A compra da vacina indiana é o principal alvo da CPI da Covid, que suspeita de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde
Daniel Weterman, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – A fiscal do contrato da Covaxin no Ministério da Saúde, Regina Célia Oliveira, entregou um documento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid informando que sugeriu a rescisão da compra no dia 24 de junho, três meses após a empresa atrasar a entrega das primeiras doses e o presidente Jair Bolsonaro ter sido alertado sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a negociação.
O governo decidiu suspender a compra no dia 29 de junho, mas não chegou a rescindir o contrato. A compra da vacina Covaxin é o principal alvo da CPI da Covid, que suspeita de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde. A Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a negociação com o laboratório indiano Bharat Biotech, é investigada pela comissão. Conforme o Estadão revelou, o governo fechou o contrato, em 25 de fevereiro, por um preço de US$ 15 por dose, 50% mais alto do que o valor inicial da oferta, de US$ 10 a unidade.
A servidora Regina Célia, do Ministério da Saúde, depõe na CPI da Covid Foto: GABRIELA BILO / ESTADÃO
A fiscal foi convocada para depor na CPI por ter dado aval para o processo de importação, em março, mesmo após os técnicos verificarem erros e inconsistências na documentação enviada pela Precisa. Na terça-feira, 6, ela afirmou que na ocasião não verificou “nada atípico” e que deu a autorização considerando apenas o número de doses informadas em relação ao contrato. No depoimento, ela relatou que sugeriu a rescisão do contrato após cobranças feitas à Precisa. O documento foi entregue nesta sexta-feira, 9, à comissão.
No relatório assinado por Regina Célia, a fiscal relatou sucessivos pedidos para a empresa sobre o atraso no envio das doses. O Ministério da Saúde fechou um contrato de 20 milhões de doses da Covaxin. O cronograma previa o envio em cinco etapas de 4 milhões de unidades, com a primeira entrega no dia 17 de março. A Anvisa só aprovou a importação da primeira remessa no dia 4 de junho, mas estabeleceu uma série de limitações para o uso desses imunizantes no Brasil. Depois da aprovação, a empresa apresentou um novo cronograma ao ministério, prevendo entregar a primeira etapa somente 10 dias após o deferimento da Licença de Importação (LI) pela agência regulada, sem data estabelecida.
“Diante da inexecução do contrato, uma vez que o cronograma encontra-se exaurido, sugere-se avaliação da área técnica que estabeleceu as diretrizes para o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19 (PNO) quanto a pertinência na continuidade da contratação”, diz o relatório assinado pela fiscal no dia 24 de junho “Não obstante, face a inexecução do contrato sugere-se rescisão deste, conforme subitem 14.1.1 e aplicação das sanções previstas no item 12 DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS do Termo de Referência.”
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A fiscal também apresentou à CPI prints de conversas com Tulio Belchior, advogado e representantes da Precisa Medicamentos. No dia 27 de maio, em meio aos questionamentos da pasta sobre o atraso no cronograma, ele afirmou à fiscal que estava em contato na Índia para providenciar as respostas. “Estou correndo aqui regina, fique tranquila quanto a isso”, diz a mensagem. Na resposta que chegou por ofício, a empresa alegou que somente poderia apresentar alguma expectativa quanto à execução do contrato após manifestação da Anvisa.
Com o aval limitado para a importação dado pela agência, em 4 de junho, o representante enviou novas mensagens para a fiscal manifestando otimismo com o avanço das negociações e afirmando que estava acompanhando a reunião da Anvisa. “Eu fiquei até agora acompanhando. Vem vacina para o PNI”, escreveu o representante. Em outra mensagem, no mesmo dia, ele afirmou: “Hoje foi um passo muito importante para a resolução viu, tenha certeza disso.” A fiscal, por sua vez, declarou na conversa que esperava que “tudo se resolva logo”.
O Brasil, no entanto, não recebeu nenhuma dose da Covaxin. Os preços maiores, a pressão no ministério para agilizar a importação e a disparidade do tratamento dado em relação a outros laboratórios, como o Butantan e a Pfizer, levaram a CPI da Covid a suspeitar de um esquema de corrupção e pedir provas envolvendo contatos e movimentações financeiras. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), apelidou a Covaxin de “vacina da corrupção”.
Na quinta-feira, 8, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o contrato nem deveria ter sido suspenso. “Acho que não tinha nem que ter sido suspenso o processo da Covaxin, tem que se aguardar as investigações, deixar tudo pronto e se comprovar que não houve nada. Como até agora não há comprovação de que houve alguma coisa, você providenciaria mais vacina no braço do brasileiro de forma mais rápida”, afirmou.
