sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

REALIDADE VIRTUAL E METAVERSO

 

A socialite vai dar uma festa em sua ilha, Paris World, no jogo Roblox

 Por Redação Link – O Estado de São Paulo

Paris Hilton no Metaverso

Paris Hilton no MetaversoPUBLICIDADE

Paris Hilton, que normalmente ataca de DJ em baladas em Dubai, China e em Ibiza,  resolveu trabalhar na sua própria festa virtual de ano novo — no metaverso. Em seu mundo virtual, chamado Paris World, no jogo Roblox, a socialite compartilha uma versão da sua casa em Beverly Hills, além da mansão de cachorros e um calçadão com homenagens a seu casamento com Carter Reum, que ocorreu neste ano no píer de Santa Mônica.

Os convidados poderão fazer uma tour pela mansão, um passeio marítimo — assim como ela fez no casamento —, navegar de iate e andar de carro de luxo ou jet ski. A experiência da festa virtual será gratuita para quem estiver no jogo, mas algumas regalias, como compras de roupa e acessórios, com design da artista de NFT Blake Kathryn, e o passeio de jet ski serão cobrados à parte. O preço para fazer parte do ‘mundo de Paris’ não foi divulgado.

Com o evento, Paris agora se junta a um grupo de artistas que entraram de vez no metaverso. “Para mim, o metaverso é um lugar onde você pode fazer tudo o que pode fazer na vida real no mundo digital”, disse Hilton, que trabalhou para criar aspectos de sua vida mundial para os fãs.

“Nem todo mundo consegue experimentar isso, então é nisso que temos trabalhado juntos desde o ano passado – dando a eles todas as minhas inspirações do que eu quero naquele mundo”, completou.

A socialite também entrou, recentemente, no mercado de ativos digitais. Em outra colaboração com Blake neste ano, a empresária vendeu três obras de arte digital em NFT e faturou mais de US$ 1 milhão. 

Conheça apps que podem ajudar a tornar realidade as promessas de ano novo

Para atingir as metas pessoais , é necessário organização e planejamento

 Por Rafael Nunes* – O Estado de S. Paulo

Apps para ajudar a organizar a sua rotina

Apps para ajudar a organizar a sua rotina

Todo começo de ano é aquela velha história: planos e promessas tomam conta dos corações e mentes das pessoas. Mas para tornar tudo isso realidade, é necessário planejamento e organização. 

A tecnologia não faz milagre, mas pode dar uma mão nos primeiros passos para novos hábitos. Uma geração de aplicativos consegue organizar sua rotina por meio de planilhas, agendas e lembretes interativos que ajudam a não esquecer de nada. 

Google Keep

O Keep pode ser usado como bloco de notas, para fazer listas e anotações de maneira rápida e simples. Você também pode fazer post-its para criar listas de rotina para suas tarefas e marcá-las como concluídas assim que finalizadas.

Ele possui uma função pincel para desenhar ou escrever a mãos suas notas, e também permite adicionar imagens e gravações aos afazeres. É possível compartilhar por link suas notas com membros da casa ou do seu grupo de amigos para que todos estejam sempre atualizados. O app é gratuito e está disponível para iPhone e Android.

Google Agendas

Google agendas é um organizador em forma de calendário com três modos de visualização: diário, semanal e mensal. Assim, é possível alcançar diferentes níveis de organização. 

É possível marcar datas de reuniões ou tarefas com lembretes, e criar alarmes com 30 minutos de antecedência do evento agendado. O app também é integrado ao Google WorkPlace, para que o planejamento seja alinhado com a disponibilidade de agenda dos colegas. O app é gratuito e está disponível para Android e iPhone.

Excel

Quem não conhece o clássico programa da Microsoft? Ele virou app para iPhone e Android e pode ser útil no planejamento de gastos na casa, seja semanal, mensal ou de longo prazo. Tem ferramentas simples para ajudar com cálculos dos mais básicos aos mais complexos, e que podem ser compartilhados entre usuários para que não haja perda de controle de dinheiro. 

Também pode ser usado como planejador de afazeres dos dias, permitindo com que o usuário mude as cores das tarefas de acordo com importância ou data. Ele é gratuito.

Trello

O Trello é um app que permite visualização e controle de fluxo dentro do ambiente de trabalho, com um layout de quadros editáveis com cartões para o nome, data e descrição das tarefas. 

É usado principalmente por profissionais para organizar escritórios com muitos funcionários e funções, permitindo interação dentro da própria plataforma, e recurso de “etiquetas”  e “conclusão de tarefa”, mas também serve como um bom organizador de estudos e viagens, sendo simples e intuitivo. O app é gratuito e está disponível para Android e iPhone

Pocket

Esse aplicativo é um armazenador que guarda textos e vídeos de diversos lugares para ler mais tarde ou compartilhar com amigos notícias e artigos. Para guardá-los, basta tocar no ícone de compartilhamento da plataforma utilizada e tocar em “Adicionar ao Pocket”.

Tem layout simples e intuitivo, permitindo organizar com tags os textos e vídeos mais importantes – é possível também descartar quando não houver mais necessidades. Um exemplo simples é guardar uma receita de bolo para fazer no fim de semana. O app é gratuito está disponível para Android e iPhone.

Toggl Track

Um aplicativo “cronômetro” que ajuda com o tempo de execução de tarefas ao longo do dia. Cada relógio pode ser nomeado para melhorar o desempenho em determinadas tarefas.

Para dias cheios, e para quem trabalha em home office, é um ótimo modo de se manter informado e mais ágil no tempo dentro e fora do trabalho, e para se ter uma ideia de quantas coisas é possível se fazer em apenas um dia. O app é gratuito e está disponível para Android e iPhone.

*é estagiário sob supervisão do editor Bruno Romani 

Bilionários no espaço, vazamentos e apagão do WhatsApp: veja os acontecimentos da tecnologia em 2021

Ano foi marcado por escândalos de privacidade e fortalecimento de planos relacionados ao metaverso

 Por Rafael Nunes – O Estado de S. Paulo

Jeff Bezos, fundador da Amazon, esteve presente no primeiro voo espacial com humanos da Blue Origin

Jeff Bezos, fundador da Amazon, esteve presente no primeiro voo espacial com humanos da Blue Origin

Se pudéssemos, todos teríamos saído da Terra em 2021 – não foi um ano fácil para ninguém. Há quem tenha concretizado esse feito: enquanto cresciam os debates sobre regulação e denúncias de desigualdade de renda global, Jeff Bezos, fundador da Amazon e segundo homem mais rico do mundo, entrou em um foguete e foi para o espaço. 

