domingo, 3 de outubro de 2021

LULA E SEUS 20 PROCESOS

Fim da Lava Jato
Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília

O ex-presidente Lula.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo

As ações da Lava Jato que ainda restavam contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Justiça foram praticamente enterradas com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em junho, que considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito no caso do triplex de Guarujá – primeiro processo no qual o petista havia sido condenado. Nas últimas semanas, acolhendo pedidos da defesa, outros magistrados e tribunais se valeram da decisão para encerrar processos que também teriam sido “contaminados” pela alegada parcialidade de Moro.

Em agosto, por exemplo, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3), em São Paulo, trancou uma ação penal em que Lula era acusado de lavagem de dinheiro de doações recebidas da construtora ARG, que teria sido favorecida por ele na Guiné Equatorial (África). O acórdão do julgamento registrou que a decisão era uma “decorrência da doutrina dos frutos da árvore envenenada”, referência à suspeição de Moro, que teria também prejudicado a validade das provas desse caso.

Ainda no mês passado, em Brasília, a juíza Pollyanna Martins Alves rejeitou a denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia, pelo qual Lula também havia sido condenado na Lava Jato do Paraná. Por determinação do STF, após a declaração da suspeição de Moro, alguns processos foram redistribuídos a outros estados. A juíza apontou “falta de elementos comprobatórios”, em razão de outra decisão, de junho, na qual o ministro do STF Gilmar Mendes estendeu ao processo a suspeição de Moro, anulando assim todas as provas que haviam sido colhidas por ordem do ex-juiz.

Em 6 de setembro, o juiz Frederico Botelho de Barros Viana encerrou outra ação penal, na qual Lula era acusado de lavagem de dinheiro recebido da Odebrecht por suposta influência na ampliação uma linha de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) para Angola, que beneficiaria a construtora. O magistrado apontou falta de justa causa, em razão da absolvição do ex-presidente em outro processo, em que era acusado de organização criminosa – o chamado “quadrilhão do PT” –, bem como a suspeição de Moro no caso do triplex.

Também em setembro, veio do STF mais uma decisão favorável a Lula: o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu duas ações, iniciadas no Paraná, relativas ao Instituto Lula: uma que apontava corrupção e lavagem na doação, pela Odebrecht, de um terreno de R$ 12 milhões para sediar a entidade; e outro relativo a doações da construtora ao instituto, que seriam retribuições por favores prestados pelo ex-presidente.

Apesar de ainda caberem recursos contra essas decisões, a chance de retomada dos casos é remota. O trancamento de uma ação só pode ser revertido se surgirem novas provas. O Ministério Público no Distrito Federal, por exemplo, já informou que não pretende recorrer da decisão que encerrou a ação relativa ao suposto favorecimento da Odebrecht em Angola com crédito do BNDES. No caso das ações do triplex, do sítio e do Instituto Lula, as provas teriam de ser novamente colhidas e há chance considerável de o caso prescrever até a formulação de uma nova denúncia.

Veja, abaixo, a situação atual de 20 investigações ou ações contra Lula, a imensa maioria deles decorrentes da Lava Jato:

  1. Suposta corrupção de Lula em favor de montadoras
    Acusação: Seis pessoas, incluindo Lula e o ex-ministro Gilberto Carvalho, responderam por suposta corrupção na aprovação da Medida Provisória 471, que havia sido assinada em 2009 e prorrogava por cinco anos os incentivos fiscais para montadoras de automóveis com atuação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Carvalho teria recebido R$ 6 milhões em troca da MP.

Resultado: Absolvição em junho de 2021.

  1. Pressão para Nestor Cerveró não fechar delação premiada
    Acusação: O ex-presidente Lula, o ex-senador Delcídio Amaral e o banqueiro André Esteves teriam pressionado Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, para que ele não fechasse um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Resultado: Absolvição em julho de 2018

  1. Quadrilhão do PT 1
    Acusação: Lula, Dilma Rousseff, os ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foram acusados pelo crime de organização criminosa, motivado pela suspeita de que teriam atuado em conjunto para desviar dinheiro público de empresas estatais, em especial a Petrobras. Eles formariam o chamado “Quadrilhão do PT”. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou a absolvição por falta de provas.

Resultado: Absolvido sumariamente em dezembro de 2019.

  1. Quadrilhão do PT 2
    Acusação: Outra denúncia contra o “Quadrilhão do PT”, envolvendo Lula, também foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em setembro de 2017. A PGR também denunciaria esquemas organizados do PP e do MDB, num total de quatro acusações.

Resultado: A acusação acabou rejeitada, em setembro de 2018.

  1. Mesadas para Lula e seu irmão Frei Chico
    Acusação: Lula e seu irmão, Frei Chico, teriam recebido mesadas da Odebrecht, em valores que, somados, ultrapassariam R$ 1 milhão.

Resultado: Em maio de 2020, o Tribunal Regional da 3.ª Região (TRF-3) rejeitou a denúncia por unanimidade, confirmando decisão anterior da 7.ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

  1. Ocupação do triplex
    Acusação: O ex-presidente Lula teria instigado a ocupação do triplex do Guarujá. Dois meses antes de ser preso, ele declarou: “Eu até pedi para o Guilherme Boulos mandar o pessoal dele [o MTST, Movimento de Trabalhadores Sem Teto] ocupar aquele apartamento. Já que é meu, ocupem”. O imóvel acabaria sendo ocupado em 16 de abril de 2018, nove dias após a prisão de Lula.

Resultado: Em fevereiro de 2020, a 6.ª Vara Federal de Santos (SP), rejeitou a denúncia do Ministério Público Federal.

