quinta-feira, 11 de novembro de 2021

FALTA DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE UM PROBLEMA DOS POVOS DA AMAZÔNIA

  1. Saúde 

Falta de acesso aos serviços de saúde contribui para que a expectativa de vida na Amazônia Legal seja inferior à média brasileira

Cristiane Segatto, O Estado de S.Paulo

A falta de acesso aos serviços de saúde, provocada pelas longas distâncias e pela escassez de profissionais e de recursos nas unidades básicas e nos hospitais, é um dos fatores que contribuem para que a expectativa de vida na Amazônia Legal seja inferior à média brasileira. Em 2019, antes da pandemia que afetou gravemente a região, a distância a ser percorrida pelos moradores de algumas localidades até a UTI mais próxima era de 2 a 3 vezes maior do que no restante do País. 

A informação faz parte do estudo A Saúde na Amazônia Legal, liderado pelo pesquisador Rudi Rocha, professor da FGV-SP e diretor do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps), divulgado com exclusividade pelo Estadão. “A saúde na região está ficando para trás”, afirma Rocha. “Ela avança mais lentamente que no restante do País.”

Manaus
Poluição dos rios reduz expectativa de vida, sobretudo das crianças em Manaus Foto: EUZIVALDO QUEIROZ/A CRÍTICA

A Amazônia Legal é composta por nove Estados: Pará, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Amapá, Tocantins, Maranhão, Roraima e Acre. Esse conjunto abarca três biomas: a Amazônia e parte do Cerrado e do Pantanal.

A distância média de uma sede municipal ao estabelecimento mais próximo com serviço de urgência e emergência disponível pelo SUS era de 15 km em 2019. No restante do País, a distância média era de pouco menos de 10 km. Os pesquisadores encontraram também dificuldades de oferta de serviços de média complexidade, como biópsias, punções, transfusão de sangue, atendimento pré-hospitalar e exames (eletroencefalograma, ultrassonografia, raios X etc). 

Conhecimento

A enfermeira Maria Adriana Moreira, secretária de Saúde de Manicoré, município a 400 km de Manaus, vive na região há 25 anos e conhece bem as dificuldades dos gestores locais. Enquanto trabalhava na Secretaria Estadual de Saúde, ela teve a oportunidade de visitar todos os 62 municípios do Amazonas. 

Segundo ela, a baixa densidade demográfica dificulta o acompanhamento das comunidades ribeirinhas. “No meu município, a população fica muito dispersa, o que encarece a logística para fazer os atendimentos no local onde as pessoas moram”, afirma. “As mulheres, por exemplo, não podem vir até a zona urbana para fazer o pré-natal, por exemplo. Uma das nossas comunidades fica a 200 km de distância da sede do município. A população é muito carente. Não tem dinheiro nem transporte para vir à unidade básica de saúde.”

Barco no rio Jururá, na Amazônia
Barco no rio Jururá, em Carauari, na Amazônia Foto: Florence Goisnard/AFP

A infraestrutura das UBS é mais precária na Amazônia Legal, revela o estudo do Ieps. A análise de dados referentes aos mais de 30 mil postos de saúde no Brasil indica que, com exceção das UBS localizadas nas capitais, apenas 49% das unidades da região contavam com acesso à internet em 2019. No restante do Brasil, a proporção era de 76%. 

Apenas 19% das unidades na região tinham geladeiras exclusivas para medicamentos na farmácia em condições de uso, ante 32% fora da região. Além disso, 47% das unidades na Amazônia Legal não tinham nenhum ou tinham pelo menos um glicosímetro em condições de uso, ante 60% no restante das unidades do País.

Esse cenário ajuda a entender por que a expectativa de vida de quem mora na região avança mais lentamente. Segundo o estudo, o aumento médio de expectativa de vida no Brasil entre 2010 e 2019 (antes da pandemia) foi de 2,64 anos. Cinco dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal ficaram abaixo dessa média. O menor crescimento ocorreu no Pará e em Rondônia (1,8 anos). As dificuldades de acesso ocorrem também quando os doentes precisam de tratamentos para doenças renais ou câncer que, em geral, exigem idas constantes aos serviços. Em 2019, o estabelecimento mais próximo com diálise estava, em média, a 134 km na Amazônia Legal e a 43 km nas outras regiões. No caso da quimioterapia, as distâncias observadas foram de 188 km na área estudada e de 75 km no restante do País.

Como melhorar

Nesse contexto, fortalecer a atenção primária é essencial. O estudo destaca que as equipes de saúde básica são fundamentais na provisão de serviços de saúde na Amazônia Legal. Embora a cobertura populacional pelo programa de saúde da família seja grande na região, o número de equipes por km² é quase 9 vezes inferior ao que existe no restante do País. 

Na Amazônia Legal existe, em média, 1,3 equipe de atenção básica à saúde por 1.000 km², enquanto no restante dos país essa razão é próxima de 10,6 equipes. “Se tem um lugar onde a atenção primária precisa ser a melhor do Brasil, esse lugar é a Amazônia Legal”, diz o pesquisador Rocha. 

Uma das iniciativas mais importantes para melhorar o acesso da população à atenção primária foi a criação das equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e Fluviais. As Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) foram responsáveis por melhorias nas condições de assistência à população e de maior e melhor cobertura no que diz respeito à Atenção Básica, sobretudo considerando as comunidades mais remotas, distantes das áreas urbanas e acessíveis somente por meio de 6 a 24 horas de barco. 

