sábado, 8 de janeiro de 2022

VARIANTE ÔMICRO É MENOS PERIGOSA QUE O Sars-CoV-2

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Nova cepa do coronavírus, a ômicron pode acelerar imunização da população mundial.| Foto: Diego Azubel/EFE

O Brasil registrou, na quinta-feira, a primeira morte de uma pessoa infectada com a variante ômicron do coronavírus. Um homem de 68 anos, com comorbidades, doença pulmonar crônica e hipertensão arterial, e que havia tomado três doses da vacina, faleceu no município de Aparecida de Goiânia (GO). Enquanto isso, o Brasil vê o número de novos casos de Covid-19 dar um salto e retornar a patamares de meses atrás, embora também haja motivos para esperar que os piores dias da pandemia no Brasil não se repitam.

Há três razões principais para a explosão no número de novos casos de Covid registrados diariamente: graças a um apagão de dados do sistema de saúde, há casos antigos que só agora estão entrando nas estatísticas. Mas também há a combinação entre as aglomerações das festas de fim de ano e a circulação da variante ômicron, comprovadamente mais contagiosa que as anteriores. Nos últimos dias, o Brasil voltou a superar a marca de 30 mil novos casos diários de Covid, o que não ocorria desde agosto do ano passado.

O fato de a ômicron estar se mostrando menos perigosa que outras variantes do Sars-CoV-2 não significa que a sociedade possa baixar a guarda completamente

Mas, se os números de novos casos dispararam, o mesmo não pode ser dito de outros indicadores ainda mais importantes para se avaliar a gravidade da pandemia, como o número de mortes e os índices de ocupação de leitos hospitalares. A média móvel de óbitos permanece constante, e, se várias cidades estão com postos de saúde e unidades de pronto-atendimento lotados com pacientes apresentando sintomas de Covid-19, o mesmo não está ocorrendo nos hospitais e UTIs. Em Curitiba, por exemplo, a secretária de Saúde, Márcia Huçulak, em entrevista à RPCTV, afirmou que, apesar de a cidade estar vivendo um “tsunami de Covid”, as autoridades sanitárias não têm registrado aumento nem de casos graves, nem de mortes – o que repete uma tendência que a Organização Mundial de Saúde vê globalmente: segundo a OMS, na semana de 27 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022 o número de casos subiu 70%, mas o de falecimentos regrediu 10%.

A explicação é dupla. Em primeiro lugar, há o avanço da vacinação, que em vários países já atingiu patamares acima de 70% da população adulta. Se por um lado é verdade que a vacina não tem impedido as pessoas de contrair e transmitir a Covid, por outro sabe-se que ela é capaz de impedir o agravamento da doença na grande maioria dos casos, motivo pelo qual os números de mortes e ocupação de leitos hospitalares já vinham caindo antes do surgimento da ômicron. A isso soma-se a forte suspeita de que a nova variante, mesmo sendo mais contagiosa, não é tão agressiva quanto as anteriores. Se essa característica se confirmar, e se a ômicron se tornar a forma dominante do vírus nas próximas semanas ou meses, passa a ser possível até mesmo que a ômicron acelere o fim da pandemia, assim como ocorrera com a gripe espanhola, que deixou de ser um flagelo mundial quando o vírus sofreu mutações que o deixaram bem menos letal.


De qualquer maneira, o fato de a ômicron estar se mostrando menos perigosa que outras variantes do Sars-CoV-2 não significa que a sociedade possa baixar a guarda completamente. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, lembrou que não se pode classificar a ômicron como “leve”; além disso, a velocidade de contágio já está novamente forçando o sistema de saúde mesmo sem aumento em hospitalizações e mortes, pois a lotação mudou para as estruturas de pronto-atendimento, e profissionais contaminados continuam tendo de sair da linha de frente do combate à doença. Os cuidados básicos seguem necessários e a decisão de cancelar carnavais de rua em várias capitais brasileiras é demonstração de prudência.

O surgimento da ômicron foi motivo de preocupação em todo o mundo, uma reação justificável em um primeiro momento, depois de quase dois anos de pesadelo. Mas, se as observações iniciais sobre a menor agressividade do vírus se confirmarem; se a tendência de queda nos indicadores como óbitos e ocupação de leitos hospitalares se confirmar; e se a cobertura vacinal seguir crescendo, especialmente nos países onde ela ainda é baixa, o susto poderá ser substituído pela esperança de que a pandemia finalmente recue. Ainda é cedo para saber se o mundo conseguirá se livrar totalmente do coronavírus ou se terá de conviver com ele em uma forma mais leve, que seguirá circulando de forma endêmica, com surtos ocasionais e localizados, e trazendo riscos maiores apenas às pessoas de saúde mais frágil. Neste segundo cenário, a Covid-19 se tornaria algo semelhante à gripe comum, exigindo cuidados, campanhas de vacinação periódica, mas sem justificar medidas drásticas como lockdowns e interrupções de atividades. Será possível, enfim, retornar ao cotidiano perdido no início de 2020, já que o dito “novo normal” de normal não tem nada.


