João Amoêdo (Novo), Alessandro Vieira (Cidadania), Simone Tebet (MDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM): representantes da terceira via se apresentam como alternativa à polarização entre Bolsonaro e Lula.| Foto: Reprodução/Twitter
Apareceu mais um candidato a se tornar o candidato da “terceira via”, essa estrada que passa entre Lula, de um lado, e Bolsonaro, no lado oposto, e pela qual, nas esperanças de seus articuladores, o Brasil chegará ao seu próximo presidente da República no ano que vem. É o que mais tem, hoje em dia: candidato a candidato de terceira via. O mais recente da série é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, outra das nulidades eleitorais que apareceram até agora para representar o “centro” — com a esperança de crescer durante a campanha e chegar lá em outubro de 2022.
A lista vai longe. Já teve o apresentador de televisão Luciano Huck, pode vir a ter o jornalista José Luiz Datena e tem, na data hoje, os governadores João Doria e Eduardo Leite, o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, o candidato permanente Ciro Gomes, o ex-ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, e ainda outros mais. Aparece, agora, mais um nome — e, como os outros, vai ficar no noticiário, dar entrevista e fazer discurso.
A pergunta de ordem prática que se coloca diante disso tudo é a seguinte: quanto vale, na vida das realidades eleitorais, cada um desses nomes? É pretensioso dizer, com um ano de distância, quem vai ganhar uma eleição, embora seja exatamente isso que fazem os institutos de pesquisa de “intenção de voto”. O que dá para fazer, e só isso, é olhar com realismo para a situação que existe hoje.
Hoje, pelo que mostram os fatos disponíveis, há dois candidatos, Lula e Bolsonaro — e nenhum dos dois é claramente majoritário. O presidente carrega nas costas o custo de ser governo, em geral o bode expiatório para as frustrações de muitos dos que estão insatisfeitos. Lula tem o seu passado e o problema de ser artigo de segunda mão, já usado e desaprovado.
A maioria do eleitorado não está, aparentemente e neste momento, nem com Bolsonaro e nem com Lula, mas no meio dos dois. É uma maioria que não tem forma definida, está em movimento e caminha mais de acordo com desejos do que com ideias. Naturalmente, um candidato de “centro” pode crescer neste tipo de bioma. Antes disso, porém, é preciso levar em conta que Bolsonaro e Lula podem fazer a mesma coisa — mudar de tom, cada um do seu lado, reprimir seus traços naturais e colocar o carro no meio da estrada.
Para o presidente isso significa cair fora de todos os confrontos, mostrar-se moderado e contar com uma situação econômica melhor que a de hoje. Para Lula, significa abandonar tudo o que vem fazendo, e todas as companhias que mantém, e prometer um segundo governo parecido com o seu primeiro — com muito Palocci e Meirelles, e pouco MST e médico cubano. Vai ser a sua dificuldade de dar esses passos que determinará, no fim das contas, a sorte da “terceira via”.
O ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez (1954-2013): corrupção para manter a esquerda no poder| Foto: EFE/David Fernández
Muito se fala contra “a corrupção” assim, em bloco, como se fosse uma coisa só e igualmente ruim. De minha parte, eu não arrisco sequer dizer que a corrupção seja uma coisa ruim em si mesma. Quando as leis são infames, a corrupção pode ser uma coisa boa. Aponto um exemplo histórico: durante a Era Vargas, a imigração foi muito dificultada; e o Itamaraty criou circulares secretas que mandavam negar vistos a judeus.
De uma forma inquestionavelmente virtuosa, Aracy Guimarães Rosa deu uma de joão sem braço e saiu concedendo visto a judeus. Trata-se da desobediência civil, a inimiga número um de regimes totalitários. De maneira mais nebulosa, porém, burocratas no Sul venderam sua leniência para um esquema de entrada ilegal de judeus pela fronteira. Ainda que tenham feito isso por dinheiro, temos aí um caso em que a corrupção salvou vidas.
No caso brasileiro atual, creio que haja uma sensibilidade à corrupção diferente entre quem usa de serviços públicos e quem não usa. A classe média fala mais da corrupção em bloco. Daí fazer-se um estardalhaço com as acusações de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, crente que haverá o mesmo apelo popular que as denúncias da roubalheira do PT.
Já o pobre que usa serviços públicos tende a se ressentir muito de dois tipos precisos de corrupção: desvio da Saúde e roubo de merenda escolar. Quanto à rachadinha, às vezes ele próprio é um beneficiário do esquema: presta seus serviços de cabo eleitoral a um dado político e, depois da eleição, existe um butim chamado “verba de gabinete” a ser partilhado entre os vitoriosos.
Se o político fizer ao cabo a promessa de uma renda estável no pós-eleição e resolver gastar o dinheiro da verba com assessores formados ou técnicos, aí sim passará por desonesto. Creio que isso seja um problema da Constituinte, que concentrou os recursos em Brasília ao tempo que criou uma porção de pagamento discricionário para vereadores e deputados. E creio também que só com o caso Flávio Bolsonaro a tradicional rachadinha tenha ido para o pelourinho.
