quinta-feira, 18 de novembro de 2021

INVESTIR EM CONTEÚDO E RELACIONAMENTO É O MELHOR CAMINHO

 

Lucas Ardigó

Investir em conteúdo e relacionamento tem se mostrado um excelente caminho para quem busca conexões profundas entre as empresas e os clientes em potencial.

Depois da onda dos blog-posts, o que as empresas têm feito para gerar conexões profundas com seus clientes em potencial?

Você já deve ter ouvido a frase que as marcas precisam entreter em vez de interromper, certo? Isso porque com a escalada de conteúdo sendo gerado a todo momento, a disputa por minutos de atenção está cada vez mais acirrada. No entanto, 90% das vezes que falamos de clientes em potencial no mundo dos negócios, a pauta fica atrelada à geração de leads e taxas de conversão, desconsiderando a profundidade da comunicação da marca com a audiência. Munir a equipe de vendas com listas e informações é, sem dúvidas, essencial para qualquer companhia. Porém, está longe de ser a única via. Investir em conteúdo e relacionamento, por exemplo, tem se mostrado um excelente caminho para quem busca conexões profundas e diferenciação.

“Fomentar o lifelong learning, transmitir conhecimento e proporcionar novas experiências por meio de conteúdo estão cada vez mais em alta. Mesmo quando a demanda chega pra gente como amplificação de mensagem publicitária, nosso time se dedica para adaptar o pedido para um tipo de entrega menos interruptiva e mais educativa”, explica Gabrielle Teco, CEO da Qura, hub especializada em curadoria de conteúdos para empresas e executivos, que viu os negócios decolaram durante a pandemia em mais de 500%.

Foi o que fez a Localiza ao lançar o podcast “Pé na estrada com o cliente”. Produzido em parceria com a Qura, o programa entrevista especialistas em customer experience, dividindo com a audiência insights sobre como cuidar da jornada do cliente sob diferentes aspectos. “Outro exemplo legal é o Cloudly, trilogia em podcast da Oracle que conta a história da cloud no mundo. Como esse é o tema do momento entre as grandes empresas de tecnologia, optamos por diferenciar a marca oferecendo um conteúdo educativo, bem produzido e levando a mensagem da marca para uma audiência super qualificada”, comenta Gabrielle.

Mas nem só de podcasts vivem as marcas. Embora o consumo por esse tipo de conteúdo tenha aumentado de maneira significativa – 200% em 2020, segundo o Spotify, principal plataforma de streaming de áudio do mundo – os eventos digitais seguem em alta como estratégia para gerar engajamento e conversas relevantes. “Depois da chuva de lives observada no início da pandemia, observamos uma queda de 35% da audiência em produtos menos interativos, como webinars e palestras. Já eventos no formato mesa redonda, onde o mediador consegue fazer a conversa parecer um bate-papo entre amigos, tiveram uma alta de 20% na audiência quando comparamos com os dados pré-pandemia”, adiciona a CEO da Qura.

Num mundo em que qualquer informação está a um clique de distância das pessoas, ir além do blog-post pode fazer toda a diferença para as marcas. As estratégias de SEO continuam relevantes, é claro. Mas passar para um próximo nível de conexão e engajamento com clientes em potencial exigirá das marcas não só criatividade, mas também uma preocupação genuína com a curadoria e a produção do conteúdo que elas assinam.

Vendas pela internet com o site Valeon

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nas lojas passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nas lojas a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para as empresas.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por 67.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por 513.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

MORO SE ACHA PREPARADO PARA GOVERNAR O BRASIL

 

ISTOÉ

O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça do governo Jair BolsonaroSergio Moro (Podemos), disse em entrevista ao “Conversa com Bial”, que está preparado “para assumir a liderança de um projeto de governo”.

Reprodução/Globo© Reprodução/Globo Reprodução/Globo

“Eu estou preparado para assumir a liderança de um projeto de governo e certamente não estou sozinho. Me sinto pronto para liderar, nós estamos construindo um projeto consistente. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, seguiremos adiante”, disse.

Moro também comentou que deveria ter saído do Ministério da Justiça e Segurança Pública antes de abril de 2020, quando deixou o cargo, pois não teve apoio do governo para a aprovação do seu projeto de lei anti-crime.

“Estendi minha permanência no governo porque eu tinha um projeto de lei anti-crime que apresentei no começo de 2019, que teve uma tramitação lenta porque eu não tinha apoio do governo. Então foi votado apenas em dezembro de 2019. O projeto não foi aprovado nos termos que apresentei e algumas medidas que foram inseridas interferiam no combate à corrupção. Pedi para o presidente vetar, mas ele não vetou. Confesso que fiquei surpreso, porque ele tinha o discurso voltado para o combate à corrupção”, disse.

Sobre o candidato do PT Luiz Inácio Lula da Silva, Moro disse que nunca teve questão pessoal com o ex-presidente e que apenas cumpriu seu papel de juiz ao condená-lo.

