domingo, 21 de novembro de 2021

O QUE PENSA O ECONOMISTA DE SÉRGIO MORO

 

Ex-presidente do BC

Por
Isabelle Barone – Gazeta do Povo

Comissão Mista da Medida Provisória (CMMPV) n° 893 de 2019, que transforma o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na Unidade de Inteligência Financeira, realiza audiência pública interativa. Em pronunciamento, economista, Affonso Celso Pastore. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, conselheiro econômico de Sergio Moro.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O economista Affonso Celso Pastore, 82 anos, ex-presidente do Banco Central entre 1983 e 1985, foi anunciado pelo ex-ministro Sergio Moro (Podemos) como seu “conselheiro” para assuntos macroeconômicos na corrida presidencial em 2022. “É um dos melhores nomes do país”, disse o ex-juiz sobre Pastore em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo. Recentemente, o economista lançou o livro “Erros do passado, soluções para o futuro – A herança das políticas econômicas brasileiras do século XX”.

Ao jornal Valor, Pastore contou que ainda está em fase inicial de conversa com Moro, e que não tem “visão clara” de como as coisas vão caminhar. Mas quer contribuir de alguma forma. “Vou transmitir a ele o que penso de economia”, disse.

Na mesma entrevista, o economista contou que aposta em três principais pilares para melhorar a economia brasileira: 1) um arcabouço macroeconômico capaz de garantir estabilidade; 2) avanço da agenda de reformas, especialmente a tributária, acompanhada de abertura comercial; e 3) distribuição de renda e combate à pobreza.

“O Brasil precisa de um arcabouço macro que permita estabilidade, um conjunto de regras fiscais que permita uma âncora fiscal junto com a independência do Banco Central, para, no fundo, haver obediência à restrição orçamentária, com toda a flexibilidade que isso possa ter, mas que permita uma economia previsível e estável”, disse ao Valor.

Affonso Pastore é crítico do trabalho do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem chegou a se referir como “cheerleader” (chefe de torcida) de Bolsonaro. “Não há política econômica, consequentemente não temos ministro da Economia. Ele no fundo é um propagandista do governo Bolsonaro. Está sendo uma peça no tabuleiro político do presidente Bolsonaro. Ele não é uma peça que está encaixada dentro do tabuleiro no qual se deve jogar um jogo e produzir reformas que aumentem a eficiência da economia brasileira”, afirmou o economista ao UOL.

Pastore é igualmente crítico da gestão de Bolsonaro na condução da pandemia e analisa o atual cenário político como “muito grave”. Segundo ele, o país conseguiu “superar” a pandemia apenas graças à suficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) e às vacinas.

A carreira pública de Affonso Pastore

Doutor em economia pela Faculdade de Economia da USP (FEA-USP), em sua carreira pública, além de presidir o BC, Pastore integrou a equipe do ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo Antônio Delfim Netto, em 1966, e posteriormente foi secretário dos Negócios da Fazenda do mesmo estado. No ano seguinte, integrou a equipe de assessores de Delfim quando este se tornou ministro da Fazenda.

Ele também esteve à frente da FEA e desempenhou funções no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e no Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipe), Fundo Monetário Internacional (FMI), no Comitê Interamericano da Aliança para o Progresso (Ciap), Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e outros.

Atualmente, o economista é sócio de uma empresa de consultoria de macroeconomia, um dos líderes do Centro de Debate de Política Públicas (CDPP) e mantém uma coluna no jornal O Estado de São Paulo.

A seguir, confira algumas opiniões de Pastore sobre a economia brasileira, publicadas em entrevistas recentes:

Inflação, taxa de juros, PIB
Na perspectiva de Pastore, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 será “medíocre”, acompanhado de uma alta taxa de desemprego. Contra isso, ele afirma que o único caminho é subir a taxa de juros, como tem feito o Banco Central nos últimos meses.

“A subida de taxa de juros deverá desacelerar o crescimento, de forma que a perspectiva é um ano de 2022 com crescimento muito baixo, com taxa de desemprego alta”, disse ao Poder360.

Reformas e privatizações
Pastore é crítico da morosidade das reformas econômicas sob o governo Bolsonaro. O modelo de reforma tributária que tramita no Congresso, na medida em que tenta corrigir defeitos, gera outros ainda maiores e, portanto, a proposta não deveria ser aprovada, diz ele. A dificuldade da gestão de Guedes em fazer avançar as reformas também foi criticada por Moro. O ex-juiz disse que elas “nunca chegam” e, quando chegam, “são malfeitas”.

No âmbito tributário, o economista vê como imprescindível uma reforma de impostos sobre bens e serviços acompanhada de abertura da economia brasileira ao comércio internacional. “O Brasil continua sendo economia extremamente fechada, e isso inibe o crescimento de produtividade e inovações”, diz.

Para ele, uma das dificuldades em fazer avançar a agenda de reformas e privatizações decorre da gestão muito “centralizada” de Guedes, que, em sua opinião, fica apenas “em promessas”. “[O ministro da Economia] teve sucesso lá atrás, com a reforma da Previdência, aquilo foi muito importante. Foi aprovada reforma trabalhista [no governo Temer], que também é importante, mas a reforma administrativa não andou”

Pandemia e vacina
Em comparação com o Brasil, a comunidade internacional, de modo geral, teve reações muito melhores tanto do ponto de vista sanitário como da economia durante a pandemia de Covid-19, na opinião de Affonso Pastore.

Ele aponta duas principais questões que agravaram o cenário: os problemas já presentes no país e a interrupção da agenda de reformas durante a pandemia. “O Brasil está atrás, porque já tinha muitos problemas econômicos e, com a pandemia, perdeu-se. Interrompemos a agenda de reformas, que poderia ser um passo importante na economia”, disse.