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PT NO SEU RETROCESSO PRETENDE DESFAZER TUDO O QUE O BOLSONARO FEZ

 

Presidenciável
Por
Wesley Oliveira
Brasília

Agenda econômica do ex-presidente Lula começa a ficar mais clara a nove meses das eleições.| Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE

Com a proximidade das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa a dar as primeiras pistas de sua agenda econômica caso vença a disputa presidencial. Nesta semana, o líder petista defendeu, por exemplo, a revogação da reforma trabalhista. Também já falou publicamente que irá rever o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.

A opinião de Lula é chancelada por outros próceres do PT, como a presidente do partido Gleisi Hoffmann e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. “Está na hora de revogar o que deu errado: Lei do Teto, a reforma que não gerou empregos, política de preços dos combustíveis. Deter a privatização selvagem e rever os contratos lesivos ao país”, escreveu Gleisi, no Twitter, nesta sexta-feira (7).

Proposta pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e em vigor no Brasil desde 2017, a reforma trabalhista promoveu um conjunto de alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para os defensores, a proposta deu mais segurança jurídica para empregadores e trabalhadores, além de regulamentar novas formas de trabalho e estimular a formalização dos informais.

Para Lula e outras lideranças do PT, no entanto, a reforma provocou uma precarização do trabalho no Brasil e não gerou novos empregos. Pelas redes sociais, o líder petista defendeu que os brasileiros “acompanhem de perto” o que está acontecendo com a reforma trabalhista na Espanha. No país europeu, governo, sindicatos de trabalhadores e empresários fizeram um acordo para revisar alterações nos direitos dos trabalhadores feitas em 2012. Agora, haverá regras mais rígidas para as terceirizações, por exemplo.

“A reforma espanhola serviu de modelo para a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho”, concordou a deputada Gleisi Hoffmann (PR), em outro post recente no Twitter.


As críticas ao teto de gastos
Além da reforma trabalhista, Lula já afirmou que pretende revogar a emenda constitucional que criou o teto de gastos. Também aprovado pelo Congresso durante o governo de Michel Temer, a ideia era que a restrição de despesas à inflação levaria a um reequilíbrio das contas públicas, impediria o crescimento exagerado da dívida pública, diminuiria o risco de investir no país e levaria a uma queda dos juros brasileiros.

“Quando você dá R$ 1 bilhão para rico é investimento e quando dá R$ 300 para o pobre é gasto? Nós vamos revogar esse teto de gastos”, prometeu Lula.

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo nesta semana, Guido Mantega afirmou que o teto de gastos provocou “diversas distorções” na gestão orçamentária. “As gestões fiscais dos governos Temer e Bolsonaro foram um desastre que, desde 2016, só acumulou déficits primários”, argumentou o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff.

No Twitter, Gleisi disse que “manter o teto de gastos” na atual situação econômica do país é uma atitude “suicida”. Para ela, o teto “só funcionou para cortar investimento em obras, saúde e educação, enquanto dívida, juros e inflação crescem no país em recessão”

Reforma tributária para taxar os mais ricos

Lula também sinaliza para uma reforma tributária que reduza a taxação dos mais pobres e aumente os tributos sobre a renda e patrimônio da parcela da população que corresponde ao 1% mais rico do país. Outro ponto defendido é a redução da carga tributária sobre o consumo – através de impostos indiretos, como ICMS e IPI.

“Do jeito que está, quem ganha R$ 7  mil por mês paga mais imposto proporcionalmente do que quem ganha R$ 70 mil. Que as pessoas paguem imposto sobre dividendos, sobre lucros, sobre herança. Precisamos de uma reforma tributária progressiva”, defendeu Lula recentemente.

As mudanças nas regras tributárias envolvendo a taxação dos mais ricos também foi citada por Mantega no artigo à Folha de S. Paulo. “É imprescindível realizar uma reforma tributária, que simplifique os impostos federais, estaduais e municipais. É importante também diminuir a taxação dos mais pobres, aumentando os tributos sobre a renda e patrimônio dos 1% mais ricos, de modo a reverter a regressividade da estrutura tributária brasileira”, escreveu o ex-ministro.

Interferência na política de preços da Petrobras e fim das privatizações 
Crítico da política de preços da Petrobras para os combustíveis, o ex-presidente Lula defende que a estatal altere o modelo de paridade que equipara o preço interno com a cotação internacional do petróleo. “Digo em alto e bom som: nós não vamos manter essa política de preços de aumento do gás e da gasolina que a Petrobras adotou por ter nivelado os preços pelo mercado internacional. Quem tem que lucrar com a Petrobras é o povo brasileiro”, disse Lula em entrevista à Rádio Gaúcha.

No Congresso, o PT apresentou um projeto de lei para acabar com a paridade e criar alternativas para custear a queda do preço, como um imposto sobre exportação do petróleo. De acordo com Lula, metade da inflação hoje está subordinada aos preços controlados pelo governo. “Portanto, o governo tem muita responsabilidade pela inflação. Pelo preço da energia, do gás, da gasolina, do diesel”, disse.

