quarta-feira, 14 de julho de 2021

 

Geopolítica híbrida

Por
Daniel Lopez – Gazeta do Povo

Estaria Biden iniciando a reorganização geopolítica da América Latina?| Foto: Collage/DLA/AP/Cubadebate

Para quem já ouviu falar na expressão “guerra híbrida”, ou acompanhou a Primavera Árabe e as chamadas “Revoluções Coloridas”, os acontecimentos recentes em Cuba acendem um sinal de alerta. Inclusive quando colocamos tudo num contexto mais amplo, com o recente assassinato do presidente haitiano e os protestos que se espalham pela África do Sul, após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma. É bem provável que se trate de movimentos orgânicos, espontâneos, sem um apoio internacional. Porém, num mundo globalizado e conectado como o nosso, não podemos descartar outras opções. Haveria alguma conexão entre todos esses acontecimentos simultâneos? Seria isso tudo parte de um movimento de reorganização geopolítica mais amplo, no contexto do mundo pós-pandêmico? Neste artigo, analisaremos alguns desses pontos.

Como não poderia deixar de ser, Havana tem culpado o imperialismo americano e os embargos econômicos pela atual crise. Na ótica do presidente Miguel Díaz-Canel, Washington estaria por trás de tudo, ao impor “uma política de asfixia econômica para provocar revoltas sociais no país”. Joe Biden se pronunciou pedindo-lhe que “ouça seu povo”, o que deixou os apoiadores do regime ainda mais indignados. O presidente americano, em nota, ainda incentivou o regime cubano a, em vez de se enriquecer, ouvir seu povo e atender suas necessidades. “Estamos com o povo cubano e seu claro apelo por liberdade”, disse Biden, claramente se posicionando contra a atual gestão, o que gera nos entusiastas da ditadura ainda mais a certeza de que os americanos estão por trás de tudo.

Porém, é preciso pontuar que, para além dos embargos americanos e das críticas públicas, há muitos outros fatores que tiveram participação fundamental no agravamento da crise. Com a queda do turismo global, Cuba passou a enfrentar uma situação cada vez mais delicada, uma vez que grande parte de seus recursos são provenientes dos turistas que visitam o país. A queda da receita, junto a outras causas estruturais, levou o país a apagões e tem tornado a crise sanitária uma calamidade pública, com escassez de remédios e de leitos hospitalares. Sem saúde, energia elétrica e comida, a população saiu de casa para demonstrar seu descontentamento. Isso já seria motivo suficiente para entender o que está acontecendo na ilha. No entanto, devemos levar em conta outros fatores.

Muitos analistas que têm acompanhado a política internacional começaram a prever como seria a gestão Biden para a América Latina. Traçando um paralelo com sua longa carreira como senador, e sua passagem pela vice-presidência, alguns estudiosos chegaram a conclusões um tanto quanto preocupantes. Lembrem-se que Barack Obama, apesar de ter sido laureado com um prêmio Nobel no início de sua gestão, permaneceu em guerra durante todos os dias de seus oito anos no poder. Basta lembrarmos que foi na gestão de Obama que uma grande parte das recentes derrubadas de regime da Ásia e África aconteceram. Quase tivemos, durante sua passagem pela Casa Branca, uma terceira guerra mundial desencadeada a partir da crise na Síria. Aqui nas Américas, também tivemos as Jornadas de Junho, em 2013, que acabaram conduzindo à queda da hegemonia do Partidos dos Trabalhadores no poder em 2016. Diante desses cenários, pesquisadores previram que, na gestão Biden, haveria mais revoluções coloridas na América Latina. Estaríamos diante do cumprimento dessa previsão? Não é muito provável, mas não é impossível.

A questão que deve nortear nossa busca é o que distingue uma guerra híbrida das demais. Em geral, a guerra híbrida começa com movimentos pacíficos, utilizando as redes sociais como instrumento agregador. O objetivo é reunir o maior número possível de pessoas, até que a repressão estatal seja implementada e os eventuais excessos do Estado sejam documentados e usados como propaganda contra o regime. Isso já está acontecendo. Resta saber como as coisas irão evoluir.

É muito difícil, neste momento, saber se o movimento em Cuba é orgânico ou fomentado por Washington. Entretanto, o que ninguém precisa mais é de uma ditadura que não respeita seu povo e que sugou volumosos recursos (inclusive brasileiros) de muitas nações para manter de pé seu falido regime. Fica a torcida para que não aconteça como na Primavera Árabe e nas Revoluções Coloridas, que trocaram regimes ruins por governos ainda piores. Deus abençoe o povo cubano.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/daniel-lopez/cuba-hoje-um-caso-de-guerra-hibrida/
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Daniel Lopez – Gazeta do Povo

Estaria Biden iniciando a reorganização geopolítica da América Latina?| Foto: Collage/DLA/AP/Cubadebate

Para quem já ouviu falar na expressão “guerra híbrida”, ou acompanhou a Primavera Árabe e as chamadas “Revoluções Coloridas”, os acontecimentos recentes em Cuba acendem um sinal de alerta. Inclusive quando colocamos tudo num contexto mais amplo, com o recente assassinato do presidente haitiano e os protestos que se espalham pela África do Sul, após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma. É bem provável que se trate de movimentos orgânicos, espontâneos, sem um apoio internacional. Porém, num mundo globalizado e conectado como o nosso, não podemos descartar outras opções. Haveria alguma conexão entre todos esses acontecimentos simultâneos? Seria isso tudo parte de um movimento de reorganização geopolítica mais amplo, no contexto do mundo pós-pandêmico? Neste artigo, analisaremos alguns desses pontos.

Como não poderia deixar de ser, Havana tem culpado o imperialismo americano e os embargos econômicos pela atual crise. Na ótica do presidente Miguel Díaz-Canel, Washington estaria por trás de tudo, ao impor “uma política de asfixia econômica para provocar revoltas sociais no país”. Joe Biden se pronunciou pedindo-lhe que “ouça seu povo”, o que deixou os apoiadores do regime ainda mais indignados. O presidente americano, em nota, ainda incentivou o regime cubano a, em vez de se enriquecer, ouvir seu povo e atender suas necessidades. “Estamos com o povo cubano e seu claro apelo por liberdade”, disse Biden, claramente se posicionando contra a atual gestão, o que gera nos entusiastas da ditadura ainda mais a certeza de que os americanos estão por trás de tudo.

