sexta-feira, 15 de outubro de 2021

VÂNDALOS DO MST SOLTOS E QUEM FALA ESTÁ PRESO

 

Injustiças

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Dezenas de militantes do MST e da Via Campesina invadiram o escritório da Aprosoja, que foi pichado e apedrejado.| Foto: Reprodução

A Câmara dos Deputados aprovou um novo sistema de cálculo do ICMS, um imposto estadual sobre combustível. O cálculo hoje tem uma alíquota fixa, mas é calculada sobre um preço final variável, que é corrigido a cada 15 dias, é mais ou menos assim uma média ponderada, a gente não sabe ao certo. A Câmara está propondo que seja como os impostos federais, sobre litro e não sobre preço. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acha que vai cair em 8% o preço do combustível. Mas o projeto ainda vai para o Senado.

A propósito, o combustível vendido aqui ainda está custando, pegando a média mundial, 20% menos. Embora, claro, quem enche o tanque sabe que está caro. Mas pagaria mais se tivesse na Inglaterra, na França ou na Alemanha, por exemplo.

A indústria automobilística está sentindo a crise. Uma que está faltando chip, estão diminuindo a produção por falta de chips. O novo problema mundial. A fábrica da GM no Rio Grande do Sul, por exemplo, produziu menos e, consequentemente, exportou menos. A indústria de tabaco lá também. Já a indústria de celulose e papel registra um crescimento de 118% neste ano.

De modo geral, a indústria de transformação está tendo o maior sucesso. Um crescimento de janeiro a setembro, deste ano, de 34% nas exportações. O que mostra e prova a retomada, inclusive na indústria. E mostra também o mal que fizeram aqueles que se aliaram ao coronavírus para apostar contra o país, no ano passado, para fechar emprego e fechar empresas. É o que estavam querendo.

Vandalismo na Aprosoja
Um bando de arruaceiros do MST e da Via Campesina atacou o escritório da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), em Brasília, nesta quinta-feira (14), que é alugado. Vandalizaram, quebraram, jogaram pedra, quebraram vidro, pintaram parede, fizeram miséria. E assustaram muito a única pessoa que estava lá dentro na hora, uma senhora, zeladora, que se trancou no banheiro com o celular para tentar pedir ajuda. Foi uma coisa terrível!

Por outro lado, o ex-deputado Roberto Jefferson voltou à prisão por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Jefferson passou uns 30 dias no hospital, com um estado de saúde muito grave, uma persistente infecção urinária, uma descompensação da diabetes, teve que fazer um cateterismo…

Mas, agora, volta à prisão. Vocês podem se perguntar “por quê?”. Não, ele não foi condenado a nada, embora esteja preso. O ministro Alexandre Moraes escreveu agora, na decisão que o mandou de volta para cadeia, que a prisão é imprescindível e necessária para “garantir a ordem pública”.

Aí eu fico pensando: será que foi Jefferson que chefiou esse ataque à Aprosoja ontem de manhã? Porque isso sim foi um ataque à ordem pública. Eu só vi o ex-deputado fazer declarações verbais. Não vi nenhum ato dele contra a ordem pública. Qualquer jurista sabe distinguir uma coisa da outra. Quero registrar isso porque são fatos que vão agredindo a cada um de nós, brasileiros. Na nossa liberdade, na nossa necessidade, no nosso direito de democracia.

Briga de foice na esquerda 
Eu concluo com uma observação política: a briga de Ciro Gomes rompendo definitivamente com o lulopetismo. Ele publicou um vídeo de seis minutos em que diz que o que ficou marcado no tempo de Lula é a corrupção e no tempo de Dilma Rousseff, a incompetência. Acusa Lula de tramar pelo impeachment de Dilma. Lula reagiu dizendo que a Covid-19 atacou o cérebro de Ciro.

Mas o que a gente vê é o seguinte: Ciro Gomes decidiu que não é mais terceira via, ele quer ser a opção a Bolsonaro e tirar Lula e o PT do caminho, marcar uma posição muito firme. É anti-Bolsonaro, anti-Lula e anti-PT ao mesmo tempo.


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DIA DO PROFESSOR

 

Camino Education

Gestores e educadores opinam sobre quão crucial é o papel desse profissional na trajetória de todas e todos, que certamente em algum momento da vida se inspiraram e se nortearam por esses “guias”

Celebrado em 15 de outubro como uma referência a D. Pedro I, que em 1827 instituiu uma lei sobre ensino elementar, o Dia do Professor traz à tona a relevância do papel desempenhado por educadores e educadoras do nosso País. O brilho no olho que um docente tem é capaz de transformar anseios em trajetórias. Mais do que isso, esses profissionais têm a capacidade de semear incontáveis potenciais, muitas vezes só aflorados no futuro – algo que talvez nem tenham a oportunidade de ver, por não estarem mais no cotidiano daqueles ex-alunos. No livro “Nós e a escola”, Mario Sérgio Cortella destaca que: “somos todos amadores, em dupla acepção: gente que ama e que acha que não está pronta ainda”.

De acordo com Lucas Seco, diretor do Colégio Anglo Chácara, a data é extremamente importante porque estamos falando de uma das carreiras mais dignas e, ao mesmo tempo, uma das mais fundamentais para qualquer nação. “Temos muitos exemplos ao longo da História de países que foram se construindo e reconstruindo com o apoio maciço do Estado e da sociedade e, principalmente, priorizando a educação. É necessário a compreensão de que a educação é a base para uma sociedade bem desenvolvida nos aspectos social, econômico, humano e cultural, mas para que a educação seja aprimorada em um país é necessário a criação de uma política de Estado eficiente, além do incentivo para formação de professores, infraestrutura mínima de trabalho para o professorado e remuneração digna”, afirma.

