Oscilações na interpretação das regras aumenta a desconfiança no Poder Judiciário
Carlos Pereira, O Estado de S.Paulo
Ao longo dos últimos anos o Brasil tem vivido uma verdadeira montanha russa com idas e vindas em decisões judiciais controversas, especialmente relacionadas a casos de corrupção.
O começo do cumprimento da pena, inicialmente admissível apenas após o trânsito em julgado, tornou-se possível depois de uma condenação em segunda instância, mas, recentemente, retornou ao trânsito em julgado; as condenações de Lula, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves foram anuladas; os crimes de corrupção associados a caixa dois, antes de competência da justiça criminal, são agora da justiça eleitoral; o compartilhamento de dados bancários e fiscais do Coaf e da Receita com a PF e MP passou a depender de prévia autorização judicial, etc.
Como confiar na Justiça diante de tamanha oscilação das suas próprias decisões? O ambiente de polarização política tem piorado ainda mais essa situação, pois a confiança das pessoas nas decisões judiciais não é livre de viés. Ou seja, a aparente racionalidade das pessoas para confiar ou não na Justiça pode ser motivada pela congruência da sua ideologia com a do acusado.
Será que a Justiça só seria justa e confiável quando punisse um desafeto, mas injusta e não confiável quando punisse o líder que ama?
Junto com os colegas da FGV André Klevenhusen e Lúcia Barros, fiz uma pesquisa de opinião experimental para investigar o papel da ideologia na confiança na Justiça em casos de corrupção.
Os resultados mostram que eleitores que possuem ideologia divergente da do candidato condenado apresentam níveis inalterados de confiança nas decisões judiciais. Este padrão se verificou em cenários de congruência (o candidato rejeitado é condenado) e indiferença (nem o candidato preferido nem o rejeitado são condenados) em relação aos veredictos da Justiça. No entanto, quando o candidato congruente com a ideologia do eleitor é condenado, a confiança no sistema de justiça diminuiu.
Os eleitores consideram os tribunais uma instituição imparcial para punir corruptos apenas quando seu candidato preferido não é o réu. Independentemente da volatilidade das decisões da Justiça, o eleitor já tem uma tendência de desconfiar dela quando ela causa dano ao objeto do seu afeto. Essa percepção tenderia a se potencializar se as decisões judiciais continuarem a apresentar esse perfil errático em curtos intervalos de tempo. Afinal de contas, a Justiça não pode ser um árbitro confiável, como é esperado em democracias, se as instâncias uniformizadoras superiores não forem vistas como consistentes e estáveis.
Movimento já feito por gigantes online como Amazon busca aproximar cliente da marca e gerar maior engajamento
Fernanda Guimarães, O Estado de S.Paulo
Depois do forte crescimento do comércio online durante a pandemia, empresas nativas digitais estão fazendo o caminho inverso e abrindo lojas físicas. Com isso, esperam acelerar a captação de novos clientes e ampliar a divulgação da marca. O movimento inclui nomes como a Wine, especializada em vinhos, a Mobly, de móveis, e o brechó online TROC, entre outros.
“O varejo físico proporciona complementos importantes. Além da captação de novos clientes a um custo baixo, traz relacionamento, engajamento dos clientes e também funciona como um ponto de distribuição para as vendas online”, explica Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese Retail, lembrando que esse mesmo caminho já foi seguido antes, nos EUA, pela gigante online Amazon.
No caso da Wine, a primeira loja foi inaugurada em Belo Horizonte (MG) pouco antes do início das medidas de isolamento social, no fim de 2019. A exemplo do restante do varejo, a empresa teve de baixar as portas logo em seguida, mas foi buscar na geolocalização uma forma de encontrar clientes próximos do ponto físico para o atendimento das vendas online – e a loja acabou virando um centro de distribuição de produtos para a região. PUBLICIDADE
Quando o comércio em geral voltou a funcionar, as entregas realizadas a partir da loja continuaram sendo estratégicas, mas outro ponto se mostrou um diferencial: com o crescimento do consumo de vinhos no País, o ponto físico se tornou uma importante arma de captação de novos clientes, aponta German Garfinkel, diretor da Wine.
“A ideia é a gente cortar a distância dos nossos sócios e clientes”, afirma o executivo. Pelo modelo adotado pela empresa, sócios ou assinantes da plataforma Clube Wine recebem, periodicamente, os rótulos selecionados pela casa.
