subiu no ranking porque outras nações restringiram ainda mais suas economias. O estudo, que cobre o segundo semestre de 2020 e o primeiro semestre de 2021 (um ano inteiro sob o efeito da pandemia de Covid-19, portanto), mostra onde o Brasil falhou, onde avançou e o que precisa ser feito se quisermos encerrar 2022 mais próximos de um objetivo importante traçado pelo governo federal em 2019: colocar o país entre os líderes em liberdade econômica e facilidade de fazer negócios.

Dos 12 itens medidos pela Heritage Foundation, o país avançou em quatro: efetividade judicial e os três pontos do grupo “eficiência regulatória”: liberdade de negócio, liberdade de trabalho e liberdade monetária. Segundo os autores do índice, o país está colhendo os frutos da Lei de Liberdade Econômica, de 2019, que nasceu como medida provisória e foi aprovada pelo Congresso Nacional, e só não evoluiu mais porque os esforços do governo federal para desengessar ainda mais a legislação trabalhista, dando sequência à reforma de 2017, foram emperrados pela pandemia. Chama a atenção o fato de o país ter melhorado sua nota em liberdade de negócio apesar de todo o “fecha tudo” adotado por governadores e prefeitos, e que não poucas vezes resultaram em verdadeiros abusos. Felizmente, neste campo há uma tendência de melhora futura, já que o Brasil tem aprovado novos marcos regulatórios – do saneamento básico, da navegação de cabotagem, das ferrovias, de câmbio –, cujos efeitos só aparecerão nas próximas edições do índice.

Sem liberdade econômica não há como um país aproveitar ao máximo todo o potencial de seu povo; a geração de emprego e riqueza é sufocada

Assim como também só entrarão em futuras estatísticas as medidas mais problemáticas que vêm sendo adotadas por governo federal e Congresso Nacional. É verdade que a nota brasileira de “saúde fiscal” já está próxima de zero há muito tempo, mas ainda há uma pequena margem para piora. Os quatro décimos de ponto que separam o Brasil do zero absoluto (nota, aliás, dada à saúde fiscal norte-americana, graças à tendência dos governos democratas de gastar indiscriminadamente) podem ser perdidos se o país continuar depredando o teto de gastos, como ocorreu no caso da PEC dos Precatórios. Medidas populistas que pretendam reduzir preços como os dos combustíveis na base da canetada ou do malabarismo fiscal também podem custar caro em termos fiscais, inclusive causando inflação futura, como já alertou o Banco Central.

Graças ao convite formal para integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil terá um empurrão para realizar reformas que aumentem a liberdade econômica no país, pois muitas delas são condição necessária para que um país efetivamente se torne membro do grupo. A prioridade que a OCDE dá à agenda anticorrupção, por exemplo, está longe de ser replicada no Brasil, e o bom combate à ladroagem tem sido vandalizado pelas absurdas decisões do Supremo Tribunal Federal que desfazem todo o árduo trabalho da Operação Lava Jato. A OCDE não aceitará um país cujas instituições são tão lenientes com a roubalheira – e só no item “integridade do governo” do Índice de Liberdade Econômica o Brasil perdeu 7,5 pontos entre 2021 e 2022, voltando a ficar abaixo da média mundial.


Entre avanços em alguns pontos e retrocessos em outros, o Brasil acaba patinando quando deveria evoluir. Com isso, seguimos na categoria das nações “majoritariamente não livres” – e pior: muito mais perto dos países “reprimidos” economicamente que dos países “moderadamente livres”. Sem liberdade econômica não há como um país aproveitar ao máximo todo o potencial de seu povo; a geração de emprego e riqueza é sufocada pela hiper-regulação, pela corrupção, pela tributação excessiva ou irracional, por concepções arcaicas acerca do papel da iniciativa privada, pelo gasto público fora do controle. Como a Gazeta do Povo costuma afirmar, o problema brasileiro não é falta de diagnóstico: com exceção de quem está cego por ideologias estatólatras, todos sabem onde estão os problemas e o que precisa ser feito; mas os que efetivamente querem caminhar na direção da liberdade, em vez de defendê-la apenas no discurso, ainda são minoria em muitos ambientes onde as decisões são tomadas.


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BOLSONARO NA RÚSSIA BEM À VONTADE

Resumo do dia

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

O futuro ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, chega ao CCBB em Brasília

General Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro de Bolsonaro, recusou cargo no TSE em ano eleitoral alegando problemas de saúde.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Muitos pais têm me mandado mensagem que não sabem o que fazer por causa do noticiário a respeito da vacinação infantil. Eu tenho respondido: leiam as bulas. Eu tenho uma mania de ler a bula. Embora a minha mulher médica diga que o paciente não deve ler a bula, eu leio.

É fácil de acessar na internet as bulas das vacinas e estão lá relatadas as reações adversas. Estou contando isso porque o próprio diretor-geral da Anvisa – que participou de audiência no Senado nesta quarta-feira (16) –, o contra-almirante Antonio Barra Torres, se queixou que está recebendo muita ameaça por causa da autorização da vacinação infantil.

Bolsonaro na Hungria

O presidente Jair Bolsonaro vai desembarcar nesta quinta-feira (17) na Hungria, país que apoia a nossa entrada na OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o clube dos países de elite da economia. A Hungria também comprou dois cargueiros da Embraer, o KC-390, e é um bom parceiro.

No Kremlin, nesta quarta, a conversa entre Bolsonaro e o presidente russo Vladimir Putin durou duas horas. Eles se sentaram lado a lado, apertaram as mãos e tiveram uma conversa muito profícua, como disse o presidente, sobre indústria de defesa, de material bélico, extração de gás e petróleo, indústria de fertilizante e tecnologia de ponta. Houve também reuniões entre os ministros da Defesa e os ministros de Relações Exteriores. Foi muito bom!

Tragédia repetida
Todos os anos, nessa mesma época, a chuva cause mortes na região serrana fluminense. Desta vez são 80 mortos. Em 2011, foram 918 mortes e 99 desaparecidos até hoje.

É incompreensível que os governos locais – prefeituras e governo do estado – não tenham prevenido essa tragédia, porque isso se previne, evitando a moradia em lugares perigosos, segurando as encostas, há tecnologia para isso. Mas se repete todos os anos porque não fazem. Agora, eles dizem o que devem fazer e depois não fazem. É uma coisa incrível.

General recua
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não é fácil. O ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, Fernando Azevedo e Silva, que foi braço direito do general Villas Bôas no comando do Exército e chefe de gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, desistiu de ocupar a direção-geral do tribunal.

O general Azevedo e Silva havia sido convidado e já tinha aceitado o posto em pleno ano eleitoral. Mas agora viu que não dá, que o coração dele não aguenta. Literalmente. Como certamente se espera um ano complicado no TSE, eles pediu desculpas e voltou atrás.

Profissionalização
De toda a Amazônia me mandam mensagens sobre esse decreto que criou o programa de apoio à “mineração artesanal e em pequena escala” dizendo que querem legalizar o garimpo. Não é legalizar, é para profissionalizar o garimpo mesmo.

Os garimpeiros hoje não vão mais minerar na unha como ocorria na Serra Pelada. Hoje eles têm retroescavadeiras, por exemplo. É uma microempresa a mineração em pequena escala, não é industrial. Por isso esse decreto é para organizar o setor.

Agora, eu continuo sem entender porque daquele ataque, que parecia guerra do Vietnã contra os garimpeiros, no mesmo dia em que o Palácio do Planalto estava anunciando esse programa de apoio.


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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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