Mark Zuckerberg adoraria ter pegado uma carona: os Facebook Papers, conjunto de documentos vazados da empresa, revelaram que a rede social está disposta a sacrificar a segurança dos usuários para lucrar. A pressão aumentou e o apagão do WhatsApp, em outubro, escancarou todo o poder da empresa. Para dar uma despistada, o Facebook mudou seu nome corporativo (agora chama-se Meta) e mirou no conceito de metaverso. Seria a chance de um recomeço para o dono do WhatsApp e do Instagram?

Quem vai ter dificuldades de deixar os problemas do ano para trás são os brasileiros, que foram afetados por ondas de megavazamentos e apagões de dados. Se as suas informações não foram expostas e você não foi vítima de uma tentativa de golpe nos últimos meses, você não esteve em 2021.   

Mas o mercado de tecnologia não teve só notícias negativas. Nadando contra a crise econômica nacional, as startups brasileiras tiveram um ano histórico. E o setor viu o nascimento de um gigante: após a maior rodada de investimento de uma startup da América Latina, o Nubank abriu capital e estreou como o mais valioso banco de toda a região, superando nomes tradicionais como o Itaú

A seguir, veja o “resumão” do Link com o que aconteceu de mais importante no mundo da tecnologia em 2021. 

Megavazamentos 

O ano de 2021 tirou a paz dos brasileiros logo em janeiro. O dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe, revelou um vazamento de dados de proporções gigantescas, que expôs informações de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos no Brasil. O megavazamento atingiu algumas das maiores autoridades do País, que foram expostos na internet – entre elas, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O episódio jogou luz sobre uma temporada agitada no mercadão ilegal de informações pessoais. Nos meses seguintes, outros casos vieram à tona, como o vazamento de dados que expôs 100 milhões de celulares em fevereiro, como os de Bolsonaro, do jornalista William Bonner e da apresentadora Fátima Bernardes.

Mudanças na política de privacidade do WhatsApp

O ano foi conturbado para o WhatsApp. Em janeiro, a empresa divulgou uma nova política de privacidade que gerou barulho entre os usuários. Muitos se preocuparam com a obrigatoriedade de compartilhamento de dados entre o app de mensagens e o Facebook, proprietário do serviço. O aplicativo passou a mostrar uma solicitação para aceitar as novas regras: o aviso dizia que os usuários que não aceitassem as novas políticas até 8 de fevereiro de 2021 não poderiam mais usar suas contas – elas ficariam congeladas. 

Pressionado por autoridades de privacidade, o WhatsApp estendeu o prazo para a mudança e, em maio, anunciou que não limitaria mais o app para quem não aceitasse os novos termos. 

A febre do Clubhouse

Clubhouse ganhou muita popularidade nos seus primeiros meses de existência, com a ideia de ser uma rede social de áudios ao vivo – em janeiro, a plataforma quase multiplicou por três sua base de usuários. Mesmo numa era em que muitos dispensam mensagens de áudio no WhatsApp e em que a oferta de podcasts é abundante, o app virou febre. 

Contudo, a ideia de exclusividade acabou limitando a rede de crescer – para entrar na rede social nos primeiros meses deste ano, era preciso receber um convite de um usuário já cadastrado e ser usuário de iPhone, duas exigências abolidas ao longo de 2021. Outras redes sociais, como o Twitter, se adaptaram rapidamente à tendência de áudios e lançaram recursos similares de bate-papo ao vivo. 

Divórcio de Bill Gates

Depois de 27 anos casados, Bill Gates e Melinda anunciaram o divórcio em maio. De acordo com Melinda, o casamento já estava “invariavelmente quebrado” há alguns anos, mas um dos fatores divulgados como fundamentais na separação foi a relação de Gates com Jeffrey Epstein, bilionário acusado de crimes sexuais e morto na prisão antes de seu julgamento, em 2019. 

A fortuna do casal estava estimada em US$ 146 bilhões – os valores da divisão do patrimônio não foram informados nos documentos oficiais. O fim do casamento de Bill e Melinda Gates foi oficialmente firmado em agosto. 

Bilionários no espaço

E os acontecimentos do mundo da tecnologia de 2021 não ficaram restritos à Terra. Richard Branson, fundador da Virgin Galactic, fez uma viagem ao espaço em julho, a bordo da nave Unity. No mesmo mês, Jeff Bezos, fundador da Amazon, repetiu o feito e esteve presente no primeiro voo espacial com humanos da Blue Origin, sua empresa de exploração espacial. 

As viagens dos bilionários alteraram a lógica de visita ao espaço sideral: até então, o ambiente era exclusivo de pesquisadores e pilotos de avião, quase sempre financiados por dinheiro público. Branson e Bezos abriram as portas para o turismo espacial privado, no qual qualquer pessoa precisa apenas desembolsar (muito) dinheiro para viajar além da Terra. 

Apagão do WhatsApp

Não há como esquecer o dia 4 de outubro. No horário de almoço de uma segunda-feira qualquer, todos os serviços do Facebook, incluindo WhatsApp e Instagram, pararam de funcionar. Durante o que se atribui a uma manutenção de rotina, um erro interno na companhia de Mark Zuckerberg causou uma queda nos servidores que deixou várias pessoas e empresas no escuro, sem comunicação por quase um dia inteiro.

Um dia para se esquecer em muitos sentidos, já que muitas pessoas dependem das plataformas, até mesmo para trabalho. O problema também causou um prejuízo de quase US$ 6 bilhões para o patrimônio pessoal de Mark Zuckerberg, um dos homens mais ricos do mundo. 

Telegram surge no cardápio brasileiro

Rival do WhatsApp, o app de mensagens Telegram invadiu os celulares dos brasileiros em 2021. Com número ilimitado de participantes e ferramentas de divulgação, a plataforma se especializou em não ser só uma alternativa para conversar, mas também um repositório de vídeos e imagens.

