domingo, 12 de setembro de 2021

VOCÊ DEVE TER CUIDADO COM O QUE POSTA NAS REDES SOCIAIS

 

Paula Tebett:

Então cuidado com o que você posta, pois atualmente as redes sociais são uma vitrine do colaborador e muitas empresas costumam analisar o que seus empregados postam desde antes da contratação até o momento em que ele permanece na empresa, a fim de evitar comentários ofensivos, maldosos e preconceituosos.

Como funcionário de uma empresa, você deve ter cuidado com o que posta em suas redes sociais!!

Por isso evite posicionamentos ofensivos, políticos e religiosos extremos, fotos com conteúdo explícito e constrangedor (principalmente no LinkedIn) e manifestações extremas de intolerância e preconceito.

Dessa forma, sugiro entrevista com a especialista em mídias sociais Paula Tebett para falar sobre o tema, apresentando formas de se portar nas redes socais sem praticar o cyberbullying e nem denegrir a imagem da empresa.

Paula Tebett é uma profissional brasileira de marketing digital, jornalista, palestrante, produtora de conteúdo da MlABS, maior plataforma de gestão de mídias sociais da América Latina.

Idealizadora do evento solidário Empreendedores do Bem, workshop e ciclo de palestras que reverte toda a renda para instituições carentes da cidade de Niterói (RJ). Esse é um evento que reúne propósitos em prol da causa social e da colaboração.

Trabalhou para marcas como: Jornal O Globo, Radio Mix fm e Paradiso Fm, Faculdade FACHA, Plaza Shopping Niterói, Insetisan, H Hotel, Biosys e Kovalent, Hi Happy Niterói, CREF (Conselho Regional de Educação Física), entre outros. O seu intenso e promissor trabalho a fez ser capa da Revista High Profile em fevereiro de 2021 sendo inclusive convidada para ser colunista fixa, sem contar os inúmeros convites para cursos, treinamentos e palestras nacionais e internacionais sobre empreendedorismo e marketing digital.

Vale a pena ler qualquer semelhança será mera coincidência !!!

Autor desconhecido

Um ladrão entrou no banco gritando para todos:

” Ninguém se mexe, porque o dinheiro não é seu, mas suas vidas pertencem a vocês.”

Todos no banco ficaram em silêncio e lentamente se deitaram no chão.

Isso se chama CONCEITOS PARA MUDAR MENTALIDADES

Mude a maneira convencional de pensar sobre o mundo.

Com isso, uma mulher ao longe gritou: ” MEU AMOR, NÃO SEJA RUIM PARA NÓS, PARA NÃO ASSUSTAR O BEBÊ “, mas o ladrão gritou com ela:

“Por favor, comporte-se, isso é um roubo, não um romance!”

Isso se chama PROFISSIONALISMO

Concentre-se no que você é especializado em fazer.

Enquanto os ladrões escapavam, o ladrão mais jovem (com estudos profissionais de contabilidade) disse ao ladrão mais velho (que tinha acabado de terminar o ensino fundamental):

“Ei cara, vamos contar quanto temos.”

O velho ladrão, obviamente zangado, respondeu:

“Não seja estúpido, é muito dinheiro para contar, vamos esperar a notícia para nos contar quanto o banco perdeu.”

Isso se chama EXPERIÊNCIA

Em muitos casos, a experiência é mais importante do que apenas o papel de uma instituição acadêmica.

Depois que os ladrões foram embora, o supervisor do banco disse ao gerente que a polícia deveria ser chamada imediatamente.

O gerente respondeu:

“Pare, pare, vamos primeiro INCLUIR os 5 milhões que perdemos do desfalque do mês passado e relatar como se os ladrões os tivessem levado também”

O supervisor disse:

“Certo”

Isso se chama GESTÃO ESTRATÉGICA

Aproveite uma situação desfavorável.

No dia seguinte, no noticiário da televisão, foi noticiado que 100 milhões foram roubados do banco, os ladrões só contaram 20 milhões.

Os ladrões, muito zangados, refletiram:

“Arriscamos nossas vidas por míseros 20 milhões, enquanto o gerente do banco roubou 80 milhões em um piscar de olhos.”

Aparentemente, é melhor estudar e conhecer o sistema do que ser um ladrão comum.

Isto é CONHECIMENTO e é tão valioso quanto ouro.

O gerente do banco, feliz e sorridente, ficou satisfeito, pois seus prejuízos foram cobertos pela seguradora no seguro contra roubo.

Isso se chama APROVEITANDO OPORTUNIDADES ..

ISSO É O QUE MUITOS POLÍTICOS FAZEM ESPECIALMENTE NESTA *PANDEMIA, ELES A USAM PARA ROUBAR E RESPONSABILIZAR O VÍRUS.

A startup digital ValeOn daqui do Vale do Aço, tem todas essas qualidades, não me refiro aos ladrões e sim no nosso modo de agir:

Estamos lutando com as empresas para MUDAREM DE MENTALIDADE referente à forma de fazer publicidade à moda antiga, rádio, tv, jornais, etc., quando hoje em dia, todos estão ligados online através dos seus celulares e consultando as mídias sociais a todo momento.

Somos PROFISSIONAIS ao extremo o nosso objetivo é oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes e respeitando a sociedade e o meio ambiente.

Temos EXPERIÊNCIA suficiente para resolver as necessidades dos nossos clientes de forma simples e direta tendo como base a alta tecnologia dos nossos serviços e graças à nossa equipe técnica altamente especializada.

A criação da startup ValeOn adveio de uma situação de GESTÃO ESTRATÉGICA apropriada para atender a todos os nichos de mercado da região e especialmente os pequenos empresários que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.

