sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL: EXPERIÊNCIA HUMANA E PROCESSOS ÁGEIS NAS EMPRESAS

 

Transformação digital está forçando a inovação nas empresas ao inserir experiência humana e processos ágeis como elementos fundamentais de geração de valor para o cliente.

Renata Horta – Troposlab

Com a constante transformação digital, o mundo corporativo está passando por uma série de mudanças internas a fim de se modernizar, combinando tecnologia e atendimento humanizado. Além disso, a partir do conceito utilizado por startups em criar um modelo de negócios repetível e escalável, novas metodologias mais sistemáticas para gerar inovação começaram a ganhar força também nos ambientes tradicionais.

De acordo com um levantamento realizado pela Troposlab, consultoria especializada em inovação, atualmente, as organizações estão em busca de estratégias e modelos que gerem crescimento em seus negócios, viabilizados pela tecnologia, mas sustentados pela capacidade de seus produtos e serviços em gerar valor para o cliente. “A busca por padrões exponenciais desencadeia um processo de geração de inovação profundo e de vários tipos. Precisamos repensar e digitalizar operações, redesenhar a experiência do cliente, descobrindo novos meios de relacionamento, além de encontrar modelos de negócios tanto para produtos e serviços modernos quanto para tradicionais”, afirma Renata Horta, Sócia-fundadora e Diretora de Inovação e Conhecimento da Troposlab.

Para a executiva, agilidade, experiência do cliente, fail fast, mvp, NPS, entre outros, passaram a ser utilizados em múltiplas áreas e isso está mudando a forma de trabalhar nas empresas. Criadas para um ambiente de incerteza que necessita rapidez para mitigar os riscos com recursos limitados, essa forma de agir e pensar no mercado, denominada como Pensamento Ágil, pode trazer grandes benefícios para empresas de todos os setores. Por trás desse conceito, existem quatro pilares fundamentais.

O cliente no centro

Processos ágeis e mais focados na geração de valor para o cliente do que no “escopo” ou no produto. O Design Thinking é um processo de inovação conhecido por ser centrado no humano, e tem esse como um dos seus princípios. O Customer Development carrega a importância do cliente no nome e é centrado na “validação” e teste de tudo o que é proposto.

Experiência humana para gerar valor

Metodologias e ferramentas são necessárias para compreender de forma empática todos os envolvidos no processo, usando esses insights da experiência humana para gerar valor de forma consistente. A diferença entre esse e o primeiro ponto está no fato de usar o próprio cliente como fonte de insights para a solução desenvolvida, não somente atendê-lo, já que ele participa ativamente do processo e a maior fonte de inovação vem da experiência qualitativa desse contato.

Diversidade e colaboração

Times colaborativos e diversos são essenciais, pois a variabilidade de histórias e repertórios comportamentais aumentam a chance de gerar empatia e soluções com criatividade para os desafios trabalhados. As equipes compartilham a responsabilidade por trazer as soluções e geram valor em conjunto. Os limites do que é trabalho de cada um são flexíveis.

Validação de dados

Todo trabalho deve ser sustentado por dados. As validações são formas de gerar dados reais sobre premissas ou hipóteses assumidas no período de inovação. Não se trabalha com achismos e as opiniões não devem ser levadas em consideração. Somente a realidade pode responder o que gera valor, qual o problema ou a intensidade dele.

“O mundo não é mais sobre ter controle como a teoria tradicional da administração de empresas ensina. É sobre performar no caos, mas sem perder a consistência. Isso requer  pensamento ágil e inovação. Esse é o momento em que as empresas estão investindo no aprendizado de seus colaboradores. Se um líder ainda gera suas ideias e projetos sozinho, não conversa diariamente com seu cliente para entender as suas novas necessidades, se suas métricas são prioritariamente financeiras e ou se o seu time é composto por pessoas que compartilham sempre opiniões e valores parecidos e têm medo de errar, é hora de pivotar suas práticas ou será tarde demais.” conclui Horta.

PITCH DA VALEON

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

APRESENTAÇÃO

CEO DA STARTUP VALEON: MOYSÉS PERUHYPE CARLECH 

EMPRESA: WML COMERCIAL DE INFORMÁTICA E ELETRÔNICOS LTDA.

RAMO DE ATIVIDADE: Empresa desenvolvedora de Soluções de Tecnologia da Informação com foco em divulgação empresarial. O nosso principal produto é a Plataforma Comercial e site Marketplace Valeon.

DIFERENCIAIS DA VALEON:

  • Visual atrativo para os potenciais clientes;
  • Bom Mídia Kit com informações “Sobre Nós”, “Quem Somos”, “Fale com a Gente”, “Mapas” e “Endereços Completos”;
  • Visual do site muito bonito e alinhado com a marca;
  • Boa comunicação do site com todas as redes sociais;
  • Navegação do site muito fácil e explicativa e compatível com tablets e smartphones Android com boa visão mobile.
  • Proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda Online de forma atrativa e lúdica com inclusão de informações úteis.
  • Resultados de acessos são mensurados através de métricas diária/mensal.
  • Temos usado cada vez mais a tecnologia a nosso favor para manter a proximidade das empresas. Também temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências e inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos dos internautas. Por isso, pensamos sempre em como fazermos a diferença buscando estar sempre um passo à frente para atender às demandas do nosso público.

1 – IDEIA

Iniciamos a nossa Startup Valeon durante um curso de Aceleração no SEBRAE- MG e a partir daí estamos trabalhando com uma ideia de projeto diferente, repetitivo e escalável e no início em condições extremas de incerteza.

O nosso produto que é uma Plataforma Comercial Marketplace site Valeon, foi pensada para atender os interesses dos clientes e para satisfazer uma necessidade específica deles para gerar negócios com as seguintes vantagens:

•             Gera maior visibilidade da sua marca;

•          É um investimento de baixo custo com alta capacidade de retorno;

•          Maior chance de conquistar novos clientes;

•          Aumenta a eficiência da sua equipe de marketing;

•          Serve como portfólio para todos os seus produtos e serviços;

•          Quando combinado com SEO atrai mais clientes;

•          É uma forma de nossos clientes nos encontrarem online.

