Embora pareça fácil, o ato de delegar não é praticado por muitas pessoas devido a vários fatores, como:
Acreditar que pode fazer tudo sozinho
Falta de confiança na capacidade das pessoas
Falta de visão administrativa
Medo de perder o poder
Medo de ficar ocioso ou se tornar dispensável
Medo de errar na delegação
7 VANTAGENS DE DELEGAR
1. Libera tempo para o gestor poder gerenciar, isto é, planejar, organizar, acompanhar, supervisionar, controlar resultados e inovar
2. Diminui a pressão e carga de trabalho
3. Desenvolve colaboradores, dando-lhes oportunidade para expandir suas habilidades
4. Cria um clima de trabalho motivador apropriado ao crescimento pessoal e profissional dos colaboradores e do próprio gestor
5. Fornece padrões de desempenho uma vez que a avaliação dos indivíduos passa a ser feita em função dos resultados alcançados
6. Aumenta os resultados porque as pessoas passam a utilizar o tempo de forma a atingir as metas da empresa onde trabalham
7. Aumenta o desenvolvimento organizacional encorajando cada colaborador a utilizar o seu potencial ao máximo
COMO DELEGAR TAREFAS?
1º passo – Liste todas as suas atividades e verifique quais podem ou devem ser delegadas
2º passo – Identifique se existe alguém no seu departamento que pode executar a tarefa. Primeiro verifique se tem alguém com experiência e/ou já treinado. Se não houver, estude a possibilidade de treinar
3º passo – Mantenha um contato com quem receberá a delegação. Além de seguir estes passos deve-se tomar alguns cuidados no momento de delegar autoridade:
Esteja seguro de querer e poder delegar, antes de fazê-lo
Não delegue em função apenas do apreço pessoal e sim, da competência
Seja tolerante com pequenos erros que podem surgir na fase inicial da delegação
Não delegue exclusivamente por não ter conseguido realizar a tarefa em tempo hábil
É necessário vencer a tendência de só repassar as atribuições enfadonhas e rotineiras. Delegar para todos os colaboradores, para não sobrecarregar somente os mais experientes. Definir adequadamente os prazos de início e término da tarefa e o grau de autoridade.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.
Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.
Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.
Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.
Destacamos também, que o nosso site:https://valedoacoonline.com.br/já foi visto até o momento por 85.000 pessoas e o outro site Valeon notícias:https://valeonnoticias.com.br/também tem sido visto por 700.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.
Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.
Ainda dá tempo de deter a “onda vermelha”. Mas, para isso, talvez o presidente precise abandonar a retórica e partir para a ação eficiente.| Foto: Reprodução/ Twitter
Em entrevista exclusiva a Zoe Martinez, comentarista da Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro foi falar da situação dos refugiados venezuelanos e se saiu com esta: “a onda vermelha está crescendo no Brasil”. A frase me chamou a atenção pelo gerúndio e também porque serve como uma expressão de um temor coletivo que simplesmente não deveria existir nesse momento. Afinal, há menos de quatro anos o Brasil consagrou nas urnas o antiesquerdismo intuitivo de Bolsonaro e tantos mais governadores, senadores e deputados.
Por isso vi na declaração do presidente sinais de, na pior das hipóteses, uma análise político-eleitoral que, apesar do discurso antipesquisa e pró-dataPovo, prevê a retomada do poder pelos petistas. Não seria uma análise absurda, embora seja deprimente. Afinal, olhe à nossa volta. Argentina e Chile já sucumbiram à onda vermelha. A Colômbia pode avermelhar em breve. E, neste contexto, o que impede o Brasil de enrubescer também?
A resposta a essa pergunta retórica deveria ser “Jair Bolsonaro”. Mas não é. E é aqui que entra a melhor das hipóteses para o fato de o presidente ter alertado para a onda vermelha que ganha força no Brasil. Talvez a frase tenha sido dita porque Bolsonaro percebe que poderia ter feito mais e melhor, apesar da oposição do STF e da perseguição da imprensa militante. Talvez a frase seja, portanto, um sinal de que Bolsonaro reconhece os fracassos de suas batalhas. Isto é, daquelas que ele optou por travar.
E agora talvez seja uma boa hora de você que não suporta ser contrariado correr para me xingar de comunista ou petista. Porque, nos parágrafos seguintes, se o texto sair como planejado (nunca sai), pretendo citar alguns fracassos políticos que vejo no governo de Jair Bolsonaro. Uma série de decisões e omissões que julgo equivocadas, mas que muita gente considera acertadas – e não há nada de mau nisso. Afinal, teoricamente, mui teoricamente, estamos entre amigos. Puxe uma cadeira. Tem cerveja na geladeira, se você quiser.
Batalhas Começo justamente com as batalhas que Bolsonaro optou por travar. E nas quais insiste. Liberdade é importante, claro. E concordo que a defesa da liberdade durante a reinado linha-dura de governadores e prefeitos que saíram por aí fechando tudo e até espancando gente em praça pública era importante. Mas como reagiu o presidente às sucessivas derrotas impostas pelo STF? Com uma retórica que só inflamou ainda mais o conflito e que culminou com aquela declaração ao povo brasileiro intermediada pelo ex-presidente Michel Temer. Ou seja, muito barulho para nada.
Há pelo menos um ano Bolsonaro insiste também na Batalha das Vacinas. Ou Batalha contra as Vacinas. Escolha a preposição que considerar a mais adequada. Trata-se de uma batalha importante, mas perdida. O brasileiro, mesmo reclamando, mesmo com medo, mesmo confuso e às vezes até mesmo engajado na mesma causa do presidente, vai ao posto de saúde e se submete à picadinha. Pior: a teimosia bolsonarista por essa causa acaba por alienar um eleitorado conservador, liberal, de direita (chame como quiser) que não vê com bons olhos algo que soa justamente como… teimosia.
