sábado, 5 de fevereiro de 2022

MÁQUINA FAZ VÁRIOS TIPOS DE BEBIDAS INCLUSIVE CERVEJA

 

Por Sabrina Bezerra – Lance Kizer, diretor de ciências da Cana e Matt Maher, CEO da Cana

Criada pela startup Cana, a máquina produz mais de 100 tipos de bebida; entenda

Já imaginou uma máquina que, ao apertar um botão, “imprime” qualquer tipo de bebida? Pois esta é a proposta da impressora de bebida molecular criada pela startup Cana.

Como assim? Apelidado de “Netflix das bebidas”, o dispositivo é do tamanho de uma torradeira e usa um único cartucho que contém ingredientes capazes de “imprimir” cerca de 100 bebidas, como: café, chá, cerveja, coquetel, energético, suco e vinho.

MÁQUINA DE BEBIDA

Você deve estar pensando: “de onde veio esta ideia?” Mas tudo começou quando o empresário e investidor Dave Friedberg foi jantar com alguns cientistas e contou sobre um artigo que havia lido em que dizia que a maioria das bebidas são compostas quase totalmente por água, com apenas 1% ou mais de sabor.

Daí, alguém em voz alta perguntou: “Por que não criamos algo em que as pessoas possam imprimir qualquer bebida em casa?”. Foi assim que nasceu a ideia de ‘impressora de bebidas moleculares’.

Agora, quase quatro anos depois da fase de protótipo, a Cana Technology vai lançar a máquina, depois de receber o aporte de US$ 30 milhões da The Production Board.

Qual é o valor da máquina, do cartucho e quanto tempo dura? O preço da máquina, do cartucho e a data de lançamento da venda devem ser anunciados no próximo mês. Mas a empresa garante que o valor será mais acessível do que comprar as bebidas embaladas. A duração do cartucho dura, em média, 3 meses e foi projetado para ser reciclado.

SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA DE BEBIDAS

O objetivo é mais do que trazer uma inovação: a empresa quer revolucionar o mercado – e num caminho sustentável.

“Hoje, a indústria global de bebidas usa centenas de trilhões de litros de água, emite 543 milhões de toneladas de CO2 e alimenta a crise global do lixo com mais de 400 bilhões de recipientes plásticos todos os anos”, diz a companhia em seu site.

E a tecnologia da Cana nesta história? “Em escala, a Cana reduziria em mais de 80% o uso de recipientes de plástico e vidro, o desperdício de água e as emissões de CO2 que atualmente são emitidas durante a fabricação de bebidas”, disse Matt Mahar, CEO da startup. Em outras palavras, todas as bebidas seriam feitas na casa ou escritório dos clientes – eliminando vidros e embalagens plásticas. Já pensou?

POR QUE IMPORTA?

Não é segredo que as máquinas de bebidas em cápsula são um sucesso. No caso do equipamento B.blend – resultado da joint-venture entre Whirlpool e Ambev – que oferece mais de 35 sabores de bebidas (uma das mais parecidas com a ideia da Cana, mas que usa várias cápsulas, ao invés de um cartucho inteligente) cresceu 188% em vendas em 2021 comparado com o mesmo período pré-pandemia em 2019. O que mostra que consumidores estão abertos a receber a inovação. Resta saber, agora, se a Cana terá o mesmo sucesso…

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por 86.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por 700.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

TCU NÃO ETÁ COOPERANDO COM OS PROCESSOS DE PRIVATIZAÇÃO DO GOVERNO

 

  1. Economia 

Corte tem demorado, em média, sete meses para avaliar os projetos, quatro meses a mais do que o previsto em norma do próprio Tribunal; órgão diz que período deve ser contado a partir do momento em que todos os documentos estão disponíveis

Guilherme Pimenta, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – As privatizações não saíram do papel no governo Jair Bolsonaro. Para o governo, um dos culpados desse quadro é o Tribunal de Contas da União (TCU), que estaria demorando mais que o esperado para analisar os projetos de venda de estatais – o que acabaria atrapalhando o processo. Para o TCU, porém, esse é um problema do governo, que enviaria projetos incompletos, prejudicando a análise.

Estudo feito pela advogada Ana Carolina Alhadas Valadares aponta que o TCU leva, em média, 216 dias (7 meses) para analisar processos de privatização, quatro meses mais que o previsto em instrução normativa da própria Corte, que estabelece 90 dias (3 meses).

