quarta-feira, 15 de setembro de 2021

COMBUSTÍVEL CARO SEM EXPLICAÇÕES CONVINCENTES

 

Editorial
O combustível caro e as respostas simplistas
Por
Gazeta do Povo

Bomba de combustivel em posto da Petrobras – frentista – alcool – gasolina

Preço da gasolina vem subindo ao longo de 2021.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

A transformação do plenário da Câmara dos Deputados em comissão geral para ouvir o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, em pouco ajudou a esclarecer os verdadeiros motivos dos preços altos dos combustíveis praticados no Brasil. Vários dos participantes dedicaram-se à tarefa de culpar os outros: enquanto o próprio Silva e Luna afirmou que o problema estava nos impostos estaduais, deputados de oposição culpavam única e exclusivamente a Petrobras e o governo federal. A realidade, no entanto, é muito mais complexa, cheia de nuances e, infelizmente, não oferece perspectivas muito otimistas para que os combustíveis fiquem mais baratos no curto prazo.

Que a tributação corresponde a parte significativa do preço final dos combustíveis é inegável. O ICMS, estadual, além de PIS, Cofins e Cide, que são federais, correspondem a algo entre um quarto (no caso do diesel) e quase metade (no caso da gasolina) do valor pago na bomba – um efeito perverso de um sistema tributário que onera demais a produção e o consumo. Também não há questionamento sobre o fato de o ICMS ter peso bem maior que os tributos federais na composição do preço final do combustível. E, como os impostos federais têm valor fixo para cada metro cúbico, enquanto o ICMS é cobrado como porcentagem do preço do combustível, quando o produto fica mais caro na bomba o valor em reais da Cide e do PIS/Cofins permanece o mesmo, enquanto o do ICMS sobe, mesmo que os governos não mexam nas alíquotas – e, de fato, elas têm se mantido estáveis no passado recente. Isso reforça a impressão (equivocada) de que os estados estariam “aumentando os impostos” sobre os combustíveis, transformando governadores em vidraças óbvias. Daí a pressão para que os estados reduzam a tributação para deixar os combustíveis mais baratos.

Os dois fatores realmente decisivos para os aumentos recentes dos combustíveis são o preço do petróleo no mercado internacional – controlado pelo cartel da Opep, ou seja, sem influência alguma do Brasil – e o real desvalorizado

No entanto, essa disputa leva a um beco sem saída. A arrecadação de PIS, Cofins e Cide sobre combustíveis representa menos de 2% da arrecadação total da União; já o ICMS dos combustíveis pode chegar a 15% a 20% da arrecadação dos estados. Em outras palavras, se o desafio lançado pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro de 2020 – zerar os tributos federais se os governos estaduais zerassem o ICMS – fosse colocado em prática, os estados teriam de abrir mão de uma parcela muito maior de suas receitas em comparação com a União; além disso, a dimensão dessa renúncia fiscal súbita levaria todos os entes a correr risco de violação da Lei de Responsabilidade Fiscal no processo.

Mas, se é injusto culpar os estados pela disparada no preço dos combustíveis, ainda mais ilógico é afirmar, como fez o deputado petista gaúcho Bohn Gass, que “a responsabilidade pelos sucessivos aumentos é culpa única e exclusiva da Petrobras e do governo federal”. Isso porque os dois fatores realmente decisivos para os aumentos recentes são o preço do petróleo no mercado internacional – controlado pelo cartel da Opep, ou seja, sem influência alguma do Brasil – e o real desvalorizado. E o barril vem registrando altas constantes desde que vários países aumentaram a demanda como resultado da recuperação econômica pós-pandemia. Se a Petrobras vem praticando uma política de preços baseada na correspondência com o mercado externo, é justamente para tentar compensar o estrago causado pelos anos de irresponsabilidade petista, quando a estatal represou seus preços de forma populista, sob orientação de Dilma Rousseff, e arcou com todos os prejuízos desta operação. Como resultado, tornou-se a empresa mais endividada do mundo em 2013, segundo o Bank of America Merrill Lynch, e só deixou o posto depois de adotar uma política mais realista de preços.


