Pintura de Nikita Chebakov mostra o jovem Pavlik Morozov denunciando o pai: obra foi feita em 1952 para servir de propaganda do regime soviético| Foto: Reprodução
Poucos soviéticos foram tão patriotas quanto Pavlik Morozov, de apenas 13 anos, morto em 1932. Entusiasta da coletivização agrícola promovida pelo regime comunista, ao ver seu pai e seu tio escondendo trigo do governo, não teve dúvidas: denunciou ambos às autoridades. Por cumprir seu dever, pagou com a vida: seus avós e seu padrinho o emboscaram na floresta e o mataram a facadas. Seu nome foi dado a ruas em toda a União Soviética, poemas e livros foram escritos e estátuas foram erguidas para homenagear o jovem delator. Uma linda história para inspirar o país comandado por Josep Stalin.
Espera aí! Eu disse “escondendo trigo”? Não, o pai de Pavlik na verdade estava vendendo documentos aos kulaks, ricos fazendeiros que resistiam à coletivização das terras agrícolas, verdadeiros inimigos da revolução. Eu disse Pavlik? Não, não, seu nome era Pavel “Pashka” Morozov.
Desculpe se tudo soa muito confuso, mas a história de Pavlik/Pashka Morozov mistura algumas doses de verdade e outras tantas de mentiras fabricadas sob medida pelo regime stalinista. O objetivo, em um país que buscava destruir a religião e estimular a vigilância estatal, era criar um santo que fosse um exemplo para outros jovens, um estímulo para delatar qualquer inimigo da revolução bolchevique, até mesmo os próprios pais.
A verdade Pavlik e seu irmão Fyodor foram encontrados mortos em uma floresta próxima da vila de Gerasimovka, nos Urais. Um agente da OGPU (antecessora da KGB) foi designado para investigar o caso. Ele prendeu os avós, um primo e o padrinho (casado com a tia de e um primo de Morozov. Eles seriam kulaks e estariam contra a coletivização das terras — uma faca suja de sangue teria sido encontrada na propriedade dos avós. Levados à capital do estado, foram sentenciados à morte acusados de terrorismo contra o estado soviético.
A história continuou sendo contada desta forma, sem contestações, até a década de 1970, quando um escritor chamado Yuri Druzhnikov começou a desconfiar da história. Após questionar publicamente, foi procurado por agentes da KGB que recomendaram a ele deixar tudo como estava. O efeito em Druzjnikov foi o contrário: a reprimenda só fez atiçar sua curiosidade.
Ele viajou a Gerasimovka, onde a verdade aos poucos foi aparecendo. Pashka, que era como os amigos e familiares chamavam Pavlik, vendido pelo regime como estudante modelo e chefe local dos pioneiros (uma organização comunista voltada para os jovens, parecida com os escoteiros), era quase analfabeto e nunca foi um pioneiro.
Pavlik de fato denunciou o próprio pai. O motivo, porém, teria sido outro. Sua mãe havia sido abandonada, junto com Pavlik e seus quatro irmãos, e por isso viviam em absoluta necessidade. Amargurada, a mãe de Pavlik o convenceu a dedurar o pai.
Quem matou Pavlik? Yuri Druzhnikov mais tarde se refugiou nos EUA e se tornou professor de alemão e russo, até morrer em 2008, não sem antes escrever o livro ‘Informer 001: The Myth of Pavlik Morozov’ (Informante 001: O Mito de Pavlik Morozov). Em 1982, 50 anos depois da morte de Pavlik, ele encontrou o agente da OGPU designado para o caso, Spiridon Kartashov. Como agente, Kartashov recebeu a missão de forçar os camponeses a aceitar a coletivização das terras. Qualquer um que resistisse perdia tudo: os animais, seus pertences e a liberdade — eram enviados para a Sibéria. Milhões morreram nos gulags e milhões morreram de fome.
Em Gerasimovka as coisas estavam especialmente difíceis. A população local resistia à coletivização e o avô de Pavlik era um dos que mais se opunham. Havia, no entanto, gente que estava a favor da ditadura comunista, e um deles era Ivan Potupchik, primo de Pavlik. Ele era informante da OGPU e hospedou o agente Kartashov em sua casa. De forma suspeita, foi quem liderou o grupo que recolheu o corpo de Pavlik da floresta.
Em depoimento ao escritor Druzhnikov, o ex-agente Kartashov contou o que se passou em Gerasimovka. Ele foi enviado à vila com uma lista de kulaks para enviar para a Sibéria — preparada previamente por Potupchik. Nunca houve uma investigação de verdade sobre o assassinato. Druzhnikov acredita que foi Potupchik quem tenha assassinado o jovem Pavlik, sob ordens da OGPU. Décadas depois, em 1961, Potupchik foi preso pelo estupro de uma adolescente.
Por que assassinar Pavlik? Para assustar os camponeses que se opunham à coletivização. O uso político de sua morte foi algo não planejado, mas que serviu bem aos interesses da ditadura soviética.
A queda da União Soviética deveria ajudar a expor a verdade, mas a FSB, agência que sucedeu a KGB, nega acesso aos arquivos alegando que o caso continua aberto. Quase 90 anos após sua morte, Pavlik permanece como símbolo, mas não de heroísmo. E sim de como o comunismo não hesita em jogar pais contra filhos, destruir a família e mesmo usar a morte de crianças para o “triunfo da revolução”.
Artigo Por Lawrence W. Reed – Gazeta do Povo FEE – Foundation for Economic Education
Lenin, Mao, Pol Pot, Castro, Hitler e Mussolini eram todos farinha anticapitalista no mesmo saco coletivista| Foto: Bigstock
O dia 29 de julho de 2021 marcou um infame centenário. Há cem anos, no dia 29 de julho de 1921, Adolf Hitler assumiu a liderança do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais tarde conhecido como Partido Nazista. O partido se tornou o meio para que Hitler tomasse o poder.
