quarta-feira, 9 de junho de 2021

JULGAMENTO DA REVISÃO DA VIDA TODA NO STF É MUITO IMPORTANTE PARA OS APOSENTADOS

 

Previdência

Por
Célio Yano – Gazeta do Povo

Caso confirmada a tese, terão direito à revisão da vida toda aposentados que tiveram salários superiores no período até julho de 1994| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/Arquivo

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir nesta semana um julgamento que pode elevar a aposentadoria de uma parcela de beneficiários. A ação, que vem sendo chamada de “revisão da vida toda”, já recebeu votos favoráveis do relator, Marco Aurélio Mello, e dos ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia. O ministro Nunes Marques votou contra

Caso mais três membros acompanhem o voto do relator e seja formada maioria, aposentados que foram prejudicados com uma mudança nas regras previdenciárias há mais de 20 anos terão direito a solicitar um reajuste retroativo em seus benefícios, com a inclusão de contribuições realizadas antes de julho de 1994.

O caso remonta à entrada em vigor da Lei 9.876, de 1999, que alterou a forma de cálculo das aposentadorias. Até então, o benefício era definido considerando-se as 36 últimas contribuições, ou seja, a média dos três anos anteriores. A nova legislação, a mesma que criou o fator previdenciário, dispôs que passaria a entrar na conta o que foi recolhido durante a vida toda.

Para quem já estava no sistema antes da sanção da lei, no entanto, haveria uma regra de transição: o cálculo começaria a partir de julho de 1994, ou seja, do início do Plano Real. A intenção era beneficiar a maior parte dos segurados, uma vez que em geral a remuneração — e, portanto, a contribuição previdenciária — costuma aumentar ao longo da carreira.

Algumas pessoas, no entanto, acabaram prejudicadas, por ter histórico salarial invertido, ou seja, terem contribuído mais no período anterior a julho de 1994 e ter essas contribuições desconsideradas. “É o caso de um servidor público que ganhava muito bem, saiu do serviço público e virou empresário recolhendo o mínimo. Esse é um perfil padrão”, explica o advogado Diego Monteiro Cherulli, diretor do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).

QUIZ

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O julgamento do STF, de repercussão geral, analisa um recurso especial de Vanderlei Martins Medeiros, que argumenta que a regra foi injusta e pede a revisão do benefício — daí o julgamento ser chamado de “revisão da vida toda”.

O caso é analisado no plenário virtual do Supremo e deve ser encerrado até sexta-feira (11), a menos que algum ministro peça destaque ou vista. Primeiro a votar, o decano Marco Aurélio deu razão ao autor da ação. “Sob o ângulo da razoabilidade, seria legítima a imposição da regra de transição, mais gravosa que a definitiva? A resposta é desenganadamente negativa”, argumentou. “Se os recolhimentos mais vultosos foram realizados em período anterior a 1994, pertinente é aplicar a regra definitiva de apuração do salário de benefício, por ser vantajosa.”

Em 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu favoravelmente ao recurso. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também já se posicionou a favor da concessão do benefício mais elevado. Em seu voto, o procurador-geral Augusto Aras afirmou que “a exegese da norma de transição é a percepção do melhor benefício possível ao contribuinte”.

Em razão do prazo decadencial, no entanto, caso se confirme a tendência, somente poderá revisar seus benefícios aqueles que se enquadrarem na situação e que tiveram o início dos pagamentos da aposentadoria nos últimos 10 anos. A tese, se confirmada, poderá se estender a pensionistas e a quem recebeu auxílio-doença. Além da elevação do benefício atual, a revisão se estenderia retroativamente aos últimos cinco anos.

Impacto da “revisão da vida toda” seria de R$ 26,4 bi até 2029, diz governo; valor é questionado
Segundo nota técnica da Secretaria de Previdência do Ministério da Economia anexa ao processo, o impacto financeiro da aplicação da tese seria da ordem de R$ 26,4 bilhões para o período de 2021 a 2029. Somado a esse valor, haveria um custo operacional de R$ 1,6 bilhão, considerando-se que metade das 3 milhões de aposentadorias por tempo de contribuição ativas desde 2009 requeresse ao menos uma estimativa de reajuste.

O IBDP, que atua como amicus curiae no STF, defende a revisão, mas questiona os valores apresentados. “Não se tem a quantidade de ações ajuizadas, quantos segurados vão requerer. E vai ter que ser pela via judicial, porque administrativamente o INSS não reconhece a revisão. Tem uma série de fatores que permitem contestar esse valor”, diz Cherulli.

“Nós entendemos que há perfeição do equilíbrio atuarial”, afirma o advogado, que fez a sustentação oral em nome do instituto na Corte. “Poucas pessoas terão direito [à revisão]. Levamos isso ao Supremo para acalmar os ânimos de quem argumenta que haverá déficit e desequilíbrio econômico”, diz.

De acordo com o advogado, embora haja milhares de processos ajuizados com pedido de revisão da aposentadoria, muitos não terão ganho. “É um cálculo complexo, porque o CNIS [Cadastro Nacional de Informações Sociais] não tem informações sobre as contribuições anteriores a 1984. Se não tiver os contracheques — e quem é que guarda contracheques desse período? — é considerado o salário mínimo para aquele período”, explica. “Hoje mesmo atendi um cliente que tinha os holerites guardados, mas após o cálculo a revisão reduziria o valor da aposentadoria.”