Como eu sei que os políticos petistas também sabem disso, creio que o escarcéu com a rachadinha tenha sido, da parte dos petistas, para o consumo da classe média. E creio que, da parte dos jornalistas, se explique em parte por estarem na bolha da classe média e em parte por causa do antibolsonarismo. O que vejo de mais relevante no caso Flávio é a proximidade com milicianos; não a rachadinha, que é feijão com arroz, e vai continuar sendo enquanto gabinete de político tiver um montão de verba discricionária.
Condenação genérica à corrupção no Mensalão Um clássico político brasileiro é o rouba-mas-faz. O político que alcança a reputação de rouba-mas-faz costuma ser bem-sucedido eleitoralmente, já que a ênfase fica no faz. Dizemos “rouba, mas faz”, em vez de “faz, mas rouba”, porque a suposição generalizada é a de que políticos roubem. E uma vez que você dependa de serviços públicos, ou simplesmente queira ver a sua cidade mais bonita e perder menos tempo no trânsito, na certa saberá logo diferenciar o político rouba-mas-faz do político que, como todos os outros, rouba, e ainda por cima deixa a cidade toda avacalhada.
Não acho que o voto, sozinho, seja capaz de mudar isso. Acho que esse tipo de cenário só é possível por causa da ineficácia da polícia civil e da justiça, já que a impunidade é o maior fomento de qualquer tipo de criminoso.
Durante a crise do Mensalão, o PT se apropriou desse pensamento pragmático com grande sucesso. “Toooooooodos os políticos brasileiros roubam desde 1500”, dizia-se, de modo que o PT estava nivelado com os demais nessa seara. Por outro lado, com o PT a fome acabou e os pobres estavam viajando de avião, aquela coisa toda. Aí a versão oficial passou a ser que o PT cometeu erros, mas esses erros são indistintos do da política geral, e seus atos virtuosíssimos compensam a coisa.
O discurso colou porque, de fato, o PSDB partia para o discurso anticorrupção genérico que é adotado até hoje ao se tratar do assunto. O brasileiro médio não bota a mão no fogo por político nenhum; ainda assim, os tucanos pretendiam se colocar como novo partido da ética quando já eram governo nos dois estados mais populosos do Brasil, já tinham passado pela presidência e já estavam maculados por suspeitas sérias de corrupção. Ao mesmo tempo, do lado tucano não faltava quem falasse contra o Bolsa Família, chamando de esmola, quando o programa ainda era novidade.
Nessa discussão burra e moralista, omitiu-se o fundamental: a compra do Legislativo pelo Executivo destrói o equilíbrio do poder e promove a sua concentração. Ora, não há democracia que resista à centralização do poder na mão de um só.
Roubalheira tradicional Quando apareceu o famoso bunker de Geddel (que na verdade era um apartamento num bairro bastante aprazível), tivemos diante dos olhos um caso clássico de corrupção. Mas também, convenhamos, uma baita de uma maluquice. Ao que tudo indica, Geddel não era mais que um ladrão dedicado a roubar dinheiro da Caixa. O homem pega um monte de papel moeda, guarda em caixas, usa um apartamento de bairro nobre como se fosse um cofre, pagando condomínio e deixando de alugá-lo.
Essa ideia excêntrica ainda se provou arriscada, já que um dos vizinhos foi o denunciante da movimentação suspeita. Se você mora num prédio em área nobre e tem como vizinho um apartamento eternamente fechado, sem corretor, ao qual comparecem homens transportando caixas, você liga para a polícia. Não bastasse o prejuízo e os riscos do apartamento, o dinheiro em espécie fica lá nas caixas sendo corroído pela inflação.
A mamãe de Geddel, que aliás também estava envolvida em esquema, disse que o filhinho dela é doente. Eu tendo a dar uma dose de razão para a velhinha: o filho não é certo da cabeça mesmo e parece roubar por compulsão. Ninguém me diga que um sujeito que faz um negócio desses é bom da cabeça.
No Rio de Janeiro, o escândalo municipal da Máfia da Saúde pegou sacos de joias. Os ladrões do erário, nesse caso, escolheram um meio de armazenar riqueza que, ao contrário do papel moeda, não está sujeito à corrosão pela inflação. Por outro lado, entre os bens havia uma Ferrari, que não é um bom jeito de armazenar dinheiro. Vê-se por aí a intenção de farrear com o dinheiro.
Esse caso, chamado de Máfia da Saúde, choca o espectador porque ele sabe que isso tem um custo humano óbvio. Se você começar a roubar hospital, os pacientes vão morrer. O dinheiro da quimioterapia e da hemodiálise de milhares de homens, mulheres e crianças, foi desviado para que alguém andasse de Ferrari por aí. Vidas humanas são tratadas com desprezo.
(Assim sendo, quero lembrar que o caso da Máfia da Saúde, ocorrido em 2015, aconteceu sob a gestão de Eduardo Paes, que tinha por secretário Daniel Soranz. Ele está outra vez no cargo e ambos, munidos de selo azul, ficam tuitando que vacina é tudo de bom. Ambos adotaram o passaporte sanitário no Rio, que, graças a Deus, é esculhambado demais para essas leis totalitárias colarem 100%.)
O diferencial do PT Há quem roube para comprar fazendas, Ferrari, joias, apartamentos chiques; há quem roube para viver como socialites, para deixar os trocentos parentes bem de vida… Tudo isso é velho no Brasil e no mundo. A novidade petista que o discurso anticorrupção genérico não deixa ver é roubar para comprar Poder.