Sendo assim, em 2021, o Telegram virou palco para discussões sobre eventos como o BBB 21 e a CPI da covid.

Facebook Papers

No ano que o Facebook atingiu a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado, a empresa foi alvo de uma das maiores crises de sua história. Um consórcio chamado “The Facebook Papers”, formado por diversos veículos jornalísticos ao redor do mundo, começou a publicar detalhes de documentos confidenciais da companhia de Mark Zuckerberg. Os materiais foram inicialmente divulgados por Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que coletou pesquisas internas da rede social após pedir demissão em maio. 

Estadão participou do consórcio, ao lado de veículos como The New York Times, The Guardian e Le Monde, e revelou informações envolvendo o Brasil: os documentos mostraram como o País se tornou, nos últimos anos, um terreno fértil para discurso de ódio, desinformação e ataques à democracia na plataforma.

Metaverso

Em meio ao escândalo dos Facebook Papers, a estratégia de Mark Zuckerberg foi olhar para um outro caminho. A companhia mudou o nome de sua holding (a “empresa-mãe”) para Meta, sinalizando o novo foco de seus negócios no conceito de metaverso. 

metaverso pretende simular universos em ambientes digitais a partir do uso de realidade virtual e aumentada. A ideia da empresa é ir além das redes sociais, englobando projetos de um novo mundo virtual. 

Fundadores fora

Grandes figuras do mundo da tecnologia abandonaram suas crias neste ano. Depois de seis anos, Jack Dorsey deixou no final de novembro o comando do Twitter, empresa que ele ajudou a fundar em 2006. Em agosto, Jeff Bezos deixou o comando da Amazon após 27 anos.

As saídas têm como pano de fundo uma pressão crescente contra as gigantes de tecnologia. Mais do que apresentações glamourosas de produtos e balanços financeiros estupendos, os CEOs passaram a lidar com críticas envolvendo temas como privacidade, segurança e monopólio. Depor perante congressistas americanos, por exemplo, virou rotina para os chefões – EUA e Europa têm cobrado cada vez mais esclarecimentos sobre concorrência desleal, moderação de conteúdo e funcionamento de algoritmos, entre outras questões. 

O ano dos unicórnios

O ano de 2021 foi recheado de aportes em startups brasileiras, popularizando as megarrodadas de investimentos (na casa das centenas de milhões de dólares). Consequentemente, o Brasil viu surgir 9 “unicórnios” (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) neste ano, sinal do amadurecimento do setor de inovação do País – ao todo, existem hoje 22 dessas empresas de tecnologia no País.

O mais recente unicórnio brasileiro veio no fim de dezembro: a Facily, uma plataforma que une comércio eletrônico e social commerce para atuar como um hipermercado digital de compras coletivas.

A vez das startups latinas

Em 2021, os bons ventos da inovação chegaram à América Latina como um todo. Pegando carona no ecossistema brasileiro, a região registrou recorde em investimentos em startups neste ano, o que gerou uma nova geração de “unicórnios” (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). 

Segundo relatório trimestral da consultoria americana CB Insights, o território somou US$ 14,8 bilhões em aportes até setembro – em 2020, o valor foi de US$ 5,4 bilhões, até então o mais alto da série histórica.

Nubank virou adulto

Depois de levantar um aporte de US$ 1,15 bilhão em junho, o Nubank abriu capital em 2021, simbolizando a força do ecossistema de inovação do Brasil. 

A fintech estreou na Bolsa de Nova York e na brasileira B3. Em moeda local, o Nubank foi avaliado em R$ 233 bilhões, à frente de Itaú (R$ 213 bilhões), tornando-se o banco mais valioso da América Latina. 

Relembre as principais notícias do mundo da tecnologia em 2021

Nubank virou adulto

Depois de levantar um aporte de US$ 1,15 bilhão em junho, o Nubank abriu capital em 2021, simbolizando a força do ecossistema de inovação do Brasil.

Megavazamentos

O ano de 2021 tirou a paz dos brasileiros logo em janeiro. O dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe, revelou um vazamento de dados de proporções gigantescas que expôs os dados de 223 milhóes de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de Registros de Veículos no Brasil.

ISCAS DIGITAIS PARA CONQUISTAR CLIENTES

 

 Por Raquel Pereira – Agência Mestre

Gerar demanda e oportunidades de venda para as empresas é o grande objetivo do Marketing Digital e, por meio do Inbound Marketing, é possível contar com uma máquina recorrente de atração de leads. Mas, para que essa máquina realmente funcione é preciso utilizar certas “iscas” e fisgar esses potenciais clientes.

Neste artigo você vai ver:

por que gerar leads é importante para o meu negócio?;

o que são iscas digitais?;

quais são os objetivos das iscas digitais?;

como criar iscas digitais eficientes?;

8 exemplos de iscas digitais para gerar leads;

como distribuir as iscas digitais?;

como identificar oportunidades de iscas digitais nos materiais que sua empresa já possui?

Por que gerar leads para o meu negócio?

Os leads são gerados quando usuários desconhecidos fornecem suas informações de contato (nome, email, telefone, etc.) em troca de uma oferta de valor, como um e-book, um cupom de desconto ou um ingresso para participar de um evento da sua marca.

O processo para geração de leads consiste na utilização dos canais digitais da empresa, de maneira orgânica e paga, com objetivo de gerar tráfego para seu site e trazer novas oportunidades de negócio. No entanto, nem todos esses leads estarão no momento de realizar uma compra e o erro que muitas empresas cometem é investir apenas em leads que estão no estágio de fundo do funil (prontos para comprar).

O objetivo da geração de leads é atrair pessoas em todos os estágios da jornada de compra, inserir esse leads em um funil e nutrir aqueles contatos que ainda não estão no momento da compra para gerar oportunidades mais baratas para o seu negócio no futuro.

O que são as iscas digitais?

Entender a importância da geração de leads é apenas o primeiro passo para começar a trazer mais oportunidades para o seu negócio. Após isso, a dúvida que surge é: como eu atraio mais pessoas para o meu site?