Depois da loja em Belo Horizonte, a Wine abriu mais sete lojas em 2020 e outras oito neste ano. Em 2022, a ideia é abrir uma ou duas lojas por mês, diz Garfinkel. Mas os pontos de venda serão usados mais do que para vender: passada a pandemia de covid-19, a ideia é elaborar uma rotina de eventos e degustações, ampliando a interação com a clientela.
MÓVEIS E MODA
No e-commerce de móveis Mobly, a loja física deu um empurrão para que a marca fosse reconhecida pelos clientes. Essa foi a ideia que pautou a abertura, em 2019, da primeira megastore, com 3 mil metros quadrados, na Marginal Tietê.
A tese se provou correta e, agora, já são 15 lojas. Depois da capitalização vinda da recente oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), está nos planos da companhia dobrar o número de pontos de atendimento até o fim de 2022, comenta o fundador e presidente da Mobly, Victor Noda. “A loja física não é somente um importante canal de venda, mas é muito rentável”, afirma o executivo, que atua em um setor em que as vendas são predominantemente no mundo físico: cerca de 90%.
No caso da Mobly, a ideia não foi deixar de lado as características do e-commerce. O executivo conta que, hoje, 40% do que é vendido no ponto físico não está na loja. “A loja acaba sendo uma extensão do digital.”
O brechó online TROC, recém-adquirido pelo Grupo Arezzo, é outro que se lançou ao mundo físico. Além das duas lojas em funcionamento, a companhia mapeou três localizações para as próximas unidades. “Queremos desmistificar a visão que muitas pessoas ainda possuem em relação à moda circular”, afirma a presidente da TROC, Luanna Toniolo.
Já a startup de produtos para bebês Grão de Gente fará sua estreia com uma unidade de 500 metros quadrados em Santos – cidade natal do fundador da empresa, Gustavo Ferro, que também já prepara seu desembarque na capital paulista. No ano passado, a Grão de Gente faturou R$ 250 milhões, alta de 25% em relação ao ano anterior. Nativa digital, a empresa quer trazer todo o conhecimento do mundo online para a loja física. “Vamos ter muita interação, tecnologia, games. Queremos brincar bastante com a tecnologia”, afirma Ferro.
Já na Amaro ter uma loja física já se provou há muito tempo uma estratégia acertada. No início, em 2015, a varejista começou a abrir o que chamou de guide shops, que eram pequenos pontos que funcionavam como locais para trocas e para as clientes conhecerem os produtos, mas sem estoque. Com o tempo, no entanto, a Amaro começou a ofertar mais produtos, como itens de beleza e roupas para crianças. Com isso, a estratégia mudou e a companhia começou a abrir lojas com mais de mil metros quadrados – e com estoque.
“Antes os guide shops era uma extensão de marketing, como showroom, para a Amaro ter um alcance maior e para a cliente ter contato com o produto”, afirma a diretora da varejista, Daniela Valadão. Hoje a Amaro tem um total de 19 lojas, sendo sete já nesse novo formato. Para o ano que vem o planejamento inclui de oito a dez novos pontos.
Nas lojas, a Amaro decidiu criar uma ligação firme com o mundo online. Eliminou os tradicionais caixas e inclui o que batizou de ponto de check-out, no qual a cliente consegue fazer o pagamento. “A ideia é que nossas clientes se tornem omnichannel”, comenta. O cálculo da Amaro é de que essas clientes têm um tíquete médio de compra 35% superior daquela que compra em um único canal.
Na Simple Organic, de produtos para beleza, empresa adquirida no começo do ano pela Hypera Pharma, a primeira loja saiu do papel há dois anos e a decisão ocorreu pela demanda das cientes de ter mais contato com os produtos. “No próximo ano continuaremos a expandir pelo Brasil e seguimos também para a internacionalização, processo que começou também com vendas online e projetos locais”, afirma Patricia Lima, fundadora e presidente da marca.
45 minutos de atividade física todos os dias pode ajudar a diminuir risco de câncer
Estudos mostram que a atividade física diminui riscos de pelo menos 13 tipos de câncer e pode impactar o sistema imunológico, aumentando a capacidade do corpo de lutar contra o tumor
Um estudo publicado nos Estados Unidos avaliou a incidência de câncer e os hábitos de quase 600 mil pessoas e concluiu que existe uma estreita relação entre o sedentarismo e doenças malignas. Segundo a descoberta, cinco horas semanais de atividade física moderada poderiam evitar mais de 46 mil casos de câncer por ano naquele país. “Temos diversos estudos, inclusive em pacientes já diagnosticados, que mostram mudança do prognóstico da doença quando comparamos pacientes sedentários e ativos”, afirma a médica oncologista Danielle Laperche.