No curto prazo, portanto, já que uma queda no preço do petróleo parece muito improvável, apenas uma valorização do real poderia trazer algum alívio no preço dos combustíveis. Este é o único ponto em que o poder público poderá colaborar se garantir maior estabilidade institucional, retomar o ajuste fiscal e promover políticas de atração de capital e investimento estrangeiro, aproveitando a atual onda de liquidez dos mercados desenvolvidos. Já no médio e no longo prazos, é preciso apostar tanto em uma reforma tributária que retire o peso dos impostos sobre produção e consumo – o que a proposta atual, infelizmente, não faz – e continuar abrindo o mercado de petróleo, pois o monopólio da Petrobras pode ter caído na lei, mas continua na prática. Sem incentivo à concorrência em todas as etapas, da exploração à distribuição; sem coragem de realizar as reformas estruturais; e sem as medidas que aumentem a confiança do investidor e fortaleçam a economia, o combustível mais barato continuará a ser um desejo difícil de concretizar.


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ANDRÉ MENDONÇA ESTÁ SEM APOIO NO SENADO PARA INDICAÇÃO PARA O STF

 

Boicote no Senado
Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília

Ex-advogado-geral da União André Mendonça durante visita ao Senado no último dia 10 de agosto: campanha para o STF.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Indicado há dois meses pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-advogado-geral da União André Mendonça passa pelo momento de maior dificuldade para ter seu nome aprovado no Senado. Em meio à intensificação dos atritos entre os poderes, um grupo maior de senadores passou a rejeitá-lo e, para piorar, ele praticamente não conta com a ajuda de governistas na Casa, que estão com outras prioridades políticas.

Mendonça começou a conversar com senadores muito antes de sua indicação. Em abril, recebeu o sinal verde de Bolsonaro para começar o périplo por gabinetes para se apresentar e tentar ganhar a simpatia de senadores. De lá para cá, porém, o conflito do presidente com o STF acabou prejudicando sua campanha. Ele, que já não era o preferido de boa parte dos parlamentares — inclusive na Câmara, cujo presidente, Arthur Lira (PP-AL), também tem influência na aprovação —, passou a ter a indicação boicotada como forma de retaliação política a Bolsonaro.

Isso ficou patente em agosto, quando o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), que é quem marca a data da sabatina, resolveu deixá-la em aberto, depois que Bolsonaro apresentou um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. Mesmo depois que a denúncia foi rejeitada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), nenhum dos dois se mexeu para marcar a sessão. O mesmo aconteceu depois do movimento de Bolsonaro para pacificar a relação com o STF, por meio da “Carta à Nação”, escrita com o ex-presidente Michel Temer, em defesa da harmonia entre os poderes.

Nos bastidores, Mendonça tem recebido apoio basicamente do senador Eduardo Gomes (MDB-TO), vice-líder do governo no Senado, que disponibilizou seu gabinete para facilitar os contatos com outros senadores. Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que tem influência na nomeação de indicados para o Judiciário, preferia o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins. Muitos senadores alimentam a esperança que o filho “01” convença Bolsonaro a trocar Mendonça por outro indicado.

Nessa hipótese, a maior torcida é pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, mesmo após sua aprovação para exercer mais um mandato na PGR. Antes mesmo da indicação de Mendonça, ele já era o preferido de Alcolumbre e de vários outros senadores do Centrão. Sua sabatina, em agosto, só consolidou essa predileção, porque ele fez questão de destacar que cumpriu sua promessa de não “criminalizar a política”, o que soa como música para os senadores — na prática, um eufemismo para justificar as medidas que esvaziaram o enfrentamento da corrupção aos moldes da Operação Lava Jato.

O que pesa contra André Mendonça
A resistência a Mendonça no mundo político parte da desconfiança de que, dentro do STF, ele poderia atuar, ainda que de forma limitada, contra o movimento garantista que, nos últimos dois anos, tornou-se majoritário e fez minguar várias investigações, denúncias e processos contra poderosos que foram alvos da operação.

O passado colabora para esse temor, uma vez que, dentro da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU), Mendonça atuou diretamente nos acordos de leniência das empresas envolvidas em vários esquemas de corrupção que lesaram a Petrobras, outras estatais e órgãos públicos. Nesse papel, ele teve uma ampla visão de todo o enredo de desvios e pagamentos de propina.