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INQUÉRITO DAS FAKE NEWS NO STF É TOTALMENTE ILEGAL

 

STF

Por
Thaméa Danelon – Gazeta do Povo

Inquérito das fake news foi instalado por ordem do ministro Dias Toffoli, então presidente do STF, em 2019.| Foto: STF

O inquérito das fake news foi instaurado pelo Supremo Tribunal Federal em 14 de março de 2019 sob o número 4.781. Na minha avaliação, o inquérito apresenta nove irregularidades. Vamos a elas:

1) Primeiramente o inquérito não poderia ter sido instaurado e conduzido pelo STF, pois o artigo 43 do regimento interno do STF só autoriza a instauração de uma investigação pelo próprio Supremo, para apurar um crime que tenha ocorrido nas dependências do STF, e desde que os investigados tenham foro privilegiado perante este órgão. Contudo, nenhum desses requisitos ocorreram, pois as supostas ameaças e ofensas eventualmente praticadas não ocorreram na sede do Supremo, mas sim através das redes sociais. Além disso, os primeiros investigados não tinham foro privilegiado perante o STF, pois eram jornalistas e ex-servidores públicos. Apenas posteriormente foram incluídos deputados federais como alvos das investigações.

2) Não existe crime de “fake news”, pois essa conduta não está tipificada no Código Penal e nem em outras legislações especiais. O  que temos em nosso ordenamento jurídico são os crimes contra a honra, que são os delitos de injúria, calúnia e difamação; sendo completamente atécnico constar em um documento jurídico que instaura um inquérito, que visa apurar um crime que não existe.

3) Pessoas jurídicas não têm honra subjetiva, não tem sentimentos; assim, não podem ser vítimas do crime de injúria, sendo irregular a instauração de um inquérito para apurar crimes que atingem a honorabilidade do STF, conforme foi escrito pelo ministro Dias Toffoli, quando decidiu abrir o inquérito.

4) Os fatos a serem investigados são vagos, o que não está processualmente adequado, pois as condutas que serão investigadas devem ser individualizadas e específicas. Na portaria de instauração do inquérito, são mencionados apenas tipos penais, ou seja, são ditos quais crimes teriam sido cometidos; contudo não foi explicado quais fatos concretos e individualizados originaram a abertura do inquérito.

5) A violação ao princípio do juiz natural, ou seja, à regra da livre distribuição do caso, pois quando o ex-presidente do STF, o ministro Dias Toffoli, instaurou o inquérito das fake news, ele designou o ministro Alexandre de Moraes como o juiz responsável pela condução do inquérito. Contudo, de acordo com o princípio, um juiz não pode ser escolhido; ele deve ser sorteado, pois nosso sistema não aceita tribunais de exceção.

6) A violação ao princípio da ampla defesa, pois nos primeiros meses de apuração, os advogados dos investigados não tiveram acesso ao inquérito; e quando eram intimados a depor, não sabiam se seriam ouvidos na qualidade de testemunha ou de investigado. Essa postura do STF violou uma regra editada pelo próprio Supremo, regra essa prevista na Súmula Vinculante nº 14 do STF, que disciplina que os advogados de defesa devem ter acesso amplo às investigações criminais.

7) A violação ao sistema acusatório, que é o conjunto de leis, normas e princípios do nosso Direito e adotado pela Constituição Federal. De acordo com o sistema acusatório, as funções de acusar, defender e julgar devem ser exercidas por órgãos distintos e autônomos; ou seja, quem acusa no processo penal é o Ministério Público; quem realiza a defesa do réu é o defensor, e quem julga é o juiz. Contudo, no inquérito das fake news o ministro Alexandre de Moraes exerce uma pluralidade de funções, pois ao mesmo tempo é vítima, investigador, e juiz.

8) A violação à liberdade de imprensa, pois, em abril de 2019, o ministro relator determinou que a Revista Crusoé e o portal O Antagonista retirassem do ar a matéria jornalística intitulada “Amigo do amigo do meu pai”; que transcrevia um trecho de conversa de e-mail de Marcelo Odebrecht para um executivo de sua empresa, e obtido pela Polícia Federal, que dizia o seguinte: “Afinal vocês fecharam com o amigo do amigo do meu pai?”, e o executivo  responde: “Em curso”. Indagado pela polícia, Odebrecht informou que o “amigo do amigo do meu pai” seria o ministro Dias Toffoli que, na época dos fatos, era advogado-geral da União, e que o executivo estaria realizando tratativas com ele sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio Madeira.

9) A ausência da participação do MP no início das investigações, e o arquivamento feito pela Procuradora-Geral da República. Assim que o inquérito foi instaurado, a ex-PGR Raquel Dodge solicitou vistas dos autos, contudo, decorridos quase 30 dias, a procuradora-geral não teve acesso à investigação, e realizou o arquivamento do inquérito. Entretanto, o arquivamento foi desconsiderado pelo STF e as investigações continuaram, tendo sido realizadas diversas buscas e apreensões, inclusive contra o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Nas palavras do ministro Marco Aurélio Mello, esse procedimento seria um “inquérito do fim do mundo”.