Quando você deixa hospital sem insulina para comprar uma Ferrari, o resultado são pacientes mortos e um idiota com Ferrari. Quando você deixa um hospital sem insulina para abastecer um esquema internacional sujeito a Fidel Castro e Hugo Chávez, o resultado são pacientes mortos e ditaduras consolidadas pelas Américas e África.
Agora é moda dividir liberalismo em economia e costumes, deixando de fora o mais importante: o político. O liberalismo não é uma mera doutrina econômica, e muito menos uma teoria sobre costumes. O liberalismo é uma teoria política que defende a partição do poder para preservar o bem supremo da liberdade.
Não é possível minimizar a corrupção petista, porque ela não é normal na história do país. Toda a sua corrupção foi orientada para o acúmulo de poder. Na política, compraram pelo menos o Poder Legislativo. Na economia, a prática do capitalismo de compadrio favoreceu a destruição de pequenos concorrentes e criou um empresariado monopolista leal ao governo. (A Venezuela Chavista criou a boliburguesia também, antes de Joesley ser inventado por aqui.) E por fim, o dinheiro obtido com empresários amigos e com o saque das estatais serve para pagar cachês fabulosos de magos do marketing e comprar apoio.
Essa forma de corrupção é a compra de um golpe de Estado. É algo ainda mais grave do que crápulas com joias e carrão.
TSE vai julgar chapa Bolsonaro-Mourão sobre suposto disparo em massa de mensagens contendo fake news contra o adversário deles nas eleições de 2018.| Foto: Joédson Alves/EFE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar nesta terça-feira (26), às 19 horas, duas ações do PT que pedem a cassação do mandato do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão. A acusação é de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na campanha eleitoral de 2018, pelo suposto disparo de mensagens em massa contendo notícias falsas contra o então candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad. O julgamento pode se estender e continuar na sessão de quinta-feira (28) e a tendência, segundo apurou a Gazeta do Povo, é que não haja condenação por falta de provas.
Apesar disso, os ministros devem aproveitar para passar recados em seus votos, dizendo que usar o WhatsApp e as redes sociais para disseminar ataques a adversários, de forma massiva por meio de robôs, é um ilícito que não pode ser admitido na disputa. O objetivo é deixar claro que, se isso acontecer nas eleições de 2022, não haverá tolerância.
Em relação a 2018, a avaliação entre os ministros é que não há comprovação de que isso tenha ocorrido na campanha de Bolsonaro e, muito menos, que tenha contribuído decisivamente para vitória dele, uma das condições para a destituição do mandato.
Em março deste ano, duas ações muito semelhantes, apresentadas pelo PDT, foram julgadas improcedentes pelo mesmos motivos. Por unanimidade, os sete ministros da Corte eleitoral consideraram que as acusações baseavam-se em “suposições” que não tinham como ser comprovadas. “Acusação amparada em meras conjecturas. Inexiste nos autos qualquer elemento que demonstre, mesmo de forma inicial, a ocorrência de compra de base de dados de terceiros ou que evidencie que pessoas não inscritas para receber notícias da campanha de Jair Bolsonaro tenham sido alvo dos disparos em massa”, diz o acórdão da decisão.
Todas as quatro ações — as duas do PDT, já arquivadas, e as duas do PT, a serem julgadas — foram apresentadas ainda em 2018, com base em reportagens do jornal Folha de S.Paulo, que apontou a existência de um suposto esquema, que seria financiado por empresários, para espalhar “fake news” com objetivo de manchar a imagem do PT e de Haddad. Para isso, eles teriam contratado empresas especializadas para disparar esse conteúdo, usando chips de celular cadastrados em nome de idosos.
Em todos os processos, nunca foi apresentado um exemplo desse tipo de mensagem, nem identificados pagamentos de empresários por esses serviços em favor de Bolsonaro. “O conjunto probatório produzido descortinou-se deveras frágil, não tendo a coligação representante trazido aos autos uma única prova da existência das mensagens com conteúdo falso. A autora também não foi capaz de demonstrar, sequer de forma inicial, a existência de relação jurídica entre a campanha de Jair Bolsonaro ou apoiadores desse último e as empresas de publicidade que teriam realizado os disparos em massa”, afirmou ainda o acórdão do julgamento de março.
De lá para cá, a novidade mais importante foi a decisão do ministro Alexandre de Moraes de compartilhar o material que coletou nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar ofensas aos integrantes da Corte. Os documentos chegaram em setembro e referiam-se, em sua maior parte, a relatórios da Polícia Federal que descrevem e reproduzem trocas de mensagens entre militantes e apoiadores de Bolsonaro, entre 2019 e 2020, para organizar manifestações de rua a favor do governo. Não foram encontrados, porém, provas relacionadas ao disparo de mensagens no período eleitoral de 2018.
Em parecer enviado ao TSE, em favor do arquivamento das ações, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, apontou “dissonância cronológica entre os fatos apurados no STF e os momentos relevantes para o objeto das ações em curso no TSE”.