Temos CONHECIMENTO do que estamos fazendo e viemos com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos desenvolvendo soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Dessa forma estamos APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES que o mercado nos oferece onde o seu negócio estará disponível através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo chamada Plataforma Comercial ValeOn 24 horas por dia e 7 dias da semana.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WP)

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sábado, 11 de setembro de 2021

REFLEXÕES SOBRE O RECUO DO BOLSONARO ÀS SUAS AGRESSÕES AO STF

 

Em pratos limpos

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo

Old parchment or diploma scroll with wax seal and quill pen

Moralmente, a carta ou declaração de Bolsonaro/Temer é um acerto com “a” maiúsculo e todo trabalhado no gótico.| Foto: Bigstock

“Verba volant, scripta manent” 

No instante em que o presidente Jair Bolsonaro divulga uma surpreendente carta à nação e os leitores se encontram divididos entre a frustração e o regozijo, é meu dever, enquanto colunista da Gazeta do Povo, vir a público para dizer:

1 Michel Temer é provavelmente o maior negociador da história do planeta e adjacências. Não sei o que a ONU está esperando para colocá-lo num cargo vitalício para lidar com absolutamente todos os conflitos mundiais. Aparentemente não há Talibã que resista ao ex-presidente.

2 Resta saber no que se baseia o poder de convencimento do ex-presidente Temer. Será uma capacidade extraterrena de argumentação? Ou será que Temer dispõe de insondáveis elementos de coerção e moedas de troca? Seja lá o que for, é inegável que o ex-presidente conseguiu algo até então impensável: fez o sempre beligerante Jair Bolsonaro bancar o adulto da história e dar o primeiro passo rumo ao diálogo pacificador. Agora a bola está com o STF. Vai que é tua, Xande!

3 Depois de sua carta de pacificação, Bolsonaro terá de lidar com um “exército de frustrados”. São pessoas que saíram às ruas no dia 7 de setembro, que enfrentaram a hostilidade de parentes e amigos, que aguentaram serem xingados de fascistas, negacionistas e bolsominions. Ou seja, pessoas que, supostamente em nome da liberdade ou de uma versão muito particular de patriotismo, sacrificaram alguma coisa para expressar apoio ao presidente. Muitas dessas pessoas se sentem traídas e é preciso compreender esse sentimento.

4 São também pessoas (não todas!) que queriam um golpe de Estado. Não porque sejam más, autoritárias ou ustramente perversas, e sim porque perderam por completo a esperança na convivência entre os desiguais por meio do sistema atual. Elas acreditam que suas vidas estão ameaçadas se “o outro lado” sair vencedor. Essas pessoas devem ser respeitadas e compreendidas, nunca hostilizadas.

5 Mais do que os apoiadores de Jair Bolsonaro, os petistas (e toda a esquerda) são os mais furiosos com o gesto de pacificação do presidente. A esquerda sabe que precisa de um golpe e da beligerância constante de Bolsonaro para sobreviver.

6 Moralmente (e partindo do pressuposto de sua sinceridade, claro), a carta ou declaração de Bolsonaro/Temer é um acerto com “a” maiúsculo e todo trabalhado no gótico. O problema é que vivemos tempos maquiavélicos e consequencialistas, nos quais a ixperteza se sobrepõe ao que é moral. Muita gente esquece  que o derrotado moral é preferível ao vitorioso imoral.

7 As reações negativas à declaração de Bolsonaro só mostram que esse papo todo de “defesa da democracia” é uma enorme de uma balela. Fosse essa a realidade, estariam todos agora celebrando o gesto quase salomônico do presidente. O que se vê, contudo, é frustração de um lado e regozijo diante da “fraqueza presidencial” de outro.

8 Novamente, a palavra para compreender a situação é “consequencialismo”. Ela se refere a uma filosofia caracterizada pela capacidade de manusear “princípios maleáveis” a fim de se atingir objetivos amorais, quando não imorais. O consequencialismo é um fruto do nosso tempo, que ignora a transcendência e se atém apenas ao que é aparente e imediato.

9 Sem querer, a declaração de Bolsonaro revela que estamos cercados por esses degenerados consequencialistas, abutres do caos e que nele se regozijam. Vale dar uma olhada na reação da esquerda ao gesto pacificador do presidente. O tom é de humilhação, quando não de desconfiança. Eles perguntam quais as reais intenções de Bolsonaro porque estão acostumados a viver camuflando suas reais intenções.

10 Décadas de doutrinação deram nisso: há quem confunda “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, com o Evangelho.


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FAZEM 20 ANOS DO 11 DE SETEMBRO TERRORISTA NOS EUA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

As torres do World Trade Center em chamas após o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001.| Foto: Jason Szenes/EFE/EPA

Os ataques terroristas às Torres Gêmeas do World Trade Center e ao Pentágono, em 11 de setembro de 2001, são um desses eventos definidores de uma era. O “curto século 20”, subtítulo de um livro do historiador marxista Eric Hobsbawm, começara com a Primeira Guerra Mundial, em 1914, e terminara com a derrocada da União Soviética, em 1991. Os dez anos que se seguiram, entre o colapso do império comunista e os atentados em solo americano, foram uma espécie de intervalo em que parecia ter predominado o conceito de “fim da História”, de Francis Fukuyama – uma vitória incontestável do capitalismo, que se impunha como sistema hegemônico após o fim da Guerra Fria. O 11 de Setembro veio para mostrar que talvez Samuel Huntington, com sua tese de “choque de civilizações”, tivesse mais razão ao prever novos modelos de antagonismo, não tanto entre nações ou impérios, mas entre culturas.

Este 20.º aniversário do ataque é marcado especialmente pelas consequências imediatas da retirada norte-americana do Afeganistão, recentemente concluída e amplamente criticada interna e externamente pela forma como o país foi praticamente entregue às mãos dos extremistas do Talibã, na prática retornando o exato statu quo de antes dos atentados. Apenas com muita ingenuidade é possível crer nas promessas de “moderação” do “novo Talibã”, que já deu mostras suficientes de ser igual ou pior que o “velho Talibã” desalojado pelos norte-americanos, pois a repressão a mulheres e minorias já começou.