Apesar de todas essas irregularidades e inconstitucionalidades, em junho de 2020 o STF considerou constitucional esse inquérito por 10 votos a 1, tendo sido vencido o ministro Marco Aurélio, que em outra sessão do Supremo se referiu ao ministro Alexandre de Moraes como “xerife”.

O ápice das irregularidades do inquérito do fim do mundo foi a decretação da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), pois por mais que as palavras proferidas em seu vídeo tenham sido inaceitáveis e completamente reprováveis, o deputado tem imunidade parlamentar em relação às suas opiniões, palavras e votos, de acordo com o artigo 53 da Constituição. Logo, ele não poderia responder criminalmente por suas palavras e manifestações, somente por quebra de decoro parlamentar perante a Câmara dos Deputados.

Além disso, a prisão de um parlamentar só é autorizada quando ocorre uma situação de flagrante de crime inafiançável, contudo, os supostos crimes cometidos, além de estarem abrangidos pela imunidade parlamentar, não são inafiançáveis, e o deputado não estava em flagrante delito, pois o fato do vídeo ofensivo ainda estar no ar não significa que a pessoa esteja em flagrante delito. Adotar esse entendimento resultaria na possibilidade de prisão em flagrante de pessoas que ofenderam outras há muitos anos, pelo simples fato do vídeo ofensivo ainda estar no ar.

A despeito dessa ilegalidade, o parlamentar permaneceu preso em flagrante por quase um mês, e em cumprimento a uma ordem de prisão concedida de ofício, ou seja, sem que houvesse um requerimento do Ministério Público ou da polícia. Em relação ao deputado Daniel Silveira, já foi iniciada uma ação penal contra ele. Os demais investigados aguardam se o inquérito será arquivado ou se outros processos serão abertos.


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terça-feira, 8 de junho de 2021

NOVELA DA CPI DEVERIA TER ZÉ MAYER E JULIANA PAES

 

Opinião

Por
Bruna Frascolla – Gazeta do Povo

Zé Mayer bem poderia fazer o papel de Renan Calheiros na CPI que conta até com vilã misteriosa. Só falta o tapa-olho mesmo.| Foto: Reprodução/ Twitter

Tenho uma humilde sugestão para melhorar o clima do país. Zé Mayer será retirado do ostracismo aonde o puxadinho do #MeToo o lançou e viverá o Coronel Cristiano Cinza, o maior criador de bodes do sertão do Cariri. O Coronel Cristiano Cinza, tal como o Christian Grey de Cinquenta Tons de Cinza, tem gostos peculiares. Ele tem uma estrutura chamada de “casa de farinha”, muito embora ele não produza farinha alguma. Todos os vaqueiros da região sabem que é para lá que ele leva donzelas indefesas a fim de ver se elas sabem recitar cordéis de cor, sem vacilar.

O público acompanharia a história de três moças: Mayra, Nise e Luana, interpretadas por Juliana Paes, Sabrina Sato e Alice Braga. Essa última será a heroína. Após recitar de cor os versos alexandrinos do cordel do “Cavaleiro da Ciência contra o Dragão do Terraplanismo”, o Coronel usará a verba dos respiradores para fazer uma linda festa de casamento.

A ideia me ocorreu ao ver que o povo está todo muito carente de novelas. Li na Folha a coluna de uma senhorita progressista do sudeste que estava encantada com o desempenho de Renan Calheiros na CPI. O título era: “Vale mais a pena assistir ao Renan Calheiros na CPI do que transar na quarentena”. No corpo do texto, ela descreve a situação da mulher heterossexual solteira há mais de um ano em quarentena, que tem medo de se aproximar fisicamente de outrem, fica em casa sozinha assistindo à CPI e tem medo de “nutrir pensamentos impuros envolvendo o senador Renan Calheiros.” Isso é falta de uma boa novela da Globo, daquelas bem românticas com Zé Mayer e alguma Helena, para as matronas verem se abanando enquanto os velhos babam o físico das atrizes.

A falta de novela também acomete os homens. Um notório jornalista político, também sôfrego expectador da CPI, publicou no seu Twitter uma “enquete relâmpago” com as fotos de uma vovozinha nipônica e de uma morena jovem encimadas pela pergunta: “Caso fosse infectado, a quem você confiaria sua recuperação?”. Por isso escalei Sabrina Sato para o papel. E o fato de não ter situado a história em domínios de Renan serve às fãs de Otto, que também fez um sucesso danado ao destratar a dra. Nise Yamaguchi.

Acadêmicos à procura da “Doutora Luana”
Enquanto os jornalistas descarregavam suas pulsões noveleiras na CPI, médicos e acadêmicos das ciências biológicas se empenhavam em xeretar a vida da namoradinha do Brasil pandêmico. Qualquer acadêmico sabe que cientistas com atividades no Brasil têm que ter o currículo cadastrado na plataforma Lattes, acessível a qualquer um. A doutora Luana não tem.