Ela analisou 26 projetos de desestatização elaborados pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) desde 2015, que posteriormente foram encaminhados para o parecer prévio da Corte. A autora leva em conta em seu estudo a data do protocolo do processo no TCU e seu tempo de conclusão. O tribunal, porém, contesta essa metodologia, pois considera que o tempo só passa a contar quando o órgão tem acesso a todos os documentos que solicitou.

TCU
Segundo o TCU, análise dos processos de privatizações de áreas em que há mais experiência leva menos tempo. Foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado – 9/8/2019

A regra atual determina que a unidade técnica do TCU tem 75 dias para analisar os projetos. Depois, o processo é enviado ao plenário, que tem 15 para avaliação. O governo não é obrigado a aguardar a análise do TCU, mas prefere esperar para dar mais segurança jurídica à operação, tendo em vista que a Corte de Contas pode proferir decisões cautelares a qualquer momento, o que impediria a viabilidade de alguns projetos e reduziria o apetite dos investidores.

“Não há clareza sobre os fatores que acarretam a demora na análise prévia das desestatizações. Isso porque nem a instrução normativa atual nem a unidade técnica indicam o exato momento em que o prazo para conclusão foi deflagrado e, eventualmente, interrompido”, disse Ana Valadares.

Apesar do prazo ser mais longo do que dispõe a regra, a autora pondera, no estudo, que a norma atual que regulamenta as desestatizações acelerou a análise. “Verificou-se que aqueles processos que foram instaurados após a edição da instrução atual são encerrados mais rapidamente, comparativamente àqueles regidos pelas instruções anteriores”, disse a autora. O prazo caiu de 367 dias para 179, na média, com a regra atual, de acordo com o estudo.

No estudo, Ana Valadares conclui também que a área econômica da desestatização é determinante para acelerar ou atrasar a análise do TCU: o setor de óleo e gás, por exemplo, é o que mais demora para ser analisado pelo tribunal, no total de 430 dias. Rodovias, por sua vez, demoram em média 271 dias para serem analisadas. Geração e transmissão de energia, na análise, são as mais céleres: têm levado, em média, 46 e 109 dias, respectivamente.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=Q8a4D2

Já o TCU discorda em relação ao início de quando se começa a contar o tempo de análise pelo órgão dos processos de privatização. Em nota, o tribunal afirmou que é preciso considerar se as propostas já chegam com as informações completas ao órgão e, só a partir daí, começar a contar o prazo de 90 dias.

Segundo o TCU, em áreas em que há mais experiência em privatizações, como transmissão de energia e portos, os prazos, em média, são de 70 dias e 40 dias, respectivamente. Em outros casos mais complexos, como o do 5G, o tribunal levou 61 dias se contados a partir do momento em que todas as informações necessárias tinham chegado ao órgão.

A disputa envolvendo os prazos para analisar as desestatizações fez com que o tribunal reconhecesse que a norma atual pode ser aprimorada. O prazo de 90 dias não deve ser alterado, mas há a intenção de dar mais transparência à análise: os prazos passariam a ser analisados caso a caso pelo ministro-relator do processo, e o cronograma do trabalho da unidade técnica seria apreciado e aprovado em plenário.

Prazo apertado

O governo corre contra o tempo, por exemplo, para vender a Eletrobras até o fim do mandato de Jair Bolsonaro. Até o momento, o TCU não concluiu a análise da primeira etapa – cujo julgamento deve ocorrer em março, quando o ministro Vital do Rêgo devolverá seu pedido de vistas.

Quando levou a análise a julgamento, o ministro-relator, Aroldo Cedraz, apontou “incompletude das informações” prestadas pela União, o que, segundo apontou a unidade instrutiva, inviabilizou a análise conclusiva da venda da Eletrobras “em todos os seus aspectos”. Isso impediu, afirmou o ministro, o início da contagem do prazo.

A análise do edital do 5G também demandou tensões entre o Executivo e o TCU. Os estudos chegaram ao órgão em 18 de janeiro de 2021, mas o edital só ganhou sinal verde em plenário em 25 de agosto do ano passado, após 220 dias. Assim como no processo da Eletrobras, o Tribunal também informou na ocasião que a União deixou de encaminhar documentos básicos para a análise técnica, que atrasaram o início da contagem do prazo e a realização do julgamento em, no mínimo, três meses. À época, ainda houve um esforço da unidade técnica para analisar o processo em período inferior aos 75 dias.

No fim do ano passado, o ministro da EconomiaPaulo Guedes, disse ser inadmissível que o governo  eleito com um programa liberal que inclui privatizações, esbarre em obstáculos de outros Poderes para vender empresas estatais.