Como é possível que o mundo, hoje, esteja menos seguro e estável que 20 anos atrás, apesar das infinitas somas gastas na “guerra ao terror”?

Errou Donald Trump quando, sob o pretexto válido de encerrar a presença norte-americana no Afeganistão, aceitou dialogar com quem não merecia confiança. E errou ainda mais Joe Biden quando, em primeiro lugar, insistiu na retirada quando o Talibã já havia demonstrado não estar disposto a cumprir o acertado com Trump; e, em segundo lugar, pela maneira atabalhoada com que fechou a retirada. Até mesmo cidadãos norte-americanos foram deixados para trás, sem falar dos afegãos que colaboraram de alguma forma com as forças dos Estados Unidos nestas duas décadas e, por esse motivo, estão praticamente marcados para morrer nas mãos dos extremistas islâmicos.

Mas, se o Afeganistão volta 20 anos no tempo para ser o que era antes da invasão norte-americana, o mesmo não pode ser dito de vários outros países, o que levanta uma série de dúvidas sobre o sucesso – não sobre a necessidade, que fique claro – da “guerra ao terror”. O mundo se livrou de ditadores sanguinários como o iraquiano Saddam Hussein e o líbio Muamar Kadafi, mas o que veio em substituição a eles não foi a democracia ocidental, com respeito a direitos humanos e liberdades individuais, e sim o caos. O Estado Islâmico ascendeu no vácuo de poder deixado pela retirada norte-americana do Iraque, invadido sob o pretexto de ter armas de destruição em massa cuja existência acabou não comprovada. A queda de Saddam Hussein, aliás, encerrou um dos poucos regimes da região que tinham viés mais laico e que, a despeito de todas as barbaridades cometidas, garantiam alguns direitos de minorias religiosas e serviam de anteparo ao extremismo islâmico – o outro caso é o da Síria, devastada há anos por uma guerra civil.


A ascensão do extremismo islâmico e o aumento da instabilidade no Oriente Médio e norte da África levaram a Europa a viver duas crises simultâneas. A primeira foi o aumento do fluxo de refugiados, que nem sempre mostraram disposição em assimilar a cultura dos locais que os recebiam. A segunda foi o recrudescimento da atividade terrorista em solo europeu, que talvez só encontre paralelo nos anos 70 e 80 do século passado, quando o continente era aterrorizado por palestinos, grupos europeus de extrema-esquerda como o Baader-Meinhof e as Brigadas Vermelhas, e terroristas nacionalistas como os bascos do ETA e o Exército Republicano Irlandês. O jihadismo voltou a atacar a Europa em 2004, explodindo trens em Madri, e não parou desde então, com o auge dos atentados entre 2015 e 2017, incluindo os episódios do Charlie Hebdo e da boate Bataclan, ambos em Paris, e os ataques usando caminhões e vans em Nice, Berlim, Barcelona, Estocolmo e Londres.

Como é possível que o mundo, hoje, esteja menos seguro e estável que 20 anos atrás, apesar das infinitas somas gastas na “guerra ao terror”? Tarefas foram levadas a cabo pela metade e houve várias escolhas equivocadas, incluindo as de aliados: é incompreensível, por exemplo, a leniência norte-americana com o Paquistão, país onde Osama Bin Laden foi encontrado e morto em 2011 e que também sempre foi suspeito de abrigar e bancar terroristas; ou com a Arábia Saudita, país de origem de Bin Laden e de 15 dos 19 sequestradores do 11 de Setembro, e que promove uma vertente extremista do Islã, o wahabismo. O que sobrou em dinheiro faltou em inteligência e estratégia, tornando a luta contra o terror ainda mais difícil de vencer.


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BOAS PROJEÇÕES PARA O AGRONEGÓCIO

 

O Brasil que cresce

Por
Vandré Kramer – Gazeta do Povo

Lavoura de algodão: com grande potencial de crescimento das exportações, cultivo deve ser um dos destaques do agronegócio brasileiro nos próximos dez anos.| Foto: Pixabay

O espaço para o agronegócio brasileiro crescer é grande, apontam projeções realizadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) e pelo Ministério da Agricultura brasileiro.

As estimativas indicam que, nos próximos dez anos, as exportações de milho do Brasil podem crescer 45,8%; as de soja, 36,2%; as de algodão, 50,6%; as de carne bovina, 41,8%; as de suína, 44,4%; e as de aves, 43,6%.

Uma série de fatores contribui para isso, explica César de Castro Alves, da consultoria agro do Itaú BBA: a disponibilidade de terras, o clima favorável; a infraestrutura mais desenvolvida em relação a outros países que estão na mesma latitude; e a possibilidade de se colher de duas a três safras por ano. “O Brasil é um caso único de avanço tecnológico no agronegócio”, diz ele.

Ele aponta que há uma demanda internacional em expansão. Grandes oportunidades para o Brasil, segundo ele, estão na China, onde há um amplo mercado a ser explorado, e em países desenvolvidos, como nos EUA e na União Europeia.

Outros aspectos que também contribuem, segundo ele, são o ambiente rico em empreendedorismo e inovação, que fica evidente com a expansão das “agritechs”, e a sanidade e qualidade dos produtos brasileiros.

Necessidade de fazer a lição de casa
Mas, para intensificar a presença do produto brasileiro no exterior, é necessário intensificar a realização de acordos comerciais, afirma o especialista.

Atualmente, o Brasil possui acordos com Angola, Guiana, México, Panamá, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Venezuela. No âmbito do Mercosul, há parcerias com Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Egito, Equador, Índia, Israel, Peru e União Aduaneira da África Austral.