Segundo ela, o que se sabe hoje é que a atividade física regular tem o poder de controlar a cascata de inflamação dentro do nosso corpo. “Esse processo diminui a produção de substâncias inflamatórias que vão se acumulando em um corpo sedentário, melhora o controle metabólico de gasto energético, de produção e de acúmulo de gordura. Isso culmina no controle da parte endócrina, com diminuição da secreção exagerada de alguns hormônios com efeito favorável ao surgimento de tumores. O exercício é como um regulador endocrinometabólico do corpo”, diz.
Laperche explica que os principais tumores relacionados ao estilo de vida são os tumores de mama, endométrio, colorretal, próstata e câncer de pulmão. “Não por coincidência, esses são também os tumores mais incidentes. Temos um estudo sobre câncer de mama que mostra claramente que as chances de retorno do tumor em pacientes que se mantém ativas são muito menores do que em pacientes sedentárias. O papel do exercício físico na prevenção de tumores é enorme”, explica a oncologista.
Segundo matéria do jornal O Globo, em 2016, uma revisão de estudos no JAMA Internal Medicine concluiu que ser fisicamente ativo diminui os riscos para pelo menos 13 tipos de câncer, e um relatório publicado em 2019 mostrou que essas reduções poderiam chegar a 69%. “Os hábitos de vida impactam fortemente na incidência de câncer no mundo hoje e a população precisa se conscientizar que a atividade física vai muito além de mera questão estética. Se manter ativo é uma medida mínima para aumento da saúde e da expectativa de vida e para prevenção de doenças, desde problemas cardiovasculares e diabetes, como também o câncer”, finaliza Laperche.
Entenda como não repetir os erros de companhias gigantes que foram ultrapassadas por inovações
Inovação é o que mantém as empresas vivas. Não há como negar mais isso. Se a sua empresa não inova, muito provavelmente outra companhia virá e tomará seu lugar. E o pior: isso também afeta empresas que já foram grandes inovadoras em seus dias.
Para continuar inovando, empresas podem tomar dois caminhos: conversar com startups, como a Startup Valeon ou criar programas de P&D (pesquisa e desenvolvimento) dentro de suas casas. Aqui preferimos a primeira opção, sai mais barato e efetivo para grandes empresas.
Conheça 7 empresas gigantes que faliram nos últimos anos:
BLOCKBUSTER
Esse é um dos casos mais famosos das últimas décadas. Quem não tem memórias de ir até uma “locadora” para alugar alguns filmes? Bom. Essa era já morreu e levou a maior franquia desse segmento junto com ela. A Blockbuster era uma companhia gigante e com uma grande clientela fiel. E mesmo assim, morreu em pouquíssimos anos, quase de maneira surreal.
As pessoas deixaram de alugar DVDs para assistir através de serviço de streaming em demanda, como Netflix e Amazon Prime Video (e aqui no Brasil ainda teve a crueldade da pirataria para completar). Para piorar: a companhia teve a oportunidade de comprar a Netflix em 2000 e não comprou – resolveu focar as forças em ser a melhor varejista possível, o que acabou indo por terra quando as pessoas deixaram de visitar suas lojas para alugar DVD. Tudo bem, na época a Netflix era só um serviço de DELIVERY de DVD. A empresa faliu em 2013, depois de patinar por anos. É ainda mais doloroso saber que ela teve a faca e o queijo na mão, mas tomou as decisões erradas.
Atualmente, só sobrou uma Blockbuster aberta em todo o mundo – na cidade de Bent, estado americano do Oregon. Ela continua aberta por dois motivos: a) saudosistas da região vão para lá, além de muitos turistas e b) o dono não paga aluguel no terreno da loja. Ou seja, isso atesta que o modelo de negócios da empresa ruiu completamente, dando lugar a outra coisa nova e melhor.
