Monumento a Marx e Engels em Berlim. Imagem ilustrativa.| Foto: Pixabay
O canal Telecine está exibindo o longa-metragem O jovem Karl Marx (Le Jeune Karl Marx, no título original), uma coprodução alemã, belga e francesa que pretende contar a trajetória do filósofo desde o seu exílio até a “fundação” da Liga Comunista. O longa, lançado em 2017, não é nenhuma obra-prima, mas vale a pena assistir, pois é o retrato de todo bom comunista. Não vou contar o filme, claro, mas apenas destacar algumas passagens reveladoras da personalidade de Marx.
Na primeira delas, Marx se apresenta perante uma espécie de comitê de admissão da então chamada Liga dos Justos. Um dos integrantes da banca, dirigindo-se a Marx, diz que só há dois tipos de homens – o empresário e o trabalhador – e indaga em qual categoria se enquadra. Sem responder diretamente, Marx se apresenta como um estudioso que iria desenvolver o arcabouço teórico necessário para legitimar a revolução do proletariado. Em uma palavra, um intelectual! O intelectual, na descrição de Thomas Sowell na sua obra Intelectuais e Sociedade, é aquele indivíduo que dá ideias, mas que nunca é responsável pelas consequências – via de regra trágicas – dessas ideias. É o sujeito que, na prática, não sabe a diferença entre um prego e um parafuso ou entre um pé de feijão e de arroz, mas tem a firme convicção de que pode ensinar o empresário e o agricultor como eles devem organizar as suas produções. O intelectual sabe quase nada sobre a vida real, mas, dentro da sua bolha acadêmica, acredita piamente que tem uma bagagem teórica que o habilita a prescrever as regras para organizar uma sociedade perfeita. Assim era o jovem Marx: nunca foi um trabalhador de verdade, mas se imaginava como uma espécie de messias, um iluminado que iria revelar o caminho para a salvação dos operários do jugo dos capitalistas.
A propósito, o filme também sugere outro atributo marcante de um comunista: o desapego ao trabalho. Um comunista autêntico foge do trabalho como o diabo da cruz, a exemplo dos líderes sindicais que, uma vez na direção dessas corporações, fazem qualquer negócio para nunca mais voltarem ao chão de fábrica. No caso de Marx, enquanto estava no exílio, dependia financeiramente de Friedrich Engels, um rapaz rico, filho de um industrial, que hoje seria um típico “comunista de iPhone”. Pois esse Marx, que nem emprego fixo tinha e vivia à custa de empréstimos camaradas do seu novo amigo, confidencia para o companheiro que está “cansado de trabalhar”. Isso com menos de 30 anos! Esse diálogo me lembrou um episódio do seriado Chaves, do genial Roberto Bolaños, no qual o Senhor Madruga pergunta ao Chaves se ele parece cansado, ao que Chaves responde com outra pergunta: “cansado de quê, se não faz nada?”. Não fosse um personagem politicamente incorreto, dir-se-ia que o Senhor Madruga é a reencarnação de Marx!
Marx também não teve criatividade para começar o seu movimento revolucionário do zero. Eis aí mais um traço distintivo de uma personalidade comunista: a incapacidade de criar qualquer coisa valiosa para a sociedade. A tal “Liga Comunista”, além de ser um desserviço para a humanidade, não foi exatamente uma criação de Marx, pois, de acordo com o filme, já existia e era um movimento consolidado na Europa. Depois de um tempo tentando se infiltrar nela, Marx finalmente conseguiu fazer parte do movimento e, usando o carisma de Engels, manipulou os seus integrantes para dar um golpe que resultou não apenas na mudança do nome (a Liga dos Justos passou a se chamar Liga Comunista) e do lema da entidade (em vez do fraternal “todos os homens são irmãos”, o lema passou a ser “trabalhadores do mundo, uni-vos”), mas principalmente na radicalização do movimento, que abandonou os meios pacíficos de luta por melhorias para a classe trabalhadora e passou a adotar a violência revolucionária para implantar a utopia lunática do jovem pensador. Ou seja, Marx apenas se apropriou e desnaturou uma organização já existente para realizar os seus planos totalitários. Isso revela o seu caráter despótico e, de quebra, expõe outro vício generalizado entre comunistas: a incoerência. Sim, porque o sujeito que criticava os patrões por se “apropriarem” do trabalho alheio estava, ora vejam, apropriando-se de um movimento da própria classe trabalhadora.
A carga tóxica das mágoas e dos melindres Um “progressista” de carteirinha poderá assistir ao filme e enxergar um Marx totalmente diferente: um jovem visionário, perseguido por suas ideias políticas e que, mesmo exilado, conseguiu articular uma rede de influentes líderes do proletariado em prol de um mundo novo e justo. A mim, pareceu ser apenas um intelectual presunçoso e desocupado que vivia encostado no seu amigo burguês e que mal dava conta das suas próprias responsabilidades (esposa e filhas). Um homem autoritário e com sanha golpista que não criou nenhuma obra verdadeiramente útil para sociedade. Ao contrário, concebeu ilusões que, longe de lançarem as bases de um mundo melhor, conduziram (e ainda conduzem) as sociedades para a escassez, a intolerância, a violência, a arbitrariedade e toda sorte de misérias humanas, apenas substituindo a alegada opressão do capitalismo pela opressão do Estado e do partido. E, como todo intelectual, não foi responsabilizado por nenhuma das mazelas que as suas ideias propagaram mundo afora.
