terça-feira, 14 de setembro de 2021

PRÓXIMAS DERROTAS DE BOLSONARO NO STF

 

 Afonso Benites – EL PAÍS

“Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição”, escreveu o presidente Jair Bolsonaro em sua famigerada Declaração à nação, dois dias após incitar seus apoiadores contra o Supremo Tribunal Federal (STF). O recente republicanismo do presidente será testado nas próximas semanas, pois, na avaliação dos ministros do STF, dois dos seus movimentos institucionais mais recentes não respeitaram a Constituição. Bolsonaro caminha para sua primeira derrota judicial no tribunal após atacar a corte em uma manifestação antidemocrática em 7 de setembro —e recuar depois. Nos próximos dias, a ministra Rosa Weber deve se decidir sobre seis ações que pedem a declaração de inconstitucionalidade de uma medida provisória assinada pelo presidente. Ela tem como objetivo dificultar a remoção de fake news e conteúdos com discursos de ódio em redes sociais. Além disso, seu decreto de armas, que permitiu uma ampliação do porte de armamento pelos cidadãos, começa a ser julgado em plenário virtual nesta semana, e também não tem vida fácil na corte

Augusto Aras e Jair Bolsonaro em abril de 2020.© UESLEI MARCELINO (Reuters) Augusto Aras e Jair Bolsonaro em abril de 2020.

A alteração no Marco Civil da Internet foi publicada no dia 6 de setembro, na véspera do ato radical promovido pelo presidente que pedia o fechamento do STF. Naquela ocasião, em meio a um embate com o Judiciário, Bolsonaro pretendia beneficiar seus apoiadores radicais que costumam divulgar desinformação na internet. A sinalização da iminente derrota nesse caso ficou nítida quando o procurador-geral da República, Augusto Aras, deu parecer contrário à MP, nesta segunda-feira.

Aras costuma se alinhar às pautas do presidente no Supremo. Neste caso, segundo fontes da Procuradoria Geral da República, o procurador-geral identificou uma batalha perdida e resolveu agir em sentido distinto do habitual, numa tentativa de demonstrar isenção aos pares, que têm lhe cobrado com certa frequência uma atuação mais incisiva na fiscalização dos atos do Governo. No parecer enviado à ministra Weber, o procurador alegou que havia um prazo reduzido para que as empresas que administram as redes sociais se adequassem às novas regras, o que poderia causar insegurança jurídica.

Aras defendeu que fosse concedida uma medida liminar para suspender a validade da MP até que o plenário da corte se manifeste sobre o tema. “Parece justificável, ao menos cautelarmente e enquanto não debatidas as inovações em ambiente legislativo, manterem-se as disposições que possibilitam a moderação dos provedores do modo como estabelecido na Lei do Marco Civil da Internet, sem as alterações promovidas pela MP 1.068/2021, prestigiando-se, dessa forma, a segurança jurídica, a fim de não se causar inadvertida perturbação nesse ambiente de intensa interação social”, disse o procurador no documento.

A MP de Bolsonaro veta, sob pena de multa, que empresas como Facebook, Twitter e Youtube retirem do ar conteúdos e perfis que violem seus termos de serviço, exceto por “justa causa”. O critério para remoção de conteúdo poderia estar relacionado com pedofilia, pornografia, incentivo ao terrorismo e ao tráfico de drogas, entre outros. O que a medida não prevê é a retirada de conteúdos falsos, discurso de ódio, incitação à violência ou assédio virtual. Na prática seria uma espécie de blindagem ao próprio Bolsonaro, que já teve vídeos removidos por disseminar o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes no tratamento da covid-19. A medida evitaria, por exemplo, uma punição como dada a que recebeu seu aliado Donald Trump, que acabou banido do Facebook e do Twitter em janeiro deste ano, por incitar a invasão do Capitólio.