Investigações do TSE apontaram apenas folhetos em favor da chapa A única prova encontrada relacionada à eleição de 2018 foram orçamentos e notas fiscais da compra de 560 mil panfletos e adesivos a favor de Bolsonaro. Eles foram pagos pelo empresário Otávio Fakhoury, próximo da família de Bolsonaro. A defesa do presidente, no entanto, afirmou que tratou-se de um apoio autônomo e sem ligação com a campanha oficial e sem qualquer relação com o objeto das ações.
Outras decisões do TSE isentaram o presidente de qualquer responsabilidade por propagandas independentes feitas em seu favor, por exemplo, por meio do pagamento espontâneo de outdoors por parte de apoiadores em diversas cidades.
A falta de provas contundentes no processo, mesmo no material enviado pelo STF, levou o próprio PT a pedir, ainda neste mês de outubro, a reabertura da fase de coleta de provas. O partido queria quebras de sigilo e tomada de depoimentos de mais testemunhas. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral e relator das ações, Luís Felipe Salomão, negou o pedido e encerrou a instrução do processo. Entre ministros do tribunal, a avaliação é que é preciso dar um “ponto final” nesse caso que, para muitos deles, se arrastou além do razoável. Salomão, aliás, encerra seu mandato no TSE na próxima sexta-feira (29) e quer encerrar as ações antes de sua saída do tribunal.
Outro ponto importante que deve ser ressaltado pelos ministros, e que já foi indicado no julgamento das duas primeiras ações, é a necessidade de que, numa ação de cassação de mandato, se demonstre que uma eventual irregularidade na campanha tenha causado um desequilíbrio tão grave na disputa que deslegitime o resultado. Trata-se de um requisito fundamental nesse tipo de ação, sobretudo porque uma cassação de mandato pela Justiça Eleitoral representa uma decisão que anula uma escolha popular composta pelo voto de milhões de eleitores.
“Inexistente demonstração efetiva da materialidade do ilícito e de sua gravidade, não há que se perquirir acerca de eventuais reflexos eleitorais. Não sendo possível constatar a prática de conduta grave o suficiente para turbar a legitimidade, a normalidade e a paridade de armas das eleições, fica afastada a ocorrência do abuso de poder, o que, por sua vez, conduz à rejeição dos pedidos de cassação do mandato e declaração de inelegibilidade”, diz o acórdão do julgamento das ações do PDT, redigido por Luís Felipe Salomão.
Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios, em Brasília| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Em 1961, foi fundada a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que congrega 38 países-membros, basicamente países desenvolvidos e alguns emergentes, cuja finalidade é estabelecer diálogos, analisar políticas e medidas econômicas, políticas e sociais com vistas a definir e implantar ações para estimular o crescimento econômico, o comércio internacional, a cooperação entre as nações e a melhoria nas condições de vida. Em meados deste outubro de 2021, a OCDE produziu um relatório sobre o desempenho previsto para os 38 países até o ano 2060, usando como teto de comparação a renda por habitante nos Estados Unidos.
O trabalho verificou o porcentual de renda per capita de cada país hoje em relação aos Estados Unidos, previu o crescimento nos próximos 40 anos e chegou ao novo porcentual em 2060. Como exemplo, o relatório afirma que a renda por habitante na Índia atualmente é 10,8% da renda nos Estados Unidos e, em 2060, deverá ser de 28,1%, considerada a previsão de crescimento da Índia. Outro caso é a China, cuja renda per capita atual equivale a 29,1% da norte-americana, mas chegará a 51% em 2060. O Brasil também está analisado e a conclusão é pessimista, prevendo que o padrão de vida do brasileiro andará beirando a estagnação nos próximos 40 anos.
Com as mesmas instituições e estruturas econômicas de agora, a riqueza natural abundante não fará o Brasil sair do atraso da pobreza e do atraso até 2060
Segundo o relatório, a renda por habitante brasileira equivale a 23% da norte-americana e não passará dos 27% em 2060 – um crescimento medíocre que manterá a pobreza e o atraso relativo, caso o país não consiga fazer as reformas estruturais das quais todos os governos falam e não executam. Como sempre, muitos contestarão o relatório e dirão que se trata de meras especulações, mas vale lembrar que a OCDE é uma organização cujos trabalhos gozam de credibilidade e são levados em consideração. Mesmo não sendo membro efetivo da instituição, o Brasil participa de comitês de trabalho, projetos, discussões e tem boa relação com a organização. Tentar desmerecer os estudos e as conclusões da OCDE é um equívoco a ser evitado.
Há tempo o mundo econômico e político internacional vem chamando a atenção para a incapacidade do Brasil em fazer reformas, modernizar suas instituições, superar os obstáculos ao crescimento econômico de curto prazo e preparar o país para crescer de forma sustentado nas próximas décadas. Vale citar a matéria feita em 2013 pela prestigiada revista The Economist, reconhecendo as fragilidades da economia brasileira após um período de crescimento; a capa daquela edição trazia a expressão “estragou tudo”, referindo-se ao Brasil. Apesar de ter sido criticada por autoridades governamentais e políticos, a matéria foi profética, pois em 2015 e 2016 o governo Dilma Rousseff protagonizou a mais dura recessão econômica dos últimos 100 anos. A revista britânica esperou até 2016, quando, em nova reportagem, se vingou das críticas, estampando na capa a palavra “traição” e afirmou que, de economia promissora, o Brasil passara a um caso de decepção, sem que se pudesse dessa vez jogar a culpa na situação internacional.