Repare no nome oficial do partido. Não era o Partido Nacional-Capitalista dos Trabalhadores Alemães. Não era o Partido Nacional-Liberal dos Trabalhadores Alemães. Não era o Partido Nacional-Cristão dos Trabalhadores Alemães. Ainda assim, um século mais tarde, ainda se ouve por aí que os nazistas eram capitalistas ou cristãos ou ambas as coisas – o que é um absurdo.
Ainda que Hitler tenha citado a Bíblia no começo de sua carreira, quando lhe era politicamente conveniente (por acaso, ele também mentia com frequência), Hitler também dizia que a Bíblia “era um conto de fadas inventado pelos judeus”. Ele nomeou anticristãos declarados para o primeiro escalão, prendeu, torturou e matou diversos padres e pastores, negou que Jesus fosse judeu e até ordenou a impressão de uma “nova Bíblia” sem referências aos judeus e à história judaica.
Baldur von Schirach, chefe da Juventude Hitlerista, entendeu o que deveria ser feito. “A destruição da cristandade era reconhecida explicitamente como um objetivo do Partido Nazista”, disse ele. A prova está num vídeo usado no julgamento de Nuremberg.
Numa história sobre a Bíblia nazista publicada pelo Daily Mail, de Londres, lê-se:
“Hitler admirava a cerimônia e a grandiosidade da igreja – e até admitiu isso em seu livro “Minha Luta” – mas odiava os ensinamentos dela, que não tinham lugar em sua visão do super-homem germânico governando as raças inferiores e que usavam conceitos “ultrapassados” como misericórdia e amor. Mas ele entendia o poder a igreja na Alemanha e que não poderia bani-la do dia para a noite. Ele até se viu obrigado a abandonar o assassinato sistêmico de deficientes e loucos antes da guerra, depois que bispos começaram a expressar contrariedade. O plano de Hitler, então, se tornou “nazistificar” a igreja, o que teve início com a criação de um centro teológico, em 1939, e com a escrita de uma nova Bíblia”.
Na Bíblia de verdade, em Mateus 7:16, lê-se: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” O que Hitler e o nazismo produziram – genocídio, guerra, controle estatal e o interminável mal de várias formas – constitui a antítese dos ensinamentos de Jesus.
A mentira de que o nazismo era capitalista, em vez do que os próprios nazistas se diziam serem (isto é, socialistas), nasce do fato de que o regime de Hitler não se propôs a nacionalizar totalmente as empresas. No Terceiro Reich, você podia manter a propriedade jurídica de uma fábrica, mas, se não fizesse o que os nazistas mandavam, acabava, digamos, falindo.
Em sua obra-prima “Ação Humana”, o economista austríaco Ludwig von Mises explicou que o nazismo era “socialismo sob o disfarce terminológico do capitalismo”:
“O segundo padrão [do socialismo](que podemos chamar de padrão de Hindenburg ou alemão), nominal e aparentemente preserva a propriedade privada dos meios de produção e mantem a aparência de mercados, preços, salários e juros normais. Mas nele não há mais empreendedores; há apenas administradores(Betriebsführer, na terminologia da legislação nazista). Esses administradores são aparentemente fundamentais na conduta das empresas a eles confiadas; eles compram e vendem, contratam e demitem e estabelecem salários, fazem dívidas e pagam juros. Mas em todas essas atividades eles devem obedecem incondicionalmente às ordens do departamento de produção do governo. Esse departamento(o Reichswirtschaftsministerium da Alemanha nazista) diz aos administradores o que eles devem produzir, e como, que preços devem estabelecer e de quem devem comprar e para quem podem vender. Ele determina que cada trabalhador tenha uma função e estabelece os salários dele. Ele estabelece a quem e sob que cláusulas os capitalistas devem investir seus fundos. O mercado é uma mentira. Todos os salários, preços e juros são estabelecidos pelo governo; são salários, preços e juros apenas na aparência; na verdade, são apenas termos quantitativos das ordens do governo estabelecendo a função, renda, consumo e padrão de vida dos cidadãos. O governo controla todas as atividades produtivas. Os administração estão sujeitos ao governo, e não às demandas dos consumidores e à estrutura de precificação do mercado”.
Que pessoa honesta e sem outra pauta que não a verdade é capaz de dizer que isso é capitalismo? Nenhuma.
Como escrevi no texto “O único espectro que faz sentido”, Lenin, Mao, Pol Pot, Castro, Hitler e Mussolini eram todos farinha anticapitalista no mesmo saco coletivista:
“Todos se diziam socialistas. Todos buscavam concentrar poder no Estado e exaltar o Estado. Todos pisoteavam indivíduos que só queriam satisfazer suas ambições por meio das trocas pacíficas. Todos denegriram a propriedade privada por meio da tomada ou da regulamentação que visava servir aos objetivos do Estado”.
Michael Rieger argumenta que parte da dificuldade de se classificar o sistema econômico nazista está no fato de o socialismo estar sempre se metamorfoseando. Os socialistas são famosos por dizer que uma coisa é assim quando, na verdade, estão sempre escrevendo ou fantasiando e dizendo que a coisa não é bem assim quando se veem diante de um fracasso. Escreve Rieger:
“As muitas variedades de socialismo, comunismo, nacional socialismo e socialismo democrático permite que os membros dessas ideologias apontem seus dedos e digam: “Isso não é o socialismo de verdade”. Mas todas essas versões do socialismo têm algo em comum. De Saint-Simon a Alexandria Ocasio-Cortez, todos autodeclarados socialistas acreditam que as soluções planificadas para os problemas da sociedade são superiores às soluções de baixo para cima surgidas no livre-mercado.
Em vez de admitir que o nazismo era socialista e desastroso, os socialistas da linha-dura dizem “aquilo não era socialismo”. Seria mais honesto se eles simplesmente pedissem desculpas. Mas eles em geral reagem da mesma forma (negando veementemente) aos experimentos socialistas postos em prática no mundo todo, da União Soviética à Venezuela.