“A Europa, por exemplo, se saiu melhor, ela respeitou a vida humana muito mais do que nós. Quando teve que induzir afastamento social, não hesitou. Poupar vidas é uma obrigação de governo. Foi assim nos Estados Unidos, Austrália, Coreia, Japão, China”, afirmou. O que permitiu ao Brasil “superar” a pandemia de coronavírus, em sua visão, foram o SUS e as vacinas.


Gestão de Bolsonaro e Guedes
O atual cenário político é visto como grave pelo economista que deve acompanhar Moro na corrida presidencial. Ele critica o perfil combativo de Bolsonaro e diz que o presidente da República “não demonstra apreço pela democracia”. Especialmente, Pastore cita a rixa entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF).

“A forma como Bolsonaro governa é criar atritos dentro da sociedade. Tem criado atrito com instituições, como o STF, que teve uma gravidade extraordinária. Não fosse aquela carta de retratação, não sei onde teríamos ido. O presidente, em todas as manifestações públicas, mostra que não tem apreço pela democracia e instituições democráticas. O quadro político do Brasil é muito grave”, disse ele ao UOL.

“O governo, pra mim, é um ‘não governo’, essa é a melhor forma de defini-lo”, disse o economista quando questionado pelo Poder 360. “Não há dúvida de que há um efeito Bolsonaro na crise. Se tivesse um governo eficaz do ponto de vista econômico, e que tivesse feito coalização com partidos dentro do Congresso em nome de um programa, não em nome de uma função de bloquear processo de impeachment, que é o que aconteceu com o Centrão, não tenho dúvida de que o governo seria muito mais eficaz no combate à pandemia e no ajuste econômico. O custo que a sociedade estaria pagando seria muito menor”, afirmou ao veículo.

Pobreza, renda mínima e precatórios
Em referência indireta ao programa Auxílio Brasil, lançado pelo governo para substituir o Bolsa Família, Pastore disse que é possível realizá-lo sem descumprir o teto de gastos — principal âncora fiscal do país — e criticou o que vê como suposta motivação do Executivo com o programa, isso é, transferir recursos em troca de votos. O pagamento do benefício teve início no último dia 17 de novembro — cerca de 14,5 famílias foram contempladas, segundo o governo.

“Jamais vou combater um programa de auxílio a quem está na miséria. Um país democrático e sólido não pode conviver com essas diferenças, temos que fazer alguma coisa”, disse ao UOL. “Mas a motivação pela qual devesse ser criado o programa é assistir pessoas desassistidas. Meu grau de boa vontade com relação ao governo, porém, me diz que ele vai fazer isso porque cada cidadão desse tem um voto.”

Na mesma linha, o economista afirmou ao Poder 360 que o atual governo “não mostra tendência a atender esse tipo de objetivo”, se referindo ao auxílio socioeconômico aos vulneráveis. “Um programa de distribuição de renda seria extremamente bem-vindo, mas teria que ter foco de atingir pessoas menos favorecidas na sociedade, não foco de transferir recursos para quem tem votos”, disse.

Em declarações públicas recentes, Moro, mais conhecido por temas como combate à corrupção e segurança pública, deu ênfase à necessidade de acabar com a pobreza no país e, como Pastore, defendeu ser possível fazê-la sem furar o teto de gastos e ferir a responsabilidade fiscal.

Uma das primeiras ações a serem feitas por ele caso chegue à Presidência será a criação de uma “força-tarefa de erradicação da pobreza”. O ex-ministro acredita ser possível criar um mutirão para combater pobreza, utilizando servidores e especialistas das estruturas já existentes.

Quanto aos R$ 89,1 bilhões em precatórios — dívidas das quais não se pode mais recorrer — da União para 2022, Pastore diz que Guedes “não fez a lição de casa” e que “inventou” não saber do montante. O ministro da Economia, de fato, tem afirmado que os débitos caíram “curiosamente” e como um “meteoro” no colo da União. “Isso é erro do senhor Paulo Guedes”, disse.


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CORRIDA ARMAMENTISTA INTENSIFICADA É UM PERIGO PARA O MUNDO

 

Armas
Entenda os impactos

Por
Luis Kawaguti – Gazeta do Povo

Soldado do Exército de Libertação Popular chinês.| Foto: EFE/OLIVER WEIKEN

As diferenças econômicas e tecnológicas que estão afastando os Estados Unidos e seus aliados europeus da China e da Rússia criaram uma divisão geopolítica e militar profunda. Ela já vem sendo chamada de “Guerra Fria 2.0” – embora essa classificação divida analistas pela falta de um componente ideológico. Porém, assim como ocorreu no século 20, a nova disputa vem acompanhada de uma intensa corrida armamentista.

Mas quais armas podem mudar o equilíbrio de poder no planeta?

O desenvolvimento na China e na Rússia de mísseis hipersônicos, capazes de inutilizar os sistemas conhecidos de defesa, e um acordo pelo qual os Estados Unidos compartilham sua tecnologia de submarino nuclear com a Austrália são os principais pontos.

Eles evidenciam que as nações retomaram a competição armamentista, segundo o analista de defesa independente Paulo Filho, que é coronel da reserva do Exército brasileiro. “Nós hoje vivemos em um mundo completamente diferente de dez anos atrás”, afirma.


Além dos mísseis e submarinos, outras armas merecem atenção. Elas são drones que atacam aos milhares usando a tecnologia de “enxame”, inteligência artificial, comunicação quântica, ataques cibernéticos e especialmente a guerra espacial.

Uma das vertentes que mais inquieta lideranças mundiais, militares e também a opinião pública é a nova tecnologia de mísseis hipersônicos – por estar diretamente relacionada à possibilidade de uso das armas nucleares.