O Brasil tornou-se um país de estrutura estatal enorme, com 5.570 prefeituras, 27 governos estaduais e governo federal inchados. A estrutura estatal é decisiva para alavancar ou atrasar o desenvolvimento nacional – e, no Brasil, ela é gigantesca, nos três poderes. Infelizmente, na vida política e administrativa do país, a ação cotidiana dos governos e dos políticos tornou-se um sistema de fisiologia, predomínio de interesses pessoais miúdos, eternas brigas partidárias, eleições a cada dois anos e um festival de discursos e debates de precário nível intelectual com predomínio de assuntos pequenos, enquanto as grandes questões nacionais, a exemplo das reformas estruturais, ficam à margem e em segundo plano. A julgar pelo que inunda o noticiário político, econômico e administrativo de todos os dias, parece que os políticos e os governantes têm até um certo tédio em tratar dos temas mais relevantes. A palavra “reforma” é usada o tempo todo fora do contexto e longe de seu significado maior e fundamental para o destino da nação.
Para ilustrar, cabe perguntar qual foi o destino das 35 propostas consideradas prioritárias (26 projetos econômicos e nove referentes à pauta de costumes) da lista que o presidente da República enviou ao Congresso Nacional no início do ano. As propostas podem ser boas ou não, conclusão que depende de discussão e análise. O fato é que boa parte delas morreu nas gavetas do parlamento, enquanto um sem-número de assuntos menores e de interesses pessoais toma as manchetes diariamente. As propostas de reformas como a administrativa e a tributária patinam; boas reformas feitas no passado, como a instituição do teto de gastos, estão ameaçadas; tudo isso no momento em que análises internacionais vêm alertando para a possibilidade de, nos próximos 40 anos, o Brasil nem chegar a ser uma economia livre de mercado verdadeira, com infraestrutura física adequada, educação de bom nível e redução da corrupção. O resumo é: com as mesmas instituições e estruturas econômicas de agora, a riqueza natural abundante não fará o Brasil sair do atraso da pobreza e do atraso até 2060.
Para Douglass North, prêmio Nobel de Economia de 1993, a qualidade das instituições pode ser medida pelo funcionamento do Poder Legislativo, Poder Executivo e sistema judicial, pela estabilidade da moeda, estabilidade política, funcionamento do livre mercado, entre outros aspectos, tendo como consequência a confiança das pessoas, investidores e agentes de mercado na eficiência, rapidez e moralidade das instituições nacionais. Para ele, a confiança em sentido geral é fator decisivo para o estímulo ao empreendedorismo e ao espírito de livre iniciativa tão necessários à expansão da economia e ao crescimento econômico sustentado. Sendo assim, confiança e reformas estruturais são dois fatores que, não estando presentes, impedirão o país de superar a miséria e a pobreza. A boa notícia é que há tempo suficiente para fazer as mudanças que impedirão a previsão da OCDE de se tornar realidade; a má notícia é que isso exigirá um senso de urgência e responsabilidade que os três poderes e representantes eleitos nas três esferas de governo têm falhado em exibir até agora.
As ações da Tesla dispararam hoje (25), superando suas máximas históricas, depois que a Hertz anunciou que fez a maior encomenda de veículos elétricos de todos os tempos. A empresa adquiriu cem mil carros da Tesla em uma tentativa de reverter o negócio de aluguel de automóveis que vem passando por dificuldades.
As ações da Tesla subiram mais de 9% na segunda-feira, para US$ 998, pouco antes das 14h do horário de Brasília. Com isso, o papel ultrapassou o recorde anterior de US$ 909,68 de sexta-feira (22) e impulsionou o valor de mercado da montadora para pouco mais de US$ 1 trilhão.
A alta da cotação começou no pré-mercado, imediatamente após a Bloomberg informar que a Hertz encomendou os cem mil veículos Tesla para serem entregues antes do final do ano que vem. A empresa tem como objetivo a eletrificação da frota de aluguel de carros.
Em uma nota na manhã de hoje, o analista da Wedbush Dan Ives disse que a encomenda marca não apenas a maior encomenda da Tesla até agora, mas também a maior encomenda de veículo elétrico já feita, devido ao valor de US$ 4,2 bilhões.
Em um comunicado, a Hertz disse que os clientes poderão alugar o Tesla Model 3s a partir do início de novembro. E ressaltou também que o pedido ajudará os veículos elétricos a compor mais de 20% da frota global da empresa.
As ações da Hertz, que são negociadas no mercado de balcão e não mais listadas nas principais bolsas, ficaram praticamente estáveis depois de caírem 3% na sexta-feira.
“Enquanto a Hertz está nos estágios iniciais de eletrificação da frota de carros de aluguel, a Tesla receber uma encomenda dessa magnitude destaca a adoção mais ampla de veículos elétricos que está ocorrendo como parte desta onda verde que está atingindo os EUA”, disse Ives, da Wedbush. Ele considera a Tesla uma líder absoluta em um campo crescente de fabricantes que incluem as montadoras tradicionais GM e Ford, bem como as novas empresas Lucid Motors e Faraday Future.