•          Venda de produtos e serviços 24h por dia

2 – POTENCIAL INOVADOR

A criação da Startup Valeon é uma ideia estrela, realmente inovadora, que tem potencial de mudar o jogo a favor das empresas.

Temos um Layout muito bonito, um Design Thinking moderno  e um Product Fit bem aceito e adequado ao mercado e consumidores, portanto, são meios eficazes para convencer os consumidores a comprarem os produtos expostos e anunciados no site com uma carga de inovação muito grande e o nosso propósito é focado em objetivos muito claros alinhados com as nossas estratégias de conquistar o mercado.

A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros Marketplace por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

3 – ESTÁGIO DA VALIDAÇÃO DA IDEIA

Fig. 1

 Estamos trabalhando a nossa Startup Valeon há dois anos e nesse período passamos pelos três Estágios de Validação:

1º Estágio: o Estágio das Ideias de negócios que se tornou uma grande oportunidade de negócios para nós;

2º Estágio: Teste de Solução, onde estudamos o mercado, as pessoas, os consumidores com o intuito de descobrir os padrões de mercado a ser explorado e também o tamanho dele.

3º Estágio: O Produto gerado é o nosso site um Marketplace da Startup Valeon que passou por vários processos durante esses dois anos de sua existência, com muitos ajustes e modificações, reorganização interna por várias vezes do layout e esses momentos de dificuldades nos levou a fases de grande aprendizado, como este que vivemos agora, que tem todos os ingredientes para nos levar para um futuro promissor.

4 – POTENCIAL DE MERCADO

Para entender o Potencial do mercado da Região do Vale do Aço, fizemos uma profunda pesquisa sobre o comportamento do consumidor e nos detivemos especialmente nas divulgações dos melhores sites do Brasil e do Mundo para posicionar a nossa marca Valeon aqui na região e no Brasil à procura de fazer sempre o melhor.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

Consultando o nosso Mídia Kit verificamos que a região do Vale do Aço possui 27 Municípios e os 4 Municípios mais importantes têm 806 km² e uma população de +500 mil habitantes. – (Fig. 2 e 3)

O Potencial do Mercado Consumidor do Vale do aço é estimado em R$ 13 Bilhões.

O Potencial de Mercado no seu eixo logístico é aproximadamente 50% do Potencial de Negócios do País (R$ 13,093 bilhões) – (Fig. 4 e 5)  

Fig. 2

Fig. 3

Fig. 4

Fig. 5

5 – ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

Crescimento (Growth)

Fig. 6

A Startup Valeon está no estágio de crescimento, os consumidores já estão adotando o nosso produto que é o site da Plataforma Comercial Marketplace e comprando cada vez mais das empresas nossos clientes.  O Product Fit do  nosso site é comprovado e está se tornando mais popular – e as vendas estão aumentando. 

Estratégias para o crescimento da nossa empresa:


6 – KNOW-HOW DOS EMPRENDEDORES

Temos a plena consciência que o nosso Know-How está relacionado com inovação, habilidade e eficiência na execução de modificações e atualizações do site e no atendimento aos clientes.

Somos PROFISSIONAIS ao extremo o nosso objetivo é oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes e respeitando a sociedade e o meio ambiente.

Temos EXPERIÊNCIA suficiente para resolver as necessidades dos nossos clientes de forma simples e direta tendo como base a alta tecnologia dos nossos serviços e graças à nossa equipe técnica altamente especializada.

A criação da startup ValeOn adveio de uma situação de GESTÃO ESTRATÉGICA apropriada para atender a todos os nichos de mercado da região e especialmente os pequenos empresários que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.

Temos CONHECIMENTO do que estamos fazendo e viemos com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos desenvolvendo soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Dessa forma estamos APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES que o mercado nos oferece onde o seu negócio estará disponível através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo chamada Plataforma Comercial ValeOn 24 horas por dia e 7 dias da semana.

Ipatinga, 24 de novembro de 2021

Moysés Peruhype Carlech – CEO DA STARTUP VALEON

https://youtu.be/TiGdbAfK-mk (YOUTUBE – Pitch da Valeon)

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

CANDIDATOS PRESIDENCIÁVEIS PRECISAM DECIDIR SE VÃO DISPUTAR AS ELEIÇÕES OU NÃO ATÉ 15 DE AGOSTO

Corrida presidencial
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Pré-candidatos que tentam se viabilizar como uma alternativa às candidaturas de Lula e Bolsonaro: Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Sergio Moro (Podemos), Rodrigo Pacheco (PSD) e João Doria (PSDB)| Foto: Marcos Lopes/ALMT; Divulgação/MDB; Saulo Rolim/Podemos; Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; Governo do Estado de S. Paulo

Faltando pouco mais de seis meses para a data limite de registro de candidaturas (15 de agosto), postulantes ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano têm limites de prazos estipulados pelos partidos para que suas pré-candidaturas ganhem viabilidade. Caso contrário, a expectativa é de que deixem a corrida presidencial para que suas legendas possam construir alianças com outros candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais.

Até o momento, pelos menos 12 nomes trabalham na construção de suas candidaturas. Mas a expectativa é de que esse número seja reduzido pela metade nos próximos meses. Candidato natural à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é nome certo na disputa e seus aliados já trabalham na construção de palanques para a disputa eleitoral.

Outro nome que deve ser confirmado é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que negocia a formação de uma frente ampla de centro-esquerda para voltar ao Planalto. Para isso, ele conta com a presença do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) como vice em sua chapa. No entanto, a possibilidade de uma composição com o ex-governador é alvo da pressão contrária de parte de integrantes do PT e de aliados do ex-tucano em São Paulo.

Alckmin deixou o PSDB em dezembro do ano passado e, até o momento, não definiu qual será o seu futuro partido. Além da possibilidade de ser vice do petista, Alckmin também é cotado para disputar o governo do estado de São Paulo. No entanto, petistas entusiastas da composição com Lula afirmam que o ex-tucano precisa definir o seu futuro partido o mais breve possível, pois será necessário pacificar a composição com campos resistentes da esquerda, entre eles o Psol.