Um detalhe final: o filme ainda dá uma mostrinha da promiscuidade sexual reinante no universo comunista, ao contar que a mulher de Engels, por não ansiar a maternidade, pretendia oferecer a sua própria irmã ao seu esposo para este satisfazer o desejo de procriar. Assistam e façam o seu próprio julgamento!
Leandro G. M. Govinda, especialista em Direito Tributário, ex-procurador da Fazenda Nacional e ex-professor da Universidade do Sul de Santa Catarina e da Escola do Ministério Público, é promotor de Justiça em Santa Catarina.
Entenda como o conhecimento em empreender pode ajudar a sua carreira – mesmo que você não vá começar um negócio próprio.
Por João Gobira
Nem só de criar um negócio do zero vive o empreendedor. Sabia que dá para aplicar o empreendedorismo na sua carreira, mesmo como profissional carteira-assinada de uma empresa?
Quando alguém reúne as características da mentalidade empreendedora, apesar de não ter a própria empresa, está aplicando o empreendedorismo à sua carreira.
O empreendedorismo como opção de carreira, ou como alguns gostam de chamar, o sentimento de dono – é o ato de encarar a sua própria carreira como um empreendimento.
Assim, quem tem o sentimento de dono é capaz de enxergar novas oportunidades de gerar resultados para a empresa, tirar projetos do papel, ter visão de futuro, entre outros comportamentos típicos de quem é empreendedor.
Afinal, a grande maioria dos empreendedores que hoje são CEOs ou executivos C-level começou com a simples vontade de mudar, transformar ou melhorar alguma coisa no mundo.
Um estudo da Universidade de Deakin na Austrália mostra que os profissionais do futuro serão capazes de combinar habilidades técnicas como interpretar dados e criar algoritmos e ao mesmo tempo desenvolver adaptabilidade, resiliência e outras capacidades empreendedoras.
No futuro onde as profissões que conhecemos hoje sequer vão existir, estas habilidades farão total diferença na carreira profissional das pessoas e serão responsáveis por mantê-las competitivas no mercado de trabalho.
HABILIDADES EMPREENDEDORAS VALORIZADAS NO MERCADO DE TRABALHO
Trabalhar de forma independente, com menos supervisão de gerentes e com foco em resultado e produtividade são habilidades empreendedoras valorizadas em todas as empresas.
Originalidade e fluência de ideias, estratégias de aprendizado ativo, capacidade de definir objetivos, curiosidade, saber ouvir feedbacks e aplicar conhecimento de maneira pró-ativa também são características empreendedoras muito importantes para profissionais no futuro.
Observando as habilidades exigidas nos anúncios de emprego, essa mesma pesquisa australiana mostra que “a proporção de empregos que exigem pensamento crítico aumentou 158%, enquanto a busca por profissionais com habilidades de criatividade cresceu 65% e as habilidades de apresentação teve um salto de 25%.
Não é coincidência que estas habilidades também estejam presentes no dia a dia do empreendedor.
Inclusive, muitos especialistas acreditam que, como as capacidades das máquinas se expandem, no futuro, os jovens precisarão de menos educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática e poderão ter mais tempo para focar em habilidades como design thinking, empreendedorismo e criatividade para se prepararem para carreiras empreendedoras.
Veja mais exemplos de habilidades empreendedoras que podem ser aplicadas às empresas:
Autoconfiança
Autonomia
Automotivação
Auto gerenciamento
Comunicação
Criatividade
Entusiasmo pelo aprendizado
Pensamento crítico
Resolução de problemas
Alinhamento com um propósito
Alfabetização digital
Alfabetização financeira
COMO APLICAR O EMPREENDEDORISMO NA SUA CARREIRA?
Tenha comprometimento e sentimento de dono. Responsabilizar-se por fazer os projetos andarem, ter interesse pelas coisas que acontecem na empresa e estar alinhado com os objetivos da empresa são os primeiros passos para quem quer desenvolver o sentimento de dono.
Resolva problemas. Sabe aquela famosa frase: “não é do meu departamento?” isso não existe para quem quer aplicar o empreendedorismo à sua carreira. No dia a dia, resolver problemas deve ser tão natural quanto fazer reuniões ou dar feedback.
Faça as coisas da forma mais eficiente possível. Preocupar-se em tomar decisões que vão gerar resultados melhores, evitar retrabalho e ir além, encontrando soluções mais eficazes, são outras formas de pensar como um empreendedor.