“Nunca tive uma questão pessoal com o ex-presidente Lula. Eu fiz meu papel de juiz. O que nós vimos durante o governo dele foram os maiores escândalos da história. O mensalão não foi julgado por mim. Foi descoberto um esquema de compra de votos para apoiar o Governo Federal, e quem era o presidente da época? A Petrobras foi dia e noite saqueada como nunca antes na história desse país. Isso não é mito, não é ficção. Temos provas e reconhecemos o maior esquema de corrupção da nossa história”, finalizou o agora candidato à Presidência.

COP-26 PROMETE DESCARBONIZAR O MUNDO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

O presidente da COP-26, Alok Sharma, é aplaudido na sessão de 13 de novembro da conferência do clima, em Glasgow.| Foto: Robert Perry/EFE/EPA

As negociações não foram fáceis, a ponto de o encerramento da COP-26 ter sido adiado em um dia, mas a conferência do clima realizada em Glasgow, na Escócia, terminou com um acordo assinado por 197 países sobre a “descarbonização” do planeta. Como em toda negociação que inclui grupos de interesse tão diversos, que vão de ambientalistas a países poluidores ou produtores de combustíveis fósseis, o palavreado de tais documentos acaba enfraquecido e a abundância de metas não parece vir acompanhada de clareza no caminho que se deve seguir para atingi-las.

O objetivo principal continua sendo o de impedir que a temperatura média do planeta em 2100 supere em 2 graus Celsius (de preferência, que não passe de 1,5ºC) a média pré-Revolução Industrial; um grupo de ONGs afirma que, no ritmo atual de execução das políticas ambientais, o mundo chegará à virada do século 2,7ºC mais quente que na era pré-industrial; e, mesmo que as inúmeras promessas de curto prazo feitas por governos sejam cumpridas, o aumento será de 2,4ºC. Ou seja, o ritmo da “descarbonização” precisaria avançar, e muito – e é aqui que começam os problemas, já que a conta é grande demais e não há quem esteja disposto a pagá-la no lugar dos que não têm condições de fazê-lo.

É ilusório crer que uma nação pobre aceitará ser mantida no subdesenvolvimento eterno para cumprir metas ambientais impostas de fora

O acordo assinado no sábado pede reduções “rápidas, profundas e sustentadas nas emissões de gases do efeito estufa, incluindo de dióxido de carbono em 45% até 2030, em relação ao nível de 2010, e para zero em meados do século”. Cumprir tal meta passa necessariamente por um corte drástico no uso de combustíveis fósseis como carvão e petróleo; o documento fala em “acelerar o desenvolvimento, implantação e disseminação de tecnologias e a adoção de políticas para a transição para sistemas de energia de baixa emissão, incluindo o aumento rápido da implantação de geração limpa de energia e medidas de eficiência energética” e em “reduzir” o uso dos combustíveis fósseis, e é aqui que as divergências se acentuam.

Obviamente, países produtores de carvão e petróleo, como Austrália, China, Rússia e Arábia Saudita não aceitariam pacificamente políticas que desvalorizem sobremaneira suas commodities. Em um sinal do Zeitgeist corrente, tais nações não foram capazes de retirar do acordo a menção aos combustíveis fósseis – o máximo que conseguiram foi trocar um “eliminar” por “reduzir”. Mas este não é o principal problema. A corrida por energia limpa é de suma importância, mas a marginalização imediata do combustível fóssil deixará para trás inúmeras nações mais pobres que, para se desenvolver, dependem dessa energia – que, se não é tão barata quanto a hidrelétrica, por exemplo, ainda custa menos que todas as demais opções “verdes”. São nações que, sozinhas, não serão capazes de fazer a transição para uma economia de baixo carbono sem ameaçar seu crescimento. E mesmo a busca por energia limpa não é isenta de controvérsias, como no caso da energia nuclear.


A preservação verde (artigo de Igor Macedo de Lucena, publicado em 31 de outubro de 2021)
E o mundo desenvolvido já mostrou que não tem tanta disposição de colaborar com o resto do planeta: os investimentos prometidos em conferências anteriores – especialmente a COP-21, de 2015, na qual surgiu o Acordo de Paris – não vieram na quantidade necessária, a ponto de o documento da COP-26 incentivar os países ricos a “pelo menos dobrar a provisão coletiva para o financiamento de adaptação climática de países em desenvolvimento dos níveis de 2019 até 2025”. Em Glasgow, Estados Unidos e União Europeia bloquearam o uso de parte do dinheiro movimentado no mercado de carbono para financiar a adaptação de países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.