Digamos então que ela seja um prodígio científico no estrangeiro e nem tenha se dado ao trabalho de fazer um Lattes. Aqui já entra a especialização e eu, que sou de humanas, não faço ideia de como verificar produção acadêmica relevante na área de saúde. Postei nas redes sociais perguntando se ela não tinha mesmo nenhum artigo científico publicado. Uma amiga bioquímica assegurava em privado que não. Velhos babões inundavam os comentários dizendo que a doutora Luana era linda e inteligente. Em meio aos comentários babões, uma captura de tela mostrava dois artigos de L. E. Araújo, enquanto outro dizia que médicos encontraram dois artigos sem nenhuma citação. Também em privado, um professor bolsonarista dizia de boa-fé que um colega dele, também pesquisador, encontrou duas citações da referida Luana.

Presumindo que todas as menções se referissem àquelas duas da L. E. Araújo, repassei-as à amiga bioquímica, que foi olhar os artigos e observou serem resultado de pesquisas feitas num laboratório de Salvador. Ora, a “doutora Luana” nunca mencionou um período de residência na Bahia. Pedindo ajuda, minha amiga ficou sabendo que L. E. Araújo é Luana Evangelista de Araújo (veja o Lattes aqui), uma mestranda da UFBa que estuda tuberculose.

Médicos à procura da “Doutora Luana”
Acadêmicos de humanas não sabem xeretar produção biomédica internacional; acadêmicos de biológicas não sabem xeretar vida de médico. Coube aos médicos, então, procurar CRM e jogar no ventilador das redes sociais o que encontraram.

Este fio do Twitter aqui traz links que podem ser verificados por qualquer um. Como tem foto, podemos constatar que seu nome completo é Luana Silva Rodrigues de Araújo – nada de L. E. Araújo, como descobriram os acadêmicos.

Pois então: Luana S. R. de Araújo se inscreveu pela primeira vez como médica em 2007, começou trabalhando no Mato Grosso, consta como ativa no Rio de Janeiro, mas mora nas cercanias de Belo Horizonte desde 2016. Assim, ou ela não tem pacientes desde 2016, ou atua de maneira irregular desde 2016.

Canta, canta, canta!
Ao cabo, seguindo os rastros da internet, a única atividade cujo exercício se pôde assegurar é a de cantora e pianista, com o nome artístico de Luana Mariano. Escrevo no pretérito porque a prova maio era uma capa do CD “The Lioness” na Amazon, No momento em que escrevo, o disco já foi retirado de catálogo. Mas ainda tem canal do Youtube e dá par vê-la cantando aqui. O canal está às moscas; tem só três vídeos, sendo o mais recente de 2016. Aparentemente em 2016 ela largou a medicina e resolveu virar artista. E não deu certo.

A título de curiosidade, registro ainda que o Prof. Jairo José da Silva, xeretador na qualidade de apreciador de música erudita, aponta que “Lioness”, leoa, é o apelido dado à pianista Martha Argerich pelos seus fãs. Ou seja: a criatura apelidou-se a si própria com um apelido dado por fãs a uma grande pianista. Uma fã de si mesma. E um tanto destituída de senso de realidade.

A pergunta que não quer calar é: que diabos ela estava fazendo em uma indicação do Ministério da Saúde?


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COMO ENFRENTAR A DOENÇA DO CÔNJUGE SEM ADOECER

 

Apoio
Por
Raquel Derevecki – Gazeta do Povo

Paciência, apoio de familiares e autocuidado são essenciais para amenizar o cansaço e o sentimento de culpa durante o processo.| Foto: Bigstock

Acostumada a ver o marido Reinaldo Abud, de 56 anos, sempre saudável e confiante, a advogada Taisa de Freitas Abud levou um choque ao saber o resultado dos exames realizados pelo companheiro. “Ele começou a sentir alguns desconfortos, os sintomas pioraram, e acabou descobrindo um câncer no intestino”, relata a moradora de São Paulo, que acompanhou o desgaste físico e emocional do marido durante três anos de tratamento e sofreu com ele. “Era como se eu estivesse vivendo uma vida que não era a minha”.

Segundo ela, o marido sempre foi o alicerce da casa e da família, mas ficou revoltado ao receber o diagnóstico de câncer, mudando completamente. “Ele se sentia triste, diminuído, com autoestima zero”, lamenta a esposa, ao relatar que Reinaldo enfrentou duas cirurgias e foi obrigado a trocar sua rotina no escritório de advocacia por idas e vindas frequentes ao hospital. “Eram sessões de quimioterapia, consultas, exames. Tentávamos de tudo para ajudá-lo a se animar, às vezes, em vão”.


De acordo com a psicóloga Denise Esper, essa mudança no temperamento do paciente ocorre devido ao momento de fragilidade e incerteza que ele está vivendo. “Ás vezes, o indivíduo altera seu comportamento de forma tão intensa, devido à angústia vivida, que nem o reconhecemos mais, parecendo outra pessoa”, afirma a especialista. Por isso, o cônjuge precisa ter paciência para encorajar seu companheiro a enfrentar a doença, mas sem usar um tom de conselho que possa irritá-lo, e sempre se colocando à disposição para ouvir o que tem a dizer. “Lembrando que alguns só vão falar sobre a doença, enquanto outros preferem negar”.