Com Neymar de um lado e Messi do outro, torneio será decidido neste sábado às 21h, no Maracanã
Gonçalo Junior e Marcio Dolzan, O Estado de S.Paulo
Unanimidades são raras no futebol, mas Brasil e Argentina fazem hoje o jogo que todos os torcedores queriam ver na final da Copa América. É a partida dos sonhos, como definiu Neymar. A tradição, os títulos que as duas seleções já conquistaram e o duelo particular entre o próprio Neymar e Messi deixam em segundo plano os sobressaltos de organização, como a má qualidade dos gramados e o protesto brasileiro contra o torneio, A final do Maracanã, às 21h deste sábado, diminui até a nossa “dorzinha de cotovelo” em relação aos grandes jogos da Eurocopa.
Se a decisão terminar empatada, haverá prorrogação e, se a igualdade persistir, pênaltis.
Maracanã recebe a final da Copa América mais uma vez Foto: Amanda Perobelli / Reuters
O confronto é importante não só por aquilo que os times fizeram lá atrás, na história. Ambas estão invictas com os melhores ataques da Copa América. Nas Eliminatórias para a Copa do ano que vem, o cenário é o mesmo: invencibilidade e o alto da tabela para as duas.
Nesse contexto, o clássico abre diversas possibilidades de análise. Uma delas é o duelo particular entre Neymar e Messi. O jogo deve ser decidido aqui. É o embate entre a contratação mais cara da história e o melhor jogador do mundo por seis vezes. Os ex-companheiros de Barcelona vão se enfrentar com as camisas de suas seleções pela primeira vez desde 2016. De lá para cá, foram duas vitórias para cada lado. São rivais que se respeitam e se admiram.
Questionado sobre a maneira de parar Messi, o técnico Tite desconversou. “Eu sei, mas não vou dizer. A gente não neutraliza, a gente diminui ações do adversário”, declarou Tite, que fez uma brincadeira. “Se tu disser (sic) como faz pra marcar o Neymar, a gente abre como marca o Messi também”, disse Tite.
Neymar está mais maduro taticamente. Com a liberdade que ganhou do treinador, atuando por dentro e pelas beiradas, o camisa 10 foi destaque em quase todos os jogos da Copa América. As boas atuações renderam dois gols e três assistências. Ele confessa a vontade de jogar a final contra o amigo.
“Era a final que sempre sonhei em jogar. A final que todo mundo que gosta de futebol espera de uma Copa América. Por todos títulos que já conquistaram, por todos que já passaram pelas seleções, pelos que existem hoje”, afirmou Neymar na última quinta-feira.
Para Messi, essa queda de braços representa a chance de quebrar um tabu histórico: levantar uma taça com a seleção principal, a única lacuna de um currículo brilhante. Messi precisa dessa conquista e, por isso, vem voando. A vitória por 3 a 0 da Argentina sobre o Equador colocou o argentino como maior candidato a craque do torneio. É o artilheiro (quatro gols) e líder de assistências (cinco).
O jejum de Messi espelha o drama histórico da seleção argentina. São 28 anos de seca. A última vez que o time principal levantou uma taça foi na Copa América de 1993. Desde lá, foram sete vice-campeonatos: quatro na Copa América (2004, 2007, 2015 e 2016), dois na Copa das Confederações (1995 e 2005) e outro na Copa do Mundo (2014). Desse total, três dessas foram para o Brasil (2004, 2005 e 2007). O bicampeonato olímpico argentino, em 2004 e 2008, com a seleção sub-23 não entra na lista.
Alguns atletas do Brasil criticaram a torcida de artistas e influenciadores digitais para a Argentina por conta do jejum de Messi. “É difícil (a situação). A gente vê tantos brasileiros, tanta gente da imprensa que é contra e não apoia a seleção brasileira”, criticou o zagueiro Marquinhos. “Que a gente possa trabalhar juntos, ao invés de ficar um palpitando ali, os jogadores dando pitacos aqui…”
Em busca do bicampeonato no torneio e dono de hegemonia confortável nas Eliminatórias, o Brasil está invicto há 13 jogos. O desafio da seleção é mostrar que o recorde de invencibilidade não se apoia apenas nos confrontos diante de seleções “menores”. Das quatro derrotas de Tite em cinco anos de comando da seleção, duas delas foram para a Argentina. Em dois amistosos, é verdade.
Os últimos confrontos com os argentinos foram favoráveis aos brasileiros: uma vitória convincente na semifinal da Copa América de 2019, no Mineirão, e um 3 a 0 no Mineirão, pelas Eliminatórias da Copa de 2018.