As iscas digitais são a melhor forma de conseguir gerar leads, de maneira eficiente e, na maioria das vezes, sem muito custo. Basicamente, as iscas digitais são formatos de conteúdo gratuito que atraem a atenção de um usuário na internet, de forma que ele se disponha a entregar algumas informações pessoais (nome, e-mail e telefone, por exemplo), para ter acesso àquele material. É uma estratégia baseada na troca, o usuário disponibiliza suas informações e a empresa entrega um conteúdo que agrega valor para ele.

A distribuição desses materiais geralmente é feita por meio de uma página chamada landing page, ou seja, uma página de captura de leads desenvolvida especialmente para aquela estratégia. A landing page funciona para que um público específico chegue até ela e deixe o seu contato, entre outras informações úteis, veja o exemplo abaixo:

Isca digital landing page

Através dessa landing page, nós disponibilizamos um dos nossos materiais ricos em formato de e-book e, em troca, coletamos algumas informações relevantes para nossa estratégia, por meio do formulário.

Quais são os objetivos das iscas digitais?

É muito mais difícil convencer um usuário a compartilhar suas informações de contato com a sua empresa quando não há uma oferta de valor em troca. Isso pode acontecer quando o usuário tem afinidade com a sua marca, mas nós utilizamos  as iscas digitais para facilitar esse processo.

Por isso, é importante que o conteúdo dos materiais oferecidos realmente entregue valor ao usuário, pois o essencial é solucionar as dores da sua persona. No próximo tópico falaremos sobre como criar uma isca digital que trará sucesso para sua estratégia de geração de leads.

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Como criar iscas digitais eficientes?

A criação dos materiais que serão utilizados na estratégia de geração de leads precisa estar alinhada com a persona do negócio e os produtos/serviços que a empresa oferece. Por exemplo, se você possui um e-commerce de cosméticos, você pode criar iscas digitais que ensinam a melhor forma de utilizar seus produtos, sobre os benefícios que eles trazem e outros assuntos relacionados.

Os materiais oferecidos na estratégia são, em sua maioria, com o intuito de educar o mercado consumidor daquele produto, pois quanto mais o lead souber sobre ele, maiores são as chances dele acabar comprando-o.

Algumas dicas para criar bons conteúdos são:

Conheça a sua persona

Em todos os projetos iniciados na Agência Mestre, nós traçamos a definição da persona daquele negócio. Ao conhecer a sua persona, você entenderá melhor quem é o seu público, do que ele gosta, o que ele procura e, principalmente, quais são as suas dores. As dores da persona são “problemas” ou “necessidades” que seu público tem ou poderá ter, mesmo que ele não tenha consciência de que esse problema existe.

Ao identificar as dores da sua persona, você poderá desenvolver conteúdos que abordem temas relacionados a essa dor e, dessa forma, criar proximidade com seus potenciais clientes.

Tenha um funil de vendas

Com as iscas digitais, seu negócio pode atrair diferentes tipos de leads, desde aqueles que ainda não conhecem bem o seu segmento ou seu produto/serviço, até aqueles que já sabem o que querem e estão apenas decidindo onde comprar.

O funil de vendas é o percurso que você vai criar para transformar aqueles leads que ainda não estão prontos para comprar (topo de funil), em leads qualificados (fundo de funil), por meio da nutrição com conteúdos adequados para cada fase do funil.

O funil também é importante para conhecer melhor quão qualificado um lead é logo quando ele entra na sua base. Você pode criar conteúdos direcionados para as diferentes fases do funil (topo, meio e fundo) e, dependendo do material que o lead converteu, saber se ele já conhece sobre o seu produto ou não.

Defina os tipos de iscas que vai utilizar

Você deve definir quais iscas digitais pretende produzir, pois existe uma grande variedade de materiais que podem ser disponibilizados para seu público e, caso você não tenha uma estratégia definida dos tipos que irá produzir, pode acabar se perdendo durante o processo.

No próximo tópico vamos abordar as principais iscas digitais que você pode utilizar e quais suas características.

8 Exemplos de Iscas Digitais para gerar leads

O objetivo da produção de conteúdo e iscas digitais vai além de informar o leitor, ele tem o propósito de criar um relacionamento entre empresa e consumidor e leva o último a criar confiança com a marca e avançar em seu funil de vendas. Os principais materiais que sua empresa pode produzir são:

E-books

A forma mais utilizada para gerar leads com entrega de conteúdo é utilizando os e-books. Esses livros digitais são, muitas vezes, um verdadeiro guia sobre determinado assunto e trazem informações completas e relevantes para os usuários.

Por se tratar de um conteúdo extenso, as pessoas acabam não se opondo a informar seus dados de contato, pois sabem que terão acesso a um conteúdo que, de alguma forma, solucionará alguma dor. Os e-books são ofertas de valor para leads em todos os estágios do funil de vendas, sendo o tema central o principal fator de diferenciação.

Por exemplo, leads em topo de funil ainda não conhecem o seu negócio, portanto utilizar termos como “o que é”, “por que utilizar” e “X dicas sobre” pode atrair mais pessoas que estão aprendendo sobre este assunto. No entanto, leads mais qualificados e que já têm conhecimento sobre o seu nicho podem se interessar mais por “a melhor forma de aplicar o método X” ou “Como utilizar X para atingir mais clientes”.

Definir o tema do seu e-book é muito importante para atingir o público certo, então estude bem as dores da sua persona e se atente aos termos de pesquisa e palavras-chave mais relevantes em cada etapa do funil.

Webinars

Uma tendência que tem ganhado força e aumentado a geração de leads de muitas empresas é a produção de conteúdo em formato de webinar. Eles podem ser exibidos em tempo real em diferentes plataformas, como redes sociais, ou então, plataformas especializadas nesse formato de conteúdo.

Essa estratégia de apresentar um conteúdo rico ao vivo oferece uma experiência que as outras iscas digitais não conseguem: a interação em tempo real com o lead que está participando. Ao responder dúvidas e conversar com o lead durante um momento na apresentação, sua marca consegue criar um vínculo mais próximo com a audiência.

Outro ponto muito importante sobre esse formato de conteúdo, é que em pesquisas recentes, foi constatado que 53% dos profissionais de marketing afirmam que webinars são ações de topo de funil que geram leads de alta qualidade.

