terça-feira, 11 de janeiro de 2022

VENDEDOR DEVE ENTENDER A OBJEÇÃO DO CLIENTE

 

SafeLeads

Não há nada pior que passar uma tarde inteira explicando os benefícios do sistema de energia solar para um possível cliente, e ao final de uma ligação de quase 2 horas escutar que precisa de tempo para pensar no negócio.

Será que esta é uma forma disfarçada de dizer que não tem interesse ou tem mais coisa em jogo?

Nas próximas linhas você entenderá as nuances dessa objeção, identificar cada caso e como agir perante elas. Vamos lá então!?

Entendendo a Objeção

Para entendermos o que está por trás quando o cliente diz “vou pensar”.

Antes de tudo, é importante desfragmentar o que significa o “vou pensar”. Na maioria dos casos ela esconde a verdadeira objeção do cliente. Vejamos algumas das prováveis justificativas:

Gostei do projeto, mas não tenho dinheiro

Não tinha interesse em fechar negócio desde o início. Apenas quis saber sobre o sistema

Não gostei da proposta

Não posso decidir sozinho

Tenho mesmo de consultar o meu sócio antes de tomar uma decisão

O que quero ressaltar é que nem sempre quando o cliente diz que vai pensar é algo ruim. Ele até pode ter um sócio e necessitar de conversar com ele antes de tomar uma decisão.

Ou seja, quanto maior for a empresa maiores são as chances de isso acontecer. Porém, se você trabalha com pequenas empresas ou residências e muitas vezes escuta o “não” depois do cliente dizer que “vai pensar”. Acredito que em mais de 80% dos casos esse adiamento signifique um “não” disfarçado.

Assim também, uma ótima maneira de perceber onde estão surgindo as objeções é gravar a reunião ou ligação, isso pode ajudar você a entender através da voz, quais foram as principais preocupações do cliente, caso ele tenha perguntado muitas vezes sobre estrutura do sistema, talvez o problema esteja aí.

O cliente é um tomador de decisão?

Antes mesmo do cliente dizer “vou pensar”. Outra coisa que você deve analisar é se o cliente tem poder de decisão na empresa, se for alguém que apenas ouve as propostas e entrega para o chefe da empresa é bem provável que isso seja adiado.

Por isso sempre que marcar uma reunião para apresentar o projeto solar certifique-se que está falando com um tomador de decisão, isso aumenta muito as chances da venda ir pra frente e evita que você escute uma resposta “vou pensar”.

Mas no caso desse cliente não ser um tomador de decisões, torna-se importante mandar um e-mail com o resumo da reunião. Isso garante que:

A pessoa não leva mal entendidos para a reunião com o tomador de decisões

Você deixa bem explícito tudo aquilo que o sistema é, e o que é capaz de fazer

Garante que TODA a informação chega ao tomador de decisões

Para um melhor aproveitamento dessa reunião que você terá com o cliente para energia solar temos um vídeo especial sobre isso.

Saiba mais em: Como fazer vendas Outbound?

Tenha garantias e datas

Outra coisa para se fazer quando o cliente diz “vou pensar” sobre a proposta da sua empresa é ter o máximo de garantias dele. Perceba quando ele vai responder, tente definir uma data ou qual será o canal de comunicação. Você também pode tomar as rédeas e  contactá-lo, claro sempre com bom senso.

Uma boa alternativa é no mesmo e-mail do resumo da reunião, perguntar para ele em qual dia você poderá ligar para dar uma resposta.

Assim o fechamento do projeto fica mais dependente de você e menos do cliente. Se você deixar todo o processo para o cliente, as chances de ele esquecer de você são muito grandes.

Saiba mais em: O que fazer quando faço muitas propostas e poucas vendas de kits de energia solar

Saiba a hora de parar

O “feeling”, junto com as perguntas corretas vão mostrar a você o caso do seu cliente em pensar ou não na sua proposta.

Então, caso o cliente não fez perguntas durante a apresentação, não perguntou o preço do projeto ou como funcionará o sistema no seu caso. É muito provável que ele não “vá pensar”.

Lembre-se também que o povo brasileiro não costuma gostar de pressão na hora da venda de um produto, então ao invés de pressioná-lo gere senso de urgência através de gatilhos mentais de oportunidade e prova social.

Certamente o primeiro contato, a primeira reunião com o cliente, são essenciais para a venda acontecer lá na frente, esse processo que muitas empresas de energia solar acabam negligenciando chama-se pré-venda.

STARTUP VALEON – CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

MORDOMIAS DAS NOSSAS AUTORIDADES

 

O blog que fiscaliza o gasto público e vigia o poder em Brasília

Por
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo

Além de viajar para casa, Fux usou jatinhos da FAB para receber homenagens, como o Grande Colar do MPMG| Foto: Divulgação/MPMG

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, gastou um total de R$ 1,6 milhão com viagens em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2021. Só os 96 deslocamentos de ida e volta para a sua casa, no Rio de Janeiro, quase a totalidade sem agenda oficial, custaram R$ 1,4 milhão aos cofres públicos – quase 90% do total das suas despesas com aeronaves. Fux também viajou nas asas da FAB para receber medalhas e homenagens.