Além disso, o ex-presidente já sinalizou que não pretender dar andamento às privatizações de estatais federais. “O Estado fraco não serve para nada. É preciso ter um Estado que não só tenha capacidade de investimento, como tenha empresas públicas capazes de fazer investimento, que é o caso da Petrobras, dos Correios, da Eletrobras, da Caixa, do Banco do Brasil e do BNDES”, disse o petista em entrevista à Rádio 97 FM do Rio Grande do Norte.

Recentemente, Gleisi Hoffmann postou texto nas redes sociais em que defendia como “notícias alvissareiras” a revogação da privatização de empresas de energia na Argentina. Líderes do PT são contrários, por exemplo, à privatização da Eletrobras, cuja a conclusão está prevista ainda para este ano, e a venda dos Correios, em discussão pelo Congresso.

Plano econômico de Lula é mantido sob reserva pelo PT
Faltando cerca de nove meses para as eleições, Lula e integrantes do PT pretendem fazer declarações controladas sobre o plano econômico do partido. De acordo com líderes petistas, a medida é uma forma de evitar “ruídos e visões distorcidas” dos adversários políticos e do mercado financeiro.

Apesar das manifestações de Mantega, o PT descarta que o ex-ministro irá assumir o comando da agenda econômica, que inicialmente será conduzida pelo próprio ex-presidente. Até o início da campanha, Lula deve manter o discurso voltado para o eleitor de baixa renda, defendendo a ampliação do investimento público e de gastos sociais, com o equilíbrio fiscal em segundo plano.

“Eu quero um Estado com força para que ele seja o indutor do desenvolvimento. Um Estado que não tenha preocupação de fazer dívida para investir num ativo produtivo para este país”, disse durante coletiva de imprensa recente.

Ao ser questionado sobre os planos, Lula tem afirmado que tem um “legado para comprovar a responsabilidade econômica que teve durante os anos de 2003 e 2010”. Na sua última passagem por Brasília, o petista descartou uma nova carta ao povo brasileiro, documento endereçado aos empresários e à elite econômica durante a campanha de 2002, quando foi eleito pela primeira vez.

“Acho que pessoas de boa fé e as pessoas minimamente inteligentes desse país sabem que a melhor carta que eu posso assinar ao povo brasileiro é eles lerem o que aconteceu na economia brasileira quando eu fui presidente da República”, afirmou.


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TSE COMPRA MUITO ARMAMENTO PARA USO NAS ELEIÇÕES 2022

 


Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estávamos embalados nas mensagens da semana de Natal, quando surgiram informações bélicas em dois ou três sites de notícias que atingiram a paz tão augurada: o Tribunal Superior Eleitoral, que tem por tarefa preparar eleições, parecia estar se preparando para guerra. Havia comprado armas e munições. No princípio, só me havia chamado a atenção um erro de todos os que escreveram a notícia: que o TSE havia comprado 39 mil projéteis. Fiz ironia, no meu canal do Youtube : ora, se só tivesse comprado os projéteis, como iria arremessá-los? Com atiradeiras, estilingues, bodoques, fundas de Davi? Ou, se fossem grandes, por catapultas? Certamente – corrigi – eles não sabem o que são projéteis e com certeza o tribunal comprou cartuchos.

Fui procurar no site do TSE. As compras já eram anteriores ao Natal. Com a cautela de pouco a pouco por mês. Em agosto, o TSE comprou 30 pistolas calibre 9mm por R$66.707,86. Em setembro, 10 armas de “incapacitação neuromuscular” com seis cartuchos cada, por R$58.887,70. Em outubro, depois de comprar 25 “bastões antitumulto”, por R$1.850,00, fez o pregão de 36 mil cartuchos calibre 9mm Luger”, com pólvora química sem fumaça, por R$174.960,00 e, no mesmo dia, 3 mil cartuchos do mesmo calibre, tipo “+P+ expo 115 gr”, isto é, segundo o fabricante, uma munição cujos projéteis “possuem geometria especial: ponta oca e configuração hexagonal em seu interior, o que garante alto desempenho e a perfeita equação entre a expansão e penetração ideal, sem transfixação do alvo”.

Todos já ouvimos falar dos projéteis de ponta oca, conhecidos também como os mortíferos hollow point, que se abrem para causar maior impacto e maior estrago, maior dano colateral no corpo do alvo. Também já ouvimos falar em Luger, de triste memória na II Guerra, nas execuções sumárias de reféns italianos ou judeus em campos de concentração. Sem dúvida que a Justiça Eleitoral tem direito à proteção, mas para isso há a Polícia Militar. Além de o Judiciário não ser um “poder desarmado”. A Constituição prevê, no art. 142, que qualquer dos três poderes tem a iniciativa de convocar as forças armadas para garantia da lei e da ordem. Além disso, o art. 144 da Constituição estabelece que a segurança pública é exercida pela polícia federal, as polícias rodoviária e ferroviária federais, as polícias civis, as polícias militares e os corpos de bombeiros militares e as guardas municipais. Não há menção de outra força policial ao abrigo da Constituição.