Primeiro, é preciso contextualizar: a tendência mundial pós-Guerra Fria de desarmamento nuclear não só foi interrompida, como muitas nações como Reino Unido, Rússia, Índia, China e Coreia do Norte estão aprimorando suas armas nucleares.

Porém, o número estimado de bombas nucleares em estoque no mundo é 80% menor em relação a 1986. Hoje estima-se que existam cerca de 13 mil ogivas nucleares no planeta.

Essas bombas podem ser lançadas de por meio de mísseis balísticos (chamados pela sigla em inglês ICBM). Eles chegam a altitudes suborbitais e depois reentram na atmosfera em uma trajetória em forma de arco, até atingir seus alvos a milhares de quilômetros de distância. Porém, uma vez disparados, sua rota se torna relativamente previsível e exposta a sistemas de detecção – tornando possível que sejam abatidos.

Já os novos mísseis hipersônicos, apesar de viajar a velocidades mais baixas que os mísseis balísticos ICBM, podem ser manobrados em voo para evitar defesas antiaéreas. Além disso, eles têm a capacidade de voar a baixas altitudes, para evitar por mais tempo radares e sistemas de detecção.

Há dois tipos de armas hipersônicas: mísseis de cruzeiro e veículos planadores orbitais. Os que têm obtido mais atenção internacional têm sido os planadores: eles são levados por foguetes ou mísseis até órbitas baixas e podem circundar o planeta carregados de bombas. Depois, descem “planando” em velocidades até cinco vezes mais rápidas que o som – até se chocar com um alvo em qualquer parte do globo.

Não está claro ainda até que ponto essas armas conseguem manobrar durante o voo para evitar defesas antiaéreas e radares, mas é certo que podem carregar armas nucleares.

O grande desafio no desenvolvimento desse tipo de armamento é criar materiais que resistam às altas velocidades, que chegam até a modificar as moléculas de ar que circundam o míssil.

Em agosto, o jornal Financial Times revelou que a China teria testado um desses planadores, que orbitou o planeta e depois chegou perto de atingir um alvo em um campo de testes na China.

A revelação começou a ser chamada de momento Sputnik – em referência ao primeiro satélite a orbitar a Terra em 1957, que gerou temores de que os EUA estariam ficando para trás na corrida tecnológica em relação à União Soviética.

A China negou tudo. Disse que estava testando um veículo espacial e não um míssil hipersônico. Porém, em 2019 já havia testado um tipo de míssil hipersônico menos potente.

A Rússia afirma que já possui um planador hipersônico chamado Avangard. Ele estaria em serviço desde 2019. A arma é lançada a partir de um míssil intercontinental convencional.

O país também afirmou em 2018 ter testado com sucesso um míssil hipersônico chamado Kinzhal, que é lançado de um avião de caça e também pode levar uma arma nuclear.

Em outubro deste ano, Moscou realizou ainda o lançamento do míssil de cruzeiro hipersônico Tsirkon, de um submarino. Um dos alvos preferenciais dessa arma são navios de guerra de superfície, que praticamente não têm como se defender usando a tecnologia atual.

Depois que os testes chineses e russos vieram a público, os EUA intensificaram o investimento nesse tipo de arma. Veículos hipersônicos que poderiam carregar armas convencionais já foram testados pelos EUA, mas houve falhas. O Pentágono pretende testar um novo sistema completo de armas hipersônicas em 2022.

Ataque de drones “enxame” pode comprometer frotas
Analistas militares concordam que um dos mais prováveis cenários de uma guerra convencional envolvendo nações é a região marítima ao sul da China. Pequim vem escalando o discurso de ameaças sobre retomar o território autônomo de Taiwan e reivindica soberania na região após construir uma série de ilhas artificiais.

Taiwan possui aviação e mísseis avançados para se proteger. E recentemente os Estados Unidos afirmaram ter condições de defender a ilha de uma eventual invasão chinesa. Por causa disso, firmaram um acordo com a Austrália para fornecer ao aliado submarinos nucleares.

A Austrália será o primeiro país a ter submarinos movidos a propulsão nuclear sem ter armas nucleares. Isso é importante porque quanto maior a presença de submarinos nucleares ocidentais na região, a complexidade e os custos de travar uma guerra no mar se tornarão um fator de dissuasão para a China.

Mas, se o conflito de fato acontecer, deve ser bem diferente da última guerra naval em 1982, ocorrida nas Ilhas Falkland/Malvinas. Nas últimas semanas, imagens de satélite mostraram réplicas em tamanho real de navios de guerra americanos em uma área de testes de mísseis “matadores de porta-aviões” em um deserto na China. E os mísseis não seriam a única novidade em um eventual conflito.

Os EUA lideraram por anos a tecnologia dos drones usados para atacar extremistas na Guerra ao Terror no Iraque, Afeganistão e Síria. Mas a utilidade dessas aeronaves – Reapers, Predators e Global Hawks, que são praticamente do tamanho de aviões de caça – é contestada em uma guerra convencional, por supostamente não possuírem sistemas de defesa suficientes.

A China, por sua vez, vem desenvolvendo a tecnologia de drones chamada “enxame”. Talvez o leitor já tenha visto imagens de TV onde dezenas de pequenos drones iluminados, coordenados por inteligência artificial, formam figuras no céu.

Agora imagine que fossem centenas ou milhares de drones cheios de explosivos, se chocando coordenadamente contra um navio militar. Talvez a maior parte deles seja abatida pelas defesas da embarcação, que usam canhões e mísseis também guiados por inteligência artificial. Mas alguns drones provavelmente sobreviveriam para atacar sistemas essenciais da embarcação, como radares ou sistemas de armas.