O total de voos no ano – 104 – supera a marca do ministro Dias Toffoli, presidente do tribunal em 2019, antes do início da pandemia da Covid-19. O então presidente fez 95 voos naquele ano, sem contar os deslocamentos em aviões de carreira em classe executiva – um deles para assistir à canonização da Irmã Dulce, em Roma, ao custo de R$ 82 mil, entre passagens e diárias. Os valores de 2021 não incluem despesas com diárias e passagens aéreas para seguranças, agora mantidas em sigilo pelo STF.

A verba torrada por Fux representa quase 10 vezes os gastos do Supremo com viagens de seguranças e assessores que deram assistência direta a ministros, além deslocamentos para reuniões onde foram tratados assuntos relacionados à segurança dos ministros do tribunal – apenas R$ 170 mil. Todas as passagens aéreas compradas em 2021 somaram R$ 325 mil.

Houve até uma verba extra de apoio ao “plano de segurança para os eventos do Dia da Independência”. Foram compradas seis passagens para o deslocamento seguranças ao custo R$ 6,3 mil. O STF temia a ocorrência de atos de violência diante das manifestações apoiadas pelo presidente Jair Bolsonaro. No dia 7 de setembro, o presidente da República chegou a ameaçar o descumprimento de decisões judiciais. Mas recuou dois dias depois e pediu desculpas aos ministros que havia ofendido.

A maior despesa com passagens para prestação de serviço de assessoria e assistência direta a ministro foi feita com o ministro Alexandre de Moraes – R$ 36 mil. O ministro mandou arquivar, em julho do ano passado, o inquérito dos atos antidemocráticos, atendendo sugestão da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro, porém, decidiu abrir uma nova investigação para continuar apurando a existência de uma “organização criminosa” digital montada “com a nítida finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”.

A segunda maior despesa com passagens para assistência direta a ministro ocorreu com o ministro Gilmar Mendes – R$ 35 mil. Os gastos com Toffoli chegaram a R$ 25 mil. Com Ricardo Lewandowski, mais R$ 13 mil. Em parte das despesas, não é possível identificar o ministros que foi atendido.


Rotina de viagens para casa

O ministro Fux estabeleceu uma rotina de viagens nos jatinhos oficiais. Foram 25 voos às sextas-feiras e 15 às quintas de Brasília para o Rio de Janeiro. Em outros cinco voos, seguiu para o Rio no sábado, partindo de São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Manaus. Numa sexta-feira, decolou de João Pessoa para a capital carioca.

O retorno ao local de trabalho também não foi em avião de carreira. Fez 35 voos do Rio para Brasília às segundas-feiras, três às terças e três aos domingos, com média de cinco passageiros a bordo. Fux não adotou a moda do ministro Toffoli, que foi o único passageiro no jatinho oficial em três viagens de ida ou volta para casa – quase um “Uber” aéreo.

Em três viagens, o ministro fez um pouco de economia. Em 11 de junho, uma sexta-feira, pegou carona no jatinho do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A “van” aérea tinha 10 passageiros. Nos dias 19 de julho, deu carona para o ministro das Relações Exteriores no retorno do Rio para Brasília, numa segunda-feira. No dia 29 daquele mês, deu outra carona para o mesmo ministro num deslocamento de Brasília para o Rio.

Medalhas, homenagens, palestras
Mas o que faz o ministro Fux quando não viaja para casa nos finais de semana? Com a pandemia da Covid-19 perdendo força no segundo semestre, o presidente do STF passou a viajar mais pelos estados. Ele esteve no Rio, dia 1º de julho, numa sexta-feira, para receber a Medalha Ordem do Mérito no Grau Grã-Cruz do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro. Em 13 de agosto, fez palestra no Encontro Amazonense de Notários e Registradores (donos de cartórios), em Manaus, numa sexta-feira. Pegou o seu jatinho para o Rio no sábado pela manhã.

Em 15 de setembro, quarta-feira, Fux foi para o Rio. Na sexta-feira (17), seguiu para Belo Horizonte, sempre de jatinho, para receber homenagens, muitas homenagens. Fez palestra na “Semana do MPMG” e recebeu homenagem da Faculdade de Direito da UFMG, pela manhã. À tarde, recebeu o Grande Colar na solenidade de entrega da Medalha do Mérito do Ministério Público Promotor de Justiça Francisco José Lins do Rego Santos, na sede do MPMG. No sábado pela manhã, voou para o Rio em aeronave oficial.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu uma “medalha de honra” no mesmo evento. Ele voou de Brasília para Belo Horizonte na sexta-feira, no início da manhã, em outro jato da FAB. Passou o final de semana em casa e retornou a Brasília no domingo à noite. Mais uma autoridade que usa as aeronaves oficiais para descansar em casa aos domingos.

Dia 5 de novembro, sexta-feira, Fux fez palestra no 120º Encontro de Presidentes dos Tribunais de Justiça, em Pernambuco. No sábado, voou de jatinho para o Rio. No dia 12 de novembro, uma sexta, fez palestra no Congresso Internacional dos Tribunais de Contas, em João Pessoa. Voou para o Rio no final da tarde. Em 13 de dezembro, uma segunda-feira, teve agenda oficial no Rio, com palestra no Seminário “STF em Ação”. Pegou o jatinho “chapa branca” para Brasília à noite.