O gestor salienta ainda que, nesse sentido, é importante reconhecer esse profissional como um elemento chave na construção da sociedade. “O Dia do Professor está aí para nos lembrar da relevância dessa figura. É preciso olhar e valorizar os educadores, pois todos nós tivemos um professor importante na vida, alguém que nos marcou, e lembrar dele é parte de lembrar da nossa própria vida, da nossa própria história. Trazer essa memória é relevante para nós mesmos, além de nos fazer reconhecer o quão necessário são esses profissionais na construção de uma sociedade bem desenvolvida”, acrescenta.

Para Eduardo Calbucci, professor e CEO do Programa Semente – metodologia de ensino socioemocional para jovens e adultos -, será fundamental investir na formação, capacitação e, principalmente, no bem-estar dos educadores, desenvolvendo suas competências socioemocionais para que sigam em sua missão de apoiar alunos e suas famílias.

“É por meio das habilidades socioemocionais, que professores, no presente e no futuro, auxiliarão alunos na trilha de aprendizagem com mais criatividade, confiança, flexibilidade, inovação, resiliência, empatia, visão coletiva e sistêmica, para ajudar a construir repertórios, interações, e formar, acima de tudo, cidadãos com senso crítico para atuar em uma sociedade cada vez mais incerta e automatizada”, ressalta.

A Camino School, operação escolar da Camino Education, destaca que o profissional de educação deve ser reverenciado não apenas em 15 de outubro, mas em todos os outros 364 dias do ano. A escola é adepta de duas frente de trabalho: a metodologia da aprendizagem ativa, que coloca o aluno no papel de protagonista, e as competências socioemocionais, valorizando as interações afetivas construídas em sala de aula. “Ambas prezam pela horizontalidade entre educadores e educandos, algo crucial para nós. Gosto muito de um pensamento de Paulo Freire, no qual ele pondera: quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Que esse seja o nosso mantra”, ressalta Leticia Lyle, cofundadora da Camino Education e diretora pedagógica da Camino School.

ASSÉDIO SEXUAL DENTRO DAS EMPRESAS

 

*Mayra Cardozo

A desigualdade de gênero ainda existe no mercado de trabalho e acaba criando obstáculos e conflitos psicológicos e profissionais para as mulheres. Muitas vezes, o assédio dentro do ambiente corporativo é um dos casos mais graves sofridos. Para se ter ideia, de acordo com uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão, feita em parceria com o Instituto Locomotiva e apoio da Laudes Foundation, 40% das mulheres já foram xingadas ou já ouviram gritos no trabalho, contra 13% dos homens. Além disso, 92% dos entrevistados acreditam que as mulheres sofrem mais situações de constrangimento e assédio no ambiente de trabalho do que os homens.

O assédio e a importunação sexual são uma das ferramentas utilizadas pela socialização patriarcal para intimidar mulheres a ocupar espaços de trabalho. Quando ocupamos espaços, eles nos reduzem a corpos que servem apenas para pegar café, anotar compromissos e para serem assediados. Quando ocupamos espaços, o sistema patriarcal nos pune. Por isso, cada dia é mais essencial que as mulheres que conseguem ocupar espaços, usem o seu privilégio dentro dos ambientes corporativos para remodelar esses espaços e ajudar com que sejam lugares seguros para as mulheres.

Acredito ser essencial que as mulheres dentro do ambiente corporativo lutem e ajudem umas às outras. Percebo que muitas mulheres quando assumem postos de poder, acabam “jogando” com o patriarcado, encobrindo colegas assediadores, rindo de piadas machistas. O ambiente corporativo é um ambiente competitivo e extremamente patriarcal, é necessário que as mulheres se conscientizem de que só a união faz a força. É preciso parar de rivalizar umas com as outras e se unir, para juntas combater essas práticas dentro das empresas.

Como identificar o assédio e importunação sexual nas empresas?

Um dos maiores identificadores é que, quem sofre assédio ou importunação sexual, na grande maioria das vezes, acaba com a saúde mental afetada. A situação se agrava quando ocorre no ambiente de trabalho, uma vez que as mulheres já sofrem com a famosa “crise de impostora” – quando você sente constantemente que o que você faz não é bom o suficiente. Quando essas situações acontecem dentro do trabalho, a autoestima e autoconfiança são extremamente abaladas. Isso acontece porque o potencial, a inteligência e dedicação começam a ser questionados, já que essas condutas fazem as mulheres se sentirem como se fossem reduzidas a um corpo.

O que deve ser feito quando se identifica um caso como este?

Nestes casos, a principal solução é o canal de denúncia 180 ou procurar recursos internos dentro da empresa, caso exista, junto ao Compliance ou RH. O maior erro das empresas é não abordar e não investir no combate e na conscientização do assédio, principalmente dentro dos cargos mais altos, uma vez que essas denúncias geralmente são dirigidas ao “top management” da empresa. Além de tudo, também existe uma dificuldade em relação ao canal de denúncia interno, já que as vítimas têm medo de denunciar e perder o emprego caso sejam identificadas. Existe também a falta de informação e treinamento, para que as pessoas saibam diferenciar uma conduta e outra e saibam como agir diante das situações e a quem recorrer.

