quarta-feira, 24 de novembro de 2021

HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CARREIRA

 

Áreas como transformação digital, autogestão, resolução de problemas e relacionamento interpessoal se destacam na lista do Fórum Econômico Mundial; especialistas apontam capacidades complementares

Texto: Nathalia Molina e Fernando Victorino, especiais para o Estadão / Ilustrações: Marcos Müller


Em até cinco anos, 40% das habilidades essenciais exigidas atualmente dos profissionais vão mudar. No mesmo período, o tempo gasto em tarefas executadas por seres humanos e máquinas tende a se igualar. As conclusões apontadas no relatório The Future of Jobs 2020, divulgado em outubro pelo Fórum Econômico Mundial, destacam disrupções relacionadas à pandemia, observadas até o momento em 15 setores econômicos de 26 países. O documento também projeta a expectativa de mudança nas habilidades valorizadas no cenário futuro.

As dez principais a serem desenvolvidas até 2025, segundo o Fórum Econômico, estão relacionadas a fatores como transformação digitalautogestãoresolução de problemas e capacidade de lidar com pessoas. “Percebemos uma combinação de habilidades técnicas e comportamentais na lista, além da tendência das competências ligadas à tecnologia”,  diz Milton Beck, diretor-geral do LinkedIn para a América Latina.

Para Beck, o profissional do futuro deve estar preparado para as mudanças do mercado, que já estão acontecendo e modificando o modo como as empresas montam seus times. “Mais do que conseguir  realizar determinada tarefa, as pessoas precisam saber trabalhar em equipe, pensar de forma criativa e crítica, e se comunicar de maneira efetiva.”

Entre as competências essenciais, algumas vêm ganhando importância nos últimos anos, caso das soft skills. As empresas já perceberam a importância de ter profissionais com habilidades socioemocionais fortes. E começam a modificar seus processos seletivos para identificar talentos nessa área. Às vezes, antes mesmo de fazer uma análise das chamadas hard skills, ligadas ao desempenho técnico.

“As empresas perceberam que contratavam por capacidade técnica e, na maioria das vezes, demitiam por comportamento”, conta Luiza Helena Trajano, presidente do conselho da empresa (leia entrevista no fim desta reportagem). “No Magazine Luiza, começamos a realizar os primeiros testes cegos, nos quais analisam-se os comportamentos. Só depois dessa fase inicia-se a análise técnica.”

DE OLHO EM 2025: HABILIDADES VALORIZADAS

● Pensamento analítico e inovação: capacidades ajudam a planejar e a concretizar projetos para resolver problemas de modo inovador
● Aprendizado ativo: aqui entram atividades de lifelong learning
● Resolução de problemas complexos: quanto maior a habilidade, melhor o profissional vai gerenciar os desafios no mercado
● Pensamento crítico e análise: garantem autonomia e ampliam a capacidade de avaliar e se posicionar diante de diferentes situações
● Criatividade, originalidade e iniciativa: ter ideias fora da caixa é fator de diferenciação
● Liderança e influência social: habilidades são fundamentais para lidar com pessoas e se comunicar bem
● Habilidade tecnológica: em diferentes frentes, como uso, controle e monitoramento
● Autonomia tecnológica: para programação e design tecnológico
● Resiliência, gestão de estresse e flexibilidade: essas três soft skills são muito destacadas também por especialistas
● Raciocínio, solução de problemas e ideação: todas as habilidades que ajudam na solução de problemas vêm ganhando atenção

FONTE: Fórum Econômico Mundial

TIMES MULTIDISCIPLINARES

Outro aspecto que reforça a importância das soft skills é a forma como as companhias estão se estruturando, em equipes formadas por profissionais de áreas diversas. “Uma habilidade muito valorizada no mercado é a capacidade de trabalhar com perfis diferentes, entendendo que cada um tem pontos fortes e fracos”, diz Lachlan de Crespigny, cofundador da Revelo, startup de recursos humanos. “Você tem de desenvolver um jeito para conseguir se comunicar.”

Além de empresas novas, como o Nubank, o Quinto Andar e a própria Revelo, ele menciona que até organizações tradicionais vêm se adaptando ao modelo. “No Itaú, os novos departamentos já estão sendo criados nesse formato também”, diz Crespigny.

‘Uma habilidade muito valorizada no mercado é a capacidade de trabalhar com perfis diferentes’Lachlan de Crespigny, cofundador da Revelo

A Mondelez International é outra empresa que está investindo agora para acelerar as soft skills e mover a cultura da empresa. “Todo time de executivos participa atualmente de um programa de formação customizado, em parceria com a Harvard, chamado Grow, que combina a teoria, mas estimula principalmente a prática de novos comportamentos”, conta Betina Corbellini, diretora de Recursos Humanos da Mondelez Brasil.


VEJA DICAS DE CURSOS, LIVROS E SITES:

Selecionamos sugestões nas áreas indicadas por especialistas como essenciais para o desenvolvimento profissional


Toda habilidade é treinável, e isso não é diferente com as comportamentais. As soft skills mudam de pessoas para pessoa, tanto as que o profissional já tem quanto aquelas escolhidas para focar em desenvolver. Sandra Betti, sócia-diretora da consultoria MBA Empresarial, lembra que um estudo da Universidade de Stanford constatou que 85% do sucesso tem a ver com atitudes positivas e 15% com as hard skills.