Além do PT, indefinição de Alckmin divide o PSD de Kassab
A negociação com o PT deixou o PSD a ver navios. O partido tinha convidado Alckmin para se filiar com o intuito de lançá-lo na disputa pelo governo de São Paulo. O presidente do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, vem sendo pressionado pelos integrantes do partido por conta da indefinição de Alckmin.

De acordo com integrantes do PSD, diversos prefeitos do estado haviam sinalizado apoio à candidatura do ex-governador, mas agora começam a sinalizar apoio a outros nomes já colocado na disputa, entre eles Rodrigo Garcia (PSDB) e o ex-ministro Tarcísio Freitas (sem partido), candidato de Bolsonaro no estado. Com isso, o partido de Kassab teme ficar isolado na disputa paulista, caso os mais de 60 prefeitos do partido no estado confirmem as debandadas.

Ala tucana ligada a Aécio pressiona por desistência de João Doria
Apesar de ter vencido as prévias do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, ainda precisa reverter as resistências internas no seu partido para que seu nome seja confirmado na disputa presidencial. O deputado Aécio Neves (MG), por exemplo, pressiona para que o partido não tenha candidatura própria ao Palácio do Planalto no intuito de reforçar a bancada no Congresso.

Desafeto de Doria, Aécio tem reunido integrantes do PSDB para que a candidatura presidencial seja questionada durante o período das convenções partidárias, que pelo calendário eleitoral será entre 20 de julho e 5 de agosto. Com base em dados de pesquisas eleitorais, essa ala pretende questionar a candidatura junto à Executiva do partido.

“Nós vamos aguardar. Com a vitória nas prévias, ele [Doria] tem legitimidade para construir sua candidatura. Se a viabilidade vier não vamos fazer qualquer inflexão contra ele, mas não dá para o governador de São Paulo ter 2% das intenções de voto e levar o partido para uma derrocada nas urnas”, admitiu um deputado da bancada tucana.

Para tentar acabar com as divisões internas, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, assumiu recentemente a coordenação política de Doria. A expectativa dos aliados do governador paulista é de que Araújo consiga acabar com as arestas no ninho tucano.

Candidatura de Tebet sofre pressão de caciques do MDB
Lançada pelo MDB como forma de colocar o partido em evidência, a senadora Simone Tebet (MS) trabalha para manter sua pré-candidatura até o registro oficial das candidaturas. No entanto, a senadora enfrenta resistências de caciques emedebistas que apostam em uma recomposição com o PT de Lula, principalmente em estados do Nordeste.

Caso a candidatura de Tebet não se viabilize até o final de junho, nomes do MDB apostam na possibilidade de liberar os diretórios estaduais para construir alianças de acordo com os interesses locais. Paralelamente, Tebet tem mantido conversas com Doria para ocupar o posto de vice na chapa do tucano.

Além da senadora, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também pode abrir mão de sua pré-candidatura para que seu partido apoie o nome de João Doria na disputa. O partido de Vieira discute uma federação com o PSDB, o que pode ser acertado ainda no primeiro trimestre deste ano.

“Estamos discutindo essa ideia porque o PSDB é o partido com a visão de país que mais se aproxima do Cidadania. A federação será uma forma de impedir que a cláusula de barreira por desempenho acabe com o Cidadania na eleição de 2022”, admitiu o presidente do partido Roberto Freire.

Federação de esquerda pressiona Ciro Gomes a desistir de candidatura pelo PDT

Parte da bancada do PDT acompanha o desenrolar das discussões do PT com outros partidos de esquerda como PSB, PCdoB, PV e Psol sobre a criação de uma federação para 2022. Caso as negociações avancem nos próximos meses, pedetistas podem ampliar a pressão para que Ciro Gomes retire sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

Integrantes do partido temem maiores dificuldades para renovar seus mandatos diante da federação, pois o PDT ficaria isolado dos demais partido de esquerda. Para esse grupo, a candidatura de Ciro enfrenta a forte concorrência de Sergio Moro (Podemos) na chamada terceira via.

Por enquanto a cúpula da legenda tem se mostrado favorável à manutenção da pré-candidatura do ex-ministro cearense. Publicamente o pedetista tem descartado qualquer possibilidade de abandonar a disputa.

“Não [há chance de desistir], a minha candidatura não me pertence. Eu antes queria muito ser presidente do Brasil, mas vendo que o nosso país está passando, eu agora preciso salvar o Brasil. Preciso juntar todo mundo que tenha boa vontade para salvar esse país desse desastre que está aí”, disse Ciro recentemente, em evento em Ribeirão Preto (SP).


Outros pré-candidatos ao Planalto
No Podemos, Sergio Moro descarta a possibilidade de abandonar a disputa presidencial. A cúpula do partido aposta na composição com o União Brasil para ampliar a viabilidade e a construção de palanques regionais para o ex-juiz da Lava Jato.

De volta ao Brasil, depois de passar o final de ano nos Estados Unidos, Moro afirmou que vai rodar o país nas próximas semanas. “Conto com vocês nessa jornada que está só começando. Temos um país para salvar de uma triste polarização entre pelegos e milicianos. Vamos construir a nação moderna e inclusiva que queremos”, escreveu Moro nas suas redes sociais no último dia 5.

Aposta do PSD para a disputa presidencial, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), também começa a reunir nas próximas semana aliados para a construção de um plano de governo. O senador pretende avançar com alguns projetos no Senado como forma de dar visibilidade ao seu nome como presidenciável.

Já o Novo tem como pré-candidato o empresário Felipe D’Avila, que pode abrir mão de sua candidatura para apoiar Sergio Moro. Contudo, isso só deve ocorrer no período das convenções partidárias. A lista de pré-candidatos conta ainda com o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, que ainda procura um partido para se filiar, com o deputado André Janones do Avante e com Leonardo Perícles, do partido de esquerda Unidade Popular (UP).


