sábado, 20 de novembro de 2021

METAVERSO - MISTURA DO ONLINE E OFFLINE

 

Sabrina Bezerra – Vinicius Gusmão

Na corrida para marcar território na inovação do futuro (ou seria do agora?), companhias — dos mais variados segmentos — estão apostando na mistura entre o mundo online e o offline por meio de dispositivos digitais. Confira!

A esta altura, você sabe que o Facebook Inc. virou Meta. O rebranding da companhia foi pautado pelo metaverso — mistura entre o mundo online e o offline por meio de dispositivos digitais.

O objetivo da Meta é marcar território no que muitos acreditam ser o futuro da internet. Mas não pense você que o metaverso trata-se de uma inovação pronta. Para você ter uma ideia, é algo tão novo, que é difícil até defini-lo. Porém, o fato é que já está sendo construído — e engloba uma série de experiências que faz e fará parte de jogos, redes sociais, e-commerces, entre outros.

“A gente não vai ter um metaverso, a gente vai ter vários”, disse em entrevista ao MVP Vinicius Gusmão, CEO e cofundador da MedRoom.

Podemos fazer uma comparação com outras inovações tecnológicas, como o início da internet, as redes sociais, a internet das coisas (IoT), a nuvem — todas nasceram como conceitos sem muitos detalhes, mas logo estabeleceram grandes transformações em vários setores.

COMO SURGIU?

Os pioneiros que trouxeram a tendência metaversa foram jogos online, como Animal Crossing, Fortnite e Roblox, em que os jogadores podem construir seus próprios mundos online usando experiências imersivas como realidade virtual e aumentada (falaremos mais sobre isso no próximo tópico).

E, consequentemente, puxou o mundo da moda para esse ecossistema. Como assim? Os jogadores passaram a comprar acessórios, roupas e tênis digitais para vestir seus avatares. Os NFTs também estão se integrando no metaverso. A Gucci, por exemplo, lançou bolsas, chapéus e óculos em “token não fungível” no Roblox. E as pessoas estão comprando. Veja: em média, os jogadores gastam cerca de US$ 100 bilhões em acessórios e roupas virtuais.

No e-commerce, a Boson Protocol, startup do Reino Unido, integra o metaverso, blockchain, NFT, ERC-20, DeFi, Web3, eGames, DAO numa rede descentralizada. Na prática, o usuário vende seus produtos físicos em NFT. “Foi-se o tempo que os maiores problemas do varejo eram coisas como arrumar uma boa vitrine ou fazer funcionar o código de barras”, diz Cristiano Kruel, Chief Innovation Officer.

Agora, confira 6 empresas que estão apostando, de certa forma, no metaverso — e vão de games a futuro do trabalho:

1 – MICROSOFT

No início do ano, a empresa anunciou o Mesh, plataforma de colaboração de realidade mista em que transforma reuniões de home office em realidade virtual. A expectativa é ser lançado no início de 2022.

A lógica? Marcar território no futuro do trabalho. O que faz sentido, já que tudo indica que muitas empresas vão adotar o modelo de trabalho híbrido.

Obviamente que a estratégia da transformação digital não para por aí — e tem até parceria com a Meta. Vai funcionar assim: o Microsoft Teams e o Workplace serão integrados.

Na prática, os usuários do Teams ou Workplace poderão visualizar, comentar e reagir a reuniões em tempo real, sem ter que alternar entre os aplicativos. Muito provável que o Mesh faça parte desta jornada.

2 – ROBLOX

A Roblox, plataforma de games, que abriu capital na bolsa, está engajada em explorar ainda mais o metaverso. Para a empresa, a visão é a de “criar uma plataforma para experiências imersivas, onde as pessoas possam se reunir em experiências 3D para aprender, trabalhar, criar e socializar”, diz em comunicado. Ou seja, ir além dos jogos.

Para isso, está investindo em comunicação e tecnologia de expressões faciais dinâmicas e chat de voz espacial. A ideia é que os membros conversem e façam interações sociais na plataforma como fazem no mundo físico.

“Por exemplo, falamos mais alto quem está longe nos ouvir, sussurramos quando queremos ser discretos. Mudamos nossa forma de comunicação dependendo de estarmos com outras pessoas ou a sós”, conta a empresa.

“Com a voz espacial, os criadores começarão a testar o desenvolvimento de experiências onde as conversas podem ocorrer de forma realística, refletindo a maneira que ouvimos e respondemos ao mundo ao nosso redor todos os dias”, completa.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

ÁRABES QUEREM INVESTIR NO BRASIL E ATÉ NO FUTEBOL

 

‘Vem ser sócio do Flamengo’

 Eduardo Rodrigues e Thaís Barcellos/BRASÍLIA 10 horas atrás Curtir|14

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 18, que um grupo dos Emirados Árabes Unidos disse a autoridades brasileiras nesta semana que estaria “examinando” comprar dois clubes de futebol do Brasil. Guedes esteve na comitiva do presidente Jair Bolsonaro que também visitou o Catar e o Bahrein.