O diretor de conteúdo da FEE, Dan Sanchez, gerou polêmica ao tuitar isso:
“Casos de socialismo de que não gostam: ‘Não é socialismo de verdade’. Vasos de capitalismo de que não gostam: ‘Não é capitalismo de verdade’. Os socialistas sempre perdem na economia e tentam ganhar na retórica”.
Pergunte-se isso: a seguinte afirmação soa como algo que um socialista diria ou como uma ideia que um defensor do capitalismo e do livre mercado defenderia?
“O bem da comunidade tem prioridade sobre o bem do indivíduo. Mas, se o Estado mantiver o controle, todo proprietário deve se sentir como um agente do Estado; é dever dele não fazer uso equivocado de suas posses em detrimento do Estado ou dos interesses de seus concidadãos. Esse é o ponto. O Terceiro Reich não protegerá o direito à propriedade privada”.
Esse era Adolf Hitler numa entrevista dada em 1931 a Richard Breiting. Ele disse a mesma coisa umas cem vezes mais, e foi exatamente isso o que ele praticou. E essa é uma afirmação socialista. Não há nada de capitalista ou liberal nisso.
Há um século, um megalomaníaco deu início à sua ascensão ao poder. O mundo sofreu horrores nas mãos desse monstro anticristão e anticapitalista. Não seja ingênuo a ponto de acreditar no contrário.
O copywriting é um termo em inglês que está cada vez mais no radar do marketing digital brasileiro, já amplamente explorado fora do nosso país, principalmente nos Estados Unidos. Basicamente é uma técnica de redação persuasiva voltada para a venda, anúncios, landing pages, propagandas e qualquer estratégia de marketing digital com o objetivo de convencer alguém, ou o consumidor, de alguma coisa ou ação.
Neste artigo, você verá:
o que é copywriting;
a diferença entre o copywriting e a redação publicitária;
principais técnicas de copywriting para usar e alavancar vendas;
os erros mais comuns que as pessoas cometem no copywriting;
onde aprender mais sobre copywriting.
O Que é Copywriting?
Copywriting é a técnica de produzir textos persuasivos, com o intuito de envolver o leitor e despertar nele o interesse em adquirir um produto ou serviço, aumentando, assim, a conversão em vendas de uma empresa.
Um copywriter — nome dado à pessoa responsável por escrever uma copy — pode criar desde pequenas frases para publicar em redes sociais, como Instagram e Facebook, ou chamadas para comerciais.
O fato é que ninguém começa a escrever “textos que vendem” da noite para o dia. É necessário ter prática e habilidade para usar as palavras certas. No entanto, existem alguns pontos que você precisa se atentar, antes de começar a produzir os conteúdos persuasivos.
A diferença entre o copywriting e a redação publicitária
Uma forma de diferenciar as duas áreas é associar o copywriting com uma redação que possua uma chamada para ação mais forte e urgente, enquanto a redação publicitária, algo com uma chamada de venda mais suave.
Desta forma, o copy acaba se tornando a opção mais apropriada para estratégias de atração, como o Inbound Marketing, onde o processo é longo e necessita uma maior persuasão do consumidor.
Já a escrita de redação publicitária permanece como algo feito para vendas diretas.
Fórmula AIDA em Marketing
Precisamos falar sobre um famoso e centenário processo que o ajudará a converter muito mais pessoas em clientes. O modelo AIDA (acrônimo de Atenção, Interesse, Desejo e Ação) é comprovadamente um dos melhores métodos para fazer com que as pessoas passem de um ponto A para um ponto B.
Em resumo, o AIDA ajudará você a conduzir as pessoas a realizarem uma ação. Nesse caso, a compra de um produto ou a contratação de um serviço.
1. A — Atenção
A primeira tarefa de um copywriter, é fazer com que seu texto chame a ATENÇÂO da pessoa que está lendo um conteúdo ou assistindo a um vídeo de vendas. Ter a pessoa focada no assunto que você irá tratar, é um ponto super positivo para que a mensagem seja de fato transmitida com sucesso.
2. I — Interesse
Depois de ganhar a atenção da pessoa, é hora de fazer com que sua mensagem desperte algum INTERESSE nela. Pois, de nada adianta ter uma boa chamada inicial se você não consegue prender o usuário engajado em sua comunicação.
3. D — Desejo
Uma vez que a pessoa está interessada naquilo que você está falando, é hora de alimentar e aguçar o DESEJO dela em adquirir algo. Nesse momento é hora de trabalhar com as emoções das pessoas, fazendo com que ela tenha vontade de ter ou realizar tudo o que você está falando em sua mensagem.
4. A — Ação
Se você conduziu bem a pessoa nas três etapas anteriores, podemos dizer que nesse momento ela está na cara do gol. É nessa hora que você tem que fazer o fechamento, direcionando a pessoa a realizar uma ação. Não tenha medo de pedir para era clicar no botão e comprar aquilo que você quer vender. Afinal de contas, se ela tem interesse, desejo e teve uma alta percepção de valor em seu produto ou serviço, o que resta agora é concluir a compra.
As principais técnicas de copywriting para usar e alavancar vendas
Agora você deve estar se perguntando: tudo bem, Felipe, entendi. Mas como colocar em prática as minhas ideias? Chegou o momento de você conhecer algumas técnicas de copywriting mais a fundo, são elas:
entender melhor o produto ou serviço;
conhecer o consumidor;
fazer uma pesquisa com clientes;
analisar a linguagem a linguagem;
utilizar o título para introduzir as vendas;
dar ênfase às funcionalidades e benefícios;
utilizar depoimentos como prova social;
falar menos do produto e mais do cliente;
convocar as pessoas;
fazer o fechamento da copy.