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/qual-o-prazo-para-pre-candidatos-ao-planalto-se-viabilizarem-na-disputa/
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CONGRESSO DETESTA REFORMAS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Sessão da Câmara em 14 de outubro de 2021, quando a PEC 5 foi debatida: Congresso pode analisar texto original da PEC em 2022.| Foto: Agência Câmara

Nada de reformas, mas a vingança, essa não para nunca. Eis uma descrição de como deve ser 2022 no Congresso, a depender de afirmações recentes dos principais protagonistas da política nacional. O presidente Jair Bolsonaro e seu líder na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), já disseram que em ano eleitoral será impossível aprovar as necessárias reformas macroeconômicas – a mais recente declaração neste sentido veio do presidente da República, em entrevista à Jovem Pan: “nesses anos onde existem as eleições para presidente, para senadores, para deputados também são anos difíceis, não tem negociação”, disse Bolsonaro. Mas essa apatia desaparece como que por mágica quando se trata de aprovar os projetos que dão continuidade ao que o ministro do STF Luís Roberto Barroso, ao votar contra a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, chamou de “vingança” desejada pelos “corruptos”.

Vários projetos de lei e propostas de emenda à Constituição que atrapalham o combate à corrupção, amordaçam as autoridades empenhadas em investigar escândalos de ladroagem e facilitam a vida dos acusados e réus têm tudo para aparecer – ou reaparecer – na pauta do Congresso Nacional em 2022. O histórico recente do Congresso mostra que há muitos parlamentares dispostos a levar adiante certas propostas nocivas mesmo quando todos os olhos estão voltados para elas, tamanho é o seu despudor; mas ninguém haverá de negar que o ano eleitoral é a melhor época para a tramitação desse tipo de projeto, já que boa parte da sociedade e dos formadores de opinião está prestando atenção nas disputas eleitorais.

Neste ano, mais que nunca, o brasileiro precisará de atenção máxima para que novos retrocessos no combate à corrupção não prosperem

Um caso emblemático é o da PEC 5/21, que alteraria a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), dando um caráter mais político ao órgão e facilitando a perseguição – porque ela já existe nos moldes atuais, como bem sabem Deltan Dallagnol e Diogo Castor de Mattos, ex-membros da Lava Jato – a integrantes do MP empenhados em investigar casos de corrupção, principalmente envolvendo políticos. Foi por muito pouco, apenas 11 votos, que um substitutivo da PEC não passou no plenário da Câmara dos Deputados em novembro do ano passado; o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), inconformado, prometeu ressuscitar a versão original da PEC, que ele diz ser mais “branda”, embora seja impossível classificar como tal uma proposta que ainda amplia o poder do Congresso no CNMP e segue permitindo que o corregedor-geral do órgão não mais pertença aos quadros do Ministério Público. Lira quer retomar a PEC 5 já em fevereiro, quando os deputados voltarem do recesso.

No Senado, um novo Código Eleitoral aguarda a análise dos senadores. Eles ao menos já fizeram um favor ao país ao ignorar a pressão de Lira e desacelerar a tramitação do projeto, aprovado rapidamente na Câmara; com isso, tornaram impossível que quaisquer novas regras valessem já para o pleito de 2022. O texto vindo da Câmara é um enorme desserviço ao afrouxar a fiscalização e a punição de irregularidades eleitorais, ampliar as possibilidades de uso espúrio do Fundo Partidário, deixar de criminalizar várias condutas, reduzir multas, tirar poder da Justiça Eleitoral na fiscalização das contas dos partidos e prever quarentenas desproporcionais e indevidas para certas classes de autoridades, que teriam de amargar anos de inelegibilidade antes de se candidatarem. O Senado, que já barrou a volta das coligações nas eleições proporcionais, faria muito bem em realizar uma boa depuração (que terá de ser profunda) ou afundar de vez o projeto.


Um outro Código tramita na Câmara e também tem potencial de frear o combate à corrupção. A proposta de um novo Código de Processo Penal (CPP) não altera em nada o labirinto processual que os corruptos sabem navegar tão bem, explorando as infinitas possibilidades de recursos para que jamais sejam punidos por seus crimes; ainda por cima, limita poderes de investigação do Ministério Público e tenta emplacar o controverso “juiz de garantias”, incluído pelo Congresso no pacote anticrime contra a vontade do então ministro Sergio Moro e depois suspenso pelo STF. Enquanto isso, projetos como o que limita o foro privilegiado e o que traz de volta a possibilidade de início do cumprimento da pena após prisão em segunda instância permanecem parados – e, quando os bons parlamentares finalmente conseguem fazê-los andar, sofrem com manobras como a que impediu a votação da PEC da segunda instância, em dezembro do ano passado.

Um dos argumentos para que haja tanta resistência à votação das reformas em ano eleitoral é o fato de que elas, embora benéficas para o país como um todo, desagradam certos grupos de pressão que são base eleitoral de vários parlamentares. No entanto, a bancada da impunidade não vê o menor problema em desagradar toda uma nação cansada de ladroagem ao votar e aprovar projetos nocivos para o país inteiro, e que beneficiam apenas aqueles que sugam o dinheiro público. Neste ano, mais que nunca, o brasileiro precisará de atenção máxima para que novos retrocessos no combate à corrupção não prosperem.


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AGRONEGÓCIO CONTRIBUI PARA A REDUÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

 

Sustentabilidade no campo
Por
Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo

Novas tecnologias e modelos de produção sustentáveis que chegam ao campo com frequência cada vez maior têm contribuído para a redução de impactos ambientais no setor| Foto: Wenderson Araújo/CNA

O Brasil assumiu diversos compromissos durante a 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), realizada em novembro do ano passado, em especial quanto à redução das emissões dos gases associados ao efeito estufa. E o agronegócio, um dos setores econômicos mais importantes para o país, desempenha um papel direto no alcance dessas metas.

Alvo de pesadas críticas em relação a impactos ambientais negativos gerados pela atividade, o agro brasileiro é um dos líderes mundiais em preservação da vegetação nativa e tem colocado em prática diversas tecnologias e modelos de produção que tornam o setor cada vez mais sustentável.

A ciência e a tecnologia levadas ao campo por instituições como a Embrapa e institutos de pesquisa, universidades com foco em Ciências Agrárias e outras organizações ligadas à pesquisa agropecuária são o principal motor de fomento a práticas sustentáveis no agro brasileiro. Esta rede de entidades, vinculadas ao Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, leva conhecimento e modelos de produção sustentáveis e de baixo custo tecnológico para pequenos, médios e grandes produtores do país.

Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que o uso cada vez maior de novas tecnologias na agricultura e na pecuária, a exemplo dos sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta (ILPF), do plantio direto, da fixação biológica de nitrogênio, do uso de bioinsumos incluindo controle biológico de pragas, entre outras – que estão sendo colocadas em prática no setor há anos e permanecem em estudo e aprimoramento –colocam o país em vantagem na persecução das metas internacionais.

A lentidão nas regularizações fundiárias e ambientais e a carência de políticas públicas relacionadas ao setor, bem como a dificuldade de acesso a crédito por parte de pequenos produtores para obterem novas tecnologias, entretanto, são apontados como empecilhos ao cumprimento dos objetivos.

Modelos sustentáveis no agro brasileiro
A descarbonização da agropecuária é o alvo número um que o setor tem buscado quando o assunto é redução de impactos ambientais, e a fermentação entérica – processo digestivo que ocorre em animais como bois, ovelhas e cabras – é um dos principais componentes da liberação dos gases do efeito estufa na atividade. Como o Brasil possui o maior rebanho bovino do mundo (com 218 milhões de animais segundo dados de 2020 do IBGE), o país tem um desafio maior quanto à redução desses gases.

Para dar conta da descarbonização, pesquisadores têm desenvolvido tecnologias que envolvem desde mudanças na alimentação dos rebanhos até o desenvolvimento de sistemas integrados que buscam o equilíbrio nas emissões de carbono. Um desses sistemas, que já está presente em 10% das fazendas de gado de corte do país, é chamado Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).

Por meio desse modelo, que integra produção agrícola, criação de bovinos e plantação de árvores em uma mesma área de modo que haja benefício mútuo para todas as atividades, há o aumento da produtividade utilizando o mesmo espaço. Isso não apenas torna desnecessária a abertura de novas áreas para lavoura ou pecuária, como também contribui para a mitigação da emissão de gases principalmente devido ao cultivo de árvores junto ao rebanho. As árvores também contribuem para o bem-estar animal por causa das áreas de sombra permanentes à disposição.

“Quando você integra agricultura e a pecuária no mesmo local, colhe a soja na primeira safra, e na segunda faz a safra de capim. Aí você tem um capim de alta qualidade e alto valor nutritivo na pior época do ano, que é o período da seca. Isso permite maior peso dos animais e uma maior taxa de lotação, que é a quantidade de animais na mesma área”, diz o produtor rural Daniel Pereira Wolf, que administra uma propriedade em Nova Canaã do Norte, no Mato Grosso. Sua fazenda foi a primeira no bioma amazônico a receber o ILPF.

Além de compensar emissão de gases do efeito estufa, sistema ILPF aumenta a produtividade na pecuária e na lavoura (Foto: Gabriel Resende/Embrapa)

O sistema também foca na qualidade da alimentação dos animais, a fim de reduzir a fermentação (e, consequentemente, reduzir a emissão do metano) e de melhorar o desenvolvimento dos animais.

A implementação do ILPF é positiva para o meio ambiente e para o produtor, que obtém ganhos em produtividade. “Quando você promove essa integração, aumenta a produtividade através da taxa de lotação [número de animais por área] da fazenda. Já chegamos a produzir 84 arrobas por hectare em 225 dias, enquanto a média nacional é de quatro arrobas em 365 dias”, aponta Wolf.

Conforme explica Guy de Capdeville, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, os sistemas integrados promovem uma compensação entre os gases liberados e absorvidos. “A partir desses modelos que o Brasil vem adotando para a criação do gado, intensificando áreas degradadas de pastagens e trazendo pastagens mais produtivas com maior teor de proteínas e de compostos energéticos, consegue-se fixar o CO2 da atmosfera com as plantas e as árvores plantadas, o que compensa a emissão de carbono pelo gado”, afirma.

Tecnologia para o campo
O aumento da produtividade no campo é um dos principais elementos que contribuem para a redução do desmatamento. De acordo com Capdeville, o uso de tecnologias sustentáveis na agricultura tem sido responsável pela economia de terras de cultivo da ordem de milhões de hectares – efeito chamado de “poupa-terra”.

Apenas no caso da soja, o uso dessas tecnologias gerou uma economia de 71 milhões de hectares de áreas plantadas, o equivalente à soma dos territórios de Irlanda e França. “Adotando as tecnologias que tínhamos na década de 1970, para produzir os volumes de soja que produzimos hoje precisaríamos de mais 70 milhões de hectares de terra, ou seja, 195% a mais do que precisamos hoje, com as tecnologias atuais”, diz Capdeville. Segundo o diretor da Embrapa, a intensificação da produção por área poupa a necessidade de expandir mais áreas para a produção agropecuária.

Quanto à cultura do algodão, em quatro décadas a produção cresceu mais de três vezes – aumento de 1,2 milhão para 4,3 milhões de toneladas entre 1976 e 2019 – enquanto a área plantada diminuiu a menos da metade, de 4 milhões de hectares para 1,7 milhão. Somente nessa cultura, a tecnologia na produção evitou o uso de 18,5 milhões de hectares, o equivalente aos territórios de Portugal e Hungria.

A vegetação nativa preservada no Brasil corresponde a 66,3%, média superior à maioria dos países do mundo.
“Temos esse mesmo impacto acontecendo na fruticultura, na área de suínos e aves, na área do café. A adoção da tecnologia e da ciência na agropecuária poupa volumes de área que precisaríamos para plantar e produzir os volumes que produzimos hoje”, reforça Capdeville.

Já a existência das queimadas ilegais, responsáveis pelo desmatamento na Amazônia, é apontada pela engenheira agrônoma e presidente da Associação Brasileira do Agronegócio em Ribeirão Preto (Abag/RP), Mônika Bergamaschi, como crime ambiental repudiado pelos produtores rurais. Tais crimes prejudicam a imagem do Brasil, o que afeta negativamente a exportação da produção agropecuária.

“O desmatamento na Amazônia existe, e é ilegal. O agro não defende nenhuma ilegalidade. Tem que ir lá, fiscalizar, multar, pôr na cadeia quem está fazendo errado, seja agricultor, grileiro, quem está fazendo mineração, não importa. O setor não defende isso. É caso de polícia”, declara Mônika.