Estratégias similares também vêm sendo testadas pela Rússia no Mar Negro.

Em outra frente, a China afirma investir em drones submarinos supostamente capazes de dinamitar e inutilizar portos inteiros.

Ainda não se sabe se haverá combates entre drones no futuro. Israel é o único país que até agora vem desenvolvendo defesas eficazes contra ataques simultâneos de drones, que podem ser do tamanho de uma bola de futebol ou de um avião. As soluções vão desde interceptação por mísseis a ataques eletromagnéticos.

Guerra espacial: destruição de satélites pode ter consequências na exploração do espaço
Outra das tecnologias disruptivas não é propriamente uma novidade: ambicionada desde a Guerra Fria, a capacidade de destruir satélites voltou aos holofotes. Isso devido ao papel que eles desempenham na guerra moderna, guiando mísseis, drones, possibilitando comunicações e monitorando forças inimigas no campo de batalha. São responsáveis ainda pela tecnologia de orientação GPS, também usada no campo civil.

Os EUA já haviam testado a tecnologia de abater satélites em 1985. Em 2018, a Rússia teria desenvolvido um míssil antissatélite que poderia ser lançado de um caça MIG-31. Em um teste no ano seguinte, a Índia lançou uma míssil e conseguiu abater um de seus próprios satélites em órbita da Terra.

No último fim de semana, a Rússia destruiu um antigo satélite espião – episódio que atraiu críticas internacionais por supostamente colocar em risco a tripulação da Estação Espacial Internacional.

A tecnologia é altamente controversa, pois a destruição de satélites pode gerar quantidades massivas de destroços que, viajando em velocidades altíssimas na órbita do planeta, podem se chocar e destruir acidentalmente outros satélites ou veículos espaciais – gerando um efeito cascata que pode eventualmente ameaçar ou até impossibilitar o uso de satélites ou missões espaciais futuras.

A reação americana foi criar em 2019 sua “Força Espacial” para, em paralelo ao trabalho da NASA, lidar com essa e outras questões militares envolvendo a exploração espacial.

Outras frentes de pesquisa armamentista são as aplicações da computação quântica nas comunicações militares (para proteger ou decifrar mensagens), o uso da inteligência artificial no campo de batalha e a guerra cibernética, travada nos domínios das redes de computadores.

O desenvolvimento dessas tecnologias é liderado de forma majoritária pelas maiores potências militares: EUA, China e Rússia. A corrida é puxada pelo fato de que o avanço de uma nação em determinada área é visto como ameaça pelas outras.

Com os maiores gastos militares no planeta, cerca de 778 bilhões de dólares em 2020, os EUA permanecem como o modelo a ser seguido. A China, que gastou 252 bilhões de dólares em 2020, segundo dados do Sipri, o Instituto de Pesquisa da Paz de Estocolmo, afirma querer assumir a liderança militar global em 2049. A Rússia teve gastos militares da ordem de 61 bilhões de dólares no período.

Mas a corrida armamentista não é homogênea. O desenvolvimento de armas totalmente novas é incentivado pelo medo de ser superado pelos rivais. Mas por outro lado, esbarra em barreiras políticas, éticas, burocráticas e na própria necessidade de manutenção e melhoria das forças existentes – fatores que retardam o processo.

O Sipri estima que 80% da verba de pesquisa e desenvolvimento militar nas potências mundiais vá para melhoria de armas e equipamentos já em operação – e não para tecnologias disruptivas.

Como fica o Brasil nesse cenário?

O país não se insere diretamente nesse jogo de forças globais. Em linhas muito genéricas, a ideia é investir em tecnologia e treinamento para dissuadir. Ou seja, adquirir armas e equipamentos que tornem uma ação militar contra o Brasil pouco vantajosa ou até impeditiva em termos econômicos. A era em que a força de um exército era medida praticamente apenas pelo número de combatentes em suas fileiras acabou. Mas isso será tema das próximas colunas.


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POPULISMO E ESTATIZAÇÃO NÃO TEM VEZ NAS SOCIEDADES MODERNAS E DEMOCRÁTICAS

 


  1. Internacional
     

O melhor caminho para tirar um país da pobreza é arrancar a economia das mãos do Estado

Mario Vargas Llosa, O Estado de S.Paulo

Notável em nossa época não é que haja países ricos, é que haja países pobres. Como isso se explica? Explica-se porque o populismo, a busca do paraíso, os sonhos socialistas ainda continuam vivos, apesar dos desmentidos que lhe deram a realidade em todas as tentativas já ocorridas de organizar a sociedade de acordo com esses ideais. Esse erro, sobretudo no campo político, continua fazendo das suas, principalmente nos países subdesenvolvidos. E de imediato não passa a impressão de que aquilo pudesse variar.

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Professor da escola Saint-Exupery, no subúbio de La Courneuve, em Paris; tradição em investimento no ensino público Foto: Martin BUREAU / AFP

O que deve fazer um país para sair da miséria, alcançar o desenvolvimento, criar uma economia ao alcance do grosso da população, permitindo a homens e mulheres lograrem níveis de vida dignos, e a alguns, os mais esforçados ou visionários, a riqueza com a qual as sociedades mais avançadas premiam quem lhes aporta maiores benefícios? Excluo deste artigo todas as atividades ilícitas.

Um país que quer sair do subdesenvolvimento deve abrir sua economia que, em grande parte, se encontre nesta condição por causa de sua estrutura fechada e da asfixia que lhe imprime o Estado, que, geralmente, monopoliza o grosso das atividades econômicas. Enquanto elas estejam controladas pelo Estado, o resultado é invariavelmente a corrupção, o privilégio de uma minoria de burocratas, o atraso científico e técnico, e a dependência do exterior, sua subordinação aos países mais desenvolvidos e prósperos. 