Para especialistas, a mudança legislativa neste momento é inapropriada, além de ser inconstitucional, porque medidas provisórias precisam respeitar os critérios de urgência e relevância, o que não ocorreu neste caso. O advogado Omar Kaminski, especialista em direito digital e gestor do Observatório do Marco Civil da Internet, diz que o ideal é que temas como esse sejam alvo de um amplo debate, seguindo os ritos normais de uma proposta legislativa, passando por audiências públicas e sendo analisados por comissões especializadas da Câmara e do Senado. “A MP mais parece um salvo-conduto para uma liberdade de expressão desmedida, sem freios e sem limites, inclusive para transmitir fake news ou criar realidades paralelas ou bolsões de novas correntes, de entendimentos jurídicos diversos dos atualmente vigentes, objetivando no mínimo uma desestruturação ou desconstrução normativa”, disse ao EL PAÍS.

A Coalizão Direitos na Rede, coletivo que reúne cerca de 50 entidades da sociedade civil e organizações acadêmicas que trabalham em defesa dos direitos digitais, também manifestou-se contrária à MP, por entender que ela dificulta o combate à desinformação e fere o princípio da livre iniciativa do setor privado. “Jair Bolsonaro frequentemente viola as políticas de conteúdo desses provedores de aplicações e conta com muita complacência das empresas, que permanecem inertes e praticamente não adotam medidas de moderação em relação aos seus conteúdos. Mesmo assim, decidiu intervir unilateralmente no funcionamento das redes sociais, atacando os princípios do Marco Civil da Internet”, ponderou a Coalizão em nota.

Sem debate com a sociedade

Até mesmo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), uma entidade privada e multissetorial que estabelece diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da internet no país, demonstrou ser contrária à mudança na legislação da maneira que foi proposta pelo presidente. Em nota, o colegiado, que é formado por 21 pessoas, sendo nove representantes do Governo e 12 da sociedade civil, alertou que há um risco de se criar insegurança jurídica sobre o tema e de se congestionar o Judiciário com novas ações.

“Limitações excessivas à atuação dos provedores poderão ocasionar efeitos indesejados para a usabilidade geral da rede e para a proteção de usuários, além da inevitável sobrecarga ao já congestionado Poder Judiciário, que hoje já conta com mais de 80 milhões de ações em tramitação”, disse. O CGI.br defendeu o atual Marco Civil por entender que seu artigo 19 “tem por objetivo principal garantir o equilíbrio entre a atuação e responsabilização de usuários e provedores”. A nota do comitê foi elaborada nesta segunda-feira após uma reunião extraordinária do conselho. Nenhum dos 21 conselheiros, nem mesmo os com cargos no Governo federal, votou contra o documento.

A nota do CGI.br começou a ser gestada em maio, quando um grupo de trabalho foi montado para acompanhar potenciais mudanças no Marco Civil da Internet que já vinham sendo debatidas às escuras pelo Governo Bolsonaro. Desde então, o comitê tentou, sem sucesso, se reunir com representantes da secretaria de Direitos Autorais, a área responsável por este tema. “Por três meses houve esforços de nossa parte para dialogar, mas o Governo não quis e publicou essa MP sem interlocução prévia com o CGI”, disse a conselheira do órgão Bia Barbosa, que é representante do Terceiro Setor.

Internamente, de acordo com Barbosa, não há uma rejeição para que se mude o Marco Civil da Internet, desde que haja um amplo debate em que todos os setores sejam ouvidos. A construção dessa lei levou três anos só no Congresso Nacional. A da Lei Geral de Proteção de Dados, outra referência, foi discutida por dois anos dentro do Executivo e mais dois no Legislativo, sendo aprovada apenas em 2018. “Um tema como esse não pode ser atropelado por uma MP”, afirmou a conselheira.

O que tem ficado claro é que, na atual guerra contra a desinformação, o presidente está do lado das inverdades. Além dessa mudança no Marco Civil da Internet, Bolsonaro vetou no mês passado a punição à disseminação de fake news, prevista na lei que tipifica os crimes contra o Estado Democrático de Direito que foi aprovada pelo Congresso Nacional. ele argumenta defender a liberdade de expressão. O veto ainda será analisado pelos deputados e senadores. Não há uma data agendada para essa votação dos parlamentares.

Armas

Outro tema caro ao bolsonarismo que passa por análise no Supremo é o decreto de armas, que facilitou o comércio de armamentos e afrouxou a fiscalização. A tendência no tribunal é de que essa ordem presidencial também seja derrubada. Há sete ações sobre o tema e elas começam a ser julgadas no plenário virtual a partir do dia 17.