Papel do poder público
Novas mudanças relacionadas a melhoramentos genéticos de plantas, à produção e ao uso de biocombustíveis e biofertilizantes e à redução de defensivos agrícolas sintéticos são evoluções em andamento no setor e permearão o caminho que o Brasil trilhará até 2030, período em que as metas assumidas na COP-26 devem estar atingidas.

No entanto, conforme explica Mônika, apesar de o agro brasileiro passar por evoluções relacionadas à sustentabilidade, há políticas públicas que precisam ser implementadas para que os produtores tenham melhores condições de efetivar as metas. “Uma coisa é o que se discute nas mesas de negociação, que são parâmetros de governo, outra é aquilo que será, de fato, feito, que é pelo setor privado. Condição temos, mas há muitas coisas que dependem dos governos e do Congresso, e que o agro não pode fazer sozinho”, explica a engenheira agrônoma.

Como exemplo, ela cita a necessidade de acelerar o andamento dos processos de regularizações fundiárias e ambientais – sem precarização desses processos, enfatiza; de efetivar negociações internacionais com foco na abertura de mercados; e de promover melhorias na infraestrutura para escoamento das cargas.

“A soja nasce no Mato Grosso, no Paraná, no Mato Grosso do Sul, por exemplo, mas para ser escoada nós não temos boa cabotagem, boas ferrovias, então ela vai por estrada, o que consome grande quantidade de diesel. Sobre abertura de mercados, estamos fora dos grandes acordos plurais e não fizemos acordos bilaterais como outros países fizeram”, diz. “Para falar sobre essas metas, precisamos de um desenvolvimento de país. Dá para fazer, podemos produzir mais e melhor. Mas precisamos falar sobre o conjunto”, prossegue.

Agro brasileiro figura entre os que mais preservam
De acordo com um amplo levantamento da Nasa, agência do governo norte-americano, a partir de mapeamento por satélite e cálculo das áreas cultivadas em todo planeta, enquanto a maioria dos países utiliza entre 20 e 30% do seu território com agricultura, o Brasil utiliza apenas 7,6%. Quando se estende à agropecuária, 60% do território europeu é utilizado para as atividades. A Dinamarca, por exemplo, utiliza 76,8%; a Irlanda, 74,7%; o Reino Unido, 63,9%; e a Alemanha, 56,9%, revela o estudo publicado em 2017.

Brasil utiliza apenas 30,2% do seu território para a produção agropecuária, o que coloca o país à frente dos países europeus (Foto: Wenderson Araujo) | Wenderson Araujo

Para Mônika, a descarbonização relacionada ao agro precisa ser tratada com um caminho de longo prazo e deve haver razoabilidade na definição de cada um dos critérios determinados entre os países. “É preciso discutir com todo o mundo como tudo será calculado. Não dá para outros países passarem uma regra e começar a contar a partir de agora, depois que já desmataram tudo o que eles tinham, depois que emitiram enormes quantidades de gases. Não dá para ser assim; tem que ser a mesma moeda para todos”.

Para o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, além da alta faixa de vegetação preservada, itens como a rígida legislação ambiental que os produtores brasileiros devem cumprir – em algumas regiões do país, apenas 20% da propriedade pode ser utilizada, devendo o produtor manter 80% de preservação – colocam o país num patamar de sustentabilidade diferenciado em relação ao mundo.

“Nós só recebemos críticas vindas do setor produtivo internacional, que compete conosco. As agências científicas, instituições de pesquisa e universidades internacionais conhecem nossa produção e entendem que é altamente sustentável”, afirma Capdeville.

“Mesmo com toda a rigidez exigida no Brasil, nosso produtor entende a necessidade de fazer isso, adota e está abraçando. Há um movimento muito grande na comunidade científica em ajudar o Brasil a cumprir esses compromissos e tenho certeza absoluta de que nós, mais do que qualquer país do mundo, bateremos essas metas”, ressalta.


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CHUVAS CASTIGAM OS ESTADOS DA BAHIA E MINAS GERAIS

 

Reservatórios

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Usina de Três Marias, no norte de Minas Gerais: chuvas ajudam a restabelecer os níveis dos lagos de hidrelétricas e reduzir o custo com energia| Foto: Divulgação/Cemig

A ômicron está se alastrando no Brasil e no mundo. Já falei aqui que essa variante tem uma incrível capacidade de contaminação, mas, em compensação, a agressividade é menor. Segundo estão constatando, a agressividade é de uma gripe comum, com a vantagem de que ela “imunizaria” para todas as cepas do vírus Influenza.

Alguns países, como a África do Sul, que já aprendeu mais com a ômicron porque a variante apareceu lá, já estariam falando em declarar a Covid-19 uma endemia, que tem aquela sazonalidade, em que todos os anos aparece aquele surto. Ou seja, já é uma degradação da pandemia.

Aqui no Brasil está cheio de gente vacinada contra a Covid que se infectou com a nova variante. Entre as pessoas da política, a ministra da Família e Mulher, Damares Alves, e a filha; o senador Fabiano Contarato (PT-ES), o marido e o filho; o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Todos de posse do tal passaporte da vacina. E aí eu pergunto: de que está servindo o passaporte?

Lá do Rio de Janeiro, eu li essa manchete: “38% dos internados por Covid não tomaram vacina”. Quer dizer, por aritmética, isso significa que 62% dos internados foram vacinados.

Enfim, não dá para dizer que é uma boa notícia, mas as notícias que se têm a respeito é que deixam a gente aliviado, porque parece que finalmente está acabando a pandemia. Sendo assim, a campanha eleitoral, que já vem desde o dia em que saiu o resultado do segundo turno da eleição de 2018, com o pessoal que não ganhou não deixando o governo governar, já pode começar para valer. Muita gente aproveitou o coronavírus como muleta para fazer oposição.

É um ano eleitoral em que a gente tem que estar bem atento para não sofrer desinformação, fake news, não receber o que é militância como se fosse informação.