Além disso, é preciso melhorar o financiamento, levando em consideração as peculiaridades da região. O diretor do Ieps destaca a importância de existir uma melhor articulação entre os municípios para que eles possam estabelecer consórcios e outras formas de aumentar a oferta de serviços na região. “Não podemos deixar a Amazônia Legal para trás, mas é um desafio”, afirma Rocha. “Se o tema não entrar na agenda do País e não começarmos a ajudar os gestores que estão lá na ponta, o problema vai aumentar”, conclui.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=zagmLQ

Em envelhecimento, região sofre ‘tripla carga de doenças’

A Amazônia Legal está em processo de envelhecimento, o que contribui para o aumento da mortalidade por doenças crônicas, como hipertensão e diabete. No entanto, diferentemente do que ocorre no restante do País, os habitantes da região têm menos chance de receber tratamento ou socorro em situações de emergência. 

A desvantagem da região em termos de expectativa de vida é determinada pela mortalidade em três grupos principais: os idosos acima de 60 anos, as vítimas de violência e acidentes de transporte (em especial entre 15 e 39 anos) e as crianças com até 5 anos mortas por doenças infecciosas e parasitárias (muitas provocadas pela poluição dos rios, pelo acúmulo de lixo e pela falta de tratamento de água e esgoto).

Na região, os males não transmissíveis matam três vezes mais que as doenças infecciosas e as causas externas. “A Amazônia Legal enfrenta uma tripla carga de doenças”, diz Rocha. “Ao mesmo tempo em que aumentam mortes por doenças crônicas, os óbitos causados pelas infecciosas e por causas externas não cedem.”

Falta de equipamentos dificulta o tratamento de pacientes com câncer  

 O tratamento contra o câncer na região amazônica enfrenta sérios problemas que vão desde a falta de hospitais até a ausência de materiais e equipamentos necessários ao tratamento adequado dos pacientes que buscam, na sua grande maioria, unidades de saúde que atendem por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

A servidora pública Silvania Lima Pereira Lopes, de 52 anos, que foi diagnosticada com um câncer no colo do útero em novembro de 2020, é uma das vítimas do sistema de saúde que nem sempre supre a necessidade de quem o busca. Moradora de Rio Branco (AC), ela passou por cirurgia em dezembro daquele ano.  Apesar disso, só conseguiu iniciar as sessões de quimioterapia em abril de 2021, após muitas idas e vindas do Hospital de Câncer do Acre (Unacon). Atualmente, faz acompanhamento no Hospital de Amor de Porto Velho (RO), distante quase 500 quilômetros da capital acreana.

“Fiz a cirurgia, e não demorou. Mas quando fui fazer os exames de retorno, o médico disse que, pelos exames, estava tudo bem. Resolvi ir numa consulta em Porto Velho, e fiz os mesmos exames, mas todos eles deram a presença (do câncer) e precisei reiniciar o tratamento, mesmo após a cirurgia”, relata.

Silvania conta que, desde então, está com as consultas em dia, mas teme precisar da radioterapia e não conseguir passar pelo tratamento conforme as recomendações médicas. “Meu desejo é continuar o tratamento até o fim, porque agora terei mais uma consulta e apresentação dos exames. Depois disso, devo iniciar a radioterapia”, completa.

O temor de Silvania é semelhante ao da costureira Adelaide de Fátima Alencar, de 56 anos, que vive em Guajará (AM). Ela teve câncer na mama, e descobriu o problema de saúde em maio de 2020. Adelaide alega que teve dificuldade para se deslocar até a capital do Acre, onde precisava de radioterapia, mas não conseguiu o atendimento necessário.

“Precisei retirar a mama e isso me fez sofrer muito. Se eu tivesse conseguido fazer a quimioterapia e a rádio a tempo, acredito que talvez eu ainda tivesse as duas mamas. Precisei ser encaminhada para Porto Velho. Lamentável essa situação”, comenda a costureira.  Adelaide ainda faz acompanhamento e descobriu, no mês de junho desse ano, que está com um tumor no seio esquerdo. “Agora que o câncer voltou, vou precisar da quimioterapia, e ainda bem que o Estado aqui já consegue disponibilizar e tratara”, completa.

Em junho deste ano, o serviço de radioterapia oncológica da Fundação Hospitalar do Acre foi restabelecido após quase cinco anos suspenso. Até então, pacientes do Acre e sul do Amazonas precisavam ser referenciados, via Tratamento Fora do Domicílio, (TFD) para o Estado de Rondônia. / COLABOROU JOÃO RENATO JÁCOME

 

PERDAS SÚBITAS INESPERADAS

 

Andréa Ladislau – Psicanalista

Artigo da psicanalista Andréa Ladislau sobre o luto envolvendo a morte da cantora Marília Mendonça e como as pessoas podem aprender a lidar com as cicatrizes de perdas inesperadas.

Psicanalista explica que perdas súbitas e inesperadas podem trazer cicatrizes emocionais e até mesmo físicas

Um luto coletivo. Uma perda que nos faz repensar a morte e repensar a vida. Uma dor aumentada por ter sido ceifada em seu auge. A morte de Maria Mendonça, cantora sertaneja de 26 anos, em um trágico acidente aéreo, suscita reflexões, do tipo: Como lidar com as perdas inesperadas de pessoas queridas? Como lidar com o sumiço imediato de pessoas que, em um piscar de olhos, sabemos que nunca mais veremos? Estamos preparados para isso?

Dores intensas que demonstram as fragilidades, vulnerabilidades do ser humano ao se ver frente a um processo de finitude. A verdade é que não estamos nunca preparados.