“Abrir a economia” deve-se entender como, fundamentalmente, sua privatização, a transferência de uma economia estatizada para uma economia livre, buscando que seja o conjunto da sociedade civil que faça uso dela e não uma pequena minoria que a possua pelas mãos do Estado, sob a narrativa de servir melhor à maioria. Quantas vezes já ouvimos essa mentira?

A transferência de uma economia estatizada para uma economia livre é relativamente fácil, sempre que o governo esteja orientado nesta direção. E, no mesmo sentido, é indispensável mudar a ideia que as massas e elites danificadas pelo preconceito coletivista fazem do “empresário”. Segundo estas versões, o empresário é um ser egoísta e ávido, que somente pensa em acumular dinheiro, para o que se vale de qualquer artifício e da conduta ilegal, em prejuízo das maiorias esfomeadas. Esta ideia é incorreta. É possível que haja alguns empresários de semelhante mentalidade e, em geral, são pessoas corrompidas por um sistema que estimula os empresários a agir desta maneira. 

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Alunos sul-coreanos fazem o teste de aptidão escolar em uma escola em Seul, na Coreia do Su Foto: Chung Sung-Jun/EFE

Mercados

 Mas, em uma sociedade livre, é o empresário que se adianta na direção do futuro com mais rapidez que seus colegas, observando as necessidades próximas e, pagando seus impostos e criando emprego, facilita o progresso da sociedade. Essa mudança de mentalidade a respeito do empresário é uma das coisas mais difíceis nos países devastados pelo populismo. Mas ocorrerá de maneira irremediável nas sociedades que se “abrem” do confinamento econômico à liberdade.

Abrir-se ao mundo não é apenas desenvolver as empresas privadas dentro dos limites nacionais: é abrir-se a todos os mercados do planeta procurando estabelecer, desde o princípio, lugares onde é possível vender com vantagem os produtos nacionais e adquirir da maneira mais conveniente os que fazem falta no próprio lugar, ou seja, desenvolvendo a economia aproveitando as características mundiais que costumam ter hoje em dia os mercados, diferentemente do passado, quando se encontravam limitados pelos preconceitos da época. Com estas medidas básicas, um país já deveria atrair investimentos estrangeiros.

Existe uma enorme massa de dólares que anda perscrutando o mundo com intenções de investir. Mas não o faz em qualquer parte, com certeza. A frase “não há nada mais covarde do que um milhão de dólares” expressa uma verdade. Aqueles dólares buscam segurança, o apoio de instituições internacionais, antes de se arriscar. Por isso, os países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento devem propor investimentos atrativos e, sobretudo, absolutamente seguros, se quiserem deveras atrair capitais.

Educação

Esta abertura ao mundo corre o risco de estabelecer em um país pobre ganhos desproporcionais, entre alguns setores que avançam muito lentamente e outros velozmente. Daí decorrem as enormes diferenças que, no Chile por exemplo, provocaram aquelas explosões na classe proletária e ex-proletária, que ia em busca da classe média e não podia suportar a diferenciação de ingressos.

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Manifestante durante protesto, em Santiago, no Chile; desigualdades têm levado chilenos a protestar nas ruas  Foto: Ernesto Benavides / AFP

Para evitar aquelas diferenças, o liberalismo, motor da democracia, inventou a “igualdade de oportunidades”, uma das essências do progresso, que imprimiu à democracia seus ingredientes de maior justiça social no mesmo processo de ir saindo da pobreza. No campo da educação, por exemplo. Não é justo que o reparto dos benefícios chegue segundo os setores sociais a que pertençam as pessoas. 

Os que foram educados, como ocorre nos setores menos privilegiados, nas escolinhas miseráveis, com professores escassos, sem aparatos técnicos nem bibliotecas, estão condenados a ter os piores empregos e, ao contrário, os jovens de classes privilegiadas, que podem pagar por bons colégios, têm acessos a ofícios e profissões que os impulsionam a ter os melhores salários e constituir a elite da sociedade. 

Um país que busca justiça na liberdade deve gastar somas importantes na criação de uma educação pública de nível muito alto, pagando e preparando os melhores professores e constituindo colégios e escolas capazes de competir com as instituições privadas e superá-las. Muitas pessoas pensarão que se trata de um ideal impossível. Não é verdade. A França teve uma educação pública de altíssimo nível que levou líderes operários a postos principais. E para mencionar um país “subdesenvolvido”, que então não parecia sê-lo, a Argentina, do início do século passado, teve um sistema de educação pública que o mundo inteiro olhava com inveja e admiração.

A igualdade de oportunidades pode funcionar perfeitamente naquele período de abertura, se não quisermos que distorções e desigualdades estropeiem o processo de liberação que empreende um país que quer sair da pobreza. Pode-se aplicar em distintas áreas sociais e não somente na educação, mas é neste campo que é preciso escorar as mudanças, pois é nesta esfera em que se faz sentir mais o privilégio que dão os altos ganhos e as diferenças intelectuais entre os distintos setores sociais. Um país que se “abre” ao mundo e a si mesmo deve gastar grandes quantias, sobretudo na educação, na qual todos os gastos deveriam ser permitidos, dentro do possível, para corrigir o flagelo da desigualdade.