Nível da água dos reservatórios sobe
Um lado bom das chuvas fortes que atingem o Sudeste é que as represas das hidrelétricas já estão com mais de 70% da suas capacidades e o nível continua subindo. Isso vai fazer com que, em breve, acabe essa bandeira vermelha, que torna mais cara a eletricidade e que colaborou para a inflação chegar a mais de 10% em 2021.

O lado ruim é que Minas Gerais já está com 24 mortos. O Rio de Janeiro também enfrenta problemas com o transbordamento do rio Paraíba do Sul e outros rios da região serrana. Rios conhecidos de Minas Gerais, muito citados na literatura, como Rio Doce, Piracicaba, Januária, Rio das Velhas, Rio Pomba, conhecidos pela música, pela cachaça e etc, estão todos transbordando. O mesmo ocorre no Espírito Santo e no sul da Bahia, o primeiro estado a sofrer com as inundações.

São as consequências da chuva, que faltaram lá no Sul do país durante muito tempo, prejudicando as safras de milho e de soja, e é um exagero. Em Brasília está chovendo desde meados de outubro e não para.


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BOLSONARO VOLTA A CRITICAR AÇÕES DO STF

 

  1. Política 

Foragido, Allan dos Santos reproduz vídeo com críticas do presidente e o aconselha a lutar para combater a ‘corja’ do tribunal

Vinícius Valfré, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Ao encerrar a trégua com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e associá-los à ilegalidade e ao terrorismo, o presidente Jair Bolsonaro reativou uma série de ataques por parte de seus apoiadores, nas redes sociais, contra integrantes da Corte. O blogueiro foragido Allan dos Santos reproduziu o vídeo com as declarações de Bolsonaro ao site Gazeta Brasil e afirmou que o presidente precisa combater a “corja” do STF. “Todo puxa-saco é idiota. Lute firme contra essa corja, Bolsonaro”, escreveu ele.

Embora banido de Facebook e Twitter, Allan dos Santos continua ativo em plataformas como Telegram e Gettr, com mais de 100 mil seguidores em cada uma. Elas não têm representação no Brasil e não costumam cumprir ordens da Justiça brasileira. Como mostrou o Estadão, uma ala do Ministério Público Federal quer proibir o uso desses aplicativos por candidatos nas eleições de outubro.

O deputado Filipe Barros (PSL-PR), também alvo de inquérito sobre a publicação de notícias falsas contra o STF, usou seu perfil oficial para destacar a acusação feita por Bolsonaro de que os ministros são “defensores de Lula”. A publicação obteve mais de 20 mil interações e esteve entre as mais repercutidas sobre o tema no Facebook. Luís Roberto Barroso foi um dos ministros mais próximos do núcleo da Operação Lava Jato, investigação que resultou na prisão do petista, em 2018.

Jair Bolsonaro
Presidente retoma ataques ao STF após ‘trégua’; ‘Quem é que esses dois pensam que são?’, afirmou Bolsonaro, reclamando de ‘medidas drásticas’ da Corte. Foto: Joédson Alves/EFE

As afirmações do presidente também municiaram páginas apócrifas mantidas por apoiadores. Uma delas, a Opinião Verdade, publicou que o “STF já passou de todos os limites legais e ilegais” e que é “uma fábrica de aberrações jurídicas”.

Um outro perfil, intitulado Pixuleco, escreveu que “além de defender terrorista, Barroso adorava o João de Deus”. As críticas também tiveram repercussão em páginas do Facebook como “Bolsonaro Tem Razão”, “Jair Bolsonaro 2022”, “Brasil contra o PT” e “Eu Quero Lula na Cadeia”.

Na entrevista ao Gazeta Brasil, Bolsonaro acusou o ministro do STF Alexandre de Moraes de agir fora da Constituição, disse que Barroso “entende de terrorismo” e vinculou os dois magistrados à pré-campanha do ex-presidente Lula (PT) ao Palácio do Planalto.  

Antes de ingressar no STF, Barroso atuou como advogado na defesa de Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália. Moraes, por sua vez, é o relator dos principais processos que tramitam na Corte contra Bolsonaro e alguns de seus principais aliados.

CONTRIBUIÇÕES DO MEI SERÃO AUMENTADAS EM FEVEREIRO

 

Sebrae-Mg

Com o aumento do salário-mínimo, Documento de Arrecadação Simplificada de MEI (DAS) passa a ter novos valores

A partir do dia 20 de fevereiro, o Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS), contribuição mensal de microempreendedores individuais (MEI), será reajustado. Com o aumento do salário-mínimo para R$ 1.212 o valor referente ao INSS do DAS será de R$ 60,60, ou seja, 5% do salário-mínimo. Quem é MEI e exerce ocupações ligadas ao Comércio, Indústria ou Transporte entre estados e municípios passarão a pagar R$ 1 a mais referente ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e as ligadas ao Serviço, R$ 5 referente ao ISS (Imposto sobre Serviços

O pagamento do DAS é feito até o dia 20 de cada mês. A emissão do documento é feita pelo Portal Empresas e Negócios ou pelo aplicativo MEI disponível para celulares e tabeles. “O reajuste do DAS ocorre todos os anos atrelado ao valor do salário-mínimo que, em 2022, foi de 10,18%. Mas vale lembrar que o valor da contribuição paga até 20 de janeiro, continua sendo o de R$ 56 para negócios ligados ao comércio e R$ 60 para quem prestar serviços. O reajuste será aplicado nos DAS pagos a partir de 20 de fevereiro”, explica a analista do Sebrae Minas Ariane Vilhena.

A contribuição assegura o MEI de benefícios como: direitos previdenciários (aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-reclusão e pensão por morte), emissão de notas fiscais, acesso às linhas de crédito e financiamentos com condições especiais.

Inadimplência

Em caso de atraso do pagamento, as empresas terão que pagar uma multa diária de 0,33% acrescida ao valor original do DAS e ainda podem ter o valor inscrito em dívida ativa com a União.