Ainda sobre as batalhas que Bolsonaro decidiu ou não lutar, chama a atenção a situação de um personagem: Roberto Jefferson. Que, sem meias-palavras e ecoando uma coluna recente de J.R. Guzzo, é um preso político sumariamente condenado por crime de opinião. Por que o governo de Jair Bolsonaro não denuncia a situação de Bob Jeff aos organismos internacionais, nem que seja pelo barulho? Por que ele não se compromete pessoalmente, e por uma questão de princípios, com a defesa da liberdade de um velhinho lunático que mal tem forças para erguer armas, quanto mais para derrubar a democracia?
Para encerrar essa parte do texto (até aqui, tudo saiu mais ou menos como o planejado), vale falar não sobre as batalhas em si, e sim sobre como essas batalhas são travadas. Ou seja, a única arma que Bolsonaro usou para lutar contra os lockdowns, contra a obrigatoriedade dos passaportes vacinais e pela liberdade de expressão foi a retórica. O palavrório simples ou bruto (o freguês é quem sabe), mas inegavelmente ineficiente tanto no campo simbólico quanto no prático. Não por acaso, diante do avanço da variante ômicron já há governadores e prefeitos querendo impor medidas restritivas. O STF determinar a obrigatoriedade da vacinação de bebês é uma questão de tempo. E só um milagre tira Roberto Jefferson da prisão.
Nada Também são muitas as coisas que o governo poderia ter feito ao longo desses anos todos, sobretudo antes da pandemia de Covid-19, mas inexplicavelmente não fez. Eu sei, eu sei. Há uma imprensa militante ruidosa e que faz uma oposição histriônica não só ao presidente, mas também a tudo que cheire a “conservadorismo”. Se a gritaria é garantida, contudo, por que se importar com ela? Por que não agir de acordo com os princípios e até as promessas de campanha, dando de ombros para o que William Bonner lê no teleprompter?
Veja o caso do aborto, por exemplo. Bolsonaro foi eleito por uma massa que é contra o assassinato de fetos. E, no entanto, que tipo de ação se viu nesse sentido? Que tipo de publicidade se deu à causa pró-vida? Outro exemplo gritante é a segurança pública. Por mais que assuntos como a diminuição da maioridade penal para crimes hediondos esbarrem na oposição do STF, por que não colocar o tema em permanente evidência – o que obrigaria a esquerda a assumir uma posição que lhe renderia no mínimo muita antipatia?
No campo simbólico, ah, quanta coisa poderia ter sido feita, ou melhor, ainda pode ser feita. Seria sonhar demais com um ENEM que propusesse como tema de redação os horrores do Holodomor ou as consequências nefastas da Revolução Cultural na China de Mao? A imprensa militante reclamaria. O STF talvez desse 48 horas para o Ministro da Educação se explicar. Mas e daí? Novamente ecoando as palavras de J. R. Guzzo, o que de fato aconteceria se o presidente ou os ministros dessem as costas para o STF quando a corte age assim politicamente? Nada.
Tsunami “A onda vermelha está crescendo no Brasil”, reconheceu o presidente Jair Bolsonaro. As explicações são várias e variadas, ao gosto do sociólogo ou do cientista político da vez: a cultura estatista, o paternalismo, o sebastianismo, a ignorância quanto ao funcionamento do próprio Estado, a militância do STF, a desonestidade intelectual no debate público, a campanha incessante da imprensa. E quantos mais etcéteras o leitor quiser.
Não se pode ignorar, contudo, que o governo de Jair Bolsonaro teve três anos para fazer uma coisinha só que mudasse ao menos um pouquinho a percepção das pessoas quanto ao que está de fato em jogo no conflito entre conservadores e progressistas, direita e esquerda. Mas o que o governo fez até aqui, se é que fez algo, foi insuficiente e/ou ineficiente. Espero que ainda haja tempo para se construir um dique contra essa onda. Antes que ela vire tsunami.
Câmara ainda não desistiu de propostas que podem inibir atuação do Ministério Público| Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
Como se não bastassem os retrocessos no combate à corrupção levados a cabo em 2021, Congresso, Judiciário e Executivo poderão, em 2022, avançar com projetos, julgamentos e medidas com potencial de dificultar ainda mais a investigação e a punição de desvios.
Mesmo num ano eleitoral – pretexto usado por políticos para paralisar reformas econômicas e propostas de impacto social – essas ideias ainda permanecem em alta na agenda de Brasília, principalmente porque podem ajudar a blindar os próprios parlamentares.
Entidades da sociedade civil comprometidas com o tema estão atentas, principalmente pela forma com que vários desses projetos passaram a tramitar nos últimos anos: são redigidos de forma fechada num grupo de trabalho formado por “juristas” (em geral, advogados ligados à classe política) e depois colocados em votação de forma acelerada na Câmara.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com o projeto do novo Código Eleitoral, e o que se tentou na revisão da Lei de Lavagem de Dinheiro (o grupo, neste caso, acabou extinto antes da apresentação do anteprojeto de lei).
“Possíveis retrocessos que podem ser votados no curto prazo atingem a causa de maneira indireta. Um grande risco é a criação de grupos de trabalho, modelos menos transparentes de discussão legislativa, para discutir temas sensíveis que afetam a corrupção. Esses GTs podem propor projetos de lei que devem ser votados direto em plenário, como tem acontecido na gestão Arthur Lira (PP-AL)”, alerta a Transparência Internacional Brasil, em recente levantamento sobre propostas com potencial de prejuízo à agenda anticorrupção.