Para atrair o público e gerar leads, você pode criar uma landing page e solicitar um cadastro para participar daquele evento ao vivo. Outra estratégia é gravar esse conteúdo e continuar atraindo leads, que podem fazer download do vídeo ou receber um link para o vídeo não listado no Youtube.

Infográficos

Os infográficos são iscas digitais muito utilizadas, pois são diagramados para atrair a atenção do usuário e não demandam muito investimento durante sua criação. Por possuir imagens, textos, CTAs e vários outros elementos que facilitam a compreensão do conteúdo, os infográficos podem chegar a 94% mais visualizações do que textos.

Muitas vezes, essas iscas são desenvolvidas para tratar de assuntos mais técnicos sobre determinado assunto de forma resumida e simplificada, para que o lead tenha mais facilidade em compreender uma informação, por esse motivo, os infográficos são utilizados em estratégias de meio de funil.

Modelos de Planilhas

A criação desses modelos pode ser uma das iscas digitais de maior conversão do seu funil. Isso acontece porque, diferente dos materiais informativos citados até o momento, as planilhas são materiais aplicáveis no dia a dia.

Um usuário está muito mais propenso a compartilhar suas informações pessoais quando encontra um conteúdo que possa ajudar em tarefas diárias, principalmente quando o download desse material pode fazê-lo poupar horas de trabalho, como é o caso dos modelos de planilhas.

Essas iscas estão mais direcionadas para leads em meio e fundo de funil, pois os leads que procuram por esse tipo de solução já estão em fase de colocar seu projeto em prática, ou seja, estão mais próximos de se tornar um cliente.

Cupons de Desconto

Uma das iscas mais eficientes, tanto no digital quanto no físico, é o cupom de desconto. Geralmente, quando um usuário pesquisa por cupons de desconto para uma loja virtual, por exemplo, significa que ele está interessado em utilizá-lo, ou seja, pretende realizar uma compra.

Além de atrair leads em fundo de funil, os cupons também podem ser oferecidos para leads em topo e meio de funil através de e-mails, durante a transmissão ao vivo de um webinar, ou por meio de pop-ups dentro do seu site.

Cursos ou aulas gratuitas

Se você trabalha com infoprodutos ou possui uma grande quantidade de conteúdo em formato de vídeo aula, oferecer parte dessas aulas ou um curso completo de forma gratuita pode ser um grande diferencial para sua empresa e atrair muitos leads qualificados.

Para os infoprodutores, uma sugestão é oferecer a primeira aula ou a aula introdutória do curso como isca digital, para que o lead possa ter uma prévia da qualidade do curso e para instigar a curiosidade.

Caso você não tenha um curso, mas possui muitos materiais sobre o mesmo assunto, pode oferecer um kit e/ou um compilado de todo esse material. Essa técnica funciona para leads de todas as fases do funil, mas principalmente para o topo, que é a fase onde estão aprendendo sobre seu nicho e o seu material é utilizado principalmente para sanar dúvidas.

Teste de ferramentas gratuito

Caso você tenha um software, uma ótima sugestão de isca digital é oferecer um período de teste da plataforma para seus leads de meio e fundo de funil. Esses leads já têm consciência de que possuem um problema ou uma dor para resolver, por isso oferecer um teste da sua solução é a melhor forma de convencê-lo se é realmente aquilo que ele precisa.

Pesquisas e estudos

Com o avanço do uso de tecnologia, muitas empresas conseguem desenvolver pesquisas e publicar seus resultados online. Utilizar as informações coletadas em pesquisas e estudos para criar boletins informativos ou relatórios é uma forma de criar iscas valiosas para meio e fundo de funil.

Como distribuir as iscas digitais?

Depois de produzir e segmentar por estágio do funil, é hora de começar a distribuí-las e começar a gerar tráfego para o seu site. Existem alguns passos para isso, começando por:

Criação de Landing Pages

As páginas de destino são tão importantes quanto as iscas digitais, afinal são elas que apresentam as informações complementares sobre aquele material e o formulário onde o usuário deixará seus dados para virar um lead.

Existem muitos cuidados a serem tomados durante a criação de uma landing page, por isso, o mais recomendado é utilizar os templates disponíveis nas ferramentas de automação de marketing, como a RD Station, por exemplo.

No entanto, fique atento aos principais componentes de uma boa landing page, são eles:

título contendo o nome do material;

chamada principal, que chame a atenção do usuário para a solução dor dele, ou seja, o material oferecido;

descrição do material;

formulário com os campos de geração de leads (nome, e-mail, telefone e outros campos relevantes para sua empresa);

botão de CTA, em destaque, convidando o usuário a converter.

Todos esses elementos devem ser otimizados para atrair a persona e auxiliar a análise dos buscadores, como o Google, por meio de técnicas de SEO.

Atenção aos formulários

A utilização de formulários na sua estratégia de geração de leads é crucial, por isso você deve se atentar aos detalhes. Temos algumas dicas para criar formulários de fácil conversão:

não faça formulários longos: um formulário muito longo pode desmotivar o usuário, principalmente em iscas de topo de funil;

evite distrações e informações desnecessárias para sua empresa: foque em coletar, além dos dados para identificação do lead, apenas informações relevantes para o seu negócio. Informações como idade, identidade de gênero e/ou grupos sociais podem não ser relevantes para sua estratégia no primeiro momento;

fuja de chamadas óbvias: invista em chamadas mais atrativas, que mostrem para aquele usuário que seu material vai solucionar a dor dele e evite frases prontas como “Cadastre-se aqui e baixe seu e-book”.

Faça testes e fique sempre atento aos resultados que cada formulário está trazendo, se alguma informação não for mais relevante, atualize-o para conseguir sempre os melhores resultados e conhecer melhor seu público.

Comece a promover suas iscas digitais

Para realmente gerar tráfego a sua audiência precisa saber sobre os seus materiais. Utilize suas redes sociais para divulgar esses materiais de forma orgânica, além disso, você também pode criar anúncios para promover os materiais e atrair mais leads.

Utilize as redes sociais para atrair seus seguidores para os materiais que você produziu, uma forma eficiente de fazer isso é criar publicações sociais que abordam algumas partes do conteúdo completo.