Para você conseguir aplicar essas técnicas nas suas produções, confira a explicação:
1. Entenda o produto/serviço
O primeiro ponto é conhecer muito bem o seu produto ou serviço. Pense nas palavras que você utilizaria para descrevê-lo e como mostraria o valor agregado que existe por trás dele. Por exemplo:
qual é o principal benefício daquilo que você quer vender?
como ele pode ajudar as pessoas?
em que ele se diferencia da concorrência?
quais são as principais funcionalidades/características e os benefícios de cada uma delas?
Você também pode aproveitar para criar uma copy já otimizada para mecanismos de busca. Por isso, saber quais palavras-chave utilizar é essencial. Se você não sabe exatamente como fazer esse tipo de estudo, temos um curso de Pesquisa de Palavras-Chave, além de outros conteúdos sobre SEO em nosso blog.
2. Conheça o seu consumidor
Agora que você já descreveu muito bem o seu produto e levantou os motivos pelos quais ele é bom, é hora de pensar nas pessoas que o compram e comprariam:
quem já compra o seu produto ou serviço?
quem gostaria de comprar?
quais são as características ou funcionalidades que seus consumidores mais gostam em seu produto?
quais são as expectativas de quem adquire o seu produto?
É hora de identificar quem são os seus potenciais clientes e qual a linguagem correta para se comunicar com eles. A primeira coisa a se fazer é definir o perfil da persona para a qual você quer vender.
Mesmo respondendo todas as perguntas acima, quem deseja uma boa conversão ao aplicar as técnicas de copywriting, precisa falar e interagir com sua base de consumidores e a melhor maneira de aprender mais sobre seus possíveis clientes é por meio de pequenas pesquisas de mercado.
3. Faça uma pesquisa com seus clientes
Uma boa pesquisa para a definição de personas deve identificar:
o perfil do seu consumidor: o que ele faz, seus interesses, profissão, etc;
possíveis dúvidas que ele possa ter antes de comprar;
quais são os benefícios que ele pode alcançar ao utilizar seu produto.
Após elaborar o questionário, você pode estar com algumas dúvidas comuns, desde como você fará a abordagem com seus clientes, até mesmo para quantas pessoas você deve enviar a pesquisa. Bom, o ideal é ter um número razóavel de respostas (100 é melhor do que apenas 10), mas é bom ter o controle da situação, pois de nada adianta ter 3000 respostas e não poder analisar todas.
Procure oferecer algum benefício para que as pessoas participem de sua pesquisa, caso contrário, poucos darão as respostas que você quer. Você pode sortear algum prêmio entre aqueles que concluírem a pesquisa ou oferecer algum bônus no próprio serviço ou produto que você vende.
Ao fazer a abordagem, diga que você está fazendo uma pesquisa de opinião e que gostaria de aprender mais sobre a experiência que o seu cliente teve com o produto e que as respostas dele ajudarão você a entender melhor o que o seu produto tem de melhor, para que você possa aperfeiçoá-lo ainda mais. Não esqueça de mencionar que quem participar da pesquisa concorrerá a um sorteio de um prêmio ou ganhará algum bônus (costuma funcionar na maioria das vezes).
4. Analise as respostas e a linguagem dos clientes
O grande segredo do copywriting começa a partir desse ponto. Analise a linguagem que os seus clientes atuais utilizam, pois, essas palavras serão uma excelente fonte de ideias para a sua copy de vendas.
Nós temos o costume de descrever nossos produtos com frases e palavras prontas que o nosso nicho nos provê, mas quando usamos a linguagem dos clientes, conseguimos atingir mais pessoas que têm o mesmo sentimento e as mesmas necessidades. Uma ótima sacada!
5. Utilize o título para introduzir as vendas
Em pelo menos uma coisa os copywriters concordam, um dos pontos mais importantes da sua copy de vendas é o título, isto é, a big idea, a principal chamada para o leitor. Em resumo, a primeira impressão é a que fica.
Uma única palavra errada no começo do seu texto, pode fazer com que o leitor desista de todo o resto e consequentemente da compra.
O seu título precisa ser único, fugir do padrão tradicional que as pessoas estão acostumadas a ler e ignorar. Pense em chamadas com estratégias de gatilhos mentais, com senso de urgência e palavras que despertem o interesse nas pessoas e que as levem a tomar uma ação.
Por exemplo, um e-mail com o título: “Passagens aéreas em promoção” não desperta o mesmo interesse de leitura do que: “Promoção de Passagens Com Voo de Volta Por Apenas 1 Real (Somente Hoje!)”. Viu a diferença?
Em um dos e-mails que disparamos no passado, tivemos um aumento de 36% na taxa de abertura, devido ao título utilizado. O assunto do e-mail era: “O Google Quer Te Deixar no Escuro! Saiba Como Se Prevenir.” e no e-mail tratamos da questão do “not provided”, presente nos relatórios do Google Analytics.
Será que a taxa de abertura seria alta se o título fosse, por exemplo: “Saiba Mais Sobre o Not Provided” ou algo do tipo? Por isso, destine uma boa parte do seu tempo para pensar na sua big ideia, ela pode ser a chave-mestre que colocará o seu leitor diante da sua oferta irresistível!
6. Dê ênfase às funcionalidades e aos benefícios
Em primeiro lugar, procure dar ênfase aos benefícios que o seu produto ou serviço tem a oferecer. No fundo, o consumidor não quer saber o que o seu produto tem, ele quer saber como o seu produto vai ajudá-lo.
Em outras palavras, os benefícios mostram claramente ao consumidor os motivos pelos quais ele deve comprar e as funcionalidades, por outro lado, servem para especificar o que ele receberá quando adquirir seu produto.