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Zimbábue é um dos países mais pobres no mundo, com 40% da população com algum grau de desnutrição e esperança de vida ao nascer de 47 anos Foto: Tsvangirayi Mukwazhi / AP

Dramas sociais

É exagerado dizer que a abertura de um país, tanto no campo doméstico como no exterior, é mais difícil, e o país está exposto a sofrer crises, conflitos e dramas sociais. Esta trajetória pode se encurtar ou se estender, de acordo com as condições do país e a lentidão ou rapidez com que se apliquem as mudanças. Estas não deveriam ser tão rápidas que o país não consiga aguentá-las, nem não lentas que passem a impressão de que nada está mudando. Mas não é possível ditar uma fórmula válida a respeito da velocidade das mudanças. Tudo depende dos dirigentes e do grau de entusiasmo com que o grosso da população aceita estas reformas.

O importante é ter em conta aonde se quer chegar. Um país que se “abre” tanto domesticamente quanto no exterior e pretende alcançar o bem-estar e a verdadeira justiça social é capaz de suportar as dificuldades que esse trânsito apresenta. E saber que os únicos países que prosperaram agiram deste modo. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

PANDEMIA INTERFERE NO APRENDIZADO PARA FAZER O ENEM

 

  1. Educação 

Jovens que tiveram de adiar sonhos

O ensino remoto ruim, em meio à pandemia, desmotivou muitos, enquanto outros tiveram de buscar emprego ou mesmo nem tinham dinheiro para pagar a inscrição

João Ker e Júlia Marques, O Estado de S. Paulo

Oséas Ferreira, de 20 anos, trabalha como empacotador em um frigorífico. Em algum momento entre o início e o fim da jornada de dez horas, percebeu que o sonho de estudar escapava entre os dedos. Ele queria cursar Direito, mas hoje, quando colegas da mesma idade estiverem a caminho do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ficará ainda mais distante da universidade.

“Tem hora que dá desespero. Sempre gostei de estudar e não tenho oportunidade”, diz o jovem de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Ferreira faz parte de um grupo que se tornou mais numeroso este ano: aqueles que nem chegaram a se inscrever no Enem. Porta de entrada para o ensino superior brasileiro, o exame será aplicado hoje e no próximo domingo, em meio a denúncias de tentativa de controle sobre questões da prova e crise com servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo teste.

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Oséas Ferreira teve de trocar livros por dura jornada de trabalho Foto: Washington Alves/Estadão

Desde 2005, o Enem não tinha número tão baixo de inscrições. E, naquela época, a prova nem era usada para entrar em universidades públicas. O total de candidatos que vai fazer este Enem – cerca de 3,4 milhões – é quase metade do que o Ministério da Educação (MEC) esperava de inscritos no início do ano. Em relação ao ano passado, houve redução de 41% no total de inscrições. A queda é maior entre os candidatos que já haviam concluído o ensino médio. E excluiu ainda mais pretos, pardos e indígenas. O corte na gratuidade para quem faltou no ano passado afastou ainda estudantes pobres que não conseguiram pagar a taxa de R$ 85 para participar. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, que brigou na Justiça para não reabrir o prazo de inscrição, minimizou no Congresso o recorde negativo. “Quero saber de fato quantos vão fazer o Enem”, disse.

Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a reabertura do prazo de inscrição com gratuidade para quem faltou na edição passada. O Enem de 2020, realizado em janeiro deste ano, teve recorde de abstenção – grande parte de jovens que faltaram com medo de contaminação pela covid-19. A adesão à nova rodada de inscrições agora foi baixa: só 280 mil alunos a mais, que vão fazer a prova apenas em janeiro de 2022.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=2kXXKz

O ensino remoto ruim, em meio à pandemia, desmotivou os estudantes. “É complicado, não tem como aprender como eu queria. Não me sinto preparada”, diz Karen Carla Alves, de 17 anos. Após quase dois anos de aulas online, a jovem mineira decidiu não se inscrever e tentar só depois uma vaga em Medicina Veterinária.

Já Thiago Henrique Almeida, de 18 anos, começou a trabalhar para ajudar o tio. Morador de Epitaciolândia, no Acre, ele leva e traz gado entre dois municípios do interior. “Não consegui aprender de verdade. A gente só pegava material na escola, e assistia pela televisão, quando dava o sinal”, diz. “Meu tio me disse que no próximo ano vai pagar um pré-Enem para mim. Quero fazer Engenharia Elétrica. Não adiantaria tentar agora.”

Diretores e professores bem que tentaram mobilizar os estudantes, mas a crise fez força contrária. No Amapá, Arnanda Oliveira, responsável pelo ensino médio na Secretaria de Educação, viu famílias saírem da capital e voltarem para comunidades rurais ou ribeirinhas para sobreviver – muitas delas sem computador ou celular.

“A gente já percebeu esse impacto no Enem 2020 e mais ainda este ano. Qualquer ação que envolva WhatsApp, ou algo simples de internet, temos dificuldade de alcance”, afirma. “A educação dificilmente vai ficar em primeiro plano, porque essas pessoas precisam comer.” A queda de inscritos neste Enem é ainda maior na faixa de 21 a 30 anos – 68,8% em relação à edição passada.

Crise

Em Pernambuco, ausências de alunos em aulas preparatórias para o Enem, aos sábados, chamaram a atenção. “Percebemos que muitos estavam indo trabalhar na feira livre, como carregador, qualquer função que oferecesse remuneração”, diz Regina Melo, gerente geral do ensino médio e anos finais do fundamental da Secretaria de Educação.

A morte de parentes próximos pela covid-19 também forçou jovens a buscarem emprego, antes de pensarem em continuar os estudos. “Vimos muitos casos de alunos que precisaram trabalhar para sustentar os irmãos porque os pais faleceram”, diz Sirlei Bayma, gerente do Ensino Regular da Secretaria de Educação e Desporto do Amazonas.