Porém, é preciso pontuar que, para além dos embargos americanos e das críticas públicas, há muitos outros fatores que tiveram participação fundamental no agravamento da crise. Com a queda do turismo global, Cuba passou a enfrentar uma situação cada vez mais delicada, uma vez que grande parte de seus recursos são provenientes dos turistas que visitam o país. A queda da receita, junto a outras causas estruturais, levou o país a apagões e tem tornado a crise sanitária uma calamidade pública, com escassez de remédios e de leitos hospitalares. Sem saúde, energia elétrica e comida, a população saiu de casa para demonstrar seu descontentamento. Isso já seria motivo suficiente para entender o que está acontecendo na ilha. No entanto, devemos levar em conta outros fatores.

Muitos analistas que têm acompanhado a política internacional começaram a prever como seria a gestão Biden para a América Latina. Traçando um paralelo com sua longa carreira como senador, e sua passagem pela vice-presidência, alguns estudiosos chegaram a conclusões um tanto quanto preocupantes. Lembrem-se que Barack Obama, apesar de ter sido laureado com um prêmio Nobel no início de sua gestão, permaneceu em guerra durante todos os dias de seus oito anos no poder. Basta lembrarmos que foi na gestão de Obama que uma grande parte das recentes derrubadas de regime da Ásia e África aconteceram. Quase tivemos, durante sua passagem pela Casa Branca, uma terceira guerra mundial desencadeada a partir da crise na Síria. Aqui nas Américas, também tivemos as Jornadas de Junho, em 2013, que acabaram conduzindo à queda da hegemonia do Partidos dos Trabalhadores no poder em 2016. Diante desses cenários, pesquisadores previram que, na gestão Biden, haveria mais revoluções coloridas na América Latina. Estaríamos diante do cumprimento dessa previsão? Não é muito provável, mas não é impossível.

A questão que deve nortear nossa busca é o que distingue uma guerra híbrida das demais. Em geral, a guerra híbrida começa com movimentos pacíficos, utilizando as redes sociais como instrumento agregador. O objetivo é reunir o maior número possível de pessoas, até que a repressão estatal seja implementada e os eventuais excessos do Estado sejam documentados e usados como propaganda contra o regime. Isso já está acontecendo. Resta saber como as coisas irão evoluir.

É muito difícil, neste momento, saber se o movimento em Cuba é orgânico ou fomentado por Washington. Entretanto, o que ninguém precisa mais é de uma ditadura que não respeita seu povo e que sugou volumosos recursos (inclusive brasileiros) de muitas nações para manter de pé seu falido regime. Fica a torcida para que não aconteça como na Primavera Árabe e nas Revoluções Coloridas, que trocaram regimes ruins por governos ainda piores. Deus abençoe o povo cubano.


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Estaria Biden iniciando a reorganização geopolítica da América Latina?| Foto: Collage/DLA/AP/Cubadebate

Para quem já ouviu falar na expressão “guerra híbrida”, ou acompanhou a Primavera Árabe e as chamadas “Revoluções Coloridas”, os acontecimentos recentes em Cuba acendem um sinal de alerta. Inclusive quando colocamos tudo num contexto mais amplo, com o recente assassinato do presidente haitiano e os protestos que se espalham pela África do Sul, após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma. É bem provável que se trate de movimentos orgânicos, espontâneos, sem um apoio internacional. Porém, num mundo globalizado e conectado como o nosso, não podemos descartar outras opções. Haveria alguma conexão entre todos esses acontecimentos simultâneos? Seria isso tudo parte de um movimento de reorganização geopolítica mais amplo, no contexto do mundo pós-pandêmico? Neste artigo, analisaremos alguns desses pontos.

Como não poderia deixar de ser, Havana tem culpado o imperialismo americano e os embargos econômicos pela atual crise. Na ótica do presidente Miguel Díaz-Canel, Washington estaria por trás de tudo, ao impor “uma política de asfixia econômica para provocar revoltas sociais no país”. Joe Biden se pronunciou pedindo-lhe que “ouça seu povo”, o que deixou os apoiadores do regime ainda mais indignados. O presidente americano, em nota, ainda incentivou o regime cubano a, em vez de se enriquecer, ouvir seu povo e atender suas necessidades. “Estamos com o povo cubano e seu claro apelo por liberdade”, disse Biden, claramente se posicionando contra a atual gestão, o que gera nos entusiastas da ditadura ainda mais a certeza de que os americanos estão por trás de tudo.

Porém, é preciso pontuar que, para além dos embargos americanos e das críticas públicas, há muitos outros fatores que tiveram participação fundamental no agravamento da crise. Com a queda do turismo global, Cuba passou a enfrentar uma situação cada vez mais delicada, uma vez que grande parte de seus recursos são provenientes dos turistas que visitam o país. A queda da receita, junto a outras causas estruturais, levou o país a apagões e tem tornado a crise sanitária uma calamidade pública, com escassez de remédios e de leitos hospitalares. Sem saúde, energia elétrica e comida, a população saiu de casa para demonstrar seu descontentamento. Isso já seria motivo suficiente para entender o que está acontecendo na ilha. No entanto, devemos levar em conta outros fatores.

Muitos analistas que têm acompanhado a política internacional começaram a prever como seria a gestão Biden para a América Latina. Traçando um paralelo com sua longa carreira como senador, e sua passagem pela vice-presidência, alguns estudiosos chegaram a conclusões um tanto quanto preocupantes. Lembrem-se que Barack Obama, apesar de ter sido laureado com um prêmio Nobel no início de sua gestão, permaneceu em guerra durante todos os dias de seus oito anos no poder. Basta lembrarmos que foi na gestão de Obama que uma grande parte das recentes derrubadas de regime da Ásia e África aconteceram. Quase tivemos, durante sua passagem pela Casa Branca, uma terceira guerra mundial desencadeada a partir da crise na Síria. Aqui nas Américas, também tivemos as Jornadas de Junho, em 2013, que acabaram conduzindo à queda da hegemonia do Partidos dos Trabalhadores no poder em 2016. Diante desses cenários, pesquisadores previram que, na gestão Biden, haveria mais revoluções coloridas na América Latina. Estaríamos diante do cumprimento dessa previsão? Não é muito provável, mas não é impossível.

A questão que deve nortear nossa busca é o que distingue uma guerra híbrida das demais. Em geral, a guerra híbrida começa com movimentos pacíficos, utilizando as redes sociais como instrumento agregador. O objetivo é reunir o maior número possível de pessoas, até que a repressão estatal seja implementada e os eventuais excessos do Estado sejam documentados e usados como propaganda contra o regime. Isso já está acontecendo. Resta saber como as coisas irão evoluir.