No vídeo abaixo, Sandra cita as principais habilidades – entre as socioemocionais e as técnicas – que estão sendo valorizadas no mercado de trabalho. Leia também, nesta página, trechos da entrevista que a especialista deu para o projeto de Lives do Sua Carreira.https://www.youtube.com/embed/OTw84fSH9mI?color=white&playsinline=1&rel=0&enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fwww.estadao.com.br

As soft skills estão dentro dessas atitudes mais positivas de vida. “Tem outro estudo que indica que três fatores muito importantes são compaixão, perdão e gratidão. Antes, quem falava essas coisas era meio ridicularizado. Hoje, é um professor de Stanford que diz”, conta a especialista em desenvolvimento gerencial e identificação de talentos.

O aprendizado contínuo, então, é o caminho natural para o aperfeiçoamento. “Antes, nos 20 primeiros anos, você estudava; nos 35 anos seguintes, trabalhava; e nos 15 anos finais, aproveitava a vida. Hoje, faz tudo junto”, diz Daniela Diniz, diretora de Conteúdo e Eventos da Great Place to Work (GPTW). “Isso é o lifelong learning: a vida juntou tudo. E a pandemia só catalisou essas mudanças.”

‘Os mais velhos também querem trabalhar por propósito, também querem um alinhamento de valores’, diz Daniela DinizGPTW/DIVULGAÇÃO

Daniela esteve entre os convidados das lives do Estadão sobre carreiras. No vídeo abaixo, ela fala sobre como profissionais de diferentes faixas etárias estão interagindo no mercado de trabalho – baby boomers e integrantes das gerações X, Y e Z.https://www.youtube.com/embed/B4bVwkBY6wM?color=white&playsinline=1&rel=0&enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fwww.estadao.com.br

Para Daniela, não é correto imaginar que algumas características, que geralmente são atribuídas a uma ou a outra geração, são exclusivas delas. Vai ocorrendo uma mescla. Ela dá um exemplo, dizendo que algumas pessoas  atrelam o desejo de trabalhar com propósito, pensando em valores, é algo típico da geração Y ou da geração Z. “Mas os mais velhos também querem trabalhar por propósito, também querem um alinhamento de valores. Eles não querem fazer como antigamente e apenas ganhar o salário no fim do mês.”


ENTREVISTA

LUIZA HELENA TRAJANO
PRESIDENTE DO CONSELHO DO MAGAZINE LUIZA

‘Uma equipe diversa é mais criativa e inovadora’

‘Cada vez mais, as características socioemocionais devem ser valorizadas pelas empresas’FELIPE RAU/ESTADÃO

● Ao longo da sua experiência profissional, o mundo e, consequentemente, as empresas foram mudando. Atualmente, habilidades socioemocionais são, em algumas carreiras, até mais valorizadas do que as técnicas. Como você vê essas transformações e como você mesma se adaptou e se desenvolveu para atuar nesta nova realidade?

Essa mudança já está ocorrendo há algum tempo. As empresas perceberam que contratavam por capacidade técnica e, na maioria das vezes, demitiam por comportamento. No Magazine Luiza, começamos a realizar os primeiros testes cegos, nos quais analisam-se, em primeiro lugar, os comportamentos. Somente após essa fase, inicia-se a análise técnica. Cada vez mais as características socioemocionais devem ser valorizadas pelas empresas.

● Como a inclusão das chamadas minorias (mulheres, negros e LGBTs, por exemplo) nas empresas é importante para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais de toda a equipe, como liderança, empatia, comunicação e flexibilidade?

Uma empresa não é uma ilha. Como ela pode falar com seus consumidores se internamente não existe diversidade? Uma equipe diversa é mais criativa e inovadora, e sabe se comunicar melhor com a sociedade.

● O empreendedorismo foi incluído na reforma do ensino médio como uma competência a ser desenvolvida nos estudantes, incluindo aspectos como resolução de problemas e melhor uso de recursos humanos e naturais. Ter uma atitude empreendedora ajuda na carreira?

No Magazine Luiza, nós treinamos e cobramos uma visão empreendedora de todos os colaboradores há muito tempo. Atitude empreendedora é fundamental para qualquer profissional que deseja se destacar em qualquer organização. Desenvolver competências empreendedoras nas escolas será um diferencial para a carreira desses estudantes.


ENTREVISTA

SANDRA BETTI
PSICÓLOGA, MASTER COACH E ESPECIALISTA EM DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E TALENTOS

‘Quer treinar liderança? Tente ser síndico do seu prédio’

‘Se você quiser aprender a nadar, não adianta ficar só lendo livro ou vendo vídeo’, diz Sandra BettiRICARDO BETTI/DIVULGAÇÃO

Na hora de desenvolver uma habilidade socioemocional, estudar é apenas parte do caminho. Sandra Betti recomenda que a pessoa também busque exercitar na prática a competência, seja liderança, desenvoltura ou qualquer outra soft skill. Seguindo esse conceito, fazer teatro pode ajudar, por exemplo. Ou mesmo enfrentar a função de síndico de prédio. Confira:

● Qual é a melhor maneira de desenvolvermos soft skills? Existe um curso para melhorar ou adquirir uma nova?