Para piorar, matérias na direção oposta, que fortalecem o enfrentamento da criminalidade, continuam sob impasse – o exemplo mais significativo é a PEC da prisão em segunda instância, cuja votação na comissão especial da Câmara, em dezembro, foi sabotada por líderes de nove partidos, que substituíram, no colegiado, deputados que eram a favor por outros contrários.
Outra proposta que não avançou é a que acaba com o foro privilegiado. Aprovada em 2018 no Senado, está parada na Câmara dos Deputados desde então. Parte do boicote se dá pelo temor de que a candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) à Presidência no ano que vem alavanque o apoio popular e force os deputados a aprovar as duas propostas.
Confira, abaixo, os retrocessos que podem avançar:
“PEC da vingança” O presidente da Câmara, Arthur Lira, ainda não desistiu de aprovar uma proposta de emenda à Constituição que altera a composição e as competências do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão disciplinar que se notabilizou nos últimos anos por fechar o cerco contra procuradores que integravam a Lava Jato.
Em outubro, a proposta foi rejeitada no plenário da Casa (faltaram 11 votos), mas Lira disse que ainda poderá colocar em votação o texto original, considerado mais brando que a versão derrotada. “O jogo só termina quando acaba”, disse o presidente da Câmara em outubro.
A versão rejeitada aumentava o número de conselheiros indicados pelo Congresso e previa a possibilidade de o conselho derrubar investigações abertas por procuradores e promotores.
O texto que sobrou mantém 14 conselheiros no órgão, mas tira do MP do Distrito Federal o direito de indicar um membro, que passa a ser escolhido pelo Congresso. O corregedor, responsável pela apuração de má conduta dos procuradores e promotores, poderá ser alguém de fora do MP, selecionado por deputados e senadores.
Arthur Lira tenta articular apoio entre os deputados para colocar a PEC novamente em votação em fevereiro de 2022, na volta do recesso parlamentar.
Código Eleitoral
Aprovado em setembro pela Câmara, o novo Código Eleitoral, ainda pendente de apreciação pelo Senado, pode reduzir drasticamente o poder do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de fiscalizar as contas partidárias. O texto aprovado pelos deputados diz que, em vez de terem suas despesas verificadas por técnicos da Corte, as legendas poderão contratar empresas privadas de auditoria para atestar a regularidade dos gastos.
Especialistas e servidores apontam um claro conflito de interesses: os partidos usariam dinheiro público para pagar uma empresa que fiscalizaria esses mesmos recursos, oriundos do fundo partidário. Hoje, a prestação de contas é feita num sistema eletrônico, considerado mais transparente porque é feito dentro de um mesmo padrão. Todos os anos, o TSE julga essas contas em sessões transmitidas ao vivo com os autos divulgados na internet.
O texto aprovado na Câmara diz que, se a auditoria privada identificar algum desvio, o partido só será punido se o gasto irregular for superior a 20% do total recebido via fundo partidário. A punição máxima é uma multa de R$ 30 mil, valor irrisório.
Até novembro de 2021, os 23 partidos com direito às verbas do fundo partidário haviam recebido um total de R$ 802,5 milhões (os que receberam menos foram PV e Cidadania, cada um com R$ 14,8 milhões). No mesmo período, as multas aplicadas pelo TSE ao conjunto das legendas (por meio de descontos no repasse do fundo) somaram R$ 17,9 milhões. Se o novo Código Eleitoral for aprovado, a estimativa é que essas penalidades caiam drasticamente.
Outra novidade trazida pela proposta é a quarentena para que juízes, procuradores, promotores, militares, policiais e guardas civis possam se candidatar. A partir de 2026, eles vão ter que deixar o cargo que ocupam quatro anos antes de se candidatarem. Membros dessas categorias dizem que é também uma forma de impedir avanços no combate ao crime, uma vez que partem deles, como eleitos, o esforço no Congresso para aprovar leis com essa finalidade.
Novo Código de Processo Penal Ainda em discussão na Câmara, o projeto de lei do novo Código de Processo Penal é alvo de duras críticas por parte do Ministério Público, que perderia seu poder de investigação. O texto diz que ele só poderia apurar crimes “quando houver fundado risco de ineficácia da elucidação dos fatos pela polícia, em razão de abuso do poder econômico ou político”.
Além disso, a proposta limita a dois anos o prazo de um inquérito policial – atualmente, não há uma “data de validade” da investigação, mas o juiz pode avaliar caso a caso, junto com o MP, a possibilidade de dar continuidade ou não às diligências necessárias para elucidar um crime.
O texto também não diminui as inúmeras possibilidades de recurso atualmente possíveis ao longo do processo, uma das maiores causas da impunidade. Com dinheiro para pagar bons advogados, um réu pode recorrer indefinidamente até a prescrição do crime.
O novo CPP ainda contempla a criação do “juiz de garantias”, um magistrado que teria como função atuar na fase de investigação para zelar pelos direitos do investigado e ficaria impedido de proferir a sentença final para absolvê-lo ou condená-lo. A maioria dos magistrados diz que isso vai tumultuar os processos e arrastá-los até a prescrição.
O juiz de garantias foi aprovado no final de 2019 pelo Congresso dentro do pacote anticrime, mas foi suspenso pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Caberá ao plenário do STF, em 2022, declarar ou não sua constitucionalidade. O ministro, no entanto, ainda não marcou a data do julgamento sobre o tema no plenário.
Ficha Limpa Está previsto para o início de fevereiro, no STF, um julgamento que pode afrouxar a aplicação da Lei da Ficha Limpa, reduzindo, na prática, o prazo de inelegibilidade de políticos condenados em órgãos colegiados. Desde a aprovação da lei, em 2010, até 2020, os oito anos fora das eleições contavam a partir do término do cumprimento da pena, como manda a lei.