Regalias previstas em decreto presidencial
As regalias dos presidentes do Supremo, do Congresso e da Câmara dos Deputados na utilização dos jatinhos da FAB são um exagero num país onde milhões de pessoas vivem na miséria absoluta. Mas estão amparadas por leis e decretos. Eles podem utilizar jatinhos da FAB nos deslocamentos para sua residência, mesmo sem agenda oficial a cumprir. Em 6 de março do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro baixou Decreto 10.267/2020, para regulamentar o uso dessas aeronaves.

Segundo o decreto, “presume-se motivo de segurança na utilização de aeronaves da Aeronáutica o deslocamento ao local de residência permanente”, quando se tratar dos presidentes do Legislativo e Judiciário. O vice-presidente da República também pode viajar para casa de jatinho. O presidente da República não conta com jatinhos, mas com aviões de grande porte, seja nos finais de semana, nas folgas e até nas férias.

Os ministros de Estado e comandantes militares só podem usar os jatinhos a serviço, em caso de emergência médica ou por motivo de segurança comprovado. Mas muitos ministros dão um jeitinho de viajar para casa nas asas da FAB, como ocorreu com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, várias nesses, em 2021.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/fux-gasta-r-14-milhao-com-jatinhos-em-viagens-para-casa-em-2021/
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FUNDEB É MAL APLICADO NOS ESTADOS E PREFEITURAS

 

Educação Básica
Por
Gabriel Sestrem – Gazeta do Povo

Governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou abonos de R$ 37,8 mil a servidores com recursos do novo Fundeb| Foto: Diego Peres / Secom / Governo do Amazonas

O ano de 2021 foi o primeiro em que vigoraram as novas regras para o Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. O novo modelo, que foi aprovado pelo Congresso Nacional em agosto de 2020 e entrou em vigor após a sanção da lei regulamentadora em dezembro do mesmo ano, aumenta os valores do fundo – em especial, pelo acréscimo na contribuição feita pela União.

Com um incremento de quase R$ 26 bilhões frente a 2020, no ano passado o valor total repassado aos estados e municípios, no âmbito do Fundeb, foi de R$ 194 bilhões. O objetivo alegado para esse expressivo aumento – que será progressivo, de acordo com as novas regras, e em 2022 poderá chegar a R$236 bilhões – é aumentar a qualidade do ensino para os brasileiros, em especial os mais pobres.

Com excesso de dinheiro em caixa, para dar conta do investimento mínimo que a lei sobre o novo Fundeb determina, estados e municípios têm aplicado o excedente (chamado popularmente de “sobras do Fundeb”) em finalidades controversas. Como exemplo, estão investimentos em obras e equipamentos que não dialogam com a melhoria efetiva da qualidade da educação e a distribuição de expressivas gratificações de final de ano que, em alguns casos, chegam a quase R$ 40 mil por servidor.

As concessões desses abonos a partir das sobras do Fundeb também têm sido capitalizadas politicamente por alguns prefeitos e governadores que têm promovido eventos especiais com centenas de pessoas e utilizado o anúncio das gratificações para fortalecer suas imagens.

Desde a aprovação da medida, havia preocupação, por parte de especialistas em Educação, que a “engorda” do Fundeb não se traduzisse em melhorias estruturais que, enfim, afastassem o país das últimas posições do Programa de Avaliação Internacional de Alunos (Pisa).

“As mudanças que foram feitas no Fundeb são mais uma manifestação de força da esquerda e dos sindicatos do que algo positivo para a educação e para política educacional do país. Da mesma forma, essa expansão de gastos têm mais a ver com excesso de recursos do que com aumento na qualidade da educação”, diz Ilona Becskeházy, doutora em política educacional e ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC).

A quem dar o dinheiro? Os desafios da regulamentação do novo Fundeb

Gratificações inchadas são distribuídas para dar conta das “sobras do Fundeb”
Para a composição dos valores totais que compõem o Fundeb, estados e municípios, a partir dos valores coletados em impostos, arcam com a maior parte dos recursos, enquanto a União entra com um complemento. Com as novas regras, a participação da União no fundo, que era de 10%, aumentará gradativamente até chegar a 23% em 2026.

O objetivo é redistribuir esses valores, com prioridade a municípios com maiores limitações econômicas, para o financiamento de ações de manutenção e desenvolvimento da educação básica pública. Porém, apesar do efeito positivo da injeção de recursos na educação, sua aplicação tem sido questionada em alguns estados e municípios pelo fato de a destinação dos recursos não dialogar com a efetiva melhora na qualidade da educação. Esse é o caso, por exemplo, de governos e prefeituras que têm optado por distribuir gratificações exorbitantes a profissionais de educação.

Um dos abonos mais expressivos foi distribuído pelo estado do Amazonas. O governo estadual anunciou, no dia 15 de dezembro, o que chamou de “maior abono da história em valores e em servidores contemplados”. Os valores, pagos aos servidores da rede estadual de ensino no dia 23 de dezembro, chegam a R$ 37,8 mil por servidor. Ao todo, 33 mil servidores foram beneficiados com o rateio de um valor total próximo a R$ 480 milhões.

Com direito a uma cerimônia especial para revelar o valor do abono, centenas de profissionais da educação ovacionaram o governador amazonense Wilson Miranda Lima (PSC), que foi anunciado pela organização do evento como o “único governador que vai pagar a maior parcela do Fundeb da história do Amazonas”. Lima, que deve tentar a reeleição ao cargo em 2022, fez um discurso em tom de palanque antes de revelar os valores.