O indício, até o momento, é de que as reações dos poderes contra o presidente virão a galope. Além do Supremo, está cada vez mais claro no Congresso que suas pautas radicais não passarão. O que deve ser aprovado, ainda que com certa dificuldade, são suas pautas econômicas, como a reforma administrativa e alguns trechos da reforma tributária.

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VENDA DIRETA DE ETANOL NOS POSTOS SERÁ ANTECIPADA

 Rafaella Barros – PODER 360

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu antecipar duas mudanças no setor de combustíveis, anunciadas por ele em agosto: a permissão de venda direta de etanol pelos produtores ou importadores aos postos de combustíveis, além da flexibilização de venda para postos bandeirados.

Mudanças entram em vigor já a partir desta 3ª feira© Sérgio Lima/Poder360 Mudanças entram em vigor já a partir desta 3ª feira

Por meio de uma nova Medida Provisória, publicada nesta 2ª feira (13.set.2021), em edição extra do DOU (Diário Oficial da União), Bolsonaro determinou que não será necessário o mercado aguardar o prazo de até 90 dias para a regulamentação pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Leia a íntegra da medida (71,5 KB).

Em comunicado divulgado à imprensa, o Ministério de Minas e Energia afirmou que “dados os potenciais benefícios que a antecipação da flexibilização da tutela à bandeira poderá proporcionar aos consumidores de combustíveis, o Governo entendeu ser relevante criar mecanismos para sua aplicabilidade no menor tempo possível”.

No caso da venda do etanol, o ministério disse que a nova Medida Provisória autoriza que os produtores optem por aderir imediatamente às novas regras. Nesse caso, é necessário que se submetam ao novo regime tributário previsto na MP nº 1.063, de 11 de agosto.

“Caberá ao produtor avaliar, de forma individualizada, se entende ser mais vantajoso antecipar voluntariamente as medidas fiscais necessárias e se submeter, desde logo, ao novo regime de comercialização, ou se prefere aguardar o prazo da regra de transição prevista na medida provisória original”, disse o ministério.

O presidente vai editar um decreto que regulamentará as novas regras. Texto será publicado amanhã no DOU.

O governo federal diz que as duas mudanças visam trazer maior competitividade ao setor de combustíveis e, assim, redução nos preços finais para os consumidores. No mês passado, representantes do setor disseram ter sido surpreendidos com as novas regras da venda do etanol, pois o tema ainda estava sendo debatido com a agência reguladora. Para o ICL (Instituto Combustível Legal) e o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo), as mudanças não garantem que haverá redução nos preços finais dos combustíveis.

 

REAL FORTE E MANIFESTAÇÕES

 

Frente ao dólar
Real é a moeda mais forte dos Brics, mas ninguém fala disso

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Dinheiro / Real – 25-05-2017 – O Real é a moeda corrente oficial da República Federativa do Brasil. A cédula de um real deixou de ser produzida, entretanto continua em circulação alguns exemplares. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas normalmente pela Casa da Moeda. Entre elas, as notas de: 2,5,10,20,50 e 100.

O real é a moeda mais valorizada frente ao dólar entre os cinco países que compõem o Brics.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo

Mais um processo contra o ex-presidente Lula foi para o lixo. A juíza da 9ª Vara Federal de São Paulo mandou arquivar o inquérito que investigava tráfico de influência por parte do petista em relação à OAS, com base na delação do dono da empreiteira, Léo Pinheiro, aquele do caso tríplex do Guarujá.

A juíza alegou que só tinha o depoimento dele e nada mais, e que o caso já está prescrito. Isso beneficiou Lula, o próprio Léo Pinheiro e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que também estava sendo investigado.

Manifestações do dia 12
As pessoas estão tão incomodadas na mídia porque promoveram, anunciaram muito, previam uma multidão muito grande para dar uma resposta forte ao 7 de setembro e saiu pela culatra. Foi um vexame em toda a parte e agora estão dizendo que o ato do último domingo (12) foi um movimento “centro-direita”. Ora, lá na Avenida Paulista, onde mais juntou gente, em dois palanques, estavam lá o partido socialista, o partido comunista, o ex-partido comunista, o PDT, o PSDB — e isso não é centro-direita nem um pouco.