O dilema, portanto, continua: sem envolver também a transição energética nos países pobres e emergentes, qualquer meta de “descarbonização” do planeta não tem como ser atingida. E tais países não serão capazes de realizar a transição cobrada por ambientalistas e por alguns governos sem ajuda financeira do mundo desenvolvido. É ilusório crer que uma nação pobre aceitará ser mantida no subdesenvolvimento eterno para cumprir metas ambientais impostas de fora. No enfrentamento da crise climática, a cooperação, princípio importante do sistema internacional, tem sido mais pregada que praticada até o momento. O mundo já viu muitas promessas e os anúncios de metas como os feitos na COP-26; falta ver tanta sinalização de virtude transformada em ação real.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/o-fim-da-cop-26-e-o-desafio-da-descarbonizacao/
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ESQUERDA ARGENTINA TENTA MINIMIZAR DERROTA NAS ELEIÇÕES

Presidente esquerdista

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fala a apoiadores após a divulgação dos resultados das eleições legislativas no país, 14 de novembro| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), contraiu a Covid-19 e ficou sabendo quando estava em Glasgow (Escócia), na Cúpula do Clima da ONU, a COP26. Ele foi com uma comitiva do seu estado e não representava a nação brasileira no evento. Lá, ele teve que fazer um exame e deu positivo para Covid. Agora vai ter que cumprir a quarentena, enquanto os outros integrantes da comitiva voltaram para a Teresina.

Dias estava com o esquema de vacinação completo: tomou a primeira dose no dia 11 de maio e a segunda no dia 12 de agosto.

Mortes por Covid

A propósito, países do hemisfério norte, que estão no inverno, voltaram a registrar alta no número de mortes por Covid. Os Estados Unidos registraram 744 mortes num dia; a Rússia, 1.240; a Alemanha, 300; e o Reino Unido, 214. No Brasil, os números caíram drasticamente, felizmente.

Segundo os números da Associação de Cardiologia do Brasil, as doenças do coração estão matando 12 vezes mais que a Covid neste momento. Então, vamos cuidar do coração, que foi muito maltratado no “fica em casa” e no pânico que impuseram à população brasileira.

Wi-fi na Amazônia
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou de Austin, no Texas, o encontro que teve com o empresário Elon Musk, pelo qual a SpaceX, Anatel e o governo brasileiro assinaram um acordo de fornecimento de wi-fi para Amazônia, ou seja, para os amazônidas, que estão no meio das árvores e não são vistos pelo satélite. Pessoas que estão sofrendo desligadas do país. Essa é uma maneira de conquistar efetivamente a Amazônia. O processo já está na Anatel e deve comece a funcionar já no ano que vem.

Saque e troco com o Pix
Uma outra novidade é que para o fim do mês o Pix já vai ter saque e troco. O Pix fez um ano nesta terça-feira (16) e já está com 110 milhões de inscritos, movimentando R$ 550 bilhões por mês. É uma criação do Banco Central. Os bancos particulares chiaram, porque é lucro a menos que eles estão recebendo.

Eleições argentinas
E vocês viram a última do presidente Alberto Fernández na Argentina? Ele fingiu que ganhou a eleição e fez uma espécie de comício sobre o triunfo. A justificativa é que pelas prévias de setembro, eles pensaram que iam perder muito pior. Mas ainda assim o fato é que perderam.

Ele acha que foi bem, mas já não tem o controle do Senado e não tinha o controle da Câmara. Ou seja, não tem mais o controle do Legislativo, embora a vice-presidente Cristina Kirchner, seja também presidente do Senado. Foi um comício fake que ele promoveu.

PEC da bengala
A Comissão de Constituição de Justiça da Câmara dos Deputados tentou votar nesta terça um projeto de emenda constitucional da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para reduzir a idade máxima de juízes de tribunais superiores de 75 para 70 anos. Só que a oposição interrompeu a votação, que não foi feita ainda.

Se passar, a ministra Rosa Weber e o ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentam do STF só em 2023, quando chegarão ao 75 anos, seriam aposentados imediatamente. E o presidente Jair Bolsonaro teria mais duas nomeações de ministros da Suprema Corte para fazer, totalizando quatro ministros indicados no governo dele.


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BALANÇA A FILIAÇÃO DE BOLSONARO AO PARTIDO PL

 

“Namoro” estremecido

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Bolsonaro e a primeira-dama Michelle se despedem de Dubai antes de seguirem para o Bahrein: quando voltar ao Brasil, presidente deve se reunir com líderes do PL para resolver impasse.| Foto: Alan Santos/PR

A suspensão da cerimônia de filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL) em 22 de novembro já é vista como uma “página virada” na sigla. Dirigentes e lideranças da legenda tratam o assunto como pacificado, incluindo em São Paulo, um dos “estados-pivô” que motivou a suspensão da data de filiação no fim de semana.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, inclusive confirmou para esta quarta-feira (17), em Brasília, às 15 horas, uma reunião pré-agendada há algumas semanas com presidentes dos diretórios estaduais. A filiação de Bolsonaro estará na pauta, embora não seja o único item da agenda.