No Acre, o governador Gladson Cameli (PP) também promoveu um evento especial para revelar a gratificação de R$ 14 mil aos docentes. Já em São Paulo, 190 mil professores da rede estadual receberam até R$ 16 mil, dependendo da carga horária. Ao todo, R$ 1,6 bilhão foram empenhados nas gratificações.

Apesar de a distribuição do abono estar prevista na legislação sobre o novo Fundeb, questiona-se se o expressivo aumento de recursos públicos, bem como os altos valores em sobras do Fundeb, serão traduzidos em melhorias educacionais, sobretudo aos alunos com maiores necessidades, ou apenas abrirão espaço para gratificações inchadas e anualmente progressivas e aplicação em obras questionáveis.

“Se há uma clareza quanto ao que cada aluno precisa saber em cada ano, sabe-se que o dinheiro irá para a formação dos professores no sentido de aprender a ensinar cada conteúdo e em materiais para ajudar no ensino. Se não tem isso especificado – e a Base [Base Nacional Comum Curricular] não tem –, o dinheiro vai ser gasto e não vai melhorar a qualidade da educação”, explica Ilona.

“Então minha expectativa é realmente muito baixa. Vai aumentar o gasto e não vai melhorar o desempenho dos alunos, que é o que entendo por qualidade na educação, porque as alavancas dessa qualidade não foram armadas, só se armou a parte do gasto”, ressalta.

Valor do novo Fundeb também é usado na construção de garagem milionária
De acordo com o novo Fundeb, 70% dos recursos devem ser empregados na remuneração dos servidores da educação, enquanto os 30% restantes devem ser empregados em custeio de materiais didáticos, equipamentos para a escola, entre outros custos considerados despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino.

Há, entretanto, relatos de municípios que empregaram parte desse valor em finalidades controversas. Essa é a situação de Alpinópolis, em Minas Gerais. Um projeto de lei de autoria do prefeito Rafael Freire (PSB) aprovado pela Câmara de Vereadores autorizou o emprego de aproximadamente R$ 1 milhão na construção de uma garagem para apenas dez veículos da secretaria de Educação com recursos oriundos do Fundeb.

“O valor é absurdo para a construção de um barracão para guardar os dez veículos da Educação do município de Alpinópolis”, disse à Gazeta do Povo um docente da cidade mineira que preferiu não se identificar. “Esse dinheiro poderia ter sido utilizado para melhorar a estrutura das escolas, mas não houve planejamento para que esse quase um milhão de reais fosse investido diretamente nas escolas. Um descaso com a comunidade escolar”, prossegue.

Diante da má repercussão, em 29 de dezembro foi votada nova lei reduzindo o valor destinado à construção da garagem de R$ 1 milhão para R$ 800 mil – o que representa uma redução de apenas 20% do valor inicial.

“A lei mudou em termos de expansão do gasto e expansão dos profissionais que podem receber dinheiro, mas a lista do tipo de despesa permanece a mesma desde 1996, não foi mudada com a legislação atual”, diz Ilona, citando que os artigos 70 e 71 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) vedam esse tipo de aplicação dos recursos.

“Esse tipo de situação ocorrida em Alpinópolis está completamente fora do que é permitido, e se o município for sorteado na avaliação, que todo ano é feito por sorteio, o prefeito vai ter que se explicar. Esse é apenas um exemplo do que não fazer com o dinheiro do Fundeb”, pontua Ilona.


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TRANSPORTES DEVEM MELHORAR EM 2022

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Ministério da Infraestrutura espera que Porto de Santos se torne o maior do Hemisfério Sul com investimento privado.| Foto: Ricardo Botelho/Ministério da Infraestrutura

A necessária revolução no transporte brasileiro depende de duas condições: a remoção de restrições exageradas e desnecessárias a quem pretende prestar o serviço, e a modernização da infraestrutura física. De pouco adianta haver várias empresas interessadas em transportar pessoas e cargas, a preços competitivos em um ambiente de verdadeira concorrência, se portos, aeroportos e estradas permanecerem obsoletos; da mesma forma, terminais de última geração e rodovias em perfeito estado de conservação serão pouco aproveitados se uma regulamentação exagerada impedir a entrada de novos players e dificultar o trabalho de quem já atua no mercado. Felizmente, o governo federal vem atuando em ambas as frentes, e promete mais avanços em 2022.

Um caso emblemático é o da navegação de cabotagem, com transporte de carga por via marítima entre portos brasileiros. Em dezembro, o Congresso Nacional aprovou a “BR do Mar”, projeto apresentado pelo governo em 2020 e que facilita a operação de empresas no setor ao eliminar exigências de frota própria, permitindo às companhias afretar embarcações estrangeiras, o que aumentará a oferta e levará a uma potencial redução nos preços do frete marítimo. O governo tem grandes expectativas para a “BR do Mar”, prevendo uma elevação de quase 70% no total transportado – de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a 20 pés) de contêineres transportados por ano para 2 milhões de TEUs – ainda neste ano. Se tal demanda se concretizar, será preciso que os portos brasileiros estejam à altura do novo cenário.