  1. Favorecimento à Odebrecht em Angola
    Acusação: Lula teria recebido pagamento da Odebrecht por palestras que realizou para a empresa. Mas seria na verdade uma troca pela atuação do ex-presidente junto a órgãos federais, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para liberar verbas para a realização de obras em Angola.

Resultado: Em setembro de 2020, a acusação foi arquivada pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1).

Você acredita na viabilidade eleitoral de um candidato que possa fazer frente a Lula e Bolsonaro em 2022?
Sim. Se houver unificação da terceira via em um candidato, é póssível que ele chegue ao segundo turno.
Gostaria de acreditar que sim, mas acho que o voto da terceira via será pulverizado em vários candidatos.
Não. As eleições presidenciais serão cada vez mais polarizadas entre Bolsonaro e Lula.

  1. Doações ao Instituto Lula
    Acusação: Doações ao Instituto Lula feitas pela Odebrecht configurariam uma retribuição aos favorecimentos proporcionados pelo ex-presidente para a construtota.

Resultado: O caso não chegou a receber uma sentença. Com a suspeição do ex-juiz Sergio Moro confirmada pelo STF, a denúncia seguiu para a 10.ª Vara Federal do Distrito Federal. O MPF preparava uma nova denúncia, mas em setembro deste ano, o ministro Ricardo Lewandowski (STF) suspendeu o andamento, em liminar, por considerar imprestáveis as provas entregues pela Odebrecht em acordo de leniência.

  1. Terreno para o Instituto Lula
    Acusação: A compra de um terreno em São Paulo, no valor de R$ 12 milhões, seria uma forma encontrada pela Odebrecht para pagar propina ao ex-presidente. O imóvel seria utilizado para construir uma nova sede para o Instituto Lula.

Resultado: O caso não chegou a receber uma sentença. Com a suspeição de Moro confirmada pelo STF, a denúncia seguiu para a 10.ª Vara Federal do Distrito Federal. O MP preparava uma nova denúncia, mas em setembro deste ano, o ministro Ricardo Lewandowski (STF) suspendeu o andamento, em liminar, por considerar imprestáveis as provas entregues pela Odebrecht em acordo de leniência.

  1. Sítio de Atibaia
    Acusação: Obras em um sítio de Atibaia (SP) configuraria crime de corrupção e lavagem de dinheiro, segundo a denúncia da acusação. O sítio não pertencia formalmente ao ex-presidente, mas ele usava o local com tanta frequência que chegou a levar para lá parte de seu acervo pessoal. A empreiteiras Odebrecht e OAS teriam custeado as reformas do local, em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras.

Resultado: Lula havia sido condenado a 12 anos e 11 meses de prisão. Na segunda instância, o TRF-4 havia aumentado a pena para 17 anos, 1 mês e 10 dias. Com a suspeição de Moro declarada pelo STF, as denúncias foram anuladas. O caso recomeçou do zero na 12.ª Vara Federal do Distrito Federal. Mas, em agosto, a juíza Pollyanna Martins Alves alegou “falta de elementos comprobatórios” e rejeitou a denúncia.

  1. Triplex de Guarujá
    Acusação: O triplex teria sido reformado pela empreiteira OAS em troca de benefícios indevidos para a empreiteira em contratos.

Resultado: Lula foi condenado por Moro na primeira instância. No TRF-4, a pena havia sido estabelecida em 17 anos, 1 mês e 10 dias. Em abril de 2019, ao confirmar a condenação, o STJ havia reduzido o prazo para 12 anos e 11 meses de prisão. Mas, assim como no caso do sítio, com a suspeição de Moro declarada pelo STF, as denúncias foram anuladas.

  1. Caças Gripen
    Acusação: Segundo o Ministério Público Federal, as supostas negociações irregulares envolvendo a aquisição de caças Gripen caracterizariam tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Situação atual: Depois que a defesa de Lula solicitou a suspeição dos procuradores da República envolvidos no caso, o depoimento do ex-presidente foi suspenso.

  1. Crédito do BNDES para Odebrecht em Angola
    Acusação: Com base na delação premiada de executivos da Odebrecht, Lula foi acusado de lavagem de dinheiro recebido da construtora por influenciar a ampliação de uma linha de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) em Angola.

Resultado: Em 6 de setembro de 2021, juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, encerrou ação penal por falta de justa causa, após absolvição no quadrilhão do PT e suspeição de Sergio Moro no caso do triplex.

  1. Lavagem de dinheiro da ARG
    Acusação: Em 2011, o Instituto Lula teria lavado dinheiro ao receber uma doação em troca de o ex-presidente petista ter intercedido junto ao presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, para que a construtora ARG fosse selecionada para construir uma estrada no país.

Resultado: em junho, o desembargador do TRF-3 Paulo Fontes determinou a suspensão do processo com base na decisão que acatou a suspeição de Sergio Moro. Em agosto, o tribunal trancou a ação penal, acolhendo tese da defesa de que a investigação foi contaminada pela parcialidade de Sergio Moro.

  1. Suposto favorecimento à Odebrecht em Angola
    Acusação: O Ministério Público Federal acusava o ex-presidente Lula de atuar junto ao BNDES a fim de favorecer a Odebrecht em empréstimos para obras em Angola. Os pagamentos aos envolvidos somariam R$ 30 milhões.

Resultado: O processo foi trancado pelo TRF-1 em setembro de 2020.

  1. Ajuda da Odebrecht para o filho caçula de Lula
    Acusação: Lula teria solicitado ajuda a Emílio Odebrecht para lançar a carreira empresarial de Luís Cláudio, seu filho caçula. A ação era baseada na colaboração premiada do próprio Emílio Odebrecht e de Alexandrino Alencar, ex-executivo do grupo.