Crie sempre novas oportunidades de negócio. Desenvolver a habilidade de se comunicar e de criar novos relacionamentos e estar atento às necessidades do mercado e as demandas de consumidores vai te ajudar a criar oportunidades de negócio incríveis para a empresa onde você trabalha.
PORQUE ESTUDAR EMPREENDEDORISMO
Estudar empreendedorismo é fundamental tanto para quem vai criar o próprio negócio do zero, quanto para quem quer olhar a carreira profissional de forma mais estratégica.
Com as ferramentas certas, cursos online sobre empreendedorismo, mentorias e boas fontes de informação, é possível lançar produtos e serviços inovadores no mercado e obter sucesso como empreendedor, mesmo para quem ainda está começando.
Ter vontade e coragem é muito importante, mas infelizmente não é suficiente para ser um empreendedor bem-sucedido.
Sem estudar o empreendedorismo, seus fatores de sucesso (e de fracasso) – dificilmente você chegará a algum lugar.
A falta de conhecimento, além de limitar a tomada de decisão em momentos-chave, pode se tornar a causa da morte de uma empresa.
Segundo o IBGE, a taxa de empresas que sobrevivem no mercado tem diminuído ano a ano. Já o Sebrae mostra que, de cada 4 empresas abertas, 1 fecha antes de completar 2 anos de existência no mercado.
Por isso, vale a pena diminuir os riscos e aprofundar seu próprio conhecimento sobre modelos de negócio e as principais tendências de mercado.
Pense assim: se o seu concorrente vai abrir um negócio igual ao seu, mas tem zero interesse em estudar empreendedorismo, automaticamente você já está um passo à frente dele.
TEMAS COMUNS DE ESTUDO PARA EMPREENDEDORES
Novas Tecnologias: Cloud Computing, Compliance, Biotech, Inteligência Artificial, Big Data, Internet of Things;
Futuro das indústrias: Agro e Food Tech, Learning & Education Tech, Commerce & Retail Tech, Insurance & Fintech;
Novas habilidades: capacidade analítica, como inspirar e engajar pessoas, visão de futuro.
Nova gestão: trabalhar com dados, novas práticas de gestão, como surpreender clientes, tendências de consumo.
FALTA DE CONHECIMENTO É PRINCIPAL CAUSA DE MORTE DAS EMPRESAS
Segundo uma pesquisa do Sebrae, as causas de morte das empresas estão, na maioria das vezes, relacionadas à falta de experiência, mas sobretudo, ao déficit de conhecimento dos empreendedores.
Ao abrir a própria empresa, parte dos empreendedores, por exemplo, não levanta informações importantes sobre o mercado e mais da metade não realiza o planejamento de itens básicos antes do início das atividades da empresa.
PORQUE A NOVA ECONOMIA TORNA AS MUDANÇAS NOS NEGÓCIOS MUITO MAIS RÁPIDA
Entender como montar um plano de negócio, como validar uma ideia e como construir um MVP (Mínimo Produto Viável) vai te ajudar muito na sua carreira empreendedora, porém este é apenas o começo.
Isso porque o processo de se requalificar e manter-se atualizado com tendências de mercado, métodos eficientes de gestão e de aprender novas formas de empreendedorismo é contínuo.
Uma vez que a tecnologia evolui de forma exponencial e se torna mais acessível, melhor e mais barata e novos hábitos de consumo são criados, muitas oportunidades de empreendedorismo surgem, ao mesmo tempo que os velhos modelos de negócio perdem totalmente o sentido de existir.
A nova economia fará com que startups e empresas mais eficientes e valorosas ganhem mais espaço no mercado em um intervalo de tempo cada vez mais curto.
PARA ENCONTRAR SEU PROPÓSITO E TRABALHAR COM O QUE VOCÊ AMA
Quando se estuda empreendedorismo se aprende a descobrir novos talentos em você mesmo e principalmente a entender o seu propósito e o que você ama fazer.
Empreender também quer dizer que você se identifica com algo (uma causa) e que está disposto a desenvolver novas soluções e ações com foco em resolver um problema.
Além disso, estudar empreendedorismo pode ser uma ótima forma de exercitar o autoconhecimento e colocar em prática projetos que você nunca teve a chance de realizar.
Você aprende a calcular riscos que serão importantes para alcançar produtos e serviços inovadores, aprende mais sobre si mesmo, seus limites, a se automotivar e a criar estratégias para alcançar seus objetivos.
PORQUE ENSINAR EMPREENDEDORISMO NA ESCOLA
A falta de aptidão para empreender e o déficit de conhecimento e das habilidades empreendedoras poderia ser resolvido caso o empreendedorismo fosse ensinado na escola.
Mas mesmo para aqueles que não pretendem ser empreendedores, aprender empreendedorismo é bastante útil.
Assim como o português, a matemática, a história ou as ciências, o empreendedorismo contribui para formar pessoas para entender as demandas da própria sociedade.
