segunda-feira, 16 de agosto de 2021

MINISTRO DA ECONOMIA DEFENDE DELIVERY DE COMBUSTÍVEIS

 

 JULIO WIZIACK – Folha de São Paulo 

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) defende agora a massificação dos aplicativos de delivery de gasolina e etanol, uma espécie de iFood dos postos hoje em fase de testes em três bairros do Rio de Janeiro.

Seria mais um passo em favor da ampliação da concorrência e da derrubada do preço de combustíveis após a abertura completa do mercado de revenda.

A ideia já tinha sido defendida pelo ministério em uma nota técnica enviada em julho para a ANP (Agência Nacional de Petróleo) em resposta à minuta de uma consulta pública sobre o novo marco regulatório do setor.

No entanto, a agência foi atropelada pelo governo que baixou uma medida provisória na semana passada acabando com as restrições à compra de combustíveis pelos postos.

Antes, os postos com bandeira -que têm a marca da distribuidora- eram proibidos de vender combustíveis de outros fornecedores.

À reportagem a Economia disse ter verificado a existência de “demanda e a possibilidade de oferta ou fornecimento dos produtos com segurança e qualidade [via aplicativos], razões suficientes para que não se impeça a livre iniciativa empresarial”.

“Essa tecnologia já é corriqueira em entregas e, talvez, resulte em um controle até maior das atividades de abastecimento da solução de delivery de combustíveis, surgida por meio da ampliação do uso de aparelhos celulares.”

Essa modalidade de venda surgiu sem anuência da ANP em 2019.

O aplicativo continua sendo monitorado pela agência, mas os técnicos da Economia afirmam que a Lei de Liberdade Econômica e uma resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) já abriram espaço para o uso massificado de novas tecnologias que estimulem a concorrência no setor.

Os técnicos da agência também consideram que esse tipo de serviço deveria ser difundido dentro da chamada regulação Sandbox.

Por ela, uma empresa pode oferecer um produto ou serviço ainda sem regulação, desde que o órgão de controle acompanhe de perto o processo com o intuito de desenvolver regras específicas para aquela inovação, caso seja necessário.

Em um parecer enviado à Superintendência de Fiscalização do Abastecimento da ANP, os técnicos da agência mencionam casos do Reino Unido, Austrália e Singapura.

Nos EUA, empresas como Filld, WeFuel, Yoshi, Purple e Booster Fuels passaram a operar com o delivery de combustível sem que houvesse regulação sobre o serviço. Posteriormente, o regulador definiu limites para o tamanho dos tanques e locais permitidos para o abastecimento por essas empresas.

No Brasil, a ANP submeteu a consulta pública algumas regras pré-definidas para o funcionamento desses aplicativos.

Dentre elas, a agência exige que o dono do serviço de delivery também tenha um posto e restringe a venda à gasolina e ao etanol.

O veículo que fará o delivery só poderá carregar até 2.000 litros de combustível e a venda só poderá ser realizada dentro do mesmo município.

Também precisará ser equipado com equipamentos para a realização da análise de amostras de combustível, para verificação de sua qualidade, caso sejam abordados por fiscais. O sistema de venda precisa estar conectado com a ANP.

Hoje, o único aplicativo em funcionamento é o GoFit. Ele foi lançado pelos donos da Refit (antiga Refinaria de Manguinhos) e está instalado em 90 mil celulares. Por enquanto, atende somente três bairros do Rio de Janeiro.

A solução funciona para aqueles que não querem ir até o posto para abastecer o veículo. Neste caso, aciona o GoFit e pesquisa o melhor preço.

Ao fechar a compra, uma caminhonete leva o combustível até o local do comprador e efetiva o abastecimento.

Os aplicativos têm apoio das revendas porque, por essa opção, em vez de atender somente no varejo, elas podem vender também no atacado. Isso multiplica, e muito, as vendas de cada posto.

Outra vantagem é a pressão que esses aplicativos poderão exercer pela queda do preço do combustível nas revendas. Ganharão a preferência os postos que oferecerem os melhores preços já que o dono do aplicativo só vai ganhar com a taxa de intermediação.