O combate à corrupção é um tema caro a Mendonça, tendo sido objeto de seus estudos acadêmicos de mestrado e doutorado na Espanha. Advogados ligados a senadores que leram a dissertação e a tese disseram a eles que, no STF, Mendonça tende a ser um ministro “punitivista”.

Se ele realmente assumir essa postura parlamentares alvos de investigação veem risco de uma possível reviravolta em inquéritos que caminham para o arquivamento. O temor é que Mendonça forme maioria com outros ministros mais rígidos na aplicação na lei penal, como Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, e com alguns que, dependendo do caso, também pesam a mão contra investigados, como Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia.

“Nunca o Senado esteve tão preocupado com a escolha de um ministro quanto agora. Está mais interessado quanto de costume. André Mendonça vai definir para que lado vai o barco, se o STF vai ser garantista ou punitivista”, disse à Gazeta do Povo um jurista e interlocutor frequente dos senadores que tratam da indicação. “Muitos dizem que ele será o Fachin do Bolsonaro”, acrescentou, reproduzindo uma fala que se tornou comum no Senado.

Fachin foi escolhido pela ex-presidente Dilma Roussef para o STF, mas após tornar-se relator da Lava Jato, virou um pesadelo para os petistas e toda a classe política, votando quase sempre a favor de condenações.

Outro fator que pesa contra Mendonça é a proximidade com Bolsonaro, num momento em que o presidente está fragilizado politicamente em Brasília. Para muitos senadores, esse foi o critério decisivo para sua indicação. O fato de ser evangélico só acrescentou uma vantagem a mais, para agradar parcela do eleitorado do presidente. Mesmo assim, entre os pastores mais influentes, quase todos de igrejas pentecostais, o presbiteriano Mendonça também não era o preferido.

“Um presbiteriano normalmente é um grande evangélico, mas não é um ‘terrivelmente’ evangélico. Não é o cara mais aguerrido, que mais apoia o presidente, que é o pentecostal, que é mais falador e midiático. Mendonça era bem desconhecido do público evangélico”, afirmou à reportagem um profundo conhecedor desse meio.


O que pesa a favor dele
Por outro lado, conta a favor de Mendonça a resistência de Bolsonaro em trocar a indicação, o que seria um evidente sinal de fraqueza política na articulação com o Legislativo. Uma eventual substituição também comprometeria o próprio apoio eleitoral que o presidente cultivou entre líderes pentecostais que o apoiam, em razão da promessa de indicar um “terrivelmente evangélico”. Favoritos dos senadores, o católico Augusto Aras e o adventista Humberto Martins, apresentados como plano B, não se encaixam nesse perfil.

Também conta a favor de Mendonça a preferência dos próprios ministros do STF. Se pudessem escolher, a maioria optaria por ele, em vez de Aras e Martins, considerados demasiadamente próximos do universo político. Vários deles gostariam de outros nomes, mas entre as alternativas disponíveis, o ex-advogado-geral goza de mais simpatia, inclusive pelo bom diálogo que manteve com todos os ministros enquanto defendia o governo junto ao STF.

Parte dos ministros também está incomodada com o boicote político para a realização da sabatina, porque isso afeta o funcionamento do tribunal. O novo ministro herdará 1.134 processos de Marco Aurélio Mello, que estão praticamente parados desde sua aposentadoria, em julho. Os novos que chegam à Corte são distribuídos para outros gabinetes, aumentando a sobrecarga sobre os demais ministros.

A opinião entre essa parcela de ministros mais incomodada é que o Senado devia marcar a sabatina e a votação da indicação no plenário. A resistência, nesse caso, deve ser expressa numa eventual rejeição de André Mendonça, e não pelo boicote à própria indicação.


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STF VAI REPETIR ERROS DO PASSADO NA DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS?

 

Julgamento

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Povos indígenas acompanham com atenção julgamento do marco temporal no Supremo Tribunal Federal.| Foto: Cícero Pedrosa Neto/Amazônia Real/Fotos Públicas

O Supremo Tribunal Federal retoma, nesta quarta-feira (15), a votação do chamado marco temporal para demarcação de terras indígenas, que pode afetar muita terra agrícola neste país. É uma questão envolvendo uma reserva indígena de Santa Catarina que já teve 14 mil hectares demarcados em 1965. Agora estão discutindo se a área pode ser ampliada para 37 mil hectares ao custo da expulsão de mil famílias de agricultores. São mais de 5 mil pessoas.