Em dezembro de 2020, no entanto, Kassio Marques decidiu que o prazo passaria a contar a partir da condenação. Ou seja: o político não cumpre a pena, porque pode continuar recorrendo, mas ganha o direito de se candidatar depois de oito anos. O julgamento que poderá restabelecer a regra anterior está marcado para o dia 3 de fevereiro.
O ministro atendeu a um pedido do PDT, que argumentou que os políticos estavam ficando inelegíveis por tempo indefinido, por causa da demora para o trânsito em julgado (esgotamento dos recursos que eles mesmos apresentam para evitar a punição).
Coaf no Ministério da Justiça Está em estudo no Palácio do Planalto a possibilidade de transferir de volta para o Ministério da Justiça o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Em 2019, ele foi retirado da pasta, então sob o comando do ex-juiz Sergio Moro, para ficar sob o guarda-chuva do Banco Central.
Os políticos temiam que Moro usasse o órgão para uma devassa em suas contas e exigiram, na época, a dispensa de Roberto Leonel, auditor da Receita que havia sido escolhido por Moro para comandar o órgão, que repassa ao Ministério Público transações suspeitas identificadas por bancos.
Agora que o Ministério da Justiça está sob a chefia de Anderson Torres, delegado da PF próximo de Bolsonaro, o presidente cogita deixar o Coaf debaixo de sua supervisão. Ele sempre reclamou da atuação do órgão na investigação sobre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, no caso das “rachadinhas”.
Foi o Coaf que, em 2018 e 2019, forneceu ao MP do Rio relatórios sobre saques e transferências que apontavam para a suspeita de desvio nos salários de ex-funcionários de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Partidos da base O preço do Centrão: como PP e Republicanos barganham apoio à reeleição de Bolsonaro
Por Rodolfo Costa – Gazzeta do Povo Brasília
Presidente Jair Bolsonaro e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, em audiência no Palácio do Planalto: presidente do PP enfrenta resistências internas para selar apoio à reeleição.| Foto: Marcos Correa/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PL) pode sair candidato à reeleição sem o apoio formal do PP e do Republicanos. Ambos os partidos enfrentam resistências internas para se coligarem com a chapa presidencial. A hipótese de uma federação partidária com o PL é uma hipótese ainda menos provável.
Integrantes da base governista no Congresso, as duas legendas têm representantes no primeiro escalão do governo federal. O PP com Ciro Nogueira, presidente nacional da sigla, no comando da Casa Civil. Já o Republicanos tem o ministro da Cidadania, João Roma, como representante.
A presença de Nogueira e Roma na Esplanada não é, contudo, garantia de que Bolsonaro contará com PP e Republicanos nas eleições de outubro deste ano. A presença de seus representantes sequer tem evitado o governo de se tornar alvo de lideranças de ambos os partidos nos bastidores.
A ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, deputada licenciada do PL, entrou na mira de lideranças de PP e Republicanos, além de parte do PSL e até de sua própria sigla. Eles cobram a demissão da ministra alegando o descumprimento de acordos. Bolsonaro defendeu Flávia e disse que não pretende demiti-la, mas o discurso interno no PP e no Republicanos é de que a fritura dela é apenas o início de um processo de pressão político-eleitoral.
O que PP e Republicanos querem de Bolsonaro e o governo Os ruídos na base governista contra Flávia Arruda estão diretamente relacionados a cobranças por recursos não liberados referentes a emendas parlamentares prometidas ao fim de 2021. Contudo, também estão indiretamente associados a demandas políticas e eleitorais deste ano.
Até 2 de abril, 11 ministros podem desembarcar do governo para a disputa das eleições. A legislação eleitoral determina que ministros se desincompatibilizem dos cargos seis meses antes do primeiro turno das eleições, previstas este ano para 2 de outubro. Flávia está entre os ministros que deixarão o cargo.
Com a saída de ministros do governo, PP e Republicanos querem ser ouvidos no processo de definição dos próximos ministros e ter aval na escolha dos sucessores a fim de ampliar sua influência no cenário político nacional. Entretanto, a cessão de ministérios a ambos os partidos não será o suficiente para levá-los a apoiar a reeleição de Bolsonaro.
Além da demanda por emendas parlamentares, cargos e ministérios, lideranças e dirigentes partidários de PP e Republicanos cobram de Bolsonaro apoio para as pré-candidaturas de aliados a disputas, sobretudo no Senado, onde o presidente da República não abre mão de ter a palavra final para a indicação de aliados.
Como resistências internas distanciaram o PP de Bolsonaro Diferentemente do PL, partido presidido a punhos de ferro por Valdemar Costa Neto, o PP tem seu poder mais descentralizado. É um partido com diversos “caciques” e lideranças políticas com influência. Por isso, mesmo que Ciro Nogueira seja o presidente do partido e ministro da Casa Civil, a possibilidade de não apoiar a reeleição de Bolsonaro é real.
O deputado federal André Fufuca (PP-MA), vice-líder da legenda na Câmara, pensa em entrar com uma ação na Justiça para que o tempo de TV do partido seja usado pelos estados, apurou a Gazeta do Povo. Fufuca submeteu a ideia a diretórios estaduais, que teriam de arcar com as despesas nas emissoras estaduais. A reportagem procurou o posicionamento do parlamentar, mas não obteve resposta.
A defesa capitaneada por Fufuca foi interpretada no PP como uma forma de pressionar a legenda para “liberar” seus diretórios estaduais a fim de que possam construir alianças ao bel-prazer. “O movimento do Fufuca é a maior coerência de que o PP não vai apoiar Bolsonaro”, pondera uma liderança do partido em caráter reservado.