É muito difícil, neste momento, saber se o movimento em Cuba é orgânico ou fomentado por Washington. Entretanto, o que ninguém precisa mais é de uma ditadura que não respeita seu povo e que sugou volumosos recursos (inclusive brasileiros) de muitas nações para manter de pé seu falido regime. Fica a torcida para que não aconteça como na Primavera Árabe e nas Revoluções Coloridas, que trocaram regimes ruins por governos ainda piores. Deus abençoe o povo cubano.


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Estaria Biden iniciando a reorganização geopolítica da América Latina?| Foto: Collage/DLA/AP/Cubadebate

Para quem já ouviu falar na expressão “guerra híbrida”, ou acompanhou a Primavera Árabe e as chamadas “Revoluções Coloridas”, os acontecimentos recentes em Cuba acendem um sinal de alerta. Inclusive quando colocamos tudo num contexto mais amplo, com o recente assassinato do presidente haitiano e os protestos que se espalham pela África do Sul, após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma. É bem provável que se trate de movimentos orgânicos, espontâneos, sem um apoio internacional. Porém, num mundo globalizado e conectado como o nosso, não podemos descartar outras opções. Haveria alguma conexão entre todos esses acontecimentos simultâneos? Seria isso tudo parte de um movimento de reorganização geopolítica mais amplo, no contexto do mundo pós-pandêmico? Neste artigo, analisaremos alguns desses pontos.

Como não poderia deixar de ser, Havana tem culpado o imperialismo americano e os embargos econômicos pela atual crise. Na ótica do presidente Miguel Díaz-Canel, Washington estaria por trás de tudo, ao impor “uma política de asfixia econômica para provocar revoltas sociais no país”. Joe Biden se pronunciou pedindo-lhe que “ouça seu povo”, o que deixou os apoiadores do regime ainda mais indignados. O presidente americano, em nota, ainda incentivou o regime cubano a, em vez de se enriquecer, ouvir seu povo e atender suas necessidades. “Estamos com o povo cubano e seu claro apelo por liberdade”, disse Biden, claramente se posicionando contra a atual gestão, o que gera nos entusiastas da ditadura ainda mais a certeza de que os americanos estão por trás de tudo.

Porém, é preciso pontuar que, para além dos embargos americanos e das críticas públicas, há muitos outros fatores que tiveram participação fundamental no agravamento da crise. Com a queda do turismo global, Cuba passou a enfrentar uma situação cada vez mais delicada, uma vez que grande parte de seus recursos são provenientes dos turistas que visitam o país. A queda da receita, junto a outras causas estruturais, levou o país a apagões e tem tornado a crise sanitária uma calamidade pública, com escassez de remédios e de leitos hospitalares. Sem saúde, energia elétrica e comida, a população saiu de casa para demonstrar seu descontentamento. Isso já seria motivo suficiente para entender o que está acontecendo na ilha. No entanto, devemos levar em conta outros fatores.

Muitos analistas que têm acompanhado a política internacional começaram a prever como seria a gestão Biden para a América Latina. Traçando um paralelo com sua longa carreira como senador, e sua passagem pela vice-presidência, alguns estudiosos chegaram a conclusões um tanto quanto preocupantes. Lembrem-se que Barack Obama, apesar de ter sido laureado com um prêmio Nobel no início de sua gestão, permaneceu em guerra durante todos os dias de seus oito anos no poder. Basta lembrarmos que foi na gestão de Obama que uma grande parte das recentes derrubadas de regime da Ásia e África aconteceram. Quase tivemos, durante sua passagem pela Casa Branca, uma terceira guerra mundial desencadeada a partir da crise na Síria. Aqui nas Américas, também tivemos as Jornadas de Junho, em 2013, que acabaram conduzindo à queda da hegemonia do Partidos dos Trabalhadores no poder em 2016. Diante desses cenários, pesquisadores previram que, na gestão Biden, haveria mais revoluções coloridas na América Latina. Estaríamos diante do cumprimento dessa previsão? Não é muito provável, mas não é impossível.

A questão que deve nortear nossa busca é o que distingue uma guerra híbrida das demais. Em geral, a guerra híbrida começa com movimentos pacíficos, utilizando as redes sociais como instrumento agregador. O objetivo é reunir o maior número possível de pessoas, até que a repressão estatal seja implementada e os eventuais excessos do Estado sejam documentados e usados como propaganda contra o regime. Isso já está acontecendo. Resta saber como as coisas irão evoluir.

É muito difícil, neste momento, saber se o movimento em Cuba é orgânico ou fomentado por Washington. Entretanto, o que ninguém precisa mais é de uma ditadura que não respeita seu povo e que sugou volumosos recursos (inclusive brasileiros) de muitas nações para manter de pé seu falido regime. Fica a torcida para que não aconteça como na Primavera Árabe e nas Revoluções Coloridas, que trocaram regimes ruins por governos ainda piores. Deus abençoe o povo cubano.


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Estaria Biden iniciando a reorganização geopolítica da América Latina?| Foto: Collage/DLA/AP/Cubadebate

Para quem já ouviu falar na expressão “guerra híbrida”, ou acompanhou a Primavera Árabe e as chamadas “Revoluções Coloridas”, os acontecimentos recentes em Cuba acendem um sinal de alerta. Inclusive quando colocamos tudo num contexto mais amplo, com o recente assassinato do presidente haitiano e os protestos que se espalham pela África do Sul, após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma. É bem provável que se trate de movimentos orgânicos, espontâneos, sem um apoio internacional. Porém, num mundo globalizado e conectado como o nosso, não podemos descartar outras opções. Haveria alguma conexão entre todos esses acontecimentos simultâneos? Seria isso tudo parte de um movimento de reorganização geopolítica mais amplo, no contexto do mundo pós-pandêmico? Neste artigo, analisaremos alguns desses pontos.

Como não poderia deixar de ser, Havana tem culpado o imperialismo americano e os embargos econômicos pela atual crise. Na ótica do presidente Miguel Díaz-Canel, Washington estaria por trás de tudo, ao impor “uma política de asfixia econômica para provocar revoltas sociais no país”. Joe Biden se pronunciou pedindo-lhe que “ouça seu povo”, o que deixou os apoiadores do regime ainda mais indignados. O presidente americano, em nota, ainda incentivou o regime cubano a, em vez de se enriquecer, ouvir seu povo e atender suas necessidades. “Estamos com o povo cubano e seu claro apelo por liberdade”, disse Biden, claramente se posicionando contra a atual gestão, o que gera nos entusiastas da ditadura ainda mais a certeza de que os americanos estão por trás de tudo.