Para o advogado André Rosilho, coordenador do Observatório do TCU da FGV Direito SP, para aumentar a segurança jurídica, seria importante que o TCU “procurasse reforçar padrões e construir critérios robustos para a análise das desestatizações”. “Por que certos processos avançam mais rapidamente do que outros? Por que, às vezes, casos semelhantes recebem tratamento diverso?”.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

O BANCO CENTRAL DO BRASIL INFORMA QUE EXISTEM 8 BILHOES DE DINHEIRO PARA SER DEVOLVIDO

“Esquecido” em contas

Por
Cristina Seciuk – Gazeta do Povo

Dinheiro / Real – 25-05-2017 – O Real é a moeda corrente oficial da República Federativa do Brasil e é conhecida pelo R$l. A cédula de um real deixou de ser produzida, entretanto continua em circulação alguns exemplares. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas normalmente pela Casa da Moeda. Entre elas, as notas de: 2,5,10,20,50 e 100. Na foto, detalhes de uma nota de 100 reais.

Novo Sistema de Valores a Receber, do Banco Central, reúne informações sobre R$ 8 bilhões esquecidos nos bancos.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A informação do Banco Central de que existem R$ 8 bilhões parados nos bancos, “esquecidos” pelos correntistas, provocou uma corrida que derrubou o Sistema de Valores a Receber (SVR), ferramenta lançada pelo BC para centralizar a consulta a essas informações. Apenas nas primeiras 24 horas de sistema aberto foram feitas 79 mil consultas e 8,5 mil solicitações para a devolução desse dinheiro. A avalanche de acessos tirou o sistema do ar na terça-feira (25).

De acordo com o Banco Central, a suspensão de acesso à plataforma foi necessária por causa da alta demanda registrada, que provocou inclusive instabilidade em outros sites da instituição, que só voltaram ao ar na quinta-feira (27). Segundo o BC, as consultas só poderão ser feitas novamente a partir do dia 14 de fevereiro. “​A capacidade de atendimento do Sistema Valores a Receber (SVR) está sendo fortemente ampliada para atender a todos os cidadãos com estabilidade e segurança”, publicou a autoridade financeira.

Enquanto o SVR não é restabelecido, já está correndo o prazo para o resgate de R$ 900 mil, referentes às solicitações feitas enquanto o Sistema de Valores a Receber esteve disponível. Ele deve ser creditado dentro de até 12 dias úteis a partir da solicitação de resgate. “Essas demandas representam um pequeno primeiro passo frente ao potencial de R$ 3,9 bilhões e 28 milhões de CPF e CNPJ nessa primeira fase”, disse a autarquia em nota, revelando a estimativa de devoluções a serem realizadas para uma ampla maioria de pessoas físicas, mas também jurídicas.

Segundo o BC, 93% dos possíveis beneficiários desses quase R$ 4 bilhões em devoluções na primeira etapa são CPFs, 26 milhões deles, contra 1,9 milhão de CNPJs.

O dinheiro a ser devolvido aos donos pode ter uma série de origens: contas corrente ou poupança que tenham sido encerradas ainda com saldo disponível, tarifas cobradas indevidamente, cotas de capital e sobras de cooperativas de crédito ou valores referentes a grupos de consórcios finalizados e que não tenham sido procurados.

As devoluções poderão ser feitas via Pix, TED ou DOC, a depender da instituição financeira. O BC planeja ainda para 2022 uma segunda fase de liberações, em que será possível reaver valores decorrentes de tarifas ou obrigações de crédito cobradas indevidamente e não previstas em termo de compromisso, contas pré ou pós-pagas encerradas com saldo disponível, contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários e demais situações que resultem em valores a serem devolvidos pelas instituições financeiras.

A consulta – quando estiver novamente disponível – poderá ser feita por meio do Registrato, um sistema do BC que fornece um extrato das informações do cidadão junto a instituições financeiras. Antes da criação da nova funcionalidade, a ferramenta já permitia que o usuário consultasse dados sobre dívidas abertas ou liquidadas, abertura de contas bancárias, sejam elas ativas ou inativas, e remessas de dinheiro para o exterior.

O Banco Central orienta que todo o dinheiro disponível seja sacado pelo cidadão, mesmo que o montante seja pequeno, uma vez que o novo serviço permite fazê-lo de modo simplificado. Ainda de acordo com o BC, dados e valores que constam no Registrato são de responsabilidade das próprias instituições financeiras. A orientações é para que eventuais reclamações sejam direcionadas diretamente aos canais de relacionamento do banco em questão ou suas ouvidorias.