No entanto, a grande questão está relacionada a como devemos passar pelo processo de elaboração do luto, seja ele coletivo ou não. Apesar da dor, a consciência da morte de alguém querido é saudável e uma ótima oportunidade para rever e mudar sua vida, encontrando formas de melhorar no que for preciso a cada dia.

Dizer que a vida é um sopro, acaba sendo uma redundância. Despedidas não são fáceis. Estamos a todo momento ouvindo que podemos partir a qualquer tempo. Ouvimos e muito essa frase, principalmente nos últimos dias com a descoberta da morte trágica e inesperada, tão precoce de Marilia Mendonça.

Muito jovem, no auge de uma carreira brilhante de muito sucesso. É claro que, sabemos todos que não há uma morte anunciada. Todo dia pode ser nosso último dia nessa trajetória chamada vida.

E, infelizmente, essa consciência só se faz realmente presente quando vemos a morte se aproximar de alguém que conhecemos, seja famoso ou não. A grande verdade é que estamos sempre envolvidos na pressa de viver. Na urgência efêmera da vida que nos agita e nos leva a extremos de sensações e sentimentos.

E este é, talvez, o principal motivo pelo qual evitamos pensar na morte. E tudo bem por isso. A grande realidade é que não queremos nos certificar do quanto nossa estadia neste mundo é limitada e que não temos o controle de nada. Pois bem, ninguém está no controle de nada. A angústia, o medo e a insegurança do ser humano estão alicerçados exatamente na condição de não conseguir controlar o que irá acontecer no minuto seguinte. Quando as questões fogem das nossas mãos nos sentimos vazios, frágeis e perdidos.

Porém, a empatia deve estar presente em todo o processo de elaboração do luto, uma vez que o mais importante é não haver julgamentos, afinal cada um irá reagir e viver seu momento da forma como aprendeu, da forma como consegue e da maneira como processa e compreende suas perdas.

Cada um entende dentro de si como irá vivenciar a dor do luto. A morte, por mais presente que esteja, precisa ser lembrada para que possamos aprender a valorizar a própria vida. Não dá para ficar pensando nisso a todo momento, não é preciso viver sob a atmosfera do medo. Mas é importante viver a cada dia tentando fazer o seu melhor e ser melhor para você e para o outro.

Visto que, somos seres humanos e imperfeitos e saber lidar com nossas imperfeições, certamente, é o nosso maior aprendizado. Pois, nada é para sempre. Celebrar e honrar a vida é a forma mais genuína de reconhecer nossas potencialidades.

Dentro de um luto coletivo, onde multidões lamentam a mesma partida e se amparam na mesma dor, surgem várias questões que consternam as pessoas e nos fazem refletir sobre a necessidade de viver um dia de cada vez, valorizar as pequenas coisas da vida, se aproximar de quem amamos, dizer que amamos, verbalizar o que se sentimos e o que o outro representa para nós.

Não fechar os olhos para a dor e expressar o sentimento, pode aliviar e ajudar a elaborar as emoções e os sentimentos que estão sendo evidenciados.

É muito válido para nosso equilíbrio emocional, não deixar para depois. Praticar a empatia, o autocuidado e a gratidão por estarmos vivos.

Perdas súbitas e inesperadas podem nos levar, naturalmente, a desconfortos físicos e emocionais. Tristeza profunda, dores no peito, sensações de afogamento e até a momentos de depressão profunda; reações dolorosas que podem surgir e se perpetuar quando não exploradas todas as etapas do luto.

Estudos demonstram que os estágios precisam ser vividos para que a aceitação, última etapa do luto, venha coroar a necessidade real de seguir a vida.

De continuar trilhando seu caminho, mesmo com a memória do outro que se foi. É preciso desta maneira, compreender a morte como um remédio amargo, do qual estamos todos sujeitos a tomar um dia.

É inevitável. Apesar de estarmos sempre em busca de respostas, as interrupções da vida são carregadas por angústias, questionamentos e uma mistura insana de emoções.

Nestes momentos, lembramos dos beijos que não demos. Dos abraços que ficaram escondidos. Dos afetos que nunca chegamos a retribuir ou expressar. Vem a indignação e a culpa velada no inconsciente. Pois, sempre acreditamos que ainda teremos tempo de aparar arestas, de aproveitar mais, ou mesmo de viver aquilo que postergamos.

Estamos sempre sofrendo por antecipação. Aliás, o ser humano vive a dor do futuro e esquece do momento presente. No entanto, uma lição que deve ser aprendida com a importância de se vivenciar o luto é que, nenhuma morte será capaz de apagar a memória de quem vive em nós, mesmo que a interrupção seja abrupta e precoce.

Enfim, Marília Mendonça se foi, assim como tantas outras almas que se desligaram por conta de um vírus invisível que nos assolou e ainda nos assola nos últimos 2 anos.

E o que temos para viver é o hoje. Pensar na falta que a vida lhe fará um dia, refletir sobre nossa vida agora. Morrer é inevitável, mas viver bem é uma arte diária que temos o privilégio de saborear.

Portanto, viva hoje amando, dizendo o quanto ama, demonstrando afeto, favorecendo seus desejos, buscando leveza para seus dias e sua alma, se afastando de tudo o que lhe traz sensações desagradáveis e lhe tira a paz. Isso sim está na sua mão.

Está em seu controle. Basta desenvolver o autoconhecimento, reconhecer suas forças, fraquezas, elevar sua autoestima e compreender o quão importante você é para si e para muitos. Valorize sua vida e sua história que é única. Lembrando sempre que você é o amor da vida de alguém.