Existe uma divisão interna no PP acerca da ideia de apoiar Bolsonaro, sobretudo na região Nordeste e em São Paulo. Uma parte dos dirigentes e demais lideranças já era contrária à ideia de filiar o presidente da República e se mantém contra uma coligação com a chapa presidencial, principalmente com a possibilidade de adesão em uma federação partidária com PL, Republicanos, PTB e PROS.
“Não vejo o PP indo com Bolsonaro, até porque acho que ele não vai ganhar”, pondera uma liderança da sigla no Congresso. “Muitos estão loucos para ficar mais longe do Bolsonaro”, complementa. Mesmo o acordo para que o partido indique o vice de Bolsonaro pode ser revisto dadas as resistências internas, pondera um segundo influente congressista da legenda.
“Sem ele [filiado] não vão botar o vice se o Lula realmente estiver em primeiro nas pesquisas. Não tenho dúvida que o partido vai ‘ser governo’ de quem ganhar”, sustenta. “O PP não decide nada antes de abril. Vai trabalhar muito na janela partidária [para filiar outros deputados e evitar debandas], então, o cenário de abril que vai permitir saber se apoiará Bolsonaro ou não”, acrescenta.
O veto de Bolsonaro à nomeação do ex-deputado Alexandre Baldy (PP-GO) para ocupar um posto de articulação política no Ministério da Economia é outro motivo que irritou o partido. Aliado de Nogueira, ele é pré-candidato ao Senado por Goiás, mas deseja disputar o posto na mesma chapa do atual governador, Ronaldo Caiado (DEM), que irá à reeleição. Porém, Bolsonaro decidiu apoiar o líder do PSL, deputado Vitor Hugo (GO), que irá se filiar ao PL na janela partidária.
O que está por trás das críticas do Republicanos a Bolsonaro
A mágoa no PP após Bolsonaro vetar o apoio a Baldy no Senado também ecoa no Republicanos, onde a pressão é tão grande quanto ou até maior. Dirigentes e outras lideranças do partido — que tem uma ligação estreita com a Igreja Universal do Reino de Deus — se sentem desprestigiados pelo governo.
Nos bastidores, o partido entende que o governo não se esforçou o suficiente para bancar a nomeação do ex-senador Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), bispo licenciado da Universal, à embaixada do Brasil na África do Sul. O governo sul-africano não deu aval para a indicação e Bolsonaro retirou o pedido de designação.
A expectativa da igreja em Crivella ser embaixador na África do Sul tinha como um dos intuitos ampliar as investidas diplomáticas sobre Angola, onde a Universal é acusada de desviar dinheiro. Crivella é sobrinho de Edir Macedo, fundador e líder da Universal. A igreja afirma ser “vítima de uma trama elaborada por um grupo de ex-oficiais que foram expulsos da Igreja em decorrência de graves desvios de conduta”.
Sem a indicação de Crivella para a embaixada da África do Sul, o Republicanos esperava, ao menos, que Bolsonaro o apoiasse como seu candidato ao Senado. Nos bastidores, o presidente sinalizou, contudo, que apoiará a reeleição do senador Romário (PL-RJ). Em Goiás, como Bolsonaro vetou o apoio a Alexandre Baldy, o partido espera contar com o apoio ao deputado federal João Campos (Republicanos-GO), que disputará o Senado. Entretanto, dirigentes seguem sem sinalizações de que o apoio virá.
Mesmo com João Roma como representante do Republicanos no primeiro escalão do governo e em um ministério politicamente relevante, como o da Cidadania, Bolsonaro é criticado por não ter consultado seus representantes da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) antes da escolha. “Tanto que o nome não é alguém do meio evangélico”, sustenta uma liderança do partido.
Sem apoio de Bolsonaro para alianças nos estados, sem um evangélico indicado pelo partido no ministério e pouco ouvido pelo governo, o Republicanos é um dos partidos que lidera a pressão contra a ministra Flávia Arruda. Seu atual líder, Hugo Motta (PB), tem feito críticas a ela na imprensa e ameaçado romper com o governo.
A recente pressão exercida pelo Republicanos é reconhecida internamente como uma forma de chamar a atenção do governo a, ao menos, ouvir o partido na reforma ministerial que virá até abril, embora lideranças ligadas à Universal não queiram a indicação de um político ligado à igreja. “É mais importante que fiquemos nos bastidores fortalecendo o voto evangélico do que desgastá-lo dentro do processo eleitoral”, destaca uma liderança da legenda.
O líder do partido é quem negocia com o governo. “O Republicanos está conversando, Hugo é uma pessoa em ascensão, mas o segmento do partido que é da Igreja Universal prefere não se colocar na frente para ter cargos no Executivo, queremos evitar desgastes para preservar o voto evangélico. Estamos preferindo não ventilar nomes como o do próprio Marcos Pereira [presidente do partido], ou [os deputados] Vinícius Carvalho, João Campos, Márcio Marinho ou o Aroldo Martins”, diz outra liderança.
VEJA TAMBÉM: Programa Médicos pelo Brasil vira trunfo de Bolsonaro em ano eleitoral; como será PT quer “esconder” Dilma? Que papel a ex-presidente terá na campanha de Lula MDB aciona STF contra decisão do TSE que padronizou horário das eleições Quais as chances de PP e Republicanos não apoiarem a reeleição A demanda por emendas, cargos, ministérios e por apoio de Bolsonaro a aliados nos estados é a forma que PP e Republicanos encontraram para oferecer seu capital político em 2022 e evitar que o presidente perca poder de fogo eleitoral na campanha presidencial. Com essas duas legendas, a chapa à reeleição teria mais minutos de tempo de TV e recursos do fundo eleitoral.