“Ao final da nossa visita, recebemos uma pista, uma insinuação, de quem vem mais US$ 10 bilhões de investimentos porque estamos modernizando o nosso parque. Vão investir em estradas, campos de petróleo e até em clubes de futebol”, afirmou Guedes, em discurso no evento de 29 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta.

Guedes diz que árabes querem comprar dois clubes de futebol do Brasil: 'Vem ser sócio do Flamengo'. © Dida Sampaio/Estadão Guedes diz que árabes querem comprar dois clubes de futebol do Brasil: ‘Vem ser sócio do Flamengo’.

O ministro citou de maneira equivocada o Manchester United, clube inglês que não pertence aos árabes, mas sim à família Glazer, de norte-americanos. Guedes provavelmente queria se referir à recente compra do Newcastle pelo príncipe Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita. Após a aquisição do time inglês, circularam boatos de que o fundo saudita teria interesse em comprar o francês Olympique de Marselha, a italiana Internazionale (que atualmente está nas mãos de um grupo chinês) e ainda um time brasileiro.

“Eles compraram o Manchester United, levaram o Cristiano Ronaldo, e eu pensei: ‘Vem ser sócio do Flamengo’. E aí tinha outro lá do lado vascaíno que falou: ‘Não, vem para o Vasco’. Eu falei que (se for para o Vasco) vai perder dinheiro. E tinha outro palmeirense que falou para comprar o Palmeiras. Eles anunciaram que vão comprar dois times, estão examinando. Então eles vêm. Isso ontem e antes de ontem na viagem”, acrescentou Guedes.

Um passo importante foi dado este ano para que times de futebol brasileiros possam ser adquiridos por grupos econômicos brasileiros ou estrangeiros, com a aprovação pelo Congresso Nacional da lei que cria a figura da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O clube original deverá manter ações especiais com direito a veto sobre mudanças de símbolos do time, venda de imóveis e outras decisões.

“Estava três ou quatro dias atrás, nos Emirados Árabes observando os petrodólares. Construíram uma imensa riqueza no deserto reciclando os petrodólares. Toda vez que há um choque de petróleo esses petrodólares são reciclados. É uma imensa riqueza em cima de um monte de areia. Criaram cidades, mas está sobrando dinheiro. Ao invés de reciclarem como nos anos 70 e 80 na forma de empréstimos, estão reciclando como investimentos”, completou Guedes.

O REGIME SEMIPRESIDENCIALISMO ESTÁ COM MUITOS DEFENSORES ATUALMENTE

 

Sistema de governo
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Presidente da Câmara, Arthur Lira, é o principal defensor da adoção do semipresidencialismo no Brasil| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Encampado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o semipresidencialismo conta com o apoio de outros nomes do Congresso Nacional e até de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos dias, o tema voltou a ser discutido por políticos e membros do Judiciário durante o 9º Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, organizado pelo ministro do STF Gilmar Mendes.

No semipresidencialismo, além do presidente da República, que na maioria dos países que adotam esse modelo são eleitos pela população, existe a figura do primeiro-ministro, que é escolhido pelo Congresso Nacional. Ambas as figuras dividem as funções do poder Executivo. Países como Portugal e França adotam modelos parecidos.

Pressionado a abrir um dos processos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro desde que assumiu o comando da Câmara no começo deste ano, Lira defende que um dos piores problemas do Brasil é o multipartidarismo. De acordo com ele, hoje o país vive um “presidencialismo de coalizão” e esse “arranjo” não tem se mostrado à altura dos desafios.

“Talvez esta seja a hora de mobilizar forças para discussão mais ampla e transparente do nosso futuro político. E o sistema de governo semipresidencialista se sobressai”, disse.

Para Lira, a vantagem do semipresidencialismo é a preservação da eleição do presidente. “A previsão de uma dupla responsabilidade do governo, ou de uma responsabilidade compartilhada do governo, que responderia tanto ao presidente da República quanto ao Parlamento, pode ser a engrenagem institucional que tanto nos faz falta nos momentos de crises políticas mais agudas”, completou Lira.


Presidente do Senado apoia discussão no Congresso
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também apoia o semipresidencialismo encampado por Arthur Lira. No mesmo evento, em Lisboa, Pacheco declarou que considera o modelo “interessante”.