Caso exista, dentro da empresa, um setor de Compliance, esse deve ser o responsável para implementar medidas de conscientização. A empresa deve investir em contratação de treinamento e investimento em educação, até a investigação interna através da instauração de um canal de denúncias anônimas. Temas como esses não são de muito interesse das direções corporativas mas deveria ser, já que um assédio ou importunação sexual que pode ocorrer dentro da empresa, pode gerar danos à imagem e reputação irreversíveis.

A verdade é que pautas relacionadas às mulheres dentro do ambiente corporativo, só vão progredir quando as empresas e líderes também atuarem proativamente no intuito de produzir uma cultura de união entre mulheres, e não o de rivalidade.

*Mayra Cardozo é advogada especialista em Direitos Humanos e trabalha com Empoderamento Feminino

ESTRATÉGIAS DE VENDAS ONLINE

 

Estratégias de Vendas: O Que É, Como Criar e 4 Dicas Para Iniciantes

NELL PATEL

Estratégias de vendas têm tudo a ver com a lucratividade de um negócio.

Afinal, não importa qual seja o seu segmento de mercado, você é um vendedor.

Você precisa descobrir como montar uma estratégia de vendas se tem uma indústria ou comércio e, como tal, vende produtos.

Também se presta serviços.

E o mesmo se é profissional liberal, autônomo ou freelancer.

Todos somos vendedores de alguma coisa – nem que seja de nós mesmos, da nossa expertise e do que podemos fazer para contribuir com melhores resultados.

Seja como for, definir uma estratégia de vendas é o primeiro passo para atrair clientes com mais eficiência.

Então, nada mais justo do que eu ajudar você a encontrar as respostas para as suas dúvidas.

Ao longo deste post completo sobre estratégia de vendas, você vai aprender:

O que é estratégia de vendas

Quais são as 4 fases da estratégias de vendas

Como fazer uma boa estratégia de vendas em 10 passos

4 dicas de estratégias de vendas para iniciantes.

Ao esclarecer o conceito e descobrir táticas para aplicá-lo ao seu negócio, você não vai só melhorar seu planejamento de vendas.

Mas, também, aumentar a produtividade e otimizar seu processo comercial.

Pronto para alcançar esses objetivos e impulsionar as vendas?

Então, prossiga com a leitura e bom aprendizado!

O que é estratégia de vendas?

Estratégia de vendas é um conceito que versa sobre as táticas que uma empresa usa para construir sua marca, gerar vendas e aumentar receitas.

Como um conjunto de processos, envolve desde a pesquisa e qualificação de potenciais clientes até medidas para o gerenciamento de contas.

Em outras palavras, diz respeito aos esforços que você faz para fechar mais negócios e fazer os clientes comprarem seus produtos ou contratarem seus serviços na Startup Valeon uma

 Plataforma Comercial Merketplace da Região do Vale do Aço.

Isso posto, é importante saber que, embora se pareçam, estratégia de vendas não é o mesmo que técnicas de vendas, nem de estratégia de marketing.

Embora os três conceitos se relacionem, cada um possui suas características e particularidades.

Para que fique mais fácil de entender, explico a seguir as principais diferenças entre eles:

Estratégia de vendas é saber quais objetivos comerciais atingir, quando e o que fazer para alcançá-los

Técnicas de vendas são habilidades usadas pelos profissionais de vendas para atingir objetivos estratégicos operacionais

E, por fim, estratégia de marketing é sobre construir, divulgar e permanecer na mente dos consumidores.

Logo, posso dizer que toda estratégia de vendas se relaciona com a estratégia de marketing e possui técnicas de vendas próprias para alcançar seus objetivos.

Ficou mais claro para você?

Então, vamos em frente.

Nos próximos tópicos, você vai conhecer mais sobre o processo e como montar uma estratégia de vendas eficiente para alavancar o faturamento do seu negócio.

Quais são as 4 fases da estratégia de vendas?

Antes de te apresentar as etapas da estratégia de vendas, preciso esclarecer duas coisas:

Você pode usá-las em conjunto ou individualmente, dependendo do ciclo de vida dos seus produtos ou do seu próprio negócio

Cada fase deve envolver um objetivo estratégico e as maneiras que você pretende alcançá-lo.

Agora, sim, é hora de conferir as etapas que toda estratégia de vendas de sucesso precisa ter.

E elas são quatro. Anote aí!

1. Encontrar clientes potenciais

Existem várias estratégias eficientes para atrair os clientes para as suas ofertas e, assim, para aumentar a percepção sobre a sua marca.

Você pode fazer isso tanto através de anúncios quanto por meio de concursos culturais ou descontos, por exemplo. Faça seus anúncios no Site Valeon, uma máquina de vendas da região.

Uma etapa que consiste, basicamente, na geração de leads.

Ou seja, conseguir os dados de pessoas que demonstraram interesse pelo seu negócio, entrar em contato com elas e partir para a próxima etapa.

Se preferir, você pode fazer isso através do marketing de conteúdo.

Esse é um processo que consiste em criar conteúdos relevantes para atrair potenciais clientes em troca de conhecimento, informação e materiais ricos, como ebooks e webinars.

2. Conquistar clientes potenciais

cumprimento de fechamento de negócio entre comprador e vendedor

Para conquistar os leads, ou seja, clientes potenciais que demonstraram interesse pela sua solução, é preciso entender e atender às suas necessidades.

Como fazer isso?

Mostrando que você tem produtos ou serviços perfeitos para resolver os problemas deles.

É aqui que entram técnicas de vendas e negociação, com uma abordagem mais comercial.