Portanto, honre a vida e cuide cada vez mais de suas relações, valorizando as coisas boas que o outro lhe traz. Isso ajuda a minimizar a dor da perda e a criar mais empatia.

Afinal, episódios como esses mostram o quanto a morte pode ridicularizar as nossas urgências, revelando nossas fragilidades e nos fazer concluir que precisamos amar mais e viver um dia de cada vez. Além de dar a importância devida aos pequenos detalhes, gerando leveza e paz através do cultivo de bons hábitos que favoreçam o equilíbrio da saúde física e mental.

DICAS PARA O PRIMEIRO EMPREGO APÓS PANDEMIA

Wandreza Bayona – Instituto Ser

Lidar com as inseguranças na juventude é um cenário comum entre a maioria. E as incertezas são atenuadas com a chegada do primeiro emprego. Os jovens que iniciaram o processo de busca pela primeira oportunidade profissional durante a pandemia, passaram por seleção, contratação e primeiro contato com os colegas de trabalho em formato virtual.

O receio do novo normal, com o sistema híbrido ou 100% presencial causa estranheza nos profissionais mais experientes e, especialmente nos jovens. Por este motivo, Wandreza Bayona, diretora do instituto Ser +, dá um alerta ao púbico e ajuda com dicas práticas para essa fase.

Além da porta-voz, temos personagens e empresas que já iniciaram a retomada disponíveis para entrevistas.

Abaixo, compartilho uma mini apresentação dos personagens e envio release completo com as dicas.

·       Pedro Felipe Teixeira, 18 anos, Aprendiz Odontoprev: o jovem cursa administração e conseguiu a primeira oportunidade de trabalho na área. O primeiro emprego foi em meio a pandemia, desde o processo seletivo aos primeiros meses de trabalho foram de forma remota. Este mês eles iniciaram o ciclo híbrido, e Pedro teve os primeiros contatos com os colegas de trabalho no presencial.

·       Lucas Gabriel Costa Silva, 18 anos, Aprendiz na Atlas Schindler: o jovem também enfrentou a busca pelo novo momento da vida durante a pandemia e todo o processo de procura de emprego, seleção e contratação foi virtual. O primeiro emprego dele começou no home office e chegou a ir presencial no final do ano passado, mas tiveram que suspender de novo no início de 2021. Poucos encontros presenciais a retomada, de fato, iniciou há alguns meses.

Atenta às dificuldades que os jovens podem enfrentar no primeiro emprego, especialmente os que foram contratados durante a pandemia da Covid-19 e, iniciaram as atividades de forma 100% remota, Wandreza Bayona, diretora executiva do Instituto Ser +, especialista em capacitação profissional de jovens em vulnerabilidade social, traz algumas dicas.

1. Lide com as suas inseguranças

Segundo Wandreza, é natural que os recém-contratado enfrentem dificuldades no primeiro emprego, especialmente na transição do remoto para o presencial. “É normal se sentir inseguro. Por isso, é fundamental que você reconheça e não menospreze o que sente. Temer o novo é parte do processo inicial, estagnar no medo é o que não deve acontecer”, explica.

A especialista ensina que é preciso identificar a raiz da insegurança. Para isso, faça vários questionamentos para os possíveis “medos”, como: Minha insegurança é em relação ao ambiente de trabalho não ser acolhedor? Responda, com pelo menos dois exemplos para cada um. Esse mecanismo coloca o jovem na posição de quem aconselha e não de quem precisa de ajuda. Quando olhamos o cenário por um ângulo diferente, encontramos as respostas ou meios de solucionar os eventuais problemas. Portanto, dê conselhos a si mesmo.

2. Crie disciplina de horários

O trabalho home office dá mais liberdade à agenda. Afinal, o deslocamento para ir e voltar do trabalho e todos os fatores externos como trânsito, atrasos de transporte público, não são levados em consideração. Para a retomada presencial, calcule o trajeto da sua residência à empresa e aplique um tempo a mais para possíveis imprevistos. Chegar antes do seu horário de trabalho não faz mal e vai permitir que você consiga acalmar a mente, respirar, tomar uma água e estar tranquilo para iniciar um novo dia de trabalho.

A adequação vai além da hora certa de sair para o trabalho. O cansaço promovido no traslado de casa ao escritório é algo novo na sua rotina e precisa ser valorizado. Por isso, análise dia após dia, e reajuste o que for necessário para você ter momentos de descanso e lazer necessários para sua saúde física e emocional. Afinal, precisamos prezar pelo equilíbrio.

3. Ouça e observe

Para Bayona, o sábio é aquele que se coloca na posição de ouvinte. Observar o ambiente e o fluxo de como a rotina é estabelecida no presencial vai te ajudar a compreender a dinâmica de trabalho da equipe e o que vem sendo aplicado por todo o time.

A especialista alerta que é dessa forma que você será capaz de compreender melhor o jeito de cada colega de trabalho, vai entender quais são os limites de cada profissional e vai construir uma sadia convivência com a equipe que você teve contato por meio das telas.

4. Expresse sua opinião

Cada pessoa tem um jeito de ser, alguns são mais tímidos outros têm a habilidade de comunicação mais desenvolvida. Mas, um ambiente de trabalho bem estruturado requer um time que se complete. Bons recrutadores escolhem a dedo um novo profissional, pensando na equipe que ele vai trabalhar. As experiências de vida, a forma como ele pensa e age, somam às habilidades pertinentes à vaga e contribuem para o crescimento de todos.