Havia lá cinco presidenciáveis, ou seis, se a gente contar a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Estava o João Doria (PSDB), João Amoêdo (Novo), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Ciro Gomes (PDT) e Alessandro Vieira (Cidadania). O que a gente está vendo é que vai dividir a chamada terceira via. Ela vai acabar ajudando alguém a ganhar em primeiro turno, ou vai ficar fora do segundo turno, se dividindo. Acho que vão pensar a respeito de não terem conseguido atrair o povo.

Anunciaram como manifestação anti-Bolsonaro e talvez tenha sido por isso que fracassou. E mais: a palavra mais repetida no dia 12 e mais escrita nas faixas era “Bolsonaro”. Ou seja, acabou que os atos fizeram também uma tremenda propaganda para o presidente, que foi o mais citado na manifestação.

Moeda forte dos Brics
Isto não foi noticiado, mas, na semana passada, o presidente Bolsonaro participou de uma reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, e África do Sul). E ninguém disse que a moeda mais forte do grupo é o real, que está mais valorizado que o rublo russo, que a rupia indiana, que o yuan chinês e que o rand sul-africano.

A inflação da pandemia
Outra coisa que ficam dizendo por aí é que a inflação é causada pela instabilidade política. A ONU acaba de derrubar essa versão. A FAO acaba de mostrar que a inflação dos alimentos, nos últimos 12 meses, foi de 39,7%. Milho, trigo, óleos vegetais, subiram todos os alimentos. Foi a inflação mundial da pandemia e é preciso que a gente tenha isso em mente.

O país dos queijos
Por fim, uma grande vitória dos queijeiros brasileiros, que levaram 183 queijos para o concurso mundial do queijo na França e só perderam para os queijos franceses, que são os melhores do mundo. O Brasil levou 57 medalhas, inclusive cinco de super-ouro. A maior parte das medalhas foi para Minas Gerais, mas também teve premiação para São Paulo. Está aí a França reconhecendo, entre 940 queijos do mundo, os nossos brasileiros.


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MANIFESTAÇÕES MOSTRARAM QUE BOLSONARO COMANDA AS MASSAS DE ELEITORES

Manifestação

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Ato contra o governo Bolsonaro no último domingo reuniu poucos manifestantes, como em Brasília.| Foto: Joedson Alvez/EFE

As manifestações públicas contra o presidente Jair Bolsonaro, contra seu governo e contra os “atos antidemocráticos”, convocadas para este fim de semana, foram um fiasco de primeiro grau. Aconteceu o pior: os organizadores chamaram o povo, e o povo não apareceu. O resultado é que conseguiram exatamente o contrário do que pretendiam. O inimigo, que deveria ser enfraquecido, saiu mais forte do que estava.

Em outra ocasião, o fracasso seria apenas um fracasso. Vindo logo depois de Bolsonaro ter enchido as ruas com as maiores manifestações desde as “Diretas Já” ou o “Fora Dilma” de 2016, foi um desastre com perda total. A culpa por isso é de um dos mais velhos e resistentes vícios da política brasileira: os donos das manifestações acham que são eles, e não os manifestantes, que têm o poder de lotar a praça. Dá nisso: se o povo não quer ir, podem ficar convocando a vida inteira que não vai acontecer nada.

O contraste patético entre os atos a favor de Bolsonaro, no dia Sete de Setembro, e as paupérrimas aglomerações da “oposição” deixam claro que o presidente, até agora, está com o comando das massas que vão para a rua. Seu grande adversário nas eleições de 2022, o ex-presidente Lula, não consegue nada parecido com o seu sucesso de público — por isso, aliás, não está querendo ganhar o jogo na Avenida Paulista, na Esplanada dos Ministérios ou na praia de Copacabana. Na derrota deste fim de semana, aliás, o PT nem quis se aliar aos organizadores, que ficaram falando sozinhos — mesmo porque, nas suas teorias, eles querem um Brasil sem nenhum dos dois, Bolsonaro ou Lula.