“O [semipresidencialismo] é o sistema político mais estável entre todos os existentes no mundo. Há um excesso de partidos políticos no Brasil e é preciso haver um enxugamento visando a 2026 e 2030, próximos períodos de eleições gerais no país”, disse.

Ministros do STF também defendem o modelo 
Além dos presidentes da Câmara e do Senado, ministros do STF também se posicionam a favor de uma mudança no modelo político do Brasil. No mesmo fórum, o ministro Dias Toffoli afirmou que hoje o Brasil já vive um semipresidencialismo com a Suprema Corte exercendo o papel de “moderador de crises”.

“Nós já temos um semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”, disse. Toffoli completou dizendo que “presidir o Brasil não é fácil” e a discussão sobre o tema é complexa.

Anfitrião do evento, o ministro Gilmar Mendes afirmou que, desde a redemocratização, apenas os presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminaram seus mandatos. Por isso, defendeu que uma mudança no sistema precisa ser discutida para que não haja uma “banalização” do impeachment.

“Dos quatro presidentes eleitos desde então, apenas dois concluíram seus mandatos. Os outros dois sofreram impeachment. Isso é um sinal de que precisávamos discutir o sistema político”, defendeu.

Durante a tramitação da reforma eleitoral deste ano, Mendes já havia entregue ao presidente da Câmara uma proposta de semipresidencialismo para ser discutido pelo Congresso. O modelo proposto pelo ministro é o mesmo adotado em Portugal. A proposta chegou a ser discutida na comissão da reforma, mas acabou não avançando por conta de divergências entre os parlamentares.

Integrante da Corte e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso também já defendeu as mudanças publicamente. “Essa [modelo de semipresidencialismo] é a inovação que eu acho que nós devemos implementar no Brasil para 2026. Para que não haja mais nenhum interesse posto sob a mesa”, disse em outra ocasião.

Temer e FHC também defendem a mudança 
No mesmo Fórum de Lisboa, o ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu o Palácio do Planalto após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), afirmou ser um defensor do semipresidencialismo. “No Brasil, há muito tempo se fala em fazer uma grande reforma política, mas jamais se conseguiu levar adiante”, disse.

Para ele, seu mandato só teve “êxito” porque o Congresso Nacional governou junto. “Eu trouxe o Congresso para governar comigo não apenas porque era da nossa formação democrática […], mas o fato é que no presidencialismo você também não pode governar sem o Congresso Nacional”, completou.

De acordo com o emedebista, “a maioria parlamentar é sempre instável no presidencialismo”. “Você tem partidos que apoiam o seu governo. Mas, na hora da votação, metade vota a favor e metade vota contra. É uma luta constante”, disse.

O ex-presidente FHC também já defendeu uma mudança no sistema político brasileiro em outras ocasiões. O PSDB, partido do ex-presidente, já encampou diversas vezes a discussão dentro do Congresso. Tucanos, no entanto, costumam defender o parlamentarismo, modelo semelhante ao semipresidencialismo, mas onde o Legislativo é quem escolhe o chefe do Executivo. Nesse caso, o presidente da República não é o chefe de governo e é eleito indiretamente, a partir dos votos dos parlamentares.

PEC do semipresidencialismo está parada no Congresso 
Autor de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para discutir o sempresidencialismo, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) protocolou o texto há cerca de um ano. Ele diz que tem buscado Lira para tratar do assunto e tentar, ao menos, abrir a discussão na Casa.

Pela proposta de Moreira, o presidente da República mantém parte dos poderes e indica um primeiro-ministro, que precisará do aval do Congresso para assumir. Os ministros de Estado também seriam subordinados ao primeiro-ministro.

“O semipresidencialismo é uma evolução do presidencialismo. Não é um novo regime, é um novo modelo de governança”, defende o deputado tucano.

De acordo com aliados de Lira, o objetivo é colocar o assunto em pauta na próxima legislatura. Segundo parlamentares do Centrão, é inviável conseguir avançar com a PEC no próximo ano, por causa das eleições.

Mudanças no modelo presidencialista do Brasil já foram tentadas outras vezes, como entre os anos de 1995 e 2002. As discussões, no entanto, nunca avançaram no Congresso Nacional. “Esse debate nesse momento, em função da proximidade das eleições, é inoportuna. Acredito que qualquer proposta para mudar o sistema de governo do país terá que passar por plebiscito”, defende o deputado Paulo Azi (BA), vice-líder do DEM na Câmara.


Especialistas criticam “semipresidencialismo no varejo” 
Para Carlos Monteiro, professor de Ciência Política e mestre em Direito Político pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil vive hoje um “semipresidencialismo no varejo”, pois a permanência do presidente da República no cargo está ligada ao Congresso.