A expansão das exportações também vai exigir o aumento da produção. E ela pode ser obtida, segundo Castro Alves, por meio de ganhos de produtividade. “O que vem acontecendo no campo vai continuar a ser replicado, por meio da incorporação de mais tecnologia.”

Outra fonte de expansão na agricultura poderá vir do reaproveitamento de terras antes usadas pela pecuária, principalmente no Centro-Oeste.

O Brasil também terá de fazer a lição de casa. Uma das questões mais importantes, segundo os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, é a ambiental. “Isto trava a fluidez dos acordos comerciais”, ressalta o analista do Itaú BBA. O caminho passa por conter desmatamento e queimadas. E por um trabalho de relações públicas por parte do governo brasileiro.


Outro avanço necessário é na questão da infraestrutura, que pode melhorar ainda mais a competitividade da produção brasileira. “O agro avançou mesmo com carências neste setor. Imagine se elas fossem menores ou não existissem”, afirma o analista.

A falta de investimentos públicos e problemas em concessões privadas reduziram investimentos em infraestrutura rodoviária, aponta a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

“Um ganho muito importante neste sentido foi a possibilidade de escoar parte da safra do Centro-Oeste pelo Arco Norte. Isto tornou a produção de grãos brasileira mais competitiva”, comenta Castro Alves.

Um novo projeto, a Ferrogrão, pode reforçar o escoamento da safra de milho e soja pelo Norte do país. O governo prevê lançar, no 4.° trimestre, o edital da ferrovia que liga Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA), em uma extensão de 933 quilômetros. A proposta foi encaminhada para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) no ano passado. Porém, os trâmites relacionados ao projeto foram suspensos em março pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Outra necessidade apontada por Castro Alves é em relação à melhoria do nível educacional. “Há ilhas de excelência espalhadas pelo Brasil afora, mas é preciso avançar mais.” Um dos principais desafios é o de saber trabalhar com big data. Segundo o especialista, pouca gente está capacitada para pilotar novas tecnologias.

Grandes oportunidades para o algodão brasileiro
Um dos produtos com grandes oportunidades de expansão no cenário internacional é o algodão. As projeções do USDA sinalizam para um crescimento de 50,6% nas exportações brasileiras de algodão, atingindo 13,1 milhões de fardos (217,72 kg) em 2030/31 – a expectativa é de que o país responderá por um oitavo da produção mundial.

Atender à demanda internacional deverá ser a principal alternativa para os produtores, já que, de acordo com estudos do Ministério da Agricultura, o consumo interno desse produto deve apresentar ligeira redução nos próximos dez anos, situando-se em torno de 676 mil toneladas.

Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) isso deve destacar a importância do mercado internacional para o crescimento do setor nos próximos anos.

“O Brasil tem um potencial muito grande, principalmente no que se refere à qualidade da fibra e ao domínio da safrinha”, diz o especialista do Itaú BBA. E grande parte desse crescimento pode ser direcionado ao mercado asiático.

Produção de carnes pode ter expansão de 24% até 2031
O Ministério da Agricultura projeta, para os próximos dez anos, um crescimento de 24% na produção de carne de frango, bovina e suína, levando-a a 34 milhões de toneladas em 2031. Segundo estudos do órgão, as maiores expansões devem ocorrer na oferta de frango (27,7%) e suína (25,8%).

Os três tipos de carne poderão ter forte expansão no período. O USDA projeta que, em 2030, o Brasil será o maior exportador de carne bovina e de frango e o quarto no ranking de vendas de porco, atrás de União Europeia, Estados Unidos e Canadá.

O órgão norte-americano projeta crescimento de 23,5% nas exportações brasileiras de porco; 30% nas de frango e 33,8% nas de carne bovina.

Segundo o especialista em mercado de carnes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP), Thiago Bernardino de Carvalho, o Brasil tem boas condições competitivas. “São custos baixos de produção, uma indústria processadora eficiente e bons preços finais.”

Castro Alves, do Itaú BBA, aponta outro poderoso trunfo: “Não há casos de gripe aviária, nem de peste suína”. E as áreas livres de febre aftosa sem vacinação estão em expansão.

Potencial de crescimento do milho é grande
Outro produto com grande potencial de crescimento é o milho. As projeções do USDA sinalizam para uma expansão de 45,8% nas exportações, atingindo 60,2 milhões de toneladas. Esse mercado, aliado à demanda de milho para a produção de etanol, poderá contribuir para a expansão da safra do cereal.

A expectativa do Ministério da Agricultura é de que, no ano safra 2030/31, sejam colhidos 124 milhões de toneladas. Na última, foram 86,6 milhões de toneladas, por causa de problemas na segunda safra.

A China, um dos maiores consumidores do grão, não está conseguindo dar conta de tanta demanda. O país asiático está recompondo seu rebanho suíno, que foi afetado, nos últimos anos, pela peste suína africana.

O aumento na produção de milho não exigirá expansão sobre novas áreas, aponta o estudo realizado pelo Ministério da Agricultura. “Áreas de soja liberam a maior parte das áreas requeridas pelo milho. As chamadas áreas de reforma de culturas, como cana-de-açúcar, também costumam ser usadas com milho, amendoim e outras”, apontam os especialistas do ministério. Eles também sinalizam que é esperada uma produtividade crescente nos próximos anos.

Ritmo menor de crescimento da soja, com demanda mundial forte
O ritmo do crescimento de produção de soja deverá perder força ao longo dos próximos dez anos, aponta o Ministério da Agricultura. Se, nos últimos dez anos ela cresceu 103%, com um aumento de produtividade de 33%, a previsão é de uma expansão de 29,5% até 2030/31.

A expectativa é de que a área plantada com soja aumente 26,9%. É a lavoura que mais deve expandir a área e esse incremento deve acontecer em áreas do Matopiba – uma região formada por partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

“São terras de alto potencial produtivo”, apontam os pesquisadores do Ministério da Agricultura. A necessidade adicional de áreas também poderá ser suprida por substituição de culturas e aproveitamento de áreas dedicadas a pastagens.