Aqui na Mestre nós fazemos vários webinars que ficam disponíveis em nosso canal no Youtube. Frequentemente, nós postamos nas nossas redes sociais alguns nuggets desses webinars, que trazem alguns trechos sobre o assunto tratado no material.

Dessa forma, conseguimos gerar conteúdo para nossos seguidores e atraí-los para assistir nosso material completo. Você pode fazer o mesmo com suas iscas digitais, encaminhando seus seguidores para a landing page através do link na bio do Instagram, por exemplo.

Os anúncios também podem ser aproveitados quando for divulgar suas iscas digitais, faça uma segmentação, utilize artigos visuais e técnicas de copywriting para despertar o interesse no usuário.

Como identificar oportunidades de iscas digitais nos materiais que sua empresa já possui?

Se você ainda não trabalha com marketing de conteúdo, pode ser que você fique receoso ao iniciar a estratégia de geração de leads. Mas, calma! A boa notícia é que, muitas vezes, os materiais que você utiliza no dia a dia podem se transformar em iscas digitais e, enquanto essas iscas iniciais são utilizadas, você comece a produzir outras.

Faça uma análise nos materiais que sua empresa possui e procure por:

modelos de planilha que podem ser úteis para sua persona;

slides de palestras ou treinamentos que ajudaram seu time;

um artigo ou estudo realizado que, com um pouco de diagramação, pode virar um e-book;

checklists de uso interno;

materiais antigos que, com uma revisão, podem ser colocados novamente no funil.

Muitas vezes esses materiais são tão comuns no dia a dia da empresa, que não percebemos o potencial de atração de leads. O impasse em utilizar esses conteúdos é que, na maioria das vezes, os gestores não se sentem confortáveis em compartilhar esses materiais e preferem mantê-los em segredo.

Se você possui esse problema, lembre-se que criar autoridade no mundo digital é muito difícil e se sua empresa conta com um material que pode abrir esse espaço, vale a pena apostar nesse conteúdo. Caso seu potencial cliente esteja buscando uma solução como a sua e não encontrá-la no seu site, ela vai procurar em outros e isso pode fazer com que você perca diversas oportunidades.

A produção de iscas digitais para geração de leads é uma estratégia que beneficia todos os modelos de negócio, quando aplicada de maneira assertiva. Para conhecer mais sobre como produzir esses materiais, confira nosso e-book e comece a atrair mais leads para o seu site.

Vendas pela internet com o site Valeon

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

AÇÃO DOS TRÊS PODERES NÃO BENEFICIOU O COMBATE À CORRUPÇÃO

 

Retrospectiva

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília

Praça dos Três Poderes em Brasília| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em 2021, não foi só o Supremo Tribunal Federal (STF) que prejudicou o combate à corrupção, anulando condenações e investigações de políticos poderosos. Na esteira de decisões emblemáticas, como a que limpou a ficha de Lula em março, partes importantes do Judiciário, Congresso e Executivo embarcaram numa onda de rever todos os avanços alcançados nos últimos anos contra a impunidade, seja com absolvições, leis que dificultam a apuração de crimes do colarinho branco, freio na Polícia Federal e perseguições aos agentes da Lava Jato.

Na Justiça, o exemplo veio de cima. Logo no início do ano, entre março e abril, a Segunda Turma do STF, e depois o plenário, anularam as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do petrolão e ainda julgaram o ex-juiz Sergio Moro suspeito. O resultado foi a eliminação das principais provas de corrupção e lavagem – nos meses seguintes, outros juízes e procuradores de Brasília trataram de arquivar de vez as ações do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.

Outros dinossauros do poder pegaram carona e também se livraram de processos: o ex-presidente Michel Temer, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-ministro Antonio Palocci foram os exemplos mais notórios.

O Legislativo não deixou por menos: aprovou em outubro uma revisão da Lei de Improbidade Administrativa que, segundo procuradores, vai tornar quase impossível condenar desvio ou mau uso de verbas públicas e atos desonestos na administração. Prazo apertado para a investigação, prescrição acelerada e um rol menor de tipos de ilícitos foram as principais inovações. Antes, em setembro, o Congresso conseguiu outra proeza: afrouxar a Lei da Ficha Limpa, para deixar de tornar inelegíveis políticos que tiveram as contas rejeitadas e punidos “apenas” com multas.

“O ano de 2021, infelizmente, foi um marco de retrocesso no combate à corrupção. Mudanças bruscas na jurisprudência, em especial dos tribunais superiores, abrindo espaço para a alegação de nulidades em diversos processos penais que, até então, seguiam metodologicamente a jurisprudência em vigor. A desidratação ou aparelhamento de órgãos encarregados de prevenir e reprimir a corrupção. A aprovação da reforma da lei de improbidade administrativa (Lei 14.230/21), que representa um grande esvaziamento da efetividade do controle do enriquecimento ilícito e abuso da função pública. Por muito pouco, não se aprova a PEC 5/2021, conhecida como PEC da vingança, a qual colocaria uma pá de cal na independência dos membros do Ministério Público. Enfim, não temos muito a comemorar”, disse o procurador regional da República Ronaldo Queiroz, especialista no tema e ex-integrante do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR).


O presidente Jair Bolsonaro fez sua parte e sancionou essas mudanças. Mas, além disso, crescem as suspeitas de interferência política na Polícia Federal, para proteção de seus familiares, aliados ou apoiadores. Desde abril, quando assumiu a direção-geral da corporação, Paulo Maiurino já afastou 20 delegados de cargos estratégicos. O presidente é alvo de inquérito no STF sobre o assunto, a partir da acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, escolhido por Bolsonaro para mais dois anos no comando do Ministério Público, não deixou por menos. No início do ano, acabou de vez com o modelo exitoso das forças-tarefa, que se notabilizaram pelos resultados alcançados na Lava Jato. Implantou, no lugar delas, os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos), modelo de equipe distinto, com menos procuradores dedicados integralmente às investigações. No comando do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão de controle interno, procuradores também sofreram punições ou ameaças de demissão em processos disciplinares.