Imagino que o TSE esteja vendo inimigos muito além dos hackers. Porque para esses invasores de muralhas digitais, as armas de defesa são digitais, isto é, ser mais inteligentes que esses invasores, para proteger o bem mais precioso, de que a Justiça Eleitoral é guardiã por obrigação: o voto de cada um. E contra hackers, não fazem efeito algumas armas convencionais, como cassetetes, armas de incapacitação, pistolas 9mm, munição sem fumaça ou ogivas que se abrem para destruir corpos não digitais, de carne e osso, de eleitores e contribuintes que ajudaram, com seus impostos, a comprar o intimidador armamento.


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PRESIDENTE DIZ QUE A PETROBRAS NÃO PODE FAZER POLÍTICA PÚBLICA

 

  1. Economia 

A contribuição da empresa é ser saudável e gerar dividendos e tributos, diz presidente da estatal; general da reserva afirma ainda que quem regula os preços dos combustíveis é o mercado

Entrevista com

Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras

Irany Tereza, O Estado de S.Paulo

Na presidência da Petrobras há nove meses, o general Joaquim Silva e Luna chegou ao posto por indicação do presidente Jair Bolsonaro, incomodado com os reajustes de combustíveis na gestão anterior. O desconforto presidencial com os aumentos, porém, ainda gera ruídos. Para Silva e Luna, o problema é a tese de que os preços dos combustíveis possam ser administrados pelo governo. “O que regula o preço é o mercado”, afirmou. “Ainda há pessoas que consideram, por desinformação ou outro motivo, que a Petrobras deva ser responsável pela redução de preço. Ela não tem condições de fazer isso.”

Nesta entrevista ao Estadão/Broadcast, ele aponta um desconhecimento geral em relação à Petrobras, que, frisou, “não pode fazer política pública”. A seguir, os principais trechos:

Joaquim Silva e Luna
‘Em tributos, pagamos R$ 220 bilhões para União, Estados e municípios’, diz Joaquim Silva e Luna. Foto: Alaor Filho/Agência Petrobras – 19/4/2021

O sr. já falou sobre o desconhecimento sobre a Petrobras como empresa de economia mista (estatal e de capital aberto). Mudou?

Mudou, mas ainda há muito desconhecimento. Ainda há pessoas que pensam que taxar o preço dos combustíveis resolve. A gente viu no que deu a experiência de países do nosso entorno que fizeram isso. O que regula o preço é o mercado, particularmente quando se trata de commodities. Essa percepção, nos níveis de decisão, acho que está consolidada. No nível de governo, dos três Poderes, isso já está bem consolidado. Pode ser que a sociedade ainda não tenha compreendido. Temos feito alguns vídeos no sentido de informar, mostrar que não é só a Petrobras, tem outros elementos que entram na composição do preço do combustível, os tributos federais e estaduais, os preços de revenda e distribuição, para que tenham uma compreensão maior. A contribuição da Petrobras é quando se torna uma empresa saudável e gera recursos, que repassa para a União na forma de tributos, permitindo uma maior quantidade de dividendos pagos para a União. A Petrobras tem responsabilidade social e procura cumpri-la. Mas ela não pode fazer política pública. Ela coloca recursos nas mãos de quem pode fazer. 

Como sociedade de economia mista, a prioridade hoje é mais estatal ou como companhia aberta?

Ela tem de equilibrar em cima da norma, da lei. Tivemos a quebra do monopólio do petróleo, a Lei das Estatais e a Lei das Sociedades Anônimas, que diz que a Petrobras tem de se comportar como empresa de mercado, privada. Até há uma saída: se o acionista controlador quiser fazer alguma ação, como aconteceu em 2018, no final do governo Temer, tem de indenizar a empresa. Ainda há pessoas que consideram, por desinformação ou outro motivo, que a Petrobras deva ser responsável pela redução de preço. Ela não tem condições de fazer isso. Em 2020, quando o (petróleoBrent esteve bastante baixo, chegou a US$ 13 (o barril), a Petrobras teve prejuízo por três trimestres seguidos, mas teve de seguir o preço de mercado.

O sr. se surpreendeu no dilema de uma empresa que tem obrigações de mercado e, ao mesmo tempo, prestar contas ao governo?

O que surpreendeu foi perceber que a sociedade, até no nível governamental, dos Poderes, não entendia que a Petrobras não poderia fazer políticas públicas. Recebi perguntas de jornalistas se eu não tinha pena de aumentar o preço do gás quando sabia que o pobre estava queimando madeira. Respondi: “Claro que sim, aquilo que afeta a sociedade afeta a todos nós. Só que esse dinheiro é público, a empresa tem de prestar contas ao investidor”. Estamos fazendo um esforço grande para não repassar a volatilidade que se dá conjunturalmente. Quando se estrutura um novo valor, aí é que a Petrobras faz a sua mudança. A partir de agosto/setembro, chegamos a ficar 95 dias sem aumentar o preço do GNL; 85 sem aumentar preço do diesel, 54 sem aumentar preço de gasolina. Embora no período tivesse aumento quase semanal nas bombas. Fizemos um levantamento de 11 aumentos de gasolina ao longo do ano. Na bomba, foram 34! Mudanças de preço que, embora parecessem da Petrobras, nada tinham a ver com a empresa.