Resultado: Acusação arquivada em dezembro de 2020.

  1. Patrocínio da Odebrecht para a revista Carta Capital
    Acusação: Os contratos de patrocínio da Odebrecht com a revista Carta Capital seriam ilegais.

Resultado: Arquivamento solicitado pela Polícia Federal e acatado pela 10.ª Vara Criminal Federal de São Paulo em setembro de 2020.

  1. Suposto favorecimento à OAS na Costa Rica
    Acusação: Lula era acusado de tráfico internacional de influência e corrupção ao tentar influenciar políticos da Costa Rica a contratarem a OAS. O então presidente da construtora, Léo Pinheiro, havia dito inicialmente que pagou por palestras de Lula como forma de pagar pela suposta ajuda do petista; e depois disse que não se tratou de vantagem indevida.

Resultado: Investigação trancada por prescrição.

  1. Palestras de Lula
    Acusação: suspeita da prática de crimes envolvendo as palestras ministradas pelo ex-presidente Lula a diversas empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato.

Resultado: arquivamento a pedido do MP por falta de provas, em setembro de 2018.

  1. Ofensa de Lula contra Bolsonaro
    Acusação: é uma das poucas investigações contra Lula que não teve relação com a Lava Jato. O petista teria se enquadrado desrespeitado a Lei de Segurança Nacional ao declarar que o presidente Jair Bolsonaro é “um miliciano” responsável “pela morte da Marielle [Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro]”.

Resultado: O inquérito foi arquivado em maio de 2020.


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SENADORES DA CPI DA COVID QUEREM INVESTIGAR USUÁRIOS DE REDES SOCIAIS

 

Na esteira do STF
Por
Leonardo Desideri – Gazeta do Povo
Brasília

CPI da Covid pediu à Polícia Legislativa que investigue supostos ataques contra senadores nas redes sociais.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Nos últimos dias, senadores que participam da CPI da Covid-19 pediram à Polícia Legislativa do Senado, em duas ocasiões diferentes, que investigue supostos ataques contra parlamentares ocorridos nas redes sociais. As circunstâncias dos pedidos guardam paralelos com o que ocorre no inquérito das fake news, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na quarta-feira (29), o senador Rogério Carvalho (PT-SE) pediu que a Polícia Legislativa faça um rastreamento em contas de redes sociais que interagiram com integrantes da CPI. Ele alegou que houve um ataque de robôs virtuais para ofender os parlamentares, “uma ação orquestrada exatamente no dia do depoimento de Hang”.

Já o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), na quinta (30), pediu à polícia do Senado que apure ofensas feitas a ele via Twitter pelo empresário Otávio Oscar Fakhoury, que é depoente na CPI. A acusação é de crime de homofobia.

Para Andrew Fernandes Farias, especialista em Direito Processual, independentemente da gravidade dos eventuais crimes praticados, a atribuição de investigar ataques feitos via redes sociais não é da Polícia Legislativa, que deve se ater a situações ocorridas dentro das dependências do Senado.

“A Polícia Legislativa vai investigar os crimes que acontecerem no interior na dependência da Casa Legislativa. É intramuros a atribuição deles, e não extramuros”, diz.

O advogado observa que a finalidade constitucional da existência de uma polícia legislativa é preservar a independência e a incolumidade do Poder Legislativo – para evitar, por exemplo, que se exerça um ataque violento contra as dependências físicas do Senado.

Em seu artigo 52, a Constituição permite ao Senado criar sua própria polícia. A forma de atuação dessa polícia está especificada no Regulamento Administrativo do Senado Federal, que prevê que a Polícia Legislativa poderá fazer a “a apuração das infrações penais ocorridas nas dependências sob a responsabilidade do Senado Federal”.

“Não é tudo que eles vão investigar. Tem que estar em harmonia e em consonância com a teleologia constitucional, com o objetivo constitucional. Qual é a finalidade constitucional? Garantir a independência da Casa Legislativa. Por exemplo, aconteceu um furto dentro do Senado Federal, dentro da Câmara. Ok, isso se investiga lá. Eles têm uma atribuição para investigar isso”, explica. “Tem que se verificar se foi uma infração penal que ocorreu no interior das dependências da Casa Legislativa. Senão, me parece que não deve ter atribuição para investigar”, acrescenta.

Para o especialista, pedir à Polícia Legislativa que investigue supostos crimes ocorridos fora da dependência física do Senado é inconstitucional. “É até antirrepublicano. O critério não é mais dentro da dependência? O critério é quando a vítima for um parlamentar?”, questiona.

Liberdade de expressão não ser direito absoluto vira pretexto para abusos
Paralelo dos senadores com STF e o inquérito das fake news é evidente
A discussão sobre a constitucionalidade da abertura de investigações pela Polícia Legislativa remete a outra polêmica recente: à do inquérito das fake news instaurado pelo STF. O paralelo entre as duas situações é evidente.

Em março de 2019, a própria Corte instaurou esse inquérito para investigar ofensas, ameaças e notícias falsas contra o Tribunal. Para fundamentar as investigações, o STF se fundamentou no poder de polícia judiciária previsto no artigo 43 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, segundo o qual “ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente instaurará inquérito”.

Uma das diversas controvérsias do inquérito foi que o STF relativizou, em sua argumentação, o que se entende como “dependência” da Corte. Agora, a mesma lógica parece estar sendo seguida por senadores.

Em 2020, o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a constitucionalidade do “inquérito das fake news”, definindo que ele é constitucional. As sustentações orais daquela época contrárias ao entendimento do STF mostravam como o inquérito das fake news é questionável do ponto de vista da Constituição.