Combustível via aplicativo

ANP propõe regras para venda de combustível por delivery

Atuação

Empresa dona do aplicativo não poderá operar somente o delivery

Será preciso ter posto físico

Cobertura

O delivery só pode ser feito dentro dos limites do município onde se encontra o posto revendedor

Produtos

Os únicos combustíveis permitidos no delivery serão gasolina e etanol

Diesel e GNV ficam de fora

Somente postos que estejam em dia com o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis poderão operar delivery

Abastecimento

O veículo que fará o delivery somente poderá carregar, ao todo, 2.000 litros de combustível (ou somente gasolina, ou somente álcool, ou os dois em recipientes separados)

Locais

O abastecimento não pode ser feito em superfícies que não sejam impermeáveis

Também fica vedado o abastecimento em garagens, em “áreas subterrâneas” e em locais onde seja necessário parar em fila dupla ou em local proibido de estacionar

Fatura

A venda deve ocorrer somente em “sistema, plataforma eletrônica ou aplicativo” cujos dados possam ser acessados pela ANP para fiscalização

Qualidade

O veículo usado no delivery deverá possuir “os materiais e equipamentos necessários” para a realização da análise de amostras de combustível, para verificação de sua qualidade

​Fonte: ANP (Agência Nacional de Petróleo)

PRESSÃO POPULAR VAI ORDENAR IMPEACHMENT DE MINISTROS DO STF

 

 Poder360 

O cantor e ex-deputado Sérgio Reis divulgou um áudio pelo WhatsApp em que diz que vai entregar uma “intimação” ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para que “aprove” o voto impresso e derrube os 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em até 72h.Cantor Sérgio Reis disse que o presidente do Senado terá 72h para aprovar voto impresso e derrubar os ministros do STF© Reprodução/Instagram Cantor Sérgio Reis disse que o presidente do Senado terá 72h para aprovar voto impresso e derrubar os ministros do STF

Segundo o cantor, o ultimato será entregue em 8 de setembro, por ele, 2 líderes dos caminhoneiros e 2 líderes dos produtores de soja. Sérgio Reis disse que, caso as reivindicações não sejam atendidas no prazo, “o país vai parar”“Norte a Sul, Leste a Oeste. Os plantadores de soja vão pôr as colheitadeiras nas estradas, ninguém pode andar, nem carro particular, nem ônibus. Todos estão sendo avisados.  Ônibus que vier com passageiro vai ter que voltar para trás. Só vai ter ambulância, polícia, bombeiro, uma emergência”. 

“Não é um pedido, é uma ordem. É assim que eu vou falar com o presidente do Senado”, declarou. O ex-deputado diz que o documento que entregará será uma “intimação”“É como um oficial de Justiça”, afirma o sertanejo.

A PEC (proposta de emenda à Constituição) que previa a impressão dos votos da urna eletrônica foi rejeitada na Cãmara na 3ª feira (10.ago). Pacheco já disse que considera o tema como “resolvido” e que não abordará o assunto no Senado.

As falas do Sérgio Reis foram alvo de comentários no mundo político de Brasília. Congressistas da oposição pedem inclusive a prisão do ex-deputado.

O cantor afirma que enquanto o Senado não tomar uma posição, um grupo de manifestantes ficará em Brasília. “Se em 30 dias eles não tirarem aqueles caras [ministros do STF], nós vamos invadir, quebrar tudo, e tirar os caras na marra. A coisa está séria”.

No áudio, Sérgio Reis disse que tem feito reuniões com lideranças dos caminhoneiros, e que decidiram não fazer nenhum movimento no dia 7 de setembro, quando comemora-se a Independência do Brasil. “Nenhuma manifestação, pela data, pelo desfile, para não atrapalhar o presidente. Mas vamos parar em volta de Brasília”. 

O cantor afirmou também que se reuniu em Brasília com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa Walter Braga Netto e “generais do Exército, Marinha e Aeronáutica”. “São pessoas importantes, e eles não tinham ideia do que está sendo preparado pelos caminhoneiros, pela sociedade.”. 

PRESSÃO NO SENADO PARA IMPEACHMENT DE MINISTROS DO STF

 

Pedidos de impeachment

Por
Célio Martins

Maioria dos pedidos de impeachment apresentados no Senado são contra Alexandre de Moraes e Roberto Barroso.| Foto: Fellipe Sampaio/STF

O presidente Jair Bolsonaro publicou no sábado (14), nas redes sociais, que apresentará ao Senado pedido de impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O anúncio é mais uma ofensiva do presidente e de seus aliados contra integrantes da Suprema Corte brasileira.

Desde que tomou posse, em fevereiro desde ano, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas), já recebeu pelo menos 17 pedidos de investigação contra membros do STF. Em abril eram 10 pedidos, o que mostra que as ações pela abertura de processos contra ministros do Supremo vêm aumentando.

Grande parte dos pedidos de impeachment apresentados ao Senado Federal tem como alvo o ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos como o das ‘fake news’ e o dos ‘atos antidemocráticos’. Pelo menos seis pedidos de abertura de processo contra ministros do Supremo miram Moraes.

No último dia 9, Moraes determinou a abertura de uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro por vazamento de inquérito sigiloso da Polícia Federal. Na sexta-feira (13), Moraes mandou prender o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, por ataques às instituições democráticas.