Porém, é preciso pontuar que, para além dos embargos americanos e das críticas públicas, há muitos outros fatores que tiveram participação fundamental no agravamento da crise. Com a queda do turismo global, Cuba passou a enfrentar uma situação cada vez mais delicada, uma vez que grande parte de seus recursos são provenientes dos turistas que visitam o país. A queda da receita, junto a outras causas estruturais, levou o país a apagões e tem tornado a crise sanitária uma calamidade pública, com escassez de remédios e de leitos hospitalares. Sem saúde, energia elétrica e comida, a população saiu de casa para demonstrar seu descontentamento. Isso já seria motivo suficiente para entender o que está acontecendo na ilha. No entanto, devemos levar em conta outros fatores.

Muitos analistas que têm acompanhado a política internacional começaram a prever como seria a gestão Biden para a América Latina. Traçando um paralelo com sua longa carreira como senador, e sua passagem pela vice-presidência, alguns estudiosos chegaram a conclusões um tanto quanto preocupantes. Lembrem-se que Barack Obama, apesar de ter sido laureado com um prêmio Nobel no início de sua gestão, permaneceu em guerra durante todos os dias de seus oito anos no poder. Basta lembrarmos que foi na gestão de Obama que uma grande parte das recentes derrubadas de regime da Ásia e África aconteceram. Quase tivemos, durante sua passagem pela Casa Branca, uma terceira guerra mundial desencadeada a partir da crise na Síria. Aqui nas Américas, também tivemos as Jornadas de Junho, em 2013, que acabaram conduzindo à queda da hegemonia do Partidos dos Trabalhadores no poder em 2016. Diante desses cenários, pesquisadores previram que, na gestão Biden, haveria mais revoluções coloridas na América Latina. Estaríamos diante do cumprimento dessa previsão? Não é muito provável, mas não é impossível.

A questão que deve nortear nossa busca é o que distingue uma guerra híbrida das demais. Em geral, a guerra híbrida começa com movimentos pacíficos, utilizando as redes sociais como instrumento agregador. O objetivo é reunir o maior número possível de pessoas, até que a repressão estatal seja implementada e os eventuais excessos do Estado sejam documentados e usados como propaganda contra o regime. Isso já está acontecendo. Resta saber como as coisas irão evoluir.

É muito difícil, neste momento, saber se o movimento em Cuba é orgânico ou fomentado por Washington. Entretanto, o que ninguém precisa mais é de uma ditadura que não respeita seu povo e que sugou volumosos recursos (inclusive brasileiros) de muitas nações para manter de pé seu falido regime. Fica a torcida para que não aconteça como na Primavera Árabe e nas Revoluções Coloridas, que trocaram regimes ruins por governos ainda piores. Deus abençoe o povo cubano.


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Estaria Biden iniciando a reorganização geopolítica da América Latina?| Foto: Collage/DLA/AP/Cubadebate

Para quem já ouviu falar na expressão “guerra híbrida”, ou acompanhou a Primavera Árabe e as chamadas “Revoluções Coloridas”, os acontecimentos recentes em Cuba acendem um sinal de alerta. Inclusive quando colocamos tudo num contexto mais amplo, com o recente assassinato do presidente haitiano e os protestos que se espalham pela África do Sul, após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma. É bem provável que se trate de movimentos orgânicos, espontâneos, sem um apoio internacional. Porém, num mundo globalizado e conectado como o nosso, não podemos descartar outras opções. Haveria alguma conexão entre todos esses acontecimentos simultâneos? Seria isso tudo parte de um movimento de reorganização geopolítica mais amplo, no contexto do mundo pós-pandêmico? Neste artigo, analisaremos alguns desses pontos.

Como não poderia deixar de ser, Havana tem culpado o imperialismo americano e os embargos econômicos pela atual crise. Na ótica do presidente Miguel Díaz-Canel, Washington estaria por trás de tudo, ao impor “uma política de asfixia econômica para provocar revoltas sociais no país”. Joe Biden se pronunciou pedindo-lhe que “ouça seu povo”, o que deixou os apoiadores do regime ainda mais indignados. O presidente americano, em nota, ainda incentivou o regime cubano a, em vez de se enriquecer, ouvir seu povo e atender suas necessidades. “Estamos com o povo cubano e seu claro apelo por liberdade”, disse Biden, claramente se posicionando contra a atual gestão, o que gera nos entusiastas da ditadura ainda mais a certeza de que os americanos estão por trás de tudo.

Porém, é preciso pontuar que, para além dos embargos americanos e das críticas públicas, há muitos outros fatores que tiveram participação fundamental no agravamento da crise. Com a queda do turismo global, Cuba passou a enfrentar uma situação cada vez mais delicada, uma vez que grande parte de seus recursos são provenientes dos turistas que visitam o país. A queda da receita, junto a outras causas estruturais, levou o país a apagões e tem tornado a crise sanitária uma calamidade pública, com escassez de remédios e de leitos hospitalares. Sem saúde, energia elétrica e comida, a população saiu de casa para demonstrar seu descontentamento. Isso já seria motivo suficiente para entender o que está acontecendo na ilha. No entanto, devemos levar em conta outros fatores.

Muitos analistas que têm acompanhado a política internacional começaram a prever como seria a gestão Biden para a América Latina. Traçando um paralelo com sua longa carreira como senador, e sua passagem pela vice-presidência, alguns estudiosos chegaram a conclusões um tanto quanto preocupantes. Lembrem-se que Barack Obama, apesar de ter sido laureado com um prêmio Nobel no início de sua gestão, permaneceu em guerra durante todos os dias de seus oito anos no poder. Basta lembrarmos que foi na gestão de Obama que uma grande parte das recentes derrubadas de regime da Ásia e África aconteceram. Quase tivemos, durante sua passagem pela Casa Branca, uma terceira guerra mundial desencadeada a partir da crise na Síria. Aqui nas Américas, também tivemos as Jornadas de Junho, em 2013, que acabaram conduzindo à queda da hegemonia do Partidos dos Trabalhadores no poder em 2016. Diante desses cenários, pesquisadores previram que, na gestão Biden, haveria mais revoluções coloridas na América Latina. Estaríamos diante do cumprimento dessa previsão? Não é muito provável, mas não é impossível.