Como consultar valores “esquecidos” nos bancos
Para fazer a consulta sobre possíveis valores “esquecidos” nos bancos, o correntista deve acessar diretamente a página do Banco Central. No endereço do BC, o caminho a ser feito é primeiro o acesso à seção Minha Vida Financeira, e na sequência selecionar a opção Valores a Receber.

Nesse campo o interessado deverá digitar CPF ou CNPJ (a depender se pessoa física ou jurídica). É a partir deste dado que a consulta indicará se há ou não valores a receber. Em caso positivo, o sistema automaticamente indicará a necessidade de acessar o sistema Registrato, por meio do qual poderá ser solicitado o resgate.

Como solicitar devoluções
Para pedir a devolução do dinheiro, o beneficiário deverá fazer login no sistema Registrato do Banco Central ou em conta do portal do governo federal. A ferramenta tem diversas exigências de segurança, como a obrigatoriedade de se baixar um certificado digital para que a transferência possa ser realizada.

Caminho mais simples pode ser a utilização do aplicativo do seu banco, que já traz acesso ao Registrato e gera um código de acesso que poderá, então, ser inserido no site do Banco Central.

No sistema, o correntista deverá indicar a forma de recebimento, que dependerá da adesão ou não de cada instituição a um termo específico junto à autoridade financeira. O resgate poderá ser solicitado via Pix, diretamente na conta indicada no Registrado ou por meio de transferência, com o fornecimento de dados por parte do beneficiário.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/como-saber-se-voce-tem-dinheiro-a-receber-dos-bancos-e-como-resgatar/
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VIAGENS DE SENADORES AO EXTERIOR PROVOCAM UM GASTO ENORME

Por
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em reunião com o presidente de Portugal.| Foto: Miguel Figueiredo Lopes/PR

Em apenas dois meses – outubro e novembro – as viagens de 28 senadores custaram R$ 1,5 milhão aos cofres públicos. Quem mais gastou foi o senador Irajá (PSD-TO), que esteve em cinco países – Itália, Dinamarca, Portugal, Escócia e Espanha – com despesas de R$ 184 mil, incluindo 31 diárias. Vários voos foram na classe executiva, com passagens de até R$ 39 mil. O evento mais caro, com sete senadores, custou R$ 380 mil.

Somando todas as “missões oficiais” em 2021, foram gastos R$ 572 mil em passagens aéreas e R$ 616 mil em diárias. Mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e os demais senadores foram acompanhados por assessores e seguranças, que fizeram despesas de R$ 360 com diárias e passagens. O segundo do ranking foi o senador Jaques Wagner (PT-BA), com R$ 113 mil.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) comprou a passagem mais cara – R$ 39 mil – na viagem para Glasgow, onde aconteceu a Convenção sobre Mudanças Climáticas (Cop26). Ele também cumpriu “agenda de visitas” em Copenhague (Dinamarca) e Oslo (Noruega), tendo recebido 13 diárias no valor total de R$ 31 mil – R$ 2,4 mil a unidade.

Irajá esteve em Roma, de 6 a 10 de outubro, para participar da Cúpula de Presidentes de Parlamento e da reunião parlamentar Pré-Cop. No final de outubro, esteve no evento “O Desafio da Oferta Alimentar Sustentável”, em Copenhague. Só a passagem custou R$ 38,7 mil. Em novembro, em Lisboa, participou do seminário “Agronegócio Sustentável no Brasil”. Esteve ainda na Cop26 na assembleia da União Interparlamentar, em Madri. Nos cinco eventos, recebeu 31 diárias no valor total de R$ 73 mil.


Por que a classe executiva
Wagner participou, em setembro, em Washington, do congresso anual Fundação Internacional para a Conservação do Ambiente, ao lado do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). A “missão” dos dois custou R$ R$ 53 mil. Wagner esteve ainda na reunião Pré-Cop, em Roma, e na Cop26. As 16 diárias nos dois últimos eventos custaram R$ 38 mil. Só a passagem para Glasgow ficou por R$ 31 mil.

O senador Giordano (MDB-SP), que assumiu a vaga do senador Major Olímpio (PSL-SP), também esteve em Glasgow. A passagem custou R$ 30 mil; as 11 diárias, mais R$ 26 mil. A passagem da senadora Eliziane Goma para o mesmo evento ficou por R$ 16,4 mil. O blog questionou por que Giordano viajou na classe executiva. O gabinete informou que o senador possui uma deficiência física numa perna que o impossibilita ficar em assentos comuns por longas horas de voos.