O deputado Giacobo (PL-PR), presidente do diretório paranaense da sigla, afirma que o encontro deve sacramentar a posição favorável do partido pelo ingresso de Bolsonaro ao partido. “É claro que [a filiação] vai entrar em pauta, não há dúvida. E da maneira que vai entrar, eu garanto e posso afiançar que, por unanimidade, todo mundo vai falar que não tem crise nenhuma dentro do partido [em relação ao presidente], muito menos em São Paulo”, disse à Gazeta do Povo.

O parlamentar nega, inclusive, que Bolsonaro e Costa Neto tenham trocado ofensas por mensagens de celular no fim de semana, como chegou a ser noticiado. “Isso é uma mentira deslavada, posso afiançar que [eles] estão de bem, não houve nada. O que houve — e isso é normal — é o presidente ter indagado [Valdemar] sobre um colégio eleitoral, como São Paulo, e os dois terem concordado que esse é o tipo de conversa que não dá para resolver a distância”, afirmou Giacobo.


O que explica o impasse sobre a suspensão da data de filiação de Bolsonaro
O principal impasse sobre a filiação de Bolsonaro ao PL reside, de fato, em São Paulo. Mesmo Pernambuco, outro estado apontado como “pivô” das divergências, está superado. “O PL em Pernambuco é Bolsonaro ‘doente’. O presidente do partido lá é o prefeito de Jaboatão [dos Guararapes], Anderson [Ferreira]. Ele e o irmão [o deputado federal André Ferreira, do PSC, líder do governo na Câmara] são ‘bolsonaristas doentes”, disse Giacobo.

A informação ventilada nos bastidores apontava que Bolsonaro havia pedido o comando do diretório estadual pernambucano para o ministro do Turismo, Gilson Machado. O PL divulgou nota na última semana dando autonomia para o diretório estadual construir os palanques para 2022. A costura que se traça é que o ministro possa vir a ser candidato ao Senado enquanto o prefeito de Jaboatão tentará o governo estadual.

Giacobo assegurou, inclusive, que o presidente da República não pediu o comando de nenhum diretório estadual para aliados. “Conversei com o Bolsonaro na quarta-feira (10) e ele só pediu para ter palanque nos estados, que é o que ele mesmo falou. Palanque de governadores onde puder ter governador sem aliança com a esquerda. Pernambuco já está resolvido. E em São Paulo, por parte do PL, não tem problema algum”, afirmou.

Em São Paulo, Bolsonaro publicamente demonstrou sua oposição ao acordo que o PL atualmente tem em apoiar a candidatura do atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), aliado do governador João Doria. “Talvez o Tarcísio [de Freitas, ministro da Infraestrutura] aceite esse desafio. Seria muito bom para São Paulo e para o Brasil”, disse o presidente da República, sobre a possibilidade de o ministro se candidatar ao Palácio dos Bandeirantes.

O presidente do diretório paranaense do PL reafirma que o partido não faz objeção a Bolsonaro, mas pondera que o próprio Tarcísio precisa demonstrar sua vontade em concorrer a um cargo eletivo. “Não tem obstáculos nesse sentido. Conversando, se resolve. Se precisar botar o Tarcísio de candidato do governo [de São Paulo], vamos atendê-lo, se for da vontade dele”, sustentou Giacobo.

Uma liderança do PL com conhecimento sobre as negociações entre Bolsonaro e Costa Neto confirma que o presidente da legenda aceitou abrir mão de manter o apoio à chapa tucana em São Paulo, mas afirma que Bolsonaro não aprofundou suas demandas na última conversa entre ambos, na quinta-feira (11).

“O grande problema é que, na conversa, o presidente [Bolsonaro] passou superficialmente por tudo e não tratou deste assunto [São Paulo] especificamente. Chegaram até ali estado por estado, ponto por ponto sendo tratados. Conversaram até sobre a possibilidade do Tarcísio ser senador por Goiás, a possibilidade do [deputado] Marcelo [Álvaro Antônio, ex-ministro do Turismo] ser senador por Minas Gerais. Mas quando chegou em São Paulo, não foi aprofundado o assunto. Parecia estar tudo resolvido”, afirma.

Expectativa é de que nova reunião entre Bolsonaro e Valdemar sele entrada no PL
Nos bastidores, comenta-se que, além de o PL não apoiar a chapa tucana em São Paulo, Bolsonaro também pediu espaços no diretório estadual ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O diretório é chefiado por Valdemar Costa Neto, que não vai entregar o comando do diretório, mas se dispôs a dialogar tão logo Bolsonaro retorne da viagem feita ao Oriente Médio.

Bolsonaro viajou na sexta-feira (12) para uma viagem pelos Emirados Árabes, entre 13 e 16 de novembro, Bahrein, entre 16 e 17, e Catar, entre 17 e 18. Com o retorno do presidente da República previsto para o sábado (19), é esperada uma conversa entre ele e Costa Neto para aprofundar as negociações envolvendo São Paulo.

