Na CPI da Covid, submundo policial do Senado grita o que é ‘ciência boa’ e o que é ‘ciência ruim’
J.R. Guzzo, O Estado de S.Paulo
Um dos efeitos mais notáveis dacovid, e não só no Brasil, foi ter criado um tipo até então desconhecido deciência– a ciência estática, na qual um bloco de cientistas tem certeza absoluta de que todo o conhecimento humano existente na área de medicina, por exemplo, chegou ao seu ponto máximo e não pode mais ser ampliado, nem modificado. Não poderia haver uma abordagem diferente para uma questão médica, sobretudo se ela nunca se apresentou antes? Não, não poderia. A verdade científica, por esta visão do mundo, esgota-se naquilo que o professor Pedro ou o pesquisador Paulo sabem – ou, mais precisamente, naquilo que acham que está certo, ou de que gostam. Resultado: é proibido discutir, segundo a ciência estática, qualquer afirmação, constatação ou hipótese que não seja aprovada pelos gestores do que se tornou hoje o universo “cientificamente correto”.
Outra maneira, menos paciente, de descrever isso tudo é dizer logo de uma vez que a política, na onda da covid, entrou com as quatro patas na ciência. Nada demonstra essa perversão tão bem quanto a“CPI” da covid, na qual o submundo policial do Senado grita todos os dias o que é “ciência boa” e o que é “ciência ruim”. A primeira é qualquer coisa que sirva aos seus interesses políticos. A segunda são os fatos que querem abolir. Todo mundo vê: semianalfabetos que não saberiam dizer que horas são, mas têm uma carteirinha de senador, interrogando médicos e outras pessoas de bem como se fossem um soldado da PM diante de algum vagabundo numa delegacia de polícia. É um “ambiente tóxico”, disse o presidente doConselho Federal de Medicina. E é isso, na sua forma mais grosseira, o “cientificamente correto”.
Que gente com o nível de um senador de CPI faça isso, quando se pensa cinco segundos no assunto, é bem aquilo que se poderia mesmo esperar. Menos compreensível é a atuação, cada vez mais excitada, agressiva e repressora, dos médicos, pesquisadores e cientistas que praticam o “cientificamente correto” e se tornaram militantes de uma causa: a de que a covid só pode ser tratada de uma forma, a sua, e que qualquer ideia diferente tem de ser denunciada como uma ameaça à saúde pública. Assumiram o papel de vigilantes. Na vertente mais lamentável da sua conduta, querem punição, inclusive penal, para colegas que estiverem em desacordo com eles.
A política e a ideologia já interferem de maneira cada vez mais rancorosa nas disciplinas da ciência ligadas ao meio ambiente, na biologia humana, na gramática – fala-se, até, de uma “matemática negra”. Por que a medicina seria poupada dessas deformações? Mas é especialmente perturbador que a contaminação política vá tornando cada vez menor, junto à população brasileira, a credibilidade da medicina e dos médicos. Talvez nada comprove isso de maneira tão clara quanto a guerra aberta ao tratamento precoce da covid – ou as tentativas de se fazer alguma coisa pelo paciente antes que a sua situação se agrave a ponto de precisar de uma UTI.
O Conselho Federal de Medicina se coloca, claramente, a favor do direito dos médicos de darem o tratamento que julgarem mais indicado para quem lhes pede socorro, dentro de sua relação pessoal e intransferível com os clientes. É assim em todas as doenças – por que não na covid? Negar a liberdade do médico, aí, é tornar ilegal o livre exercício da medicina no Brasil. O CFM tem a atribuição constitucional de supervisionar a prática da medicina no País; não é um botequim onde se dá palpite sobre remédio. Não faz nenhum sentido, como acontece na CPI e nos grupos onde se trata a covid como questão política, jogar suas recomendações na lata de lixo.
Lang Lang e Ting Ting pregavam compaixão, mas tinham visões irreconciliáveis: cada uma considerava insuportável o mundo da outra
Leandro Karnal, O Estado de S.Paulo
No coração da Sibéria, duas aldeias estavam separadas por um belo rio e tinham cotidiano material similar. Dependiam de vacas e das ovelhas, plantavam trigo, repolhos e nabos. Vinham tentando aumentar o cultivo do girassol para produzir óleo, mas o verão era curto demais ali.