Primeira coisa, 70% do nosso aprendizado é na prática. Se eu quero desenvolver comunicação, eu posso assistir a Ted Talks de comunicação, ler livros sobre comunicação, fazer cursos. Mas isso é 10 ou 20%. O ideal é viver situações que vão exercitar aquela competência. Se você quiser aprender a nadar, não adianta ficar só lendo livro ou vendo vídeo. Você tem de entrar na piscina. On the job, na prática. Quero ficar mais desenvolta? Passada a pandemia, se matricule em um curso de teatro amador. Lembro de um rapaz que trabalhava em informática e queria exercer liderança, mas diziam que ele tinha perfil técnico e ninguém deixava ele se desenvolver. Falei: por que você não tenta ser síndico do prédio? ‘Pô, mas todo mundo briga’, ele respondeu. Eu disse: ‘Acho ótimo porque você vai aprender a negociar, a mediar conflitos, e ainda não vai pagar condomínio’.

● Em relação à diversidade e à questão dos vieses inconscientes, peca-se no recrutamento de candidatos exigindo hard skills que, às vezes, eles não adquiriram porque pertencem a grupos de baixa renda, sem acesso a uma melhor formação educacional? Como lidar com isso?

Na consultoria em que trabalho, havia muitas pessoas com problemas de português. A gente contratou um professor, deu aulas. Empresas e escolas podem ajudar muito, mas cada um de nós tem de ser uma máquina de aprendizagem. Para aprender, é preciso ter um plano, um projeto, e ralar. Hoje em dia, tem cursos gratuitos na internet. Tem a Coursera, por exemplo. As melhores faculdades do mundo têm cursos online e dão certificado. Com inglês, você pode acelerar muito a sua carreira. A maioria dos empregos não requer inglês, mas exige se você quiser subir.

● Como faço para que minha mensagem como empresa chegue ao mercado e eu consiga atrair os talentos certos? No processo de seleção, como saber que aquele talento tem o fit cultural para a vaga?

Uma coisa que é muito clara: é uma relação de confiança. Para mim, o mais importante é a coerência entre o que a empresa fala e o que a empresa faz. Muitas empresas falam de cuidado com as pessoas, respeito com as pessoas. E de diversidade também. Discurso bonito todas elas têm. Se você entrar nos valores, é tudo muito parecido. Às vezes, muda um pouquinho a redação. O mais importante não é o que a empresa fala, mas o que ela faz. Sob a perspectiva dos funcionários, a referência para mim sempre foi importante. Se quiser saber da cultura de uma empresa, converse com quem saiu de lá ou com alguém que está lá. Daí a gente vai ver se o discurso que é bonitinho existe na prática.

DEFENSORES DE MARCA E MARKETING BOCA-A-BOCA SÃO AS MELHORES PROPAGANDAS

 

Peepi > Marketing de Defensores

Separamos alguns dados sobre Marketing de Defensores que vão te convencer a adotar essa estratégia em 2022. Confira!

O Marketing de Defensores já é uma realidade no mundo e está ganhando corpo no Brasil. Trata-se de uma metodologia para identificar os clientes Defensores de uma marca, engajá-los e mobilizá-los para que sejam promotores da marca de forma espontânea.

Isso significa que seus clientes mais satisfeitos podem agir como promotores da sua empresa no ambiente online, como uma espécie de marketing boca a boca, ou marketing de indicação, no mundo digital.

E por que isso gera resultado? Segundo um estudo da McKinsey, o marketing boca a boca é o principal fator por trás de 20% a 50% de todas as decisões de compra. Porém, essa é uma estratégia amplamente inexplorada no marketing digital brasileiro. Em grande parte, isso ocorre porque muitos profissionais da área não estão cientes do impacto total dessa estratégia.

Por isso, separamos alguns dados que irão te mostrar o poder do marketing boca a boca e convencê-lo a utilizar essa estratégia pelo Marketing de Defensores.

Pessoas confiam em pessoas

É por isso que elas procuram recomendações de produtos. Algumas pesquisas confirmam o poder do marketing boca a boca e apontam o comportamento dos consumidores ao longo dos anos.

A WOMMA relata que todos os dias nos Estados Unidos, ocorrem aproximadamente 2,4 bilhões de conversas sobre marcas e empresas.

A Nielsen informa que 92% dos consumidores acreditam mais nas sugestões de amigos e familiares do que na publicidade.

A geração dos Millennials classificou o boca a boca como a principal influência em suas decisões de compra, e 28% dizem que não comprariam um produto que seus amigos não aprovem.

Além de amigos e familiares, 88% das pessoas confiam nas avaliações online escritas por outros consumidores tanto quanto confiam nas recomendações de contatos pessoais.