“São os dois últimos sul-americanos campeões do mundo. (O jogo) Tem uma dimensão, sem desprezar Colômbia, Uruguai, ícones do futebol mundial. Falar de Messi e Neymar é falar de excelência, virtudes técnicas, mentais, físicas, capacidade de criação muito alta. É um grande desafio, um grande espetáculo”, opinou o técnico Tite.
Com desfalques por suspensão e lesão e a avaliação detalhada na primeira fase da Copa América, tudo indica que Tite vai repetir a escalação de um jogo para o outro. Hoje, Thiago Silva volta a ser capitão e vai atuar ao lado de Marquinhos. Na esquerda, o treinador confirmou que Alex Sandro está fora por contusão. Depois dos gols e das boas atuações, inclusive o entrosamento com Neymar, Lucas Paquetá deverá ser mantido no meio. Foi dele o gol da classificação para a final na vitória sobre o Peru.
FICHA TÉCNICA
BRASIL x ARGENTINA
BRASIL: Ederson; Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro, Fred e Lucas Paquetá; Everton, Richarlison e Neymar. Técnico: Tite.
ARGENTINA: Emiliano Martínez; Molina, Otamendi, Pezzella e Tagliafico; Guido Rodríguez, Lo Celso, De Paul; Messi, Nicolás González e Lautaro Martínez. Técnico: Lionel Scaloni.
O inbound marketing é uma metodologia de negócios que atrai clientes criando conteúdo valioso e experiências personalizadas para eles. Enquanto o outbound marketing interrompe o seu público com conteúdo que ele nem sempre quer ver, o inbound cria conexões e resolve problemas que as pessoas já têm.
O que é a metodologia inbound?
A metodologia inbound é a forma de fazer sua empresa crescer através de relações significativas e duradouras com consumidores, prospects e clientes. Trata-se de fazer as pessoas se sentirem valorizadas e capacitadas para atingir seus objetivos em todas as etapas de sua jornada com você.
Por quê? Quando seus clientes têm sucesso, você também tem.
A metodologia inbound pode ser aplicada em 3 fases:
Atração: atrair as pessoas certas com o conteúdo e as conversas certas, tornando você um consultor de confiança com quem elas desejam se engajar.
Engajar: fornecer às pessoas informações e soluções alinhadas com seus problemas e suas metas, para que elas tenham mais chances de comprar de você.
Encantar: fornecer ajuda e suporte para ajudar os clientes a obter sucesso com o seu produto.
Quando os clientes sentem que foram bem-sucedidos e compartilham isso com outras pessoas, isso atrai novos clientes em potencial para sua organização, o que cria um ciclo autossustentável. É assim que sua organização cria impulso e é por isso que a metodologia inbound serve como base para o seu flywheel.
O que é o flywheel?
O flywheel é um modelo de negócios adotado pela HubSpot que ilustra o impulso que sua organização ganha ao priorizar e entregar uma experiência excepcional para o cliente.
Para girar o flywheel e ganhar impulso, você deverá investir em estratégias de aquisição e retenção de clientes (forças).
Na direção oposta, qualquer coisa que reduza a velocidade do seu flywheel é considerada atrito. Muitas vezes, as maiores fontes de atrito para seus clientes ocorrem nas transferências entre equipes; portanto, o alinhamento e a comunicação entre as equipes são essenciais para manter o flywheel girando.
Quando o flywheel se baseia na metodologia inbound, marketing, vendas e atendimento ao cliente conseguem adicionar força nas fases de atração, engajamento e encantamento. Todas as funções organizacionais também são responsáveis por remover o atrito do flywheel.
Por exemplo, na fase de atração, o marketing provavelmente desempenhará o papel mais importante ao fazer coisas como blogs, marketing de eventos e exibição de anúncios pagos no marketplace da ValeOn, mas sua equipe de vendas também pode adicionar força ao participar de vendas sociais e sua equipe de atendimento ao cliente pode adicionar força ao tornar mais fácil para os clientes atuais fazer indicações.
Depois de reter clientes suficientes para engajar e encantar, eles manterão seu flywheel girando ao promover sua empresa e trazer novos clientes através de recomendações. Com o tempo, o flywheel permitirá que você cresça sem precisar investir de forma contínua na aquisição de clientes.
Vamos entender melhor algumas estratégias de marketing inbound.
Estratégia de inbound marketing
Essas estratégias ajudarão você a vender de forma eficaz para o seu público-alvo do jeito inbound. Veja abaixo as estratégias específicas para cada fase do inbound (atração, engajamento e encantamento) para manter seu flywheel girando e ajudar sua empresa a crescer melhor.