Kodak
Outra história famosíssima de marca super popular, reconhecida, praticamente sinônimo de seu setor e que faliu por falta de inovação. Na década de 1970, a Kodak chegou a ser dona de 80% da venda das câmeras e de 90% de filmes fotográficos. E na mesma década, ela mesma inventou o que ia falir a empresa: a câmera digital. E surpreendentemente, ela ainda foi quase líder neste mercado, quando começou a competir.
Eles poderiam ter ido ainda melhor se tivessem acordado lá atrás. O que aconteceu é que, prevendo que câmera digital iria prejudicar a venda de filmes, eles engavetaram a tecnologia. Duas décadas depois, as câmeras digitais apareceram com força e quebraram a Kodak. Ela até tentou sobreviver, lançou câmeras digitais, mas seu nome não era mais sinônimo de fotografia como tinha sido décadas atrás. Faliu em 2012 e acabou com uma marca famosíssima, que, embora esteja de volta nos dias de hoje com algumas iniciativas interessantes, não é mais a mesma.
É muito importante lembrar que as empresas que quebraram a Kodak tiveram uma série de problemas na frente. O caso mais interessante talvez seja da GoPro, que é extremamente focada em hardware de captação de imagens. Como o celular passou a fazer esse tipo de trabalho, esse tipo de companhia também passou a ter problemas, demitindo centenas de funcionários recentemente. Ou seja, não basta inovar uma vez: precisa também seguir a inovação.
Yahoo!
Em 2005 o Yahoo! era o maior portal de internet do mundo e chegou a valer US$ 125 bilhões. Pouco mais de 10 anos depois, a companhia foi vendida por um preço modestíssimo para a Verizon, apenas por US$ 4,8 bilhões. Uma fração dos US$ 44,6 bilhões oferecidos pela Microsoft em 2008, quando a empresa já estava em crise. Tudo isso para sacramentar a morte da empresa como companhia independente.
Recentemente, a Verizon vendeu seu conglomerado de mídia – que inclui o Yahoo e a AOL – por US$ 5 bilhões para o fundo de capital privado Apollo Global Management.
O que deu errado? O posicionamento da companhia e a falta de inovação. Ela poderia ser o maior portal de pesquisa da internet, mas decidiram ser um portal de mídia. Foi por isso que não compraram o Google e não conseguiram comprar o Facebook. Aliás, a primeira oportunidade de comprar o Google foi por US$ 1 milhão, quando a atual empresa mais valiosa do mundo era só uma startup.
Xerox
Se as outras histórias são mais famosas, essa é a mais espetacular na minha opinião. Ela não faliu (eu menti para você no título da matéria, desculpa!), mas vale muito menos do que duas décadas atrás, mesmo sendo uma das companhias que ajudaram a criar várias tecnologias que usamos atualmente – com um dos times mais inovadores de toda a história. E seu nome, que é sinônimo no Brasil de cópia, hoje é muito menos relevante.
O PARC (Palo Alto Research Center) da Xerox tinha objetivo de criar novas tecnologias inovadoras. E conseguiram: computadores, impressão à laser, Ethernet, peer-to-peer, desktop, interfaces gráficas, mouse e muito mais. Steve Jobs só criou a interface gráfica de seus computadores após uma visita ao centro da Xerox, no coração do Vale do Silício. E ele não foi o único a “copiar” uma tecnologia deles com o intuito de lucrar. Muitos outros o fizeram e ganharam bastante dinheiro com as tecnologias desenvolvidas pela Xerox.
Contudo, um player do mercado pouco aproveitou das tecnologias desenvolvidas pela companhia: a própria Xerox. Isso é uma prova de que não adianta ter um time de inovação dentro da sua empresa criando coisas sensacionais. Inovação também é gestão. Não adianta ter os melhores inovadores na companhia se seus gerentes não conseguem implementar essas inovações para o mercado – uma regra de ouro para Larry Page, fundador do Google.
MySpace
A primeira grande rede social dos Estados Unidos, que teve o mesmo destino do Orkut. O MySpace começou a ganhar fôlego e tração baseada na ideia de que as pessoas queriam se conectar com outras ao redor do mundo, dividir fotos e outras mídias. Parecia bacana, mas a plataforma estagnou.
Pouco tempo depois, o Facebook surgiu do nada e tomou o espaço do MySpace facilmente, criando inúmeras novas funcionalidades. O Facebook se tornou muito popular em pouco tempo e roubou todo o espaço que o MySpace tinha. Foi vendido para um grupo gigante e depois sumiu. Seu irmão mais novo vale mais de US$ 800 bilhões e é uma das empresas mais promissoras do mundo.