A especialista alerta: “Mesmo sendo seu primeiro emprego, você foi contratado porque enxergaram em você qualidades que vão agregar à empresa. Não se acanhe em dar sua opinião ou ponto de vista, ele vai promover reflexão na equipe e ajudar nas tomadas de decisões e estratégias”.

5. Postura

O home office, nada mais é do que o trabalho nas quatro paredes do lar. Com isso, é comum que todos estejam confortáveis no dia a dia. Deste a vestimenta à forma como se porta para se comunicar. No presencial, é o trabalho nas quatro paredes do escritório. Você não está em casa e com isso é preciso compreender que algumas condutas precisam ser ajustadas

Use roupas apropriadas ao seu ambiente de trabalho. Caso não haja uniforme, pergunte ao seu gestor qual é o traje comum entre os colaboradores: social, esporte fino ou casual. Não há necessidade de mudar seu estilo, mas adaptá-lo ao ambiente!

Outro ponto importante é a forma como você vai se comunicar com os colegas de trabalho. Manter o tom de voz moderado é um bom começo, evite gírias e aproveite este momento presencial para se familiarizar com os termos coloquiais de cada área de atuação. É no dia a dia, com a equipe, que você vai se apropriar da estrutura de cada profissão e local de trabalho.

                                                             VOCÊ CONHECE A ValeOn?

O CANAL DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Nos orgulhamos de tê-los como parceiros esse tempo todo e contamos com o apoio e a presença de vocês também agora em 2021.

REF.: PROPOSTA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TECNOLÓGICOS DE DIVULGAÇÃO DESSA EMPRESA NA PLATAFORMA COMERCIAL VALEON

QUEM SOMOS

Somos uma Startup daqui de Ipatinga que desenvolveu a Plataforma Comercial VALEON um Marketplace com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos conseguindo desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

Prezado Cliente-Parceiro, enquanto fazíamos os devidos ajustes na nossa Startup ValeOn, fizemos a divulgação gratuita do seu negócio por mais de um ano e outros um pouco menos e esperamos que a nossa iniciativa tenha agradado a essa empresa no tocante à divulgação do seu negócio em toda a região do Vale do Aço e com isso tenham realizado boas vendas.  Sendo assim, propomos a continuidade dos nossos serviços com uma pequena contribuição mensal, com valores que temos a certeza que lhes agradarão, para permitir também a continuidade do nosso trabalho e a nossa sobrevivência e solicitamos, por favor, que entrem em contato conosco para fazermos as tratativas que são muito simples e sem burocracia. Aproveitamos também, para solicitarmos a sua impressão sobre os nossos trabalhos, suas críticas e sugestões para futuras melhorias.

A introdução da nossa Startup nessa grande empresa, vai assegurar modelos de negócios com métodos mais atualizados, inovadores e adaptáveis, características fundamentais em tempos de crise, porque permite que as empresas se reinventem para continuarem as suas operações.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVOU NA NOITE DE ONTEM A PEC DOS PRECATÓRIOS

 DANIELLE BRANT, THIAGO RESENDE E RANIER BRAGON – Folha São Paulo

Em uma vitória do governo Jair Bolsonaro e de Arthur Lira (PP-AL), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (9), em segundo turno, o texto-base da PEC (proposta de emenda à Constituição) dos Precatórios.

A medida é prioridade do Executivo para garantir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400, de dezembro até o final de 2022, ano em que Bolsonaro deve disputar a reeleição, além de abrir espaço para outros gastos federais. Pela proposta, cerca de R$ 90 bilhões devem ser liberados para despesas no próximo ano.

O texto foi aprovado por 323 a 172 votos, 15 a mais do que o mínimo necessário para mudanças na Constituição, 308.

Após a votação dos chamados destaques –tentativas de mudanças no texto–, a medida segue para análise do Senado, onde deve encontrar mais dificuldades, segundo avaliação do próprio Bolsonaro.

Apesar de perder apoio na bancada do oposicionista PDT entre o primeiro e o segundo turnos, o governo e o presidente da Câmara conseguiram ampliar a base de apoio à PEC nesta terça.

Entre outras estratégias, patrocinaram uma operação que envolveu distribuição de R$ 1,4 bilhão em emendas parlamentares nas últimas duas semanas. Para isso, foram usadas as emendas do relator do Orçamento, cuja distribuição atende apenas a critérios políticos e que foram suspensas nesta terça pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Essas emendas são controladas e distribuídas na Câmara por Lira, com aval da ala política do governo Bolsonaro.

A ofensiva ampliou a base de apoio entre deputados aliados que não votaram no primeiro turno, em partidos como o DEM, PSDB, PP, PSL e Republicanos.

Outra parte da estratégia foi garantir votos de deputados que estão fora de Brasília, por meio de uma manobra adotada por Lira que flexibilizou as regras de retorno às votações presenciais.

Até a publicação desta reportagem, o governo havia sofrido apenas uma derrota. O revés, no entanto, não afetou os pilares da proposta.

Os deputados retiraram dispositivo que desobrigava o Executivo a pedir autorização específica ao Congresso para descumprir a regra de ouro, que impede que o governo se endivide para pagar despesas correntes, como salários e aposentadorias.

O texto foi excluído por 303 a 167 –precisava de pelo menos 308 votos para ser mantido. A decisão ocorreu após o PDT mudar o posicionamento e orientar contra a PEC, depois de votar a favor do texto principal na semana passada.

A bancada do PDT, que tem 25 deputados, deu na semana passada 15 votos a favor da proposta. Isso contribuiu para a vitória apertada do governo, mas abriu uma crise no partido. Ciro Gomes (PDT) afirmou ter suspendido sua candidatura a presidente da República em protesto contra a decisão da bancada.