O resultado desse julgamento pode afetar o Brasil inteiro, ter repercussão nacional, e está tirando a tranquilidade de muita gente no Rio Grande do Sul, Oeste catarinense, Oeste paranaense, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Sul do Pará, Goiás… Mato Grosso é um grande produtor de soja, algodão, milho e carne.

O relator, ministro Kassio Nunes Marques, será o primeiro a votar e ele já se posicionou contra o agro em episódios anteriores. Ele já foi advogado nessas questões agrárias, já assinou manifesto por desapropriações e pela reforma agrária. Depois dele não se sabe se a sessão vai continuar ou se alguém vai pedir vista.

Só para lembrar: foi um desastre quando o STF decidiu pela demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol. Derrubou, com a decisão, 5% da produção de arroz do Brasil. Roraima produzia o seu próprio arroz e sobrava para exportar. Agora, tem que importar. Os índios viviam em simbiose com os arrozeiros, que foram expulsos de lá. Vamos esperar que o Supremo caia na real.

A CPI da Covid e a quebra de sigilos
Enquanto isso, os advogados se perguntam depois de ouvir a CPI da Covid-19 e ver a reunião de ontem por que é tão difícil conseguir que um juiz quebre o sigilo bancário, fiscal, ou de comunicações de um estelionatário. Porque esse é um direito fundamental que está previsto no artigo 5º da Constituição, é cláusula pétrea. Não é sem motivo que se pode quebrar o sigilo. Pode-se quebrar, sim, mas isso precisa estar muito bem fundamentado. Senão, o juiz não quebra o sigilo. O juiz fica sempre do lado do Direito, garantia fundamental da Constituição.

Só que na CPI, por qualquer coisinha eles votam, têm a maioria de sete sobre cinco e aí quebram o sigilo fiscal e bancário de todo mundo. Sem motivo, inclusive. E até fora do objetivo da CPI, que foi criada para investigar desvios no tempo da pandemia e estão quebrando sigilo de gente antes da pandemia. Dois, três anos antes, uma coisa incrível.

Eu fico pensando: depois que acabar essa CPI quanta gente vai entrar na Justiça com pedidos de indenizações por danos morais e danos materiais. Empresas que tiveram negócios prejudicados por razões simplesmente políticas e fúteis de quebra de sigilo.

Os sinais de aquecimento da economia
Agora vejam só como este país se recupera. O Rio Grande do Sul teve uma alta nas exportações de máquinas, equipamentos, artigos metalúrgicos, químicos e produtos industrializados de 42% em agosto sobre agosto do ano passado. Chegou a exportar R$ 1,3 bilhão. E não é só exportação não que brilha. Importação também, porque importação indica aquecimento da economia.

A importação em relação a agosto de 2020 cresceu 82% e mesmo assim a balança comercial da indústria no Rio Grande do Sul foi superavitária em R$ 100 milhões. Isso é vontade, é otimismo, é entusiasmo, é desprezo daquela pregação de pessimismo com que tentaram esmagar o brasileiro.


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FBI REVELA DOCUMENTOS SECRETOS SOBRE 11 DE SETEMBRO

 

Terrorismo
Por
Fábio Galão – Gazeta do Povo

Luzes em Nova Iorque no último sábado lembraram os 20 anos dos atentados| Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER

No dia em que se completaram 20 anos dos atentados de 11 de setembro, os Estados Unidos iniciaram a divulgação de documentos outrora confidenciais relacionados aos ataques com a liberação de um relatório de 16 páginas que aborda relações de sauditas com terroristas.

A ligação do Reino da Arábia Saudita com os atentados que deixaram quase 3 mil mortos em 2001 sempre foi especulada, pelo fato de que 15 dos 19 terroristas eram daquele país e pelo próprio Osama bin Laden ser de uma importante família local. O primeiro relatório divulgado aponta que sauditas relacionados ao Consulado de Los Angeles tiveram ligações com terroristas da Al-Qaeda, o que deu esperança a famílias que processaram a coroa saudita, mas não deixa clara uma participação direta do reino no 11 de setembro.