Uma empresa que oferece serviços de internet, por exemplo, e que tem planos de 5, 10, 50Mbps , etc. Ao invés de enviar um e-mail com o assunto: “Assine nosso plano de 50Mbps e navegue melhor na internet”, por que não enviar algo como: “Assista vídeos online sem interrupções! Com nossa internet seus vídeos nunca irão travar”. Muitas pessoas que navegam pela internet, não sabem a diferença entre 10 e 50Mbps e pensam: “Eu preciso disso? Quão rápido é isso?”. Mas, elas sabem que é muito ruim ter de esperar um vídeo carregar por completo, para só depois apertar o botão de play.
Em outras palavras, os benefícios mostram claramente ao consumidor os motivos pelos quais ele deve comprar e as funcionalidades, por outro lado, servem para especificar o que ele receberá quando adquirir seu produto. As funcionalidades também são importantes para que ele possa comparar o seu produto com os concorrentes, por isso você não pode deixar de apresentá-las.
7. Utilize depoimentos como prova social
Uma coisa é você falar bem do seu próprio produto, outra coisa é um cliente seu, falar bem dele. Seu negócio ganhará muita credibilidade quando tiver testemunhos reais. Explore ao máximo esse recurso, pois existem coisas que só o seu cliente poderá falar por você.
Os depoimentos servem para matar objeções e tranquilizar as pessoas a comprarem o seu serviço.
8. Fale menos do seu produto e mais do cliente
Muitas cartas de venda exploram mais o lado do serviço do que o lado do cliente. É comum vermos textos recheados de palavras como: “nosso produto, nossos serviços, nós fazemos, nós oferecemos, etc…”. Mas, no fundo, seus clientes não querem saber o que o seu produto tem ou faz.
Eles querem saber o que eles podem ganhar com seu produto. Por isso, explore mais as palavras: “você, sua, suas, você mesmo, você também…”, etc.
9. Convoque as pessoas
As pessoas gostam de se sentir parte de um grupo especial. Elas não querem ficar de fora de algo que está dando certo para outras pessoas que têm os mesmos anseios e desejos que elas têm.
Por isso, você deve explorar esse ponto. Mostre números, logomarcas e pessoas que já fazem parte do seu negócio, estimulando outras a entrarem.
Já é comum vermos diversos blogs e sites do Brasil utilizando chamadas para capturas de e-mail, no estilo: “Junte-se a 14.540 leitores inteligentes e receba nossas dicas exclusivas”. Ou empresas que vendem um software online, usando algo como “Já ajudamos mais de 5 mil empresas a organizarem seus projetos. Queremos ajudar a sua também!”.
Outra estratégia que está em uso são as listas VIP para aqueles que adquirem seu serviço on-line.
Alguns detalhes importam:
Valor X Preço
As pessoas não compram uma coisa apenas pelo preço. As pessoas compram algo quando o valor percebido é maior do que o preço. Em outras palavras, quando alguém identificar que os benefícios daquilo que você vende vão além do preço, você realizará a venda. Portanto, entregue sempre algo de valor, algo que realmente será útil para as pessoas e elas não se importarão em pagar mais caro por isso.
Torne-se Uma Referência no Seu Mercado
Ao estabelecer-se como autoridade do seu nicho, você ou sua empresa terá muito mais facilidade em vender mais. Seja sempre dedicado em oferecer o melhor produto/serviço e também o melhor suporte pós venda. Quando você ganhar a confiança das pessoas, elas comprarão seus novos produtos de olhos fechados. Já reparou no quanto as pessoas ficam eufóricas por novos produtos da Apple? Elas sabem da qualidade e querem ter as novidades.
10. Faça o fechamento da copy e chame para a ação
De nada adianta apresentar todos os benefícios e funcionalidades que o seu produto possui, mostrar o valor que ele tem, todos os depoimentos e provas sociais se você não instigar e dar o comando para a pessoa fazer uma ação.
Por isso, no fechamento da sua carta de vendas você já deve encaminhar o seu leitor para o “call to action”.
Nessa etapa, é válido o uso de palavras como: “agora”, “somente hoje”, “já”, “adquira”, “faça”, etc. Outra estratégia muito interessante é criar o senso de urgência, mostrar o número de itens disponíveis, de cursos restantes e limitar as ofertas durante um período específico de tempo.
O Tamanho do Texto Ideal
Para este quesito, não há uma regra específica. A verdade é que você tem que escrever tudo aquilo que julgar necessário para convencer o leitor a realizar uma compra. Lembre-se, seu leitor só irá absorver aquilo que lhe interessa. Portanto, não escreva mais do que o necessário para passar a mensagem.
Bônus: testes e mais testes!
Uma coisa é certa: ao aplicar as técnicas de copywriting, você deve testar, sempre! Teste seus títulos, suas descrições de benefícios, funcionalidades e até mesmo os depoimentos que você exibe.
Hoje em dia existem muitas ferramentas online que lhe oferecem os chamados “testes A/B”. Com o Mailchimp, por exemplo, você pode disparar 2 versões de uma mesma campanha, para 20% da sua lista e então a ferramenta se encarrega de enviar automaticamente a versão que melhor converteu, para os 80% restantes.
Com o Google Analytics, você consegue mostrar uma mesma página de forma diferente para usuários distintos e depois consegue verificar qual delas converteu melhor.
Além disso, não se esqueça das diferenciações de cores e dos formatos de textos. Absolutamente tudo pode e deve ser testado, pois somente assim você chegará próximo da sua copy de vendas perfeita.
Conclusão
Muitas pessoas ainda não aproveitaram tudo que o copywriting tem a oferecer. Se você é uma delas, estude tudo que passamos neste conteúdo e comece a usar essas técnicas hoje mesmo. Dessa forma, você certamente aumentará suas vendas ao utilizar o site da Startup ValeOn um marketplace da região do Vale do Aço cujo copywritting é um dos melhores e proporciona à sua empresa uma divulgação dos seus produtos e promoções muito mais digital e online .
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
QUEM SOMOS
A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.
Nosso principal produto é a Plataforma Comercial Valeon um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.
A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.