“A gente só não viu o impeachment do presidente Bolsonaro avançar porque ele abriu o governo para o Congresso e o Centrão. Em momentos de crise, ele se viu extremamente ameaçado pelos congressistas e acabou aderindo ao presidencialismo de coalizão, tão criticado por ele na campanha”, afirma.

De acordo com Monteiro, hoje o Congresso tem controle do Orçamento e a figura do presidente da Câmara, Arthur Lira, determina o tamanho do apoio ao Palácio do Planalto através das emendas de relator. “A gente viu que o Lira exerce a figura de primeiro-ministro do modelo semipresidencialismo, pois é ele quem consegue controlar tudo o que a Câmara aprova, por exemplo. O presidente da Câmara é quem tem controlado o tamanho da base do governo no Congresso”, completa.

Já a professora e advogada Luciana Marques afirma que o presidente da República sempre será “refém”, quando não tiver maioria no Congresso. “A alta fragmentação partidária no Brasil é problema urgente, que precisa ser resolvido antes de as lideranças do Congresso projetarem a reforma política. Dificilmente um presidente será eleito e terá em seu partido a maioria na Câmara e no Senado. Ou seja, ele sempre vai estar ameaçado pelos congressistas”, afirma.

Para a jurista, as ameaças de impeachment afastam a “estabilidade” de qualquer governo eleito majoritariamente. “Sem que haja uma adesão do Congresso, qualquer presidente que for eleito terá a sombra do impeachment. A gente vê que toda crise se abre a discussão de um processo de impedimento, e cada vez mais o presidente é obrigado a se render aos congressistas, caso queira ficar no poder”, completa.

Marques afirma ainda que “o simples fato de mudar o sistema não necessariamente garante um governo mais estável.

“.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/quem-sao-os-defensores-do-semipresidencialismo-sistema-de-governo/
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TOFFOLI CONFESSA QUE O STF ESTÁ ATUANDO COMO PRIMEIRO MINISTRO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli.| Foto: Divulgação/STF

Quase um ano e meio depois de afirmar que o Supremo Tribunal Federal (STF) atua como “editor de uma nação inteira” no abusivo inquérito das fake news, o ministro Dias Toffoli atribuiu uma nova função à corte – e que, assim como a de “editor”, não vem nem das leis, nem da vontade popular. Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”.

A discussão sobre semipresidencialismo – um sistema em que o presidente da República divide formalmente poderes com o Legislativo, embora não a ponto de se falar na adoção do parlamentarismo – já vem de alguns anos e sempre retorna quando se observam impasses entre poderes, especialmente entre Executivo e Legislativo. Se há a constatação de que o Brasil de hoje já funciona em parte de modo semipresidencialista, é porque a Constituição de 1988, embora afirme que o Brasil é uma república presidencialista – escolha ratificada pela população no plebiscito de 1993 –, teve entre seus redatores muitos adeptos do parlamentarismo, e que acabaram deixando sementes espalhadas pelo texto constitucional. Resultado disso é o dito “presidencialismo de coalizão”, em que o governante de turno precisa montar uma maioria parlamentar à base de muitas negociações, nas quais se recorre ao fisiologismo e à corrupção pura e simples. O que mais assusta na frase de Toffoli, no entanto, não é a menção à solução fora de lugar representada pelo semipresidencialismo, mas a um papel que o Supremo concedeu a si mesmo ao arrepio de qualquer previsão legal.

O passado recente bem demonstra a que ponto o Supremo se arrogou o papel de “superpoder”

Não existe “poder moderador” de nenhum tipo no Brasil, e quem o afirma é o próprio Supremo. Em 2020, a corte havia sido chamada a esclarecer o papel das Forças Armadas na ordem institucional brasileira, e em liminar o ministro Luiz Fux (hoje presidente da corte) afirmou expressamente que “inexiste no sistema constitucional brasileiro a função de garante ou de poder moderador: para a defesa de um poder sobre os demais a Constituição instituiu o pétreo princípio da separação de poderes e seus mecanismos de realização. O conceito de poder moderador, fundado nas teses de Benjamin Constant sobre a quadripartição dos poderes, foi adotado apenas na Constituição Imperial outorgada em 1824. Na conformação imperial, esse quarto Poder encontrava-se em posição privilegiada em relação aos demais, a eles não se submetendo. No entanto, nenhuma Constituição republicana, a começar pela de 1891, instituiu o Poder Moderador. Seguindo essa mesma linha e inspirada no modelo tripartite, a Constituição de 1988 adotou o princípio da separação de poderes, que impõe a cada um deles comedimento, autolimitação e defesa contra o arbítrio, o que apenas se obtém a partir da interação de um Poder com os demais, por meio dos mecanismos institucionais de checks and balances [freios e contrapesos] expressamente previstos na Constituição”.