Só não se esqueça de demonstrar empatia ao se colocar no lugar do potencial cliente e ao mostrar como pode ajudá-lo.

Isso certamente fará a diferença.

Afinal, ninguém quer comprar um produto, mas sim a solução que ele oferece. Certo?

Tenha em mente que os melhores profissionais de vendas são aqueles que mais escutam do que falam.

E assim o fazem porque sabem como atrair as vendas e não simplesmente empurrá-las para cima do interlocutor.

Você pode conquistar clientes potenciais ao enviar e-mails, ligar para os clientes ou participar de feiras de negócios.

3. Manter os clientes que conquistou

Manter os clientes que conquistou é sobre usar estratégias para promover a fidelização.

No entanto, é uma etapa mais importante do que simplesmente conquistar novos deles.

O motivo?

Conquistar um novo cliente custa 5 vezes mais do que manter um antigo, segundo o célebre professor e pai do marketing, Philip Kotler.

Portanto, a empresa que sai na frente é aquela que entende a riqueza que o cliente fiel representa. E, claro, que sabe como encantá-lo ainda mais.

Clientes fiéis podem se tornar defensores da sua marca e ajudar você a levá-la para o número cada vez maior de novos compradores.

Isto é, disseminam sua boa imagem.

Para focar sua estratégia de vendas para manter os clientes conquistados, no entanto, a dica é: marketing de relacionamento.

4. Vender mais para os clientes conquistados

Com o uso do marketing de relacionamento aliado a um CRM estratégico, sua empresa vai conhecer mais profundamente quem são seus clientes.

Assim, poderá se antecipar às necessidades deles e gerar mais vendas.

Não é brilhante?

Quanto mais você superar as expectativas deles, mais eles vão comprar de você.

E, convenhamos que, vender mais para clientes que você já conquistou é muito mais fácil do que atrai-los para dentro do funil de vendas.

Como fazer uma boa estratégia de vendas?

Como montar uma estratégia de vendas?

Pode parecer algo fácil, mas reserva algumas armadilhas.

Porque se você não levar em conta todas as especificidades do seu negócio, seu público e seu mercado, vai concentrar esforços nas pessoas erradas ou com as ações equivocadas.

No fim das contas, o resultado será nulo ou, no mínimo, abaixo do potencial do seu negócio.

Não dá para ser assim, concorda?

Então, para ampliar o seu número de clientes, vou ensinar algumas táticas sobre como montar uma estratégia para vender mais.

Ficou curioso para saber quais são elas?

Então, vem comigo que eu te explico 10 passos para chegar lá!

1. Conheça a sua persona

perfis diferentes de personas na estratégia de vendas

Antes de criar uma verdadeira máquina de vendas, não se esqueça que a principal peça desse quebra-cabeça não são só clientes, mas pessoas.

Quando você conhece quem são elas e entende suas necessidades, fica muito mais fácil aumentar as vendas.

Por isso, criar uma buyer persona – personagem semi-fictício que representa seu potencial cliente -, é o melhor caminho para começar.

A partir de pesquisas sobre quem ele seria, você pode listar várias delas e, assim, direcionar melhor a sua estratégia de vendas.

Ao entender que cada cliente é único, você garante que não vai usar o mesmo processo de vendas para pessoas diferentes.

Dessa forma, vai conseguir contar histórias envolventes e que realmente mexam com seus desejos e emoções.

2. Conheça a sua concorrência

Conhecer seus concorrentes e o que estão oferecendo ao mercado pode parecer difícil, mas é mais fácil do que parece.

Basta iniciar um estudo chamado benchmarking.

Uma análise que reúne uma série de informações sobre o que a concorrência está fazendo, como está fazendo e quais resultados está conseguindo obter com isso.

No caso do processo de vendas, envolve observar panfletos, pesquisar os preços que estão sendo cobrados em seus produtos ou serviços, entre outros exemplos.

Com isso, você pode entender o que ela faz melhor do que você, o que faz pior e como adaptar suas estratégias de vendas para se diferenciar e ficar mais competitivo.

3. Defina metas

O primeiro passo para aumentar as vendas é saber o que fazer para chegar lá.

Portanto, não deixe de definir metas claras e tangíveis sobre os objetivos que deseja alcançar.

4. Crie um funil de vendas

Atraia pessoas para dentro da jornada de compra e tome ações para filtrá-las até que cheguem ao fundo do funil de vendas e se tornem clientes.

Lembre-se que o funil de vendas representa o caminho que eles precisam percorrer desde que conhecem sua empresa até comprarem dela ou contratarem seus serviços.

Um funil de vendas eficiente trabalha estratégias para promover:

A conscientização sobre a existência de um problema

O interesse por solucioná-lo

A avaliação sobre alternativas para isso

A tomada de decisão

E a compra.

5. Treine a sua equipe

Garantir a melhor experiência ao cliente é uma das mais poderosas estratégias de vendas que conheço.

Concorda que não adianta ter um ótimo produto sem ter uma equipe bem treinada para atender com qualidade seus prospects e clientes?

Então, realize treinamentos periódicos para alinhar a sua equipe de marketing e vendas e deixar todos por dentro das suas táticas, funil e processo comercial.

6. Defina seus objetivos

Sonhe alto, mas sem esquecer da situação real do seu negócio.

Você pode estipular, por exemplo, quanto quer conquistar de lucro ou, se preferir, estabelecer quantas vendas deseja realizar.

São os objetivos que você define que vão direcionar as suas estratégias de vendas.