No caso de Taisa, seu marido desabafava, reclamava e era acolhido com carinho quando demonstrava tristeza. “Eu o deixava livre para colocar para fora tudo que o estivesse sufocando”, lembra a paulista, que contou com a ajuda da filha de 27 anos e com o apoio de diversos familiares e amigos para dar contar do trabalho, da casa e ainda acompanhar o marido durante o tratamento. “Não sei o que seria de mim se eles não estivessem comigo”.

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Rede de apoio eficaz
Contar com esse suporte, segundo a psicóloga, é essencial para manter a saúde física e emocional nesse processo. No entanto, a estruturação da rede de apoio dependerá da realidade em cada família. “Alguns não conseguem ver a pessoa naquele estado e recorrem a cuidadores, outros precisam da ajuda de um enfermeiro ou podem contar com o auxílio dos filhos”, exemplifica a especialista, ao garantir que todos devem fazer o que estiver ao seu alcance para contribuir.

Dessa forma, a esposa ou marido do doente terá condições de olhar para a própria saúde durante o processo, algo necessário para conseguir cuidar de outra pessoa. “É preciso ter momentos para praticar atividade física, fazer meditação, manter contato com amigos e receber apoio psicológico, se sentir necessidade”, pontua a terapeuta, ressaltando que isso aliviará o sentimento de culpa, comum entre cônjuges que tentam acompanhar todas as consultas e exames, mas não conseguem.

E, para lidar com isso, é preciso perceber as próprias limitações e entender que o resultado do tratamento não dependerá disso. “No nosso caso, por exemplo, fizemos tudo o que podíamos para ajudar meu marido, tudo mesmo, ainda que eu sempre achasse pouco”, afirma Taisa, ao contar que o marido faleceu em dezembro de 2017. Então, “se você está passando por isso, faça o que seu coração mandar e tenha paciência e muito amor para ouvir seu cônjuge, pois nunca sabemos quanto tempo isso vai durar”, resume a advogada.


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VANTAGENS DA PROPAGANDA DIGITAL

 

WSI

O uso intenso e crescente de smartphones conectados à Internet banda larga tem transformado uma grande parte da população mundial em uma gigantesca audiência online. A propaganda digital, por ser rápida, eficaz e, quase sempre, apresentando um retorno sobre o investimento muito superior ao da publicidade tradicional, tem sido cada vez mais utilizada pelas empresas, dos mais diversos segmentos.

Veja abaixo 5 fatos importantes que você precisa saber sobre o futuro da propaganda digital:

1: A propaganda mobile veio para ficar

Profissionais de marketing vêm observando, nos últimos anos, o aumento significativo da propaganda mobile. Essa modalidade conseguiu aumento de 66% entre 2014 e 2020, em comparação com a direcionada para desktop, que cresceu apenas 5% no mesmo período.

Com os avanços da tecnologia e com a capacidade dos profissionais de marketing de melhor direcionar suas campanhas através dos dispositivos móveis do público-alvo, a publicidade mobile tem se tornado ainda mais atrativa, valendo cada centavo investido.

2: Consumidores têm períodos curtos de atenção

Em geral, consumidores online se distraem muito facilmente. Com um comportamento cada vez mais multitarefa é difícil mantê-los atentos. A maioria das pessoas irá sair de um site entre 10 a 20 segundos. Então, é importante que a suas ações online funcionem rapidamente!

Isso quer dizer que conteúdo curto e fácil de absorver irá funcionar melhor. Quanto mais apelo visual um anúncio apresentar, mais chances terá de reter a atenção do seu público-alvo. Infográficos e vídeos são outras boas apostas. A publicidade precisa ser direta e não é incomum para um vídeo, por exemplo, ter um resultado melhor quando possui menos de um minuto, ao contrário de um outro com vários minutos de duração.

3: Anúncios online incomodam os consumidores facilmente

Como e quando você anuncia online deve ser levado em consideração com bastante cuidado. Por mais efetivo que um anúncio online possa ser, ele não funciona se o público-alvo não for atingido! Uma boa parte dos usuários da Internet estão bloqueando anúncios, tirando o som ou pulando anúncios em vídeo, principalmente quando acessados pelos celulares.

Publicar informações relevantes e escolher as estratégias de campanhas digitais com cuidado podem ajudar a amenizar essa rejeição. Com isso, é possível direcionar seus anúncios para quem você realmente quer alcançar.

4: Fazer marketing com o seu público-alvo (e não para) traz melhores resultados

Os usuários da internet são bombardeados com mais de 5 mil mensagens de marketing diariamente. O que não está nos seus interesses, estão, rapidamente silenciado. Quando a propaganda digital é relevante, compartilhável e convida o público para deixar comentários, ela é mais fácil de consumir, especialmente por públicos mais jovens.

Os usuários da internet, atualmente, são menos propensos a comprar um produto ou serviço quando são anunciados incessantemente. Mas, se as pessoas estão falando sobre uma marca ou compartilhando conteúdo relevante, os consumidores tendem a participar dessa conversa, mais que em uma venda direta. É assim que o marketing com o seu público (e não para) funciona.