Mais adiante, na mesma liminar, Fux afirma que “considerar as Forças Armadas como um ‘poder moderador’ significaria considerar o Poder Executivo um superpoder, acima dos demais”; ora, se é assim, não estaria Toffoli querendo fazer do Supremo esse “superpoder, acima dos demais”? E podemos perguntar mais ainda: não estaria o STF realmente agindo desta forma, acima dos demais poderes e acima das próprias leis, extrapolando completamente o seu papel de guardião e intérprete da Constituição Federal?


O passado recente bem demonstra a que ponto o Supremo se arrogou o papel de “superpoder”. Não bastando as inúmeras e constantes interferências nas funções dos poderes Executivo e Legislativo, a corte vem rasgando a Constituição e as leis ao promover um apagão da liberdade de expressão no Brasil, instaurar inquéritos abusivos nos quais o devido processo legal é ignorado, criar crimes sem previsão legal (como na recente equiparação da homofobia ao racismo), anular processos e decisões judiciais realizadas em completo respeito às leis penais e processuais, e inventar suspeições. Como afirmamos neste espaço em março de 2021, “quando a Constituição, a lei, a jurisprudência, os princípios legais e a coisa julgada são ignorados, entra em ação o voluntarismo. Já não existe uma única Constituição, mas tantas Constituições quanto magistrados. Já não existe jurisprudência, mas apenas as convicções e as conveniências de cada julgador. E, no Brasil atual, poucas instituições têm representado esse caos judicial de forma tão intensa quanto aquela que deveria ser a principal guardiã da Carta Magna e da segurança jurídica”.

A confissão de Toffoli pode fazer corar Montesquieu, o grande teórico iluminista da tripartição de poderes, mas já fora prevista muitos séculos antes pelo poeta romano Juvenal, que nas suas Sátiras questionava: quis custodiet ipsos custodes?, o que poderia ser traduzido como “quem vigia os vigilantes?”, ou “quem guardará os guardiões?”. Sem os limites que o bom uso dos freios e contrapesos traria, a tendência dos ministros do Supremo é realmente se tornarem um superpoder que decide como bem entende, sem ter de prestar contas a ninguém. E então a ressalva de que “presidir o Brasil não é fácil” soa ainda mais sarcástica, já que agir como um superpoder, decidindo como se bem entender, sem precisar negociar nada com ninguém ou sem prestar atenção a lei alguma, é a coisa mais fácil que há.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-confissao-de-toffoli-supremo-poder-moderador/
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DEPUTADO FEDERAL SOFRE VIOLÊNCIA DO STF E NINGUÉM FALA NADA

 

Deputado federal

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) ficou preso por quase nove meses após gravar vídeo com ameaças a ministros do STF| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Não há nada que se compare ao caso do deputado Daniel Silveira, no Brasil de hoje, em matéria de ilegalidade em estado bruto. As classes intelectuais, a mídia e a elite em geral, que vivem à beira de um colapso nervoso com tudo o que consideram ameaças ao “Estado de Direito”, ignoram grosseiramente esse escândalo – da mesma forma que a OAB, as entidades que dizem defender direitos humanos e constitucionais e a central nacional dos “garantistas”.

Isso não muda em nada o tamanho da extraordinária coleção de violências que o deputado vem sofrendo em seus direitos mais elementares – apenas coloca em evidência a cumplicidade do Brasil bem pensante com o desrespeito flagrante, direto e permanente às leis brasileiras por parte do Supremo Tribunal federal. É ele, na pessoa do ministro Alexandre Moraes, que impõe a Daniel Silveira a situação de perseguido político oficial – uma aberração em qualquer democracia constitucional.

Solto depois de nove meses de prisão integralmente ilegal, e proibido de manifestar-se nas redes sociais – não pode comentar nem um jogo de futebol no Twitter – o deputado também não pode, agora, dar nenhum tipo de entrevista à imprensa. É um fenômeno. Um criminoso do PCC, por exemplo, pode dar entrevistas na cadeia – quantas quiserem publicar. Silveira, deputado e solto, não pode. Esta exibição de demência não diz respeito só a ele; agride diretamente o direito da imprensa de entrevistar quem bem entender.

São ofensas particularmente primitivas à liberdade de expressão garantida no artigo 5º da Constituição Federal. Nada, nem ali e nem em nenhuma outra lei brasileira, permite que se faça o que está sendo feito em relação ao deputado. Ele não é o único, naturalmente, a ter os seus direitos rasgados pelo inquérito ilegal, perpétuo e totalitário do ministro Moraes sobre “atos antidemocráticos”. Mas o seu caso, sem dúvida, é um dos mais infames.