Apesar das resistências e mágoas a Bolsonaro, não está descartado que ambos os partidos apoiem a reeleição. “O PP não quer ficar muito perto do governo, só que não tem outra alternativa. Doria não tem força e Moro vai bater num teto e não vai empolgar”, pondera uma liderança. “Para o PP, o que vale é a bancada de deputados, por isso o Ciro queria a filiação do Bolsonaro. Ele vai ver a melhor forma de manter a bancada [de deputados], está administrando [o partido] e trabalhando para eleger mais”, complementa.
O cálculo feito por Ciro Nogueira é que o apoio a Bolsonaro pode ajudar o partido a ampliar a bancada na Câmara. Embora o presidente nacional do PP não comande a legenda com mãos de ferro, alguns parlamentares lembram que ele é quem controla os recursos dos fundos partidário e eleitoral e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comanda a liberação das emendas de relator. Juntos, os dois terão peso determinante na decisão do partido sobre se coligar ou não com Bolsonaro.
O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) é um dos parlamentares que não descarta o apoio do partido à reeleição. “Por uma questão de coerência, por estar ajudando o governo, o PP tende a seguir o caminho da aliança com Bolsonaro, pelos espaços que têm e influência que tem”, diz. “Mas não dá para deixar de levar em conta as características regionais que, ao longo das últimas eleições, têm pesado muito e dificultado, inclusive, a unidade dos diretórios estaduais com relação à candidatura nacional”, alerta.
O Republicanos é outro que pode seguir o mesmo caminho do PP em avaliar os prós e contras e optar pelo apoio a Bolsonaro. “Nós não podemos ser oposição, é muito difícil para nós”, analisa uma liderança da Câmara ao ressaltar que a grande maioria do eleitorado evangélico é de direita.
Outro deputado pondera, no entanto, que o partido não pode ser oposição a nenhum candidato. “A gente fica mais na retaguarda, não assume o nome, lideranças da igreja conversam mais nos bastidores, não podemos levantar bandeira A, B, C ou D, porque temos sempre que levantar a da Igreja [Universal] e da Record”, justifica.
O parlamentar acrescenta, ainda, que existe um movimento de esquerda em buscar apoio dentro de outras igrejas evangélicas. “A gente sabe que existe um movimento lulista dentro de outras igrejas, muito voltada para a pauta social, não necessariamente o PT. Mas uma aproximação para Lula está sendo criada em meio a essa polarização”, sustenta o deputado.
O deputado federal Aroldo Martins (Republicanos-PR), vice-líder da legenda na Câmara, evita colocar o partido em um lado ou outro no xadrez eleitoral. “O Republicanos é um partido que tem identidade, prefere não estar na mesa do jogo para dar ou receber cartas e ver quem é que vai ganhar, porque nós não somos assim”, destaca.
“Estamos atentos ao que está acontecendo na atualidade, nas mudanças políticas e naquilo que o Brasil necessita. Estamos abertos para conversar naquilo que for melhor para a sociedade brasileira, mas não somos um partido que tem preço a ponto de comprometer os nossos princípios”, complementa Martins.
O que o governo pensa sobre a pressão de PP e Republicanos
O governo federal encara com sobriedade a pressão exercida pelos partidos da base. Há um entendimento de que PP e Republicanos não deixarão a base e que os movimentos adotados pelas legendas não impedem a construção de uma aliança de apoio à reeleição de Bolsonaro em 2022.
Mesmo a pressão sobre a ministra Flávia Arruda não é exercida com o intuito de desgastar diretamente o governo. “Alguns líderes fizeram questão de dizer que essa repulsa a ela não tem a ver com o governo, mas especificamente com ela”, assegura um interlocutor governista.
Aliados governistas da base ‘raiz’ de Bolsonaro no PSL dizem, contudo, que o presidente não está fechado para negociar eventuais apoios a lideranças do PP ou Republicanos nos estados. “O presidente não está fechado para ouvir os partidos caso a caso. Em Goiás, por exemplo, ele não tem problema em conversar com o João Campos. Agora, o Baldy não tem como, ele se inviabiliza por ele próprio, foi secretário do Doria, foi preso, foi ministro do Temer e parceiro do Maia”, sustenta uma liderança.
Em Goiás, Bolsonaro assegura a aliados, contudo, que pretende manter o apoio à candidatura de Vitor Hugo ao governo estadual. A despeito de Caiado ser considerado favorito à reeleição, o presidente entende que, no passado, outros candidatos conseguiram surpreender nas eleições no estado, a exemplo dos ex-governadores Alcides Rodrigues (Patriota) e Marconi Perillo (PSDB).
O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP), vice-líder do partido na Câmara, acredita que PP e Republicanos irão compor a coligação de Bolsonaro e não teme em debandada da base. “Tem partidos que não têm pra onde correr. Eles vão ficar reféns do presidente, quais são as candidaturas a presidente que podem vingar? Não tem. É claro que existem brigas internas, mas são atritos por conta de espaços no governo”, pondera.
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a produção de 284,4 milhões de toneladas de grãos na safra 2021/22.| Foto: Wenderson Araújo/CNA
O agro brasileiro continua trabalhando de domingo a domingo, de sol a sol, dia e noite, 24 horas por dia. A produção de grãos na próxima safra vai crescer 12,5%. Serão 284 milhões de toneladas. Isso que o clima não ajudou, sem chuva em dezembro no Rio Grande do Sul, principalmente, mas também em Santa Catarina e Paraná. Não ajudou a soja nem o milho.