No ano passado, o presidente Bolsonaro chegou a dizer que haveria redução nos preços. Isso é complicado para a empresa, não?

O complicado é que, se no período tiver de haver uma mudança de preço, a gente fica passando a impressão de que houve uma informação privilegiada. Há uma série de instrumentos que permitem fazer o acompanhamento da oscilação dos preços e supor que em tal período a Petrobras possa fazer um ajuste de preços. Mas não sai da empresa nenhum tipo de informação.

A Petrobras recebeu críticas do próprio governo por dar um lucro tão alto. Como é receber essa crítica?

A Petrobras tem de ter o seu melhor desempenho. Acredito que ninguém vá querer entregar uma empresa para ser conduzida por uma equipe que não dê o melhor resultado possível. E o que a Petrobras fez foi isso. Primeiro, focou bastante no seu ativo principal, na área de exploração, produção e de refino, colocando suas refinarias no fator de utilização mais alto possível. Conseguimos ter uma produtividade alta e, por consequência, um resultado elevado. Desinvestimos alguma coisa, mas não foi grande, da ordem de R$ 6 bilhões. Logicamente, o preço do combustível tem interferência nisso. Mas é importante dizer que nada do lucro fica no cofre da Petrobras. Tem três destinos: ou novos investimentos, ou pagamento de dívida, ou pagamento de dividendos. Somente para a União pagamos dividendos de R$ 27 bilhões e, em tributos, R$ 220 bilhões, para União, Estados e municípios. Assim devolvemos o lucro à sociedade.

A Petrobras mudou sua política de remuneração. A expectativa é distribuir dividendos maiores este ano?

Essa é a nossa expectativa. E fizemos questão de deixar claro esse compromisso. Primeiro para deixar claro ao nosso acionista, ao nosso investidor, que dividendo não é um resto de caixa, não é o que sobrou. É uma responsabilidade da empresa. Ela tem responsabilidade com o investidor. E, se não estava pagando antes no valor que deveria ser pago, era porque não tinha, porque estava pagando dívida. Agora que essa dívida está num patamar saudável, o acionista pode considerar que, tendo caixa disponível depois de feito o investimento, o outro destino do recurso é pagar dividendos. Imaginamos a cada trimestre estar pagando dividendos, sim.

A produção no pré-sal será antecipada por conta da transição energética?

É isso mesmo: pode ser dita a palavra antecipar. Porque o investimento nessa área a gente sabe que leva 20, 30 anos. Não estamos começando as 15 plataformas (anunciadas para o pré-sal) agora. Oito ou nove já estão em fase de contratação para um retorno mais imediato. O grande esforço nosso é que seja uma produção com o menor custo possível, para que, mesmo que haja uma redução na valorização do petróleo, a gente possa ficar na faixa esquerda do preço.

VETO AO REFIS DO SIMPLES PODE PREJUDICAR AS EMPRESAS

 

  1. Economia 

Deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) disse que não houve compromisso com as micro e pequenas empresas, que são ‘as grandes geradoras de emprego nesse País’

Entrevista com

Marco Bertaiolli, presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo

Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), disse que o veto do presidente Jair Bolsonaro do Refis (parcelamento de débitos tributários) para os Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas  foi  uma “ducha gelada” para os empresários que mais empregam no País . 

Para ele, houve barbeiragem jurídica do governo, que terá que ser consertada em várias frentes, inclusive com a prorrogação do prazo de adesão ao Simples Nacional para que as empresas com débitos não sejam excluídas do programa de simplificação tributária. Segundo ele, a verdadeira razão do veto foi a lei eleitoral, que impede a concessão de benefícios em ano de eleições.

“Se sou o Bolsonaro, eu mando meia dúzia embora porque é muita uma falta de compromisso dos responsáveis por essa análise. Não houve compromisso com as micro e pequenas empresas, que são as grandes geradoras de emprego nesse País”, disse Bertaiolli ao Estadão. O deputado foi relator do Refis na Câmara, na última etapa de votação do projeto que saiu do Senado.

Marco Bertaiolli
Marco Bertaiolli, presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo; deputado criticou o veto ao Refis Foto: Gabriela Biló/ Estadão

Veja os principais trechos da entrevista: 

Como os empresários dos pequenos negócios viram o veto do Refis depois dos sinais do Palácio do Planalto de que o programa poderia ser sancionado?

Foi uma ducha de água gelada na cabeça de todas as micro e pequenas empresas neste início do ano. O governo agora terá que ter uma saída para isso porque dia 31 de janeiro é o último dia para adesão ao Simples de 2022. Começamos o ano com insegurança jurídica. Um equívoco leva ao outro.

O que de fato aconteceu para o veto do presidente?

Se o governo tivesse sancionado até 31 de dezembro, como deveria ter feito, nada disso teria acontecido. Perderam o prazo e deixaram para sancionar agora e ficaram com medo da legislação eleitoral e usaram o artifício da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para vetar.