Eram próximos nas roupas, na aparência e na comida. O que variava, e muito, era a cultura social de cada uma. A tribo dos Lang Lang acreditava em regras claras e naquilo que poderíamos, grosso modo, traduzir como “a lógica da natureza”. Os Ting Ting pregavam a compaixão e a busca coletiva da felicidade. Como isso funcionava?
Os pais Lang Lang diziam aos filhos que não voltassem tarde, pois havia lobos e o frio da noite era fatal naquele lugar a partir de outubro. Alguns adolescentes desobedeciam e, na maioria das vezes, eram estraçalhados por lobos famintos ou, simplesmente, congelavam com o vento da noite. Ao encontrarem os corpos dos infratores, as famílias reforçavam: “é a lógica da natureza, eles sabiam dos riscos e não quiseram ouvir”. Alguns lembravam que era bom assim, pois teriam crescido como desobedientes das normas do grupo e seriam um incômodo para a aldeia no futuro. Eram incapazes de observar o óbvio e, por consequência, não eram aptos à vida adulta na aldeia. O mundo siberiano era duro, implacável e não dava uma segunda chance para lobos, ursos ou humanos. O bem do grupo não poderia ser comprometido pela irresponsabilidade de alguns. “Fizeram a escolha deles”, diziam os mais velhos. Os pais choravam, porém… concordavam. Era a lógica da natureza, era necessário aceitá-la.
Os Ting Ting eram opostos na estratégia social e educativa. Acreditavam que segundas e terceiras chances eram indispensáveis. Quando um adolescente não voltava a tempo para casa, enviavam grupos armados para que espantassem os lobos e toda a aldeia se envolvia na busca. Salvaram muitos assim, ainda que perdessem também membros valiosos da coletividade nas missões de resgate. Acreditavam que a comunidade era responsável por todos e, se alguém tinha desobedecido normas claras, era um fracasso da pedagogia social, incapaz de transmitir os valores coletivos.
O século 20 tinha começado há pouco e os dois grupos, tão similares na aparência e no modo de vida, eram opostos absolutos na visão de mundo. “Que cada um receba os prêmios e os castigos por suas escolhas” era o guia da vida Lang Lang. “Somos uma comunidade que só será feliz em conjunto”, proclamavam os Ting Ting. Dois mundos agropastoris cercados de pinheiros, neve e lobos; duas sociedades absolutamente distintas.
Nos festivais da colheita, a comemoração atingia as duas comunidades. O trigo maduro e a bebida pareciam irmanar a todos. Com o álcool crescendo, as línguas perdiam o freio. Se era um bêbado Ting Ting que caía, os da outra tribo recomendavam que chamasse todas as famílias para ajudá-lo. Quando uma mulher Lang Lang não conseguia carregar uma cesta pesada de maçãs, as crianças do outro grupo ironizavam e cantavam “lógica da natureza, lógica da natureza…” Cada grupo usava o outro como recurso. “Não chore assim, você parece uma Ting Ting” diziam as mães da aldeia rival. “Meu marido parece um Lang Lang, só pensa nele”, reclamava uma mulher para suas amigas Ting Ting.
Eram visões irreconciliáveis. Cada um considerava insuportável o mundo do outro. Para um, o distinto era de um egoísmo brutal; para outro, os rivais eram fracos. A terra era gelada e dura com os seres vivos, dando poucos grãos para os aldeões das duas margens do rio. A manteiga era boa, no entanto, muitas vacas não tinham o que comer em quase seis meses de frio forte. O vento gelado e a neve eliminavam muitos animais, inúmeros velhos e crianças fracas.
Chegamos ao verão de 1908. O rio da aldeia era o Tunguska, conhecido também como Rio Pedregoso. As pessoas de ambas as aldeias buscavam água no rio naquele dia abafado de junho. Houve um clarão no céu e um som forte que abalou os ícones votivos das casas. Depois, um estouro como se mil bombas estivessem sendo explodidas ao mesmo tempo. O mundo das duas aldeias deixou de existir. Por milhares de quilômetros quadrados, só a madeira carbonizada dos pinheiros.
O mundo conheceria aquele dia de 1908 como “evento Tunguska”. Um objeto celeste colidiu com a Terra. Tivesse sido em área muito habitada, seria o maior desastre da história. Caiu no coração da Sibéria. Eliminou pouca gente. As obscuras aldeias Lang Lang e Ting Ting eram desconhecidas. Nunca foram registradas em censos ou despertaram qualquer atenção dos funcionários czaristas. Não possuíam um padre ortodoxo ou ligações com as obras da ferrovia Transiberiana. O desastre celeste foi muito estudado depois, porém nada restara dos dois pequenos grupos humanos. As casas e seus sistemas de vida opostos tinham evaporado em poucos segundos de terror. Solidários e individualistas tinham sido evaporados. Nem ossos ou memórias sobreviveram.