Outro alvo dos pedidos de impeachment é o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem que se posicionado contra o voto impresso defendido por Bolsonaro e aliados. Pelo menos 5 pedidos de abertura de processo são contra Barroso.

O último pedido de impeachment de Barroso foi apresentado ao Senado no dia 6 de agosto, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), presidido por Roberto Jefferson. De acordo com a ação, Barroso “tem atuado e se manifestado ostensiva e intensivamente contra a adoção do voto impresso no país, utilizando-se do cargo que ocupa para descredibilizar o voto impresso, que é objeto de debate no Congresso Nacional”.

Além de Alexandre de Moraes e Roberto Barroso, também são alvos de pedidos de abertura de investigação no Senado os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Há ainda um pedido contra todos os ministros do STF.

Antes de Pacheco assumir a presidência do Senado, vários outros pedidos de impeachment de ministros do Supremo haviam sido apresentados na casa legislativa. Todos, porém, foram arquivados por Davi Alcolumbre (DEM-AP) antes de deixar o cargo.

A presidência do Senado nunca deu andamento a processos contra ministros do STF. Nenhum magistrado da Corte foi impedido de exercer o cargo em decorrência de processo de impeachment.

O médico Cândido Barata Ribeiro foi o único ministro do STF que foi barrado pelo Senado depois de ter tomado posse, mas o motivo não foi impeachment. | Arquivo Senado
Na história, apenas um ministro do STF foi afastado pelo Senado, há mais de 120 anos, mas não por impeachment. Em 1893, o ministro Barata Ribeiro assumiu o cargo indicado pelo então presidente Floriano Peixoto. Na época, a sabatina com os ministros era feita no Senado após ele assumir o cargo. A sabatina ocorreu em 1894, quando os senadores chegaram à conclusão de que Ribeiro não atendia ao requisito de possuir “notável saber jurídico”, e reprovaram a indicação.

Parlamentares próximos a Pacheco têm afirmado que o pedido de Bolsonaro, caso venha a ser apresentado, deverá entrar na fila atrás das outras ações com a mesma finalidade paradas no Senado. A tendência, segundo esses interlocutores, é que todos os pedidos serão arquivados.

Diante da possibilidade de os pedidos de abertura de processo contra ministros do STF não irem em frente, aliados de Bolsonaro articulam uma mobilização em todo o país para o dia 7 de setembro, data que coincide com 0 Dia da Independência do Brasil.

Alguns articulistas da manifestação de 7 de setembro têm feito ameaças ao STF. Em um áudio que viralizou nas redes sociais, atribuído ao cantor Sérgio Reis, a mensagem é que será dado um “ultimato” ao presidente do Senado e, caso nada seja feito, o país será parado e que os manifestantes vão “quebrar tudo” no Supremo para retirar os ministros de lá “na marra”. Já o pastor Silas Malafaia convocou os evangélicos de todo o país a participarem da manifestação.


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STF DESRESPEITA O DEVIDO PROCESSO LEGAL

 

Acusador e julgador

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Roberto Jefferson| Foto: Weleson Nascimento/Divulgação PTB

O ex-deputado Roberto Jefferson está preso em Bangu 8. Na audiência de custódia, ele pediu para ir para prisão domiciliar, mas não conseguiu. Eu fico pensando: como pode acontecer uma coisa dessas num país democrático? E fica todo mundo olhando. Câmara e Senado ficam olhando. Os meios de informação também, deixando acontecer uma coisa totalmente inconstitucional, ilegal.

Nunca se viu um processo em que aquele que se sente ofendido é que abre o inquérito, investiga, julga, pune, manda prender… Sem Ministério Público. Pode dizer: mas o Supremo aprovou. Sim, o Supremo todo está responsável por isso. Parece que o único que não votou a favor disso foi o ex-ministro Marco Aurélio.

Mas é um inquérito com base no artigo 3 do Regimento Interno do STF. Foi aberto em março de 2019 e continua até hoje. Mas se há suspeita de crime de injúria, difamação e calúnia, como é o caso de Jefferson, faz-se então a notícia-crime e manda para a Justiça de primeira instância. O Roberto Jefferson não tem foro privilegiado. O foro dele não é o Supremo. Ele não tem mandato eletivo.

Então, vai para o Ministério Público, a polícia abre inquérito, o Ministério Público denuncia, depois é que vai para um juiz julgar. Esse é o devido processo legal, mas não se está obedecendo o devido processo legal. Isso não é Estado de Direito. Não tem a menor dúvida. Qualquer juiz de primeira instância, advogado ou estudante de Direito sabe disso.