Luiz Gustavo Pereira da Cunha, advogado representante do PTB e responsável por uma das sustentações orais do julgamento, afirmou que “o poder de polícia do Supremo, fora de suas dependências territoriais” é ilegal e inconstitucional. “O poder de polícia está limitado às dependências ou sede do tribunal, nada além disso. Há um limite geográfico, uma competência territorial para o inquérito, limite e competência impostas pela letra do regimento interno”, disse ao tribunal.

Já o então advogado-geral da União, José Levi Mello, também foi crítico ao inquérito e recomendou ao Tribunal “não criminalizar a liberdade de expressão ou a liberdade de imprensa, inclusive e em especial na internet”. Aconselhou ainda ao STF que, “na dúvida entre a liberdade de expressão e uma possível e alegada fake news”, assegure a liberdade de expressão.

Outro problema do inquérito, como apontou uma reportagem da Gazeta do Povo de 2020, é o caráter arbitrário do Supremo ao se posicionar simultaneamente como vítima, acusador e juiz. “Talvez seja o único inquérito no Brasil em que o mesmo juiz é vítima, investiga, julga, pede e defere medidas”, disse, naquele momento, o advogado criminalista João Paulo Boaventura. “Apesar de ter boas intenções, a forma é completamente inconstitucional”, acrescentou.


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PETROBRAS DIZ QUE NÃO VAI SEGURAR PREÇOS

 

Combustível
Por Gazeta do Povo

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.| Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

A chance de a Petrobras segurar os preços dos combustíveis para, assim, ajudar no combate à inflação é “nenhuma”, disse o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna.

“A chance disso [segurar preços] acontecer é nenhuma”, disse o executivo em entrevista à agência Reuters. “Eu considero zero. A Petrobras é uma empresa muito bem regulada, com normas de conformidade. Nenhum colegiado vai aprovar uma coisa dessas.”

A Petrobras foi usada como ferramenta no controle da inflação durante o governo de Dilma Rousseff (PT), acumulando prejuízos bilionários ao não reajustar preços em meio a aumentos na cotação do petróleo no exterior.

“Nosso presidente [Jair Bolsonaro], ministro de Minas e Energia [Bento Albuquerque], ministro da Economia [Paulo Guedes], todos estão convencidos que isso [segurar preços] não é solução, é destruição do esforço que foi feito para recuperar a companhia”, afirmou Silva e Luna à Reuters.

A semana que passou foi marcada pelo reajuste de quase 9% no diesel nas refinarias, promovido pela Petrobras, e por declarações do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre os preços dos combustíveis. Lira criticou a Petrobras e o ICMS dos estados, falou em votar projeto para fixar o imposto em reais por litro, e mais tarde ele e Bolsonaro defenderam a criação de um fundo regulador para estabilizar os preços.


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O MUNDO ESTÁ EM CRISE DE ENERGIA

 


  1. Internacional
     

Um choque de energia, entre a pandemia e a COP26, era tudo de que o mundo não precisava

Lourival Sant’Anna*, O Estado de S.Paulo

Uma crise energética bate à porta do mundo, com impacto ainda impossível de medir sobre a retomada da atividade econômica e a reorganização das cadeias de valor e da logística pós-pandemia, o descompasso já existente entre demanda e oferta em um grande número de setores, com as decorrentes pressões inflacionárias, e a transição de combustíveis fósseis para fontes renováveis de energia. A Ásia e a Europa são as regiões mais atingidas, mas o efeito dominó já atinge os EUA e a economia global.

O último inverno na Europa e nos EUA foi mais rigoroso do que de costume. A primavera europeia também foi mais fria e o verão asiático, mais quente. Tudo isso causou aumento na demanda de gás natural, usado no aquecimento das casas e escritórios e na geração de energia elétrica consumida pelos aparelhos de ar condicionado. Neste momento, a demanda é impulsionada pela formação de estoque para mais um inverno no Hemisfério Norte.

Europa e China estão reduzindo o uso do carvão na geração de energia, para cumprir suas metas de emissão de gás carbônico. Na conferência virtual da ONU sobre mudança climática, em dezembro do ano passado, o presidente Xi Jinping anunciou até 2030 o corte de mais de 65% das emissões por unidade de PIB, em relação ao nível de 2005. A China é o maior emissor de gases do efeito estufa do mundo. PUBLICIDADE

A decisão abrupta está relacionada com a disputa por projeção internacional com os EUA, que passariam no mês seguinte a ser governados por Joe Biden, com a questão ambiental no topo da agenda. Quatro meses depois, na Cúpula do Clima promovida pelo presidente americano, Xi se colocaria na posição confortável de ter anunciado sua ambiciosa meta antes das gestões de seu novo adversário.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, que supervisiona o setor, anunciou que das 30 províncias e regiões chinesas, 20 não alcançaram suas metas de redução de energia no primeiro semestre. Em meados de setembro, a agência anunciou punições mais duras para as regiões que não cumprissem suas metas, incluindo as autoridades locais. 

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Um choque de energia, entre a pandemia e a COP26, era tudo de que o mundo não precisava Foto: Romeo Ranoco/REUTERS

Foi a senha para elas reduzirem o uso do carvão, resultando em racionamentos e blecautes. Fábricas interromperam suas produções, incluindo fornecedoras de empresas como Apple e Tesla. Em decorrência, o PIB chinês pode crescer 1 ponto porcentual a menos neste trimestre. 

A China e a Europa investem há anos na energia eólica e solar, que sofreram notável barateamento. Mas uma decisão abrupta como a de Xi desmonta qualquer planejamento. Na Europa, os ventos no segundo trimestre foram os mais fracos nos últimos 20 anos, prejudicando a geração de energia eólica. 