A questão que deve nortear nossa busca é o que distingue uma guerra híbrida das demais. Em geral, a guerra híbrida começa com movimentos pacíficos, utilizando as redes sociais como instrumento agregador. O objetivo é reunir o maior número possível de pessoas, até que a repressão estatal seja implementada e os eventuais excessos do Estado sejam documentados e usados como propaganda contra o regime. Isso já está acontecendo. Resta saber como as coisas irão evoluir.

É muito difícil, neste momento, saber se o movimento em Cuba é orgânico ou fomentado por Washington. Entretanto, o que ninguém precisa mais é de uma ditadura que não respeita seu povo e que sugou volumosos recursos (inclusive brasileiros) de muitas nações para manter de pé seu falido regime. Fica a torcida para que não aconteça como na Primavera Árabe e nas Revoluções Coloridas, que trocaram regimes ruins por governos ainda piores. Deus abençoe o povo cubano.


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Para quem já ouviu falar na expressão “guerra híbrida”, ou acompanhou a Primavera Árabe e as chamadas “Revoluções Coloridas”, os acontecimentos recentes em Cuba acendem um sinal de alerta. Inclusive quando colocamos tudo num contexto mais amplo, com o recente assassinato do presidente haitiano e os protestos que se espalham pela África do Sul, após a prisão do ex-presidente Jacob Zuma. É bem provável que se trate de movimentos orgânicos, espontâneos, sem um apoio internacional. Porém, num mundo globalizado e conectado como o nosso, não podemos descartar outras opções. Haveria alguma conexão entre todos esses acontecimentos simultâneos? Seria isso tudo parte de um movimento de reorganização geopolítica mais amplo, no contexto do mundo pós-pandêmico? Neste artigo, analisaremos alguns desses pontos.

Como não poderia deixar de ser, Havana tem culpado o imperialismo americano e os embargos econômicos pela atual crise. Na ótica do presidente Miguel Díaz-Canel, Washington estaria por trás de tudo, ao impor “uma política de asfixia econômica para provocar revoltas sociais no país”. Joe Biden se pronunciou pedindo-lhe que “ouça seu povo”, o que deixou os apoiadores do regime ainda mais indignados. O presidente americano, em nota, ainda incentivou o regime cubano a, em vez de se enriquecer, ouvir seu povo e atender suas necessidades. “Estamos com o povo cubano e seu claro apelo por liberdade”, disse Biden, claramente se posicionando contra a atual gestão, o que gera nos entusiastas da ditadura ainda mais a certeza de que os americanos estão por trás de tudo.

Porém, é preciso pontuar que, para além dos embargos americanos e das críticas públicas, há muitos outros fatores que tiveram participação fundamental no agravamento da crise. Com a queda do turismo global, Cuba passou a enfrentar uma situação cada vez mais delicada, uma vez que grande parte de seus recursos são provenientes dos turistas que visitam o país. A queda da receita, junto a outras causas estruturais, levou o país a apagões e tem tornado a crise sanitária uma calamidade pública, com escassez de remédios e de leitos hospitalares. Sem saúde, energia elétrica e comida, a população saiu de casa para demonstrar seu descontentamento. Isso já seria motivo suficiente para entender o que está acontecendo na ilha. No entanto, devemos levar em conta outros fatores.

Muitos analistas que têm acompanhado a política internacional começaram a prever como seria a gestão Biden para a América Latina. Traçando um paralelo com sua longa carreira como senador, e sua passagem pela vice-presidência, alguns estudiosos chegaram a conclusões um tanto quanto preocupantes. Lembrem-se que Barack Obama, apesar de ter sido laureado com um prêmio Nobel no início de sua gestão, permaneceu em guerra durante todos os dias de seus oito anos no poder. Basta lembrarmos que foi na gestão de Obama que uma grande parte das recentes derrubadas de regime da Ásia e África aconteceram. Quase tivemos, durante sua passagem pela Casa Branca, uma terceira guerra mundial desencadeada a partir da crise na Síria. Aqui nas Américas, também tivemos as Jornadas de Junho, em 2013, que acabaram conduzindo à queda da hegemonia do Partidos dos Trabalhadores no poder em 2016. Diante desses cenários, pesquisadores previram que, na gestão Biden, haveria mais revoluções coloridas na América Latina. Estaríamos diante do cumprimento dessa previsão? Não é muito provável, mas não é impossível.

A questão que deve nortear nossa busca é o que distingue uma guerra híbrida das demais. Em geral, a guerra híbrida começa com movimentos pacíficos, utilizando as redes sociais como instrumento agregador. O objetivo é reunir o maior número possível de pessoas, até que a repressão estatal seja implementada e os eventuais excessos do Estado sejam documentados e usados como propaganda contra o regime. Isso já está acontecendo. Resta saber como as coisas irão evoluir.

É muito difícil, neste momento, saber se o movimento em Cuba é orgânico ou fomentado por Washington. Entretanto, o que ninguém precisa mais é de uma ditadura que não respeita seu povo e que sugou volumosos recursos (inclusive brasileiros) de muitas nações para manter de pé seu falido regime. Fica a torcida para que não aconteça como na Primavera Árabe e nas Revoluções Coloridas, que trocaram regimes ruins por governos ainda piores. Deus abençoe o povo cubano.


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terça-feira, 13 de julho de 2021

BOLSONARO INDICA NOVO MINISTRO PARA O STF

 

  1. Política 

Presidente encaminhou nome do advogado-geral da União para apreciação do Senado; indicação ainda precisa ser aprovada por maioria na Casa

Eduardo Gayer e Davi Medeiros, O Estado de S.Paulo

O presidente Jair Bolsonaro indicou formalmente o chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça, para assumir a vaga deixada por Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). A indicação consta na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 13. O comandante do Palácio do Planalto confirmou ontem que indicaria Mendonça, que ainda precisa ter o nome aprovado pelo Senado Federal, onde enfrenta resistência. 

Com isso, Bolsonaro cumpre sua promessa de campanha de indicar ao STF alguém “terrivelmente evangélico”. O AGU é pastor presbiteriano e, se alçado ao Supremo, pode fortalecer a ligação do presidente com grupos religiosos, importantes no xadrez eleitoral de 2022. O perfil do possível novo ministro do Supremo foi, inclusive, destacado ontem por Bolsonaro durante entrevista coletiva. “Mendonça é extremamente evangélico. Pedi a ele que, uma vez por semana, comece a sessão (no Supremo) com uma oração”, afirmou, após encontro com o presidente do STF, ministro Luiz Fux.