Situação semelhante ocorreu com o senador Fabiano Contarato (PT-ES). Ele pagou R$ 26 mil pela sua passagem para Glasgow. O seu gabinete informou que o senador tem uma prótese no quadril, condição que o priva de ficar muito tempo com o corpo na mesma posição em viagens de longa distância. Mas a passagem de Acir Gurgacz (PDT-RO) foi ainda mais cara – R$ 39,2 mil.


Seminário em Lisboa
O seminário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e o Fórum Jurídico de Lisboa, em novembro, mobilizou nove senadores, que receberam um total de 52 diárias. O presidente do Senado foi palestrante. As despesas somaram R$ 200 mil. O Fórum foi promovido pelo Instituto de Direito Público (IDP) – faculdade controlada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes –, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Em 14 de agosto, Rodrigo Pachaco teve encontro com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa. O presidente de Portugal não reina e não governa. Como o regime é parlamentarista, o chefe de governo é o primeiro-ministro. Pacheco e Sousa conversaram sobre amenidades, como registrou o presidente nas redes sociais: “A nossa conversa versou, principalmente, sobre as afinidades existentes entre Brasil e Portugal, e os desafios desses países irmãos”.

Chico Rodrigues (DEM-RR) pagou R$ 23 mil pela sua passagem para Lisboa. O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que participou do seminário Agronegócio Sustentável, pagou ainda mais – R$ 25 mil. O senador chegou no dia anterior ao seminário, que teve início numa sexta, às 8h, e retornou no domingo, totalizando pouco mais de 2 dias de estadia em Lisboa. Recebeu ainda três diárias no valor de R$ 7,1 mil.

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) deslocou-se a Lisboa para participar do mesmo seminário e do Fórum Jurídico de Lisboa. A sua passagem ficou em R$ 6,5 mil. Valentim também foi questionado por que a sua passagem foi quatro vezes mais cara. O seu gabinete afirmou que “a passagem foi emitida pela diretoria do Senado 14 dias antes do embarque, o que, para bilhete internacional, é um tempo consideravelmente curto, e os preços sofrem alteração quanto mais perto do voo. Some-se isso ao fato de que o seminário coincidiu com o feriado da proclamação da República. Nos feriados, a demanda cresce e as passagens ficam mais caras”.

O gabinete ressaltou que, em 3 anos de mandato, essa foi a primeira e única viagem internacional realizada pelo senador Styvenson paga pelo Senado. “O senador já economizou, nesses 3 anos, aproximadamente R$ 6 milhões da cota parlamentar. No seu primeiro ano no Senado, Styvenson figurou entre os 6 senadores que mais economizaram no exercício do mandato”.

Cinco senadores estiveram ainda em Dubai participando da Missão Brasil/Emirados Árabes, durante a Expo Dubai, liderada pelo presidente Jair Bolsonaro, de 8 a 14 de dezembro. A maioria integrou a comitiva presidencial, mas recebeu diárias. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) estava na comitiva. Recebeu seis diárias no valor total de R$ 13,8 mil. Roberto Rocha (PSDB-MA) levou R$ 23 mil por nove diárias. Veneziano Vital do Rego (MDB-PB) ganhou R$ 23,5 mil por 10 diárias. Mas o maior gasto foi de Zequinha Marinho (PSC-CE). Ele recebeu 6 diárias no valor de R$ 14,6 mil e ainda pagou R$ 31,5 mil de passagem.

Senador justifica missão

A assessoria de imprensa do senador Jean Paul Prates afirmou que a sua missão à Glasgow, Copenhagen e Oslo foi aprovada por unanimidade pelo plenário do Senado. Além de participar da Cop26, “o senador cumpriu agenda de visitas, a pedido de embaixadas, a autoridades governamentais e empresas da área de energia eólica, mobilidade elétrica, petróleo e gás na Dinamarca e na Noruega”, afirmou a assessoria.

Na Noruega, o senador concluiu as negociações para a instalação de uma planta de energia solar na cidade de Assu, na região do Vale do Açu potiguar. A empresa Scatec, responsável pelo empreendimento, afirmou que o investimento será de R$ 1,6 bilhão, com a geração de 1,2 mil empregos, segundo afirmou a assessoria do senador.

Na Dinamarca, o senador participou da assinatura de um acordo do governo do Rio Grane do Norte com a empresa Vestas Wind Systems – Morten Dyrholm para implementação do porto-indústria eólico offshore, produção de hidrogênio verde, armazenamento de energia e Power to X (amônia verde, e-metanol).

“Quanto aos valores das passagens, informamos que o senador viajou em classe econômica e que os preços das passagens aéreas flutuam de acordo com a disponibilidade de vagas oferecidas pelas companhias aéreas e datas de embarque. A respeito do valor das diárias, informamos que elas seguem o estabelecido por atos da Mesa Diretora e da Diretoria Geral.