No Rio Grande do Norte, o secretário estadual da Educação, Getúlio Marques, calcula que 20 mil tinham interesse em fazer a prova (chegaram a se cadastrar), mas não tiveram a inscrição concluída, por falta de pagamento ou desistência. “O impacto vai ser grande nessa geração, para os próximos anos, com menos gente qualificada no tempo certo.” Procurado sobre as causas do encolhimento do Enem e políticas para reverter o problema, o MEC não se manifestou. / COLABORARAM ALINE RESKALLA E JOÃO RENATO JÁCOME

O INTERCÂMBIO CULTURAL MOSTRA A VIDA COMO ELA É

 

 Fonte: Arleth Bandera, CEO da Eagle Intercâmbio e Luana Reis, analista de marketing digital da agência | www.eagleintercambio.com

Morar em outro país, conviver com pessoas, culturas e idiomas diferentes, pode ser um grande desafio mas também uma ótima oportunidade.

A adolescência é uma fase da vida de muitas dúvidas, questionamentos e descobertas; e um dos grandes dilemas dos jovens neste período é que eles costumam se sentir perdidos, desmotivados e inseguros com relação ao futuro. Por isso, fazer um intercâmbio pode ajudar e muito, a mudar essa situação. “Quando um jovem viaja para um lugar desconhecido, com outros hábitos, outra cultura, ele ganha vivência de mundo, amadurece e aprende na prática muito mais do que um novo idioma” – resume a CEO da Eagle Intercâmbio, Arleth Bandera.

Além das mudanças comportamentais que esse período em outro país e longe dos pais faz nos jovens, o currículo profissional também ganha outro status. Prova disso, é a jovem Luana Reis que aos 16 anos, aproveitou a oportunidade de concluir o ensino médio fora do Brasil fez o High School em uma cidadezinha de 1.500 habitantes chamada Evadale, no Texas.

“Eu sempre quis fazer intercâmbio e sonhava com Nova York, achava que minha vida seria como nos filmes americanos e eu acertei, porém eu vivi um filme no interior do Texas. Tudo era diferente da minha realidade, eu estava acostumada com São Paulo, cidade grande, com prédios e muitas pessoas. No Texas eu tinha que acordar cedo para dar comida para as galinhas, eu aprendi a andar de cavalo e o mais importante, aprendi que a felicidade não está no lugar em que você mora, ela está em nós mesmo” – conclui

Luana Reis que aproveitou a experiência de todas as maneiras, incluindo as dificuldades iniciais de adaptação e a saudade de casa, pode retornar aos Estados Unidos alguns anos depois, com a sua mãe e seu irmão caçula e desta nova oportunidade, surgiu a Eagle Intercâmbio, primeira e única agência de intercâmbio feita 100% de brasileiros no Vale do Silício. A empresa que é dirigida por Arleth Bandera, conta com o apoio e suporte de Luana, que coordena as atividades de marketing da empresa.

Entre os serviços oferecidos pela agência, o High School (experiência vivida pela analista de marketing) é uma das mais comercializadas, sendo a preferido dos jovens e dos tutores, já que consiste em concluir o ensino médio em uma escola estrangeira, pública ou particular e oferece os melhores benefícios para os adolescentes que não param de estudar, ao viajar, e continuam convivendo com pessoas da sua idade dentro de um ambiente estudantil. Além disso, a grade curricular costuma ser recheada de atividades extracurriculares facilitando o entrosamento e o aprendizado.  

“Quando fiz o High School eu saí da minha zona de conforto, melhorei a fluência no idioma e descobri novos interesses e com isso, faço questão de atuar na Eagle auxiliando jovens como eu a vivenciarem a mesma coisa. É claro que existem os perrengues e a saudade de casa bate, mas todos estes obstáculos são superados quando nos conscientizamos de tudo o que temos para aprender e conhecer e o quanto evoluímos nessa jornada” – reforça Luana Reis.

Hoje, a Eagle faz parte de um seleto grupo de agências, com um dos maiores índices de aprovação de vistos para alunos brasileiros, carregando em sua trajetória mais de 1000 alunos brasileiros formados. A empresa também atua em processos migratórios e alterações de vistos. Quer saber mais? Acesse: www.eagleintercambio.com

Eagle Intercâmbio: É uma startup localizada no Vale do Silício (Califórnia), sendo a primeira agência de intercâmbio feita totalmente por brasileiros na região. Com clientes oriundos de diferentes localidades, a presença física da equipe da Eagle nos Estados Unidos permite com que a empresa dê suporte em tempo real, aos seus alunos, entendendo e identificando as necessidades de cada um deles. Dessa forma, a startup faz parte de um seleto grupo de agências, com um dos maiores índices de aprovação de vistos para alunos brasileiros, carregando em sua trajetória até hoje mais de 1000 alunos brasileiros formados pela Eagle. Para saber mais acesse: www.eagleintercambio.com

A TECNOLOGIA É UMA FERRAMENTA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO

 

* Por Rafael Fleming, Diretor Comercial da MedSystems

Antes de abrirmos as análises para o momento atual, precisamos voltar e avaliar o mercado de importação e o cenário preocupante que a Pandemia trouxe em 2020. Segundo a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, tivemos uma queda de 9,7% nas importações.

Desta forma, enxergamos fortes incertezas e não exclusivamente para o Brasil, mas para todos os países. Alguns setores conseguiram se destacar em meio a crise e utilizaram os mais diferentes recursos para fomentar o aquecimento em seus mercados de atuação. Mesmo assim, os resultados não foram os mais satisfatórios.

Em 2021, ainda nos primeiros meses, as previsões eram de melhora. Dados da  Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, indicavam crescimento da economia mundial da ordem de 4,2%, mas com nível de incerteza ainda elevado pelo surgimento de variantes da Covid-19 e o não avanço das vacinas no mundo. Por isso, sentimos uma retomada ainda muito tímida.