O aumento da demanda por gás natural na Europa para fazer frente a todas essas pressões coincidiu com a conclusão do gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia à Alemanha. Mais de 60% do gás consumido na União Europeia é importado. A Rússia é o maior fornecedor, com 40% dessa fatia. 

A Gazprom suspendeu o fornecimento do gás por meio de seus gasodutos na Ucrânia – adversária da Rússia – como forma de pressionar a Bundesnetzagentur, a agência reguladora alemã, a apressar a autorização do Nord Stream 2, que pode levar meses.

O preço do gás subiu 250% este ano na Europa e 180% nos últimos 12 meses nos EUA. Em média, nesse período, a relação oferta-demanda continuou estável no mercado interno americano. Foram as exportações, para atender aos mercados da Europa e da Ásia, que subiram 65 este ano. O Federal Reserve reconheceu que a pressão inflacionária resultante pode abreviar sua política de estímulo à liquidez.

A energia é a base de toda a atividade econômica. Sua escassez afeta a produção e o transporte de alimentos, matérias primas, componentes e produtos acabados. Um choque de energia, entre a pandemia e a COP26 (conferência da ONU sobre o clima, daqui a um mês em Glasgow), era tudo de que o mundo não precisava.

* É COLUNISTA DO ‘ESTADÃO’ E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

VIAGENS E TURISMO ATRAVÉS DOS TEMPOS

 


  1. Cultura
     

‘Nos intervalos de seriados como Bonanza, acompanhávamos a saga de Urashima Taro. Não se lembra? Provavelmente, você é jovem. Procure a história da tartaruga que ele curou no Google’

Leandro Karnal, O Estado de S.Paulo

A maioria das pessoas nascia e morria em um mesmo lugar no mundo antigo e medieval. Raros humanos teriam conhecido mais do que alguns quilômetros fora da sua casa. Viagens eram incomuns e penosas. São Bento escreveu contra monges que iam de um lugar a outro. Chamou-os por um adjetivo que é quase um xingamento: giróvagos. Os chamados “ciganos” eram atacados continuamente. Pessoas “respeitáveis” estavam sempre no mesmo lugar. Sua aldeia era segura. Todos eram estrangeiros fora dela. O que vinha de fora era um risco. 

Exceções? Quando muito, havia comerciantes e um punhado de peregrinos em lugares sagrados como Santiago de Compostela. Conhecer terras distantes começa a crescer com os relatos de Marco Polo e suas incursões maravilhosas pela Ásia. As Cruzadas criaram rotas comerciais, religiosas e de horizontes novos. As grandes navegações da Idade Moderna alargaram tudo. Narrativas de riquezas da América estavam nas feiras. O resgate do imperador inca, Atahualpa, foi contado muitas vezes. Uma sala grande com ouro até o teto! 

Avancemos ao século 18. A elite inglesa tinha um programa obrigatório para seus rebentos dourados. O aristocrata deveria fazer uma viagem pela Europa, especialmente em lugares marcados pela presença da cultura clássica e do Renascimento. Era o “grand tour”, um rito quase obrigatório, uma forma laica de peregrinação que incluía Veneza, Florença e Roma. Levavam tutores, por vezes eruditos, guias escritos sobre os lugares e inauguraram a forma contemporânea de turismo, palavra associada ao “tour” inglês. Não traziam fotos, claro. Os baús retornavam às ilhas britânicas com quadros, antiguidades e mapas comprados em lugares de reputação variada. A viagem daria base para conversas futuras nas rodas da alta sociedade. O trajeto marcava o “quem é quem” da sociedade. PUBLICIDADE

No século 19, com a difusão de cartões-postais, o turismo recebeu outro aporte: viajava-se para ver aquilo que a foto mostrava. As exposições mundiais de Paris (1889 e 1900), por exemplo, transformaram a torre Eiffel em referência obrigatória. Em um mundo sem muita luz, a iluminação elétrica de uma estrutura com mais de 300 metros deveria ser algo estonteante. As elites ocidentais tinham descoberto hotéis e grandes destinos. Crescia o hábito de viajar em barcos a vapor e, logo, aviões. 

A jovem leitora e o jovem leitor não imaginarão o que contarei. Alguém ia viajar até a Europa em 1970, por exemplo? Dava-se uma festa de “bota-fora”. Os “argonautas” se despediam de todos, recebiam encomendas e conselhos: “Se for a Londres, coma em tal lugar”. Depois, no dia do embarque, uma pequena multidão acompanhava os bravos até o aeroporto. Aproveitava-se para tomar um café expresso, algo que muitos conheceram em Congonhas, por exemplo. As medidas de segurança eram muito mais fracas do que hoje. As mulheres embarcavam com “frasqueiras” repletas de líquidos. Dependendo da época e da pressurização ou não da aeronave, havia um saquinho plástico para as canetas-tinteiro. Poderiam estourar no voo! 

Os anos avançam… Toda vez que eu pegava uma mísera barrinha de cereal, lembrava-me das refeições da Varig. Comi com talheres de metal, tomei bons vinhos a bordo da classe econômica, recebi guardanapos de pano. Imaginava como seria na executiva ou na primeira classe. A revista Ícaro era linda. Havia propagandas da companhia aérea na televisão com um voo para o Japão. Lembro-me do jingle até hoje. Nos intervalos de seriados como Bonanza, acompanhávamos a saga de Urashima Taro. Não se lembra?