Movimentos que fizeram parte do comando das manifestações anti-Dilma e anticorrupção estão entre os organizadores dos atuais protestos em “defesa da democracia”; imaginam, como dito acima, que o sucesso de 2016 se deve a eles, e não ao povo brasileiro. É como o galo da fábula, que se convenceu que o sol só nascia a cada dia porque ele cantava. Sua causa, então, era diferente. É claro que colhem agora um resultado também diferente.

A esquerda e o PT, a mídia e os intelectuais, o “centro liberal” e quem mais se coloca na oposição ao presidente da República insistem em praticar o mesmo erro. Acreditam que o povo brasileiro só pode pensar igual a eles; quem não faz isso é “gado”. Não se conformam com a realidade; negam que multidões tenham se reunido para apoiar Bolsonaro. Mas então o que era aquele mar de gente vestido de verde e amarelo, com bandeiras do Brasil e gritado “mito”?

“Gado” inconsciente, irrelevante e irresponsável, diz a oposição. É um equívoco fundamental. O que os comandantes da guerra contra o presidente não percebem é que o “antibolsonarismo” não é, nem vai ser, uma causa popular no Brasil.

Enquanto não enxergarem essa evidência, continuarão a sonhar com as “pesquisas de opinião” que garantem que a popularidade de Bolsonaro “nunca esteve tão baixa” — justo no momento que fotos, vídeos e o testemunho dos participantes mostra as ruas tomadas por seus aliados.


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APOIADORES DE BOLSONARO QUEREM NOVA CONSTITUIÇÃO

 

Carta de 1988
Por
Olavo Soares – Gazeta do Povo
Brasília

Faixa exibida nas manifestações do 7 de setembro em Brasília pede nova Constituição para o Brasil.| Foto: Olavo Soares/Gazeta do Povo

O presidente Jair Bolsonaro tem dito, com cada vez mais frequência, que busca atuar “dentro das quatro linhas da Constituição”. O respeito à Carta Magna atual foi uma das principais pautas das manifestações governistas do dia 7 de setembro. Mas parte dos apoiadores de Bolsonaro, porém, não espera que Bolsonaro aja “dentro das quatro linhas”; para eles, o ideal seria a criação de outras quatro linhas. Ou seja, uma nova Constituição. Reivindicações com este perfil são feitas por militantes anônimos, mas também estão presentes na argumentação de figuras mais destacadas do governismo. O ramo jurídico vê a ideia com ressalva.

O ex-ministro Ernesto Araújo, que mesmo após ter deixado o governo segue identificado com a linha pró-presidente, defendeu a implantação de uma nova Constituição durante sua participação no CPAC, evento conservador realizado no início de setembro. Araújo declarou que seu ideal é uma Constituição que contemple o direito ao acesso a armas, a liberdade de expressão de maneira incondicional e inquestionável, e também a proibição do aborto. Segundo o ex-chanceler, o ideal seria que o Brasil promovesse um plebiscito para verificar se há apoio a uma reformulação da Carta Magna.

A ideia de um plebiscito foi também sugerida pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), no início do ano. Em um artigo publicado na Folha de S. Paulo, o parlamentar declarou que o texto atual “tem 103 vezes a palavra ‘direitos’ e 9 vezes a palavra ‘deveres’. Trata-se, claro, de uma conta que não fecha”. A ocasião não foi a primeira em que Barros defendeu um novo texto constitucional. Em outubro do ano passado, ele já havia exposto sua opinião sobre o tema, em um evento da Academia Brasileira de Direito Constitucional, quando declarou que o texto em vigor torna o Brasil “ingovernável”. À Gazeta do Povo, Barros disse na quinta-feira (9) que mantém o posicionamento.

Parte dos manifestantes do dia 7, bem como os que se expressam sobre o tema nas redes sociais, defende que a nova Constituição traga entre seus dispositivos a “criminalização do comunismo”. Um projeto de lei com este teor chegou a ser apresentado no Congresso Nacional pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República. A proposta de Eduardo equipara o comunismo ao nazismo, criminalizando a apologia às duas correntes. A proposição não avançou, não tendo tramitações significativas desde sua apresentação, em 2016.