De acordo com os últimos dados divulgados pela Receita Federal, em outubro de 2021, 39% de microempreendedores individuais no Brasil não estavam em dia com o pagamento do Documento de Arrecadação Simplificada de MEI. Em Minas Gerais o percentual de inadimplência em relação ao pagamento do DAS chegou a 31%.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO CARECEM DE GESTOR

OBR-319

Com uma área de 881.704 mil hectares e, pelo menos, seis comunidades, a Floresta Estadual (FES) Tapauá, na calha do rio Purus, abriga populações indígenas e extrativistas que enfrentam diversos desafios, os maiores são ligados ao saneamento básico e ao acesso a políticas públicas. Lideranças locais apontam a falta de um gestor específico para a área protegida como a raiz da situação. Além disso, desde 2018, a floresta vem registrando índices crescentes de desmatamento, que atingiu recordes em 2021.

O tema é um dos destaques do informativo mensal do Observatório BR-319 (OBR-319), que traz notícias importantes sobre acontecimentos na área de influência da BR-319, além de um boletim completo com números do desmatamento e focos de calor na região. O material pode ser acessado no site www.observatoriobr319.org.br.

O OBR-319 esteve em Tapauá, a 449 quilômetros da capital, Manaus (AM), em novembro. Na ocasião, a equipe, liderada pela pesquisadora Paula Guarido, conversou com lideranças comunitárias e indígenas, além de autoridades municipais. Foram diversos os relatos de invasões, atividades ilegais e problemas relacionados à ausência do Estado em Áreas Protegidas do município.

A reivindicação mais presente na fala dos moradores da FES Tapauá foi sobre a presença de um gestor na Unidade de Conservação (UC). Segundo o líder da comunidade Paiol, Edilson Santana, a presença de um gestor facilitaria o acesso a todos os tipos de direitos para os moradores do local. “Não temos comunicação, nossa comunidade fica há duas horas de lancha [da sede] de Tapauá e, para se comunicar, a gente tinha rádios comunicadores que eram da reserva, mas está tudo desativado e não recebemos nenhum técnico para consertar. A falta do gestor contribuiu para esses problemas, com certeza”, disse Santana.

Raimundo Firmiano, líder das comunidades Baturité e Jatuarana e, também, representante da Associação Agroextrativista dos Moradores da Floresta Estadual Tapauá (Ammfet), diz que um dos maiores problemas vividos pelas comunidades é o acesso precário ao fornecimento de energia elétrica. “Temos um gerador de energia que dura cinco horas, mas, às vezes, falta o diesel por uns 30 dias e, durante esse tempo, a gente fica sem energia”, diz. O acesso à educação, à saúde e à água potável também são escassos, segundo o líder. “Na comunidade de Baturité temos uma escola para alunos até a 4ª série, um poço e um agente de saúde, mas, na comunidade Jatuarana não tem poço, nem escola e lá não existe agente de saúde desde o ano passado [2020]”, disse Firmiano.

A Floresta Estadual de Tapauá foi criada em 2009 antevendo pressões provocadas pela repavimentação da BR-319. No entanto, o crescente desmatamento e a falta de gestão têm colocado em risco o papel da UC, localizada entre os municípios de Tapauá e Canutama. Durante a visita ao local, o OBR-319 aplicou questionários socioambientais para mapeamento das cadeias de valor existentes e em potencial, além de atividades ligadas à bioeconomia.

“Ouvimos relatos, principalmente, sobre invasões para a prática de atividades ilegais dentro da UC e casos de pesca ilegal”, conta a pesquisadora Paula Guarido. Ela acrescenta que os moradores consideram o ramal Belo Monte, que vem de Canutama, um dos pontos vulneráveis da FES. “Eles dizem que esse ramal é bastante recente, que surgiu do começo da pandemia para cá. O rio Ipixuna também é protagonista de diversos relatos, inclusive, de que moradores desta região já são ameaçados por invasores que praticam atividades ilegais na área”, acrescenta.

“Algumas pessoas relataram que as atividades ilegais começaram depois da saída do gestor da FES Tapauá. Mas que, há mais ou menos dois anos, essas atividades estão aumentando em proporção. Checando as imagens e os dados de desmatamento, é perceptível que os relatos dos comunitários fazem sentido e que esse processo, realmente, teve início neste intervalo”, acrescenta Paula Guarido.

Não é de hoje que os problemas de gestão ambiental do Amazonas chamam a atenção de órgãos fiscalizadores. Em 2020, o procurador do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, alertou ao governo do Estado sobre a necessidade de reavaliar medidas e orçamento voltados ao meio ambiente. O procurador acredita que se a situação persistir, “o risco é de devastação. Sem exagero”. Obras como a BR-319 e a frágil governança na área de influência da rodovia são agravantes para o cenário. “No contexto regional de aumento populacional por fluxo migratório crescente e de grandes obras e empreendimentos sem a devida sustentabilidade, a falta de adequada gestão das UCs ameaça a integridade e frustra a própria razão de ser desses espaços juridicamente protegidos”.

O procurador também chama a atenção para o colapso climático, agravado pela perda de cobertura florestal nestas áreas. “Sem a equipe e os instrumentos para eficiência de gestão no local, não há como garantir governança territorial nem o desenvolvimento de políticas públicas de conservação e proteção. As unidades florestais ficam vulneráveis a invasões e a usos nocivos que causam severa degradação ambiental, com a conseguinte exclusão e opressão das populações tradicionais e a perda dos atributos naturais da biodiversidade amazônica e de seus serviços ecossistêmicos em benefício à sadia qualidade de vida e ao equilíbrio climático”, avaliou o Ruy Marcelo.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) disse que a gestão das 42 UCs do Amazonas é feita por meio do Departamento de Mudanças Climáticas e Gestão de Unidades de Conservação (Demuc) e que a FES Tapauá não possui um gestor fixo no município. “A gestão é realizada de acordo com as demandas (identificadas por esta Sema ou apresentadas pelos moradores da UC) e disponibilidade de recursos, sendo executadas pela Sema e demais instituições governamentais quando se trata de ações de fiscalização a ilícitos ambientais”, diz a nota enviada ao OBR-319.

Sobre o OBR-319

O Observatório BR-319 é formado pela Casa do Rio, Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Fundação Vitória Amazônica (FVA), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Transparência Internacional Brasil, WCS-Brasil e WWF-Brasil.

 

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E CONTRIBUIÇÃO DOS PAÍSES

  Brasil e Mundo ...