Uma liderança do PL explica que o partido tem historicamente uma relação “muito forte” com o PSDB e admite que, com a construção dessas alianças, deputados estaduais e prefeitos filiados ao partido podem perder seus apadrinhados no governo de João Doria (PSDB). Ou seja, o abandono à chapa tucana traz ônus políticos ao partido no estado.

“Tem muitas alianças que foram feitas e precisam ser paulatinamente desfeitas, mas isso precisa ser feito com prazos e garantias. O presidente [Bolsonaro] precisa entender que não pode chegar de uma vez e romper tudo, é delicado. Imagina o prejuízo para um deputado, prefeito de grande cidade perder uma referência do governo [estadual]? Mas isso vai acontecer, Valdemar já deu a garantia, o presidente não precisa ter esse receio [sobre o diretório paulista]”, disse a fonte do PL.

A boa relação que Valdemar e Bolsonaro tem mantido leva Giacobo a não descartar que o partido mantenha a data de filiação de Bolsonaro em 22 de novembro. “Tão logo chegue de viagem, em meia hora de conversa eles resolvem isso. Tem que concordar que não dá, por telefone ou mensagem, alguém do Brasil e alguém do Dubai acertarem tudo”, destacou.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/quais-as-chances-de-bolsonaro-e-pl-manterem-casamento-para-2022/
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NOVO MARCO DO SETOR ELÉTRICO DEVERIA BARATEAR A CONTA DE LUZ

 

Projeto na Câmara

Por
Cristina Seciuk – Gazeta do Povo

Em discussão na Câmara dos Deputados, um novo marco do setor elétrico pode pesar no bolso do consumidor, diz Instituto de Defesa do Consumidor| Foto: Valdenir Daniel Cavalheiro/AENPr

Prestes a ser votado em comissão especial da Câmara dos Deputados, o PL 1.917/2015, ou novo marco do setor elétrico, pode não contar mais com a chamada portabilidade da conta de luz, que permitiria aos consumidores optar pelo seu fornecedor de eletricidade de modo similar ao que acontece com as operadoras de telefonia móvel. O relator, deputado federal Edio Lopes (PL-RR), retirou a possibilidade do seu parecer, mantendo apenas a expansão do mercado livre de energia. O tema, que já passou por adiamentos anteriores, tem discussão agendada para esta quarta-feira (17).

O texto atual prevê que a partir de seis anos da sanção da futura lei (caso aprovada) qualquer usuário — independentemente de o quanto consome — poderá adquirir a energia elétrica no mercado livre. Nele, negociações e pactuação de preços são realizadas diretamente entre consumidor e produtor, por vezes com o auxílio de agentes de comercialização.


25 anos após abertura, consumidor comum ainda não pode comprar energia de quem quiser
Hoje, esta possibilidade está restrita à indústria e empreendimentos de grande porte (como shoppings), mais intensivos em carga. Consumidores com demanda inferior a 500 quilowatts (KW) estão limitados ao mercado cativo, em que a energia é oferecida obrigatoriamente pela distribuidora da região. Com a portabilidade seria um pouco diferente. Nela, uma pessoa que está no mercado da Copel (do Paraná), por exemplo, poderia optar por ser atendida pela Cemig (de Minas Gerais), mas continuaria sujeita aos preços que são autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica.

Para o ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, a retirada da portabilidade não é, por si, prejudicial, uma vez que o principal ponto a ser alcançado pelas propostas de revisão do setor elétrico em tramitação na Câmara é um mercado livre mais amplo.

“Tendo a maior abertura do mercado livre o próximo passo é a mobilidade”, avalia Santana, ainda que perceba dificuldades no emprego da portabilidade de modo similar ao adotado pelo mercado de telefonia, em que o consumidor insatisfeito pode simplesmente trocar de operadora. “Acho inclusive que é a situação ideal, o consumidor poder mudar a qualquer instante, mas é muito conceitual. O setor elétrico é diferente das telecomunicações, com custos de entrada e de saída muito grandes”, exemplificou.

Mudança no setor elétrico pode pesar no mercado cativo

De acordo com o relator do projeto, seu parecer acatou sugestões “que contribuem para a modernização do setor elétrico, limitam subsídios suportados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e eliminam redundâncias e conflitos”, disse Lopes à Agência Câmara.

As mudanças, entretanto, preocupam o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Segundo o coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Idec, Clauber Leite, há pontos sensíveis que precisam ser discutidos com mais profundidade, uma vez que “é um projeto estruturante” e que trata de temas polêmicos para o setor, como subsídios. Há ainda o risco de que definições de um novo marco possam pesar mais no bolso de alguns, apesar da expectativa de redução na conta para aqueles que migram.