A cúpula do partido então atuou para reverter o apoio dos deputados à PEC, que é vista como uma medida de fortalecimento da campanha de Bolsonaro à reeleição. Nesta terça, apenas de 4 a 5 dos 25 deputados do partido votaram com o governo.

O primeiro turno da PEC havia sido aprovado na semana passada por 312 votos, apenas 4 a mais do que o mínimo necessário.

A PEC, se aprovada pela Câmara e Senado, irá liberar mais de R$ 91 bilhões em gastos para o ano eleitoral de 2022, segundo o Ministério da Economia.

Entre as tentativas de mudança derrubadas pelos governistas nesta terça esteve um destaque do MDB, rejeitado por 316 votos, que tentava alterar um dos principais pontos da PEC –o que prevê um drible no teto de gastos, regra que impede o crescimento das despesas públicas acima da inflação.

O plano do governo com a PEC é alterar retroativamente o cálculo desse limite, ampliando, na prática, a margem para mais despesas no fim de 2021 e em 2022.

A oposição e outros partidos contrários à medida criticam a proposta destacando que o intuito do governo não se restringe ao Auxílio Brasil, mas abre margem inclusive para a ampliação das emendas parlamentares sob controle de Lira.

“Eu quero deixar claro que nós defendemos o incremento do Bolsa Família, hoje chamado pelo atual Governo de Renda Brasil [Auxílio Brasil], e defendemos preservando o teto de gastos, preservando, na verdade, a responsabilidade fiscal”, afirmou o líder da bancada do MDB, Isnaldo Bulhões (AL).

Bolsonaro determinou, em outubro, o aumento do Auxílio Brasil (substituto do Bolsa Família) para R$ 400, deflagrando uma crise entre as alas política e econômica do governo.

A solução para atender à demanda do presidente foi driblar o teto de gastos, propondo alteração no cálculo da regra fiscal na PEC dos Precatórios.

Essa medida, que já estava na Câmara, prevê um limite para pagamento de precatórios (dívidas da União reconhecidas pela Justiça), o que libera mais espaço no Orçamento.

As duas mudanças previstas na PEC –envolvendo o teto de gastos e os precatórios– têm potencial de abrir uma folga superior a R$ 90 bilhões no próximo ano, garantindo recursos para o Auxílio Brasil e um auxílio para caminhoneiros e compensar o aumento de despesas vinculadas à alta da inflação.

O aumento de gastos na área social é uma aposta de Bolsonaro e aliados para tentar fortalecer o presidente na disputa à reeleição de 2022.

Um dos pontos de divergência tratava da garantia do pagamento de dívidas de repasses do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). Há cerca de R$ 15,6 bilhões em precatórios desse tema para Bahia, Pernambuco, Ceará e Amazonas.

A votação foi marcada pelo lobby presencial de prefeitos, que lotaram o Salão Verde da Câmara, porta de entrada do plenário, pressionando pela aprovação da medida que, entre outras coisas, vai permitir que municípios parcelem dívidas com a União caso aprovem reformas da Previdência locais.

O governo espera que a PEC seja promulgada pelo Congresso em até duas semanas. Sem isso, não haverá espaço no Orçamento para que o pagamento dos R$ 400 do Auxílio Brasil seja iniciado em dezembro, como já foi anunciado pelo Palácio do Planalto. O custo dessa medida é de aproximadamente R$ 50 bilhões em 2022.

Além disso, os recursos liberados com a PEC também devem ser usados para outras promessas de Bolsonaro.

Cerca de R$ 600 milhões devem ser usados para pagar o auxílio-gás. O Congresso aprovou um projeto que subsidia em pelo menos 50% o valor do botijão para famílias de baixa renda, com objetivo de aliviar o efeito do aumento do preço do produto no orçamento familiar.

Para a chamada “bolsa diesel”, devem ser usados R$ 3,6 bilhões no próximo ano. Bolsonaro prometeu que lançaria um programa de R$ 400 por mês a cerca de 750 mil caminhoneiros.

 

ONU CONSEGUE RESOLVER O PROBLEMA DA FOME COM 10% DAS AÇÕES DA TESLA DE ELON MUSK?

 

 Kristie Pladson – DW

Em meio à discussão sobre taxação de bilionários nos EUA, Elon Musk propõe vender 10% de suas ações da Tesla. Mas não deixa claro se essa proposta tem a ver com outro debate em que se meteu: o do combate à fome no mundo.

Provided by Deutsche Welle© Patrick Pleul/dpa/picture alliance Provided by Deutsche Welle

Num tuíte no fim de semana passado, o presidente da Tesla, Elon Musk, perguntou a seus 62 milhões de seguidores no Twitter se eles seriam favoráveis a ele vender 10% das ações que detém da empresa. Quase 58% dos 3,5 milhões que responderam disseram que sim.

Diante da eminente superoferta de ações da Tesla no mercado, elas caíram quase 5% nesta segunda-feira (08/11), o que eliminou cerca de 60 bilhões de dólares do valor de mercado da empresa.

Estimativas sugerem que Musk tenha 17% das ações da Tesla, na qual foi um dos primeiros investidores. Elas valem em torno de 200 bilhões de dólares.

A fortuna de Musk, o homem mais rico do mundo, é avaliada em mais de 300 bilhões de dólares. As ações da Tesla correspondem, portanto, a cerca de dois terços desse patrimônio.