Mesmo assim, a soja cresceu 3,8% em área e a colheita esperada é de 140 milhões de toneladas. Milho, 113 milhões de toneladas. O trigo para o nosso pão, 8 milhões de toneladas. Eu lembro que quando eu cobria economia pelo Jornal do Brasil a meta era chegar a 1 milhão de toneladas. Algodão, que é leve, pois é só pluma, 2,7 milhões toneladas. Já o arroz, 11 milhões de toneladas, e o feijão, 3 milhões de toneladas.
Essa é a resposta do agro, que tem sido vítima de muito preconceito de gente que, de certo, não quer a mesa cheia, não quer que haja abundância de comida para que o preço dos alimentos seja mais barato. O agro brasileiro dá segurança, inclusive, para uma boa parte do mundo, capaz de alimentar 1,6 bilhão de pessoas.
A previsão sobre a produção de grãos é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que faz todos os anos essa estimativa. É uma previsão que foi refeita, inclusive, porque a previsão anterior não estava contando com a quebra que houve pela falta de chuva.
Ponte carcomida Eu vi imagens de uma ponte no interior de São Paulo cujos pilares estão carcomidos pela corrosão. Uma coisa horrorosa, dá um pânico porque parece que a ponte vai cair a qualquer momento. Curioso é que a última inspeção feita na ponte diz que não há danos estruturais.
No entanto, pela imagem que eu recebi no Twitter, é possível ver através dos pilares. Dá para ver o esqueleto da armação em ferro, que está enferrujada também. Essa ponte fica na Raposo Tavares, uma rodovia paulista, sob administração do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). É a ponte Jurumin sob o rio Taquari, em Piraju (SP).
É bom que haja um alerta sobre isso, inclusive em relação aqueles que usam frequentemente essa ponte.
Energia pressiona a inflação Como eu havia previsto, a inflação oficial do país, o IPCA, realmente encerrou 2021 na casa dos 10%. Superou e muito o centro da meta, que era de 3,75%, com um teto admitido de até 5%. Ou seja, a inflação final foi o dobro do que seria aceitável.
É a terceira vez em que há uma inflação alta nesse século. A primeira vez foi em 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com 12,5%. Depois, na transição Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), em 2015, com 10,67%.
E adivinhem quais as causas principais para uma inflação tão alta? O que mais subiu? Primeiro, etanol; segundo, gasolina; terceiro, diesel; quarto lugar, gás; e depois, eletricidade. Ou seja, energia. É o que está “matando” a economia dos europeus.
A Alemanha teve neste ano a maior inflação dos últimos 30 anos. Já os Estados Unidos está fechando a inflação de 2021 como a maior dos últimos 31 anos. É o preço da energia.
Gasolina mais cara E mais: está aumentando nesta quarta-feira (12), nas refinarias, os preços da gasolina entregue às distribuidoras, com R$ 0,11 centavos a mais o litro, e do diesel, com R$ 0,24 centavos a mais o litro.
Enquanto a gente fica sabendo que o pré-sal está cada vez mais recordista em produção de petróleo e gás. O que parece uma contradição, porque pela lei da oferta e da procura quanto mais abundante é a matéria prima, mais baratos são os derivados. Mas não é isso que acontece porque tem a dependência do dólar e do preço internacional do petróleo.
Volume de chuva desde outubro afasta o País do quadro da maior crise hídrica em 91 anos, mas ainda é cedo para assumir postura de ‘tranquilidade’; comitê avalia hoje situação
Marlla Sabino, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – As chuvas registradas em diversas regiões desde meados de outubro já refletem no nível de armazenamento dos principais reservatórios do País, mas ainda é cedo para assumir uma postura de “tranquilidade” para o setor elétrico, dizem especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast. Já para os consumidores, a melhora não deve ser perceptível nos próximos meses, pois não resultará em um alívio imediato nas contas de luz. A previsão é que as tarifas vão continuar pesando no bolso dos brasileiros.
Em 2021, o País vivenciou a pior escassez nos últimos 91 anos. A situação mais grave foi no subsistema das regiões Sudeste e Centro-Oeste, considerado a “caixa d’água” do setor elétrico. Em janeiro do ano passado, o nível dos reservatórios era de 23,36% da capacidade total, e chegou a cair para 16,75% em setembro. Agora, pelos dados mais recentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a projeção é que cheguem ao fim de janeiro com 40% de capacidade.
A previsão também é positiva para outras regiões. A expectativa é que no fim deste mês os reservatórios atinjam 73,2% de capacidade no Norte e 70,2% no Nordeste. Já no Sul, as projeções indicam um nível menor do que o registrado nos últimos meses (veja ao lado).
“Os reservatórios estão subindo, como sabemos está chovendo em várias regiões do País. Mas temos que esperar o final do período úmido, março ou abril, para termos essa tranquilidade. Por hora, podemos dizer que os reservatórios estão se recuperando bem”, avalia o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.https://datawrapper.dwcdn.net/kOVrg/3/
Apagão fora do mapa
Na mesma linha, o chefe do centro de análise e previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco Diniz, avalia que é cedo para uma análise, mas que os reservatórios tiveram uma boa recuperação. Ele explica que deve haver uma estiagem nos próximos dias em regiões onde há reservatórios que atendem o setor elétrico, mas que não se prolongará por muito tempo, e as chuvas devem voltar a acontecer no fim de janeiro e se intensificar ao longo do próximo mês. “Creio que vai ter um favorecimento melhor para frente para as regiões que têm reservatórios”, afirmou.
O professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), Nivalde de Castro, afirma que a situação é melhor do que no ano passado, e, considerando o cenário atual, não há risco de desequilíbrio entre oferta e demanda de energia. Contribui para isso, segundo ele, as chuvas, a ampliação da capacidade instalada de geração de energia, com o início da operação de novos projetos, que vão injetar mais energia para atender os consumidores, e o nível fraco da atividade econômica.
“A oferta de energia cresceu. Em questão de armazenamento, pois está chovendo, e pela ampliação da capacidade instalada do sistema, com novas plantas, principalmente eólica e solar. Por outro lado, a demanda não vai crescer, por conta da crise econômica. Do ponto de vista do equilíbrio, o risco de apagão saiu do mapa. O problema agora é o custo”, afirma. “Está chovendo bastante, essas tragédias que aconteceram no País indicam isso, e essa chuva é tão volumosa que é suficiente para atender a demanda e sobra água nos reservatórios.”
As condições de atendimento do sistema elétrico serão analisadas nesta quarta-feira, 12, pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), colegiado presidido pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na última reunião, em dezembro, o grupo manteve algumas medidas excepcionais para garantir o atendimento da população em 2022. Contudo, optou por limitar a geração de energia por térmicas e a importação de energia a 15 mil megawatts médios (MW médios) ao longo de dezembro. A decisão, segundo o governo, prioriza o acionamento de usinas mais baratas.
Em relação aos próximos meses, o comitê já sinalizou projeções de melhorias para os armazenamentos de água até maio de 2022 e o pleno atendimento de energia sem o uso da “reserva operativa”, ou seja, das usinas térmicas acionadas, mas sem injetar energia na rede. “Projeta-se que o armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste em maio de 2022 estará em cerca de 55,9% – ou 12,9 pontos percentuais acima do nível verificado em 31 de maio de 2021, considerando a repetição do cenário crítico de chuvas verificado no período chuvoso de 2020/2021”.
Veja a situação dos reservatórios no País:
16,75% era, em setembro passado, o porcentual de água armazenada em relação à capacidade total dos reservatórios
23,36% era o nível de um ano atrás, em janeiro de 2021
40% é quanto o ONS projeta que os reservatórios cheguem ao final de janeiro de 2022
73,2% é a expectativa para o Norte, pouco acima do Nordeste (70,2%)
A previsão também é positiva para outras regiões. A expectativa é que no fim deste mês os reservatórios atinjam 73,2% de capacidade no Norte e 70,2% no Nordeste. Já no Sul, as projeções indicam um nível menor do que o registrado nos últimos meses (veja ao lado).
“Os reservatórios estão subindo, como sabemos está chovendo em várias regiões do País. Mas temos que esperar o final do período úmido, março ou abril, para termos essa tranquilidade. Por hora, podemos dizer que os reservatórios estão se recuperando bem”, avalia o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.https://datawrapper.dwcdn.net/kOVrg/3/
Apagão fora do mapa
Na mesma linha, o chefe do centro de análise e previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco Diniz, avalia que é cedo para uma análise, mas que os reservatórios tiveram uma boa recuperação. Ele explica que deve haver uma estiagem nos próximos dias em regiões onde há reservatórios que atendem o setor elétrico, mas que não se prolongará por muito tempo, e as chuvas devem voltar a acontecer no fim de janeiro e se intensificar ao longo do próximo mês. “Creio que vai ter um favorecimento melhor para frente para as regiões que têm reservatórios”, afirmou.
O professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), Nivalde de Castro, afirma que a situação é melhor do que no ano passado, e, considerando o cenário atual, não há risco de desequilíbrio entre oferta e demanda de energia. Contribui para isso, segundo ele, as chuvas, a ampliação da capacidade instalada de geração de energia, com o início da operação de novos projetos, que vão injetar mais energia para atender os consumidores, e o nível fraco da atividade econômica.
“A oferta de energia cresceu. Em questão de armazenamento, pois está chovendo, e pela ampliação da capacidade instalada do sistema, com novas plantas, principalmente eólica e solar. Por outro lado, a demanda não vai crescer, por conta da crise econômica. Do ponto de vista do equilíbrio, o risco de apagão saiu do mapa. O problema agora é o custo”, afirma. “Está chovendo bastante, essas tragédias que aconteceram no País indicam isso, e essa chuva é tão volumosa que é suficiente para atender a demanda e sobra água nos reservatórios.”
As condições de atendimento do sistema elétrico serão analisadas nesta quarta-feira, 12, pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), colegiado presidido pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na última reunião, em dezembro, o grupo manteve algumas medidas excepcionais para garantir o atendimento da população em 2022. Contudo, optou por limitar a geração de energia por térmicas e a importação de energia a 15 mil megawatts médios (MW médios) ao longo de dezembro. A decisão, segundo o governo, prioriza o acionamento de usinas mais baratas.
Em relação aos próximos meses, o comitê já sinalizou projeções de melhorias para os armazenamentos de água até maio de 2022 e o pleno atendimento de energia sem o uso da “reserva operativa”, ou seja, das usinas térmicas acionadas, mas sem injetar energia na rede. “Projeta-se que o armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste em maio de 2022 estará em cerca de 55,9% – ou 12,9 pontos percentuais acima do nível verificado em 31 de maio de 2021, considerando a repetição do cenário crítico de chuvas verificado no período chuvoso de 2020/2021”.
Veja a situação dos reservatórios no País:
16,75% era, em setembro passado, o porcentual de água armazenada em relação à capacidade total dos reservatórios
23,36% era o nível de um ano atrás, em janeiro de 2021
40% é quanto o ONS projeta que os reservatórios cheguem ao final de janeiro de 2022
73,2% é a expectativa para o Norte, pouco acima do Nordeste (70,2%)