Atari
Outra empresa do Vale do Silício que foi engolida pelos competidores por produzir produtos de qualidade questionáveis (alguém se lembra do jogo do ET?). Não bastou criar um mercado gigante de videogames praticamente sozinha, inovando com o Pong ou com o Atari 2600.
A companhia superaqueceu o mercado de videogames no início da década de 1980 e chegou a ter que enterrar milhares de fitas não vendidas e assumir o prejuízo. Quando o mercado se recuperou, outras empresas mais inovadoras haviam tomado a liderança, como a Nintendo. A Atari até tentou entrar novamente no mercado, mas nunca mais teve sucesso. Faliu, ressuscitou, faliu de novo e atual fase da empresa foi vendida em 2008 apenas para manter a valiosa marca viva.
BLACKBERRY
Mais uma grande empresa que faliu recentemente e que você vai lembrar do que ocorreu. A real inventora do smartphone foi a RIM no começo dos anos 2000. A companhia chegou a ter mais de 50% do mercado de celulares nos Estados Unidos, em 2007. Contudo, naquele mesmo ano, começou a sua derrocada.
O primeiro iPhone foi lançado no dia 29 de junho de 2007. A Blackberry ignorou as tecnologias que o iPhone estava trazendo, como o touch-screen e julgou que a empresa nunca seria capaz de se tornar o standard corporativo por não conseguir lidar com a segurança a nível de e-mail empresarial.
Mas a Apple dominou o mercado de consumidores pessoas-físicas e promoveu o BYOD (Bring Your Own Device, traga seu próprio aparelho) dentro das empresas. Com isso, o mercado foi redefinido e a Blackberry perdeu quase todo seu marketshare. A empresa faliu e atualmente tenta se redefinir lentamente, com aparelhos que usam o sistema operacional Android.
Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.
Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.
Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nas lojas passa pelo digital.
Para ajudar as vendas nas lojas a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para as empresas.
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Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.
Destacamos também, que o nosso site:https://valedoacoonline.com.br/já foi visto até o momento por 66.000 pessoas e o outro site Valeon notícias:https://valeonnoticias.com.br/também tem sido visto por 512.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos.
Filipe Ferraz continua fazendo história pelo Cruzeiro, agora como técnico. Depois de conquistar 39 campeonatos pelo clube dentro de quadra, como ponteiro, ele ergueu neste sábado (11) seu terceiro troféu como comandante. O time celeste atropelou o Civitanova da Itália por 3 a 0, em Betim, e sagrou-se tetracampeão mundial. Em outubro, ele já havia faturado os títulos do Campeonato Mineiro, sobre o Minas, e da Supercopa, sobre o Natal.
Filipe, de 41 anos, foi anunciado como novo treinador do Cruzeiro em 29 de abril com a difícil missão de suceder o argentino e multicampeão Marcelo Mendez. Os treinamentos começaram efetivamente em 14 de junho.
Passados seis meses de trabalho, ele confessou que jamais imaginava ter três títulos, sendo um deles o Mundial de Clubes. Como atleta, ele teve o prazer de ser campeão com o Cruzeiro em 2013, 2015 e 2016.
“É uma sensação maravilhosa. Nem nos meus melhores sonhos eu jamais imaginei chegar neste momento agora, de ser campeão mundial em seis meses de trabalho, em tão pouco tempo. A diretoria confiou a mim este trabalho. Eu sou uma pessoa movida a desafios. Se ele vai dar certo, se vai resultar em sucesso, eu não sei, mas que eu vou encarar, eu vou. Com muito trabalho, com muita dedicação. Então, está aí o resultado”, disse Filipe Ferraz ao SporTV após a vitória sobre os italianos em Betim.
O treinador valorizou muito a comissão técnica e o elenco, que toparam dar continuidade ao projeto do Cruzeiro ao seu lado. “Tenho que agradecer principalmente à comissão técnica, que me deu todo o respaldo, e aos atletas, que abraçaram a ideia, confiaram na minha na minha filosofia. E está aí um show, o espetáculo que eles fizeram dentro de quadra. Parabéns a todos os cruzeirenses que estiveram aqui hoje, que estão vendo o quarto título mundial. São três como atleta e o primeiro como treinador”.