Debate sobre a fome no mundo

O polêmico tuíte seguiu-se a uma discussão pública entre Musk e o chefe do Programa Alimentar Mundial da ONU, David Beasley. Na discussão, Musk afirmou que venderia ações da Tesla para ajudar a combater a fome no mundo se Beasley pudesse mostrar como esse dinheiro seria aplicado para resolver o problema.

A declaração foi dada depois de Beasley desafiar Musk, o presidente da Amazon, Jeff Bezos, e outros bilionários numa entrevista à emissora CNN, afirmando que eles poderia contribuir para acabar com a fome no mundo.

Beasley disse que fundos adicionais de pouco mais de 6 bilhões de dólares poderiam salvar 42 milhões de pessoas de morrer de fome.

“Se não agirmos, isto é o que vai acontecer: pessoas VÃO morrer de fome; nações vão ser desestabilizadas e haverá migração em massa, o que custará 100x mais dos que os $6B+ de que precisamos”, escreveu Beasley. “O que você considera o melhor investimento?!”

O polêmica imposto sobre bilionários

O debate entre Musk e Beasley se deu no momento em que legisladores americanos discutem a criação de um imposto para bilionários para ajudar a pagar o pacote social do presidente Joe Biden. A ideia é que cerca de 700 bilionários, entre eles Musk, paguem impostos sobre lucros não realizados em ativos como ações.

No caso, lucro não realizado designa a valorização de uma ação que ainda não foi vendida, ou seja, a ação vale mais do que quando foi adquirida, mas o lucro com a venda dela ainda não ocorreu.

A riqueza de bilionários costuma estar muito mais atrelada a ações do que a salários e remunerações. Mas a riqueza obtida da valorização de ações não é taxada diretamente — apenas quando as ações são vendidas.

Pela proposta, um grupo de bilionários pagaria imposto de renda sobre a valorização das ações que detêm em vez de pagar imposto apenas sobre os salários ou vencimentos que recebem.

Musk seria um dos principais afetados por esse polêmico imposto ainda em discussão e, claro, criticou duramente a proposta.

Mas ele não é o único bilionário dos Estados Unidos cuja riqueza poderia ser taxada. Outros são Bezos, Warren Buffet e Michael Bloomberg. Segundo a agência de jornalismo investigativo ProPublica, Musk não teve de pagar nada em imposto de renda federal em 2018, e Bezos, em 2007 e 2011.

Por causa da oposição de alguns senadores democratas, a perspectiva atual é de que o imposto para os bilionários não saia do papel.

O que Musk queria com o tuíte?

No seu tuíte, Musk declarou que está preparado para aceitar o resultado da sua consulta aos seguidores. Se ele realmente vender 10% de suas ações da Tesla, obterá cerca de 20 bilhões de dólares pelo preço atual — e terá de pagar em torno de 4 bilhões de dólares em imposto de renda.

Mas Musk não esclareceu quando ele pretende executar a venda. O senador democrata Ron Wyden, um dos principais defensores da taxação de bilionários, respondeu que a consulta pública feita por Musk foi uma maneira inapropriada de abordar a questão.

Em aberto ficou se o bilionário vai usar esse dinheiro para ajudar a combater a fome. Musk havia pedido a Beasley para que explicasse como exatamente o dinheiro seria usado para solucionar o problema.

Na sua resposta, Beasley disse que esse dinheiro não acabariam com a fome no mundo, mas poderia evitar a morte de milhões de pessoas prestes a morrer de fome.

Se forem usados os sistemas atuais do Programa Alimentar Mundial, seria possível alimentar 42 milhões de pessoas todos os dias durante um ano, escreveu Beasley.

Críticos de iniciativas de caridade como essa argumentam que boa parte do dinheiro acaba se perdendo pelo caminho com corrupção em vez de atender às necessidades de quem precisa. Outros afirmam que elas apenas criam um ciclo de dependência e não são uma solução de longo prazo.

Mas Beasley afirma que a “tempestade perfeita” de conflitos, mudanças climáticas e covid-19 criou um número sem precedentes de pessoas famintas e que se os 400 maiores bilionários do mundo contribuíssem com 0,36% do patrimônio que possuem, seria possível cobrir os custos necessários para salvar pessoas que “literalmente vão morrer se não fizermos nada por eles”.

Autor: Kristie Pladson

PT ESTÁ ENTRE OS APOIADORES E BAJULADORES DE DITADURA NO MUNDO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega| Foto: EFE/ Jorge Torres

Quem, em sã consciência, elogiaria uma farsa eleitoral montada por um regime ditatorial, em que sete candidatos à presidência são presos e acusados de “traição à pátria”, observadores internacionais são vetados, partidos políticos são dissolvidos e a imprensa é ameaçada, saudando o ocorrido como uma “manifestação popular e democrática”? O Partido dos Trabalhadores, é claro. Em nota, a legenda exaltou a conquista do quinto mandato – o quarto consecutivo – do ditador Daniel Ortega e afirmou que conta com os sandinistas nicaraguenses para fazer da América Latina uma “região de paz e democracia social que possa servir de exemplo para todo o mundo”.

Com a nota, o PT se junta a uma série de outros regimes ditatoriais e autocráticos que considerou legítima a pantomima eleitoral deste domingo, a começar pela mais nefasta das ditaduras latino-americanas, a cubana, com o ditador Miguel Díaz-Canel exaltou a “demonstração de soberania e civismo” no país centro-americano. A Venezuela de Nicolás Maduro, a Bolívia de Luís Arce (o “poste” de Evo Morales) e a Rússia de Vladimir Putin já deram seu aval ao resultado. Também governados pela esquerda, México e Argentina escolheram a omissão, que neste caso conta como cumplicidade.