O documento descreve que em 2009 e 2015 uma fonte ouvida pelo FBI, cujo nome foi apagado no relatório, apontou conexões de um saudita que morava nos Estados Unidos até pouco antes dos ataques com dois terroristas que morreram no atentado ao Pentágono.

Segundo o relato, um homem chamado Omar al-Bayoumi, apesar de possuir oficialmente apenas status de estudante em solo americano, era tratado “com grande respeito” dentro do Consulado saudita em Los Angeles, onde possuía um “status muito alto”. Bayoumi teria ajudado dois dos sequestradores do avião que colidiu com o Pentágono, Nawaf al-Hazmi e Khalid al-Mihdhar, a encontrar e alugar um apartamento em San Diego.

Ele se encontrou com os dois terroristas em um restaurante em fevereiro de 2000, o que descreveu como um “encontro casual”. Ainda segundo o relato, Bayoumi teria ajudado Hazmi e Mihdhar com “tradução, viagens, alojamento e financiamento”. A esposa da fonte do FBI acrescentou que Bayoumi frequentemente falava em “jihad”.

O documento divulgado no sábado (11) cita que outro cidadão saudita, Fahad al-Thumairy, um imã (líder muçulmano) da Mesquita Rei Fahad, em Los Angeles, também teve contato com terroristas. Ele era funcionário do Consulado e também deixou os Estados Unidos poucas semanas antes dos atentados.

Apesar do documento não comprovar uma ligação direta de Riad com os ataques de 2001, familiares de vítimas e sobreviventes do 11 de setembro, que processaram em 2017 o Reino da Arábia Saudita para exigir responsabilização da família real pelos maiores atentados terroristas da história do Estados Unidos, comemoraram a divulgação do relatório, por entenderem que ele reforça a acusação de cumplicidade da cúpula saudita com os terroristas.

“Agora os segredos dos sauditas estão expostos, e já passou da hora do Reino da Arábia Saudita assumir o papel de seus funcionários no assassinato de milhares de pessoas em solo americano”, afirmou Terry Strada, viúva de uma das vítimas do 11 de setembro, em comunicado divulgado em nome da organização 9/11 Families United.

Arábia Saudita diz ter “sempre solicitado transparência”
Três dias antes do FBI divulgar o relatório, a embaixada saudita nos Estados Unidos havia publicado um comunicado para elogiar a decisão do governo americano de iniciar a divulgação dos documentos. A declaração apontou que o Reino da Arábia Saudita “sempre solicitou transparência a respeito da tragédia do 11 de setembro”, que investigações não apresentaram evidências de ligação da coroa saudita com os ataques e que o país é um “parceiro essencial dos Estados Unidos no contraterrorismo”.

“Como investigações anteriores revelaram, incluindo a da comissão do 11 de setembro e a divulgação das chamadas 28 páginas, nenhuma evidência surgiu para indicar que o governo saudita ou seus funcionários tiveram qualquer conhecimento prévio do ataque terrorista ou qualquer envolvimento no seu planejamento e execução. Qualquer alegação de que a Arábia Saudita foi cúmplice nos ataques de 11 de setembro é categoricamente falsa”, argumentou a embaixada.

Após pressão das famílias das vítimas dos atentados, o presidente americano, Joe Biden, ordenou este mês que o Departamento de Justiça e outras agências governamentais revejam o status de confidencial de documentos relativos ao 11 de setembro e divulguem o que for possível dentro de seis meses.


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TERMELÉTRICAS POLUEM O MEIO AMBIENTE

 

Documento avalia a atual crise hídrica, o planejamento energético e suas consequências ao meio ambiente

IEMA – Baitelo

O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) lança a nota técnica “Crise hídrica, termelétricas e renováveis: Considerações sobre o planejamento energético e seus impactos ambientais e climáticos”. Atualmente, a principal medida adotada no Brasil para evitar um apagão energético foi acionar as termelétricas fósseis e, além disso, o uso das termelétricas em tempo integral têm sido implementado. Como consequência, o documento alerta que deve-se esperar um aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor elétrico, impactos ambientais na qualidade do ar, limitações para a ampliação das demais fontes renováveis e um potencial agravamento da crise hídrica no futuro. Link para a nota: https://energiaeambiente.org.br/produto/crise-hidrica-termeletricas-e-renovaveis