O deputado ​​federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) é de direita, aliado de Bolsonaro e favorável à criação de uma nova Constituição. Mas rejeita a sugestão de que um texto constitucional contenha a proibição da defesa do comunismo. “Criminalizar uma ideologia é algo muito ruim”, disse. Para o parlamentar, o ideal é que a Constituição tenha em sua redação dispositivos que vedem a implantação de qualquer corrente autoritária — e o comunismo está entre elas, segundo sua ótica.

Bragança está trabalhando no projeto de criação da proposta de uma nova Constituição, que chama de “a libertadora”. Segundo ele, o objetivo da nova Constituição é alcançar uma legislação que não seja burocrática, que tenha um sistema de freios e contrapesos claro, e que divida mais os poderes entre as autoridades. “A Constituição atual permite muita interferência do Estado. Cria verdadeiros ‘donos do orçamento’ e permite o aparelhamento do governo. Permite que sejam corrompidas todas as regras”, declarou.

O deputado diz que sua proposta tem sido “muito bem recebida” pela militância e também por juristas e empresários, que também identificam problemas no texto atual.

A Constituição atualmente em vigor no Brasil foi promulgada em 5 de outubro de 1988. O texto foi um marco da transformação do Brasil após a ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985. Alguns dos constituintes que participaram da elaboração da Constituição ainda têm — ou voltaram a ter recentemente — mandato no Congresso, como Benedita da Silva (PT-RJ), Aécio Neves (PSDB-MG), Átila Lira (PP-PI), José Serra (PSDB-SP) e Renan Calheiros (MDB-AL), entre outros. Esses componentes fazem com que muitos ativistas considerem a Constituição “viciada”, já que teria sido feita como resposta ao governo militar e por pessoas que representam a atual classe política.

Constituição atual não permite “extinção”, mas mudar pode
A ideia de se mudar a Constituição aparece em diferentes discursos. Mas qual a sua viabilidade? A Constituição atual permite a sua própria “extinção”? Ou mesmo mecanismos que poderiam levá-la a uma transformação quase completa?

Segundo o advogado Camilo Onoda Caldas, que é doutor em Direito pela USP e sócio da Gomes, Almeida e Caldas Advocacia, o texto corrente da Constituição não contém dispositivos de “autodestruição”. “Não existe nada neste sentido. A Constituição de 1988, como todas as outras, foi criada com o objetivo de ser perpétua”, aponta.

O advogado explica que a Constituição atual detém dispositivos que preveem a revisão ou a readequação de parte de seus textos, mas tudo dentro de limites estabelecidos pela própria Carta Magna. “O atual Congresso Nacional só tem o que se chama de poder constituinte reformador. Ou seja, ele só pode alterar a Constituição nos limites que a própria Constituição cria. Não tem o poder constituinte originário, que seria o de criar uma Constituição. Isso quem tem é apenas uma Assembleia Constituinte”, ressalta. E Caldas ressalta que não há também, na Constituição, a previsão para instalação de uma Assembleia Constituinte.

Caldas ressalva, porém, que todas as Constituições do Brasil foram trocadas em momentos em que as conveniências políticas assim o pediram. Ou seja: os textos eram “ilegais”, pois criavam Constituintes e abriam caminho para uma nova Carta Magna de um modo que não estava previsto no texto constitucional em curso, mas foram permitidos porque se entendia, à época, que correspondiam a um desejo da sociedade (ou ao governo de plantão, no caso das Constituições impostas nas gestões ditatoriais).


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CIRURGIAS ODONTOLÓGICAS AVANÇAM COM A TECNOLOGIA

 

Instituto Implante Vida

As inovações tecnológicas associadas aos tratamentos odontológicos têm feito muita gente esquecer aquela crença antiga de medo do dentista e de dor. Isso porque com essas novas técnicas, todo o processo passa a ser realizado sem o uso de bisturis, sem realização de cortes e, portanto, também sem necessidade de pontos.