O HubSpot relata que 75% das pessoas não acreditam nos anúncios, mas 90% confiam nas sugestões de familiares e amigos e 70% nas avaliações de outros consumidores.

De acordo com a Syncapse, 85% dos fãs de marcas no Facebook recomendam marcas para outras pessoas.

Segundo pesquisa da Adweek, 76% das pessoas confiam mais em conteúdos compartilhados por outras pessoas do que por marcas.

De acordo com a SDL, 58% dos consumidores nas redes sociais compartilham suas experiências positivas com uma empresa e pedem a opinião de familiares, colegas e amigos sobre as marcas.

84% dos consumidores dizem que confiam total ou parcialmente nas recomendações de familiares, colegas e amigos sobre os produtos – tornando essas recomendações a fonte de informação com classificação mais alta em termos de confiabilidade.

Segundo a Boston Consulting Group, os consumidores confiam no boca a boca 2 a 10 vezes mais do que na mídia paga.

E 74% dos consumidores identificam o boca-a-boca como um influenciador importante em suas decisões de compra.

Segundo o American Express 2017 Customer Service Barometer, os norte-americanos se mostraram mais propensos a postar sobre boas experiências (53%) do que experiências ruins (35%) nas redes sociais.

O boca-a-boca impulsiona as vendas

Os consumidores contam uns com os outros para obter conselhos sobre o que comprar. De acordo com estudos recentes, o boca-a-boca pode ser a forma mais eficiente de vendas que impulsionam as táticas de marketing.

Segundo a Nielsen, as pessoas têm 4 vezes mais probabilidade de comprar quando indicadas por um amigo.

Segundo o Market Force, 81% das decisões de compra dos consumidores online dos EUA são influenciadas pelas postagens de seus amigos nas redes sociais, contra 78% que são influenciados pelas postagens das marcas que seguem nas redes sociais.

74% dos consumidores identificam o boca-a-boca como um influenciador principal em sua decisão de compra.

43% dos consumidores são mais propensos a comprar um novo produto quando aprendem sobre ele com amigos nas redes sociais.

O impacto é de longo alcance

O marketing boca-a-boca melhora toda a jornada do cliente, incluindo métricas pós-compra como retenção e fidelidade.

O Lifetime Value de um cliente adquirido por uma indicação é 16% maior do que o cliente prospectado de outra forma.

O boca-a-boca demonstrou melhorar a eficácia do marketing em até 54%, segundo o MarketShare.

Os clientes indicados por outros clientes têm uma taxa de retenção 37% maior.

Os clientes adquiridos por meio de indicação tendem a gastar 200% a mais do que o cliente médio.

De acordo com a National Law Review, pode custar cinco vezes mais adquirir um novo cliente do que manter um atual.

A Bain & Co estima que um aumento de 5% na retenção de clientes pode aumentar a lucratividade de uma empresa em 75%. Em outras palavras: as pessoas confiam nos amigos, na família (e até mesmo em estranhos) mais do que nos anúncios.

O poder da Experiência do Cliente

Mencionamos bastante que uma boa experiência de compra leva o consumidor a fazer uma indicação ou escrever um bom review na internet. Por isso, ter uma estratégia de Customer Experience bem alinhada é essencial para criar defensores e garantir boas indicações.

Se uma empresa fatura US$ 1 bilhão anualmente, ela pode obter em média US$ 700 milhões adicionais em 3 anos de investimento na experiência do cliente, segundo o The Temkin Group.

Uma pesquisa da PWC revelou que 86% dos compradores pagarão mais por uma ótima experiência do cliente. Quanto mais caro o item, mais eles estão dispostos a pagar.

Além disso, 73% dos consumidores apontam a experiência como um fator importante em suas decisões de compra.

De acordo com Esteban Kolsky, 72% dos clientes compartilham uma experiência positiva com 6 ou mais pessoas; 13% dos clientes insatisfeitos compartilham suas experiências com 15 ou mais; e apenas 1 em 26 clientes insatisfeitos de fato abrem uma reclamação.

De 15.000 consumidores pesquisados pela PWC, 1 em cada 3 deixará a marca que ama depois de uma única experiência ruim.

80% dos consumidores dizem que velocidade, conveniência, ajuda especializada e serviço amigável são os elementos mais importantes de uma experiência positiva do cliente.

O papel do Marketing de Defensores

O Marketing de Defensores entra neste momento. Trata-se de uma estratégia que estimula o marketing boca-a-boca, fazendo com que pessoas que gostam da marca e colaboradores disseminem os conteúdos para a sua rede.

Confira alguns dados sobre Marketing de Defensores:

Um estudo da Comscore mostrou que, ao combinar o trabalho profissional com as divulgações de fãs, a linha de produtos de uma marca teve um retorno 28% melhor com esse mix – se for considerado apenas o produto em questão, o crescimento foi de 35,3% -, o que vai incidir diretamente sobre as vendas e o lucro.

O Marketing de Defensores aumenta em até 54% a efetividade do Marketing das empresas.

No geral, as marcas geram até 650% de ROI para cada dólar investido no Marketing de Defensores.