Com uma disciplina focada no empreendedorismo, os alunos estariam aptos a estimular mais a imaginação e a aplicar a criatividade para criar soluções de valor (princípio da inovação).
Assim teríamos jovens mais críticos, criativos, adaptativos, comunicativos, comprometidos, capazes de resolver problemas.
Por isso, além de agregar muito valor à carreira desses jovens antes mesmo de ingressarem em uma universidade, a habilidade de empreender faz parte do futuro do trabalho.
PORQUE O EMPREENDEDORISMO DE PALCO IRÁ TE DESTRUIR
Como o empreendedorismo cresceu muito nos últimos anos e é considerada uma atividade em alta, ele também acaba ficando na mira dos oportunistas.
Fórmulas que prometem sucesso, fama e dinheiro instantâneos, discursos inflamados e ultra motivados para fazer qualquer um se tornar o Jeff Bezos… Estas são algumas ‘iscas’ que podem fazer o empreendedorismo de palco te destruir.
É importante prestar atenção ao que você lê nas redes sociais, ouve nos eventos de empreendedorismo ou assiste no YouTube. Aconteça o que acontecer, lembre-se das seguintes premissas:
EMPREENDER NÃO É UMA SAÍDA PARA TODOS OS PROBLEMAS
Se você está descontente com a empresa onde trabalha e vê no empreendedorismo uma saída para se livrar do chefe chato, temos uma má notícia para você: empreender não vai resolver todos os seus problemas.
Não faça do empreendedorismo uma terapia de autoajuda. O empreendedorismo é 90% ralação, noites sem dormir e suor e os outros 10% são coragem, foco e determinação. O que vai resolver o seu problema é ter um objetivo claro de onde você quer chegar e correr atrás para cumprir esse objetivo.
EMPREENDER NÃO É UMA FORMA DE FICAR MAIS RICO
Ser empreendedor não vai te deixar mais rico de uma hora para outra. Muitas empresas demoram vários anos para começar a gerar lucro.
Até mesmo as que estão avaliadas em bilhões de dólares no mercado, como é o caso do Uber e WeWork, por exemplo, ainda patinam para saírem do zero a zero.
Sem um planejamento financeiro estruturado antes mesmo de começar o seu negócio, sua startup pode ir de sonho a pesadelo em pouquíssimo tempo.
Não é a toa que, em 2017, as empreendedoras e CEOs Mara Zepeda, Aniyia Williams, Astrid Scholz e Jennifer Brandel levantaram a discussão “zebras x unicórnios”.
De um lado estão as empresas unicórnios que estão nos holofotes da mídia, do outro, empresas ‘zebras’ que buscam ser financeiramente viáveis e têm foco na rentabilidade.
PARA SER EMPREENDEDOR NÃO BASTA TER FORÇA DE VONTADE
O empreendedorismo de palco prega que para ser empreendedor basta força de vontade para criar uma empresa bilionária.
Trata-se de uma meia verdade. Apesar de a força de vontade ser um elemento importante e bastante presente na mentalidade dos empreendedores, a maioria dos resultados só aparece se houver muito estudo, planejamento e tentativa e erro envolvido.
Afinal tomar decisões importantes que podem mudar totalmente o destino de uma empresa ou criar formas de otimizar gastos e aumentar a rentabilidade nunca dependerá apenas de sorte.
Por isso é preciso tomar cuidado e separar o trigo do joio. Preste atenção e faça sempre as seguintes perguntas para você mesmo quando estiver diante de um conselho:
Este conselho é uma estratégia realmente útil para o meu negócio?
Este conselho faz sentido para o meu ramo específico de empresa?
Este conselho tem base em estatísticas, estudos de caso ou outras formas práticas que podem mensurar o sucesso de uma determinada ação?
Quem está compartilhando este conselho? Ele já foi empreendedor ou tem experiência com gestão de empresas?
Como estão as empresas que esta pessoa ajudou a gerenciar?
Existe alguma probabilidade desta pessoa querer te vender algum serviço/produto que ela mesma comercializa?
Este conselho usa palavras como ‘fácil’, ‘rápido’ ou ‘barato?’
Este conselho usa argumentos agressivos para te convencer a fazer alguma coisa?
No empreendedorismo, como em qualquer outra atividade, o resultado só acontece depois de muito esforço, estudo e dedicação. Ao invés de milagre ou fórmulas prontas que levam ao sucesso, existe muito trabalho, testes que dão errado e noites sem dormir para fazer com que dê certo.
Para cada empresa unicórnio existe uma zebra cavando formas de fazer mais com menos, estudando modelos de negócio que deram certo, fazendo contas, monitorando a operação da empresa diariamente e olhando para o futuro para estarem sempre um passo à frente.
ValeOn UMA STARTUP INOVADORA
A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.
Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.
Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.
Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.
A inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.
Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.
Estamos lutando com as empresas paraMUDAREM DE MENTALIDADEreferente à forma de fazer publicidade à moda antiga, rádio, tv, jornais, etc., quando hoje em dia, todos estão ligados online através dos seus celulares e consultando as mídias sociais a todo momento.