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LULA TEM UM PROJETO AMBICIOSO DE DESTRUIÇÃO NACIONAL

 

Eleições

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Ex-presidente Lula promete rever a reforma trabalhista e acabar com o teto de gastos| Foto: Ricardo Stuckert

Nunca houve antes na história política do Brasil, como está sendo agora o caso de Lula em sua campanha eleitoral, um candidato que quisesse chegar à Presidência da República em cima de um programa consistente de destruição. Candidatos costumam se apresentar aos eleitores, na maior parte das disputas, com mentiras, promessas que não têm a menor intenção de cumprir e ideias ruins, que vão dar errado todas as vezes que alguém tentar aplicá-las.

Mas Lula está dando um “plus a mais” na desgraça habitual, ou “dobrando a aposta”, como faria a inesquecível Dilma Rousseff – inesquecível sobretudo para ele, pelo atraso que fez na sua carreira. Não se contenta com o erro. Quer, acima de tudo, destruir – e, naturalmente, quer destruir justo aquelas coisas, não muitas, que estão dando certo neste país. É claro. A existência dessas coisas prejudica diretamente os interesses de quem viaja no seu bonde. Pau nelas.

Lula deve calcular, é óbvio, que isso pode render voto para ele em outubro – o candidato, como é notório há décadas, não consegue dar sequer um “bom dia” se não achar que vai estar tirando alguma vantagem pessoal disso. Mas o buraco, aí, parece estar mais em baixo.

Lula, com seu projeto nacional de destruição, está não apenas pensando em si; também, e isto talvez seja até o principal na história toda, o candidato do PT–esquerda–liberais está defendendo os interesses individuais de muitos dos piores grupos de parasitas que existem no território brasileiro. Esses grupos perderam terreno depois que Dilma foi posta para fora do governo. Estão desesperados, agora, para recuperar o que tinham.

Lula é o melhor atalho para voltarem à vida boa de antes. Que vida? Basicamente, querem ter de novo o Tesouro Nacional à sua disposição – e à disposição dos seus bolsos. Dar às suas minorias, como conseguiram fazer em quase 14 anos de governo, o dinheiro tirado do imposto de todos – esse é o seu mandamento número um, acima de qualquer outro.

Basta ver o que eles mesmos estão dizendo. Lula, em seu governo, promete destruir a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer – o passo mais importante para a modernização das relações de trabalho que o Brasil já deu nos últimos 50 anos. Promete destruir a lei que acabou com o infame “imposto sindical” – está decidido a extorquir de novo do trabalhador brasileiro, todos os anos, um dia inteiro de salário, para encher a carteira de chefes sindicais que não produzem um único parafuso na vida.

Promete destruir a reforma previdenciária, que colocou um mínimo de justiça e de racionalidade nas aposentadorias que todos têm de pagar – mas que beneficiam apenas a uma minoria de funcionários públicos com alta remuneração. Promete destruir o teto de gastos do Estado – e liquidar assim, em proveito material de sua turma, qualquer possibilidade séria de controle no gasto dos impostos pagos pela população. Quer destruir tudo o que está correto, ou perto disso.

Essa é, no fundo, a única ideia que realmente mantém vivos Lula e o PT: a privatização radical do Estado brasileiro, em benefício direto dos seus crentes e militantes. Dizem, é claro, que estão “estatizando” as riquezas e a produção do Brasil. Mentira. Estão pegando tudo para si mesmos: sindicalistas, empreiteiros de obras públicas, empresários-pirata, companheiros da militância, marajás que ganham mais de R$ 50 mil, ou R$ 100 mil, ou R$ 150 mil por mês no serviço público, e por aí afora. É tudo dinheiro, e só dinheiro.


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MUNDO DIPLOMÁTICO BOICOTA OS JOGOS DE INVERNO DA CHINA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

A Torre Olímpica, em Pequim, entre duas bandeiras perto da entrada do Centro de Imprensa dos Jogos Olímpicos de Inverno, na capital chinesa.| Foto: Jean-Christophe Bott/EFE/EPA

Após quase 40 anos, a era dos boicotes está de volta aos Jogos Olímpicos. Entre 1976 e 1984, a competição contou com desfalques importantes, de dezenas de países em cada edição. Desta vez, quando a capital chinesa, Pequim, realizar a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno na manhã de sexta-feira (horário brasileiro), o protesto será diferente. Alguns países, encabeçados pelos Estados Unidos, enviarão seus atletas normalmente, mas suas autoridades, presença constante nas cerimônias olímpicas, não estarão presentes: trata-se do chamado “boicote diplomático”.