Estratégias de atração
As estratégias de inbound marketing para atrair seu público-alvo e suas buyer personas estão ligadas à criação e ao desenvolvimento de conteúdo.
Para alcançar seu público, comece criando e publicando conteúdo que gere valor, como artigos que são colocados diariamente no site da ValeOn e também no site da ValeOn Notícias, ofertas de conteúdo e mídias sociais. Exemplos interessantes são guias sobre como usar seus produtos, informações sobre como a sua solução pode resolver os desafios encontrados pelo cliente, depoimentos de clientes e detalhes sobre as promoções ou descontos.
Para atrair seu público em um nível mais profundo através do inbound marketing, otimize todo o conteúdo com uma estratégia de SEO. Uma estratégia de SEO exige que você tenha palavras-chaves e frases específicas relacionadas aos seus produtos e serviços, os desafios que você consegue resolver para o cliente e as formas como você pode ajudar os membros do público-alvo.
Isso vai permitir que os conteúdos e as informações da sua empresa apareçam de forma orgânica na página de resultados do mecanismo de pesquisa (SERP) para as pessoas que estão buscando essas informações, também chamadas de público-alvo ou os clientes certos para a sua empresa.
Estratégias de engajamento
Ao utilizar estratégias de inbound para engajar seu público, é importante comunicar e tratar os leads e clientes de uma forma que incentive-os a querer uma relação de longo prazo com você. Ao utilizar essas estratégias de engajamento, incorpore informações sobre o valor que sua empresa pode oferecer a eles.
Uma estratégia de engajamento específica pode ser a forma como você lida e gerencia as chamadas de vendas inbound. Concentre-se em como os representantes do atendimento ao cliente lidam com as chamadas de pessoas interessadas e prospects. Além disso, sempre venda soluções em vez de vender produtos. Com isso, seus negócios serão benéficos para ambas as partes, ou seja, você vai gerar valor para os clientes certos.
Estratégias de encantamento
Com as estratégias de inbound de encantamento, seus clientes ficam felizes e sentem-se apoiados mesmo depois de terem feito uma compra. Essas estratégias envolvem transformar sua equipe em consultores e especialistas que possam ajudar os clientes sempre que precisarem.
Incorporar chatbots bem pensados e oportunos e pesquisas para auxiliar e solicitar feedback dos clientes é uma ótima forma de encantar essas pessoas. Bots e pesquisas precisam ser compartilhados em momentos específicos ao longo da jornada do cliente para garantir que façam sentido e tenham valor.
Por exemplo, chatbots podem ajudar clientes atuais a configurar uma nova técnica ou tática que você tenha começado a oferecer e que possa ser benéfica para o cliente. Além disso, uma pesquisa de satisfação poderá ser enviada 6 meses depois da compra para obter feedback e buscar oportunidades de melhoria.
A escuta de mídias sociais é outra estratégia importante na hora de encantar os clientes. Os seguidores das redes sociais podem usar um perfil da sua empresa para oferecer feedback, fazer perguntas ou compartilhar experiências com seus produtos e serviços. Responda essas interações com informações úteis, auxilie e incentive os seguidores. Isso mostra que você está ouvindo e se importa com eles.
E, por fim, uma estratégia de inbound de encantamento é aquela que auxilia os clientes em qualquer situação, mesmo que sua empresa não obtenha nenhum ganho direto com ela. Lembre-se: um cliente encantado vira defensor e promotor da marca, por isso sempre interaja com atenção, em todos os casos.
Como usar a metodologia inbound no marketing
Como profissional de marketing inbound, seu objetivo é atrair novos prospects para a sua empresa, envolvê-los em larga escala e encantá-los individualmente.
Você também colabora com as equipes de vendas e de atendimento para manter a roda girando bem e ajuda na expansão dos negócios. Dá trabalho, mas a metodologia inbound e o Marketing Hub facilitam a sua vida.
SOBRE A STARTUP ValeOn
A Startup ValeOn através da sua Plataforma Comercial que é um site marketplace diferenciado, procura atender os nossos clientes e os consumidores adotando a metodologia inbound e aplicando estratégias de vendas eficaz para o nosso público-alvo oferecendo a eles relações significativas e duradouras aplicando os três mandamentos básicos: atrair, engajar e encantar.
Afinal, quando os nossos clientes têm sucesso, nós também temos.
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Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.
Nos destacamos na forma de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.
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Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.