O impulso promovido pela Hertz ajudou a tornar a Tesla mais valiosa do que o gigante da mídia social Facebook, que vale cerca de US$ 918 bilhões na segunda-feira. Nos Estados Unidos, apenas Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet, pai do Google, valem mais do que a Tesla.
A fortuna do CEO da Tesla, Elon Musk, cresceu espantosos US$ 18,7 bilhões na segunda-feira de manhã, enquanto as ações da empresa dispararam. A pessoa mais rica do mundo, Musk vale agora tem uma fortuna de US$ 248 bilhões, de acordo com a Forbes.
A Hertz entrou com pedido de concordata, Capítulo 11, em maio passado, quando a pandemia Covid-19 deu um grande golpe na demanda da indústria do lazer. A empresa saiu da falência em junho passado, depois de se livrar de mais de US$ 5 bilhões em dívidas, em parte devido è entrada de um novo grupo de investidores.
Em um comunicado hoje, Fields elogiou “o novo Hertz” enquanto provocava o compromisso da empresa de aumentar sua frota de veículos elétricos como parte de seus esforços de reestruturação. O pedido representa cerca de 20% dos quase 500 mil veículos que a Tesla vendeu no ano passado.
Jim Rohn dizia que você é a síntese das 5 pessoas com quem mais convive. Yurval Harari, em seu ensaio “Sapiens – uma breve história sobre a humanidade”, defende que você é capaz de colaborar bem com no máximo 150 pessoas. Dale Carnegie, em seu “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, resume as principais técnicas para lidar, liderar e influenciar pessoas.
Sob óticas diferentes, os 3 autores citados falam da importância do capital social, que é como a sociologia chama a competência de criar e manter relações.
A teoria dos 6 graus de separação diz que você está a 5 contatos de qualquer pessoa no mundo. Quer conhecer o Papa? Um amigo do amigo do amigo do amigo do amigo do seu amigo é quem vai te fazer chegar até ele. A mesma coisa com um artista ou mesmo uma liderança política. O grande problema da teoria dos 6 graus é que ela não leva em conta o capital social – seu ou das outras 5 pessoas envolvidas nessa linha invisível. E isso impacta diretamente no sucesso da conexão desejada.
A teoria dos 6 graus foi testada pela primeira vez em 1967, pelo sociólogo Stanley Milgran, e mais recentemente pelo Facebook em 2016. Ambos os resultados acrescentam uma nuance que a teoria original não leva em consideração: os graus de separação entre uma pessoa e outra podem ser até menores (para o Facebook, o resultado estava em torno de 3,5 graus de separação), porém o interesse das pessoas em conectar umas às outras é o verdadeiro fator determinante para tornar as hipotéticas apresentações possíveis.
Mas antes de falar sobre networking, vamos voltar lá no começo. A ideia que Jim Rohn propaga, de que você é a síntese das 5 pessoas com quem você mais convive, também precisa de nuance. Porque se você pensar que as 5 pessoas com quem você mais convive são aquelas que estão fisicamente próximas a você, seu espectro social fica muito pequeno. Então, é mais correto pensar que você é a síntese das 5 pessoas com que você escolhe conviver, ou seja, aquelas que você admira, cuja opinião você valoriza ou mesmo que te oferecem algum tipo de conforto – emocional, social, financeiro, etc.
Agora que a tese de Jim Rohn já tem as variáveis mapeadas, é hora de olhar para o que disse Dale Carnegie: para lidar bem com pessoas, é preciso não criticá-las, não condená-las e não se queixar a elas. Para fazer com que elas gostem de você, é importante sorrir, saber ouvir, demonstrar interesse aos interesses da outra pessoa e fazê-la se sentir importante. E para influenciá-las, é necessário estabelecer rapport, perguntar questões cuja resposta seja afirmativa, ter empatia, oferecer um desafio e deixar que a pessoa acredite que a ideia partiu dela.
O seu capital social é o resumo de quantas pessoas você conhece que se dispõem a usar a rede de relacionamento delas para te ajudar a alcançar um objetivo. E um problema que muitas empresas já viveram ou vivem é o de ter pessoas de baixo capital social em posições de liderança.
Veja bem, liderar não é fácil, principalmente se você não tem experiência nisso. Mas independentemente do seu nível de liderança, é preciso ter um bom capital social dentro da empresa para alcançar resultados. E seu capital social dentro da empresa em que você trabalha é medido pelo que as pessoas pensam de você. Sabe o lance de se vestir para o emprego que você quer ao invés de se vestir para o emprego que você tem? É tipo isso. Só que além do visual, o seu impacto precisa ser pessoal, sincero, amigável e resolutivo. Só assim as pessoas se sentem inspiradas e acolhidas por você a ponto de quererem contribuir com os seus objetivos.
Construir uma jornada profissional bacana é somar bons resultados a um bom networking. Ou: saber conectar as pessoas certas para construir o resultado desejado. Então, sempre que você tiver um desafio, pense nas 5 pessoas com quem você escolheu conviver e o que faria cada uma delas te auxiliar no seu propósito. Isso gerará a cadeia de envolvimento necessária para movimentar bem mais do que 6 graus de conexões.