O Marketing de Defensores ou Advocate Marketing resulta em um aumento de 5x no tráfego gerado para um site empresarial e um crescimento de 25% em leads – potenciais consumidores de um negócio. As informações são de um relatório do Edelman Trust Barometer.

Ficou convencido da importância em adotar o Marketing de Defensores? Trata-se de uma estratégia capaz de gerar benefícios em todos os setores: do ganho de imagem, da melhoria da comunicação com os consumidores ao aumento dos resultados financeiros efetivos, assim como a conquista dos novos clientes.

A Startup Valeon adota no seu site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço, o Marketing de Defensores aprovado pelos seus clientes, consumidores e admiradores.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, nesse mês de outubro/2021 tivemos 8.000 visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

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terça-feira, 23 de novembro de 2021

ALCOLUMBRE CAUSA BOICOTE NO SENADO E PREJUDICA OUTROS ORGÃOS

 

CCJ não funciona

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília

Presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, também recusa-se a analisar pedido para levar sabatina de André Mendonça ao plenário do Senado.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

A recusa do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em pautar a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), tem provocado um “apagão” nos trabalhos da comissão e poderá, em breve, atingir o próprio plenário da Casa. Na última semana, senadores insatisfeitos com a demora prometeram obstruir todas as votações se a sabatina não for realizada até o próximo dia 30.

Mesmo antes disso, várias matérias já estão paradas, em razão do impasse. E não são apenas projetos de lei e propostas de emenda à Constituição na ordem do dia, mas também a votação de nomes para outros órgãos públicos que dependem da aprovação dos senadores. São indicações, por exemplo, para Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que, assim como o STF, estão desfalcados e acumulam processos parados e julgamentos inconclusos.

Parte da paralisia é atribuída ao próprio Alcolumbre, que desde o início de agosto, quando chegou ao Senado a indicação de Mendonça, faltou a dez sessões. Entre 30 de setembro e 9 de novembro, quando avolumou-se a pressão pela realização da sabatina, nem sequer ocorreram sessões. Nelas, os senadores têm cobrado publicamente explicações de Alcolumbre, que se recusa a esclarecer o motivo do boicote – nos bastidores, ele tenta ganhar votos pela rejeição de Mendonça.

Atualmente, a CCJ tem 217 matérias prontas para pauta, de um total de mais de 1.700 matérias em tramitação, segundo o site da própria comissão. A mais importante é a PEC dos precatórios, que abre um espaço fiscal no Orçamento de 2022 superior a R$ 90 bilhões, que serão usados para bancar o Auxílio Brasil, emendas parlamentares, aumento no fundo eleitoral e benefícios fiscais. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), quer votar o texto na CCJ na próxima quarta (23) e levá-lo ao plenário do Senado no dia 30.


São os mesmos dias que senadores da CCJ querem pautar a sabatina e a votação do nome de André Mendonça. O fim de novembro é o período em que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) prometeu fazer um “esforço concentrado” para votar todas as indicações pendentes. Há pressão para que ele avoque a tarefa para o plenário, caso Alcolumbre mantenha o boicote. Caso contrário, aí sim seria iniciada a obstrução geral do plenário.

O que está parado no Senado
No limite, mesmo a PEC dos precatórios poderia ter a votação prejudicada, caso a obstrução prospere. Fora isso, senadores culpam Alcolumbre por outras propostas que já estão paradas. “São muitos os projetos que estão lá esperando. A reforma tributária, por exemplo, está lá, aguardando deliberação da CCJ”, exemplifica o senador Alvaro Dias (Podemos-PR).

Dias também diz que há dois projetos ambientais, ligados à discussão ocorrida na semana passada na COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Glasgow (Escócia), que não avançaram. “O Senado deveria exercer o protagonismo nessa hora do debate internacional sobre o meio ambiente. E os projetos ficaram na gaveta”, reclama o senador.

Outras propostas paradas, elencadas por Alvaro Dias, são a PEC que estabelece a prisão em segunda instância, a que muda a forma de indicação de ministros para tribunais superiores e outra que reduz o número de deputados e senadores. “Estamos realmente com apagão nessa comissão”, diz.

Outro projeto prejudicado pelo impasse determina que qualquer incentivo fiscal só pode ser concedido pelo poder público após avaliação de custo-benefício, isto é, se realmente a renúncia de tributos vai gerar empregos ou elevar a competividade para o setor beneficiado. A proposta foi apresentada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) e seria votado na última quarta-feira (17). Por causa da revolta da maioria dos senadores contra Alcolumbre, a votação não ocorreu.

“Não funciona a CCJ. É a mais absoluta confissão de desídia. Como o Alcolumbre está contrariando o regimento, é contravenção. O André Mendonça é apenas o tema mais palpitante, pela controvérsia de aprovar ou não, mas é parte do problema”, diz o senador.