Portanto, se concentre em cumpri-los.

7. Faça análise SWOT

ilustração sobre análise swot dentro da estratégia de vendas e significados da sigla

Quando um gestor conhece os pontos fortes e as fraquezas do seu negócio e do próprio mercado passa a entender melhor o que funciona e o que não dá certo.

Assim como o que pode ser ressaltado e o que deve ser melhorado.

Para fazer isso, nada melhor do que utilizar a boa e velha análise SWOT.

Com ela, você vai entender, inclusive, sua posição junto aos concorrentes, antecipar problemas e encontrar oportunidades.

São pilares que tornam a estratégia de vendas ainda mais poderosa.

8. Previna-se de possíveis objeções

Objeções nada mais são do que motivos que impedem que o seu potencial cliente faça negócio com você.

E como é o tipo de coisa que faz parte de todo processo de vendas, é preciso aprender a lidar com elas.

Para se precaver de possíveis objeções, procure conhecer a fundo seus produtos ou serviços e, inclusive, seu nicho de atuação.

Clientes são curiosos é e nada mais natural que queiram esclarecer todas as suas dúvidas antes de decidir fazer uma compra.

Então, esteja preparado para dar respostas demonstrando segurança, empatia e simpatia.

9. Trace um planejamento estratégico de vendas

Para visualizar melhor o processo comercial do seu negócio, a dica é partir de um bom planejamento estratégico de vendas.

Assim, todas as áreas ficam alinhadas para alcançar o mesmo objetivo.

10. Avalie seu desempenho

Com o uso de métricas e parâmetros pré-definidos, você pode controlar melhor sua estratégia de vendas e medir sua eficiência.

Caso as coisas não estejam fluindo como gostaria, é o que ajuda você a pensar no que pode ser ajustado.

4 dicas de estratégias de vendas para iniciantes

Quer saber como oferecer a melhor experiência ao cliente?

Você não precisa ser um especialista em vendas para desenvolver estratégias vencedoras.

Pode apenas se inspirar no que já existe de melhor e adaptar à sua realidade.

Conheça 4 dicas valiosas:

1. Ofereça benefícios e não apenas seus produtos ou serviços

Apresentar apenas as características do que sua empresa oferece é como um imã de objeções. Fuja disso!

Para despertar o interesse do cliente, fale sobre como pode ajudar ele a resolver seus problemas.

E só depois que ele demonstrar interesse pelo seus produtos ou serviços apresente suas características.

2. Personalize as ofertas

Pesquisar o perfil, comportamento e preferências dos clientes é como a mina de ouro das estratégias de vendas.

Quando você entende quem ele é mais profundamente pode personalizar ofertas e aumentar drasticamente as chances de vendas.

3. Use a abordagem comercial como uma entrevista

Uma venda eficiente é aquela que parte dos problemas do potencial comprador.

Por isso, uma estratégia de vendas poderosa para iniciantes é conduzir a abordagem comercial como se fosse uma entrevista.

Com as perguntas certas, você pode entender os desejos, expectativas, necessidades e preferências dele.

E, assim, pensar na condução mais adequada.

4. E aproveite a tecnologia para atrair, envolver e fidelizar seus clientes

Atenção: quando falo em aproveitar a tecnologia, não quero dizer que ter uma página nas redes sociais é o que basta, junte-se ao Site da Startup Valeon e obtenha melhores resultados.

Mas, que plataformas digitais funcionam como meios altamente eficazes para se aproximar do cliente e se comunicar com ele.

Conclusão

Usar as estratégias de vendas com sabedoria é fundamental para conseguir se destacar em meio a um mar de concorrentes.

Fechar mais vendas é um desafio cada vez maior em uma era em que somos bombardeados com ofertas praticamente 24 horas por dia.

Mas, agora, você tem em mãos tudo o que precisa para otimizar seu processo comercial e aumentar suas vendas!

Já aplicou alguma dessas estratégias de vendas e dicas no seu negócio?

Qual delas pretende testar primeiro?

ValeOn UMA STARTUP INOVADORA

A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma  Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.

Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.

Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.

Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.

inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.

Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

PROBLEMAS QUE TRAVAM O CRESCIMENTO DO BRASIL

Empresas

Por
Vandré Kramer – Gazeta do Povo

Falta de chuvas elevou a tarifa de energia e pôs no horizonte a ameaça de um racionamento.| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Depois de um forte crescimento nos três trimestres anteriores, motivado principalmente pela saída dos piores momentos da pandemia da Covid-19, o investimento privado voltou a cair no segundo trimestre deste ano. A queda foi de 3,6%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar desse recuo em relação aos três primeiros meses do ano, no acumulado do primeiro semestre o investimento deu um salto de 24,3% em relação ao mesmo período do ano passado, que havia sido fortemente impactado pela primeira onda da pandemia.

Analistas ouvidos pela Gazeta do Povo apontam que dificilmente taxas fortes voltarão a se repetir nos próximos trimestres, devido à base estatística mais robusta registrada no último semestre de 2020.

Não é só isso. Uma série de fatores atua como freio para a expansão da formação bruta de capital fixo (FBCF), o nome dado pelos economistas ao investimento produtivo privado: a dificuldade para fazer a renda do brasileiro crescer, as tensões políticas, os problemas fiscais, a baixa atratividade do Brasil no exterior e a crise hídrica.

Não bastasse isso, há fatores de curto prazo que afetam negativamente o investimento. O aumento da inflação, por exemplo, está obrigando o Banco Central a aumentar a taxa básica de juros (Selic), o que tem impacto direto sobre o investimento produtivo, tornando-o menos atraente frente a aplicações no mercado financeiro.