Diferenciais
Eficiência:A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
Acessibilidade:A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
Abrangência:A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
Comprometimento:A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro região do Vale do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.
Deputado Filipe Barros (PSL-PR) é o relator da PEC do voto impresso auditável: por ter pedido prazo para acolher sugestões dos partidos, ele, agora, elabora um substitutivo ao texto vigente| Foto: Cleia Vianna/Câmara dos Deputados
O relator da PEC do Voto Impresso Auditável na comissão especial da Câmara que analisa a matéria, deputado Filipe Barros (PSL-PR), pretende manter em seu novo relatório a proposta de mudar a forma como os votos são contados no Brasil. A ideia é que a apuração seja pública e feita manualmente pela contagem de 100% dos votos, que serão impressos.
Esse foi um dos pontos que quase levou a PEC a ser derrubada em votação que seria realizada antes do recesso parlamentar. A votação só não ocorreu porque, numa manobra regimental, os defensores da proposta na comissão especial conseguiram adiar a apreciação com o argumento de que o texto seria modificado.
Muitos parlamentares reclamaram de que a apuração manual dos votos impressos não fazia parte da ideia original, que era que os votos impressos fossem usados para auditar a totalização eletrônica dos resultados. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também é contra esse modelo de apuração de votos.
Agora, a expectativa é de que o novo relatório da PEC seja votado na próxima quinta-feira (5) – o recesso parlamentar termina na segunda (1.º). Filipe Barros ainda trabalha no substitutivo que será apresentado para a votação. Algumas modificações foram feitas em relação ao texto que estava em discussão e outras ainda ocorrerão. Mas a apuração por meio da contagem de votos impressos vai ser mantida.
A proposta do relator é de que, na etapa de apuração, os mesários abram na própria seção eleitoral a urna onde as impressões de voto estarão depositados. Com uma cédula em mãos, um mesário mostraria aos demais presentes, leria em voz alta a informação contida no registro impresso – que não teria as informações do respectivo eleitor – e conferiria a cédula no equipamento de leitura ótica da própria urna utilizada na votação.
A argumentação é de que isso representa uma dupla auditagem, pelo registro digital do voto (RDV) – que estaria presente na impressão por meio de um código QR a ser auditado no equipamento de leitura ótica – e pelo registro impresso das informações dos candidatos. E essa dupla auditagem, que fica facultada no substitutivo, seria feita em cada uma das cédulas contidas na urna nas próprias sessões eleitorais.
Urnas eletrônicas são sujeitas a fraudes? Veja perguntas e respostas Por que Filipe Barros insiste com a apuração manual Filipe Barros diz que vai insistir com a apuração manual de cada cédula nas próprias sessões eleitorais para solucionar o que ele considera ser os dois principais gargalos do sistema eleitoral brasileiro. “O primeiro problema é não permitir ao eleitor conferir o registro de seu próprio voto através da impressão. O segundo é a apuração e totalização secreta ao eleitor”, diz Barros.
O deputado afirma que TSE alega que as urnas são auditáveis, mas que isso não é acessível ao próprio eleitor. “O TSE consegue auditar de acordo com os requisitos de auditoria definidos pela própria Corte. Os partidos conseguem auditar até os limites impostos pela Justiça Eleitoral. Mas o eleitor não consegue auditar seu voto, nem acompanhar a apuração, o atual sistema não permite.”
Barros destaca que os boletins emitidos pelas urnas eletrônicas ao fim do processo de apuração traz diversas informações relativas aos dados registrados, mas não possibilita ao eleitor a auditagem de seu voto específico. Os dados dos votos são gravados em um cartão de memória e levados aos fóruns eleitorais, que, por sua vez, são encaminhados ao TSE, que executa a etapa de totalização – também sem a possibilidade de verificação pelo eleitor.
Nas eleições de 2018, a ministra Rosa Weber, presidente do TSE à época, autorizou a presença de representantes técnicos das campanhas de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad na chamada sala-cofre localizada no prédio da Justiça Eleitoral em Brasília, onde é feita a totalização dos votos. Até os pleitos anteriores, representantes dos candidatos eram convidados a assistir a apuração em uma sala onde haviam apenas monitores para o acompanhamento da totalização.
Por todos esses motivos, Barros justifica que insistirá em propor a apuração manual de 100% das cédulas nas sessões eleitorais, apesar das resistências de partidos políticos.
“Com exceção do exercício do voto, que tem que ser sigiloso e ninguém vai mexer nisso, até porque é uma cláusula pétrea, as outras fases são atos administrativos que devem ser públicos e transparentes. O voto deve ser auditável pelo próprio eleitor ao conferir o registro impresso. E a apuração não pode ser secreta. Deixar isso mais claro tem sido minha meta principal”, diz o relator da PEC do Voto Impresso.
Quais as principais diferenças do substitutivo da PEC do Voto Impresso O substitutivo esboçado pelo relator se difere do parecer que quase foi votado principalmente pela forma como ele decidiu conceituar tecnicamente as diferentes etapas do processo eleitoral: o exercício do voto; o registro do voto; a apuração; a totalização; e a proclamação do resultado.
O exercício do voto é definido por Barros como o “ato personalíssimo” e deve ser secreto, a fim de garantir a plena liberdade de escolha do eleitor. Essa etapa termina a partir do momento em que a cédula do voto entra na urna. O relator não especificou na PEC uma tecnologia específica para esse processo.
O registro do voto é definido por ele como o “procedimento no qual a manifestação de vontade do eleitor é computada”, que deve ser “conferido por papel pelo próprio eleitor assim que gerado”. Já a apuração é apontada como “ato administrativo necessariamente público e transparente”.
Ainda na apuração, Barros estabelece que é uma etapa que deve contar com a presença de eleitores na “contagem dos votos colhidos na seção eleitoral”. Ou seja, ele também manteve a possibilidade de os eleitores serem fiscais de suas próprias seções após a contagem de votos colhida pelos mesários “imediatamente após o período de votação”.