Provavelmente, você é jovem. Procure a história da tartaruga que ele curou no Google. Aproveite o impulso retrô e escute “Estrela brasileira no céu azul, iluminando de Norte a Sul, mensagens de amor e paz, nasceu Jesus, chegou o Natal! Papai Noel voando a jato pelo céu, trazendo um Natal, de felicidades, e um ano-novo cheio de prosperidade”. 

O turismo expandiu-se. Deixou de ser coisa exclusiva de uma elite. Movimenta massas. É um campo econômico vital. Cresceu tanto que despertou um neologismo: turismofobia, sentimento forte em lugares como Barcelona ou Paris. Legiões de turistas entopem calçadas e museus. Trazem dinheiro, claro, e fazem os preços subir. Formam filas em lojas de grife disputando bolsas. O turista clássico está sempre perdido, pedindo informações e querendo que alguém o ajude com uma foto. Alegram um setor da economia e infernizam outros. 

Bandeira do Brasil
Segundo a professora do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC, Ana Burcharth, “o Brasil se mantém entre os países com melhor perspectiva de investimento futuro” Foto: Dida Sampaio/Estadão

Há alguns anos, lembro-me, muitos ironizavam turistas orientais, especialmente japoneses. Andavam em grupo e fotografavam muito. Ouvi de mais de um guia na Europa: “Eles viajam para fotografar”. Formularam-se hipóteses para explicar aquele simpático senhor nipônico de chapéu com uma máquina em disparos constantes. Ele era apenas a vanguarda. O mundo inteiro hoje viaja para fotografar e postar. Os orientais anunciaram a tendência: mais importante do que o monumento, a comida ou o quadro do museu é a foto com ele. 

Não sou dos que cultivam um saudosismo ou dos que imaginam uma suposta idade dourada. Pelo contrário, vi com alegria a expansão das viagens aéreas para mais pessoas. Pergunto-me, seja você um rico da primeira classe ou alguém que pagou sua ponte aérea em dez vezes, qual o motivo do deslocamento? Em breve, talvez, voltemos a fazer mais viagens. Vamos “turistar” de novo! Resta pensar seriamente: por quê?  

*Leandro Karnal é historiador, escritor, membro da Academia Paulista de Letras, autor de A Coragem da Esperança, entre outros

APROVEITAMENTO DO CELULAR VELHO ENCOSTADO

 

Celular novo nem sempre é sinônimo de que o seu aparelho antigo não tem mais serventia

 Por J. D. Biersdorfer – The New York Times

Celular novo nem sempre é sinônimo de que o seu aparelho antigo não tem mais serventia 

Celular novo nem sempre é sinônimo de que o seu aparelho antigo não tem mais serventia PUBLICIDADE

Depois de comprar um novo smartphone ou tablet, resta a você uma decisão: o que fazer com seu antigo dispositivo? Vender, doar ou reciclar um equipamento que não vai mais ser usado são opções populares, assim como passar um telefone que ainda funciona para um familiar. Mas você tem inúmeras outras maneiras de encontrar outros usos proveitosos de um hardware antigo sem investir muito dinheiro nisso.

Aqui estão algumas ideias de como aproveitar melhor seu dispositivo relegado:

Transforme-o em um reprodutor de mídias

Precisa de uma televisão extra na cozinha ou no home office? Se você contratar uma TV por assinatura ou um serviço de streaming, seu telefone ou tablet antigo pode assumir esse posto. Basta baixar o aplicativo da operadora de TV ou do serviço de streaming (Amazon Prime VideoDisney +Netflix ou qualquer outro) e fazer login em sua conta. Deixe o dispositivo perto de uma tomada para que ele possa funcionar com energia elétrica enquanto você assiste, já que há boas chances de a bateria de seu dispositivo antigo não estar nas melhores condições.

Da mesma forma, você pode deixar seu telefone antigo em um suporte multifuncional que faz as vezes de alto-falante, mas também carregador e ter um sistema de som na estante para escutar músicas e podcasts. Ou você pode manter o telefone conectado ao carregador e transmitir música para uma caixa de som portátil sem fio por perto via bluetooth. Os suportes multifuncionais elétricos para celulares podem ser encontrados na internet e há uma grande variedade de produtos disponíveis.

E mesmo que precisem permanecer conectados ao carregador, tablets antigos também funcionam como bons leitores de livros digitais ou porta-retratos digitais para exibir uma sequência de imagens.

Controle universal

Eletrodomésticos inteligentes, bibliotecas de música, televisões conectadas à internet — tantas coisas podem ser controladas por aplicativos atualmente, então, que tal converter seu telefone ou tablet antigo em um controle remoto universal? Existe uma grande variedade de aplicativos de controle remoto de terceiros disponíveis, mas muitas empresas de tecnologia (AmazonAppleGoogleLGRoku Samsung, para citar algumas) têm seus próprios programas. Basta dar uma olhada na sua loja de aplicativos para encontrar um software que corresponda ao seu hardware.

E mesmo se você ainda não tiver perdido o minúsculo controle remoto que veio com o set-top do aparelho, o teclado na tela incluído na maioria dos aplicativos facilita na hora de digitar senhas. (A Apple, que costumava ter um aplicativo de controle remoto independente, incorporou o software de controle remoto da Apple TV ao sistema operacional no iOS 12, mas ainda tem um aplicativo de controle remoto iTunes para os usuários de iPhone/iPad terem acesso a suas coleções de músicas no iTunes armazenadas em Macs e PCs).

Divirta-se jogando

Dependendo do processador e do estado da bateria, você pode dar um novo destino ao seu antigo dispositivo usando-o para jogar. Apagar todos os dados antigos para usá-lo dá a você mais espaço para baixar e armazenar novos jogos.