PITCH DA ValeOn
1 – PROBLEMAS QUE A STARTUP ValeOn RESOLVE:
A dinâmica empresarial cria fluxos no qual a população busca por produtos e serviços cada vez mais especializados. Desse modo a dinâmica e a rede comercial gera interferências em todas as cidades aqui do Vale do Aço.
Existem as mudanças de costumes e hábitos inseridos na sociedade que por meio das tecnologias acessíveis e do marketing chegam até aos menores lugares, levando o ideário de consumismo e facilitando que esses locais igualmente tenham oportunidade de acesso aos diversos produtos.
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O setor terciário agrega as atividades que não fazem e nem reestruturaram objetos físicos e que se concretizam no momento em que são realizadas, dividindo-se em categorias (comércio varejista e atacadista, prestação de serviços, atividades de educação, profissionais liberais, sistema financeiro, marketing, etc.)
Queremos destacar a área de marketing que é o nosso negócio que contribui na ampliação do leque de informações através da publicidade e propaganda das Empresas, Serviços e Profissionais da nossa região através do site que é uma Plataforma Comercial da Startup ValeOn.
A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.
Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.
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2 – O QUE FAZ A STARTUP ValeOn
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A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.
3 – VALEON É UM MARKETPLACE – QUE FAZ UM MARKETPLACE?
Marketplace é um site de comércio eletrônico no qual são anunciados produtos das empresas, serviços e profissionais liberais dos parceiros anunciantes.
Um marketplace funciona como um shopping virtual e dessa forma as vantagens desse modelo de negócio atinge todos os envolvidos.
Os consumidores podem comparar os preços, orçamentos e avaliações de vários profissionais nesta vitrine online de conquistar mais clientes.
Marketplace é na realidade uma junção de palavras: Market (mercado em inglês) e Place (lugar em inglês). É basicamente, um lugar onde se faz comércio.
O marketplace remete a um conceito mais coletivo de vendas online. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus produtos dando aos consumidores um leque de opções.
4 – MERCADO DA STARTUP ValeOn
O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.
Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.
O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS
Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;
A nossa Plataforma Comercial ValeOn permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;
Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;
O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;
A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;
Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.
5 – DIFERENCIAL DA STARTUP ValeOn?
Eficiência:A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
Acessibilidade:A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
Abrangência:A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
Comprometimento:A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Vale do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.
6 – OBJETIVOS FUTUROS DA STARTUP ValeOn
Vamos tornar a nossa marca ValeOn conhecida em toda a região como uma forma de ser desenvolvedora do comércio da região e também de alavancar as vendas do comércio local.
7 – DESCRIÇÃO DA STARTUP ValeOn
A Plataforma Comercial da ValeOn é um site moderno, responsivo, profissional, projetado para atender às necessidades dos serviços da região onde existem várias formas de busca: por cidades, por empresas, por produtos, por atividades, por município e por procura.
Detalhe interessante dessa inovação da ValeOn é que os lojistas/prestadores de serviços/profissionais autônomos inscritos na Plataforma não precisarão fazer nenhuma publicidade ou propaganda, quem o fará é a equipe da ValeOn responsável pela plataforma.
Sobre a publicidade de divulgação dos nossos clientes será feita em todas as redes sociais: Facebook, Instagran, WhatsApp, Google, Linkedin, Rádios locais, Jornais locais e onde for possível fazê-la.
Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.
8- EQUIPE DA ValeOn
SomosPROFISSIONAISao extremo o nosso objetivo é oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes e respeitando a sociedade e o meio ambiente.
TemosEXPERIÊNCIAsuficiente para resolver as necessidades dos nossos clientes de forma simples e direta tendo como base a alta tecnologia dos nossos serviços e graças à nossa equipe técnica altamente especializada.
A criação da startup ValeOn adveio de uma situação deGESTÃO ESTRATÉGICAapropriada para atender a todos os nichos de mercado da região e especialmente os pequenos empresários que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
TemosCONHECIMENTOdo que estamos fazendo e viemos com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos desenvolvendo soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.
9 – CONTATOS
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Com destino ainda incerto na Câmara dos Deputados, a proposta que altera a composição do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) e amplia o poder do Congresso sobre o órgão divide os integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal).
Nos bastidores, ministros críticos aos métodos da Lava Jato demonstram apoio à PEC (proposta de emenda à Constituição) que aumenta o número de indicados por Câmara e Senado na composição do órgão. Já outra ala do tribunal diz acreditar que as alterações são inconstitucionais.Publicidadex
Uma questão que tem sido discutida em conversas reservadas é até que ponto as alterações no CNMP podem impactar no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão equivalente do Judiciário e que é chefiado pelo presidente do Supremo.
Líderes do Congresso já avisaram que um dos objetivos após o debate sobre o CNMP é mirar no conselho responsável por fiscalizar a atuação da magistratura.
Autor do texto original da PEC, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) levantou a possibilidade na sessão em que o substitutivo do relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), foi rejeitado por 297 a 182 -11 votos a menos que o necessário para aprovar uma PEC.
“O que impede de discutirmos posteriormente um texto com relação ao CNJ? Agora, aqui é fruto do amadurecimento, do entendimento, da composição, de um clima de diálogo”, disse.