A totalização é classificada pelo relator como outro ato administrativo “necessariamente público e transparente”, que deve contar com a presença de “representantes de partidos políticos” após a soma de todos os votos obtidos em todas as seções eleitorais na apuração. Essa etapa é realizada pelas “autoridades estaduais eleitorais e posteriormente transmitida à autoridade nacional eleitoral”, o TSE.
A proclamação do resultado, por fim, é tipificado por ele como o “ato em que a autoridade nacional eleitoral, após regular apuração e totalização, anuncia o resultado da votação da eleição, do plebiscito ou do referendo”.
Você acredita que Bolsonaro vai vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022 aprovado pelo Congresso? Sim Não Por que o relator decidiu tipificar as diferentes etapas eleitorais Dois motivos levaram Filipe Barros a tipificar as diferentes etapas eleitorais. Além da busca em deixar mais claro os procedimentos pela transparência da auditagem pelo eleitor, ele também busca garantir o avanço das tecnologias eleitorais.
No parecer atual, Barros tentou apresentar uma redação que não engessasse a progressão tecnológica das urnas. O problema é que o texto foi criticado por lideranças parlamentares e membros da comissão especial da PEC, que avaliaram ser pouco claro na forma proposta.
Os deputados cobraram de Barros um texto mais enxuto e claro sobre as propostas de voto impresso. Por ora, em termos de enxugamento, não é o que o relator sinaliza. O substitutivo esboçado é extenso, mas detalhado.
No relatório discutido na comissão especial, Barros especificava que “os registros do voto deverão ser depositados na urna indevassável separadamente para cada cargo, ou de outra forma, desde que se garanta o sigilo do voto”. No substitutivo, ele pormenoriza menos ao estabelecer que o registro precisa ser impresso e o voto é exercido quando a cédula entra a urna.
“Conceituar as etapas do processo eleitoral é a maneira de fazer com que, independentemente da tecnologia utilizada — se for de primeira, segunda ou terceira geração —, se garanta o formato essencial do procedimento público e transparente de votação”, explica.
Que pontos ainda podem ser alterados na PEC do Voto Impresso O relator planeja apresentar o texto final de seu substitutivo até a próxima terça-feira (3). Até lá, Filipe Barros admite que mudanças podem ser feitas à versão atual do texto. O deputado aguarda que lideranças de outros partidos lhe deem um retorno. E ainda terá uma conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
A ideia do relator é convencer os partidos de que a apuração manual de 100% das impressões de voto é a melhor alternativa para assegurar a transparência do processo eleitoral e evitar contestações judiciais na Justiça Eleitoral.
Mas ele sabe que prosseguir com isso é uma missão difícil diante do atual cenário político, contestado até por membros da base governista do Centrão. Por esse motivo, Barros admite que seu texto pode ser alterado.
Lideranças políticas discutem outras duas formas de debater a auditagem eleitoral: com a contagem manual de 100% das cédulas nos fóruns eleitorais, não nas seções; ou por amostragem. Uma parte considerável do Congresso propõe, contudo, formas alternativas de auditagem que não sejam pela impressão do voto.
O relator vai ouvir as sugestões e, se for da vontade da maioria dos partidos alterar o processo de apuração, ele diz estar à disposição para discutir uma mudança. Mas questiona as alternativas. “Como seria feita a apuração de 100% nos fóruns eleitorais? Por apenas uma mesa receptora? Se for assim, vai demorar ainda mais [a apuração]”, diz.
Na apuração por amostragem, seriam contabilizados eletronicamente os votos, como funciona atualmente, e seriam auditados apenas os votos de um percentual pré-determinado de urnas. Os partidos discutem um percentual entre 2% a 10%. “Essa é uma grande furada. Se apura 10%, quem perdeu a eleição vai judicializar e pedir a recontagem dos outros 90%”, diz Barros.
Já a alternativa de auditar os votos sem o registro impresso, por meio de uma cópia certificada do registro digital fora da urna, embora não seja totalmente descartada por Barros, não é bem avaliada por ele.
“A ideia não é ruim, mas ela por si só não resolve o problema do sistema sigiloso e obscurantista que nós temos. Tem que ser necessariamente complementada com a impressão do voto. Não adianta ter a auditagem só com certificação digital”, justifica.
Outro ponto que pode entrar em discussão é a implementação gradual das urnas de voto impresso. Partidos político chegaram a propor um porcentual inicial de 20% de urnas com a tecnologia de impressão do voto para as eleições de 2022. Mas o “piso mínimo” considerado por Barros é de 55%. Esse é o percentual de urnas atuais que já são adaptáveis para a geração do registro impresso, segundo informou o TSE nas audiências públicas da comissão especial
Transporte, recontagem e investigação: o que prevê o novo texto No substitutivo de Filipe Barros, encerrada a apuração, os registros impressos de voto serão transportados até os fóruns eleitorais a cargo das “forças de segurança pública” ou das Forças Armadas. Uma vez entregues, a responsabilidade pela custódia e preservação das impressões ficaria sob a responsabilidade da autoridade eleitoral.
A proposta de transporte do substitutivo se difere do parecer atual, que previa essa etapa sendo realizada apenas pelas Forças Armadas. Uma vez entregues nos fóruns eleitorais, o substitutivo propõe que os registros impressos sejam preservados pelo período de um ano contado a partir do dia seguinte da proclamação do resultado.
A exceção do prazo estipulado ficaria condicionada a “situações em que haja pedido de recontagem ou procedimentos de investigação”. “Ocasião na qual os registros impressos de voto deverão ser guardados até o trânsito em julgado do respectivo procedimento”, diz o substitutivo.
O período de um ano previsto para a preservação das impressões de voto é diferente do relatório entregue em junho, que sugeria o armazenamento até 31 de janeiro do ano seguinte às eleições, “salvo situações excepcionais definidas pelo TSE”.