Andre Mendonça
Indicado por Bolsonaro para vaga no Supremo, André Mendonça pode fortalecer relação do presidente com grupos de posição conservadora. Foto: Dida Sampaio / Estadão

Seguindo os ritos constitucionais, Mendonça agora deve passar por sabatina no Senado Federal. Para ser aprovado, o indicado precisa do voto de pelo menos 41 dos 81 senadores. Muitos parlamentares da Casa têm reservas ao indicado de Bolsonaro pelo uso da Lei de Segurança Nacional (LSN) contra críticos do governo o atual advogado-geral da União ocupava o Ministério da Justiça. 

Ciente da resistência à indicação, Mendonça tem procurado senadores para garantir a aprovação de seu nome. “O André vem fazendo a peregrinação no Senado Federal. Na contagem dele, existe, sim, uma grande possibilidade de ser aceito”, ressaltou ontem Bolsonaro. 

Mendonça foi ministro da Justiça e Segurança Pública entre abril de 2020 e março deste ano. À frente da Pasta, foi alvo de queixa-crime por supostos crimes de responsabilidade, acusado de utilizar o cargo para intimidar opositores do presidente Bolsonaro e empregar a Polícia Federal como “instrumento de perseguição”. A queixa foi embasada em episódios em que Mendonça recorreu à LSN para “defender a honra” do presidente, como quando abriu investigação em virtude de um outdoor contrário a Bolsonaro no Tocantins.

DEPUTADOS NOVATOS FLERTAM COM OUTROS PARTIDOS

  1. Política 

Parlamentares mais jovens da Câmara são procurados para renovar a cara das siglas

Camila Turtelli, Anne Warth, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Titulares do “time sub-30” da Câmara, jovens deputados têm negociado seus passes com partidos como PSL, Cidadania, MDB, PSDB, Progressistas, PSD e Podemos. Destaques no plenário e nas redes sociais, parlamentares como Tabata Amaral (PDT-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES), Kim Kataguiri (DEM-SP), Enrico Misasi (PV-SP) e Luisa Canziani (PTB-PR) estão na mira de legendas que querem renovar seus quadros e ganhar uma cara mais jovem e moderna para as eleições de 2022.

A maioria dos 14 deputados com até 30 anos recebeu convites para “pular a cerca” partidária. Nem todos pretendem deixar suas atuais legendas, mas negociam mais liberdade e espaço nas decisões que, em geral, são tomadas por “caciques” das siglas. Enquanto alguns buscam “novos desafios” por causa de divergências internas, outros estão mesmo atrás da sobrevivência política, já que o fim das coligações e o fantasma da cláusula de barreira vão dificultar a vida dos partidos menores nas eleições de 2022.

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Os deputados ‘sub-30’ Tabata Amaral (PDT-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES), Kim Kataguiri (DEM-SP), Enrico Misasi (PV-SP) e Luisa Canziani. Foto: GABRIELA BILO / ESTADAO; Gabriel Lordello / ESTAD?O; TABA BENEDICTO / ESTADAO; Cleia Viana/C?mara dos Deputados e GABRIELA BILO / ESTADAO

Rigoni é um dos assediados por vários partidos, mas ainda não decidiu se vai para o DEM ou PSDB. Eleito em 2018 para seu primeiro mandato, ele ganhou voz nas principais discussões da Câmara, principalmente as relacionadas à educação.

Em abril, o Tribunal Superior Eleitoral assegurou a Rigoni o direito de mudar de legenda sem correr o risco de perder seu mandato. “Não quero mais fazer parte de um partido e ficar deslocado. No próximo, vou querer participar das decisões, construir junto. Fundo partidário é menos importante pra mim. Estou procurando quem está topando a terceira via”,disse.

Tabata Amaral, que rompeu com o PDT após votar a favor da Reforma da Previdência, também garantiu no TSE o direito de mudar de legenda sem perder o mandato. Outra ativista da área de educação, é assediada por diversos partidos.

O Cidadania, por exemplo, extinguiu a regra que obriga um parlamentar a votar conforme orientação da legenda. Foi uma mudança sob medida para atrair Tabata. A deputada, porém, está mais próxima do PSB, partido de seu namorado João Campos, ex-deputado e atual prefeito do Recife (PE).

Quem não buscou a Justiça, terá de esperar até março de 2022, quando se abre a próxima “janela partidária” – período de seis meses que antecede a eleição e no qual deputados podem trocar de legenda, sem correr o risco de perder o mandato. Mas líderes mais experientes admitem, nos bastidores, que a decisão do TSE sobre Rigoni e Tabata rasgou não apenas a fidelidade partidária como um dos pilares das legendas: o chamado “fechamento de questão”, quando a sigla decide um posicionamento conjunto a ser seguido por todos os parlamentares.

Rebeldes

Muitos desses deputados “sub-30” se destacam por posicionamentos mais ao centro e por votarem contra a orientação de seus partidos em temas caros para as siglas tradicionais. É o caso de Kim Kataguiri, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), que contrariou os interesses da sigla ao votar contra a redação final da medida provisória de privatização da Eletrobrás e à Lei dos Partidos.

Enquanto o DEM se mantém próximo ao presidente Jair Bolsonaro, Kim é um crítico contumaz do atual governo. O deputado não quis comentar os convites que tem recebido, mas o Estadão/Broadcast apurou que o PSL foi um dos que sondaram o parlamentar.

Próxima do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), a deputada Luisa Canziani (PTB-PR) também deve deixar a sigla em breve. “O PTB virou uma seita”, disse ela, referindo-se aos posicionamentos da legenda presidida pelo ex-deputado Roberto Jefferson, fiel a Bolsonaro. Luisa também recebeu convites do PP e do PSD, mas ainda não decidiu seu novo destino.

Outros parlamentares mais jovens têm resistido ao assédio e garantem que vão se manter onde estão. Aos 26 anos, Emanuel Pinheiro (PTB-MT) disse ter recebido convite de ao menos cinco legendas, mas garante não ter a intenção de deixar a sigla. “Trabalho para fortalecer o PTB”, afirmou.

Recém-chegada ao Congresso, a deputada Vivi Reis (PSOL-PA) é um ponto fora da curva entre os deputados com menos de 30 anos de idade na Câmara. Ela assumiu a vaga deixada por Edmilson Rodrigues (PSOL), atual prefeito de Belém. Para ela, a convicção partidária é um impeditivo para a sondagem das demais legendas.