O cenário-base do USDA projeta que, nos próximos anos, o Brasil atenderá a maior fatia da demanda mundial de soja, com 55,5%.


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STF OBSERVA ATITUDES DE BOLSONARO

 

Tensão entre Poderes
Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília

Ministros consideram que nota em favor da harmonia foi ‘bom sinal’, mas não basta| Foto: Marcos Correa/PR

A nota desta quinta-feira (9) na qual o presidente Jair Bolsonaro defendeu a harmonia e respeito entre os Poderes e se mostrou disposto ao diálogo ainda não convenceu os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que haverá, enfim, uma pacificação na relação com o Palácio do Planalto. O mesmo se dá em relação ao Tribunal Superior Eleitoral, cujo presidente, Luís Roberto Barroso, foi duramente criticado junto com o ministro Alexandre de Moraes pelo presidente, em discurso no último dia 7.

Interlocutores dos ministros disseram que o momento é de observar, pelos próximos dias, as atitudes de Bolsonaro, sobretudo porque, muito recentemente, após emitir sinais de apaziguamento, ele voltou a confrontar ministros e o próprio tribunal. Em julho, por exemplo, Bolsonaro saiu de uma reunião com Fux falando que os dois estavam “perfeitamente alinhados”. Semanas depois, apresentou um pedido de impeachment contra Moraes e voltou a insultar Luís Roberto Barroso.

Ao observarem as falas de Bolsonaro no dia 7, ficou ainda mais claro para vários ministros que o presidente é muito suscetível ao ânimo de seus apoiadores mais exaltados, nas ruas e nas redes sociais. Não haveria surpresa, por exemplo, se ele voltasse à carga contra ministros se perceber que perdeu popularidade entre seus seguidores. Nesta quinta, por exemplo, após publicar a nota estendendo a mão para Moraes, Bolsonaro voltou a provocar Barroso, dizendo que as urnas eletrônicas são “penetráveis”, em nova defesa do voto impresso, assunto que o ministro gostaria que estivesse encerrado.

Auxiliares também dizem que uma simples nota não é capaz de pôr fim, por exemplo, aos vários inquéritos que tramitam contra o presidente e seus apoiadores, seja no STF e também no TSE. “Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa”, disse um deles. “Qualquer movimento seria precipitado pra qualquer lado”, afirmou à reportagem outro interlocutor direto dos ministros.

De qualquer modo, a divulgação da carta e a ligação de Bolsonaro para Moraes foram vistos como um “bom sinal”. Também chamou a atenção de alguns ministros a reação positiva do mercado – nas últimas semanas, o STF enviou sinais de que não pretende comprometer a agenda econômica do governo em retaliação às críticas de Bolsonaro, mesmo tendo na pauta uma série de ações que poderiam prejudicar planos do Executivo nas áreas fiscal e de infraestrutura, por exemplo.

Após o discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista – no qual chamou Moraes de “canalha” e anunciou que não iria cumprir qualquer decisão dele – ministros diziam internamente que essas atitudes se voltariam apenas contra o presidente, dentro dos inquéritos que ele responde. As declarações constituiriam novas provas de crimes pelos quais ele já é investigado no inquérito das fake news, que incluem calúnia, injúria, difamação, apologia ao crime e denunciação caluniosa.

Moraes ainda tem sobre a mesa diversos pedidos de liberdade de apoiadores do presidente, como o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) e o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Apesar da expectativa entre apoiadores de que as prisões sejam relaxadas, o ministro ainda não deu sinais do que fará.

Outros riscos
Mas, além desses inquéritos, há outros riscos para Bolsonaro e também para sua família no curto prazo. Na próxima terça (14), por exemplo, a Segunda Turma do STF julgará um pedido do Ministério Público para que devolver à primeira instância da Justiça o inquérito contra o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no caso da “rachadinha”. O caso seria julgado no último dia 31, mas a defesa pediu o adiamento.

Os advogados do senador querem que o caso continue na segunda instância, porque isso facilitaria a anulação das provas, sob o argumento de que elas foram colhidas por autorização de um juiz incompetente para supervisionar a investigação. Até a semana passada, uma vitória do senador era dada como certa, mas o risco cresceu nos últimos dias. A decisão caberá a Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski.

Os dois últimos tendem a votar contra o foro privilegiado para Flávio. Um empate ainda o favoreceria, mas os ministros poderiam, em tese, adiantar o entendimento de que as provas colhidas na primeira instância continuam de pé. Flávio manteria o foro privilegiado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mas a denúncia contra ele ainda manteria, potencialmente, elementos para condená-lo.

Outro risco para Bolsonaro está na retomada de um julgamento, ainda sem data marcada, de uma ação do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) que busca obrigar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a analisar pedidos de impeachment contra Bolsonaro. A análise havia se iniciado nesta sexta (10), numa sessão virtual, na qual os ministros apenas apresentam votos por escrito. O ministro Ricardo Lewandowski, porém, interrompeu o julgamento para levar a discussão para uma sessão presencial no plenário. Ele cogita propor a fixação de um prazo para que o presidente da Câmara decida se abre ou não um processo de impeachment a partir das denúncias apresentadas.

No TSE, por sua vez, não há qualquer indicativo de que o inquérito aberto no início de agosto contra Bolsonaro possa arrefecer. Ele é investigado em razão da live de julho na qual acusou, sem provas, a ocorrência de fraudes nas urnas eletrônicas. A intenção do relator, Luís Felipe Salomão, é levar a investigação até o ano que vem.

Por si só, a investigação não é capaz de resultar em punições para Bolsonaro, mas qualquer nova declaração que fizer contra o sistema eletrônico – como as que ele fez no dia 7 – alimentam ainda mais o inquérito, como provas para uso no futuro. A ideia é que elas possam ser reaproveitadas por partidos ou adversários na eleição de 2022 para impugnar a candidatura de Bolsonaro à reeleição.