A avaliação cautelosa dos especialistas contrasta com o otimismo do governo. A previsão do Ministério da Economia para 2022 – de crescimento do PIB de 2,5%, praticamente 1 ponto porcentual acima da projeção mediana do mercado financeiro – é calcada, entre outras coisas, na expectativa de expansão do investimento produtivo.

  1. Dificuldade para fazer a renda crescer
    No comparativo entre os segundos trimestres de 2020 e 2021, a renda média do trabalhador brasileiro diminuiu em termos reais (já descontada a inflação). A maior queda (-11,42%) ocorreu entre os empregadores, seguido pelos trabalhadores domésticos (-7,26%) e pelos autônomos (-5,38%). O cenário só não foi pior porque houve avanço na população ocupada.

Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, aponta que o Brasil tem um problema crônico, que é o de fazer a renda crescer para estimular o investimento. “O Brasil precisa consumir muito mais internamente”, diz. No segundo trimestre, comparativamente ao primeiro, houve estabilidade no consumo das famílias, segundo o IBGE.

Franchini lembra que o país tem dois importantes trunfos: uma grande população e uma ampla gama de oportunidades. Mas a dificuldade para fazer a renda crescer impede aumentos mais consistentes na confiança no futuro da economia – e isso acaba inibindo consumo e investimento.

Segundo a FGV, a diferença entre a confiança de consumidores e empresários está nos maiores níveis desde 2008. As pessoas estão sendo menos otimistas por causa dos níveis elevados de desemprego e de inflação, além do quadro incerto com relação à pandemia.

  1. Tensão política
    Outro fator que dificulta o aumento do investimento produtivo no país é a tensão política. O sócio da Turing, André Chede, aponta que as eleições de 2022 já estão no radar. “A incerteza é inimiga do investimento. Há muita insegurança jurídica e institucional no ar”, destaca.

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, complementa afirmando que a maior tensão está se refletindo em uma revisão das expectativas, tanto para 2021 quanto para 2022. “É um efeito psicológico”, ressalta. Em seis semanas, as projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano caíram de 5,27% para 5,04%, segundo o relatório Focus. E para o ano que vem, de 2% para 1,57%.

Ele aponta que essa instabilidade política contribui para ampliar a volatilidade, o que, por sua vez, gera inflação.

Samuel Pessôa, sócio da Julius Baer Family Office (JBFO) e pesquisador da FGV, aponta que o Brasil tem muitos problemas a serem resolvidos. “A incerteza é alimentada pela agenda de confronto do Executivo com os demais poderes.”

Além das tensões, ele lembra que há questões estruturais que afetam as agendas do Executivo e do Legislativo. “As lógicas pelas quais o Presidente e a Câmara são eleitos são diferentes.”

O primeiro, de acordo com Pessôa, é escolhido com base em interesses mais difusos, enquanto os deputados são apontados com base em interesses mais particulares, como setores da economia e classe de trabalhadores.

Esta tensão política, que deve continuar no próximo ano, deve ter efeito negativo sobre o investimento. “Quem puder postergar os planos, certamente irá deixá-los para 2023”, diz Juan Jensen, sócio da consultoria 4intelligence.

  1. Problemas fiscais
    A inexistência de um acordo sobre como financiar adequadamente o Estado é outro problema que impede um crescimento mais robusto e sustentável da economia brasileira, aponta o sócio da JBFO.

“É um problema que se arrasta há anos. Vivemos uma crise fiscal aguda mais explícita em meio a um grande conflito distributivo”, afirma Pessôa. O Brasil registra sucessivos déficits primários – isto é, sem levar em consideração as despesas com juros da dívida – desde 2014. O último superávit primário foi registrado em 2013.

O relatório Focus, um conjunto de previsões coletadas pelo BC junto a consultorias e instituições financeiras, sinaliza que o ponto médio (mediana) das previsões para o déficit primário é de 1,5% do PIB. Essa expectativa melhorou muito nos meses, movida ao forte aumento da arrecadação – em maio, a mediana das projeções apontava para um déficit primário de 3% do PIB. O mercado só vê uma situação mais próxima do equilíbrio a partir de 2024, mostra o documento.

  1. Baixa atratividade do país
    Um problema apontado pelos especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo e que inibe o investimento é a falta de um ambiente de negócios favorável. Na última edição do ranking Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil ocupava a 124ª posição entre 190 países.

Segundo Franchini, esse problema com o ambiente de negócios contribui para que não haja mais confiança e um crescimento suficiente no número de contratações. “Sem renda, não há consumo na ponta”, afirma Franchini.

“É como se fosse uma roda de encaixes”, compara. “A confiança alta leva a um desemprego menor, que contribui para aumentar a renda, favorecendo o consumo e estimulando o investimento das empresas, o que, por sua vez, contribui para elevar o PIB.”

O sócio da Monte Bravo lembra que o preço dos ativos brasileiros é barato, mas, mesmo assim, acaba não sendo atraente. “Quem garante ao investidor, principalmente de médio e longo prazo, que as regras não vão mudar no meio do caminho?”

Um dos indicadores dessa baixa atratividade do país é o ingresso líquido em investimentos diretos no país, que mostra a entrada de dinheiro externo para aplicação no setor produtivo. Nos 12 meses encerrados em julho de 2021, ele somou US$ 47,5 bilhões, ou 3,04% do PIB. Um ano antes, o saldo era de US$ 65,5 bilhões, ou 4,06% do PIB, segundo o Banco Central.