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Encantar
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Abuso de autoridade escancarado foi a marca da semana na CPI da Covid no Senado. E pensar que quando foi aprovada a lei de abuso de autoridade, deputados e senadores estavam pensando em intimidar o Ministério Público e o Judiciário! Agora que eles estão no papel de investigadores e juízes caem fácil na tentação de abusar do poder e avançar até sobre a liberdade das pessoas.
Estamos tão anestesiados pelos discursos vazios de defesa da democracia e de preocupação com ameaças vindas de um governo que supostamente persegue pessoas e ataca instituições que, às vezes, esquecemos de olhar para os outros poderes.
Esta semana vimos que o Estado Democrático de Direito corre, sim, sérios riscos, mas não é do Executivo que surgem as ameaças. Depois de ver o “xerife” Omar Aziz dando voz de prisão para um ex-funcionário do Ministério da Saúde por achar que ele mentiu durante o depoimento, é de se perguntar onde está, afinal, o fascismo que ocupa a mente dos opositores do presidente Bolsonaro desde 2018.
O governo, segundo dizem os inconformados com o resultado das urnas, não só é fascista, mas também, apoiado por fascistas, por gente homofóbica, que julga pela cor da pele, orientação sexual ou classe social. Só que, de repente, esses que gritavam loucamente contra as ameaças imaginárias de tirania, escondidos atrás de uma fantasia de bons moços, deixam cair a máscara e revelam sua verdadeira face.
São eles os tiranos. São eles que desrespeitam a Constituição para agir como bem entenderem. São eles que têm seguidores aplaudindo inquéritos ilegais, censura e prisões arbitrárias. E apoiando uma CPI sem credibilidade, que só alimenta a sanha por holofotes daqueles senadores investigados por corrupção, que incorporaram o xerife.
Inverteram os papéis e agora querem prender quem se atravessar no caminho ou ousar derrubar a narrativa já pronta.
Politização do Judiciário e judicialização da política O que vem acontecendo no STF e no Senado, na alta cúpula do Judiciário e do Legislativo, é estarrecedor. Bandidos condenados sendo soltos, processos recheados de provas e de confissões de crimes sendo anulados, o maior corrupto do país autorizado a concorrer de novo a um cargo público (e não é qualquer cargo, é o maior de todos, o de presidente da República).
Enquanto isso, juízes e promotores que passaram anos investigando crimes, levantando provas, ouvindo delatores, recuperando dinheiro público e pedindo para a polícia prender os criminosos, agora sofrem difamação e são ameaçados de ir parar no banco dos réus.
No Senado, a CPI circense segue aos trancos e barrancos há semanas, chamando para depor pessoas escolhidas a dedo. O intuito é endossar narrativas contra o governo, de modo a se fabricar um suposto crime de corrupção e atribuir ao presidente ou a um ex-ministro da Saúde a responsabilidade pelas mortes por Covid.
Daí a se apontar o dedo, levantar a voz, bater na mesa, ameaçar de prisão ou efetivamente mandar prender alguém convocado a falar apenas na condição de testemunha é um pulo. E é o que os senadores xerifes estão fazendo. De pulo em pulo os acrobatas de circo vão transformando o picadeiro em cenário de bangue-bangue.
Abuso de autoridade na CPI Depois das sessões em que os senadores ouviram aquela médica cantora, sem experiência no atendimento a doentes de Covid, falando como se fosse a maior das especialistas ou pesquisadores desconhecidos e de currículo pífio sendo tratados como grandes autoridades sanitárias enquanto aqueles, com larga experiência, prêmios e reconhecimento até fora do país eram desrespeitados e ignorados tivemos uma semana com mais surpresas negativas na CPI.
E eis que o espetáculo circense chegou ao ápice com a prisão daquele homem franzino terrível e perigosíssimo que… mentiu! Pelo menos foi isso que disse o senador Omar Aziz, homem ilibado, probo, de altíssima credibilidade a quem falta espelho, mas sobram impulsos autoritários.
Relembrando: a confusão começou dias antes com o deputado federal Luís Miranda e um suposto revendedor de vacinas, o tal do Dominguetti, os dois suspeitos de estelionato (por motivos diferentes), sendo quase reverenciados, tratados como heróis pelos senadores. Não por todos, é verdade, mas por aquele grupo barulhento, os sete que se acham os donos da CPI, da verdade e do Brasil.
O irmão do deputado, funcionário do Ministério da Saúde (que tambpém se chama Luís Miranda – na verdade, Luís Ricardo Miranda), teria visto pressão atípica para que o governo comprasse um grande lote de vacinas indianas Covaxin.
Nem ele, seu irmão homônimo ou o vendedor fajuto de vacinas Dominguetti, em seus depoimentos, trouxeram algo de consistente, além de acusações de pedido de propina e suposto superfaturamento na compra nunca efetivada.