O entendimento de Leite é de que a abertura do mercado livre de energia barateia, sim, as contas para o consumidor que escolhe a solução, mas que uma expansão sem o devido planejamento poderia produzir o efeito contrário para o conjunto de consumidores que permanecerem no mercado cativo. Seriam vantagens individuais, mas com espaço para prejuízo coletivo.

“Ela pode trazer distorções. A migração do consumidor cativo para consumidor livre precisa que haja um equilíbrio entre os encargos que existem no setor. Um consumidor que sai do cativo para o livre acaba deixando alguns custos para o [mercado] cativo. Conforme vai havendo essa migração quem vai ficando vai ficando com mais custo. Isso precisa ser remediado. O ideal é que haja essa liberalização, mas sem deixar o prejuízo, fazê-lo de forma equilibrada”, resumiu.

Na própria comissão especial levantaram-se preocupações com a chance de eventuais prejuízos de distribuidoras ou concessionárias de energia caírem na conta dos consumidores. Com contratos de geração e oferta já firmados para o médio e até longo prazo, elas poderiam ser financeiramente afetadas por uma migração ampla e desordenada para o mercado livre. O rombo, neste caso, poderia ser empurrado para a ponta da linha.


Mercado livre de energia
Outra proposta similar também está em tramitação na Câmara dos Deputados. De autoria do Senado, o PL 414/2021 (anterior 232/2016) prevê a portabilidade da conta de luz entre as distribuidoras, alterando o marco regulatório do setor elétrico para alcançar um mercado totalmente livre no país. Pelo texto, os consumidores de cargas superiores a 3 mil quilowatts poderiam escolher o fornecedor de imediato e a opção chegaria a todos os consumidores em três anos e meio após a sanção da futura lei, prazo menor do que o previsto no projeto 1.917.

O texto em discussão na comissão especial tramita em caráter conclusivo, ou seja, a versão aprovada pelo grupo poderá seguir diretamente para o Senado a não ser que haja recurso que peça a análise no plenário da Casa. O projeto trata, ainda, de pontos adicionais sobre o setor, como um regramento específico para as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e medidas de estímulo da geração de energia a partir de resíduos sólidos.

Cronograma do Ministério de Minas e Energia prevê reduções na carga mínima para acesso ao mercado livre de energia a partir de 1º de janeiro de 2022 (para 1.000 kW) e 2023 (500 kW). Vale destacar que consumidores destes portes já têm acesso parcial ao ambiente livre, ainda que com restrições, como a compra de energia gerada de fontes exclusivamente renováveis. O cronograma em questão trata da liberdade geral de atuação, independentemente da fonte da energia e fala em abertura paulatina para os consumidores ainda não contemplados até alcançar totalidade em 1º de janeiro de 2024.

Dados parciais da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam que o mercado livre de energia (ou Ambiente de Contratação Livre) contava até o mês de agosto de 2021 com 9.580 consumidores livres e especiais, número que já poderia ser bem maior caso todos os consumidores que se enquadram nas regras deixassem o mercado cativo. O total poderia ultrapassar os 70 mil caso todas as unidades contempladas pela norma atual migrassem, levando a participação de mercado dos atuais 32% para 40% do Sistema Interligado Nacional (SIN).


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DEMITIR POR JUSTA CAUSA QUEM NÃO QUER TOMAR VACINA É PERMITIDO ÀS EMPRESAS

 

Por Marcus Vinícius Suruagy Amaral Borges (*)

A Portaria nº 620 do Ministério do Trabalho e Previdência (“MTE”), publicada no início deste mês e que visa coibir atitudes discriminatórias de empregadores a seus empregados, seja no ato da contratação, demissão ou durante a vigência do contrato de trabalho, traz insegurança às empresas. Neste momento, é preciso evitar demitir por justa causa em razão de não vacinação de covid-19, ao menos enquanto não houver mais esclarecimento.

Na fase de contratação, a portaria visa proibir a exigência ao empregado pelo empregador de “(…) quaisquer documentos discriminatórios ou obstativos para a contratação, especialmente comprovante de vacinação, certidão negativa de reclamatória trabalhista, teste, exame, perícia, laudo, atestado ou declaração relativos à esterilização ou a estado de gravidez” (Artigo 1º).

Já durante o contrato de trabalho, a norma estabelece que os empregadores poderão oferecer aos seus trabalhadores a testagem periódica de Covid-19, “(…) ficando os trabalhadores, neste caso, obrigados à realização de testagem ou a apresentação de cartão de vacinação” (Artigo 3º).

Ainda foi imputado ao empregador o dever de “(…) estabelecer e divulgar orientações ou protocolos com a indicação das medidas necessárias para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 nos ambientes de trabalho, incluindo a respeito da política nacional de vacinação e promoção dos efeitos da vacinação para redução do contágio da COVID-19”.

No que se refere ao encerramento do contrato de trabalho, a portaria, fazendo menção a Lei nº 9.029/95, estabelece que além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre a reintegração (com ressarcimento integral de todo o período de afastamento) ou a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, em caso de demissão por ato discriminatório, inclusive a exigência de vacinação.