Líder da bancada do PV na Câmara, Enrico Misasi reconhece o assédio sobre ele e outros jovens parlamentares, mas não pretende migrar: “Perceberam que tem um pessoal da renovação política, que entrou para fazer política a sério e para construir política pública, não para colocar fogo no parquinho”.

Renovação. Dirigentes de partidos admitem a busca por nomes jovens e de destaque na política para a renovação de seus quadros nas eleições de 2022. Alguns oferecem fatias generosas do fundo eleitoral e tempo de TV para campanhas. Outros prometem autonomia dentro das agremiações. A presidente do Podemos, Renata Abreu (SP), por exemplo, confirma ter convidado alguns desses parlamentares: “Buscamos os oriundos de movimentos (de renovação política), que não ficam na aba de governo nenhum”.

O secretário-geral do PSDB, Beto Pereira (MS), disse que todos os deputados que se identificam com um posicionamento mais ao centro e menos polarizado interessam ao partido, mas não revelou quais foram sondados. Em defesa do partido, Pereira destacou a estrutura nacional, que aumenta as chances eleitorais num cenário de redução de siglas.

Nas últimas semanas, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, declarou publicamente ser gay. Aos 36 anos, ele é uma das principais apostas tucanas para a disputa contra o presidente Jair Bolsonaro e tem enfrentado o  governador de São Paulo, João Doria, que também quer ser candidato ao Palácio do Planalto.

“Os parlamentares alinhados a uma política equilibrada são bem-vindos, sim, à nossa legenda, tendo em vista que buscamos ser protagonistas de uma alternativa ao bolsonarismo e ao petismo. É isso que queremos transmitir ao eleitor daqui para frente, que somos uma alternativa para extremos”, afirmou Pereira. “Na disputa presidencial, temos um dilema a ser resolvido, mas temos alternativas. Não vejo esse anseio de candidatura em todos os partidos.”

Um dos maiores e mais estruturados partidos do País, presente nos mais de cinco mil municípios brasileiros, o MDB também busca renovação. O lançamento das candidaturas de Baleia Rossi (SP) à presidência da Câmara e de Simone Tebet (MS) ao Senado foram sinais claros dessa intenção. Com atuação destacada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Simone comanda também a área de formação política da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), justamente a responsável por atrair jovens para a sigla.

Por trás da sondagem aos parlamentares mais jovens está uma tentativa de renovação de imagem e até de sobrevivência dos partidos, diz o cientista político do Instituto Travessia, Bruno Soller. Na sua avaliação, as eleições de 2020 deixaram claro que candidatos que se expõem e têm opinião têm bons resultados em termos de votos.

“Deputados jovens ajudam a suavizar a imagem dos partidos e garantem votos que ajudam a eleger outros parlamentares nos Estados. Uma bancada grande tem direito a maior parcela do fundo partidário”, afirmou Soller. “Trazer deputados que tem um lado ajuda, também, a dar essa cara aos partidos.”

Os deputados, por sua vez, estão em busca de sua nova turma, já que se desgastaram com seu eleitorado de origem, afirma o cientista político. Tabata e Rigoni foram punidos por votarem a favor da reforma da Previdência, enquanto Kim Kataguiri se afastou completamente de parte da base bolsonarista que o elegeu. “Eles tiveram perdas e precisam, portanto, buscar uma estrutura e encontrar um partido que dê abrigo a essa postura”, disse.

O cenário é diferente para a Luisa Canziani, explica Soller. Filha do ex-deputado Alex Canziani e com uma base forte em municípios do interior do Paraná, a deputada se movimenta para deixar o PTB devido a desavenças com Roberto Jefferson, mas deve se manter no campo do Centro. “No caso de Luisa Canziani, trocar de partido pode render ganhos com a opinião pública por enfrentar uma liderança com alto nível de rejeição como é o caso de Roberto Jefferson.”

 

DIA MUNDIAL DO ROCK HOJE

 

O Caderno 2 selecionou 20 álbuns emblemáticos do gênero, nacionais e internacionais

Texto: Julio Maria e Adriana Del Ré / Design: Adriano Araujo / Animação: Marcos Müller – Jornal Estadão

Em 13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock. Apesar de ter sua certidão de batismo ainda perdida, com local e datas supostos, o rock, esse senhor de aproximadamente 70 anos, é um antiórfão de muitos pais reclamando a cria por testes de DNA. Sua morte foi decretada algumas vezes, sempre depois de ter sido visto cabisbaixo e, sobretudo, a partir dos anos 2000, quando pareceu perder-se definitivamente em uma depressão existencial. Mas eram meras crises de identidade. A chegada internética e confusa dos 50, a perda de fãs dos 60 e o saudosismo melancólico que o faz seguir aos 70. Importante é que o rock não morreu e que seu passado, de tão avassalador, construído com memórias afetivas tão marcantes, é definitivo mesmo quando ele diz estar olhando para o futuro.

“Meu filho vai se chamar Rock”, teria dito o pai, seja ele quem for, ao escrivão. Uma boa forma de homenagear Chick Webb e Ella Fitzgerald, que em 1937 (muito antes de existir guitarras e baixos elétricos) gravaram Rock in For Me. “Então, você não vai satisfazer a minha alma com o rock and roll”, dizia a letra.

Ike Turner, que morreu reclamando a paternidade da criança por ter gravado Rocket 88 em 3 de março de 1951, o que seria a primeira gravação no formato banda e no ritmo do gênero, apontava para Elvis Presley com os olhos vermelhos. Ike dizia que Elvis havia se apoderado do menino, filho de pais negros, ainda na maternidade para vesti-lo com boas roupas e apresentá-lo ao mundo como seu. Um pouco de exagero, evidentemente. Elvis jamais disse ser o pai, apenas ser o rei.

Um existencialista precoce, o rock só tinha cerca de 10 anos de idade (a contar de 1951) quando começou a falar com uma eloquência preocupante. Foi assustador ver o garoto sempre tão entregue às festas mundanas de Roll Over Beethoven e Tutti Frutti aparecer sisudo dizendo coisas como “saindo do oeste selvagem / deixando as cidades que mais amo / pensei já ter visto de tudo / até entrar em Nova York / pessoas se espalhando pelo chão / edifícios indo até o céu”. Tio Bob Dylan o ensinava, a partir daí, a vestir a roupa que quisesse e a andar com quem desejasse desde que jamais se acostumasse com a podridão do mundo a seu redor.