Para melhorar o cenário pós-pandemia, Franchini diz que o governo deveria investir em formar uma imagem positiva do país e melhorar o ambiente de negócios, favorecendo a desburocratização.

  1. Crise hídrica
    Um agravante para a realização de investimentos no Brasil é a crise hídrica, que está impactando na inflação. Nos últimos 12 meses, a conta de energia elétrica residencial aumentou 25%, em média, segundo o IBGE.

“A falta de chuva implicou em uma fatura mais cara, levando à alta na inflação. Isto obrigou ao aumento na taxa de juro, o que se reflete em retração no investimento e no consumo”, diz Chede, da Turing.

Com a promoção de sucessivos aumentos na taxa básica de juros (Selic) para conter a inflação em alta, fica mais atraente comprar títulos da dívida pública que tomar risco em investimentos produtivos, lembra Franchini, da Bravo Investimentos. Desde março, a Selic saltou de 2% para 6,25% ao ano, e há quem espere que ela chegue perto de 10% até o fim de 2022.

O risco é de que o cenário hídrico fique mais complicado. Por enquanto, o risco de racionamento é mínimo, mas, se a situação se complicar, pode ser que não haja espaço para crescimento da economia no ano que vem, alerta Pessôa, do JBFO.

Nesse sentido, os últimos dias foram um pouco mais animadores. Com uma melhora no regime de chuvas, duas empresas que vêm monitorando o setor elétrico – a XP e a consultoria PSR – reduziram a chance de racionamento nos próximos meses.


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ATAQUES AO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA SOBRE TRATAMENTO PRECOCE

 

Covid-19
Por
Leonardo Desideri – Gazeta do Povo
Brasília

O presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O Conselho Federal de Medicina (CFM) sofreu, nos últimos dias, uma série de ataques de autoridades públicas e formadores de opinião por não aderir ao consenso politicamente correto sobre o enfrentamento à pandemia da Covid-19. O principal tema de controvérsia é o tratamento precoce.

Em menos de duas semanas, o conselho e seu presidente, Mauro Ribeiro, viraram alvos de inquéritos da CPI da Covid e do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, além de uma ação civil pública da Defensoria Pública da União (DPU).

Na semana passada, foram foco de um editorial do jornal impresso de maior circulação do Brasil, a Folha de S.Paulo, intitulado “Medicina à deriva”, em que se diz que o CFM “renunciou à sua obrigação de promover a medicina baseada em evidências” e é “um dos órgãos a sair mais apequenado dessa crise”.

Opositores do governo Bolsonaro engrossaram o coro contra o CFM. Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, comemorou a instauração de inquérito pelo MPF. “Ministério Público finalmente vai investigar a conduta do Conselho Federal de Medicina. Não precisávamos ter chegado a 600 mil mortes. Tudo isso é muito indigno e revoltante. A dor pelos amigos que se foram só aumenta”, disse via Twitter.

Os ataques não foram motivados por um posicionamento manifestamente favorável do CFM ao tratamento precoce, mas à sua decisão de permanecer isento no debate, confiando na autonomia médica para a administração de medicamentos cuja eficácia para a Covid-19 ainda é tema de debate na medicina.

Como já afirmou o próprio presidente do CFM em artigo publicado pela Folha de S.Paulo, existem “dezenas de trabalhos científicos mostrando benefício com o tratamento precoce” e “outros tantos apontam que elas não possuem qualquer efeito benéfico contra a Covid-19”.

“Essa ideia de que a ciência já concluiu que essas drogas não têm efeito não é 100% verdadeira. Na literatura, tem de tudo. Ambos os lados têm trabalhos com metodologias questionáveis. Já que não há consenso na literatura, é uma doença devastadora, e que, do aspecto observacional, há algumas drogas que podem ter efeito, delegamos ao médico, junto com o paciente, decidir o tratamento. Ele tem de sentar com o paciente e explicar que é um tratamento que não tem comprovação que faça diferença e que se o paciente quiser ser tratado e o médico se disponibilizar, que seja feito. A classe médica está dividida”, afirmou o presidente do CFM, Mauro Ribeiro, em matéria publicada na Gazeta do Povo, em março deste ano.

Ribeiro apontou contradição na CPI, que investiga fatos relacionados à pandemia no Brasil, mas não convida o órgão que representa os médicos brasileiros a dar seu parecer sobre esses assuntos. Em nota de esclarecimento, ele já havia dito que a comissão se transformou “num palco midiático para embates políticos e ideológicos”.

O presidente do CFM ressaltou ainda que o Conselho Federal de Medicina “nunca, jamais, em tempo algum preconizou o tratamento precoce, tampouco proíbe o tratamento precoce”. “Essa questão, infelizmente, foi extremamente politizada no Brasil”, disse Ribeiro.

Ele também lembrou que “a autonomia não é uma soberania”. “Nós, profissionais médicos, temos autonomia de fazer sempre o melhor para os nossos pacientes. Qual é o limite da nossa autonomia profissional? É a ética e a lei. E, obrigatoriamente, nós temos que visar a beneficência e jamais a maleficência.”

Caça às bruxas contra o tratamento precoce é anticientífica, afirma biólogo
Em depoimento recente à Gazeta do Povo, o biólogo Eli Vieira afirmou que a caça às bruxas contra o tratamento precoce que ocorre no debate público brasileiro – como no caso dos ataques ao CFM – é anticientífica. “São autoridades, políticos e influencers querendo interferir num debate que tem que acontecer dentro da ciência”, diz.