“Mas parece que alguns não querem punir os seus que extrapolam. Nenhuma instituição é respeitada se não tiver a capacidade de colocar todos debaixo da lei e da Constituição. Aqueles que extrapolam se comportam como laranjas podres que, dentro de uma caixa, irão apodrecer as demais laranjas.”
Apesar da derrota do substitutivo de Magalhães, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que liderou as negociações em favor da matéria, afirmou que “o jogo só termina quando acaba” e que irá analisar “possibilidades regimentais” para levar o tema novamente à votação.
Na quarta-feira (20), após o resultado, Lira ameaçou votar na sequência o texto de Teixeira, mas recuou.
Deputados e líderes partidários avaliam que a PEC original tem ainda mais resistência -e menos voto- do que o substitutivo de Magalhães, fruto de uma concertação.
Ainda que a proposta seja aprovada na Câmara e mesmo que o Senado avalize a decisão dos deputados, associações de classe do Ministério Público e partidos contrários à proposta já se articulam para apresentar ações no STF a fim de impedir a implementação das mudanças.
Atualmente, o conselho responsável por realizar a fiscalização administrativa, financeira e disciplinar dos integrantes do Ministério Público é composto por 14 membros.
A proposta rejeitada na Câmara aumentava para 17 o número de conselheiros e ampliava de 2 para 5 o número de indicados do Congresso no colegiado.
Uma decisão da corte favorável à PEC do CNMP, avaliam especialistas, daria tração à tramitação de uma proposta similar relativa ao CNJ. Caso ocorra esse julgamento, no centro do debate estará a discussão jurídica sobre a extensão da equivalência a ser dada entre ambos os órgãos.
Em 2005, logo após a criação dos dois colegiados, o STF julgou uma ação em que definiu balizas para a atuação do CNJ.
Agora, um dos argumentos de associações de procuradores é que as regras definidas 16 anos atrás também valem para o CNMP. Isso tornaria inconstitucionais os principais trechos da PEC, pois o Supremo decidiu, por exemplo, que é obrigatório manter maioria qualificada de integrantes da carreira no órgão.
Deputados e magistrados garantistas, no entanto, afirmam que a simetria prevista pela Constituição entre Ministério Público e Judiciário não abrange essa área.
Sob reserva, ministros dizem acreditar que a tendência seria ver se repetir na análise do tema a mesma divisão que ocorre em julgamentos criminais que debateram temas centrais da Lava Jato.
De um lado, os magistrados que seguem uma linha mais garantista, como Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, demonstram simpatia com a proposta de alterar a composição do CNMP para criar um ambiente favorável a um controle mais rígido da atuação de procuradores e promotores que abusem de seus poderes.
De outro, os ministros que costumam defender os métodos da Lava Jato, como Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin, têm criticado a PEC nos bastidores.
Na avaliação de magistrados, é mais difícil prever a posição dos outros integrantes da corte sobre o tema.
O ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, costuma criticar excessos de investigadores e ter deferência a decisões desta natureza tomadas pela classe política, mas é oriundo do Ministério Público e geralmente se posiciona em favor das causas da classe.
Também há a expectativa de que as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber se posicionem contra pontos da PEC que permitam uma maior ingerência sobre o CNMP, caso a proposta seja aprovada com uma redação final que de alguma maneira coloque sob risco a autonomia funcional da categoria.
Newsletter FolhaJus Seleção das principais notícias da semana sobre o cenário jurídico e conteúdos exclusivos com entrevistas e infográficos. A possibilidade de o Congresso tentar fazer o mesmo com o CNJ é apontada como um risco concreto pelo presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), Ubiratan Cazetta.
Ele disse que, durante as discussões para tentar costurar um acordo no substitutivo, Teixeira e Lira sinalizavam a possibilidade de mexer no órgão da Justiça também.
“Quando se contrapunha a simetria com o CNJ, a resposta deles era de que podiam mexer no CNJ também. O quanto isso é real, o quanto era mais um argumento para desfazer a nossa crítica, eu não sei dizer”, afirmou.
“A impressão que a gente tem, às vezes, é que eles [congressistas] são mais cuidadosos para enfrentar o CNJ. Não é tão fácil”, disse.
Apesar disso, continuou Cazetta, há um risco concreto. “Os dois foram criados com a ideia de uma simetria. Quando você mexe em um, abre a porta para mexer no outro.”
Assim como acontece no CNMP, hoje o CNJ tem “dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada” indicados pelo Congresso –um pela Câmara, outro pelo Senado.
“A lógica do Lira de fazer com que você tenha um maior número de indicações externas poderia ser replicada ao CNJ. É o que ele disse expressamente, que pode fazer uma PEC para mudar o CNJ”, disse. “Ele chegou a falar: ‘Apresentem a PEC’.”
A mudança na escolha do corregedor também seria outra possibilidade. No substitutivo derrotado de Magalhães, o corregedor seria indicado pelo Congresso. No texto de Teixeira, não há essa obrigatoriedade, mas o nome pode vir de fora do Ministério Público, o que é criticado pelas associações.
Hoje, no CNJ, o corregedor é um ministro indicado pelo Superior Tribunal de Justiça. “Na teoria, é replicável também, mas a minha intuição diz que eles não tentariam, porque a resistência do Supremo e do Judiciário como um todo seria evidente.”