Silveira, como se sabe, foi preso no início do ano por ofensas ao STF – uma ilegalidade absoluta, pois ele é um deputado em pleno exercício do seu mandato e não pode, pela Constituição, ser preso – a não ser em flagrante e no caso de crimes gravíssimos, como qualquer cidadão brasileiro. Ele não cometeu crime gravíssimo: seu delito, caso fosse julgado e condenado, é o de injúria. Mais: a prisão aconteceu dias depois de ter feito as declarações. E daí? O ministro inventou um desatino legal jamais ouvido antes, o “flagrante perpétuo”, para jogá-lo no xadrez. Ficou por isso mesmo.

O deputado, de qualquer forma, está protegido pelas “imunidades parlamentares” e jamais poderia ter sido preso por ter expressado opiniões, mesmo insultuosas; teria de ser processado na forma da lei, com a participação da Câmara dos Deputados. Durante sua prisão, o ministro Moraes proibiu que ele fizesse uma ressonância magnética no joelho. Foi uma sucessão de horrores.

Agora, em liberdade, Silveira vive na condição de “subcidadão”. Sem qualquer justificativa legal, ele se vê com menos direitos que os demais brasileiros. Se fosse aplicada a lei, jamais poderia ter sido preso; foi roubado em nove meses de sua vida e está oficialmente ameaçado de voltar para o cárcere, por vontade exclusiva de um ministro do STF.

A elite se cala diante deste e de outros abusos porque os atingidos são pessoas politicamente amaldiçoadas pelo “Brasil democrático”. Esquece que quando se anula os direitos de um são anulados os direitos de todos.


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VISITA DE BOLSONARO AO GOLFO PÉRSICO TRAZ BONS RESULTADOS AO BRASIL

Resultados

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Bolsonaro visita o evento Dubai Air Show: comitiva presidencial fechou acordos e apresentou produtos brasileiros aos países árabes| Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro está de volta ao Brasil depois de uma exitosa e produtiva visita a países árabes do Golfo Pérsico riquíssimos em petrodólares. A viagem começou pelos Emirados Árabes, em Dubai, na Expo 2020, e foi um sucesso. Fez amizade com os príncipes, almoçou com empresários e teve o Dia do Brasil, no dia 15 de novembro. Também foram fechados negócios, com a venda de aviões e material bélico brasileiros.

Os árabes compraram também alimentos, principalmente frango, além de café e mate. Também houve intenções de investimentos em infraestrutura e em papéis do agro. Dali ele foi para o Bahrein, onde inaugurou uma embaixada brasileira, liderou uma motociata e foi muito bem recepcionado. Os chefes de Estado estavam de braços abertos para os brasileiros. Saudação na rua do povo e crianças com a bandeirinha brasileira, foi uma festa.

E no Catar, onde vai ter Copa do Mundo no ano que vem, Bolsonaro se encontrou com o presidente da Fifa, Gianni Infantino. Ele ganhou uma bola e uma camisa da Fifa com o seu nome. Como retribuição, Bolsonaro o presenteou com uma camisa canarinho. Eles visitaram juntos um estádio maravilhoso, que já está pronto um ano antes da competição. Chegaram a bater bola no gramado.

Filiação a novo partido
Agora que Bolsonaro está de volta todos estão esperando para saber como vai ficar a filiação partidária do presidente. Ele viajou ao Oriente Médio sob o anúncio de que assinaria a ficha no próximo dia 22 para entrar no Partido Liberal (PL).

Mas lá pelas tantas, Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, o manda-chuva do PL, se desentenderam principalmente por causa do apoio do partido a Rodrigo Garcia, candidato de João Doria ao governo de São Paulo. Mas todos sabem que o candidato de Bolsonaro é o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas. E tem mais divergências em Alagoas, no Piauí, no Amazonas…

Mas agora as lideranças do PL se reuniram e anunciaram que estão dando carta branca para Valdemar Costa Neto negociar o que quiser com o presidente Bolsonaro para não perdê-lo. Afinal, ele é o candidato que puxa voto. Só lembrar que na eleição passada elegeu os governadores do Rio de Janeiro e o de São Paulo, só pra citar alguns.

A tradução dessa carta branca é aceitar qualquer condição de Bolsonaro para entrar no partido. Afinal, o partido precisa do presidente da República mais do que Bolsonaro precisa do PL. Ele tem ainda a opção do Partido Progressista (PP), em que esteve por 11 anos e que é uma legenda que tem muitos prefeitos e deputados pelo país.