Deixar que seja o setor privado a administrar a infraestrutura de transportes nada mais é que aplicar o princípio da subsidiariedade e reconhecer o papel da iniciativa privada como o verdadeiro motor do desenvolvimento nacional

Em 2021, o governo federal realizou o leilão de concessão de 13 terminais localizados em nove portos diferentes; apenas um não teve interessado. Os leilões levantaram R$ 813,7 milhões em outorgas e devem resultar em R$ 1,8 bilhão de investimentos e quase 27 mil empregos. Para 2022, o plano é realizar a concessão de portos inteiros, o que é inédito na história do país. Na sequência divulgada pelo Ministério da Infraestrutura, o primeiro porto a ser leiloado será o de Vitória (ES); depois virão São Sebastião (SP), Itajaí (SC) e Santos (SP). O porto catarinense é o segundo do país em movimentação de contêineres, e o de Santos já é o maior da América Latina; o ministro Tarcísio Gomes de Freitas promete transformá-lo “no maior porto do Hemisfério Sul. O porto que movimentava 130 milhões de toneladas vai movimentar 250 milhões”.

Além dos avanços no setor de navegação, o ano trará concessões importantíssimas no setor aéreo: a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou os estudos da sétima rodada de leilões de aeroportos, que agora depende do aval do Tribunal de Contas da União. Os 16 aeroportos incluídos correspondem, somados, a um quarto do total de embarques e desembarques realizados no país; as “joias da coroa” serão Congonhas, em São Paulo, e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro. E a manutenção do modelo de blocos garante que os futuros concessionários invistam também nos aeroportos menores que fazem parte do mesmo lote – quem levar Congonhas, por exemplo, fica obrigado a investir também nos aeroportos de Campo Grande (MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Parauapebas (PA) e Altamira (PA), impulsionando a aviação regional.


No setor rodoviário, o governo pretende leiloar um total de 13 mil quilômetros, com destaque para a BR-381, em Minas Gerais; trechos da BR-116 e da BR-040; e as rodovias do Anel de Integração do Paraná. Por fim, no transporte ferroviário, duas concessões devem ser renovadas e uma terceira será leiloada, somando 9,8 mil quilômetros – isso sem contar todos os projetos que estão sendo apresentados ao Ministério da Infraestrutura dentro do novo Marco Legal das Ferrovias.

O transporte é um dos setores em que a iniciativa privada já se mostrou mais capaz que o poder público. Algumas poucas concessões mal-sucedidas, como as de Viracopos e de um trecho da BR-040, que acabaram devolvidas, não anulam a regra geral, que pode ser comprovada em obras como o Terminal 3 de Guarulhos ou a liderança dos trechos concedidos em todos os rankings de qualidade de rodovias medidos pela Confederação Nacional dos Transportes. Deixar que seja o setor privado a administrar a infraestrutura de transportes nada mais é que aplicar o princípio da subsidiariedade e reconhecer o papel da iniciativa privada como o verdadeiro motor do desenvolvimento nacional.

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TRANSPORTE POR NAVEGAÇÃO MARÍTIMA É SANCIONADO

 

A volta da navegação de cabotagem

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Nova lei permitirá que empresas estrangeiras naveguem para transportar passageiros e carga no Brasil| Foto: janeb13/Pixabay

O presidente Jair Bolsonaro vai sancionar nesta segunda-feira (10) a BR do Mar. É a volta da navegação de cabotagem. Não sei se lembram – os mais velhos sim, os mais jovens devem ter estudado isso na escola, da era dos “ita”, que inclusive resultou numa música chamada “Peguei um ita no Norte”. As pessoas embarcavam em navios de passageiros, de cabotagem, de Manaus, ou de Belém, de Fortaleza, de Recife, para vir para o Sul, para o Rio de Janeiro, para Santos, para ir a São Paulo. E vice-versa. Porque as rodovias eram precárias, as ferrovias não alcançavam e a cabotagem era o grande meio de transporte no Brasil. E continua sendo um meio de transporte seguro, barato e de muita carga. Há aparelhamento dos portos e mais navios, inclusive com a possibilidade de contratar navios de bandeiras estrangeiras para operarem no mar territorial brasileiro. Essa BR do Mar facilita tudo isso. Vai ser sancionada hoje e em seguida vai para o Diário Oficial da União e estará em vigor.

Brasil com cadeira na ONU
É bom lembrar que o Brasil assumiu um assento no Conselho de Segurança da ONU, que tem grandes questões nesse momento. Ucrânia e Rússia, se haverá guerra ou não, invasão ou não. Cazaquistão também está com problemas. E o Brasil já está participando dessas importantes discussões.

Um chapéu de R$ 1,4 milhão
Falando ainda em assuntos externos, amanhã vai haver o leilão de um chapéu. O lance inicial é de 250 mil dólares – quer dizer 1,4 milhão de reais por esse chapéu. Que chapéu é esse? O chapéu que a senhora Melania Trump, quando primeira-dama dos Estados Unidos, usou durante o dia em que recepcionou o casal Macron [o presidente da França, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte] na Casa Branca. Incrível, né? E vocês podem achar: “puxa, mas que superficialidade”. Mas é que ela está pondo em leilão e vai aplicar tudo que for arrecado em obras sociais.