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BARROSO, LAVA JATO E MARCO TEMPORAL

 

Ponte para o futuro

Por
Bruna Frascolla – Gazeta do Povo

Ponte chinesa que supostamente ligará Salvador a Itaparica.| Foto: Divulgação

É humano descartar em bloco as afirmações de quem se provou antiético. Afinal, as pessoas falam muitas coisas e sair analisando uma a uma dá trabalho demais. Por isso lidamos no cotidiano com a ideia de poço envenenado: não acreditamos em ladrões, em mentirosos, em incompetentes ou em insensatos, porque a vida é curta e preferimos gastar nosso tempo com pessoas sensatas e honestas.

No entanto, às vezes as pessoas sensatas e honestas, justamente por serem sensatas e honestas, não têm contato com uma parte importante da realidade em que se praticam crimes e insanidades. Por isso existem coisas tais como delação premiada, em que o bandido tem de convencer os investigadores de estar falando a verdade.

Fora das delegacias, quando o país está todo imerso em crime e insanidade, convém voltarmos as orelhas aos loucos e malfeitores. Em especial agora que tratamos de concentração de poder. Segundo a esquerda nacional-desenvolvimentista, a Lava Jato foi uma operação para desmantelar o empresariado nacional.

Uma dose de razão aos nacional-desenvolvimentistas?
No calor da Lava Jato, não dávamos ouvidos ao esperneio dos petistas e muito menos aos nacional-desenvolvimentistas, responsáveis por políticas econômicas que levaram o país àquela que, mesmo após a pandemia, continua sendo a pior crise econômica registrada na sua história.

Voltemos àquela época. O Brasil já acompanhava placar de votação do Supremo e já sabia a escalação dos ministros. E mais: o STF não estava, como hoje, desmoralizado in bloco. Havia os ministros tidos por simpáticos à causa da Lava Jato. Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, ambos indicados por Dilma, eram dois deles. Até pelo menos 2018, Barroso estava nos Estados Unidos dando declarações favoráveis à Lava Jato. Foi também em 2018 que ele chamou Gilmar Mendes de “pessoa horrível, mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia”. Outros tempos. Não havia sombra do atual corporativismo no STF.

Se Dilma não aprovasse o instituto da delação premiada, não tinha Lava Jato. Poderia ser mera burrice inexplicável, mas depois saberíamos, por Palocci, que a intenção de Dilma era derrubar Lula e se tornar mais poderosa do que ele. Lula foi preso; Dilma terminou solta e elegível. Cunha foi preso, Geddel foi preso. Dilma terminou solta e elegível. Que há algo estranho aí, há; e não tenho a pretensão de saber a explicação disso agora.

Dando razão aos nacional-desenvolvimentistas, cabe notar que Lula foi solto, Cunha foi solto, Geddel foi inocentado e Marcelo Odebrecht continua preso.

Hipótese
Tenho a seguinte hipótese: existiu durante a Lava Jato uma cisão entre a velha esquerda nacionalista, que desejava um Brasil grande, com empresariado nacional se expandindo pelo terceiro mundo, e a nova esquerda, globalista (em direitês) ou entreguista (em esquerdês), que quer entregar o controle do Brasil a um punhado de ONGs bancadas por monopolistas europeus ou norte-americanos atualmente aliados à China. A nova esquerda era instrumentalmente favorável à Lava Jato.

O verdadeiro alvo da Lava Jato, para estes, era a Odebrecht. Ela era o gigante brasileiro que recolonizava Angola e Moçambique. Sabemos que a China hoje coloniza a África. Assim, a queda da Odebrecht significaria um ganho geopolítico para a China.

Outro alvo – perspectiva baiana
A Odebrecht era um gigante nacional criminoso. O agronegócio é outro gigante nacional a ser domado. Em geral, ele não pode ser domado com a descoberta dos seus crimes.

Na Bahia petista, as obras faraônicas deixaram de ser feitas pela Odebrecht para serem feitas pela China. E no extremo-oeste baiano, na área de cerrado, o agronegócio vai de vento em popa. Não cresceu, porém, sem cometer alguns crimes. A Operação Faroeste pegou uma porção de peixe graúdo do judiciário baiano por venda de sentenças. A história é enrolada (envolve até falso cônsul da Guiné), mas fato é que o judiciário baiano há muito não goza de boa reputação, e apenas com o agronegócio. Enquanto isso, os negócios com os chineses, responsáveis pela construção da ilha de Itaparica, são muito falados e pouco investigados. Fala-se em construção de uma cidade chinesa no Recôncavo baiano num esquema com terras de Daniel Dantas. Você pode ler sobre isto num tom ameno de coluna social neste jornal baiano.

Ao que parece, o judiciário é um rottweiler com os brasileiros e um poodle com a China e as ONGs. (E falo em ONGs tendo em mente a Bahia também. Interessados podem pesquisar a sorte dos criadores baianos de jegue perseguidos pela ONG Save The Donkeys. Na última vez que olhei, os abatedouros de brasileiros foram fechados e os jegues foram vendidos a abatedouros de chineses, que a ONG não processou.)

O outro alvo – perspectiva nacional
Que fazer para acabar com os fazendeiros brasileiros corretos, que não grilaram as terras nem desrespeitaram as mais draconianas legislações ambientais? Tomar as terras. Para isso, basta uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que é a do Marco Temporal.

Se o STF decidir contra o Marco Temporal, qualquer território brasileiro poderá ser considerado terra indígena. Os “índios” (ou ongueiros de iPhone que se dizem índios) podem invadir um terreno que está há décadas nas mãos do proprietário e reivindicar que ele vire uma reserva indígena. Os proprietários nem receberiam indenização – do jeitinho que foi com os arrozeiros da Raposa Serra do Sol.