“[O último] 9 de dezembro foi o dia internacional do combate à corrupção. Não há motivo nenhum para comemorar. Esse foi um ano marcado por gigantescos retrocessos, um dos piores períodos que tivemos. O ‘orçamento secreto’ é uma vergonha, que expõe o caráter pútrido do uso do poder. Não tem uma palavra do governo sobre isso, o que tem é algo parecido com aquela frase do [Michel] Temer: ‘tem que manter isso aí’”, disse à Gazeta do Povo Roberto Livianu, procurador e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção.

Na declaração, ele fez referência a outra prática eivada de suspeitas: a liberação pouco transparente de verbas públicas para bases eleitorais dos parlamentares, através das chamadas “emendas de relator” no Orçamento da União – não se sabe exatamente que deputados e senadores conseguem os recursos junto aos ministérios do governo.

Relembre, abaixo, em detalhes, os retrocessos mais relevantes em todos os poderes:

Judiciário

Em 19 de março, o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, absolveu o ex-presidente Michel Temer e mais cinco pessoas numa ação em que eram acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, num esquema para favorecer empresas do setor portuário, inclusive por meio de um decreto presidencial. O “inquérito dos portos” descobriu movimentações de R$ 32,6 milhões e a denúncia foi apresentada em 2018, no final do mandato presidencial de Temer. Em 2019, o caso desceu do STF para a primeira instância.

O juiz decretou absolvição sumária por não encontrar provas do pagamento de propina. “[A denúncia] não indica qual a vantagem recebida pelo agente público nem, tampouco, qual a promessa de vantagem que lhe foi dirigida”, escreveu na sentença. Também se livraram do processo o ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures (MDB-SP), o coronel João Baptista Lima, que era apontado como operador financeiro do ex-presidente, os empresários Antonio Celso Grecco, Carlos Alberto Costa e Ricardo Mesquita.

No dia 5 de maio, o mesmo juiz absolveu Michel Temer e outros políticos do MDB acusados de organização criminosa, caso que ficou conhecido como “quadrilhão do PMDB”. Em 2017, eles foram acusados pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de se unirem para captar propinas de Petrobras, Furnas, Caixa Econômica Federal, Ministério da Integração Nacional, Ministério da Agricultura, Secretaria de Aviação Civil e Câmara dos Deputados.

Mas para Reis Bastos, a denúncia não apontava a existência de “estrutura ordenada estável e atuação coordenada” para o cometimento de crimes. “A denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de criminalizar a atividade política”, escreveu. Também foram inocentados os ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco e Henrique Alves; os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures; o coronel João Baptista Lima, apontado como operador financeiro de Temer; o advogado José Yunes, amigo do ex-presidente; o doleiro Lúcio Funaro; e Altair Alves Pinto e Sidney Szabo.

No dia 21 de agosto, a juíza Pollyana Kelly Alves, também da 12ª Vara Federal de Brasília, rejeitou a denúncia do MPF contra Lula no caso do sítio de Atibaia, pelo qual já havia sido condenado em 2019, na primeira e na segunda instância. Em março, o STF anulou as condenações por incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, remetendo o caso para Brasília.

A juíza considerou que as provas foram invalidadas pela decisão de abril do ministro Gilmar Mendes que estendeu para o caso do sítio a suspeição de Moro declarada no caso do triplex. Também entendeu que prescreveria o prazo para Lula e outros investigados, como Emílio Odebrecht, serem punidos, já que os eles têm mais de 70 anos – nesses casos, o período cai pela metade.

No dia 21 de setembro, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), de Brasília, por unanimidade, trancou uma ação penal em que o ex-presidente Michel Temer era acusado de corrupção passiva. Trata-se do caso em que seu então assessor Rodrigo Rocha Loures foi flagrado saindo de um restaurante levando uma mala com R$ 500 mil, entregue por um executivo da J&F. Segundo o Ministério Público Federal, era a primeira parcela de uma propina que chegaria a R$ 38 milhões, que seriam pagos em troca de julgamentos favoráveis ao grupo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que julga cobrança de tributos pela Receita. Os magistrados entenderam que não havia elementos para acusar Temer.

No dia 1º de dezembro, o juiz convocado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Jesuíno Rissato anulou a condenação de 2017 na Lava Jato do ex-ministro Antonio Palocci e outros 14 réus envolvidos no recebimento de propina da Odebrecht para contratos na Petrobras. Ele considerou que, como há suspeita de caixa 2, o caso deve recomeçar do zero na Justiça Eleitoral, seguindo entendimento firmado pelo STF em 2019.

No dia 7 de dezembro, a Terceira Turma do TRF1, em Brasília anulou a sentença da 10ª Vara Federal que condenou Eduardo Cunha a 24 anos de prisão por corrupção e lavagem e Henrique Alves a oito anos por lavagem de dinheiro. Eles foram denunciados no âmbito da Operação Sépsis, braço da Lava Jato em Brasília que apurou um esquema de corrupção na Caixa Econômica.

Os desembargadores disseram que a denúncia também os acusou de crime eleitoral, e por isso a ação deverá recomeçar do zero na Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte. A decisão segue entendimento firmado em 2019 pelo STF de que qualquer crime ligado a um delito de campanha deve tramitar na Justiça Eleitoral.

No mesmo 7 de dezembro, Lula obteve mais uma vitória: o Ministério Público Federal reconheceu a prescrição do caso do tríplex. Ele havia sido condenado por corrupção e lavagem em 2017 (na primeira instância, pelo ex- juiz Sergio Moro), em 2018 (na segunda instância, pelo TRF4) e em 2019 (pelo Superior Tribunal de Justiça).

Com base na decisão de março do STF que anulou a condenação, junto com a do tríplex, por incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, a procuradora do caso em Brasília, Marcia Brandão Zollinger, concluiu que não haveria tempo para refazer o processo – a maior parte das provas se perdeu com a decisão do STF, de março, que anulou as investigações autorizadas por Moro.

Um capítulo à parte, que alcança as duas mais altas cortes do país envolve o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente e denunciado no ano passado por suposto desvio de salários de ex-funcionários de seu antigo gabinete de deputado estadual na Assembleia do Rio de Janeiro.