Jogar games antigos em seu velho telefone talvez tenha um apelo nostálgico e é possível encontrar muitos clássicos transformados em apps para celulares na loja de aplicativos. E você não precisa se limitar a jogos autônomos. Serviços de assinatura como o Apple Arcade e o Stadia do Google podem rodar em muitos dispositivos móveis e você pode transmitir seus games (e outros vídeos) para uma tela maior se estiver usando o Google Chromecast no modo de jogos ou o sistema Airplay para espelhar a tela de um dispositivo da Apple na Apple TV.

Se nunca lhe passou pela cabeça usar o touch screen para jogar, considere encaixar botões de controle especiais em seu antigo telefone; os botões direcionais (D-pad) e os thumbsticks dão um toque a mais na hora do game. 

Entretenimento e Educação

Se você decidiu que seu filho pode usar um telefone ou tablet de segunda mão para jogos e aplicativos educacionais, tire um tempinho para verificar as configurações antes de entregar o dispositivo a ele e, assim, proteger vocês dois. Primeiro, visite a área de configurações e apague as informações pessoais do antigo dono.

Em seguida, crie uma conta para a criança e configure os controles parentais para o tempo de tela, compras de aplicativos e acesso à internet. Os sistemas operacionais para Amazon, Android, Apple e Samsung incluem configurações de controle parental semelhantes.

Se o telefone ainda tiver uma câmera que funciona (e for capaz de manter a carga por uma hora ou mais), você também pode usá-lo para ensinar os fundamentos da fotografia. Colocar crédito na conta da loja de aplicativos da criança com um vale-presente pré-pago pode ajudar na compreensão de habilidades como o gerenciamento de dinheiro. E se a bateria velha do dispositivo acabar depois de uma hora, você pode dar explicações a respeito de gerenciamento de tempo./TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

MARKETING DIGITAL PARA EVENTOS

 

Even3 – Leandro Reinaux

Estratégias do universo digital estão ajudando na reinvenção do setor de eventos em formatos online, que viraram uma das principais estratégias de comunicação de empresas e instituições de ensino diante das limitações físicas impostas pela pandemia

Os eventos online vieram para ficar. Segundo uma pesquisa realizada pelo LinkedIn com 200 organizadores de ativações B2B no país, 83% dos participantes vão continuar trabalhando com esse modelo nos próximos doze meses ou mais, e 93% acreditam que a tendência vai continuar no futuro. Pensando nisso, o especialista Leandro Reinaux, CEO e cofundador da Even3, startup que simplifica eventos online, elencou sete dicas de marketing digital para impulsionar a participação e engajamento desse formato virtual em 2021.

“Para o sucesso do evento online, é importante não só utilizar tecnologia para simplificar o processo, como estratégias de marketing digital – fundamentais hoje para qualquer negócio. Não basta criar o evento com a melhor programação, os melhores palestrantes e a melhor ferramenta se você não conseguir alcançar o seu público de interesse. Por isso, as ações para promoção do evento e da empresa ou organizador são tão importantes”, explica Leandro. 

Confira as dicas: 

Invista em Marketing de Conteúdo

O marketing de conteúdo é hoje a estratégia mais utilizada por empresas do mundo todo para captar novos clientes. “Com o marketing de conteúdo, você pode engajar mais seu público, aumentar a taxa de atração e retenção de clientes, e, sobretudo, torna-se referência no seu segmento de atuação”, acrescenta. 

Você pode fornecer ao seu público conteúdos úteis e relevantes, como os temas que serão abordados nas palestras, sua importância, a grade de programação do evento, os palestrantes em destaque, entre outros. Assim, além de gerar valor, também é possível aumentar as vendas de entradas para o seu evento. Não se esqueça de que a divulgação precisa ser direcionada para um público específico/de interesse. 

Utiliza o site da Valeon para seu evento 

Além de garantir melhor fluxo das informações, um site para o evento permite que o mesmo seja encontrado pelas ferramentas de busca, como o Google. Dessa forma, fica ainda mais fácil do público encontrar seu evento, participar e ter acesso a todo o conteúdo.

Marque presença nas redes sociais

Segundo um estudo realizado pela Rock Content, 91,3% dos internautas acessam suas redes sociais diariamente. E, dentre as redes sociais mais utilizadas, o Instagram e o Facebook ganham disparadamente das demais, com 92,5% e 92,1% respectivamente de usuários ativos e a Startup Valeon participa ativamente das redes sociais.

Além do compartilhamento de conteúdo relevante sobre o evento, as redes sociais devem ser utilizadas como uma ponte de relacionamento com o seu público – para isso, identifique seu público e em qual ou quais redes sociais ele está presente. 

Anúncios patrocinados

Segundo a pesquisa do The Boston Consulting Group, 56% dos usuários da internet estão propensos a clicar em um anúncio. Diferentemente das mídias de massa, as mídias digitais possibilitam anúncios por um custo menor.

Neste meio, é possível segmentar os anúncios conforme gênero, idade, localização, hábitos de consumo e comportamentais, dentre uma série de outros fatores nas diferentes redes sociais. “É importante considerar que o canal ideal para investir em mídia vai variar conforme o público e a área de atuação”, acrescenta Leandro. A Startup Valeon é canal ideal para o seu investimento nas mídias sociais e essa máquina de vendas vai ajudar muito para alavancar as suas vendas.

Aposte no e-mail marketing

O e-mail não morreu, pelo contrário. De acordo com a Rock Content, em 2018, 97,6% dos usuários da internet possuem e-mail e 95,9% acessam diariamente sua caixa de entrada. Além disso, 76,8% das pessoas já efetuaram alguma compra por causa de um e-mail marketing que receberam.