O PL tem a terceira bancada da Câmara em tamanho, com 43 deputados, que têm uma fidelidade de 88% nas votações. Um deles, talvez o mais fiel, é o Marco Feliciano (SP). E no Senado, o partido tem quatro senadores com uma fidelidade de 84% nas votações. Um dos mais conhecidos é Jorginho Mello, de Santa Catarina. E o partido ainda tem 347 prefeitos.

Partido é tudo igual
Um amigo me questionou por que tanta celeuma com o PL, já que ele não é tão diferente dos outros partidos, e eu concordei. Pode ser que todos sejam mais ou menos iguais, tem lá o chefão e os seus problemas de um modo geral. Não há muita diferença, infelizmente, partidos no Brasil são agremiações, não são conjuntos de doutrinas políticas. São interesses momentâneos, às vezes fisiológicos, e união de gente que tem o mesmo interesse.


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PETROBRAS E VALE DISTRIBUEM DIVIDENDOS MILIONÁRIOS

As duas empresas vão remunerar mais de 1 milhão de acionistas, entre pessoas físicas, fundos de pensão e BNDES

Fernanda Nunes e Bruno Villas Bôas, O Estado de S.Paulo

RIO – As gigantes Petrobras Vale vão ser as duas maiores distribuidoras de lucros do mercado brasileiro, com pagamentos recordes de dividendos para seus acionistas em 2021, mostra levantamento da plataforma de informações financeiras Economática a pedido do Estadão/Broadcast. Os pagamentos, que devem somar pelo menos R$ 136,4 bilhões em 2021, vão ser distribuídos a mais de 1 milhão de acionistas – sendo 850 mil da estatal e quase 300 mil da mineradora.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=zL99wyhttps://arte.estadao.com.br/uva/?id=zL99wy

No caso da Petrobras, o grande “premiado” é o próprio governo. Entre valores já pagos pela empresa e previstos até dezembro, de R$ 63,4 bilhões, R$ 23,3 bilhões devem ser pagos à União (incluindo a fatia do BNDES). Outros cerca de 850 mil acionistas, sendo 750 mil no Brasil, receberão R$ 40,1 bilhões. 

A Vale, por sua vez, tem 291 mil acionistas pessoas físicas, 2,6 mil pessoas jurídicas e 2,2 mil institucionais, como fundos de pensão.PUBLICIDADE

 Os investidores que aplicam diretamente em ações recebem o dividendo via depósito na conta da corretora. Atualmente, as rendas relativas a dividendos não pagam Imposto de Renda (IR) no País.

Vale
Sede da Vale, no centro do Rio de Janeiro; mineradora e Petrobras são as maiores distribuidoras de lucros do mercado brasileiro Foto: Fábio Motta/Estadão

O levantamento mostra que a Vale distribuiu R$ 73 bilhões até setembro, o maior valor entre as empresas listadas na B3, a Bolsa brasileira. A Petrobras aparece em segundo lugar no ranking, com pagamento de R$ 31,6 bilhões em 2021 até setembro, valor que vai dobrar até dezembro. Em terceiro lugar aparece o Bradesco, com R$ 9 bilhões, seguido de Santander Brasil, Itaú Unibanco e Banco do Brasil.

Ciclo

Os números refletem uma fase de preços das commodities nas alturas, o que resultou em forte geração de caixa. No caso da Petrobras, o barril de petróleo tipo Brent está na casa dos US$ 80, maior nível em oito anos. O fluxo de caixa elevado também é reflexo da política de preços dos combustíveis, que gerou críticas do presidente Jair Bolsonaro, que vê como “absurdos” os lucros distribuídos.

Já o minério de ferro chegou a US$ 230 a tonelada em maio, um recorde, antes de começar a ceder diante das incertezas sobre a China. 

“A Vale gera muito caixa e não vive um grande ciclo de investimentos. O endividamento está baixo, perto de zero. E, mesmo com as obrigações por Mariana e Brumadinho (reparação por conta dos desastres), a dívida expandida está abaixo da meta de US$ 15 bilhões”, afirma Daniel Sasson, analista do Itaú BBA.

Em novembro, a Vale está presente em quatro de oito carteiras de ações boas pagadoras de dividendos recomendadas por corretoras de valores, segundo o E-Investidor, serviço de finanças pessoais do Estadão. Já na Petrobras, a decisão de focar nos investidores ocorreu em 2016 e vem ganhando força. A empresa definiu que, após reduzir seu endividamento bruto a US$ 60 bilhões, retornaria 60% do seu fluxo de caixa livre aos acionistas. Essa meta foi batida no terceiro trimestre.