Secretária da Saúde quer responsabilizar senadores da CPI da Covid
A doutora Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, entrou no Supremo Tribunal Federal com uma ação subsidiária, queixa-crime por violação do sigilo funcional, com base nos artigos 325 e 147-B do Código Penal, pela divulgação de conversas telefônicas e por computador, que haviam sido objeto de quebra de sigilo, por parte da CPI da Covid, que se tornou guardiã desse sigilo. Mas, como isso passou para a imprensa, foi divulgado. Ela está nominando, nesta ação, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), como responsáveis por isso.

Tragédia em Minas
Temos a lamentar os acontecimentos causados pelo excesso de chuva no Lago de Furnas. Foram 10 mortos e 32 feridos. Sei que é tarde para falar isso. Já visitei geleiras de lancha, e a gente não se aproxima desses blocos, que podem cair, como ocorreu no cânion. Já vi cair muitos blocos de geleiras e ocorre exatamente isso: a água vai se infiltrando, forma uma fenda e o bloco não se equilibra sozinho e cai na água. É assim que acontece por milênios. E principalmente num lago que foi formado artificialmente – é uma água a mais se infiltrando. Enfim, é lamentável a perda de vidas. Que haja maior cuidado por parte das autoridades, pondo boias, marcando, impedindo a aproximação e fiscalizando a situação dessas rochas.

Também houve um problema na BR 040 provocado por um dique. A água vazou por cima da barragem de uma mineradora e foram desalojadas algumas famílias, mas felizmente não houve perda de vidas.


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ARTICULAÇÕES PARA ELEIÇÃO DE GOVERNADORES NOS ESTADOS

 

Palanques estaduais
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Para ser vice de Lula, Geraldo Alckmin abre caminho para que Márcio França (PSB) dispute o governo de São Paulo| Foto: Governo de SP/Divulgação

Nas costuras de alianças para a disputa presidencial de outubro, partidos e líderes políticos também já desenham as candidaturas aos governos estaduais. Além da construção de palanques para os nomes que pretendem disputar o Palácio do Planalto, ao escolher nomes para a disputa a governador, as siglas também trabalham na composição de chapas que fortaleçam as candidaturas para o Congresso Nacional.

Veja abaixo o mapeamento destes acordos pré-eleitorais nos dez estados mais populosos do país.

Chapa Lula-Alckmin pode fortalecer centro-esquerda em São Paulo 
Cotado para ser vice na chapa presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador Geraldo Alckmin negocia sua filiação com o PSB, o que pode abrir espaço para que a centro-esquerda viabilize um nome na disputa pelo governo de São Paulo. Caso opte pela composição com Lula, a tendência é de que o ex-governador Márcio França (PSB) seja o candidato ao Palácio Bandeirantes pelo grupo.

Contudo, a viabilidade da candidatura de França precisa ser acertada com o PT, que tem como pré-candidato o ex-prefeito Fernando Haddad. A retirada do nome do petista da corrida enfrenta resistências por parte do diretório petista de São Paulo, mas líderes do partido sinalizam que Lula pode interferir no caso para viabilizar sua chapa com Alckmin. Uma das possibilidades é que Haddad seja lançado para o Senado na composição.

França, no entanto, foi alvo de uma operação da Polícia Civil de São Paulo, na última quarta-feira (5), que apura o desvio de até R$ 500 milhões em recursos da área da saúde. O ex-governador negou irregularidades e disse que foi alvo de uma “ação política”. Mas, nos bastidores da política, comenta-se que o caso pode prejudicar as pretensões eleitorais de França. O PT, porém, não encerrou as negociações com o PSB e Lula inclusive se solidarizou com o ex-governador paulista.

Outra hipótese cogitada nos bastidores é que Alckmin possa desistir da aliança com Lula. E, nesse caso, poderia vir a filiar ao PSD, presidido pelo ex-ministro Gilberto Kassab, para concorrer ao governo do estado. O ex-tucano, entretanto, já admitiu a interlocutores que será uma eleição muito acirrada com o PSDB, que controla a máquina do estado – o que faz com que ele tenda atualmente a se aliar ao PT para ser vice de Lula. Reportagem da sexta-feira (7) do jornal O Globo inclusive informou que Alckmin avisou a interlocutores do PSD que descartou a possibilidade de se filiar ao partido para concorrer a governador.

Candidato à presidência pelo PSDB, o atual governador paulista, João Doria, pretende lançar o seu vice-governador, Rodrigo Garcia, para sua sucessão. Apesar de ainda patinar nas pesquisas eleitorais, integrantes do partido acreditam que Garcia irá se viabilizar a partir de abril, quando irá assumir o governo para que Doria construa sua candidatura ao Palácio do Planalto.

Filiado ao PL, o presidente Jair Bolsonaro também pretende garantir um palanque no estado com a candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, ao governo. A expectativa é de que Freitas também se filie ao PL e seja oficializado na disputa até abril. Na composição, o ex-ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) chegou a ser cotado para ficar com a candidatura ao Senado na chapa. Mas abriu mão para que o candidato a senador por São Paulo do grupo do presidente seja o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, filiado ao MDB. Mais recentemente, porém, a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) também passou a ser cotada para compor a chapa com Tarcísio na vaga de candidata ao Senado.

A disputa ao governo paulista também pode ter o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que deve se filiar ao PTB. A candidatura, no entanto, desagrada ao presidente Bolsonaro, pois a entrada do ex-ministro poderia dividir os votos com a Tarcísio Freitas.