SomosPROFISSIONAISao extremo o nosso objetivo é oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes e respeitando a sociedade e o meio ambiente.
TemosEXPERIÊNCIAsuficiente para resolver as necessidades dos nossos clientes de forma simples e direta tendo como base a alta tecnologia dos nossos serviços e graças à nossa equipe técnica altamente especializada.
A criação da startup ValeOn adveio de uma situação deGESTÃO ESTRATÉGICAapropriada para atender a todos os nichos de mercado da região e especialmente os pequenos empresários que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
TemosCONHECIMENTOdo que estamos fazendo e viemos com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos desenvolvendo soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.
Dessa forma estamosAPROVEITANDO AS OPORTUNIDADESque o mercado nos oferece onde o seu negócio estará disponível através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo chamada Plataforma Comercial ValeOn 24 horas por dia e 7 dias da semana.
Dinheiro / Real – 25-05-2017 – O Real é a moeda corrente oficial da República Federativa do Brasil. A cédula de um real deixou de ser produzida, entretanto continua em circulação alguns exemplares. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas normalmente pela Casa da Moeda. Entre elas, as notas de: 2,5,10,20,50 e 100.
Os políticos deveriam ser os primeiros a ter consciência da importância da Reforma Tributária. Imagem ilustrativa.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/Arquivo
Entre as leis científicas da Economia, há duas que são ao mesmo tempo elementares e fundamentais para o crescimento econômico e a melhoria social. Uma é que o único caminho para o progresso é o aumento da produção de riqueza. Dizendo de outro modo, o produto nacional tem de crescer mais que a população, a fim de atingir um produto por habitante (que é igual à renda per capita, pois produto e renda são os dois lados da mesma moeda) suficiente para vencer o subdesenvolvimento. A segunda é que o crescimento do produto depende, entre outros, do tamanho do capital físico, e esse capital somente cresce conforme o tamanho do investimento nacional.
Em macroeconomia, investimento significa aumento do estoque de capital (infraestrutura física, infraestrutura empresarial e infraestrutura social), cuja magnitude se mede pela parte (percentual) do Produto Interno Bruto (PIB) composta de bens de capital (a outra parte são os bens e serviços de consumo).
O investimento é resultado da ação de empreendedores, sejam novos ou os que já têm suas empresas. Em termos gerais, quem faz investimento são as empresas e o governo, sob a decisão de quem os comanda. As pessoas físicas praticamente fazem um só tipo de investimento: imóveis (residências, salas comerciais e prédios diversos), seja para morar ou para locar. Se alguém tem poupanças financeiras e resolve investir em um imóvel e nele construir um prédio, comprar equipamentos e montar uma unidade produtiva de um bem e serviço, a lei obriga que essa unidade se constitua como empresa, da qual esse alguém, pessoa física, é o dono. Nesse caso, a empresa é quem faz os investimentos e, dela, o proprietário é titular das quotas de capital ou ações. Não há que confundir investimento com aplicações financeiras. Embora seja comum falar-se de investimentos pessoais e investimentos financeiros, estes significam aplicação de recursos em ativos financeiros, que são usados por alguma pessoa jurídica com o fim de investir em atividade produtiva e remunerar o aplicador (poupador) dos recursos.
O governo também investe em aumento do capital físico construindo rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hospitais, escolas e diversos equipamentos urbanos. Porém, o governo não é o gerador da riqueza (no sentido de produto) de onde ele tira os recursos para investir. O governo age como um síndico que retira (de forma impositiva) recursos das pessoas e das empresas com os quais paga seus investimentos. Assim, também a capacidade do governo de investir e prestar serviços públicos depende do tamanho do produto feito pelo sistema produtivo privado, pois a carga tributária é sempre um pedaço da riqueza gerada pelas pessoas e pelas empresas.
Diante disso, a principal atividade para o progresso material, representado pelo crescimento expressivo do produto do país, é o investimento, logo, é o empreendedorismo. Assim, a figura do empreendedor deveria ser objeto de cultivo, respeito, cortejo e, sobretudo, estímulo. A cada lei, cada medida e cada política pública, os políticos e os governantes deveriam antes de tudo se perguntar o que sua ação estatal está fazendo para estimular a ação do empreendedor, logo, o investimento e o crescimento nacional.
VEJA TAMBÉM: Como a inflação se torna um imposto Copiar, inovar, criar: os três estágios da tecnologia e o Brasil É preciso bater na tecla de que o empreendedor somente se atira na ação de empreender, arriscar e correr perigos mercadológicos e legais se ele concluir que a chance de sua ação empreendedora dar certo é superior à chance de fracassar. No caso do empreendedor estrangeiro, a situação é mais grave, pois esse somente investe em um país que lhe inspire confiança em termos de estabilidade política, estabilidade econômica, regras claras e liberdade de mercado, aí incluído o livre movimento internacional de capitais financeiros.