Até o momento, os Estados Unidos terão a companhia de Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Bélgica, Lituânia e Dinamarca – todas essas nações prometeram não enviar representações diplomáticas aos Jogos de Pequim devido aos recentes casos de violação de direitos humanos cometidos pelo regime comunista chinês. A pandemia de Covid-19 impediu que o protesto ainda tivesse algum efeito econômico; em condições normais, ao menos alguns desses países pediriam a seus cidadãos que evitassem viajar à China para os Jogos, o que afetaria o desempenho do comércio e de setores como hotelaria e alimentação. No entanto, com a proibição de visitantes estrangeiros – assim como já havia ocorrido nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado –, o boicote acabará limitado ao seu aspecto diplomático.

O regime chinês reagiu de várias formas, por meio de representantes ou da imprensa controlada pelo Partido Comunista. Enquanto o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmava que “os Estados Unidos pagarão um preço pelo gesto equivocado”, indicando que Pequim havia sentido o golpe, jornais tuitavam que o boicote era até bem-vindo já que, com isso, não haveria estrangeiros levando o coronavírus para a China (embora a expressão mais adequada certamente fosse “levar de volta”).

Ninguém alimenta qualquer esperança de que a China interrompa suas violações em série de direitos humanos devido ao boicote diplomático em Pequim. Mas, aqui, importa menos a eficácia (ou sua ausência) do boicote que a necessidade de levantar a voz em defesa de uigures, tibetanos e cidadãos de Hong Kong em um fórum de abrangência mundial

O fato é que sobram razões para um protesto. A ditadura chinesa tem promovido genocídio e limpeza étnica contra a minoria uigur, de religião muçulmana, na província de Xinjiang, enquanto acaba com as liberdades democráticas em Hong Kong, violando o acordo firmado com o Reino Unido para a devolução do território e que previa a manutenção do princípio de “um país, dois sistemas” até 2047. Ativistas em defesa do Tibete, anexado pela China em 1950 e onde o regime comunista também viola rotineiramente direitos como a liberdade religiosa, também se fizeram ver e ouvir durante a cerimônia de acendimento da tocha olímpica na Grécia.

Ninguém, no entanto, alimenta qualquer esperança de que a China interrompa suas violações em série de direitos humanos devido ao boicote diplomático em Pequim. A experiência passada mostra que boicotes e sanções esportivas só têm algum efeito se forem abrangentes e duradouros, como foi o caso da África do Sul durante a vigência do apartheid – o longo ostracismo imposto à equipe nacional de rúgbi atingiu com força a elite branca sul-africana, apaixonada por seus “Springboks”. Mas, aqui, importa menos a eficácia (ou sua ausência) do boicote que a necessidade de levantar a voz em defesa de uigures, tibetanos e cidadãos de Hong Kong em um fórum de abrangência mundial, especialmente neste momento em que outras instâncias do mundo esportivo, como a NBA, fecham os olhos às agressões chinesas enquanto internamente compram todo o pacote identitário, apoiando movimentos como o Black Lives Matter.


Resta, ainda, a hipótese de que atletas se pronunciem contra os abusos chineses – uma modificação recente na Carta Olímpica deu mais liberdade aos competidores para usarem mídias sociais e mesmo entrevistas nos locais de competição para que abordem questões fora do âmbito esportivo; em Tóquio, por exemplo, equipes de futebol se ajoelharam em protesto contra o racismo. No entanto, o governo chinês já manifestou seu desagrado com essa possibilidade. “Qualquer manifestação que esteja alinhada com o espírito olímpico certamente está protegida, e qualquer comportamento ou discurso que seja contrário ao espírito olímpico, especialmente contra as leis e regulamentos da China, estarão sujeitos a algum tipo de punição”, afirmou o vice-diretor-geral do comitê organizador dos Jogos, Yang Shu – e, para violar “as leis e regulamentos da China”, basta desagradar a ditadura.

Ainda que o massacre dos uigures e a repressão em Hong Kong sejam posteriores à decisão que levou os Jogos de Inverno para Pequim, há muito tempo o histórico chinês em relação aos direitos humanos é tenebroso, e isso não impediu o Comitê Olímpico Internacional de escolher a China para sediar a competição de 2022 – é bem verdade que a concorrência não era especialmente animadora: Oslo, na Noruega, desistiu da disputa, deixando Almaty, no Cazaquistão, como a única outra candidata. Por mais que o COI deseje manter esporte e política em campos separados, é impossível pretender que toda a comunidade internacional simplesmente feche os olhos e finja que não há nada ocorrendo. No médio e longo prazo, talvez o boicote diplomático se torne mera nota de rodapé, pois aos torcedores interessam os atletas e seus feitos, não as autoridades que viajaram ou deixaram de viajar a Pequim; mas a tomada de posição é bem-vinda independentemente da dimensão que ela tenha na história olímpica.