Qualquer pessoa que leia a Constituição vai ver que lá está escrito. Artigo 127: o Ministério Público é essencial. Está escrito no artigo 220: a liberdade de expressão, não se admitirá a censura prévia. E, no entanto, temos presos políticos, presos por opinião. Está aí um deputado, com anuência da Câmara Federal; um jornalista, que já foi preso; e por aí vai algo que não tem base a não ser no Regimento Interno do Supremo.

E o Supremo, diz a Constituição, é o guardião da Constituição. Ou seja, ele é que deveria ser o primeiro a impedir que alguém descumpra a Constituição. E a alegação é paradoxal porque Jefferson foi preso, supostamente, diz a justificativa, por atentados contra a democracia. Mas a prisão dele é um atentado contra a democracia.

E ainda diz que, está escrito lá no despacho do ministro Alexandre de Moraes, que o ex-deputado faz parte de uma “possível organização criminosa”. Como assim, possível? Não é nem provável ? Possível é qualquer coisa. Disse ainda que ele busca desestabilizar as instituições republicanas. Qual foi  a consequência das falas dele? Nenhuma, não teve consequência. Foi pura liberdade de expressão e não teve consequência. Ninguém resolveu dar uma facada numa autoridade ou jogar pedra num policial ou quebrar uma vitrine ou tocar fogo num ponto de ônibus por causa dele.

Então são coisas que a gente está vendo na nossa democracia. Imagina só: para a pessoa que quer segurança para o voto é uma atitude antidemocrática. Quem disse que não precisa segurança para o voto — o STF — é uma atitude democrática. É risível, porque ofende tanto a razão e a lógica que vira risível uma coisa dessa.

“Engasguei comigo mesma”
A Polícia Civil concluiu que a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que sofreu lesões enquanto dormia, “caiu de sua própria altura”. Isso me faz lembrar de uma frase da então presidente Dilma Rousseff que disse: “eu me engasguei comigo mesma”.

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DITADURA DA TOGA NO BRASIL

 

Por
Guilherme Fiuza – Gazeta do Povo

| Foto: Pixabay

A imprensa que está brincando de atiçar a prepotência do STF talvez um dia se arrependa disso. Transformar o direito num campo de várzea onde da sobrancelha para baixo é tudo canela pode parecer excitante no princípio: você posa de herói da resistência, arrebanha uns trouxas, dá uma vitaminada nas suas oportunidades imediatas e vislumbra um final feliz na bolha. O chato é a tendência que insiste em rondar toda bolha: um dia estoura.

E quando essa aí estourar, toda a malandragem que hoje lhe parece inexpugnável ficará ao relento – exposta à dura realidade que você não quer ver: ao ar livre, essa vitamina que hoje te faz invencível não será suficiente para a sobrevida de 24 horas de um rato. Sabe aquela história de virar abóbora? Pois é. Quando a bolha estourar, virar abóbora pode até vir a ser uma boa opção para você, diante das outras.

Prende e arrebenta! Esse é o coro inconfessável – mas audível – de boa parte dos que passaram a vida se dizendo democratas e murmurando contra ameaças autoritárias. Dane-se a lei. Surgiu uma oportunidade legal, dentro da bolha estão todos catequisados para o mesmo fingimento: os enviados de Belzebu tomaram o país e vale tudo para eliminá-los. A liberdade econômica e cívica que venha deles a gente mata no peito, baixa na terra e põe para os cachorros comerem. Aqui na bolha não entra esse tipo de coisa.

O negacionismo chique produz uma sensação bastante confortável para os seus adeptos. Se o país inteiro sair às ruas por liberdade e eleições limpas, fique em casa de olho na TV. Você terá a confortante certeza de que nada aconteceu. Talvez até você chegue à conclusão de que o povo nem existe. Por via das dúvidas, entre no zoom e pergunte aos seus amigos empáticos da quarentena vip que também não viram violação alguma do sistema eleitoral: o povo existe?

À luz da ciência, eles vão te responder: não há provas concretas. E aí vocês todos, que são iluministas e não terraplanistas, farão o dever de casa: percorrerão a grande mídia para checar o boato de que haveria povo na rua de norte a sul do país. A checagem terminará com mais uma gloriosa certeza científica: não tinha povo nenhum. As manchetes estavam limpinhas, falando de coisas muito mais cultas e evoluídas. Fake news.

Quem reclamar da vulnerabilidade das urnas depois da prova de que o sistema eleitoral foi invadido em 2018 ganha um alerta: por enquanto vai ser só chamado de terraplanista. Se insistir na blasfêmia vira alvo de inquérito. Depois que os heróis do STF contra o fascismo imaginário exterminaram até conta em rede social fora do Brasil – alegando ameaça de subversão à ordem – imagina o que eles têm para oferecer a quem duvidar do imaculado sistema inauditável do TSE? Melhor confiar.