Amin é autor de um requerimento para que Pacheco avoque ao plenário do Senado a realização da sabatina. Pedido semelhante já foi apresentado por Alvaro Dias e já tem apoio de 17 senadores titulares e 16 suplentes da CCJ, maioria folgada para ser aprovado. O argumento é que o regimento do Senado dá 20 dias para a CCJ analisar matérias comuns, como as indicações. Já se passaram quatro meses da indicação de Mendonça. Alcolumbre, no entanto, também se nega a pautar a votação desses pedidos para levar a sabatina para o plenário.

Para muitos senadores, o desgaste de Alcolumbre passará a Pacheco. “O Davi está fazendo isso com absoluta cobertura da mesa diretora, leia-se Rodrigo Pacheco. Porque o artigo 48 do regimento diz que compete ao presidente do Senado cumprir e fazer cumprir a Constituição, as leis e o regimento. O regimento está sendo descumprido, e o meu querido amigo Pacheco nos brinda com seu olhar de paisagem, é uma verdade insofismável”, diz Amin.

“É inacreditável um único senador comandar uma casa de 81 nem sendo presidente do Congresso. Isso está expondo o presidente Rodrigo Pacheco. O senador Davi Alcolumbre está se portando como se fosse presidente do Senado, e ainda que o fosse, não teria esse poder. O presidente Pacheco vai ter que tomar uma decisão firme se não for pautado até o dia 30”, diz a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Além da indicação de Mendonça, também estão paradas a do juiz Daniel Carnio Costa para compor o CNMP; as indicações das desembargadoras Salise Monteiro Sanchotene e Jane Granzoto Torres da Silva, e dos juízes Marcio Luiz Coelho de Freitas Roberto da Silva Fragale Filho, todas para compor o CNJ; e ainda a da juíza Morgana Richa para o TST.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/boicote-de-alcolumbre-a-mendonca-causa-apagao-no-senado-prejudica-stf/
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ELEIÇÕES CHILENAS DIVIDIDA ENTRE DIREITA E ESQUERDA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

O direitista José Antonio Kast em ato de campanha após a divulgação dos primeiros números da apuração: segundo turno será contra esquerdista Gabriel Boric.| Foto: Elvis González/EFE/EPA

Pela primeira vez desde a redemocratização do Chile, com o fim da ditadura de Augusto Pinochet, o país terá de escolher um governante que tende mais para os extremos que para o centro. O eleitor rejeitou os grupos políticos tanto do atual presidente, Sebastián Piñera, de centro-direita, quanto da ex-presidente socialista Michelle Bachelet – a dupla se alternou no governo do Chile ao longo dos últimos 15 anos –, e levou ao segundo turno o conservador José Antonio Kast e o esquerdista Gabriel Boric, em disputa que será resolvida em 19 de dezembro.

Parte importante da estabilidade chilena nas últimas três décadas vem do crescimento econômico proporcionado por um modelo mais liberal, herdado do regime ditatorial de Pinochet. O Chile é o único país sul-americano membro da OCDE e lidera a região em rankings de liberdade econômica e facilidade para se fazer negócios, mas o liberalismo aplicado no país não foi capaz de eliminar totalmente a pobreza ou de amenizar a desigualdade social, e tem havido um descontentamento crescente com o que é visto como uma presença insuficiente do Estado no auxílio aos mais pobres nas áreas de saúde, educação e previdência.

O resultado do segundo turno será, também, um indicador do ânimo popular em relação à nova Constituição chilena, que está sendo redigida e terá de ser aprovada em referendo para entrar em vigor

Essa insatisfação culminou nos enormes protestos de rua de 2019, que tiveram como estopim um reajuste nos preços do transporte coletivo em Santiago nos horários de pico. As manifestações começaram pacíficas, mas logo caíram na violência e no vandalismo. A pandemia de Covid-19 freou os protestos, mas não conteve a crescente polarização, que o coronavírus apenas intensificou ao trazer à tona outros tipos de discordâncias, desta vez sobre as medidas de contenção necessárias para vencer a pandemia. O PIB chileno caiu 5,8% em 2020, mas as estimativas para 2021 são bastante animadoras, com previsão de crescimento na casa dos 10%.

Entre os candidatos derrotados, aqueles de centro-direita e direita tiveram desempenho melhor que os da centro-esquerda e esquerda; por este ângulo, a direita larga na frente para o segundo turno. No entanto, os apoios para a sequência da disputa mal começaram a ser costurados, com algumas poucas declarações públicas até o momento; Kast e Boric terão de fazer concessões para conquistar o endosso dos candidatos que ficaram para trás, caso não queiram apostar em um “concurso de rejeição”, desprezando apoios por contar com os votos daqueles que simplesmente não desejam que o outro lado vença. A negociação com as outras forças políticas será ainda mais necessária porque tanto Kast quanto Boric não foram capazes de eleger muitos parlamentares de suas siglas na Câmara e no Senado chilenos, que continuarão dominados pelas legendas e coalizões mais ao centro.


O resultado do segundo turno será, também, um indicador do ânimo popular em relação à nova Constituição, que está sendo redigida e terá de ser aprovada em referendo para entrar em vigor. Em resposta aos protestos de 2019, Piñera havia buscado acalmar os ânimos prometendo um plebiscito sobre a redação de uma nova Constituição para o país, em substituição ao texto pinochetista bastante emendado. Em outubro de 2020, já durante a pandemia de Covid-19, grande maioria dos chilenos disse “sim” a uma nova Carta Magna, e em maio deste ano a Assembleia Constituinte foi eleita.