Em junho, Vieira publicou um artigo na Gazeta do Povo abordando o estado da questão sobre o tratamento precoce. No texto, o pesquisador enumera diversas pesquisas com evidências sobre a eficácia de certos medicamentos na redução dos sintomas da Covid-19.

Um dos problemas no atual debate, segundo ele, é a noção de que precisaria haver um consenso geral entre cientistas para que o tratamento precoce fosse considerado uma alternativa plausível. “Consensos não são os reis da decisão do que é científico ou não. Quem manda são as evidências. E, por definição, evidências novas não são consensuais, porque a comunidade que pesquisas o assunto não está sabendo totalmente delas. São evidências novas”, diz. “É danoso esse papo de que ‘não há consenso’. E, com isso, não estou querendo dizer que consenso não importa”, acrescenta.

Para o cientista, sustentar que nada pode funcionar como tratamento precoce para a Covid-19 é uma postura dogmática, e não científica. “Seria o primeiro caso na história de um vírus para o qual não existe nada no nosso arsenal de drogas que possa fazer efeito. Então, essa posição de que todo tratamento precoce está descomprovado, está refutado, é totalmente absurda.”

A visão de que seria necessária comprovação definitiva sobre a eficácia de uma droga, aliás, também carrega um equívoco, destaca ele: “Em ciências empíricas, a gente trabalha com evidências, com acúmulo de evidências. Prova é coisa da matemática e da lógica. Esse papo de comprovação dá uma impressão de certeza, o que não existe. O que a gente faz sempre é comparar: ‘tem mais evidência para isso do que evidência para aquilo’”.

Só politização explica instaurar inquérito contra CFM, dizem juristas
Juristas consultados pela Gazeta do Povo afirmam que as acusações contra o CFM são frágeis, e que a abertura de um inquérito contra Mauro Ribeiro só pode ser explicada por preferências políticas.

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), doutora em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP), diz que não há sentido em “em tentarem criminalizar um gestor” cujas decisões são tomadas em uma pandemia cercada de dúvidas sobre como a medicina deve agir.

“Entendo que o presidente do CFM, sobretudo no início da pandemia, não poderia ter uma conduta fechada. A bem da verdade, um presidente de um conselho de medicina não deve ter uma conduta fechada nunca, porque cada médico tem a sua formação, tem a sua orientação, vai dialogar com o paciente, vai escolher o tratamento em conjunto com seu paciente – e, dependendo da situação, em conjunto com a família”, diz. “A medicina não é uma matemática”, complementa.

Para Janaina, “a postura do presidente do CFM foi uma postura democrática, de respeitar as pontas, inclusive o paciente e suas famílias, do ponto de vista dos princípios da bioética”. “Penso que se não houvesse uma defesa do presidente (da República) dessas pautas todas, estas pessoas que estão do lado contrário não estariam defendendo isso. É tão absurdo o que está acontecendo que eu acho que só uma politização muito forte explica – e talvez algum interesse que a gente não tenha conseguido alcançar”, observa.

Renato Rodrigues Gomes, mestre em Direito Público pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), também considera que se trata de um ataque “nitidamente político, porque quem defende o tratamento precoce, além do Conselho Federal de Medicina [- que se posicionou pela autonomia dos médicos -] e dos médicos que atuam na ponta, é o presidente da República”.

“O código de ética médica é claro: cabe ao médico defender a vida do seu paciente. O diagnóstico e a prescrição de medicamentos é exclusividade do médico, de quem estudou para isso. O que um membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou de qualquer órgão da Justiça tem a ver com medicina? O que eles sabem? Absolutamente nada”, diz ele.

O jurista afirma que o MPF se apoia nos pareceres de médicos escolhidos a dedo para avalizarem um posicionamento que eles já haviam adotado previamente. “Eles adotam isso e saem atacando todos que contrariam esta posição dos pseudocientistas. Na realidade, é um ataque político, nitidamente político, porque quem defende o tratamento precoce, além do Conselho Federal de Medicina e dos médicos que atuam na ponta, é o presidente da República”, comenta.

Grupo de advogados publica abaixo-assinado em defesa do CFM
Na terça-feira (12), um grupo de aproximadamente 800 advogados publicou um abaixo-assinado em defesa do CFM e de seu presidente, Mauro Ribeiro. Intitulado “Manifesto em Defesa da Autonomia Médica”, o documento diz que a proposta de ação civil pública proposta pela Defensoria Pública da União tem o intuito de “intimidar e prejudicar o Conselho Federal de Medicina, colocando em risco a existência do próprio Conselho” ao pleitear uma indenização no valor de R$ 60 milhões.

Os signatários dizem que “além de ultrapassar a sua competência institucional”, a DPU “realiza uma tentativa política de impedir que médicos realizem o exercício de suas atividades de forma ética e técnica”. “É o que nós, advogados, chamamos de lide temerária”, afirma o manifesto.

Os advogados elogiam “a postura do competente e dedicado presidente do Conselho Federal de Medicina, dr. Mauro Luiz de Britto Ribeiro, pela incansável defesa de seus associados, de seu Código de Ética, e de suas convicções profissionais”.

“A medicina está a serviço da coletividade e sua atuação não pode ficar à mercê de disputas políticas e interesses pessoais. Ao médico é resguardada sua autonomia para que possa ter possibilidade de trabalhar com independência visando o bem maior que é: salvar vidas”, diz o documento.


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