Até que chegou o dia do depoimento do ex-servidor do Ministério da Saúde, Roberto Dias, acusado de tentar lucrar com a compra das vacinas indianas. Por não falar o que os senadores queriam ouvir, foi acusado de mentir e acabou preso.
Narrativas e relatos Conforme o relatado por Roberto Dias, seu crime foi ter ido beber chopp com um amigo e encontrado um conhecido que estava acompanhado desse suposto vendedor de vacinas.
Papo vai, papo vem, surgiu a proposta de vender vacinas para o governo, ao que ele, então funcionário do Ministério da Saúde, respondeu com uma sugestão de marcar encontro oficial, no local de trabalho, constando da agenda. E assim foi feito.
Dias negou ter oferecido propina e sequer endossou a narrativa de que foi ele quem marcou encontro com o homem que teria vacinas para vender. Aos gritos de “temos áudio” os senadores Randolfe Rodrigues e Omar Aziz, deram a sentença: “o senhor está mentindo, isso é perjúrio, pode ser preso por mentir à CPI”.
O ponto culminante do teatro foi a ordem de prisão do depoente dada pelo presidente da CPI, Omar Aziz. Roberto Dias ficou cinco horas preso e foi liberado depois de pagar fiança.
O áudio que não prova nada A conclusão de que o ex-servidor do Ministério da Saúde mentia veio de áudio que seria comprometedor. Só que a gravação não era da voz do servidor se desmentindo, sendo pego com a boca na botija. O tal áudio estava no telefone apreendido daquele fulano, o suposto vendedor de vacinas ouvido dias antes, o Domingueti.
Nessa gravação, o homem (que não é representante do laboratório produtor da Covaxin, já foi desmentido) dizia para uma terceira pessoa que tinha conseguido marcar um encontro com o funcionário do Ministério da Saúde. Só isso. Nada mais. Conseguiu marcar um encontro. Isso é prova de crime?
Os dois, Dias e Dominguetti, efetivamente se encontraram em um restaurante de Brasília e, depois, no próprio Ministério da Saúde, em agenda oficial. A questão é que o governo já confirmou que a negociação não caminhou, não houve a compra da vacina Covaxin.
Mas como o tal do Domingueti disse que o Dias estava aberto a negociar e até pediu propina (um dólar por dose de vacina). Estranhamente, em vez de uma careação, optou-se pela prisão. Ficou valendo a palavra do acusador, só porque havia um áudio dele “comprovando” tudo.
Perceberam a cortina de fumaça? Peço desculpas por entrar em tantos detalhes, mas muita gente não está acompanhando a CPI, só ouve falar e fica com a ideia de que há sim corrupção comprovada na compra de vacinas. Por enquanto, nada foi provado.
CPI desmoraliza o Senado O colunista da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino resumiu muito bem essa história num breve tweet. “Tem um vizinho aqui que eu não vou muito com a cara. Gravei uma mensagem de outro vizinho, um notório picareta, afirmando que esse vizinho chato é picareta (também). Fui com o áudio na casa dele e perguntei: você é picareta? O vizinho negou. Dei voz de prisão!”
O comentarista de política Kim Paim (que faz parte do time de analistas do novo programa da Gazeta, Hora do Strike) fez um comentário também cirúrgico no Twitter, lembrando o que o presidente da CPI tinha falado antes, sobre o próprio Dominguetti.
“Omar acusou Dominguetti de ser testemunha plantada. Omar mandou prender Roberto Dias, porque o cara deu uma versão diferente da testemunha plantada. Inacreditável.”
Kim Paim, comentarista do programa Hora do Strike, no Twitter.
Nas redes sociais, aliás, muita gente se manifestou indignada com esse absurdo. O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) desabafou.
“Omar Aziz diz que não admite que a CPI vire chacota. Esse circo todo é uma chacota. Só no Brasil que um investigado por desviar 260 milhões da saúde dá voz de prisão para alguém. #CPIdoCirco”
Deputado federal Carlos Jordy, no Twitter O investigado por desvio de 260 milhões de reais da Saúde é o próprio presidente da CPI, Omar Aziz, que está sendo investigado em seu estado, o Amazonas. Está, inclusive, com o passaporte retido, o que o impede de sair do país, mas vestiu a fantasia de xerife e atira para tudo o que é lado tentando atingir o governo. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) criticou a investigação no plenário do Senado.