Um texto que destoe muito da plataforma política do novo presidente pode correr sério risco de acabar rejeitado na consulta popular. A Assembleia Constituinte tem maioria mais à esquerda, com propostas de transformar radicalmente o Estado chileno: em vez de aperfeiçoar o liberalismo, deixando-o mais atento aos pobres, o país se tornaria um Estado de bem-estar social, o que está em linha com as promessas de campanha de Boric. Uma eventual vitória de Kast, no entanto, seria um sinal de que os chilenos não endossariam uma guinada tão severa, mantendo a possibilidade de que o Chile continue a ser exemplo de liberdade econômica e de pouca interferência estatal na vida do cidadão, mas que ao mesmo tempo ataque de forma mais contundente a pobreza e a desigualdade, sem cair no caminho de populismo e gastança que tem sido a ruína de tantos de seus vizinhos latino-americanos.


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POLÍCIA BRASILEIRA TEM VISÃO NEGATIVA DA JUSTIÇA

 

Todas as corporações
Por
Gabriel Sestrem

Durante a manhã de terça-feira (10), as forças de segurança público do Estado desencadearam operações em áreas específicas de Belém e Ananindeua. Antes mesmo do início das atividades de policiamento e de fiscalização, os órgãos mantiveram reuniões prévias em duas bases operacionais: ao lado do prédio do São José Liberto (foto), na capital; e no estacionamento do ginásio Almir Gabriel, o “Abacatão”, em Ananindeua. No final da manhã, policiais militares do 20º, 1º e 2º Batalhões da Polícia Militar (PM) fizeram o motopatrulhamento na travessa Carlos de Carvalho com rua São Miguel, no bairro do Jurunas, na periferia de Belém, onde prenderam, em flagrante, Breno da Costa Rodrigues, de 25 anos, por conduzir uma motocicleta com a placa clonada (JVY 5331). Breno, segundo a PM, possui passagem pelo Sistema Penitenciário por posse ilegal de arma de fogo e estava sob alvará expedido recentemente. Ele e a moto foram conduzidos à Seccional da Cremação. FOTO: ELIELSON MODESTO / ASCOM SEGUP DATA: 10.04.2018 BELÉM – PARÁ

Estudo também aponta que 4% dos policiais brasileiros já foram baleados em serviço e 19,7% já presenciaram morte de colega| Foto: Ascom Segup Pará

Uma pesquisa divulgada em novembro pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública concluiu que 68,9% dos policiais brasileiros, somando todas as corporações, possuem uma visão negativa a respeito do poder Judiciário e do Ministério Público.

Das perguntas disponíveis sobre o sistema de Justiça, 46,8% dos respondentes afirmaram que o Judiciário costumar atuar “com insensibilidade ou indiferença quanto às dificuldades do trabalho policial, apenas cobrando, mas sem colaborar”. A segunda alternativa com maior adesão (22,1%) foi que o Judiciário “atua como uma instância que se opõe ao trabalho policial, tornando-o, em vários momentos, mais difícil”. Apenas 4,6% declararam que a Justiça coopera com o trabalho policial.

Em relação ao Ministério Público (MP), quase metade dos profissionais consultados (48%) disseram que a instituição atua “com insensibilidade ou indiferença quanto às dificuldades do trabalho policial, apenas cobrando, mas sem colaborar”. Em segundo lugar, eles (17,7%) citaram que o órgão se opõe à atuação policial e torna seu trabalho, em vários momentos, mais difícil. Outros 23,4% aprovam o trabalho do MP.

De acordo com relatório do estudo, há um enfraquecimento da percepção de legitimidade do MP pelas polícias, especialmente pela Polícia Federal. “Este cenário captado pela pesquisa de certa forma corresponde a uma frase bastante comum no jargão no meio policial: ‘a polícia prende, o Judiciário solta’, entre outras reclamações comuns por parte dos policiais em seu relacionamento com o sistema de justiça, como a incompreensão ou crítica das audiências de custódia ou a crítica dos tempos do judiciário na deliberação sobre pedidos em investigações criminais”, cita o texto.

“O Sistema de Justiça Criminal brasileiro, em especial o Poder Judiciário, se beneficiaria criando pontes e mecanismos de esclarecimentos e diálogos com as polícias para além dos aspectos processuais. A pesquisa captou a importância do diálogo como estratégia para uma melhor cooperação interinstitucional”, menciona o relatório.

O estudo Escuta dos Profissionais de Segurança Pública no Brasil 2021 coletou, entre abril e maio, informações de 9.067 profissionais de segurança de todas as unidades federativas, das polícias militar, civil, federal, rodoviária federal, científica, além de guardas municipais e agentes penitenciários, por meio de um questionário eletrônico.

Violência contra policiais
A pesquisa também coletou outras informações relacionadas ao dia a dia dos policiais brasileiros, bem como seus posicionamentos sobre determinados assuntos. Com relação à violência contra policiais, o levantamento mensurou que 4% declararam já ter sido baleados em serviço.