Congresso nacional promulgou trecho da PEC dos precatórios que viabiliza o Auxílio Brasil de R$ 400| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Como o Senado havia aprovado a PEC dos Precatórios com algumas alterações significativas em comparação com o texto recebido da Câmara, o curso normal do texto seria uma nova tramitação para que os deputados referendassem ou rejeitassem as mudanças feitas pelos senadores. Em vez disso, um acordo entre os presidentes das duas casas – o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – “fatiou” a PEC: a parte que havia sido aprovada na Câmara e mantida intacta pelo Senado já foi promulgada; caberá à Câmara, na próxima semana, analisar apenas os trechos inseridos pelos senadores, que ficaram na outra fatia.
Não foram poucos os senadores revoltados com a manobra dos dois presidentes. Eles centraram suas críticas em Pacheco, que, de acordo com esses parlamentares, havia se comprometido a não desmembrar a PEC, além de negociar com Lira a manutenção, na Câmara, dos trechos inseridos pelo Senado. Durante a sessão em que houve a promulgação, Pacheco chegou a se exaltar, dizendo que não havia feito compromisso algum. O presidente do Senado defendeu o fatiamento alegando que era preciso garantir o quanto antes o espaço orçamentário para que o governo pague o Auxílio Brasil nos termos desejados para 2022, com benefício de R$ 400 mensais.
O estrago maior já está feito, mas a Câmara ainda pode colocar a cereja no bolo da irresponsabilidade da PEC dos Precatórios
A fatia promulgada na quarta-feira, no entanto, ainda não garante totalmente o benefício da forma sonhada pelo Planalto. O “coração” da proposta está sacramentado: calote em parte dos precatórios que deveriam ser pagos em 2022 por ordem judicial e que ficarão para depois, e alteração nos parâmetros de cálculo do reajuste do teto de gastos. Com isso, serão liberados de R$ 62 bilhões a R$ 65 bilhões – a Câmara e o Ministério da Economia têm estimativas divergentes. Mas, desse valor, a conta do Ministério da Economia envia R$ 42,7 bilhões para outros gastos obrigatórios como correções de benefícios do INSS e pisos constitucionais de investimento em saúde e educação. Sobrariam menos de R$ 20 bilhões, que não bastam para bancar todo o Auxílio Brasil – seria preciso ou cortar despesas no Orçamento de 2022, ou aprovar a segunda fatia da PEC.
A Câmara, dependendo do que decidir na semana que vem, pode abrir pouco mais de R$ 40 bilhões em espaço adicional no orçamento, além do que já está garantido. Seria mais que suficiente para custear o novo programa social do governo, e é aqui que reside a maior revolta dos senadores na sessão do dia 8. Desde que a PEC ainda estava em sua primeira passagem pela Câmara, governo e parlamentares já cobiçavam esse dinheiro para fins dos mais diversos: aumento do fundão eleitoral, benefício específico para caminhoneiros, reajuste para o funcionalismo e mais emendas de relator já apareceram como possíveis destinos dessas dezenas de bilhões de reais. O Senado, no entanto, “carimbou” essa folga, inserindo na PEC um dispositivo pelo qual o espaço adicional só poderia ser usado para o Auxílio Brasil, correção de outros benefícios ou compra de vacinas – esta solução ajudou a reverter o voto de senadores que eram contrários à PEC, mas aceitaram aprová-la com a condição de que ela não legitimasse novas farras com o dinheiro do contribuinte brasileiro. Entretanto, não há a menor garantia de que os deputados mantenham essa vinculação estabelecida no Senado.
O estrago maior já está feito: em vez de promover o ajuste fiscal e cortar gastos para bancar uma importante ajuda aos brasileiros mais vulneráveis, governo e Congresso escolheram inserir na Constituição o “devo, não nego, pago quando puder” e mostrar a todos que o teto de gastos está sujeito a gambiarras de conveniência. A Câmara ainda pode colocar a cereja no bolo da irresponsabilidade caso derrube o “carimbo” do Senado e permita o uso imoral do espaço adicional no orçamento. Mas, ainda que não o faça, fica mais distante o objetivo de recuperar a saúde fiscal do Brasil e, com isso, dar condições para uma queda na inflação, nos juros e no dólar. E gastos fora de controle são o caminho para que, mais cedo ou mais tarde, o desarranjo na economia seja tanto que auxílio nenhum será capaz de compensar.