A portaria, tema central do presente artigo, foi editada em sentido contrário ao que vinha se posicionando o Judiciário, como por exemplo, a decisão proferida pela 13ª Turma do TRT/SP, no processo 1000122-24.2021.5.02.0472, a qual manteve a demissão por justa causa de uma auxiliar de limpeza que trabalhava em um hospital e não se vacinou por opção.

Nesse mesmo sentido, o Ministério Público do Trabalho possui o entendimento que é aplicável a demissão por justa causa (art. 482 da CLT) de empregados que optarem por não se vacinar. Importante destacar que até o presente momento não houve pronunciamento do TST sobre o assunto. Por outro lado, o TST passará a exigir a vacinação para entrada na e circulação na Corte (GP.GVP.CGJT 279/2021).

Por meio de duas ADIs (6586 e 6587) e um recurso extraordinário (ARE 1.267.879), o STF analisou a constitucionalidade sobre a vacinação contra a covid-19, havendo um entendimento unânime de que “o direito à saúde coletiva deve prevalecer sobre a liberdade de consciência e de convicção filosófica. Considerou-se ilegítimo, em nome de um direito individual, comprometer o direito da coletividade”.

Nada obstante, certamente haverá uma discussão acerca da constitucionalidade da Portaria nº 620 do MTE e o fato de possivelmente ter havido uma usurpação de competência.

O fundamento dos que defenderão a constitucionalidade certamente se baseará no artigo 8º da CLT, qual seja, “As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.”

Por outro lado, o fundamento dos que entendem ser inconstitucional se baseará no fato de que Portarias somente podem ser editadas para regulamentar Leis já existentes e que as Leis devem ser criadas através do legislativo (Artigo 22, inciso I da CF/88).

Considerando a insegurança trazida pelo MTE, ao publicar a Portaria 620/21, é prudente que as empresas não demitam empregados por justa causa (em razão de não vacinação de covid-19) até que o judiciário aprecie a constitucionalidade da norma em questão, tanto em relação forma, quanto ao seu teor.

* Marcus Vinícius Suruagy Amaral Borges é advogado trabalhista do Juveniz Jr. Rolim Ferraz Advogados

MERCADO PRECISA DE GENTILEZAS E AMABILIDADE

 

Élida Ramirez

Pesquisa inglesa revela que existe um anseio generalizado por uma sociedade mais amável e apenas uma em cada oito pessoas quer “exatamente como era antes”. Em Belo Horizonte, sociedade e empresas criam movimentos que promovem bem-estar coletivo.

No portão da casa da aposentada Beatriz Aguiar, uma caixa de feira pintada à mão virou espaço para doações entre os vizinhos. O nome, caixa da partilha, dispensa explicações e tem fluxo permanente de alimentos, roupas e outros objetos que passam a doados em uma corrente anônima do bem entre os moradores do bairro Santa Rosa, em Belo Horizonte.

“Eu sempre estive ligada às causas sociais e, com o isolamento, o jeito de seguir colaborando foi colocar a caixa no portão. Pintei com meus netos para ela ficar bonita, colocamos o nome e ela passou a funcionar como um movimento de gentileza. Os motoristas do ônibus que passam aqui na porta contribuem. É muito emocionante ver essa energia positiva ampliar” explica Beatriz.

O biólogo Fabrício Ker, 39 anos, ficou surpreso ao receber um livro e uma carta de uma desconhecida. Era a vizinha do prédio ao lado de sua casa, Luíza Ribeiro, que acompanhava a rotina de brincadeiras dele com sua filha Liz Ramirez Ker, 4 anos, durante o isolamento. “Ela se apresentava na carta e emprestava o livro de um jeito tão carinhoso que tocou toda a família” comenta.

Para Luíza, a janela era e ainda é uma possibilidade de sonho e mandar um recado amoroso foi reflexo desse mix de sensações de pandemia: “Sou educadora e ver as crianças me enche de alegria e leveza. As cenas de brincadeira dos dois me alegravam e eu queria retribuir. Por isso, mandei a cartinha.”

Leveza e gentileza têm sido ainda mais valorizadas pelas pessoas depois do isolamento social. De acordo com um artigo recente do jornal “The Guardian”, uma pesquisa realizada para a consultoria de estratégia BritainThinks revelou que apenas uma em cada oito pessoas quer que a vida seja “exatamente como era antes” quando a pandemia de Coronavírus terminar.

O artigo afirma que existe uma demanda generalizada por uma sociedade mais amável, que “permita às pessoas mais tempo com a família e os amigos e que se preocupe com os relacionamentos e com meio ambiente”.