O Senado Federal, que está numa fase exuberante – engavetando com bravura todas as denúncias contra os abusos do STF e fazendo tudo o que os vassalos da moderna ditadura chinesa mandam – está tirando do forno uma legislação quentinha para calar a boca de quem falar coisas erradas. Fingindo sepultar a Lei de Segurança Nacional (o fingimento humanitário é a alma do negócio, como você já reparou) os senadores vêm com uma mordaça linda, onde você pode botar o escudo do seu time ou outra mensagem que os aderecistas de focinheira hoje em dia fazem com o pé nas costas.

O melhor da festa é que os supremos xerifes não precisarão mais da imprensa amiga para retocar os seus atropelos e avalizar docemente a sua brutalidade. Com a criminalização da “comunicação enganosa” tudo que eles quiserem que seja fake news e atentado à democracia, será. É a legalização da ditadura – em nome da democracia.

Não gostou? Acha que a República da Bolha foi longe demais? Ué, então faz alguma coisa. O que? Sei lá. Começa com um peteleco. Bolha é bolha.


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domingo, 15 de agosto de 2021

GOVERNO GASTA MUITO E A EDUCAÇÃO PIORA

 

Ineficiência da máquina pública
Por
Jocelaine Santos, especial para a Gazeta do Povo

Mesmo aumentando os investimentos na educação, a qualidade da educação não cresceu no mesmo ritmo.| Foto: AEN

Os recursos aplicados na educação nas últimas duas décadas poderiam ter colocado a educação básica brasileira acima da média mundial. É o que reafirma um estudo do Banco Mundial, publicado no final de julho de 2021. Apesar de aumentar significativamente os investimentos no setor, reduzir a desigualdade de financiamento entre os estados ricos e pobres, a qualidade da educação não cresceu no mesmo ritmo – pior, teve evolução ínfima, com exceção dos primeiros anos do ensino fundamental.

Em 2015, o país aplicou 6% do PIB em educação, mais do que a média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 5,5%, mas ficou bem abaixo no desempenho nas provas que avaliam a aprendizagem. Na última edição do Programa de Avaliação Internacional de Alunos (Pisa), feita em 2018, por exemplo, os estudantes brasileiros de 15 anos alcançaram 413 pontos, enquanto a média internacional, comparada com mais de 70 nações, foi de 487 pontos. No ranking, o país ficou em 58° lugar em leitura, 66° em ciências e em 72° em matemática, com notas bem abaixo da média de outras nações participantes, algumas que gastam menor proporção do PIB em educação, como o Chile.

Essa discrepância entre gasto e resultado, caso não seja resolvida, vai atrasar o país por décadas e até séculos. Para os autores da análise do Banco Mundial, no ritmo atual, o Brasil levará 75 anos para atingir a pontuação média internacional do Pisa em matemática e 263 anos para atingir a pontuação média em leitura.

O estudo conduzido pelos pesquisadores do Banco Mundial André Loureiro, Louisee Cruz e Ursula Mello, faz parte da coletânea The Role of Intergovernmental Fiscal Transfers in Improving Education Outcomes (“O papel das transferências fiscais intergovernamentais na melhoria dos resultados da educação”, em tradução livre). A publicação traz sete estudos de caso analisando o sistema de repasses de recursos públicos para a educação no Sudão, Uganda, China, Bulgária, Indonésia, Colômbia e Brasil.

No caso brasileiro, a conclusão dos pesquisadores foi clara. “Há um enorme espaço para aumentar a qualidade e eficiência do investimento em educação”, destacou André Loureiro, economista sênior de Educação do Banco Mundial e um dos autores do estudo. Embora o gasto por aluno no Brasil ainda seja relativamente baixo na educação básica, o incremento no volume de recursos destinados à educação registrado nas últimas duas décadas deveria ter resultado em melhoras substanciais na aprendizagem dos alunos.

O estudo alerta que o desempenho do Brasil está abaixo dos resultados que poderiam ser esperados, dados os níveis atuais de gastos por aluno. Segundo análise da OCDE, divulgada m 2019, o Brasil investe anualmente US$ 3,8 mil por aluno do ensino fundamental e US$ 4,1 mil por alunos do ensino médio. Para os pesquisadores, com esse custo, os estudantes brasileiros deveriam atingir pontuações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) aproximadamente 40% mais altas do que os níveis atuais. Em 2019, a média nacional do Ideb foi de 3,9 no ensino médio e 5,7 no ensino fundamental. A escala do índice vai de 0 a 10.