As ideias, as palavras, as propostas, os projetos de lei, as leis aprovadas e o sistema tributário servem para estimular a ação empreendedora ou para inibir e afugentar os empreendedores. O investidor não é um aventureiro que se lança a um projeto sem analisar e pesar todas as opções, perspectivas de sucesso, perigos de mercado e ambiente jurídico. Atualmente, uma reforma tributária está sendo debatida no Congresso Nacional a partir de propostas gestadas no Poder Executivo. As propostas, mesmo antes de serem aprovadas, têm o poder de estimular ou paralisar as decisões de investimentos. O vai-e-vem de alterações, emendas e insinuações no parlamento, de certa forma interrompe milhões de decisões de investimento, ainda que temporariamente, à espera de definições e transformação em lei, sobretudo quando se acena com aumento de tributos.
As mudanças na tributação, pelo enorme impacto que elas têm nos investimentos e no crescimento do produto nacional, deveriam ser planejadas, debatidas e votadas num prazo tão curto quanto possível, pois essa eterna e constante ameaça de mudanças, que nunca saem, desencoraja o espírito empreendedor e leva ao engavetamento de muitas ideias e projetos. Os políticos deveriam ser os primeiros a ter consciência disso.
O servidor do Ministério da SaúdeLuis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DM), disse à Polícia Federal que não possui cópia de segurança das mensagens cujo teor, segundo ele, mostra pressão recebida pelos dirigentes da pasta para a compra da vacina indiana Covaxin. As informações são da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Ricardo disse à polícia que trocou o celular e não fez um backup com os arquivos originais das conversas. Ele foi ouvido na última quarta-feira (14), no inquérito que apura as negociações dos imunizante pelo governo Jair Bolsonaro.
O servidor disse que fez “prints” das mensagens e encaminhou a seu irmão. As imagens digitais também não foram entregues por ele para a PF. Segundo a colunista, Ricardo teria trocado seu aparelho em março, mesmo mês em que as suspeitas envolvendo as negociações da Covaxin foram levadas pelos irmãos Miranda ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Ainda de acordo com a reportagem, os investigadores teriam considerado estranha a troca de celular em meio ao caso, com o agravante dos arquivos originais não terem sido guardados pelo servidor. Segundo a colunista, decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm considerado que “prints” sem acesso aos arquivos originais não podem ser consideradas como provas válidas.
O servidor também afirmou à PF em seu depoimento que não gravou a conversa que teve com o presidente Bolsonaro sobre as irregulareidades na compra da Covaxin.
Urna eletrônica é usada nas eleições brasileiras desde 1996| Foto: TSE/Divulgação
Nada chama mais atenção, na atual guerra movida pelo ministro Luis Roberto Barroso e pelo resto do STF contra a adoção de alternações no atual sistema de voto eletrônico para as eleições de 2022, quanto a quantidade de perguntas não respondidas sobre o que, afinal, está acontecendo nessa história. O debate foi deturpado, brutalmente, com as repetidas declarações do presidente da República de que o voto eletrônico “puro”, como ele é hoje, leva à fraude na apuração; ele disse também que sem um novo sistema, mais seguro e verificável, não haverá eleições limpas no ano vem, e se não houver eleição limpa não haverá eleição nenhuma.
A primeira pergunta sem resposta vem daí: o que o presidente faria, na prática, para suspender as eleições, caso o sistema não seja mudado? Coloca a tropa na rua, fecha o Congresso e o Supremo, baixa um Ato Institucional? E aí: de que jeito fica no governo? Bolsonaro diz, também, que foi vítima de fraude eleitoral. Quais as provas que tem disso? Já prometeu apresentá-las um monte de vezes, mas até agora não apresentou nada. Por quê?
Em matéria de perguntas não respondidas, essas já seriam mais do que suficientes. Mas o extraordinário nisso tudo é que o lado oposto também não consegue responder nada: defende o atual sistema como se fosse a criação mais perfeita da humanidade até hoje, mas não foi capaz até agora de trazer à discussão um único argumento sério em favor de qualquer dos pontos que declara essenciais para a sobrevivência da democracia no Brasil.
Uma dessas perguntas sem resposta, ou respondida com raciocínios de terceira categoria e com mentiras puras e simples é: por que o STF nega ao Congresso Nacional o direito de debater qualquer alteração no atual sistema de voto e apuração? Tudo bem que o ministro Barroso seja contra, como Bolsonaro é favor, mas por que o Congresso não pode decidir sobre o assunto? Não adianta dizer que pode, porque não pode — tanto não pode que o ministro Barroso, e acólitos, se meteram diretamente em conversas com deputados para melar a discussão do projeto sobre o tema que tramita na comissão especial na Câmara. O STF não quer, nem mesmo, que o assunto vá a plenário. De novo: por que os deputados não podem decidir a questão votando livremente sobre ela?