Outro pré-candidato ao governo paulista é o deputado Vinicius Poit (Novo).

No Rio, entrada de Mourão pode inviabilizar reeleição de Claudio Castro 

Sem chances de estar na chapa de reeleição do presidente Bolsonaro em 2022, o vice-presidente general Hamilton Mourão (PRTB) articula para se lançar na disputa pelo governo do Rio de Janeiro. Mourão deve intensificar suas agendas no estado nos próximos meses, no intuito de costurar acordos com outros partidos de direita no estado. Além do governo, Mourão também estuda uma eventual candidatura ao Senado.

A entrada de Mourão, no entanto, conta com resistências por parte do atual governador, Claudio Castro (PL), que pretende disputar um novo mandato. Filiado ao mesmo partido de Bolsonaro, Castro já admitiu aos seus aliados que Mourão poderia atrair parte do eleitorado conservador. Por isso, pretende ter o aval do presidente para neutralizar a candidatura do vice-presidente no Rio.

Recentemente filiado ao PSB, o deputado Marcelo Freixo (ex-Psol) tenta uma composição com partidos de centro para viabilizar seu nome na corrida pelo Palácio Guanabara. Para isso, Freixo se aproximou do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Paes (PSD) e tem rodado o estado para buscar alianças com outros partidos. Publicamente, o prefeito carioca defende a candidatura do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Mas o advogado também pode se lançar ao Senado pelo partido em uma composição na chapa de Freixo.

O estado terá ainda a candidatura do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), no intuito de garantir palanque no estado para a candidatura presidencial de Ciro Gomes (PDT). Neves, no entanto, é próximo do ex-presidente Lula e já sinalizou que também poderá abrir espaço para dar palanque à candidatura do petista no Rio.


Na busca da reeleição, Zema quer alianças com outros partidos em Minas Gerais 
Depois de se eleger em 2018 em uma chapa pura, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), já articula para compor com outros partidos na busca da sua reeleição. Até o momento, Zema conta com acenos do União Brasil (partido que será formado pelo fusão dentre DEM e PSL), Podemos e PP. A composição, no entanto, vai depender das costuras presidenciais, já que o Podemos deve oficializar a pré-candidatura de Sergio Moro, enquanto o PP estará na coligação do presidente Bolsonaro.

Até o momento, o partido de Zema tem como pré-candidato à Presidência o empresário Felipe D’Avilla. Mesmo assim, o governador de Minas mantém proximidade com Bolsonaro e já recebeu Moro para conversas sobre uma eventual composição de palanque no estado.

Na oposição a Zema, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), tem rodado o estado como pré-candidato ao governo mineiro. Kalil vem sendo cortejado pelo ex-presidente Lula numa tentativa de composição que garanta palanque ao petista no estado.

Com a indicação do senador Antônio Anastasia (PSD) para o Tribunal de Contas da União (TCU), os petistas buscam agora encampar o nome do deputado Reginaldo Lopes como candidato ao Senado na coligação. A estratégia, no entanto, tem esbarrado nos planos do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na disputa presidencial.

Disputa presidencial pode dividir grupo de Ratinho Jr. no Paraná 
Candidato à reeleição em 2022, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), já recebeu sinalizações de que terá o apoio de legendas como PSC, Republicanos, PL, PPS, PV, PHS, Avante e Podemos. Esse grupo foi o mesmo que apoiou sua candidatura em 2018 e que se mantém na base do Executivo estadual até o momento. A ex-governadora Cida Borghetti, do PP e que concorreu contra Ratinho em 2018, também já sinalizou que irá apoiar a reeleição do governador.

Esses são partidos que fazem parte da base de apoio de Bolsonaro, além do Podemos (que vai lançar Moro à Presidência). Mas a expectativa é de que Ratinho Jr. opte pela neutralidade na disputa presidencial, principalmente se o PSD, seu partido, mantiver a candidatura de Rodrigo Pacheco ao Palácio do Planalto.

Apontado como principal adversário de Ratinho no estado, o ex-senador e ex-governador Roberto Requião ainda não definiu qual legenda irá abrigar sua candidatura ao Palácio Iguaçu no ano que vem. Requião deixou o MDB no começo de agosto, após perder as eleições para presidência do diretório estadual do partido. Integrantes do PT querem ter o ex-governador ao partido para as eleições; e alguns dizem que a filiação está praticamente acetada.

No Rio Grande do Sul, aliados se dividem em duas candidaturas de apoio a Bolsonaro 

Com filiação já encaminhada ao PL, o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, pretende disputar o governo do Rio Grande do Sul com apoio do presidente Jair Bolsonaro. A candidatura do ministro, no entanto, não será a única de apoio ao Palácio do Planalto no estado, já que o senador Luís Carlos Heinze (PP) também pretende concorrer.

“As candidaturas de Heinze e Lorenzoni serão dois bons palanques para Bolsonaro no Rio Grande do Sul”, afirma o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Derrotado nas prévias do PSDB para a Presidência da República, o atual governador gaúcho, Eduardo Leite, já disse que não irá concorrer à reeleição. O tucano se dedica agora à costura de uma aliança que possa atrair outras legendas em torno da candidatura de Ranolfo Vieira Júnior. Eleito vice-governador pelo PTB, Ranolfo migrou para o PSDB no ano passado, após sua antiga sigla se aproximar do presidente Jair Bolsonaro.