Saber gastar
Para o professor João Batista Oliveira, doutor em Educação pela Universidade do Estado da Flórida e presidente do Instituto Alfa e Beto, o resultado do estudo era previsível. Ele lembra que, além do acréscimo significativo no volume de recursos destinados à educação, a mudança no perfil de crescimento demográfico no Brasil, que fez o número de estudantes diminuir ao longo dos anos, também tem reflexos no montante investido em cada aluno. Ainda assim, os resultados da educação permanecem pífios.

“O problema reside na legislação e na mentalidade reinante: o Brasil investe mal e nas coisas erradas, gasta mais para preservar uma estrutura equivocada. O problema não está nem nos recursos nem nos gastos, está na qualidade dos gastos”, alerta Oliveira.

De acordo com a Constituição, municípios e estados precisam aplicar pelo menos 25% de sua receita fiscal na educação e a União, 18%. Embora à primeira vista a obrigação constitucional de investimento na educação pareça ter apenas pontos positivos, ela também abre caminho para o aumento da desigualdade entre regiões mais ricas e mais pobres. Estados e municípios mais ricos arrecadam mais e consequentemente investem mais em educação. Já aqueles onde a arrecadação é menor, acabam prejudicados.

Devido a essas diferenças, o estudo do Banco Mundial ressalta a importância de fundos complementares como o Fundef (Fundo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), substituído posteriormente pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Para os pesquisadores, esses fundos ajudam a minimizar as desigualdades nos gastos com educação e ajudam estados e municípios a obterem melhores resultados.

Eles citam um artigo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2017 que já mostrava o impacto positivo dos fundos de educação na aprendizagem. Numa avaliação de impacto do efeito do Fundeb sobre os alunos do ensino médio entre 2005 e 2011, os autores mostraram que o fundo elevou as notas dos alunos nos testes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), em português e matemática em 12 e 18 pontos, respectivamente.

Outro ponto que os pesquisadores do Banco Mundial ressaltam é o caráter sazonal dos repassem vinculados às receitas, que dependem exclusivamente do desempenho fiscal dos municípios. Esse desempenho pode variar bastante devido a fatores externos, como fechamento ou abertura de empresas, queda na produção ou mesmo uma pandemia. Essa instabilidade prejudica a adoção de ações bem planejadas e eficazes, que possam de fato, implicar na melhoria do ensino e aprendizagem.

Para a ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Ilona Becskehazy, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, o debate sobre educação no Brasil sempre privilegiou a obtenção de cada vez mais recursos. Enquanto isso, a questão da qualidade e eficiência dos investimentos ficou em segundo plano.

“Isso é explicável pelo fato de que temos educação majoritariamente pública. Sempre teremos fornecedores, sindicalistas e seus agregados jogando o jogo do poder e da reivindicação por mais recursos. A sociedade brasileira precisa se libertar dessa situação de captura do direito à educação dos alunos por quem apenas suga recurso do sistema”, alerta.

Solução: aplicar recursos apenas em programas eficientes
Os pesquisadores do Banco Mundial colocam o estado do Ceará como um bom exemplo de que é possível melhorar o sistema de repasses para a educação. “Investir em educação é uma condição necessária para educação, mas não é suficiente, e a evolução dos municípios do Ceará na educação nos mostra isso. É preciso também ter muito foco na gestão da política educacional, como foi o caso da política educacional cearense para o ensino fundamental”, explica o economista André Loureiro.

Desde 2007, o governo cearense adotou uma nova forma de distribuir os recursos do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) entre os municípios. O critério passou a ser o desempenho em indicadores de educação, saúde e meio ambiente, sendo a educação o principal.

Assim, quando os municípios melhoram seus resultados de educação, eles recebem uma parcela maior da receita de ICMS, e esses recursos podem ser usados da forma como o prefeito quiser. O governo estadual também selecionou indicadores claros e ampliou os sistemas de monitoramento e avaliação do ensino, além de oferecer suporte técnico e dar mais autonomia para os municípios administrarem as escolas

Os resultados não demoraram a aparecer. Os municípios do Ceará tiveram o maior aumento nas pontuações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre 2005 e 2017 entre todos os 5.570 municípios brasileiros, sendo que o município de Sobral alcançou o primeiro lugar em 2017. Em 2019, o estado, que está em 18º lugar em relação a renda per capita nacional, foi considerado a terceira melhor rede pública de ensino dos anos iniciais do ensino fundamental.

Nos anos finais, o estado conquistou a primeiro posição, mesmo resultado de São Paulo, estado mais rico do país. Esses números evidenciam que, mesmo sem qualquer gasto adicional, seria possível melhorar significativamente a qualidade do ensino fundamental e médio com a adoção de práticas mais eficientes de gestão e alocação de recursos. “O que as nossas análises indicam é que os outros estados podem alcançar níveis similares de qualidade no ensino fundamental aos do Ceará se tiverem sua política educacional inspirada nos pilares do modelo cearense, como muitos já estão começando”, ressalta Loureiro.