A justificativa do veto foi de que o Refis é uma renúncia e precisa ser compensada com medidas de alta de tributos. O sr. não vê assim?

Não é renúncia. O governo usou esse artifício para vetar e não escancarar que está vetando por uma questão da legislação eleitoral. Foi barbeiragem jurídica. Tinha que ter sido sancionado. Se eu sou o Bolsonaro, eu mando meia dúzia embora porque é muita uma falta de compromisso dos responsáveis por essa análise. Não houve compromisso com as micro e pequenas empresas, que são as grandes geradoras de emprego neste País.

O problema da lei eleitoral só apareceu no último momento antes do prazo final de sanção?

Sim, isso pode acontecer numa prefeitura do interior que não tem corpo jurídico, advogados e corpo técnico. Agora, no governo federal, não pode acontecer.

O que será feito agora? 

O primeiro caminho é o governo postergar o prazo do dia 31 de janeiro porque senão milhares e milhares de pequenas empresas serão excluídas do Simples. Excluir uma empresa do Simples é sinônimo de fechamento. O governo não recebe o que ficou para trás, causa desemprego e não recebe o imposto presente. É uma tragédia. Vamos trabalhar para derrubar esse veto o mais rápido possível em fevereiro. Agora vai ter que mexer no prazo de adesão, o Congresso vai ter que derrubar o veto e teremos que estudar se vai demandar uma análise do STF e do TSE da lei eleitoral. Tudo isso em decorrência de o governo não ter sancionado antes do dia 31 dezembro do ano passado.

TECNOLOGIAS PARA 2022

 

Lá vamos nós outra vez: a realidade virtual, agora apelidada de “metaverso”, ganhará destaque. O mesmo acontecerá com a casa inteligente.

 Por Brian X. Chen – The New York Times

Metaverso foi uma das tendências de 2022 presentes na Consumer Eletronics Show (CES) 2022, em Las Vegas, EUA

Metaverso foi uma das tendências de 2022 presentes na Consumer Eletronics Show (CES) 2022, em Las Vegas, EUA

Todo ano dou uma olhada nas novidades para o consumidor de tecnologia a fim de guiá-lo em meio ao que você talvez espere comprar – e o que provavelmente será uma moda passageira.

Muitas das mesmas “tendências” aparecem repetidamente porque, em poucas palavras, a tecnologia leva um bom tempo para amadurecer antes de a maioria de nós realmente querer comprá-la. Isso também se aplica a este ano. Algumas tendências de 2022, que as empresas de tecnologia estão lançando, são coisas das quais você já deve ter ouvido falar.

Um dos principais exemplos é a realidade virtual, a tecnologia que envolve usar um par de óculos nada discretos e controles para jogar videogames em 3D.

Isso é o que se espera ser o foco das atenções novamente este ano, a ideia vendida pelo fundador do FacebookMark Zuckerberg, e por outros fãs da tecnologia como “o metaverso”.

Outra categoria que promete gerar grande interesse será a chamada casa inteligente, a tecnologia para controlar eletrodomésticos com comandos de voz por meio de alto-falantes ou selecionando um botão em um smartphone. A verdade é que o setor tem tentado levar esse tipo de tecnologia para dentro de nossas casas há mais de uma década. Em 2022, esses produtos talvez comecem finalmente a parecerem práticos o suficiente para serem adquiridos.

Outra tecnologia que surge mais uma vez nesta lista é a de equipamentos digitais para monitorar nosso condicionamento físico e nos ajudar a diagnosticar possíveis doenças. E as montadoras, que há muito falam a respeito de carros elétricos, estão começando a acelerar seus planos para cumprir a meta americana de acabar gradualmente com a produção de carros movidos a gasolina até 2030.

Aqui estão quatro tendências tecnológicas que invadirão nossas vidas em 2022.

1. Bem-vindos ao metaverso

Há mais de uma década, os especialistas em tecnologia vêm sonhando com uma era em que nossas vidas virtuais tenham um papel tão importante quanto nossas realidades físicas. Em teoria, passaríamos muito tempo interagindo com nossos amigos e colegas no espaço virtual e, como consequência disso, gastaríamos dinheiro por lá também, com roupas e objetos para nossos avatares digitais.

“Estamos em um mundo onde as pessoas, várias vezes por dia, produzem uma imagem refletindo a si mesmas”, disse Matthew Ball, capitalista de risco que já escreveu bastante sobre o metaverso. “A próxima fase pega essa representação visual e a dimensiona. Então você entra em um ambiente e se expressa por meio de um avatar.”

Parece coisa de filme de ficção científica. Mas durante o segundo ano da pandemia, um número considerável de fatores surgiu ao mesmo tempo para tornar o metaverso mais realista, disse Ball.

Por um lado, a tecnologia ficou melhor. No ano passado, o Facebook anunciou que passaria a se chamar Meta, depois de vender 10 milhões de seus fones de ouvido para realidade virtual, o Quest 2, o que foi considerado um marco.