“Não é isso que o Brasil espera do Senado Federal. Quantas vacinas no braço do povo a CPI botou? O que a CPI tem feito pra ajudar o Brasil a sair dessa crise? Quantos empregos a CPI salvou? Tá sendo uma vergonha pra população. É constrangedor ir praquela CPI e passar um dia inteiro vendo a testemunha ser torturada por perguntas sem pé nem cabeça, que não têm nenhuma vinculação com Covid. Infelizmente só o tempo vai nos mostrar como essa CPI está fazendo mal ao Brasil.”
Senador Flávio Bolsonaro, em discurso no plenário do Senado. O que o senador Omar Aziz fez foi abuso de autoridade. Pegou uma “prova” que não é prova (o áudio do Dominguetti) para supostamente confirmar um crime de corrupção, que até onde se apurou, sequer ocorreu. A compra de vacinas superfaturadas, com propina embutida no preço, que caracterizaria esse ato de corrupção, não foi efetivada e o dinheiro público não foi gasto.
A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) também se pronunciou dias atrás sobre a narrativa absurda de “pressão atípica” para compra de vacinas da Índia. Ainda antes do depoimento da prisão arbitrária de Roberto Dias, a deputada escreveu no Twitter.
“O desejo de derrubar Bolsonaro está levando ao abandono da lógica. Não se pode investigar prevaricação, por falta de medidas relativas a um crime, sem investigar se houve crime! Estão pulando etapas! Qualquer ser humano minimamente racional percebe, nem precisa cursar Direito!”
Deputada estadual (SP) Janaína Paschoal, no Twitter Estamos diante de uma fofoca (mais uma) que virou “prova”. De suposta corrupção ativa não comprovada, que resultou em prisão. De uma acusação, feita por um senador, de que um ex-servidor público mentiu. Pode até ser que a suspeita de tentativa de corrupção se confirme, mas precisa de confirmação, precisa de provas.
E um áudio de um suposto vendedor de vacinas falando para um terceiro que conseguiu agendar um encontro com um servidor público que, depois, viria a lhe oferecer propina, não é prova. Por enquanto, além do assassinato de reputações e de um claro abuso de autoridade, conseguiu foi a desmoralização do Senado.
Ah, sim. Tem algo ainda mais grave: a CPI está conseguindo ameaçar de verdade o Estado Democrático de Direito, ao destruir um dos pilares mais importantes de um país livre, que é a garantia do direito de defesa a qualquer pessoa acusada do que quer que seja.
Não deixam os depoentes falarem e, quando deixam, dizem que a pessoa mentiu e mandam prender. Essa CPI já foi longe demais. Parece que haverá recesso. Os senadores devem voltar para os seus estados de origem. Perto da população hão descobrir o que o cidadão comum pensa de tanto abuso, de tanto deboche justo com quem paga os impostos para sustentar o Senado e pagar o salário dos senadores.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes.| Foto: Rosinei Coutinho/STF
O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no primeiro dia deste mês, abriu inquérito para investigar duas deputadas federais que apareciam no inquérito sobre atos antidemocráticos – no mesmo dia em que essas investigações de conspiração contra a democracia eram mandadas para o arquivo. Dois dias depois esses atos antidemocráticos voltaram a ocorrer, quando a turba depredou uma agência bancária, uma concessionária de veículos e um ponto de ônibus em São Paulo, e outra turma agredia manifestantes.
O ministro Moraes escreveu que há “fortes indícios e significativas provas …apontando para a existência de uma verdadeira organização criminosa … com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito.” Fico me perguntando por que tantos adjetivos. Se forem eliminadas as subjetividades, fica o seguinte: “Indícios e provas apontam para a existência de uma organização criminosa com a finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito.” Agora, sim, está objetivo. Mas o juiz preferiu supor, com adjetivos. Tal como faria um promotor de acusação.
O art. 220 da Constituição estabelece que é livre a manifestação do pensamento, sob qualquer forma, processo ou veículo e que é vedada toda e qualquer censura de natureza política ou ideológica. O artigo 5º já garante a manifestação livre do pensamento, vedando o anonimato. E há um título inteiro, o V, que cuida da defesa do estado e das instituições democráticas.
Difícil acreditar que um juiz da Suprema Corte confunda livre manifestação do pensamento e expressão de opinião, com conspiração contra a democracia, mesmo com ausência de materialidade. Desabafos contra ministros do Supremo não são tentativas de fechar o Supremo. Em 1968, estudante de jornalismo, eu aplaudia de pé no Teatro Leopoldina, em Porto Alegre, a peça de Millor Fernandes e Flávio Rangel, “Liberdade, Liberdade”, um ícone de crítica ao autoritarismo da época. Hoje quem aplaude nas redes sociais os que criticam o Supremo, pode ser investigado como conspirador.