Entrevista Pacelli Luckwü sobre conservadorismo na Europa
Por Cristina Graeml – Gazeta do Povo O conservadorismo europeu foi forte durante décadas, mas se deixou engolir pela crescente oposição a regimes totalitários que dominaram o continente especialmente na primeira metade do século XX.
Ocorre que na segunda metade do século passado foi o progressismo que se radicalizou, a ponto de permitir o ressurgimento do movimento político-ideológico contrário, tal qual costuma acontecer sistematicamente ao longo da história contemporânea.
Qual o tamanho e a força desse novo conservadorismo europeu? Existe ligação entre os novos líderes e os do passado, especialmente aqueles que lançaram a Europa e países de outros continentes em guerras mundiais e perseguiram populações inteiras por preconceito religioso?
Essas são algumas das questões que o economista brasileiro Pacelli Luckwü tenta esclarecer durante nossa conversa em vídeo, gravada para que você, assinante ou leitor eventual (e também espectador dos conteúdos da Gazeta do Povo em vídeo) possa entender melhor os movimentos antagônicos que brigam por espaço na cena política da Europa atual.
Pacelli morou na Alemanha por 12 anos, onde cursou economia e aprofundou-se em estudos de outras duas áreas de interesse: história e política. Em gravação anterior, há três semanas, que você pode conferir aqui, ele já havia traçado um bom panorama da esquerda europeia atual.
Nossa conversa foi justamente na semana em que o ex-presidente Lula perambulava pela Europa em claro movimento de pré-campanha eleitoral, tentando passar para os brasileiros a ideia de que transita muito bem entre os maiores líderes europeus, o que não é verdade.
Lula teve, sim, acesso a algumas das expressões da esquerda europeia, mas não aos maiores estadistas como a militância andou divulgando. Foram políticos dos mais radicais da esquerda europeia atual que se dispuseram a receber o ex-presidente brasileiro pré-candidato à presidência da República devido a manobras jurídicas do STF.
O conservadorismo europeu, porém, tem laços fortes com outro líder político brasileiro, não por acaso, provável concorrente de Lula nas eleições do ano que vem: o presidente Jair Bolsonaro. Para os conservadores da Europa, ele virou referência de resistência ao avanço das pautas progressistas pelo mundo.
Da extração em área protegida à exportação ilegal para Europa, esquema que foi alvo da PF envolvia dezenas de empresas, cooperativas, funcionários fantasmas e até barbearia no interior paulista para lavar dinheiro
André Borges, O Estado de S.Paulo
Toneladas de ouro retiradas do subsolo da terra indígena Kaiapó, no sul do Pará, movimentaram, por anos, uma complexa organização criminosa que dominava toda a cadeia do negócio ilegal, desde a abertura e exploração dos garimpos, até os esquemas de lavagem do dinheiro e a venda do produto no Brasil e no exterior. A rede envolvia dezenas de empresas ligadas ao comércio de metais, cooperativas de ouro, dezenas de funcionários fantasmas e empresas sem qualquer relação com o setor, como uma barbearia da cidade de Limeira, no interior de São Paulo, que lavou mais de R$ 12 milhões do garimpo ilegal em apenas 11 meses.
O Estadão teve acesso exclusivo ao relatório da Polícia Federal que embasou a Operação Terra Desolata. Deflagrada em 27 de outubro, a ação que contou com cerca de 200 policiais cumpriu 62 mandados de busca e apreensão, além de 12 mandados de prisão preventiva em dez unidades da federação: Pará, Amazonas, Goiás, Roraima, São Paulo, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal. A Justiça Federal determinou o bloqueio e indisponibilidade de valores que chegam a R$ 500 milhões em contas dos investigados. Cinco aeronaves foram apreendidas. A atividade econômica de 12 empresas foi suspensa e houve bloqueio de imóveis de 47 pessoas físicas e jurídicas.
O Estadão tentou contato com todos os citados na reportagem. Eles estão cumprindo prisão preventiva. Foram procurados, portanto, os advogados, que também não foram encontrados ou não se manifestaram.