Por que não se pode pensar em nenhum aperfeiçoamento técnico para um sistema que está aí desde 1996? De lá para cá, a tecnologia eletrônica mundial não descobriu nada que pudesse melhorar o processo? Por que Barroso diz que a mudança será caríssima — R$ 2 bilhões — quando só o “Fundo Eleitoral” que os políticos acabam de aprovar em seu favor é de R$ 6 bilhões — três vezes mais?
Por que os ministros insistem em dizer que o voto auditável vai violar o sigilo eleitoral (os “coronéis” exigiriam do eleitor a apresentação do recibo impresso de como votaram), se nenhum eleitor vai levar recibo nenhum para casa? Como advertir dos perigos de “judicialização” das eleições se a Justiça Eleitoral, já hoje, vive soterrada com processos de candidatos, uns contra os outros?
Mais que tudo: se Lula já está com mais de “50% dos votos” nas pesquisas e vai ganhar no primeiro turno, segundo o Datafolha e seus subúrbios, por que esse desespero todo em segurar o sistema como ele está? O candidato do STF — foi o STF que reinventou a vida política de Lula, e lhe deu a candidatura de presente — não vai ganhar de qualquer jeito? Ou será que está havendo algum problema com a sua candidatura e os seus milhões de votos? Será que Bolsonaro achou um jeito de roubar a eleição por conta do “voto impresso”? De que jeito? Barroso realmente não pode acreditar numa coisa dessas, pode?
Uma coisa é certa: quanto há muitas perguntas sem respostas, estão tentando dar um golpe em você.
Ex-atriz pornô Mia Khalifa publica fotomontagem dela própria depondo na CPI da Covid: comissão vira motivo de riso.| Foto: Reprodução/Twitter
Federações empresariais de Santa Catarina pediram publicamente ao presidente Jair Bolsonaro que vete o fundo eleitoral que consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e que pode chegar a até R$ 5,7 bilhões. O modo como isso foi votado e aprovado na Câmara é um absurdo. E agora virou um bate-boca entre o presidente da República e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que presidia a sessão.
Os deputados votaram a favor, mas dizem que não queriam votar. O texto acabou sendo aprovado em votação simbólica para salvar a LDO e o recesso parlamentar. O mesmo aconteceu no Senado. Tudo muito estranho. O presidente tem 15 dias para vetar ou sancionar, e se o Congresso não quiser aceitar, que assuma a responsabilidade derrubando o veto do presidente.
É um absurdo porque todo poder emana do povo e está óbvio que o povo não está disposto a pegar quase R$ 6 bilhões dos impostos que é obrigado a pagar e entregar para partido político fazer propaganda eleitoral.
Urnas eletrônicas à venda O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) colocou à venda a peso de sucata – R$ 0,79 o quilograma — 83,4 mil urnas eletrônicas. Que nós usamos para eleger os nossos representantes nas eleições de 2006 e 2008. A alegação do TSE é que essas urnas estão completamente defasadas e inseguras.
Só que naquela época, é bom lembrar, já tinha sido aprovado no Congresso uma lei — projeto do então senador Roberto Requião (MDB-PR) — que exigia o comprovante de voto em papel. Mas a Justiça disse que não tinha condições de fazer isso naquela ocasião.
Agora as mesmas urnas estão ultrapassadas, diz o TSE, que vai ter que comprar equipamentos novos. Podia bem comprar nova já com o comprovante de voto podendo ser emitido, conforme a proposta de emenda à Constituição que está lá na Câmara sendo discutida em comissão especial.
Fortes sinais Boas notícias: a Serasa informa que as vendas do comércio de varejo no primeiro semestre tiveram um aumento de faturamento de 10,1%. Isso é excepcional. Está certo que é a recuperação do que foi perdido no ano anterior, mas é sinal de recuperação.
Agora, nada como os números da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul no seu índice de otimismo dos industriais. A média histórica desse índice é de 53,9 pontos. Sabe quanto é que está agora? 61,1 pontos de otimismo, um recorde.
E o que faz o otimismo? O otimismo aqui no Brasil — eu assisti, testemunhei — fez o milagre econômico na década de 1970, onde não havia desemprego. Havia carência de matéria-prima, porque se vendia tudo, estava todo mundo ganhando dinheiro, e um crescimento que chegou a 14% do PIB em um ano. A média foi de 11,2%, naquele período de três, quatro anos. E foi movida a quê? Otimismo, entusiasmo.
Porque o otimista, o entusiasta, pensa no futuro e se prepara. Se prepara estudando para ganhar mais um emprego; se prepara investindo, abrindo loja, abrindo indústria, abrindo emprego, plantando mais. Pensando que vai ganhar mais no futuro.
Esse é o brasileiro. Brasileiro profissão esperança, otimista. Deu a volta por cima, sacudiu a poeira e foi em frente. É isso que está acontecendo.
CPI virou motivo de riso A CPI da Covid informa agora que está aproveitando a ausência nos “palcos”, e dividiu-se em sete temas, quer dizer, virou temática. É piada feita, porque a gente que já chama essa comissão de circo, agora virou parque temático.