Por outro, muitos de nós estavam dispostos a ostentar com nossos “eus digitais”. Diversos investidores compraram tokens não fungíveis (NFTs), que são objetos digitais únicos adquiridos com criptomoedas. O rapper Eminem e outros investidores desembolsaram centenas de milhares de dólares para fazer parte de uma espécie de iate clube virtual.

E mais ainda está por vir neste ano. A Apple planeja lançar seu fone para realidade virtual, que parecerá um par de óculos de esqui e, para conquistar poder computacional, contará com um dispositivo de computação separado que será usado em outras partes do corpo. A Apple não quis se pronunciar sobre o lançamento.

Google também desenvolve produtos de realidade virtual há anos. E a Microsoft oferece um dispositivo de realidade virtual para empresas e agências governamentais.

Entretanto, o metaverso poderia se revelar uma moda passageira, dependendo dos produtos lançados e de quem os compra. Carolina Milanesi, analista de tecnologia de consumo da empresa de consultoria Creative Strategies, disse temer que a tecnologia possa se tornar um reflexo dos poucos privilegiados capazes de bancar mimos para seus “eus digitais”.

“O mundo dos barcos é dominado por homens brancos de meia-idade de classe alta”, disse ela. “Vamos apenas transferir tudo isso para o metaverso?”

2. A casa inteligente

Nos últimos anos, eletrodomésticos inteligentes como termostatos conectados à internet, fechaduras automatizadas e aspiradores de pó robôs avançaram bastante. Os dispositivos tornaram-se acessíveis e funcionaram de forma confiável com assistentes digitais como a Alexa da Amazon, a assistente do Google e a Siri da Apple.

Mesmo assim, a tal casa inteligente permaneceu, em grande parte, caótica. Muitos eletrodomésticos inteligentes não funcionam bem em conjunto com outras tecnologias. Algumas fechaduras automatizadas, por exemplo, funcionam apenas com celulares da Apple, mas não com modelos Androids. Já outros termostatos eram controlados com comandos de voz para a assistente do Google, porém não operam com a Siri.

A falta de compatibilidade criou problemas de longo prazo. Uma fechadura compatível com celulares da Apple não é útil para o integrante da família ou futuro inquilino que prefere o sistema operacional Android. Também seria mais prático se nossos eletrodomésticos um dia pudessem, de fato, conversar uns com os outros; como uma máquina de lavar avisando a uma secadora que as roupas estão prontas para serem secas.

Este ano, os maiores rivais do setor de tecnologia – Apple, Samsung, Google e Amazon – estão se comportando bem entre si para tornar a casa inteligente mais prática. Eles planejam lançar e atualizar a tecnologia para uso doméstico de modo que ela siga o Matter, um novo padrão que permite a comunicação de dispositivos inteligentes em uma casa, independentemente da assistente virtual ou da marca do celular. Espera-se que mais de 100 produtos inteligentes de uso doméstico passem a seguir esse padrão.

“Estamos todos falando um idioma comum com base em tecnologias já comprovadas”, disse Samantha Osborne, vice-presidente de marketing da SmartThings, a empresa de automação residencial da Samsung.

Por isso, posteriormente neste ano, quando você for comprar um produto como uma fechadura automatizada, procure pela etiqueta indicando que o dispositivo é compatível com o padrão Matter. No futuro, seu despertador inteligente talvez seja capaz de dizer às suas lâmpadas inteligentes para acenderem quando você acordar.

3. Saúde conectada

Dispositivos como o Apple Watch e o Fitbit, que nos ajudam a monitorar nossos movimentos e frequência cardíaca, são cada vez mais populares. Não à toa, as empresas de tecnologia estão testando atualmente dispositivos portáteis menores que reúnem dados mais profundos sobre nossa saúde.

A Oura, uma empresa de tecnologia de saúde, apresentou recentemente um novo modelo de seu anel, o Oura Ring, que conta com sensores capazes de monitorar indicadores como a temperatura corporal, para prever com precisão os ciclos menstruais. Nesta semana, na CES, uma feira de tecnologia em Las Vegas, outra startup de tecnologia para cuidados de saúde lançou um anel semelhante que reúne dados como a frequência cardíaca, temperatura e outros parâmetros para informar o usuário a respeito de possíveis doenças crônicas.

Os especialistas médicos há muito chamam a atenção para as possíveis consequências do uso da tecnologia para a saúde. Sem o contexto adequado, os dados coletados poderiam levar a diagnósticos equivocados e fazer as pessoas se tornarem hipocondríacas. Mas se os kits de teste rápido para covid-19, em grande parte esgotados, servirem de indicador, muitos de nós parecem prontos para serem proativos no monitoramento de nossa saúde.

CES 2022: Veja os aparelhos e aplicativos que vão ajudar a cuidar da sua saúde

Scan Corporal

A Withings apresentou o sistema Body Scan, uma espécie de balança que permite que os usuários tenham controle e informações sobre aspectos de saúde.

Assopre o abacate

A Avokad fez um aparelho em forma de abacate em que os usuários assopram e, por meio de um nano-sensor, ele é capaz de medir as cetonas na respiração.