“Para evitar quadros futuros de risco de abastecimento, indica-se que o planejamento reveja os critérios para a contratação de energia no médio e longo prazo, evitando o cancelamento de leilões do ambiente regulado, como foi o caso em 2020, ou a baixa contratação registrada nos últimos leilões de energia nova e existente”, afirma Ricardo Baitelo, coordenador de projetos no Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) e o autor principal da nota. No caso atual, o planejamento de longo prazo parece ter sido desconsiderado quando maximizar o acionamento das termelétricas é a última solução para reduzir o risco de um novo racionamento, um ciclo que gera mais GEE e pode piorar as secas.

O Brasil tem optado por avançar com a operação e a instalação das termelétricas fósseis, que usam carvão e derivados do petróleo para gerar energia. Os últimos leilões de energia elétrica existente deste ano, permitiram, pela primeira vez, o funcionamento em tempo integral das termelétricas contratadas. Além disso, a Lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobras, determina a inserção de 8 GW de termelétricas a gás natural operando em tempo integral – hoje, a capacidade instalada de termelétricas a gás é de 15,7 GW. Essa inserção de 8 GW de usinas termelétricas acumulará em 15 anos de operação a emissão de 260,3 MtCO₂e, mais do que as emissões de todo o setor de transportes em 2019.

Em relação à demanda por água, 23 termelétricas cadastradas nos leilões de energia existente propõem a utilização de água doce em seus sistemas de resfriamento, sendo que nove delas estão em bacias com balanço hídrico quantitativo preocupante, crítico ou muito crítico. E, sobre a qualidade do ar, das 57 usinas licenciadas participantes dos leilões, apenas 18 estão localizadas em municípios equipados com pelo menos uma estação de monitoramento da qualidade do ar. Esse instrumento é importante para saber a concentração de poluentes no ar respirado pela população local.

Para piorar, esse investimento em termelétricas pode gerar um ciclo de mais secas. Os efeitos das mudanças climáticas já influenciam a variação da hidrologia brasileira, responsável por 65,2% da geração de eletricidade em 2020. Segundo o boletim divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste fecharam agosto com pouco mais de 20% de sua capacidade de armazenamento. Esse patamar registrado segue o cenário mais pessimista projetado pelo órgão no estudo prospectivo para o período seco, que ocorre entre junho e novembro.

Ainda que a matriz elétrica tenha reduzido a dependência em relação à fonte hidrelétrica nos últimos 20 anos, em parte graças ao crescimento das fontes eólica e solar – aumento de quase 50% aconteceu durante a pandemia, enquanto a maior parte dos demais setores econômicos e industriais encolheu – o processo de diversificação da matriz deveria mantenha o curso, priorizando energias renováveis variáveis. “A segurança da oferta de eletricidade pode ser garantida pela contratação de renováveis flexíveis e termelétricas a biomassa. O desenvolvimento das regras para a regulação de sistemas de armazenamento de eletricidade no sistema elétrico permitirá sua inserção ao longo desta década, apoiando a descarbonização da matriz”, finaliza Baitelo.

SOCIEDADE HIPÓCRITA

 

Temos presenciado nos últimos tempos, no que diz respeito a segurança púbica, a hipocrisia preencher todos os espaços sociais.

José Ricardo Bandeira

De um lado temos uma sociedade que é incapaz de dar bom dia a um policial e ao mesmo tempo cobra que este mesmo policial seja educado e cortês; uma sociedade que se diz contra a corrupção policial, mas oferece dinheiro ao guarda para o seu carro não ser rebocado; uma sociedade que não se comove com a morte de centenas de policiais a cada ano, uma sociedade que reclama e grita por falta de segurança, mas não pensa em parar de usar drogas que incontestavelmente financiam o tráfico e a violência.