De acordo com o professor e cirurgião-dentista Dr. José Márcio do Amaral, que é diretor do Instituto Implante Vida, Mestre e Especialista em Implantodontia e Coordenador dos Cursos de Especialização em Implantodontia da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), uma dessas novas técnicas, que está revolucionando os tratamentos de implantes dentários, é a cirurgia guiada.

“Essa técnica representa um avanço muito importante na área odontológica, pois vem atender às pessoas avessas a intervenções odontológicas convencionais e também àquelas que possuem dificuldades de cicatrização, como, por exemplo, os diabéticos”, comenta o especialista. “Além disso, a cirurgia guiada para colocação de implantes permite ao paciente um rápido retorno às atividades de rotina, o que torna a experiência no consultório muito mais confortável e segura, dispensando procedimentos incômodos com bisturis, cortes e pontos”, ressalta.

Tecnologia do início ao fim

A segurança do processo deve-se exatamente a toda tecnologia envolvida do início ao fim. Explicando o procedimento, primeiramente é realizada a tomografia computadorizada, onde é possível em imagem 3D ver a estrutura óssea, ou seja, se existe osso suficiente para a colocação do implante. Na sequência, toda a parte interna da boca do paciente é escaneada, gerando também uma imagem 3D que mostra a posição onde falta o dente que será reposto. 

“Com o auxílio de um software no computador, unimos as imagens que mostram a estrutura do osso e o espaço para o dente e simulamos digitalmente a posição ideal para colocação do implante. Sendo assim, no momento da cirurgia é possível saber o local exato onde o implante e dente deverão ser colocados. A partir desses dados criamos um guia em uma impressora 3D e este será o responsável por orientar exatamente a perfuração para colocação do implante no dia da cirurgia, evitando a necessidade de cortes e pontos”, explica Dr. José Márcio do Amaral.

O resultado, segundo o cirurgião-dentista, é uma cirurgia com resposta inflamatória menor, sem edemas, hematomas e sem sangramento, respostas comuns nas cirurgias convencionais. Deste modo o paciente volta no dia seguinte às suas atividades profissionais e sociais, porque o pós-operatório é mínimo. “Sem dúvida, é uma tecnologia inovadora que vem atraindo pacientes do Brasil todo para nossos cuidados. É importante que as pessoas saibam da existência de técnicas como essas, que podem mudar sua vida e sua saúde dentária para muito melhor”, conclui

Sobre o Instituto Implante Vida

Localizado em Santos (SP), o Instituto Implante Vida é uma clínica multidisciplinar que visa o bem estar do paciente, com atendimento nas especialidades de clínica geral, implantodontia, ortodontia, endodontia, periodontia, estomatologia, prótese, clareamento, harmonização facial e estética (lentes e contato em porcelana) e DTM. O atendimento conta com quatro consultórios, um centro cirúrgico, espaço para exames radiológicos e um andar inteiro destinado ao ILAB – Laboratório do Instituto Implante Vida.

A clínica conta com equipamentos modernos e tecnologia de ponta, que garantem a qualidade nos processos e impactam positivamente no resultado final de qualquer procedimento. A mais recente aquisição da clínica foi uma autoclave classe B, considerada a versão mais segura e eficiente para esterilização de materiais em todo o mundo. Seu sistema a vácuo permite que o processo de calor e pressão alcance todas as peças de maneira uniforme, inclusive na limpeza de itens embalados, cargas porosas, articuladas, utensílios com orifícios e cânulas.

TÉCNICA DE MARKETING DE APROXIMAÇÃO DOS CLIENTES CRESCE NAS EMPRESAS

 

GB Creative – DINO Divulgador de Notícias

Conjunto de estratégias de marketing que consiste na atração e na conversão do cliente a partir da criação e do compartilhamento de conteúdo relevante e atrativo voltado para um público-alvo específico

O Inbound Marketing é fundamental para que seja alcançada a Automação do Marketing, gerando leads qualificados, diminuindo os custos de aquisição por cliente

O necessário processo de digitalização pelo qual empresas de todo o mundo tem passado nos últimos anos ocasionou intensa transformação nas estratégias de marketing destas companhias, que são atualizadas e ressignificadas a todo o momento. As ferramentas digitais, nesse sentido, são indispensáveis para que sejam realizadas efetivas aproximações de empresas a clientes, gerando os almejados leads. 