A tecnologia passou a ser um dos recursos mais utilizados por todos os setores, como uma forma de melhorar o desempenho e diminuir (na medida do possível), os custos. Com a Inteligência Artificial, por exemplo, é possível aperfeiçoar os negócios, gerando dados consistentes sobre logística, otimização de processos e resultados mais positivos.

Vale lembrar que essas vantagens da tecnologia para o mercado não são novidades, mas com a pandemia, os recursos foram colocados mais à frente na tentativa de aumentar os lucros ou, então, diminuir os prejuízos. Abrimos discussões para trazer e apurar outras tendências no Brasil. O mercado de estética é um dos que mais se destacou nesse sentido, o setor atingiu números positivos ao usar a tecnologia, local e importada para suportar os processos e acelerar os negócios.

Com o isolamento social, muitas pessoas ficaram mais tempo em casa e passaram a usar mais as telas, dos smartphones e computadores, para estarem em contato com familiares, amigos e para o trabalho. O olhar para si bateu mais forte e a procura por tratamentos de autocuidado cresceu. Empresas do mercado de estética que apostaram em tratamentos não invasivos, por meio da tecnologia, para melhorar a autoestima dessas pessoas se destacaram. Conseguiram se manter e, muitas vezes, até mesmo crescer.

Na medicina, também muita coisa foi vista e consumida por meio da tecnologia. Tendências de fora chegaram para trazer mais qualidade aos médicos e para os pacientes. Acompanhamos a evolução acelerada da telemedicina aqui no Brasil. Com os riscos de contágio da Covid-19, muitos consultórios médicos e hospitais começaram a oferecer, sempre que possível, a possibilidade de consulta à distância para os pacientes. Tudo viabilizado por meio da tecnologia e, claro, essa é uma realidade que veio para ficar.

Aos poucos, podemos sentir o aquecimento da economia, ainda mais com o avanço no segundo semestre por conta da vacinação. Mas já sabemos que com a tecnologia à frente dos negócios, garantimos um cenário mais sólido e com menos incertezas para o mercado no geral.

Vantagens Competitivas da Startup Valeon

pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise.

Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras.

Em vez de andar pelos comércios, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira.

Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

Contudo, para esses novos consumidores digitais ainda não é tão fácil comprar online. Por esse motivo, eles preferem comprar nos chamados Marketplaces de marcas conhecidas como a Valeon com as quais já possuem uma relação de confiança.

Inovação digital é a palavra de ordem para todos os segmentos. Nesse caso, não apenas para aumentar as possibilidades de comercialização, mas também para a segurança de todos — dos varejistas e dos consumidores. Não há dúvida de que esse é o caminho mais seguro no atual momento. Por isso, empresas e lojas, em geral, têm apostado nos marketplaces. Neste caso, um shopping center virtual que reúne as lojas físicas das empresas em uma única plataforma digital — ou seja, em um grande marketplace como o da Startup Valeon.

Vantagens competitivas que o oferece a Startup Valeon para esse Shopping:

1 – Reconhecimento do mercado

O mercado do Vale do Aço reconhece a Startup Valeon como uma empresa de alto valor, capaz de criar impactos perante o mercado como a dor que o nosso projeto/serviços resolve pelo poder de execução do nosso time de técnicos e pelo grande número de audiências de visitantes recebidas.

2 – Plataforma adequada e pronta para divulgar suas empresas

O nosso Marketplace online apresenta características similares ao desse shopping center. Na visão dos clientes consumidores, alguns atributos, como variedade de produtos e serviços, segurança e praticidade, são fatores decisivos na escolha da nossa plataforma para efetuar as compras nas lojas desse shopping center do vale do aço.

3 – Baixo investimento mensal

A nossa estrutura comercial da Startup Valeon comporta um baixo investimento para fazer a divulgação desse shopping e suas empresas com valores bem inferiores ao que é investido nas propagandas e divulgações offline.

4 – Atrativos que oferecemos aos visitantes do site e das abas do shopping

 Conforme mencionado, o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores tem como objetivos:

  • Fazer Publicidade e Propaganda de várias Categorias de Empresas e Serviços;
  • Fornecer Informações detalhadas do Shopping Vale do Aço;
  • Elaboração e formação de coletâneas de informações sobre o Turismo da nossa região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas das 27 cidades do Vale do Aço, destacando: Ipatinga, Cel. Fabriciano, Timóteo, Caratinga e Santana do Paraíso;
  • Ofertas dos Supermercados de Ipatinga;
  • Ofertas de Revendedores de Veículos Usados de Ipatinga;
  • Notícias da região e do mundo;
  • Play LIst Valeon com músicas de primeira qualidade e Emissoras de Rádio do Brasil e da região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas e dos seus produtos em cada cidade da região do Vale do Aço;
  • Fazemos métricas diárias e mensais de cada aba desse shopping vale do aço e destacamos:
  • Média diária de visitantes das abas do shopping: 400 e no pico 800
  • Média mensal de visitantes das abas do shopping: 5.000 a 6.000

Finalizando, por criarmos um projeto de divulgação e propaganda adequado à sua empresa, temos desenvolvido intensa pesquisa nos vários sites do mundo e do Brasil, procurando fazer o aperfeiçoamento do nosso site para adequá-lo ao seu melhor nível de estrutura e designer para agradar aos mais exigentes consumidores. Temos esforçado para mostrar aos srs. dirigentes das empresas que somos capazes de contribuir com a divulgação/propaganda de suas lojas em pé de igualdade com qualquer outro meio de divulgação online e mostramos o resultado do nosso trabalho até aqui e prometemos que ainda somos capazes de realizar muito mais.

                                                               Site: https://valedoacoonline.com.br/