Minto. Sobreviveram dois adolescentes, um de cada grupo. Haviam se encontrado nadando no rio no dia anterior e decidiram brincar sobre um tronco que flutuava. A correnteza foi forte e ambos, distraídos, foram sendo levados até o rio Yenisey. O descuido salvou a vida de ambos. Viram a explosão poderosa ao longe e se abraçaram por um longo tempo. A última Lang Lang se apaixonou pelo derradeiro Ting Ting. O filho, entre a solidariedade e o individualismo, virou social-democrata. Quando o menino debatia qual o melhor sistema político, os pais apontavam para o céu e diziam que a decisão estava nos astros. Boa semana para todas as tribos.
* Leandro Karnal é historiador, escritor, membro da Academia Paulista de Letras, autor de O Dilema do Porco-Espinho, entre outros
Quebrar uma patente ou realizar seu licenciamento compulsório, no jargão legal, é criar uma situação excepcional em que o direito do possuidor da patente é suspenso temporariamente
Gonzalo Vecina Neto, professor da FSP/USP
A concessão de uma patente permite que o seu possuidor explore a venda do produto com exclusividade por 20 anos no mundo todo onde essa regra é aceita. O comércio mundial entre países está regulado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Muito difícil ou impossível viver fora da OMC.
Quebrar uma patente ou realizar seu licenciamento compulsório, no jargão legal, é criar uma situação excepcional em que o direito do possuidor da patente é suspenso temporariamente. Isso é possível fazer em situações excepcionais previstas no arranjo jurídico de cada país e aceito pela regulamentação especifica da OMC, chamado de acordo TRIPS.
O grande problema com as patentes é que a exclusividade de produzir cria uma barreira ao acesso a medicamentos, seja pela capacidade produtiva – demanda maior que a oferta, caso agora das vacinas contra a covid-19, ou seja por um preço considerado muito extorsivo. Os países pobres e ou de renda media, como é o caso do Brasil, alegam que a relação preço/custo imposta pelos detentores de patentes é abusiva. Esta foi a causa por exemplo, da quebra de patente de um medicamento da aids em um passado recente no Brasil.
A discussão é mundial e sem solução. Em algum momento ela terá de ser enfrentada com vistas a permitir, por um lado, o acesso e, por outro, a remuneração do inventor que investiu em criar uma inovação. Neste tempo de produtos biotecnológicos, voltados para doenças raras, os novos produtos têm tido um preço cada vez mais amargo. É impossível abrir a caixa do custo que permitiria uma discussão mais razoável. E isso devido à expectativa de ganho das empresas farmacêuticas que nada tem a ver com o custo de produção e de investigação.
Quebrada a patente, pode-se produzir? Não. O processo de produção de uma patente sempre tem segredos que não estão depositados e que somente com esforços importantes de engenharia reversa será possível deslindar o processo para obtenção do produto. Assim, a quebra de patentes sem a colaboração do detentor da patente é um ato heroico e vazio.
Pode-se fazer um acordo de transferência da tecnologia do detentor da patente para a empresa que vai produzir a cópia, como foram os casos da Fiocruz/AstraZeneca e Butantan/Sinovac. Ou ter políticas públicas de incentivo a empresas que desenvolvam a capacidade de produzir cópias por meio da engenharia reversa. Neste caso, as políticas públicas devem prever a remuneração dos esforços dessas empresas com financiamentos específicos e ou reserva de mercado por algum período, por exemplo. Neste exemplo, esse esforço deve ser realizado ao final da validade da patente ou através do ato legal mencionado de quebra da patente que, se não for adequadamente embasado, irá desaguar em discussões jurídicas internacionais que poderão ter consequências comerciais para o país que realiza o ato.
Neste momento em que o mundo tem falta de oferta de vacinas, e no qual a China e a Rússia estão utilizando sua capacidade produtiva para realizar uma diplomacia da vacina, o presidente Biden, dos Estados Unidos, fez um lance de mestre. Chegou por último, mas sentou na janelinha!
Sim, ainda estamos distantes de aumentar a oferta de vacinas. Mas é importante notar que a Big Farma não percebeu a importância e a excepcionalidade deste momento em que ela poderia, com um custo pequeno, limpar um pouco sua imagem de voragem de lucros ao propor alternativas para a vacinação no mundo.