“A principal vantagem é gerar relacionamento com o público de forma direta, por isso, o conteúdo deve ser totalmente personalizado e pode variar conforme o perfil ao qual você direciona a mensagem”. 

Landing Pages da Valeon

Outra alternativa é criar uma Landing Page. Nela é possível inserir informações detalhadas sobre o evento para os participantes e potenciais participantes – tudo de forma personalizada. Além disso, uma página de destino é fundamental para consultar informações sobre o evento. É possível combinar a estratégia com o e-mail marketing, por exemplo. 

Realizar Webinars

Na prática, webinars são transmissões online que permitem especialistas compartilharem conhecimento por meio de vídeo e áudio. Geralmente webinars possuem um espaço de chat onde os ouvintes podem enviar dúvidas ou perguntas.

“Se você estiver planejando um evento de grande porte pode ser interessante criar alguns webinars para conversar com potenciais interessados. É uma forma de fomentar a expectativa dos participantes e tirar dúvidas”, finaliza Leandro. 

PITCH DA ValeOn

1 – PROBLEMAS QUE A STARTUP ValeOn RESOLVE:

A dinâmica empresarial cria fluxos no qual a população busca por produtos e serviços cada vez mais especializados. Desse modo a dinâmica e a rede comercial gera interferências em todas as cidades aqui do Vale do Aço.

Existem as mudanças de costumes e hábitos inseridos na sociedade que por meio das tecnologias acessíveis e do marketing chegam até aos menores lugares, levando o ideário de consumismo e facilitando que esses locais igualmente tenham oportunidade de acesso aos diversos produtos.

A facilidade no acesso as novas tecnologias, à propaganda e estímulo ao consumismo fazem com que mesmo, com o comércio físico existente nessas cidades, ocorra a difusão das compras por meio da internet.

O setor terciário agrega as atividades que não fazem e nem reestruturaram objetos físicos e que se concretizam no momento em que são realizadas, dividindo-se em categorias (comércio varejista e atacadista, prestação de serviços, atividades de educação, profissionais liberais, sistema financeiro, marketing, etc.)

Queremos destacar a área de marketing que é o nosso negócio que contribui na ampliação do leque de informações através da publicidade e propaganda das Empresas, Serviços e Profissionais da nossa região através do site que é uma Plataforma Comercial da Startup ValeOn.

A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.

Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.

A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

2 – O QUE FAZ A STARTUP ValeOn

A Statup ValeOn através do seu site que é uma Plataforma Comercial feita para fazer publicidade e propaganda online das Empresas, Serviços e Profissionais Liberais da região do Vale do Aço para as suas 27 (vinte e sete) cidades.

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

3 – VALEON É UM MARKETPLACE – QUE FAZ UM MARKETPLACE?

Marketplace é um site de comércio eletrônico no qual são anunciados produtos das empresas, serviços e profissionais liberais dos parceiros anunciantes.

Um marketplace funciona como um shopping virtual e dessa forma as vantagens desse modelo de negócio atinge todos os envolvidos.

Os consumidores podem comparar os preços, orçamentos e avaliações de vários profissionais nesta vitrine online de conquistar mais clientes.

Marketplace é na realidade uma junção de palavras: Market (mercado em inglês) e Place (lugar em inglês). É basicamente, um lugar onde se faz comércio.

O marketplace remete a um conceito mais coletivo de vendas online. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus produtos dando aos consumidores um leque de opções.

4 –  MERCADO DA STARTUP ValeOn

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

  • Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;
  • Temos excelente custo x benefício;
  • Nossos sites: (https://valedoacoonline.com.br/ e https://valeonnoticias.com.br/) têm grande penetração no mercado consumidor com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado;
  • A nossa Plataforma Comercial ValeOn permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;
  • Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;
  • O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;
  • A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;
  • Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.

5 – DIFERENCIAL DA STARTUP ValeOn?

  • Eficiência: A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
  • Acessibilidade: A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
  • Abrangência: A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
  • Comprometimento: A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Vale do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

6 – OBJETIVOS FUTUROS DA STARTUP ValeOn

Vamos tornar a nossa marca ValeOn conhecida em toda a região como uma forma de ser desenvolvedora do comércio da região e também de alavancar as vendas do comércio local.

7 – DESCRIÇÃO DA STARTUP ValeOn

A Plataforma Comercial da ValeOn é um site moderno, responsivo, profissional, projetado para atender às necessidades dos serviços da região onde existem várias formas de busca: por cidades, por empresas, por produtos, por atividades, por município e por procura.

Detalhe interessante dessa inovação da ValeOn é que os lojistas/prestadores de serviços/profissionais autônomos inscritos na Plataforma não precisarão fazer nenhuma publicidade ou propaganda, quem o fará é a equipe da ValeOn responsável pela plataforma.

Sobre a publicidade de divulgação dos nossos clientes será feita em todas as redes sociais: Facebook, Instagran, WhatsApp, Google, Linkedin, Rádios locais, Jornais locais e onde for possível fazê-la.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

8- EQUIPE DA ValeOn

Somos PROFISSIONAIS ao extremo o nosso objetivo é oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes e respeitando a sociedade e o meio ambiente.

Temos EXPERIÊNCIA suficiente para resolver as necessidades dos nossos clientes de forma simples e direta tendo como base a alta tecnologia dos nossos serviços e graças à nossa equipe técnica altamente especializada.

A criação da startup ValeOn adveio de uma situação de GESTÃO ESTRATÉGICA apropriada para atender a todos os nichos de mercado da região e especialmente os pequenos empresários que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.

Temos CONHECIMENTO do que estamos fazendo e viemos com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos desenvolvendo soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

9 – CONTATOS

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

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