5: Marketing baseado em chats está crescendo

Cada vez mais marcas estão baseando seu marketing nas plataformas de marketplace. Essa estratégia utiliza os interesses dos usuários da internet para engajá-los com produtos ou serviços e é altamente direcionado. Essa interação pessoal parece que funciona bem, especialmente com consumidores que já são interessados no que seu negócio tem a oferecer.

Criar um website único como o da valeon que permite que os visitantes conversem com as empresas é uma maneira de fazer o marketing funcionar para seu negócio. Dessa forma, você terá a oportunidade de engajar aqueles que já procuram produtos ou serviços como os seus. Assim, a devida atenção poderá ser destinada ao público-alvo correto.

O artigo 5 fatos importantes sobre o futuro da propaganda digital é uma adaptação da publicação original do blog da WSI World.

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O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

CONVOCAÇÃO DO MINISTRO DA SAÚDE DESNECESSÁRIA NA CPI

 

 Da Redação – ISTOÉ

CPI da Covid no Senado volta a ouvir, nesta terça-feira (8), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que já prestou um depoimento à comissão há cerca de um mês. Os senadores devem questioná-lo sobre a suposta influência de um “gabinete paralelo” nas decisões do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na condução das medidas para combater a pandemia de Covid-19.

Outro tópico que deve ser abordado pelos parlamentares são as condições sanitárias para a realização da Copa América no Brasil. O país deve sediar a competição a partir do próximo domingo (13), depois que Colômbia e Argentina desistiram de ser países sede.

Queiroga é o primeiro interrogado a voltar para prestar um novo depoimento à comissão, após sua primeira oitiva ter sido considerada contraditória e evasiva por alguns senadores.

“O depoimento do ministro Marcelo Queiroga foi contraditório em diversos aspectos. Um deles diz respeito à afirmação de que, na gestão dele, não há promoção do uso da hidroxicloroquina para tratamento da Covid. Todavia, o ministro, até o presente momento, não revogou a portaria do Ministério da Saúde que prescreve o uso da medicação para este fim, mesmo sabendo-se que a medicação não possui eficácia”, disse o vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O ministro da Saúde também poderá ser questionado a respeito de afirmações feitas pela infectologista Luana Araújo, que prestou depoimento na semana passada. Ela disse que foi comunicada pelo próprio ministro de que seu nome havia sido rejeitado pelo governo, sem justificativa concreta, para chefiar a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid.

CONSELHEIROS DO PRESIDENTE PARA OS PTRALHAS FAZEM PARTE DE UM GABINETE PARALELO

 

Aconselhamento do presidente
Por
Olavo Soares – Gazeta do Povo
Brasília

(Rio de Janeiro – RJ, 07/07/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, e o Presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), Alejandro Domínguez, durante entrega da premiação da Copa América 2019. Foto: Carolina Antunes/PR

Deputado Osmar Terra (MDB-RS) é apontado como membro do gabinete paralelo que aconselharia Bolsonaro em questões sobre a pandemia de Covid-19.| Foto: Carolina Antunes/PR

A CPI da Covid do Senado recebe nesta terça-feira (8) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para um novo depoimento no colegiado. Mas a presença dele tende a não ser o evento mais importante do dia na comissão. A CPI pode votar requerimentos para convocação de membros do chamado “gabinete paralelo”, grupo que prestaria aconselhamento informal ao presidente Jair Bolsonaro sobre questões relacionadas à pandemia de Covid-19. Entre as convocações que a CPI pode decidir estão as do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente; do deputado federal e ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS); e do médico Paolo Zanotto.

Senadores de oposição e independentes, que formam a maioria entre os membros titulares da CPI, decidiram pela ofensiva sobre o “gabinete paralelo” durante o feriado de Corpus Christi, quando uma reportagem do site Metrópoles resgatou um vídeo divulgado em setembro por Bolsonaro que, na avaliação dos parlamentares, comprovaria a existência do gabinete paralelo.

O vídeo mostra uma reunião sobre a pandemia ocorrida no Palácio do Planalto em que são discutidas estratégias para o combate ao coronavírus. Zanotto sugere a criação de um shadow cabinet — expressão em inglês que significa literalmente “gabinete sombra”, e é utilizada para batizar um grupo que acompanha de forma paralela uma estrutura oficial, como um ministério — que aconselharia o governo e “não estaria exposto à popularidade”. Também no vídeo, a médica Nise Yamaguchi diz ser uma “honra” trabalhar com o deputado Osmar Terra. Ministro da Saúde à ocasião, Eduardo Pazuello não participou do encontro.

A existência do “gabinete paralelo” é questionada por apoiadores do presidente Bolsonaro, e a real influência do grupo também permanece como uma incógnita. Leia abaixo uma série de perguntas-e-respostas sobre o que já se sabe sobre o gabinete, o que as partes citadas alegam e o que a CPI pode e quer fazer a respeito.