E tem ainda essa história da ex-atriz pornô Mia Khalifa. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) fez uma postagem no Twitter brincando que ia convocar a Mia Khalifa. E ela respondeu: fez uma montagem sentada lá depondo ao lado de Omar Aziz (PSD-AM). Depois, em outro tuíte-resposta a Randolfe, escreveu assim: “CPI em crise, me esperem aí rapazes que eu já estou indo”.
Este é o perigo que a CPI corre desde o início: virar motivo de riso. Por causa de questões ridículas e estapafúrdias. E as pessoas estão assistindo. Eu tenho dito que os senadores da CPI têm se submetido à exposição pública muito mais que os próprios depoentes.
Agentes legislativos Por Wesley Oliveira – Gazeta do Povo Brasília
Câmara e Senado contam com quase 450 agentes policiais legislativos| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad
Criada em 2002 pelo Senado e em 2003 pela Câmara dos Deputados, a Polícia Legislativa é responsável pela segurança dentro do Congresso Nacional, atuando na preservação da integridade física de quem frequenta o Legislativo federal e na repressão e investigação de infrações penais. Antes disso, os crimes que ocorriam no Legislativo eram apurados pela Polícia Civil do Distrito Federal. Presta suporte policial ainda às comissões parlamentares de inquérito, sempre que solicitado.
Foi assim, por exemplo, quando o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias foi preso por determinação do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM). Recentemente, os senadores também pediram ajuda dos agentes policiais da Casa para viabilizar as quebras de sigilo telemático de 20 alvos da comissão. A Polícia Legislativa foi responsável por levantar o e-mail e o telefone desses alvos, entre eles o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o empresário Carlos Wizard Martins.
O órgão tem caráter ostensivo e investigativo, realizando funções ligadas à inteligência, ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e até mesmo de brigada de incêndio. Entre as principais funções dos agentes legislativos estão, a garantia da segurança dos presidentes da Câmara e do Senado e a preservação da ordem e do patrimônio nos edifícios do Congresso por meio de policiamento ostensivo.
Além disso, a Polícia Legislativa também promove a segurança particular de deputados e senadores, quando essa é autorizada pela presidência da Câmara ou do Senado. Há duas semanas, o Departamento de Polícia Legislativa da Câmara (Depol) negou o pedido de proteção especial do deputado Luís Miranda (DEM-DF), após ele fazer denúncias de irregularidades na contratação de vacinas pelo governo federal.
Para negar o pedido de Miranda, o Depol alegou que “não dispõe de efetivo e de agentes suficientes, bem como amparo logístico adequado para a realização de serviços dessa natureza”. Atualmente, cerca de 40 policiais legislativos estariam atuando na segurança particular de deputados como Joice Hasselmann (PSL-SP) e Carla Zambelli (PSL-SP). O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) contam com a proteção especial por serem filhos do presidente Jair Bolsonaro.
Qual é o efetivo da Polícia Legislativa A Polícia Legislativa do Congresso Nacional conta hoje com 449 agentes policiais, sendo 271 na Câmara e 178 no Senado. A remuneração gira em torno de R$ 20 mil por mês e a escolaridade exigida em concurso é de nível médio. Além disso, os agentes contam com auxílios alimentação e saúde. Em média, o custo das polícias das duas Casas em 2020 foi de R$ 110 milhões apenas com salários e benefícios.
A idade mínima para os agentes legislativos é 18 anos e não há idade máxima, como acontece em concursos da área militar. Além disso, os policiais têm porte de arma e o armamento utilizado é uma pistola glock ponto 40.
A jornada de trabalho normal é de 40 horas semanais e se necessário, em caso de viagens a serviço, eles recebem as horas extras e diárias. Dados do Portal da Transparência do Senado apontam que apenas em 2020 foram gastos cerca de R$ 350 mil com diárias dos agentes por causa da escolta de parlamentares nos estados. Por questões de segurança, a Casa não divulga uma lista dos senadores que fazem uso de segurança especial.
Em junho, uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF-1) acatou um pedido do Senado para que os agentes legislativos fossem autorizados a acompanhar os senadores até os portões de embarque do aeroporto internacional de Brasília. De acordo com o desembargador Souza Prudente, a medida busca prevenir “possível evento danoso à integridade física e psíquica” dos senadores, como ameaças. Antes disso, o Senado mantinha uma sala VIP para os parlamentares no terminal, contudo o contrato não foi renovado com a concessionária do aeroporto.
Levantamento feito pelo site Poder360 via Lei de Acesso à Informação (LAI) mostra que a Polícia Legislativa da Câmara registrou apenas 70 ocorrências durante o ano de 2020. A maioria das ocorrências — 24 do total — foi de furtos e ameaças nas dependências da Câmara.
A Gazeta do Povo questionou a Câmara e o Senado sobre as ocorrências registradas em 2019, 2020 e 2021, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.