O apoio petista ao ditador Daniel Ortega é deplorável, mas ao menos deve servir para abrir os olhos de muitos brasileiros, mostrando-lhes de uma vez por todas que o petismo pode ser tudo, menos um entusiasta da democracia

Por outro lado, a comunidade democrática internacional rechaçou veementemente a farsa. Antes mesmo do pleito, a União Europeia já havia considerado as eleições “completamente falsas” e afirmara que não se poderia esperar nenhum “resultado legítimo” delas. O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, afirmou que a votação era “antidemocrática”. O resultado também não foi reconhecido por várias nações da América Latina – inclusive o Peru, que tem como presidente o esquerdista Pedro Castillo; ex-presidentes de países da região, mesmo alguns mais alinhados à centro-esquerda, como o chileno Ricardo Lagos e o brasileiro Fernando Henrique Cardoso, pediram que a Nicarágua seja suspensa da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Esta exaltação de ditaduras e processos eleitorais de fachada não é nova para o petismo, sempre pronto a emitir notas de apoio a seus camaradas ideológicos. Foi assim nas recentes eleições para o Executivo e o Legislativo venezuelanos, ambas marcadas por ampla fraude e rejeitadas também pelas nações democráticas de todo o mundo; em julho deste ano, quando tiveram lugar os maiores protestos de rua contra o governo desde a instauração do regime comunista, o partido manifestou seu apoio incondicional à ditadura enquanto ela prendia, agredia e censurava opositores em Havana e várias outras cidades cubanas.


Desde já, com apoio de boa parte da comunidade nacional de formadores de opinião, Lula e o petismo vêm se apresentando como os representantes da “democracia”, forçando uma contraposição com um suposto “autoritarismo” atribuído ao presidente Jair Bolsonaro. Se episódios como o apoio petista ao ditador Daniel Ortega – e a todos os outros ditadores de esquerda latino-americanos – são sumamente deploráveis, eles ao menos devem servir para abrir os olhos de muitos brasileiros, mostrando-lhes de uma vez por todas, caso alguém ainda tenha alguma dúvida a esse respeito, que o petismo pode ser tudo, menos um entusiasta da democracia. Olhar para os regimes que o PT admira, defende e exalta é entender para onde o partido deseja levar o Brasil.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/bajuladores-de-ditaduras-pt-daniel-ortega/
Copyright © 2021, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

STF INTROMETE NA VIDA DO CONGRESSO COM A PEC DOS PRECATÓRIOS

 

Conflito entre poderes

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Ministros do STF chegam para sessão plenária: tribunal suspendeu, por maioria de votos, o pagamento das chamadas emendas de relator| Foto: Nelson Jr./STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para suspender a execução das emendas de relator no orçamento deste ano. É uma intromissão incrível no Congresso Nacional, que deixou passar um boi e agora passa a boiada.

Quando a Câmara dos Deputados deixou ser preso um deputado que é inviolável por quaisquer de suas opiniões, abriu a porteira. Quando o Senado deixou de lado a CPI que ia investigar as ONGs da Amazônia para atender ao ministro do Supremo que mandou fazer uma outra CPI, também deixou passar a boiada.

Agora, o STF manda na Câmara e no Senado, embora o 2º artigo da Constituição diga que os poderes são independentes. Formou-se a maioria e agora param obras e serviços em andamento, inclusive alguns convênios com os estados e municípios. Com todas as consequências sociais, jurídicas e administrativas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está recorrendo dessa decisão. Disse que é um absurdo, uma intromissão em um assunto interno, porque o STF está querendo impor procedimentos ao Congresso Nacional. E o Supremo está fazendo isso porque partidos minoritários entraram com recurso e, mais uma vez, a Corte está sendo braço de partidos que, não tendo votos na câmara política, recorrem à câmara constitucional. Quando uma questão política é decidida pelo voto majoritário. Democracia é assim.

O presidente da Câmara alega que há transparência nas emendas do relatório, tanto que elas são publicadas no diário oficial. Criou-se uma frase, uma expressão fake, que é “orçamento secreto”. Isso é uma coisa bem soviética. Carimba com o nome para tornar pejorativo, para desprestigiar. Mas como é secreto se é publicado no diário oficial? Que história é essa? Isso é discutido na Comissão Mista de Orçamento.

A outra questão é a PEC dos precatórios. Uma que de repente o Judiciário manda pagar 70% a mais de um ano para o outro. Nunca foi assim. Subia mais ou menos pelo valor da inflação. Agora saltou de mais de R$ 50 bilhões para quase R$ 90 bilhões. E o governo tinha R$ 35 bilhões para pagar o Auxílio Emergencial para os mais pobres, os que mais sofreram com essa propaganda pró-Covid, que mandou todo mundo ir para casa e ficar sem renda. Fechar a loja, o emprego, fechar tudo. Então o governo pretende aumentar o Auxílio Brasil de R$ 192 para R$ 400 no mínimo. E precisa de uns R$ 80 bilhões para isso, para beneficiar 17 milhões de família.

Agora aqueles que são contra, eles não se importam em sacrificar os mais pobres desse país, desde que impeçam aquilo que eles imaginam, que o presidente vai ganhar voto com isso no ano que vem. É esse desespero quase fanatizado. Enfim, vamos esperar.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/emendas-suspensas-intromissao-do-stf-no-congresso-e-inacreditavel/
Copyright © 2021, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

PLANOS DE TRUMP PARA DEPORTAÇÃO EM MASSA DE IMIGRANTES

  Brasil e Mundo ...