O que é (ou seria) o “gabinete paralelo”?
A primeira menção a um “gabinete paralelo” na CPI da Covid apareceu logo no dia inicial de depoimentos da comissão, em 4 de maio, quando o colegiado ouviu o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), relembrou entrevista de Mandetta de agosto de 2020 em que o ex-ministro falou que Bolsonaro pouco ouvia os ministros e que dispunha de um “aconselhamento paralelo”. O ex-ministro reforçou que Bolsonaro “tinha um assessoramento paralelo” e que o presidente se pautava em sugestões que não eram dadas nem por ele e nem por outros membros do Ministério da Saúde.

Ao longo dos dias seguintes de trabalho da CPI, os depoimentos foram indicando possíveis novos componentes do gabinete. Carlos Bolsonaro seria uma presença constante em reuniões, mesmo sem ocupar cargo na estrutura federal. A mesma coisa valia para Osmar Terra, que deixara de ser ministro em fevereiro de 2020. Outros nomes foram citados por testemunhas, como Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência e irmão do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub; a médica Nise Yamaguchi e o empresário Carlos Wizard Martins.

Em resumo, o que o “gabinete paralelo” teria como maior tarefa seria a de municiar Bolsonaro com informações sobre a pandemia que contrariariam as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde. É o que explicaria a posição do presidente de ser contrário a medidas de isolamento social, de defender o chamado tratamento precoce mesmo sem comprovação científica e de ser reticente à vacinação.

O que governistas dizem a respeito?
A principal argumentação dos governistas em relação à ideia de “gabinete paralelo” tem sido a de ironizar a hipótese de que as informações sobre o assunto representariam um escândalo. Para os apoiadores do presidente, tudo o que se exibe sobre o tema são reuniões públicas, agendas de conhecimento geral e encontros de Bolsonaro com médicos, lideranças políticas e até mesmo com seus filhos, o que não foge da normalidade no ambiente político.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) comparou sua relação com o pai presidente com a do relator Renan Calheiros e seu filho, o governador Renan Filho (MDB-AL). Disse ser habitual que pais e filhos se aconselhem e troquem experiências, e que isso não poderia ser interpretado de forma negativa no âmbito da CPI.

Os governistas também ironizaram o fato de que o vídeo relembrado pelo site Metrópoles, que motivou a ofensiva recente da CPI, foi inicialmente divulgado pelo próprio Bolsonaro. Eles questionaram oposicionistas que publicaram frases como “vídeo vazado” e “reunião secreta”. Para eles, o vídeo em questão não revela um quadro negativo ao presidente, mas sim o contrário: mostra que o governo estava empenhado em procurar soluções para o combate à pandemia e, para isso, dialogava com especialistas de diferentes origens.

Arthur Weintraub, em entrevista concedida nesta segunda-feira (7) à jornalista Cristina Graeml, da Gazeta do Povo, argumentou no mesmo sentido. Confirmou que levantou informações sobre a pandemia e as repassou diretamente a Bolsonaro, mas afirmou que isso fazia parte de suas atribuições como assessor da Presidência e que não representava que ele “ditava regras” para a saúde pública.

Quem seriam os líderes do “gabinete paralelo”
Por ser um grupo informal — e, na opinião de alguns, inexistente —, o “gabinete paralelo” não conta, ou não contaria, com lideranças formais. O senador Rogério Carvalho (PT-SE), na reunião da CPI do dia 1º, fez uma apresentação do que considera o organograma do “gabinete paralelo”.

Segundo o parlamentar, a estrutura seria dividida em três núcleos: o “negacionista”, que idealizaria as políticas de combate à Covid-19, contrárias às diretrizes da OMS; o “operacional”, que levaria à prática essas diretrizes, em especial as conectadas à ideia de “imunidade de rebanho”; e o “gabinete do ódio”, cuja função seria a de disseminar o discurso do grupo nas redes sociais.

Wizard, Yamaguchi, Terra e Zanotto seriam líderes do núcleo “negacionista”; Weintraub, um dos cabeças do núcleo “operacional”; e Carlos Bolsonaro, um dos comandantes do núcleo “gabinete do ódio”, ao lado do irmão Eduardo, deputado federal pelo PSL-SP.

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LULA E PT SE DIZEM DEMOCRATAS E NÃO SÃO

 

Atos antidemocráticos

Por
Tiago Cordeiro – Gazeta do Povo

Amizade antidemocrática: O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente de Cuba, Fidel Castro, em frente à Estátua de José Martí, na Praça da Revolução, em Havana, Cuba, em 2003.| Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Ao longo de sua vida pública, Luiz Inácio Lula da Silva manteve uma relação amistosa com uma série de líderes reconhecidos internacionalmente pela postura antidemocrática. Seja em eventos, seja fazendo elogios públicos ou firmando contratos e parcerias como presidente da república, ele demonstrou, em diferentes ocasiões, seu apreço por ditadores. Confira nove desses momentos:

1 — Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
País: Guiné Equatorial
Tempo no poder: 41 anos
Crimes: Um dos governantes mais ricos do mundo em um país em que 70% da população vive abaixo da linha da pobreza, Mbasogo mantém um regime ditatorial famoso por perseguir oponentes com brutalidade.
Interação com Lula: Ao ser recebido em julho de 2010, Lula tornou-se o primeiro presidente brasileiro a realizar uma visita oficial ao suntuoso palácio de Mbasogo. Na época, os dois assinaram cinco acordos de cooperação. Durante a 14ª fase da Operação Lava Jato, em 2015, os investigadores identificaram que o ditador mantinha uma relação próxima com a construtora OAS, e que Lula mediava essas conversas.
Como está o ditador hoje: Continua no poder.