Pensar em novas formas de intervir na economia é uma das principais atividades no Congresso. Um exemplo disso é a ideia de reestatização da Embraer. No fim de junho, um projeto com esse teor foi votado (e rejeitado) na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara. Outro projeto com redação parecida tramita no Senado.
A Embraer foi privatizada em 1994. Na época, a empresa não tinha caixa e dependia do governo para continuar funcionando. Não tinha uma carteira de produtos competitiva e estava com dificuldades para avançar no desenvolvimento de novos projetos. Privatizada, se tornou a terceira maior produtora de aviões comerciais do mundo e emprega hoje mais do que o dobro de pessoas do que quando era estatal.
O argumento da reestatização é a surrada segurança nacional, colocada em risco pela proposta de aquisição feita pela Boeing – e que não foi adiante para felicidade do autor da proposta na Câmara, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB). Cairia no colo do BNDES a missão de recomprar a companhia.
O caso da Embraer é emblemático sobre como o desenvolvimento é compreendido por parte significativa do Congresso. Se não houver um domínio tecnológico por parte do Estado, uma intervenção no mercado ou uma regulamentação bem apertada, não há desenvolvimento.
A Comissão de Desenvolvimento parece perder mais tempo discutindo essas intervenções do que promovendo ações que realmente possam levar o Brasil a ser mais amigável a investimentos e mais competitivo. No mesmo dia em que o projeto de reestatização da Embraer foi recusado após a apresentação de um voto em separado do deputado federal Alexis Fonteyne (Novo) – o primeiro relatório era favorável ao projeto -, a Comissão recusou outra intervenção sem sentido, a imposição de uma validade mínima aos pontos de programas de fidelidade.
O fato de congressistas apresentarem e debaterem a validade dos pontos de fidelidade confirma que muita gente prefere a tutela do Estado nos detalhes mais ínfimos do mercado. Acreditar que os consumidores saberão escolher o melhor programa, ou que as empresas saberão agradar seus clientes através desses programas (que, afinal, são para fidelizar o cliente) seria ceder demais à mão invisível.
Claro que nem todas as intervenções são bloqueadas pelos membros da comissão. Em maio, os deputados acharam por bem regulamentar o bloqueio de motoristas e usuários de aplicativos de transporte. A proposta cria a obrigação de o bloqueio ser feito com base em uma cláusula contratual em “instrumento de ciência obrigatória”. Não sei exatamente como isso melhoraria o serviço se algum problema não previsto em contrato obrigar o aplicativo a bloquear um motorista.
Outro projeto curioso pretende criar a Zona Franca da Uva e do Vinho em municípios do Rio Grande do Sul. O objetivo é alimentar o desenvolvimento da região com isenções tributárias. O benefício fiscal, se aprovado pelo Congresso, se somaria aos 4% do PIB aplicados hoje em isenções e coisas do gênero – e que devem ser reduzidos a 2% do PIB em oito anos por determinação da PEC Emergencial. Ele também criaria uma desvantagem para produtores de outras regiões, como o Vale do São Francisco ou a Serra Catarinense. Mas nem o custo fiscal, nem a distorção de mercado evitaram que a Comissão levasse a ideia adiante.
Esses são apenas alguns exemplos de ideias empoeiradas que circulam diariamente em Brasília. Sua discussão consome tempo, dinheiro e geralmente não entregam o desenvolvimento pretendido. A regulamentação é muitas vezes usada como uma barreira de entrada a novos competidores, ou para criar obrigações questionáveis em nome da defesa do consumidor.
Felizmente, algumas péssimas ideias são barradas pelo caminho. Como o caso da reestatização da Embraer, que não seguirá seu curso dentro da Câmara. O que chama a atenção é que talvez para muita gente ainda pareça correto que é melhor estatizar do que permitir que uma empresa brasileira seja adquirida por um concorrente americano.
O fato de dois projetos com esse teor terem sido protocolados no Congresso pode não passar despercebido a investidores que gostariam de entrar em processos de privatização, ou que estejam dispostos a investir em concessões públicas no Brasil. Isso cria o que no mercado se chama de “clima” para os negócios. O “passado incerto”, como disse certa vez o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que caracteriza o Brasil é em grande medida criado e mantido pelo intervencionismo.
Quando essa tendência entra em campo, acontecem coisas como o projeto de redução da participação estatal na Eletrobras. O que está sendo vendido como maior privatização do governo atual, é uma tentativa de conseguir dinheiro privado para satisfazer interesses políticos regionais. Mais uma vez, em nome da segurança nacional. Estamos pobres e seguros.