O relatório, que aponta a retirada ilegal de aproximadamente uma tonelada de ouro por ano de terras indígenas do sul do Pará, revela, em detalhes, a audácia de membros da quadrilha. Em diversas ocasiões, eles não se mostraram preocupados em exibir nas redes sociais seus artigos de luxo, como helicópteros e carros importados, além de máquinas escavadeiras de grande porte e barras de ouro sobre a mesa.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=zMBdey
Entre todos os investigados, se destaca a atuação dos irmãos Arlan Monteiro de Almeida e Hailton Monteiro de Almeida, que estão entre os que tiveram a prisão preventiva decretada. Conhecidos como os “irmãos leiterinhos”, ambos têm como atividade econômica principal a extração ilegal de ouro em terras indígenas. A estimativa é de que, só da terra indígena Kayapó, onde fica a base operacional da família, os irmãos leiterinhos vinham extraindo nada menos que 18 quilos de ouro por mês. Equivale a um faturamento mensal de aproximadamente R$ 5,4 milhões com a atividade ilegal.
O relatório da PF afirma que ambos têm o crime como meio de vida. Arlan já é réu em processo criminal na 9ª Vara Federal Ambiental e Agrária do Pará e chegou a ser preso em 2020 pela própria PF em Redenção (PA). Antes da operação, estava em liberdade provisória. Com seu irmão Hailton, já respondeu por furto contra Caixa Econômica, em processo envolvendo fraudes bancárias.
Hailton Almeida não tem vínculo empregatício, nem é sócio ou administrador de qualquer empresa. Nas redes sociais, porém, exibe veículos de luxo, aeronaves, máquinas do tipo escavadeiras hidráulicas e até mesmo barras de ouro. Fora das publicações digitais, a atuação dos irmãos vinha buscando formas de proteger da fiscalização. As investigações apontam que máquinas carregadeiras hidráulicas da família começaram a ser envelopadas com camuflagem estilo militar, para dificultar a localização que é feita com uso de equipamentos como os veículos aéreos não tripulados (Vant) e por helicópteros.
Cooperativa era usada para dar aparência de legalidade
As investigações da PF, que tiveram início em 2020, apontaram que a organização criminosa atuava em três níveis distintos, a extração, o comércio (por intermediários) e a exportação do ouro ilegalmente extraído. A extração do ouro é realizada de vários garimpos da região Sul do Pará, inclusive em terras indígenas.
Na ponta do processo estão várias pessoas como os irmãos Almeida, que lidam diretamente com a extração ilegal. Além desses, a PF aponta a participação de garimpeiros como Gustavo Seixas, Sidney Soares, Marcus Vinicius Alvares, Walterly Guedes e da cooperativa Cooperouri. Esses garimpeiros, segundo a investigação, vendiam o ouro a atravessadores – pessoas ou empresas –localizados próximo à região do garimpo. Paralelamente, faziam também transação comercial diretamente com a CHM do Brasil, empresa sediada em Goiânia que exportava o material para a Itália.
Para dar aparência de legalidade, algumas operações ocorriam por meio da Cooperouri, que tem permissão de lavra garimpeira (PLG). Esta, porém, fazia compra de ouro de garimpeiros não cooperados e explorava áreas fora de sua concessão.
“Não se tem dúvidas quanto à associação dos envolvidos em torno de uma extensa e complexa organização criminosa voltada para a prática de crimes ambientais, com foco especial na lavagem de dinheiro decorrente dos lucros obtidos com os crimes anteriores perpetrados, mediante a clara e imprescindível divisão de tarefas”, conclui o relatório da PF. “A prisão destes seria a única forma de interromper ou diminuir a atuação da organização criminosa, levando-se em consideração, ainda, a comoção social que o caso requer e a própria credibilidade da Justiça ante a gravidade dos crimes apontados.”
Suspeitos podem responder por usurpar bens da União e lavagem de dinheiro
Os investigados poderão responder por crimes de usurpação de bens da União, integração de organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de penas previstas pela Lei de Crimes Ambientais.
A Cooperativa de Garimpeiros de Ourilandia e Região (Cooperouri) não se manifestou até o fechamento deste texto. A reportagem não conseguiu contato com a empresa CHM do Brasil. A italiana Chimet SPA foi acionada, mas não se manifestou até esta publicação.
A reportagem não conseguiu contato com os investigados Arlan Monteiro de Almeida, Hailton Monteiro de Almeida, Gustavo Machado Seixas, Sidney Soares Gomes Brito, Marcus Vinicius Alvarez Guimaraes, Patricia Ferreira Soffa, Douglas Alves de Morais, Fabio Monteiro da Silva, Giacomo Dogi, Walterly Guedes Pereira dos Santos, Vergelina Pereira dos Santos e Andre Felipe Picone Rosa.