2 — Muamar Kadafi
País: Líbia
Tempo no poder: 42 anos
Crimes: Corrupção, violação dos direitos humanos e abuso sexual são apenas algumas acusações de uma vasta lista.
Interação com Lula: O ex-presidente nunca disfarçou sua admiração por Kadafi, a quem chegou a chamar de “irmão”. Os dois se encontraram logo em 2003, apenas um ano depois da eleição de Lula. Em 2009, ao participar da Cúpula da União Africana, em Sirte, na Líbia, ele defendeu que os países não precisam ser democráticos para receber respeito da comunidade internacional. Também criticou a imprensa por questionar constantemente seu apreço a ditadores.
Como está o ditador hoje: Foi assassinado em 2011.

3 — Mahmoud Ahmadinejad
País: Irã
Tempo no poder: 8 anos
Crimes: O país é frequentemente acusado de violar direitos humanos e promover perseguição religiosa e de gênero. Ahmadinejad é famoso por ter negado a existência do Holocausto e de ter defendido que Israel fosse varrido do mapa.
Interação com Lula: Os dois se encontraram em diferentes ocasiões, tanto no Irã quanto no Brasil – onde a visita foi cercada por protestos. Juntamente com a Turquia, Lula assinou com Ahmadinejad um acordo nuclear. Os Estados Unidos reagiram e a diplomacia brasileira voltou atrás.
Como está o ditador hoje: Continua sendo uma liderança entre os políticos linha-dura do país. Em 2017 e em 2021 tentou, sem sucesso, voltar à presidência do país.

4 — Paul Biya
País: Camarões
Tempo no poder: 38 anos
Crimes: Um dos ditadores mais ricos do planeta, vem se reelegendo constantemente desde os anos 80, sempre acusado de fraudar as eleições.
Interação com Lula: O brasileiro foi recebido pelo ditador e participou de um banquete. Na ocasião, declarou: “Juntos, temos de lutar pela eliminação dos pesados subsídios e de outras medidas protecionistas praticadas pelos países ricos”.
Como está o ditador hoje: Permanece no poder, onde está desde 1982.

5 — Alexander Lukashenko
País: Belarus
Tempo no poder: 26 anos
Crimes: Reeleito seguidamente desde 1994, quando o país se tornou independente, ele é acusado de fraudar eleições e perseguir opositores, chegando a torturá-los.
Interação com Lula: O brasileiro recebeu Lukashenko no Brasil, em 2010. Na época, afirmou: “Os dois países pensam de maneira parecida”.
Como está o ditador hoje: Continua no poder, reprimindo qualquer dissidência de forma violenta.

6 — Islam Karimov
País: Uzbequistão
Tempo no poder: 25 anos
Crimes: É acusado pela Organização das Nações Unidas de aceitar trabalho infantil, aceitar a prática de tortura e perseguir a imprensa.
Interação com Lula: Ao receber a visita de Karimov em Brasília, em 2009, Lula defendeu que os países estreitassem seus laços.
Como está o ditador hoje: Ficou no cargo até morrer, em 2016.

7 — Omar Bongo Ondimba
País: Gabão
Tempo no poder: 42 anos
Crimes: Conhecido pela violência com que tratava opositores e por não investir em infraestrutura básica para a população de seu país.
Interação com Lula: Outra ditadura africana rica em petróleo que recebeu atenção do presidente brasileiro, como aconteceu com Guiné Equatorial. Lula foi recebido por uma multidão e desfilou em carro aberto.
Como está o ditador hoje: Ficou no cargo até a morte, em 2009.

8 — Hugo Chávez
País: Venezuela
Tempo no poder: 14 anos
Crimes: Com eleições manipuladas, perseguição a oponentes e atos de corrupção, Chávez destruiu a economia da Venezuela e instaurou uma ditadura que permanece mesmo após sua morte.
Interação com Lula: “Nossos países nunca estiveram tão próximos e irmanados”, declarou Lula em 2005. “Nossos mais ambiciosos projetos de integração começam a se materializar”. De fato, os dois presidentes assinaram dezenas de acordos de cooperação. Chegaram a criar uma empresa binacional, com participação da Companhia Vale do Rio Doce.
Como está o ditador hoje: Morreu em 2013.

9 — Fidel Castro
País: Cuba
Tempo no poder: 49 anos
Crimes: Fidel perseguiu opositores e minorias, incluindo homossexuais, e inviabilizou no país qualquer manifestação livre de pensamento ou sinal de democracia.
Interação com Lula: O ex-presidente ainda hoje anuncia sua admiração por Fidel. Ao longo de todos os governos do PT, manteve boa relação com Cuba, inclusive no uso de dinheiro público para financiar empresas brasileiras operando no país do Caribe — a Odebrecht foi especialmente favorecida. Mesmo depois da morte do ditador, Lula continua frequentando o país. Foi em Cuba que ele passou o fim de ano de 2020.
Como está o ditador hoje: Morreu em 2016.


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