De outro lado temos um movimento social ultrapassado ainda usando as surradas camisas com a foto do Che Guevara, que gritam cada vez que as forças de segurança entram em uma comunidade, mas se calam perante às atrocidades praticadas pelos traficantes; se calam quando os traficantes obrigam os moradores a guardar armas e drogas; se calam quando os moradores são expulsos de suas casas; se calam quando moradores são covardemente assassinados por não concordarem com o tráfico, e se calam quando as filhas dos homens de bem das comunidades são levadas a força para servir sexualmente aos poderosos chefes do morro.

Infelizmente temos algumas organizações de direitos humanos que só consideram humanos os “manos”, aqueles que empunham armas e comentem crimes, esses sim as verdadeiras vítimas da sociedade segundo eles, não os trabalhadores, não os estudantes, não os bravos policiais mortos em serviço, mas eles somente eles “os manos”.

Temos uma classe política (se é que podemos chamar essa categoria de classe) que usurpa os nossos recursos em proveito próprio, que usam o seu mandato para encobrir falcatruas e dar sustentação ao crime organizado, repetindo sempre o mesmo falido discurso de opressão e discriminação, jogando uns contra os outros, negros contra brancos, ricos contra pobres, homossexuais contra heterossexuais, na velha tática maquiavélica de dividir para reinar.

A todas essas grotescas figuras que nada fazem além de encenação eu pergunto: quando não houver mais polícia e quando as suas casas forem invadidas e suas famílias subjugadas a quem vocês irão recorrer? ao dono do morro? ao espírito do Che Guevara? aos “Direitos dos manos”? aos políticos corruptos que se escondem atrás de um mandato ou quem sabe aos super-heróis das histórias em quadrinhos, que certamente após salvá-los serão crucificados, por abuso de poder e uso excessivo da força.

E em meio a tanta hipocrisia, a tanta política e corrupção estamos nós, homens e mulheres de bem, cumpridores de nossos deveres, pagadores de nossos impostos, sem ter a quem recorrer, aguardando simplesmente que a sociedade vença a hipocrisia, valorize as suas instituições e reivindique os seus legítimos direitos.

Prof. José Ricardo Bandeira

É Perito em Criminalística e Psicanálise Forense, Comentarista e Especialista em Segurança Pública, com mais de 1.000 participações para os maiores veículos de comunicação do Brasil e do Exterior. Presidente do Instituto de Criminalística e Ciências Policiais da América Latina, Presidente do Conselho Nacional de Peritos Judiciais da República Federativa do Brasil, membro ativo da International Police Association e Presidente da Comissão de Segurança Pública da Associação Nacional de Imprensa.

NOVOS MODELOS DE PARCERIA ENTRE EMPRESAS

 

DINO – Divulgar de Notícias

Coincidindo com a chegada da era digital, a busca por inovação nas formas de realizar as operações corporativas aumentou muito e novas modalidades de relações entre os profissionais, líderes e as empresas passaram a surgir.

Pessoas em gesto de cumprimento com filtro vermelho e texto em branco ( ETALENT )

Todos falam sobre a tecnologia e a sua velocidade de adaptação, mas de nada vai adiantar termos avanços se não focarmos nas pessoas.

A pandemia de COVID-19 trouxe uma nova realidade para o mundo corporativo. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, 716 mil empresas fecharam as portas nesse período. Segundo dados levantados pelo Sebrae em um estudo realizado com mais de 6 mil empreendedores, em média 75% das organizações tiveram queda em seu faturamento durante e 55% alegaram a necessidade de pedir empréstimos para manter o funcionamento. Da noite para o dia, empresas e profissionais se viram encurralados por uma série de necessidades operacionais, estratégicas e organizacionais que os obrigaram a se adaptar e se reinventar.

Coincidindo com a chegada da era digital, a busca por inovação nas formas de realizar as operações corporativas aumentou muito e novas modalidades de relações entre os profissionais, líderes e as empresas passaram a surgir.

Segundo Peter Drucker, estudioso da Teoria da Administração moderna, inovação é “o ato de atribuir novas capacidades aos recursos (pessoas e processos) existentes na empresa para gerar riqueza”.

De acordo com a definição de Drucker, inovar é encontrar uma nova forma de resolver um problema, promover novidades ou melhorias que gerem valor para indivíduos e organizações e que possam ser implementadas no mercado. E, diferente do que muitos pensam, esse processo não depende diretamente de tecnologia, mas, sim, de pessoas.