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STF DITA REGRAS PARA A POLÍCIA CARIOCA AGIR NOS MORROS

Julgamento

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Rio de Janeiro – Operação policial após ataques às bases das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas comunidades do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Operação policiais em comunidades do Rio de janeiro precisam seguir algumas regras estabelecidas pelo STF.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal agiu mais uma vez como Poder Executivo, mais exatamente como Ministério da Segurança Pública, ao estabelecer uma série de regras para operações policiais em favelas do Rio de Janeiro. Os ministros decidiram sobre uma ação movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) em julgamento nesta quinta-feira (3). A polícia do Rio Janeiro já estava proibida pelo STF de subir o morro, por causa da pandemia.

Pois agora, os ministros decidiram dar ao governo do Rio um prazo de 90 dias para adotar as tais medidas a fim de que a polícia mate menos nessas operações. Vocês notaram a inversão de valores? Porque o povo é que deveria exigir do governo que tomasse medidas para que os bandidos, assaltantes e traficantes matassem menos. Mas não, as regras valem para a polícia.

A polícia não vai poder fazer diligências à noite para não perturbar o sono dos bandidos e o uso da força policial deve obedecer a proporcionalidade. Mas já está desproporcional, porque o tráfico usa armamentos pesados, como granadas e metralhadoras ponto 50, com meia polegada de calibre e alto poder de fogo, maior que as armas usadas pelos policiais. Ou seja, o Supremo deveria era pedir que os bandidos obedeçam a proporcionalidade no uso da força.

Depois dessa a gente tem que convidar os ministros do Supremo para irem morar no Rio de Janeiro.

Militares seguem sem resposta
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou as Forças Armadas em dezembro para participar do conselho que vai monitorar a eficácia das urnas eletrônicas e a segurança da apuração nas eleições de outubro. Os militares então pediram informações sobre procedimentos técnicos, transparência, segurança das urnas, entre outros, só que se passaram quase dois meses já e não houve nenhuma resposta.

Esse tipo de informação é importante para as Forças Armadas porque elas se preparam também para o enfrentamento de guerras cibernéticas. Aliás, eu conheço a sala de controle responsável por esse tipo de operação, já estive lá. Inclusive, tive que deixar o meu celular do lado de fora. As três forças trabalham juntas nisso porque isso é guerra moderna. Só que os militares não tiveram resposta até agora.

Ea propósito dessa história, ouço falarem por aí que o Bolsonaro contou como foi que os hackers entraram nos computadores da Justiça Eleitoral em 2018 e ele não podia ter feito isso. Ah, não podia? Querem me explicar, eu como eleitor, por que eu não posso saber se o meu voto será contado com segurança ou não? Eu não posso saber das fragilidades do sistema eleitoral?

Eu tenho que saber, sou eleitor e tenho esse direito. Todo eleitor tem o direito de saber se o seu voto será tratado com segurança ou não. Tem que haver transparência – aliás, é o que diz a Constituição. A administração pública é caracterizada entre outras coisas pela publicidade, ou seja, as coisas têm que ser tornadas públicas.

Não ao passaporte da vacina
A Câmara de Vereadores de Garopaba (SC) está votando um projeto de lei que não só proíbe o passaporte da vacina como multa quem exigir o comprovante. Proíbe em todo o município. A medida foi tomada agora em preocupação com o início das aulas. A Constituição diz que todos devem ser tratados igualmente, sem diferença alguma, no acesso ao ensino. É o que a primeira alínea do artigo 206 diz. Está lá para quem quiser conferir.

Agora, na contramão, em Gurupi (TO), estão exigindo o passaporte. Meu Deus, mas a Constituição garante liberdade de locomoção, acesso ao trabalho, acesso às escolas… Qual é o argumento a favor disso? Por favor, digam. Tem algum argumento que é sustentado pela razão e pelos fatos?

Sabotaram o Pacheco?
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), postou no Twitter um frase de todo o discurso feito na reabertura dos trabalhos no Congresso que diz o seguinte: “É inconcebível que pessoas passem fome no Brasil”.

Eu não sei como ele não achou outra frase melhor, menos lugar comum. Acho que não foi ele. Foi algum sabotador que está colocando esse tipo de frase para deixá-lo passar por um momento risível.


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