Ilona Becskehazy concorda que a estratégia adotada no Ceará de cobrar resultados concretos e atrelar recursos ao esforço e desempenho funciona. Mas ela alerta que ainda há muito o que fazer. “Enquanto não for corriqueiro haver a expectativa de que todos os alunos terminem o 1º ano lendo com fluência um texto adequado para sua idade numa velocidade de 50 palavras por minuto e como se faz para chegar a esse resultado, não avançaremos. Pode-se dar bônus, ICMS, o que for. Sem se saber para onde se vai, qualquer caminho (e qualquer gasto) serve”, finaliza.


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PORTUGAL É MENOS CORRUPTO QUE O BRASIL

 

Falsa narrativa
Por
Tiago Cordeiro, especial para a Gazeta do Povo

Brasil é o 94º país no ranking mundial de percepção da corrupção, enquanto Portugal ocupa só a 33ª colocação.| Foto: Pixabay

Em 1562, dois vereadores de Salvador, Gaspar de Barros Magalhães e Sebastião Álvares, acusaram o terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá, de tomar para si os lucros da venda de produtos brasileiros. Em um período relativamente curto, como escreve Adriana Romeiro, professora do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no livro Corrupção e poder no Brasil, Mem de Sá “conseguiu acumular um patrimônio considerável, do qual faziam parte engenhos — um dos quais, o engenho de Sergipe do Conde, era o maior e mais importante da época — e um rebanho de 500 cabeças de gado na Bahia”.

Em 1604, outro governador-geral, Diogo Botelho, se viu afastado para que os investigadores de Lisboa pudessem apurar, nas palavras de Romeiro, “denúncias de venda de cargos e ofícios; apropriação dos salários dos oficiais; confisco ilegal de vinho para vendê-lo a preços extorsivos; apropriação da renda dos defuntos para a compra de escravos; compra de escravos por preços irrisórios”.

Em 1702, o governador de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, Álvaro da Silveira, foi acusado de tomar para si embarcações de escravos. Comprava negros a preços baixos para depois revender, por preços extorsivos, aos moradores pelos quais ele deveria zelar.

Em Santos, em 1772, o governador João da Costa Ferreira de Brito, foi acusado de superfaturar a carne vendida na região e de tomar para si parte da mercadoria de um navio francês detido nos arredores. Distraiu o fiscal em sua casa enquanto guardas pilhavam a embarcação.

Esses são apenas alguns exemplos de casos de corrupção de colonizadores portugueses instalados em terras brasileiras. Eles são inúmeros, e bem documentados, dado que qualquer cidadão podia escrever à corte em Lisboa, apresentando denúncias e solicitando investigações.

Havia exceções, ainda que raras: o caso do governador do Rio de Janeiro, Pedro de Mello, que ocupou o cargo entre 1662 e 1666, chamou a atenção de João Falcão de Sousa, um dos mais experientes membros do Conselho Ultramarino, um órgão de gestão financeira e administrativa das colônias portuguesas.

“O conselheiro parecia surpreso com o fato de nada ter sido apurado contra o sindicado”, escreve Romeiro. “Porque, afinal, dizia ele, ‘quando de próximo não vem das partes ultramarinas mais que queixas dos povos contra os governadores, uns expulsados, e outros com devassas criminosas, é muito de louvar sair o dito Pedro de Mello’”.


Herança portuguesa?
Em geral, esses casos levam facilmente a uma conclusão: a corrupção brasileira seria resultado dos maus exemplos praticados pelos europeus na colônia. Mas, se o Brasil foi colonizado por portugueses entre os anos de 1500 e 1822, por que somos o 94º país na edição mais recente do ranking mundial de percepção da corrupção, enquanto Portugal está bem à frente, na 33ª colocação? O argumento de que a corrupção nacional é herança lusitana faz algum sentido? Ou teriam os portugueses aprendido a conter as práticas de má gestão, favorecimentos e desvios?

“Culpa-se, sobremaneira, nossa herança histórica deixada pelo mundo ibérico, que teria feito com que o Brasil não conhecesse o processo de racionalização típico do Ocidente e incorporasse, os valores e princípios do mundo protestante, ascético e voltado para uma ética dos deveres e do trabalho”, avalia o cientista político Fernando Filgueiras no artigo “A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social”.

“Supõe-se que a tradição política brasileira não respeita a separação entre o público e o privado, não sendo, o caso brasileiro, um exemplo de Estado moderno legitimado por normas impessoais e racionais. O patrimonialismo é a mazela da construção da República, de maneira que ele não promoveria a separação entre os meios de administração e os funcionários e governantes, fazendo com que esses tenham acesso privilegiado para a exploração de suas posições e cargos”.