Caroline Okubo, fundadora do PraCarreiras, portal digital focado em conteúdos sobre o mercado de trabalho e soluções com mentoria de carreiras, logo percebeu a movimentação do mercado e a necessidade de adaptação. Recentemente, fechou uma parceria com a ETALENT, empresa especializada em desenvolvimento comportamental, para agregar valor digital utilizando o software Etalent PRO, bicampeão do prêmio B2B Stack como melhor software de R&S.

“Todos falam sobre a tecnologia e a sua velocidade de adaptação, mas de nada vai adiantar termos avanços se não focarmos nas pessoas. A inteligência artificial precisa agregar, conversar com os profissionais, ser um suporte para suas relações de trabalho. Sem isso, inovar fica só no campo da ‘empolgação’. ETALENT e PraCarreiras são parceiras de negócios por compartilharem o propósito de impactar pessoas e evoluir por elas”, afirma Carolina Okubo.

Para manterem-se competitivas no mercado, as organizações encontraram a necessidade de investir constantemente em estratégias eficientes e inovação. No mundo corporativo, as organizações que não tem incorporado este processo em sua rotina, abrem mão do pensamento estratégico, o que está levando à perda de oportunidades.

Além disso, a permanência no mercado e o sucesso das empresas passaram a depender cada vez mais desta capacidade de adaptarem-se com criatividade, independentemente dos seus tamanhos ou áreas de atuação. Afinal, como disse o escritor Alvin Toffler, “mudança é o processo no qual o futuro invade nossas vidas”.

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terça-feira, 14 de setembro de 2021

ALTA DOS COMBUSTÍVEIS É QUESTIONADA PELO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

 

 DANIELLE BRANT – Folha de São Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), questionou nesta segunda-feira (13) o peso dos preços dos combustíveis da Petrobras no bolso dos consumidores e afirmou que a estatal deve ser lembrada de que seus acionistas são os brasileiros.

Em uma rede social, Lira escreveu: “Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? Amanhã, a partir das 9h, o plenário vira Comissão Geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós.”

“A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas”, complementou, na mesma mensagem.

O presidente da Câmara se referiu à comissão geral realizada nesta terça-feira (14) com a presença do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna. Além do preço dos combustíveis, ele deve falar sobre a operação das termelétricas e outros assuntos relacionados à estatal.

Os aumentos do preço da gasolina vêm pressionando o IPCA (índice oficial de preços). Em agosto, o índice avançou 0,87%, a maior taxa em 21 anos. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE subiram em agosto, com destaque para o segmento de transportes. Puxado pelos combustíveis, esse ramo registrou a maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 ponto percentual) no índice geral do mês.

Dentro de transportes, a gasolina subiu 2,80%. O combustível teve o principal impacto individual (0,17 p.p.) no IPCA de agosto.

No final de agosto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores que o governo irá “começar a trabalhar” no preço dos combustíveis.

“Então agora está saneada a Petrobras, a gente começa agora a trabalhar na questão do preço dos combustíveis”, disse Bolsonaro. “Mas não adianta a gente tratar de preço se o ICMS tiver esse valor variável, que interessa aos governadores.”

Bolsonaro tem sido constantemente cobrado pelo encarecimento dos combustíveis e do gás de cozinha. Em alguns locais do país, o litro da gasolina já chega a R$ 7, enquanto o botijão de gás de cozinha passa de R$ 100.

Em meados de agosto, a estatal aumentou, pela segunda vez consecutiva, o preço da gasolina. O reajuste foi anunciado mais de um mês após a última alta, reforçando a percepção de que a Petrobras reduziu a frequência de ajustes de preços após a posse do general Joaquim SIlva e Luna no comando da companhia.

Ele substituiu no cargo Roberto Castello Branco, o primeiro presidente da estatal no governo Bolsonaro, em meio a fortes pressões contra a escalada nos preços dos combustíveis do início do ano. Mesmo com a troca, o presidente não conseguiu conter os preços.

Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto de lei que pretende transformar o ICMS sobre combustíveis, cobrado pelos Estados, em um valor fixo. Apesar das principais razões da alta serem o preço do petróleo no mercado internacional e o valor do dólar frente o real, o presidente culpa o ICMS pelo alto custo.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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