Na esquerda, o PT lançou a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto, mas pode abrir mão da candidatura, caso a composição com o PSB seja concretizada na chapa presidencial. Nesse caso, o partido de Lula apoiaria o Beto Albuquerque ao governo.

Em Santa Catarina, diversos nomes buscam o apoio de Bolsonaro 
Articulador da filiação do presidente Bolsonaro ao PL, o senador Jorginho Mello almeja disputar o governo de Santa Catarina em uma aliança que pode contar com o empresário Luciano Hang como candidato ao Senado.

Do outro lado da disputa, o governador Carlos Moisés, que rompeu com bolsonaristas e deixou o PSL, tenta retomar a relação com Bolsonaro acenando com um palanque com ampla aliança partidária.

Já o PSL, que está em processo de fusão com o DEM, cogita lançar ao governo o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, que também busca manter boa relação com Bolsonaro.

No mesmo campo, o PP, que nacionalmente irá compor coligação com Bolsonaro, tem como pré-candidato o senador Esperidião Amin. Outro nome ligado ao Palácio do Planalto que pretende entrar na disputa é o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que já sinalizou ao seu partido que não vai apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco no estado.

ACM Neto tenta acabar com hegemonia do PT na Bahia 
Depois de trabalhar pela fusão do DEM com o PSL para criação do União Brasil, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto buscar agora usar a estrutura do novo partido para tentar acabar com a hegemonia de 16 anos dos governos do PT na Bahia. No lançamento da sua pré-candidatura ao governo do estado, ele divulgou um vídeo evocando um jingle clássico da campanha de seu avô, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães, ao governo da Bahia, em 1990. A música “ACM, meu amor” foi composta pelo baiano Vevé Calazans em conjunto com Gerônimo.

O ex-prefeito de Salvador vai enfrentar o senador Jacques Wagner (PT), sucessor do atual governador Rui Costa, na disputa de outubro. Existe ainda a possibilidade do ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos) entrar na eleição para garantir palanque ao presidente Bolsonaro no estado, tido como prioridade pelo Palácio do Planalto no Nordeste.

Composição do PSB com o PT passa por aliança pelo governo de Pernambuco 
Enquanto negocia a composição com o PT na chapa nacional, o PSB pretende garantir o apoio dos petistas na disputa pelo governo de Pernambuco, principal reduto eleitoral do partido. Com a saída de Paulo Câmara, que pretende concorrer ao Senado em 2022, o partido ainda não definiu quem será o candidato ao governo estadual. Até o momento, o ex-prefeito do Recife Geraldo Júlio é apontado como candidato natural à sucessão de Paulo Câmara pelo PSB.

Enquanto isso, o PT tem colocado a deputada Marília Arraes para rodar o estado como pré-candidata. A petista ficou em segundo lugar na disputa pela prefeitura do Recife em 2018, em uma eleição marcada por diversas trocas de ataques com o próprio PSB, que saiu vitorioso com a candidatura de João Campos. Mesmo assim, o ex-presidente Lula já acenou para uma recomposição e pode indicar Marília como vice na chapa estadual.

No campo da direita, o ministro do Turismo, Gilson Machado, colocou seu nome à disposição do presidente Jair Bolsonaro para disputar o governo no estado. Machado, no entanto, pode se lançar na corrida pelo Senado e abrir espaço para que a deputada estadual Clárissa Tércio (PSC) seja a candidata de Bolsonaro ao governo de Pernambuco.

Já o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, pretende concorrer ao governo pelo União Brasil em uma composição com o PSDB. A expectativa de Coelho é atrair a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, para o cargo de vice na sua chapa.

Reduto de Ciro Gomes, Ceará pode ter aliança do PDT com o PT 
Atualmente governado pelo PT, o Ceará é o principal reduto eleitoral do pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes. O atual governador cearense, Camilo Santana, conta com o apoio do clã Gomes no estado, mas não poderá se candidatar em 2022, pois já foi reeleito.

Mesmo assim, petistas e pedetistas admitem que, no estado, não haverá entrave para que os dois partidos caminhem juntos na eleição de 2022. Camilo Santana pretende ser candidato ao Senado, enquanto o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Claudio (PDT) é cotado para disputar o Palácio da Abolição.

Na oposição, o deputado Capitão Wagner (Pros) pretende disputar o governo com apoio do presidente Bolsonaro. Com a fusão entre DEM e PSL, aliados de Wagner acreditam que ele poderá mudar de legenda para ter mais estrutura de campanha.

No Pará, Helder Barbalho quer a reeleição e vai dar palanque a Lula
O governador Helder Barbalho (MDB) é apontado por integrantes emedebistas como candidato “natural” à reeleição ao governo do Pará em 2022. A expectativa é de que o emedebista apoie o ex-presidente Lula no estado mesmo com a tentativa de o MDB viabilizar a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) ao Palácio do Planalto.

No PSDB, o ex-senador Flexa Ribeiro vem sendo apontado como possível nome ao Executivo local pelo partido na região. Na estratégia, o ex-governador Simão Jatene seria o candidato ao Senado. A dupla lidera a oposição contra Barbalho no governo paraense.


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