O relator, Edson Fachin, já votou contra. A quem quiser se inteirar mais do tema, recomendo este texto de um antropólogo da FUNAI bastante diferente dos seus colegas que entraram na era petista.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/bruna-frascolla/barroso-lavajatista-e-o-vacuo-da-odebrecht/
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TOKENIZAÇÃO NO FUTEBOL

 

Felipe Escudero

Desde que foi criada, a tecnologia blockchain, que funciona como um livro de registro de dados imutável, se mostrou extremamente útil para uma infinidade de negócios e projetos para além das criptomoedas.

Umas das soluções que a blockchain viabiliza é a tokenização de ativos, que consiste na criação de uma representação digital de um ativo em uma rede blockchain. Um dos principais benefícios da tokenização de ativos via blockchain é a democratização dos investimentos e os clubes de futebol do Brasil já começaram a perceber o potencial revolucionário disso.

Conforme destacou Felipe Escudero, analista de criptomoedas e anfitrião do canal BitNada, a democratização dos investimentos chegou, de fato, ao futebol:

“Hoje é possível investir na receita dos clubes, e até mesmo em cestas de jogadores das bases dos clubes, sem precisar ser um empresário do meio, ou ter grandes fortunas para investir. Você pode participar do crescimento do seu clube e ainda obter lucro com isso, investindo valores a partir de 50 reais. E este é um nicho crescente. Empresas no Brasil e no mundo estão trabalhando pela tokenização de ativos e de receitas no esporte. E o futebol está se tornando um case de sucesso”, destacou Escudero.

Clubes brasileiros aderem à tokenização de ativos

Vasco da Gama, Cruzeiro e, mais recentemente, o Coritiba firmaram parcerias para tokenizar os direitos de jogadores de futebol formados nas bases dos clubes. Na prática, os direitos ligados ao Mecanismo de Solidariedade da FIFA — cujo propósito é recompensar os clubes que formam jogadores — foram transformados em ativos digitais.

Esses ativos podem ser adquiridos por investidores e apoiadores do clube que passam a possuir um “pedacinho digital” dos direitos do clube. A cada negociação de um dos atletas da “cesta de ativos”, na qual o token é baseado, o seu detentor pode obter lucros. Em contrapartida, esse sistema cria uma nova fonte de renda para os clubes.

Além da tokenização do mecanismo de solidariedades, clubes nacionais como Corinthians, Atlético Mineiro lançaram seus “fan tokens” a exemplo de diversos grandes clubes europeus como Paris Saint-Germain, Barcelona, Milan e Juventus. Neste caso, os tokens funcionam como um programa de sócio 2.0. Os detentores dos tokens podem participar ativamente de decisões internas dos clubes, podem ter acesso à experiências exclusivas, descontos em ingressos e materiais esportivos, entre outras coisas.

No início de setembro, o Corinthians comercializou 850 mil tokens de torcedor a US$ 2 que se esgotaram em apenas duas horas, evidenciando como esse mercado está aquecido no Brasil.

Até mesmo a Seleção Brasileira de Futebol aderiu aos fan tokens, lançando o token Brazilian Football Team (BFT). O lançamento foi um sucesso e os tokens se esgotaram em 30 minutos após uma rodada de pré-venda, rendendo R$ 90 milhões em receita.

Para Paulo Aragão, especialista em criptomoedas, cofundador do CriptoFácil e host no Bitcast, essa união entre a tecnologia das criptomoedas e esporte é algo extremamente benéfico para ambos os lados, pois abre um leque de opções sem precedentes.

“Para os clubes, o primeiro ponto positivo é, sem dúvidas, o financeiro. Quase todos os clubes mais tradicionais do Brasil passam por dificuldades financeiras. Os tokens que são referentes ao mecanismo de solidariedade da Fifa, como o do Vasco, possibilitam uma antecipação de recebíveis. Já os fan tokens criam uma nova receita.

Aragão destacou ainda que o Atlético-MG também lançou coleção de NFTs comemorativa à uniformes históricos, está comercializando cards únicos em uma plataforma internacional entre outras iniciativas.

“A verdade é que ainda não sabemos com exatidão tudo que será possível. O horizonte é muito positivo e os clubes que entenderem isso logo, terão vantagens.”

Contatos da assessoria

Tel: +55 21 98310-2866

Email: lorena@criptomoedasfacil.com

APLICATIVOS DE JOGOS E ENTRETENIMENTOS

 

Em 2020, as instalações de jogos hiper casuais apresentaram um crescimento de 43%, de acordo com o Relatório Mobile App Trends 2021 da Adjust. Em comparação, as instalações não hiper casuais aumentaram 26%. Mas apenas as instalações não contam a história toda. Os usuários gastaram 42% mais tempo em jogos hiper casuais do que em outras categorias de jogos. Comparando a primeira metade de 2020 com a primeira metade de 2021, as instalações hiper casuais cresceram 109% e as sessões, 34%.

Em geral, os aplicativos de jogos apresentam uma sessão mais longa. Isso faz sentido em aplicativos de entretenimento, ao contrário de, por exemplo, aplicativos de bancos e de pagamento, nos quais os usuários só precisam de alguns segundos para atingir seus objetivos. As sessões em aplicativos de jogos não hiper casuais tiveram um crescimento anual de 27% em 2020, enquanto as sessões em hiper casuais cresceram 36%. Apesar do grande crescimento na duração da sessão, as sessões nos aplicativos de jogos hiper casuais ficaram por volta dos 18,78 minutos, e nos aplicativos de jogos casuais e jogos de esporte, 21,19 e 22,77 minutos, respectivamente.