Balança decorativa

O BBalance criou uma escala baseada em um tapete que é capaz de dar aos usuários pontuações e recomendações sobre como melhorar a postura.

Casado com a saúde

O Circular Ring é um anel que se propõe a melhorar o sono e as atividades físicas do usuário por meio do monitoramento de aspectos como oxigenação.

Saúde para o bebê

A Owlet lançou um novo sistema de monitoramento de bebês chamado Dream Duo, criado para ajudar a monitorar o sono de um bebê e fornecer informações.

App para os atletas

A Abbott anunciou o Lingo, um adesivo que rastreia os principais sinais do corpo, como glicose, cetonas e lactato, voltado para atletas.

Bulo te ajuda a respirar

A Breathings apresentou o Bulo, um pequeno aparelho que oferece exercícios respiratórios pessoais para os usuários.

Kit para a pressão

A Omron Healthcare anunciou uma nova ferramenta de monitoramento remoto de pacientes e monitores de pressão arterial conectados.

É para te escutar melhor

BeHear SMARTO é um amplificador de som portátil para ajudar pessoas que tenham alguma dificuldade de audição no dia a dia.

Chip inteligente

A Onera Health mostrou um patch com um sistema de diagnóstico completo para distúrbios do sono que pode substituir sensores de monitoramento.

Lembrete dos seus remédios

A EveryDose divulgou um aplicativo de smartphone multifuncional que envia lembretes de remédios aos seus usuários.

Teste de Covid instantâneo

A Opteev trouxe para a CES o detector ViraWarn COVID-19, para testagem do coronavírus. A empresa projetou o ViraWarn para detectar o vírus transportado.

Scan Corporal

A Withings apresentou o sistema Body Scan, uma espécie de balança que permite que os usuários tenham controle e informações sobre aspectos de saúde.

Assopre o abacate

A Avokad fez um aparelho em forma de abacate em que os usuários assopram e, por meio de um nano-sensor, ele é capaz de medir as cetonas na respiração.

4. Carros elétricos

No ano passado, o presidente Joe Biden anunciou uma meta ambiciosa: metade de todos os veículos vendidos nos Estados Unidos seriam elétricos, em vez de movidos a gasolina, até 2030. Como resultado disso, as principais montadoras estão promovendo seus carros elétricos, até mesmo na CES nesta semana. Na terça-feira, a Ford anunciou planos para aumentar a produção do modelo elétrico de sua picape F-150 Lightning. A General Motors planeja lançar uma versão movida a bateria da picape Chevrolet Silverado. Outras fabricantes, como a Mercedes-Benz, disseram ter planos para o lançamento de carros elétricos nos próximos anos.

CES 2022: Confira os carros mais futuristas da feira de tecnologia


Chevrolet também segue tendencias elétricas

A  General Motors anunciou versões elétricas dos SUVs Chevy Equinox e Blazer, que estarão disponíveis em 2023.

Caranga da Sony

A Sony foi a maior surpresa automotiva da feira: a gigante japonesa anunciou a criação de uma divisão de mobilidade e revelou o Vision-S 02.

Mudança de cor instantânea

A BMW mostrou para o público a tinta automática que promete mudanças de cor com apenas o apertar de um botão.

Mercedes elétrica

A Mercedes-Benz apresentou seu novo carro elétrico para rivalizar com a Tesla. O EQXX pode rodar por mais de 900 quilômetros com apenas uma cargar na bateria.

Silverado, a picape elétrica

A Silverado é o mais novo nome a entrar na briga da categoria das picapes elétricas. A GM apresentou a picape elétrica Silverado EV 2024 na CES 2022.

Cadillac autônomo

O Cadillac InnerSpace é um carro de luxo totalmente autônomo com um sistema de transmissão elétrico e vibrações de sobra.

BMW de motor duplo com longo alcance

O mais recente veículo elétrico de alto desempenho da montadora alemã, e o segundo EV a ser lançado com a marca M.

Chrysler totalmente elétrica

A Chrysler, marca americana de propriedade da Stellantis, só venderá veículos elétricos até 2028. 

Chevrolet também segue tendencias elétricas

A  General Motors anunciou versões elétricas dos SUVs Chevy Equinox e Blazer, que estarão disponíveis em 2023.

Caranga da Sony

A Sony foi a maior surpresa automotiva da feira: a gigante japonesa anunciou a criação de uma divisão de mobilidade e revelou o Vision-S 02, um protótipo SUV elétrico altamente tecnológico.

Apesar de haver muitos exageros no marketing dos carros elétricos, aqueles de nós em busca de veículos movidos a bateria em 2022 provavelmente ainda acabarão com um Tesla, disse Carolina. Isso porque ainda não vimos o uso generalizado da energia solar e estações de carregamento para carros elétricos, sobretudo nas áreas mais rurais. A Tesla está em vantagem porque vem lançando estações de recarga há anos, afirmou.

“Do ponto de vista da infraestrutura, há muito que ainda precisa acontecer”, disse ela. “Há muito burburinho, mas não sei o quanto dele é verdade.”

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