O presidente americano está mirando um mundo em que se volte a comerciar e ganhar dinheiro, e isso somente será possível se o vírus parar de circular e produzir casos, mortes e mutações. Ou seja, um mundo vacinado. A pergunta do título, no entanto, continua sem resposta.
Relacionamento entre o treinador e o presidente da CBF se deteriorou por causa da Copa América, caso de suposto assédio sexual e críticas ao braço-direito do treinador
Redação, O Estado de S. Paulo
O técnico Tite pode pedir demissão do comando da seleção brasileira após o jogo com o Paraguai, na terça-feira, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Esta é a expectativa dentro da própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após o comportamento do treinador nos últimos dias de preparação da equipe no Rio de Janeiro. A relação entre o treinador e o presidente da entidade, Rogério Caboclo, se deteriorou por conta de vários episódios, entre eles, o apoio de Tite ao protesto dos jogadores contra a realização da Copa América no Brasil, um episódio de suposto assédio sexual envolvendo o presidente da entidade e até críticas à comissão técnica.
Fontes ouvidas pelo Estadão consideram difícil uma reaproximação de Tite. Vários fatores provocaram as desavenças entre o treinador e o dirigente. O mais recente foi o apoio do treinador à insatisfação dos jogadores com a disputa da Copa América no Brasil. A crise chegou a ser admitida pelo próprio treinador na quinta-feira, na entrevista coletiva um dia antes do jogo contra o Equador.
“Temos uma opinião muito clara e fomos lealmente, numa sequência cronológica, eu e Juninho, externando ao presidente qual a nossa opinião. Depois, pedimos aos atletas para focarem apenas no jogo contra o Equador. Na sequência, solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta. A partir daí, a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos externar isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa Data Fifa as situações vão ficar claras”, afirmou o treinador em entrevista coletiva.
Ainda na coletiva de imprensa, questionado sobre os problemas da Copa América, o técnico da seleção não negou o impacto do tema para o time. “Tem efeito negativo sim em campo. Mas temos que superar e jogar bem. Ela te traz prejuízo. Compete a nós todos filtrarmos essa situação, fazer grande jogo e ter o resultado que a gente merecer”, respondeu Titi.
O técnico da seleção também explicou a ausência dos jogadores nos encontros com a imprensa. “Inicialmente foi pedido meu. Hoje, foi pedido e solicitação deles de não estar aqui. Em momento oportuno, eles vão se manifestar”, afirmou.
Desde a noite da última quinta-feira, a hashtag #ForaTite ganhou espaço nas redes sociais. Uma série de internautas discordaram da posição do treinador durante a entrevista coletiva e começaram a pedir a saída do treinador do comando técnico da seleção.
Os atletas reclamam da disputa de um torneio juntamente com as Eliminatórias, competição que eles consideram mais importante neste momento. A Copa América começa no dia 13 de junho, com jogos nas cidades de Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro. Na visão dos jogadores, a temporada foi atípica e exaustiva. Jogadores mais experientes do elenco se mostraram incomodados por terem descoberto pela imprensa e pelas redes sociais que o Brasil sediará o torneio.
Além disso, eles reclamam que não houve diálogo com a entidade sobre a mudança da sede do torneio – inicialmente, o torneio continental seria realizado na Colômbia, que desistiu por problemas políticos internos, e na Argentina, que declinou em função do agravamento da pandemia de covid-19. Tite e sua equipe se posicionaram a favor dos atletas. Reuniões com a cúpula da CBF só acentuaram as diferenças. Alguns atletas ficaram insatisfeitos com a maneira como foram tratados na reunião, como subordinados da entidade.
O descontentamento de Tite se acentuou por outras razões. Um deles é a crise institucional vivida pela CBF em função de um suposto episódio de assédio sexual envolvendo o próprio Caboclo. Uma funcionária da entidade protocolou nesta sexta-feira uma acusação de assédio moral e sexual contra o dirigente. A denúncia foi formalizada perante a Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, a quem caberá investigar os fatos.
Outro episódio que contribuiu para azedar o relacionamento entre Tite e o Caboclo foi o vazamento, de uma conversa entre Caboclo e Edu Gaspar, então coordenador da seleção, depois da Copa da Rússia, em 2018. O presidente faz duros questionamentos ao trabalho de Tite e de sua comissão técnica, em especial o auxiliar Cleber Xavier, seu braço direito. Os áudios foram relevados pela ESPN.