E o mercado está atento à essa mudança. A consultoria global EY Parthenon encontrou, no ano passado, uma aceleração do comportamento social entre os brasileiros. Dos entrevistados, 70% disseram que agora prestam mais atenção aos impactos sociais dos produtos que compram. E o modo como são tratadas durante o consumo de bens e serviços é ainda mais importante. De olho na crescente demanda pela gentileza e leveza, algumas marcas têm fomentado iniciativas para propagar experiências positivas.

Como é o caso da Papel Craft, uma rede de lojas de design do eixo Rio-SP que chega à BH propondo a experiência “Leve Leveza, Leve Boa Notícia”. A ideia é convidar pessoas a experimentarem mais momentos positivos em suas vidas e compartilharem essas vivências em suas redes de relacionamento, presenciais ou virtuais. Para Juliana Mussel, gerente de marketing da rede, a proposta é dialogar com o consumidor mineiro de forma mais afetiva, criando um relacionamento com a marca ainda mais próximo e cheio de significado. “Minas Gerais é considerado um mercado teste para diversos segmentos porque o consumidor é mais exigente em relação não só à qualidade, mas à confiança construída no relacionamento com as marcas. Por isso quisemos fundamentar o nosso diálogo a partir da leveza, que é um de nossos valores que mais têm feito à diferença desde o início da pandemia”, explica.

A gerente da loja de BH, Lia Duarte, está animada com a ideia de criar uma onda de vibrações positivas entre seus clientes: “Entendemos que a gentileza e a leveza são necessidades importantes no mundo e por isso planejamentos cada detalhe da nossa loja para que a experiência de compra seja única, cheia de afeito e significado. Com a experiência Leve Leveza, Leve Boa Notícia, poderemos expandir essa sensação para fora dos limites da loja, criando uma verdadeira rede de alegria e bom humor, tão necessárias neste momento em que todos estamos cansados e necessitados de atenção”, complementa.

A carioca conta ainda que a proposta de atendimento da empresa segue a lógica do afeto e da leveza nos relacionamentos de forma natural. “Abrimos a loja na pandemia e depois de 10 dias, estávamos fechados. Eu não conhecia ninguém na cidade e precisava fazer o negócio andar. Com total apoio da empresa, mantive toda a equipe em isolamento social e fui trabalhando importância de um relacionamento atencioso com os clientes, mostrando que estar disponível à demanda do outro deve ser um processo natural e não apenas uma estratégia de negócio. Hoje temos clientes que vem aqui na loja nos visitar, partilham momentos especiais conosco e até nos presenteiam. Ficamos amigos de muitos deles, de verdade. Trabalhar assim é produtivo e prazeroso. E gera satisfação e lucro, claro!” comenta.

Um caderninho de presente permitiu uma experiência inusitada à advogada Raquel Dias. “Conheci a Lia, a gerente da Papel Craft de BH, durante uma troca de produtos. Estávamos no começo da pandemia. Insegurança. Medo. Caos. Dúvidas. Era este o cenário. Dentro deste cenário, ela trouxe leveza e delicadeza nas relações. Uma escolha constrói pontes entre as pessoas, fideliza o cliente, pode dissolver conflitos, toca a alma e vai ao encontro da colaboração, postura que nos salva do egoísmo e que abre caminhos. Agora não apenas sou cliente como me sinto respeitada como indivíduo”.

A Papel Craft foi criada em 1994, com a ideia de desenvolver produtos diferenciados agregando design e qualidade. Hoje tornou-se referência no segmento de papelaria criando o conceito de ser uma “butique de papel” com objetos de design. Atualmente são 12 lojas – seis no Rio de Janeiro, quatro em São Paulo, uma em Brasília e uma em Belo Horizonte. Na capital mineira, a filial está sediada no Diamond Mall desde março de 2020.

Para a psicanalista Juliana Lara, 43 anos, a base da relação do consumo é a afeição. Para ela, a experiência em um mercado gentil e honesto é fundamental “Minha ‘história na Papel começou há anos, em São Paulo. Vi a loja na rua, entrei e apaixonei. Na psicanálise a gente chama isso de identificação. Tentando entender por que sou cliente há tantos anos, vi que a história da empresa remete ao sonho, à gentileza e à leveza. Isso faz com o propósito seja mais denso, ultrapasse o valor de negócio e isso permite a partilha. Eu não me sinto cliente, sou parceira da loja, da gerente Lia. E confio a ela a missão de traduzir afeto aos que eu mais amo quando vou presentear. Isso não se faz com discurso ou estratégia. Eu vivo isso. E, agora, em BH”

Sobre a Papel Craft

Papel Craft procura estar sempre na vanguarda ao escolher o mix de seus produtos. Qualidade, humor, modelos e padronagens exclusivas são o ponto forte da marca. Clássicos como: agendas, blocos, porta-retratos, álbuns de fotografia, lápis, caixas e papéis de presente ganham novos formatos e se tornam mais modernos, com uma equipe própria de criação e com diversas parcerias feitas com artistas plásticos, estilistas e designers nacionais e internacionais.

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