Em fevereiro, a Quinta Turma do STJ anulou provas decorrentes da quebra de sigilo bancário. Em novembro, o mesmo colegiado anulou provas obtidas em buscas e apreensões. No mesmo mês, a Segunda Turma do STF garantiu a ele o foro privilegiado no Tribunal de Justiça do Rio, negando pedido do MP para restaurar a validade das provas colhidas por autorização da primeira instância. No mesmo dia, os ministros anularam relatórios do Coaf que embasaram as investigações. A denúncia foi esvaziada por completo.

Legislativo

Entre o fim de setembro e começo de outubro, o Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram uma proposta com extensas alterações na Lei de Improbidade Administrativa. O objetivo, segundo seus defensores, era impedir punições (que incluem multas e reparações) por decisões equivocadas ou erros de gestão cometidos por prefeitos, governadores, secretários e servidores, por exemplo, sem intenção de lesar os cofres públicos para enriquecimento pessoal. O texto final aprovado, no entanto, foi muito além, na visão dos críticos.

Pela nova norma, só pode ser enquadrado pela lei um político que agiu com dolo. Mas especialistas em combate à corrupção dizem que é muito difícil provar a intenção de um agente público causar danos ao poder público – o que tende a aumentar a impunidade.

Outras mudanças importantes foram: prazos bem menores de prescrição, redução das hipóteses de condenação por atos contrários a princípios como moralidade e impessoalidade, arquivamento do caso se o processo criminal for rejeitado, além da facilitação do nepotismo (só punido se parentes forem contratados com intenção de cometer irregularidades).

A proposta havia sido apresentada originalmente em 2018 pelo deputado federal Roberto de Lucena (Podemos-SP) e permaneceu sem tramitações significativas até o primeiro semestre de 2021, quando, a partir de uma mudança profunda feita pelo relator Carlos Zarattini (PT-SP), passou a ter tratamento prioritário e avançou rapidamente.

Em setembro, o Congresso ainda aprovou, e Bolsonaro sancionou, um projeto que diminuiu a lista de causas de inelegibilidade e que abriu caminho para a candidatura de políticos com contas irregulares – o que pode estimular a má gestão dos recursos públicos.

A nova norma tirou das causas de inelegibilidade a existência de contas irregulares em casos em que não houve prejuízo aos cofres públicos e nos quais o agente público foi punido apenas com multa. Pela legislação anterior, o gestor que fizesse isso ficava inelegível por oito anos.


Executivo

O sinal mais notório de retrocesso no Executivo veio da Polícia Federal, atualmente mais concentrada em apreensões de drogas e armas do que em investigações mais complexas envolvendo casos de corrupção nas esferas mais altas do poder público. Dentro da corporação, agentes e delegados da base suspeitam que trocas implementadas pelo atual diretor-geral Paulo Maiurino têm por objetivo abafar investigações que atinjam a classe política.

Um levantamento recente do Jornal Nacional, por exemplo, mostrou que, desde que ele assumiu o comando, em abril, 20 delegados foram afastados. Houve trocas, por exemplo, de superintendentes em São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Alagoas e Pará. Parte dos novos chefes tem origem no Rio de Janeiro, base política de Jair Bolsonaro e que, desde 2019, já era objeto de sua preocupação – um dos motivos da saída de Sergio Moro do governo foi a insistência do presidente em colocar um delegado de sua confiança à frente da PF no estado.

Em São Paulo, assumiu a chefia Rodrigo Bartolamei – em 2019, ele comandou uma operação sigilosa numa favela do Rio para recuperar o celular perdido do então advogado-geral da União, André Mendonça, novo ministro do STF. Seu pai é um general próximo de Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, onde o delegado também já trabalhou.

No Distrito Federal, assumiu outro delegado do Rio: Victor Cesar Carvalho dos Santos, que, segundo o JN, teria boas relações com advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente e denunciado no ano passado no caso das rachadinhas. Deixou a superintendência o delegado Hugo de Barros Correia, que trabalhou em inquéritos sobre o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e Jair Renan, o filho mais novo de Bolsonaro.

A superintendência de Alagoas é comandada agora pelo delegado Sandro Luiz Valle Pereira, que também atuou no Rio de Janeiro. No Pará, outro policial vindo do Rio, o delegado Fábio Andrade, assumiu a superintendência.

Procuradoria-Geral da República
Além da extinção das forças-tarefa, alguns atos da PGR chamaram a atenção. O mais recente envolve o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em julho, a subprocuradora Lindôra Araújo pediu ao STF o arquivamento de uma investigação sobre um suposto pagamento de propina ao parlamentar nas obras da hidrelétrica de Belo Monte.

Em parecer, apontou falta de indícios e de novas linhas de apuração que poderiam apontar, de fato, se teriam ocorrido repasses ilícitos. Em outubro, no entanto, mudou de ideia: desistiu do arquivamento, alegando ao STF que a manifestação pelo encerramento do caso, por falta de provas, foi encaminhada “por equívoco”.

O novo pedido ocorreu cinco dias após Renan Calheiros, relator da CPI da Covid no Senado, apresentar o relatório pedindo o indiciamento de 80 pessoas – 13 delas com foro privilegiado, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, por má condução no combate à pandemia.

Por sua vez, o chefe de Lindôra, Augusto Aras, reconduzido ao cargo de procurador-geral em agosto, tem sido cobrado por senadores a aprofundar as investigações resultantes da CPI. No final de novembro, em entrevista à GloboNews, disse que encaminharia todo o material ao STF, sem esclarecer se pediria abertura de inquéritos, sua função.

A gestão de Aras no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) transformou-se em fator de alerta dentro do MP. Em outubro, o órgão decidiu demitir o procurador Diogo Castor de Mattos, ex-integrante da Lava Jato do Paraná, porque ele pagou um outdoor em Curitiba de apoio à operação.

No mesmo mês, outras duas decisões causaram apreensão na classe: a abertura de um processo disciplinar que pode demitir 11 procuradores que atuaram na Lava Jato do Rio de Janeiro, por causa da divulgação de uma notícia sobre denúncia apresentada contra os ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão; e a suspensão, por 45 dias, do promotor do Mato Grosso Daniel Balan Zappia, que investigou fazendas da família do ministro do STF Gilmar Mendes.


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