Os 10 melhores discos de rock internacional


1º | Sgt Pepper’s Lonely Hearts
(Beatles)


Este está em todas as listas. Foi lançado em junho de 1967 para se tornar o mais influente da história do rock. Revolucionou modos de gravação, limites do rock, estética, tudo.



2º | Jimi Hendrix Experienced
(Jimi Hendrix)


O disco de estreia da formação, lançado em 1967. Uma demolição de tudo o que havia antes para a construção da nova ordem. Está tudo lá, Foxy LadyManic DepressionRed HouseCan You See MeLove or Confusion..



3º | The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars
(David Bowie)


O Melhor disco de Bowie é este, de 1972. Ele vive aqui a persona de Ziggy Stardust, uma espécie de mensageiro das galáxias. Rock and roll com ficção científica em uma época em que ninguém fazia isso.



4º | The Dark Side of the Moon
(Pink Floyd)


Syd Barret, o mentor da banda, já havia saído havia cinco anos, mas foi refletindo muito sobre sua provável loucura que o Pink Floyd fez sua obra maior, em 1973.



5º | Highway to Hell
(AC/DC)


Álbum de 1979, o último com o vocalista Bon Scott antes de sua morte, está na lista dos 200 discos definitivos do Rock and Roll Hall of Famehttps:



6º | Led Zeppelin
(Led Zeppelin)


A estreia é aqui, em 1969, com o disco que trazia Dazed and Confused. Sim, eles furtariam muito material dos bluesmen para fazer suas músicas, mas não dá para negar a genialidade de Jimmy Page e Robert.



7º | Pet Sounds
(Beach Boy)


O 11º disco do Beach Boys iria mudar tudo e se tornar uma nova referência, inspirada em Rubber Soul, dos Beatles. Foi lançado em 1966.



8º | Exile on Main Street
(Rolling Stones)


Demorou alguns anos, mas a justiça foi feita e este disco dos Stones de 1972, gravado no Sul da França depois que ele decidiram fugir dos impostos britânicos. Um dos maiores da história do grupo.



9º | London Calling
(The Clash)


O Clash fez uma manobra perigosa, mas deu certo. Em 1979, veio com esse álbum diferente de sua própria estética, com muita influência de ska, funk, soul e reggae.



10º | The Velvet Underground and Nico
(The Velvet Underground and Nico)


Em uma direção mais experimental, a banda, com participação da cantora Nico, gravou em 1966 um álbum transformador.


Os 10 melhores discos de rock nacional


1º | Cabeça Dinossauro
(Titãs)


De 1986, o clássico álbum projetou a carreira da banda, com músicas que são hits até hoje, como Bichos Escrotos e Políciahttps:



2º | Barão Vermelho
(Barão Vermelho)


O disco de estreia, de 82, já mostrava o DNA potente do grupo liderado por Cazuza, uma aposta certeira de Ezequiel Neveshttps:



3º | O Dia em que a Terra Parou
(Raul Seixas)


Feito em parceria com Cláudio Roberto, traz sucessos como Maluco Belezahttps:



4º | A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado
(Os Mutantes)


O rock psicodélico do grupo ganhou novos caminhos nesse que é seu melhor álbum.



5º | Secos & Molhados
(Secos & Molhados)


Lançado em 73, trouxe som pesado, estilo lendário e sucessos como O Vira.



6º | Da Lama ao Caos
(Chico Science & Nação Zumbi)


Lançamento arrebatador de 1994, que inauguraria a cena manguebeath.



7º | Raimundos
(Raimundos)


Ficou conhecido nesse álbum de estreia, lançado em 1994, com som pesado e letras irreverentes (e o polêmico) Selim.



8º | Selvagem?
(Os Paralamas do Sucesso)


Disco clássico da banda, reuniu canções como Alagados e Melô do Marinheiro.



9º | Em Ritmo de Aventura
(Roberto Carlos)


Sob inspiração de Beatles, lançou em 67 o álbum que serviu de trilha para seu filmehttps:



10º | Dois
(Legião Urbana)


É um dos mais importantes discos da história, de onde saíram clássicos definitivos, como Tempo Perdido e Eduardo e Mônica.

NUNCA DEIXE OUTRA PESSOA DIZER QUEM VOCÊ É!

 

Mauro Condé*

marie-curie-com-einstein-e-outros - Portal Galego da Língua - PGL.gal

“Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”. Pitágoras

Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre a evolução da Ciência.

Eles me levaram para os alpes franceses, no início de 1934, onde fui recebido por Marie Curie, a quem fui logo pedindo:

Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.

– Não dê atenção aos críticos, principalmente quando te criticarem mais pela pessoa que você é do que pelo conteúdo de suas ideias. Os invejosos geralmente sofrem por falta de contra-argumentos inteligentes.

Marie Curie enfrentou todo tipo de preconceito no final do século XIX, por ser mulher e por ter vindo de uma família pobre da Polônia.

Ainda criança, perdeu a mãe e a irmã mais velha, vítimas de doenças que ela não entendia e nem aceitava.

Transformou uma depressão em obsessão por contribuir para que os seres humanos nunca mais morressem precocemente de doenças que pudessem ser evitadas ou tratadas.

Barrada em seu país ao tentar o ingresso na Universidade, persistente se mudou para Paris, onde trabalhou como governanta para estudar nas horas de folga até se tornar a primeira mulher a obter um doutorado.

Marie se casou com outro cientista, Pierre Curie e juntos iniciaram investigações sobre a radioatividade, termo que ela inventou ao provar que os cientistas da época tinham incompreendido o átomo.

Eles acabaram descobrindo dois novos elementos químicos, o Polônio e o Rádio.

Foi a primeira mulher a ser agraciada com o Prêmio Nobel e de maneira dupla.

Na primeira oportunidade ganhou, ao lado do marido, o Nobel de Física em 1903.

Mesmo depois da morte de Pierre, ela continuou suas pesquisas e conquistou o Nobel de Química em 1911.

Seu marido Pierre Curie morreu atropelado por uma carroça.

Suas descobertas levaram ao Raio-X e à Radioterapia para tratamento de câncer, que na França é conhecida como Curieterapia.

Quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, Marie Curie foi para os campos de batalhas, onde instalou unidades de Raio-X e conseguiu salvar a vida de milhares de soldados.

Em 1911, literalmente registrou sua entrada para a história ao ser fotografada ao lado de Einstein e dezenas de outros famosos cientistas, durante a considerada “maior reunião de pessoas inteligentes do planeta”.

Se puder, veja no Netflix o filme Radioactive, sobre a história de sua vida.

*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco

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  Brasil e Mundo ...