Na entrevista coletiva de quinta-feira, Tite prometeu se manifestar mais claramente sobre a crise depois dos jogos (Equador e Paraguai). E ele afirmou que os jogadores também vão falar o que pensam sobre a Copa América.
A publicidade e a propaganda são ferramentas promocionais, mas possuem propósitos diferentes. A publicidade é a comunicação utilizada para anunciar um produto ou serviço de uma empresa, para fins comerciais. Já a propaganda é utilizada para divulgar ideias, pensamentos e causas.
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Propaganda
Conceito
É a comunicação realizada por uma empresa ou organização para promover produtos, serviços e ideias, de modo a persuadir um público a desejar e comprar seus produtos.
É a comunicação utilizada por organizações ou pessoas para disseminar pensamentos e doutrinas, geralmente religiosas, ideológicas ou políticas.
Etimologia
Do latim publicus, de tornar algo público.
Do latim propagare, que significa propagar.
Objetivo
Atrair o consumidor com a esperança de venda ou contrato de bens e serviços.
Busca adesão a uma ideologia ou mudança de atitude.
Esfera
Comercial.
Política, ideológica e religiosa.
Exemplo
Anúncios de venda de casas, roupas e carros.
Campanhas eleitorais ou de alistamento militar.
O que é publicidade?
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Amostragem ou amostras de produtos;
Atividades de marketing de guerrilha, como distribuição de panfletos.
O que é propaganda?
Propaganda americana incentivando o alistamento militar
A propaganda abrange as ações que visam atrair seguidores ou influenciar a atitude das pessoas. Ela busca convencer o público a adotar uma determinada atitude ou a aderir a um grupo ou crença particular.
A propaganda não está ligada ao comércio, mas principalmente a questões:
Política: em campanhas para voto, recrutamento de membros e apoio, etc.;
Ideológica: ONGs e associações;
Religiosa: atraindo seguidores para religiões e seitas.
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A propaganda é semelhante à publicidade, na medida em que emprega os mesmos formatos multimídia para espalhar sua mensagem.
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Tite se encontrou com Lula em 2012, quando o petista não era mais presidente. O técnico treinava o Corinthians na época. O time tinha ganhado a Copa Libertadores e o técnico mostrou a taça para o ex-presidente.
Em dezembro de 2018, Tite se recusou a encontrar Bolsonaro em uma possível comemoração do título da Copa América, que seria jogada no ano seguinte no Brasil. “A minha atividade não se mistura e eu não me sinto confortável em fazer essa mistura“, respondeu ao ser questionado por jornalistas.
Na época, o encontro com Lula também foi relembrado. Em entrevista ao canal SporTV, Tite afirmou que errou ao levar a taça para Lula. “Errei lá atrás, não faria com o presidente antes da Copa e nem agora porque entendo que misturar esporte e política não é legal. Fiz errado lá atrás? Sim. Faria de novo? Não.”
O técnico também afirmou na época que o Palmeiras comemorar seu título do Campeonato Brasileiro de 2018 com Bolsonaro é uma situação diferente. Desde que assumiu a seleção, o técnico evitou encontros políticos.
Tite afirma desde 2017 que não se sente confortável em misturar a seleção brasileira com política. O técnico também se recusou a se encontrar com o então presidente Michel Temer, no final de 2017. Era uma tradição o time se encontrar com o presidente antes de viajar para a sede da Copa do Mundo.
O encontro com Lula ressurgiu na 6ª feira (4.jun) por causa de uma declaração do capitão da seleção brasileira, o jogador Casemiro, no final da partida pelas Eliminatórias da Copa Mundo entre os times do Brasil e do Equador. Ao ser questionado sobre a opinião do time sobre a Copa América ser realizada no Brasil, ele respondeu que os jogadores tinham se posicionado e iriam ir à público com a questão “no momento oportuno”.
“Não podemos falar do assunto, todos sabem nosso posicionamento, mas não vamos falar do assunto. Todo mundo sabe, está mais claro impossível, o Tite deixou claro o que nós pensamos”. E completou: “Não só eu nem jogadores da Europa, como rolou, falo em nome de todos os jogadores com Tite e comissão técnica, é unânime.”
As declarações indicam que os jogadores da seleção estão decididos a dizer que preferem não jogar a Copa América, que foi trazida para o país numa iniciativa do presidente Bolsonaro.