Vista grossa para corrupção
Em entrevista, a historiadora Adriana Romeiro avalia que, como país colonizador, Portugal não era mais adepto da corrupção do que outros. Mas havia, sim, uma diferença: “O que se pode afirmar, com certeza, é que, nos territórios portugueses, havia um menor número de mecanismos de controle. A tolerância da Coroa resultava não só da reduzida ineficiência das formas de controle, por causa da distância e da falta de pessoal, mas também da convicção de que era preciso permitir alguns desvios porque, do contrário, corria-se o risco de perder os domínios americanos”.

Em outras palavras, “ponderações de natureza política e estratégica tinham mais peso que as ponderações morais ou econômicas”. Ainda assim, “falar numa herança portuguesa me parece um equívoco”, diz ela, “porque não se trata de um conjunto de práticas e costumes que teria sido transplantado de Portugal para o Brasil”.

O mais correto, argumenta, “é refletir em que medida Portugal adotou uma postura mais tolerante em relação aos malfeitos praticados pelos governantes aqui no Brasil, e também como nós, brasileiros, forjamos uma moralidade duvidosa, ancorada na sobreposição do bem particular ao bem comum”.

Para a professora, a origem da corrupção está na maneira como os colonos enxergavam o território do Brasil, incluindo a máquina administrativa. “O Brasil era lugar de enriquecimento rápido, para onde iam os portugueses interessados em ganhar dinheiro; os cargos da administração eram disputados por homens que queriam extrair o máximo de ganho financeiro”.

Ou seja, práticas que não aconteciam em Portugal eram realizadas abertamente por portugueses no Brasil: é a famosa noção de que não existe pecado ao sul do Equador, ainda que, formalmente, a Coroa portuguesa previsse uma série de punições para os corruptos.

“Nossa sociedade é, sem dúvida, uma sociedade corrompida — pequenos episódios do nosso dia são bem reveladores a esse respeito, tanto quanto a nossa tolerância em relação a eles. A corrupção política é apenas um reflexo dessa corrupção mais profunda e que está entranhada entre nós há mais de 500 anos”.


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HÁBITOS CONSIDERADOS IMPRODUTIVOS TRAZEM BONS RESULTADOS

É preciso tirar um tempo de descanso para ter mais energia para os seus afazeres

PEGN

Descansar e tirar um tempo para não fazer nada é o contrário do que conhecemos como produtividade. No entanto, hábitos “improdutivos” podem te ajudar a chegar mais longe nos seus objetivos. Stacey Stratton, colunista da Entrepreneur, cita quatro formas de “fazer menos” para ser mais produtivo no futuro.

Descansar pode te tornar mais produtivo  (Foto: Pexels)

Durma mais

O seu objetivo deve ser acordar se sentindo revigorado. “Enquanto você dorme, seu corpo está fazendo a manutenção necessária. Suas células estão se recuperando, seu cérebro está processando informações e seu sistema nervoso simpático está relaxando”, afirma Stratton. Quando você prejudica o seu sono, você prejudica a si mesmo.

Caso você prefira aproveitar o começo do dia, durma cedo. Se você quiser ficar acordado até tarde, tenha mais horas de sono pela manhã.

Faça muitas pausas

Focar muito em uma tarefa pode diminuir a produtividade. “Fazer algo tão simples como dar uma caminhada rápida pode aumentar sua criatividade e energia”, diz Stratton. Vale pausar para fazer um alongamento, comer um lanche saudável ou tirar uma soneca.

Existem vários métodos de quebra de rotina, e você pode decidir o que funciona melhor para o seu organismo. Por exemplo, uma pausa a cada 25 minutos ou a cada 90 minutos.

Ria

É importante encontrar coisas que te façam dar risada. “Quando você ri, seu corpo libera endorfinas que reduzem o estresse e melhoram seu humor. Estudos também mostraram que rir pode ajudar a reduzir a pressão arterial.”

A diversão pode ser encontrada em coisas simples, como ver um vídeo curto ou conversar com um amigo engraçado. Os benefícios chegam imediatamente.

Não faça nada

Fazer várias tarefas ao mesmo tempo e ter uma agenda lotada pode causar sobrecarga e exaustão. É importante reservar um tempo para ficar quieto todos os dias. A meditação é uma forma eficaz de descansar a mente, ao mesmo tempo em que aumenta a criatividade e o foco. A técnica também pode ajudar a diminuir o estresse e as emoções negativas.

ValeOn UMA STARTUP INOVADORA

A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma  Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.

Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.

Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.

Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.

inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.

Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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