Além disso, 19,7% disseram já ter presenciado a morte de um colega em serviço; 58,7% afirmaram já terem sido vítima de violência física (em serviço ou em horário de folga) por parte de pessoa condenada ou suspeita de atividade ilícita; e 43,8% já sofreram acidentes de trânsito em serviço.

A maioria dos respondentes (67,6%) relata já ter sido discriminada por ser policial ou profissional do sistema de segurança.


Fatores que atrapalham o trabalho policial
De acordo com o relatório, há um consenso em torno de alguns temas a respeito dos desafios da segurança pública. Contingente policial insuficiente, baixos salários, falta de verbas para equipamentos e armas, falta de integração entre as diferentes polícias e interferências políticas foram considerados fatores muito importantes como dificultadores do trabalho policial por percentual igual ou superior a 65%.

Outros fatores que tiveram grande representatividade (acima de 60% dos respondentes) foram: formação e treinamento deficientes; leis penais inadequadas; mau funcionamento do Sistema Penitenciário; políticas sociais preventivas insuficientes e corrupção nas polícias.

Posicionamento sobre porte de armas
Em relação ao posicionamento dos policiais e demais profissionais da segurança pública sobre políticas de acesso a armas de fogo, a grande maioria (84%) é favorável a que a população tenha acesso ao armamento para autodefesa. Enquanto 73,6% apoiam a permissão do uso com diferentes níveis de restrições, 10,4% são favoráveis a uma liberação mais ampla. E 16% apoiam a proibição total ao armamento.

As corporações que mais apoiam a flexibilização das políticas de acesso a armas de fogo são a Polícia Militar e as guardas municipais, enquanto a corporação que oferece mais resistência é a Polícia Rodoviária Federal.

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UM DOS ABSURDOS DA CPI DA COVID FOI CORRIGIDO PELO STF

 

Ministro do Supremo

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Ministro Alexandre de Moraes derrubou a quebra do sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro aprovada pela CPI.| Foto: Nelson Jr./STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, derrubou a quebra de sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro feita pela CPI da Covid no último dia. A CPI estava quebrando o sigilo do presidente no Twitter, Facebook e nas plataformas do Google.

Moraes disse que a CPI ultrapassou arbitrariamente os seus poderes. Ela não tem poder de investigar o presidente da República. Essa é uma das tantas arbitrariedades dessa CPI, que precisa ser investigada. Inclusive coisas que a CPI deu como científicas, que o tempo vai mostrar que não eram.

Governo digital

O Brasil é o sétimo país do mundo em “modernidade de governo digital”, com o “gov.br”, entre 198 países, à frente dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Suíça, por exemplo. Estamos perdendo para a Coreia do Sul, Estônia, França, Dinamarca e Reino Unido. Atrás de nós estão ainda Austrália, Noruega e Canadá, mas estes ainda estão entre os 10 primeiros. O gov.br está sendo mais eficaz que as ligações de alemães, suíços, japoneses, chineses e americanos com seus governos.

Teste nas urnas eletrônicas
Um dia depois da trapalhada tucana nas prévias, deixando todo mundo assustado com a eleição digital, o TSE começou testes de vulnerabilidade das urnas eletrônicas para o ano que vem. Esta semana vão fazer uma simulação de 29 ataques às urnas. Eu fico pensando se o hacker não está esperando para fazer o 30º ataque.

Mas, enfim, é um gesto de humildade do presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, ao dizer que ele levará a sério as críticas e a vulnerabilidade em busca de correções. Isso é muito bom e conveniente para todos nós eleitores.


Eleições no Chile
A direita venceu o primeiro turno das eleições do Chile. O candidato José Antonio Kast, que chamam de extrema-direita, fez 28% dos votos. Em segundo ficou Gabriel Boric, um jovem de 35 anos, que liderou manifestações estudantis, de esquerda, que fez 25,5%.

Ficou em terceiro lugar um candidato de direita que nem votou, porque não mora no Chile, e nem fez campanha. Está nos Estados Unidos e fez campanha contra a política como ela é: o Franco Parisi. Claro que os votos dele certamente vão para Kast. Em quarto lugar também entrou um candidato de direita: Sebastián Sichel, fez 12,5%. E depois a social democrata Yasna Provoste, que fez 11,7%.

Dentro de 27 dias ocorrerá o segundo turno. Há uma boa possibilidade de a direita eleger o presidente no Chile. De novo, pois o atual substituiu Michele Bachelet, que hoje está na Comissão de Direitos Humanos da ONU.

Desmatamento na Amazônia
O desmatamento da Amazônia surpreendeu e foi além da expectativa. Estava em uma média de 7 mil km² por ano e agora saltou para 13 mil km². São dados do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Nessa marcha, “acaba” a floresta em 270 anos. Mas já há manifestações muito severas do governo, que é preciso reativar, aumentar e potencializar o combate ao desmatamento.
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HOMEM COM BOMBAS MORRE AO ATACAR O STF

Brasil e Mundo ...