Podemos observar padrões parecidos no tempo gasto in-app. Na categoria de jogos, os números médios são muito superiores aos de outras categorias, com os dias 0, 1, 3, 7, 30 registrando 24, 53, 48, 47 e 45 minutos no quarto trimestre de 2020. Os jogos hiper casuais, entretanto, são uma história completamente diferente, com quedas significativamente mais rápidas. Nossos dados do quarto trimestre revelam que no dia 0, o tempo gasto in-app é oito minutos, passando para 15 no dia seguinte. No sétimo dia, o tempo gasto cai para nove minutos — indo para sete minutos no dia 30.

O que os dados revelam sobre os jogos hiper casuais

A categoria hiper casual é caracterizada por taxas de retenção mais baixas. Analisando o quarto trimestre de 2020, a Adjust descobriu que a categoria de jogos não casuais tem melhor retenção no dia um, com quase 30%, seguida pelo hiper casual, com 27%. Contudo, apenas 7,5% dos usuários de aplicativos de de jogos hiper casuais retornam no dia sete (em comparação com uma taxa média de 15,2% em todas as categorias) e apenas 1,75% retorna no dia 30.

Essa taxa de retenção baixa ocorre, pelo menos em parte, devido aos mecanismos simplórios desses jogos e do “efeito de bola de neve” que os desenvolvedores usam para colocar os usuários no funil em direção ao próximo jogo da fila. A natureza dos jogos hiper casuais forçam que os profissionais de marketing não concentram seus esforços em melhorar a retenção — em vez disso, eles precisam aperfeiçoar a arte de monetizar usuários rapidamente e enviá-los ao próximo jogo.

Isso também explica por que os jogos hiper casuais têm mais parceiros do que os outros aplicativos — e, até mesmo, outros jogos. O número médio de parceiros por aplicativo gira em torno de cinco para todas as categorias, passando para seis no quarto trimestre de 2021. A categoria de jogos não casuais está acima da média das outras, com sete parceiros, mas os jogos hiper casuais possuem ainda mais: nove, em geral. (Dica extra: Considere aumentar o número de parceiros que você está trabalhando.)

Os jogos hiper casuais precisam obter a receita máxima por usuário nos primeiros dois dias após o download, visto que as taxas de retenção caem rapidamente passado esse período. Esse objetivo é especialmente importante uma vez que a categoria tem a maior taxa de instalações pagas versus instalações orgânicas, chegando a 3,17 no quarto trimestre. Para deixar claro,isso não é ruim. Como os preços de instalação são muito baratos, os jogos hiper casuais tentam levar o número máximo possível de usuários para os seus aplicativos em um período curto de tempo. Além disso, dentro da janela de dois dias, os jogos hiper casuais costumam usar promoções cruzadas na publicidade, a fim de adquirir usuários para outros aplicativos do mesmo desenvolvedor (é por isso que as taxas de opt-in para jogos no App Tracking Transparency do iOS 14.5+ têm sido altas — os usuários de jogos gostam de publicidade direcionada).

Em comparação, a taxa de instalações pagas versus instalações orgânicas para a categoria de jogos no geral foi de apenas 0,69 no mesmo trimestre.

Obviamente, quando você paga por usuários, monetizá-los é vital. Os jogos hiper casuais se diferenciam da categoria como um todo — não apenas em termos de custo, como também da estratégia necessária para monetizar com eficácia. Então, o que os profissionais de marketing precisam saber?

Como monetizar jogos hiper casuais rapidamente

Geralmente os jogos hiper casuais são gratuitos, o que significa que eles monetizam através de anúncios. E o caminho mais rápido para o sucesso com essa estratégia é publicar anúncios personalizados. Com frequência, pensamos na personalização em termos dos produtos que anunciamos ou usando o nome da pessoa. No mundo hiper casual, os profissionais de marketing precisam encarar a personalização de outra forma. Isso é especialmente importante com o iOS 14.5+ e o foco maior na privacidade.

Experimente com a frequência com que os anúncios são exibidos — os usuários de aplicativos de jogos hiper casuais costumam ver mais anúncios e são mais tolerantes em relação à frequência. De fato, esses aplicativos podem mostrar mais anúncios do que o jogo em si dentro de um minuto e, ainda assim, prender a atenção do público e gerar receita. Porém, há limites. Nossa pesquisa revelou que os aplicativos que mostram mais de quatro anúncios por minuto atingem o máximo de US $35 mil por mês em receita. O ideal é ter entre dois a três anúncios por minuto, um total com que as empresas produtoras de jogos hiper casuais podem aumentar a receita em até 10%. (Ironicamente isso pode significar que os aplicativos de jogos hiper casuais se encontram em uma posição melhor na era pós-IDFA, na qual eles precisarão mostrar mais anúncios para compensar a perda da receita de anúncios mais direcionados.)

Os profissionais de marketing também podem ajustar os formatos dos anúncios usados — vídeos, intersticiais, nativos — com base nas preferências do usuário. Se você descobrir que os usuários estão se engajando mais com anúncios em vídeo do que com anúncios intersticiais, não perca tempo com anúncios de baixa performance. Se você estiver empregando anúncios recompensados que estão se tornando cada vez mais populares, experimente diferentes prêmios para ver quais são mais interessantes para os usuários.

Monetizar jogos gratuitos é uma questão de equilíbrio, sobretudo para os hiper casuais, nos quais os jogadores vêm e vão rapidamente. Porém, os publishers de aplicativos da categoria podem usar isso em benefício próprio — assegurando que os usuários que curtem o jogo passem para o próximo quando estiverem prontos para um novo desafio. Com isso, é possível manter mais usuários no portfólio, e assim os aplicativos podem monetizar mais.

A Adjust é a plataforma de analytics mobile utilizada por profissionais de marketing do mundo inteiro, com soluções para atribuição, otimização de campanhas e proteção de dados. Em 2021, a Adjust foi adquirida pela AppLovin, empresa líder em softwares de marketing e responsável por fornecer aos desenvolvedores um poderoso e integrado conjunto de soluções para o crescimento de aplicativos mobile.

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