Dentre as diversas estratégias para que isto aconteça, ganha força no mercado o Inbound Marketing, também chamado de Marketing de Aproximação (ou Marketing de Entrada), que consiste em um conjunto de estratégias de marketing baseado na atração e na conversão do cliente a partir da criação e do compartilhamento de conteúdo relevante e atrativo voltado para um público-alvo específico. 

De acordo com a pesquisa “Maturidade do Marketing Digital e Venda no Brasil”, realizada em 2019 de forma conjunta pelas empresas Mundo do Marketing, Resultados Digitais, Vendas B2B e Rock Content, 73,5% das empresas brasileiras estão empenhadas na produção de conteúdo de qualidade na tentativa de converter e reter novos clientes.

Ao contrário do que ocorre no marketing tradicional, também chamado de Outbound Marketing (“marketing de saída”, em tradução livre), a empresa, ao invés de prospectar clientes por meio de spots, outdoors e publicidade digital, explora canais como mecanismos de busca, site como o da Valeon, e-books, vídeos, infográficos, podcasts e redes sociais para ser encontrada. Trata-se, portanto, de uma estratégia não intrusiva, que estimula potenciais clientes a visitar o site da empresa de forma contínua, sem que haja a necessidade de grandes inversões financeiras em publicidade e divulgação.

Tal investimento em conteúdos originais e de alta qualidade, de acordo com a empresa de marketing digital estadunidense Status Labs, justifica-se: pesquisa realizada em 2018 pela companhia indicou que 90% dos consumidores ainda não haviam decidido sobre uma marca antes de iniciar uma pesquisa.

Em linhas gerais, então, o marketing de entrada envolve a criação de conteúdo e experiências que atraiam os clientes, em vez de buscá-los diretamente – ao utilizar mecanismos de pesquisa e mídia social, serão os consumidores que darão início à interação com a empresa, e não o contrário.

O futuro do Marketing Digital passa pelo Inbound Marketing

Alguns dados indicam a efetividade do Inbound Marketing dentro das estratégias de Marketing Digital. Segundo pesquisa de 2016 do HubSpot, desenvolvedor estadunidense de produtos de software para marketing de entrada, a obtenção de leads por meio do Inbound Marketing é 42% mais barata do que com o marketing tradicional (Outbound Marketing). 

De acordo com Gláucio Bedim, sócio-fundador da GB Creative, agência de marketing digital, para empresas que já se estabeleceram no mercado, possuindo autoridade de domínio, “o futuro passa pela exploração de diferentes formatos, como vídeos e podcasts”, além da sofisticação da automação de marketing.

Segundo o estudo realizado pela empresa de pesquisa de mercado estadunidense Forrester Research em 2020, foi constatado que sites com várias páginas de conteúdo original como o da Valeon recebem 48% mais visitantes do que sites com pouco ou nenhum conteúdo exclusivo.

Já para aqueles que ainda estão se posicionando no mercado, o executivo acredita que uma atuação assertiva no mercado por meio do Inbound Marketing possa ser realizada por meio de criação de conteúdo em comunidades e grupos estabelecidos nas mais diferentes redes sociais. 

“O Inbound avança para todas as direções e o ideal é que não precisemos depender de nenhuma plataforma de uma grande empresa de tecnologia ou de um algoritmo para alimentar o tráfego”, ressalta Bedim.

O sócio-fundador da GB Creative sistematiza o marketing de entrada da seguinte maneira: primeiro, é preciso desenhar a estratégia; depois, gerar a demanda; então, converte-se e fideliza-se o cliente. 

“O Inbound Marketing é uma estratégia fundamental para que seja alcançada a automação dos processos digitais de uma empresa, gerando leads qualificados, diminuindo os custos de aquisição por cliente, melhorando o conhecimento do consumidor em relação ao seu produto ou serviço, otimizando o tempo de processo de venda e criando um canal de venda direto com o consumidor”, finaliza. 

ValeOn UMA STARTUP INOVADORA

A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma  Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.

Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.

Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.

Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.

inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.

Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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