A grande diferença do substitutivo para o parecer vigente está na previsão de que os pedidos de recontagem e “qualquer investigação sobre o processo de votação” deverão ser conduzidos pela Polícia Federal e pela Justiça Federal de primeira instância, e não pelo TSE. Barros ainda veda que o processo tramite em segredo de Justiça.
O relator defende sua proposta, que, na prática, reduz as atribuições do TSE sobre o processo de eventual recontagem. “O TSE, hoje, é o administrador eleitoral. Se houver uma falha ou uma fraude numa sessão eleitoral, ou ele é vítima ou alguém ali dentro pode ser o autor da falha ou da fraude. Portanto, a Corte não pode ser parte da investigação, nem se for vítima, e nem se for responsável ou um dos autores. Então, tem que se manter independente”, sustenta.
Tudo seria muitíssimo diferente se fosse Lula, e não Bolsonaro, a fazer campanha pela PEC 135, a PEC do Voto Auditável.| Foto: Fotos Públicas
Se fosse Lula pedindo o voto auditável, hoje ninguém estaria escrevendo longas e tediosas digressões sobre a diferença entre “provas” e “indícios”. E, diante do argumento de que é da natureza das urnas auditáveis não deixar rastros de fraude, daí a necessidade de uma comprovação física, todos estariam levando a mão ao queixo, aquiescendo e dizendo uns para os outros: “Como é que eu não pensei nisso antes?”.
Se fosse Lula pedindo o voto auditável, todos estariam enaltecendo a honestidade e altivez de caráter de um presidente tão, tão, tão, tão democrático que só quer garantir a seu povo eleições limpas e que faz questão de frisar que, se o povo escolher por outro caminho, a vontade popular será respeitada. Se fosse Lula pedindo o voto auditável, nos dicionários sua foto apareceria ao lado do verbete “estadista”.
Se fosse Lula pedindo o voto auditável, meus colegas jornalistas não estariam rindo da ideia como se ela fosse uma conspiração de maus futuros perdedores. Não estariam desprezando o voto auditável como mais um capricho de um presidente narcisista. Nem estariam criando narrativas estúpidas, baseadas em clichês, como a de que o voto auditável favorece o voto de cabresto ou é uma cortina de fumaça.
Se fosse Lula pedindo voto auditável, aliás, os tais “jornalistas de dados” estariam todos debruçados sobre os indícios, por mais estapafúrdios que fossem. Eles falariam em modelos matemáticos e explicariam tintim por tintim o que aconteceu nas eleições de 2014. Se fosse Lula pedindo voto auditável, o Sindicato dos Jornalistas brindaria seus associados com uma camiseta estampando a imagem do grande líder, juntamente com um sloganzinho manjado qualquer.
Se fosse Lula pedindo voto auditável, ninguém questionaria o custo “altíssimo” da medida. Tampouco estariam por aí exaltando a infalibilidade da máquina como se fosse um dogma desse cientificismo aplicado ao processo eleitoral. Pelo contrário, se fosse Lula pedindo voto auditável, todos estariam empenhados em questionar o “progresso” hoje inquestionável.
Se fosse Lula pedindo voto auditável, a inexplicável teimosia de Luís Roberto Barro teria explicações melhores do que as de hoje. Aliás, se fosse Lula pedindo o voto auditável, os cientistas políticos e outras figuras do nosso folclore estariam dizendo que a polícia é a arte da negociação e que, para garantir a segurança de um dos pilares dessa nossa democracia de palafita, é preciso garantir que ao menos parte dos votos sejam auditáveis já nas eleições de 2022.
Se fosse Lula pedindo o voto auditável, o ministro Luís Roberto Barroso estaria pessoalmente empenhado em garantir a aprovação da PEC 135. Que, por sinal, receberia nomes fofos como PEC da Urna Confiável, PEC das Eleições Transparentes, PEC do Amor ao Voto ou PEC da Confiança. E haveria transmissão dos debates e das votações nas comissões e depois no Congresso e no Senado. E os deputados e senadores exigiriam voto nominal para poderem aparecer na televisão dizendo que “pela democracia, pelo futuro do país, em defesa do Estado Democrático de Direito, eu voto ‘sim’!!!!”.
Se fosse Lula pedindo voto auditável, os sociólogos estariam falando desse que é o aspecto mais intangível da democracia, o vínculo de confiança entre o eleitor e o “sistema”, e ressaltando a ameaça representada pela quebra desse mesmo vínculo. Os menos exaltados estariam usando palavras como “golpe”. Os mais exaltados estariam criando alguma conspiração conservadora-direitista contra a vontade popular.
Se fosse Lula pedindo o voto auditável, estaria todo mundo batendo palmas pela nomeação de um senador do Centrão para a Casa Civil. “Esse Lula é um baita enxadrista”, diria alguém. Enquanto outro diria que, veja bem, o Lula é o presidente de todos os brasileiros e que é importante respeitar o princípio da representatividade, não sei o quê, não sei o que lá. Ciro Nogueira seria recebido com flores. E entraria para os livros de história como O Verdadeiro Cirão da Massa.
Se fosse Lula pedindo o voto auditável, haveria diariamente pesquisas de opinião sobre o voto auditável ou sobre a confiabilidade das atuais urnas. As redes noticiosas exibiriam longuíssimos programas de debate nos quais estatísticos, engenheiros, advogados, artistas e até esportistas pediriam ansiosamente a palavra para demonstrarem apoio ao voto auditável.
Se fosse Lula pedindo voto auditável, Chico Buarque e Zélia Duncan comporiam o Samba do Piririririm, a ser entoado nas enormes manifestações de 1º de agosto. Wagner Moura, Letícia Sabatella e José de Abreu estrelariam na Netflix um filme de ação no qual imperialistas malvados tentam impor ao povo brasileiro o Tirânico Voto Inauditável, até que as forças populares, lideradas por uma quilombola trans, se revoltassem.