 

NO FUTURO O BRASIL PODERÁ ACESSAR A STARLINK DE ELON MUSK

 

Starlink lança satélites no espaço para fornecer conexão à internet para lugares remotos, evitando cabeamentos

 Por Redação Link – O Estado de S. Paulo

Starlink é a empresa de satélites do bilionário Elon Musk, dono da montadora de carros elétricos Tesla e da SpaceX, de foguetes espaciais

Starlink é a empresa de satélites do bilionário Elon Musk, dono da montadora de carros elétricos Tesla e da SpaceX, de foguetes espaciais

SpaceX, empresa de turismo espacial do bilionário Elon Musk, ficou conhecida pelos foguetes, mas esses não são os únicos produtos da companhia. Dentro da empresa do fundador da Tesla, existe um projeto chamado Starlink, que coloca satélites em órbita para levar conexão de internet a lugares remotos — esse foi motivo que levou o ministro das Comunicações do governo brasileiro, Fábio Faria, a visitar o bilionário na segunda-feira, 15.

De acordo com publicação de Faria nas redes sociais, a tecnologia estará no Brasil “para conectarmos as escolas rurais e protegermos a Amazônia utilizando a tecnologia da SpaceX/Starlink”. O ministro, porém, não deu prazo nem apresentou mais detalhes sobre o plano. Musk não se pronunciou sobre o encontro.

A suposta chegada do serviço ao Brasil levantou perguntas sobre o serviço de internet de Elon Musk. Assim, leia abaixo como funciona a Starlink.

O que é a Starlink?

A Starlink nasceu em 2015 como um braço da SpaceX, de turismo espacial. Atuando de forma quase independente hoje, o projeto promete colocar 42 mil de satélites em órbita baixa (entre 500 km e 2.000 km de altitude) para “vender” internet por uma assinatura mensal, semelhante ao que fazem as operadoras de telecomunicações, que instalam redes de infraestrutura com antenas em terra.

No projeto de Musk, esses satélites criarão uma rede capaz de cobrir todo o Planeta, incluindo regiões remotas e rurais – o que aumenta o potencial de inclusão e expansão de negócios. Essa é a importância de ter um grande volume de satélites: cada um dos equipamentos se liga em rede, garantindo que não existam áreas sem cobertura conforme o globo terrestre se movimenta.   

Musk, no entanto, descarta cobrir o Ártico e a Antártida. Apesar do barulho do bilionário, internet por satélites de baixa órbita não chega a ser uma novidade, considerando que operadores tradicionais, como a Embratel, já oferecem algo similar. 

Qual é a vantagem da conexão de internet por satélite?

O principal objetivo da internet por satélite é levar conexão a um custo menor do que mover pesadas infraestruturas de cabeamento (como fibra ótica) e antenas para locais distantes de centros urbanos.

Nesse sentido, “conectar” a Amazônia, como quer o governo brasileiro, pode ficar mais fácil, já que esse mercado também encontra poucos competidores — rivais como Viasat, HughesNet e Project Kuiper (da varejista Amazon) estão no ramo. 

Qual é a velocidade de conexão da Starlink?

A Startlink promete o que chama de alta velocidade e baixa latência: entre 100 Mbps e 200 Mbps de rapidez na conectividade, com latência de 20 ms. Musk afirma que o serviço deve ficar melhor com o tempo, conforme mais satélites entram em órbita.

A Starlink já está em operação no Brasil?

Não. O serviço da companhia está atualmente disponível apenas para alguns países da América do Norte, Europa e Oceania. Não há informação sobre se ou quando o País receberá a Starlink.

Há, porém, um indicativo do interesse da empresa no Brasil: a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão regulador do setor, homologou equipamentos da Starlink em maio de 2021, primeiro passo para eventual lançamento em solo (ou espaço) brasileiro. O serviço também já tem site em português.  

Qual é o preço da assinatura da Starlink?

Nos países onde a Starlink está disponível, as assinaturas saem por US$ 99, além de ser necessário desembolsar outros US$ 499 para a instalação do modem em casa. Não é possível saber o quanto seria cobrado no Brasil. 

Qual é o tamanho da Starlink hoje?

Conhecido por uma verborragia incomum no mundo dos negócios, Elon Musk não fornece muitas informações sobre o tamanho da divisão — apenas ressalta que está em rápida expansão, especialmente no ano de 2021.

Em outubro passado, o bilionário afirmou que a companhia pretendia colocar 12 mil satélites em órbita, com custo total de US$ 10 bilhões. Em outra ocasião, durante a Mobile World Congress (MWC) deste ano, a quantia de investimento necessária seria de até US$ 30 bilhões, declarou Musk. A meta da Starlink é atingir a marca dos 500 mil consumidores até o segundo semestre de 2022. Até agosto de 2021, a companhia possuía 1,8 mil satélites em órbita.