Os aliados de Bolsonaro também comentaram o fato de as críticas serem ao campeonato ao qual a Rede Globo não tem direitos de transmissão. Os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil são da TV Globo. A Copa América, se for mesmo realizada, será transmitida pelo SBT. Logo que a competição saiu da Argentina e veio para o Brasil, vários profissionais da TV Globo foram às redes sociais criticar a decisão.
Com início marcado para 13 de junho, a Copa América reúne 10 seleções de futebol para disputar 28 jogos. A final está agendada para 10 de julho, no Maracanã.
O comandante-geral, Paulo Sérgio Nogueira, recebeu respaldo da cúpula da Força ao determinar a não punição do general da ativa por participar de ato político com Bolsonaro
Felipe Frazão, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – A decisão do comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, de livrar de punição o general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, por participar de manifestação favorável ao presidente Jair Bolsonaro recebeu o respaldo de integrantes da alta cúpula da Força Terrestre. Para eles, Paulo Sérgio tentou estancar o que poderia ser uma crise maior e resultar na segunda troca de comando em dois meses. O gesto de subserviência do Exército ao desejo do presidente, porém, despertou a preocupações de que o comando possa ceder novamente em outros tipos de pressões de Bolsonaro.
A opção por isentar Pazuello foi individual e exclusiva de Paulo Sérgio. O comandante, porém, consultou o Alto Comando antes, num sinal de busca de consenso e respaldo. Embora não fosse unanimidade entre os generais de quatro estrelas, a decisão não foi nem será contestada pela cúpula verde-oliva. Segundo um oficial, “o silêncio é fruto da disciplina” que eles desejam preservar e ajudar a recuperar a instituição de um grande dano de imagem. Os generais estão desconfortáveis com o desfecho permissivo, mas ponderam que o comandante ficou sem saída e “qualquer solução seria ruim”.
O Exército comunicou oficialmente o arquivamento do caso, mas pouco explicou acerca do entendimento do comandante-geral. E nem cogita fazê-lo, segundo oficiais consultados pela reportagem. Generais que despacham no Forte Caxias, no entanto, explicaram, sob anonimato, algumas das razões para o desfecho do caso.
Em 23 de maio, Pazuello participou de um passeio de moto com militantes bolsonaristas no Rio, subiu em um carro de som, acenou e fez um breve discurso, ao lado do presidente e de congressistas. Ele alegou que o ato não era político-partidário ou eleitoral. O comandante acatou a justificativa.
Uma das justificativas é que aplicar uma punição a Pazuello soaria como reprimenda ao presidente, o comandante supremo das Forças Armadas. Pazuello não tinha registro de transgressões anteriores e estava ao lado de Bolsonaro, o que poderia ser interpretado, numa versão bastante controversa mesmo entre militares, como autorização para se manifestar.
Segundo auxiliares diretos, Paulo Sérgio teria sérvio como uma espécie de anteparo à iminente escalada de crise. Se punisse Pazuello, a contragosto do presidente, correria o risco de ser desautorizado e ter de entregar o cargo, abrindo espaço para Bolsonaro nomear alguém ainda mais obediente, no estilo Pazuello, em seu lugar.
Na prática, o comandante atendeu Bolsonaro, que não queria ver seu novo secretário de Estudos Estratégicos advertido ou repreendido. A decisão surpreendeu oficiais no Quartel-General, pois havia uma inclinação a punir, aplicando o Estatuto dos Militares e o Regimento Disciplinar do Exército. “Há vitórias e vitórias”, disse um general da ativa.
Apesar da sensação de derrota e do clima de constrangimento geral, oficiais que despacham no Forte Caxias descartam a possibilidade de renúncias no Alto Comando. A próxima reunião, prevista para ocorrer entre 21 e 25 de junho, discutirá promoções já programadas no generalato, o que vai acarretar em alterações na composição da cúpula verde-oliva.
General intendente de três estrelas, topo da carreira, Pazuello já era considerado um “caso perdido”, por quem não valeria a pena o risco de ampliar a crise com o Palácio do Planalto. Agora, há no QG a expectativa que ele se dedique de vez à política e afaste-se do Exército, onde estava sem função específica desde março, quando foi demitido do ministério. Nas palavras de um oficial de alta patente, Pazuello não reunia mais “condições mínimas” de voltar a posições de comando perante a tropa.
Ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, o general de Exército da reserva Maynard de Santa Rosa considerou a decisão adequada. Para ele, o “incidente” foi provocado por Bolsonaro. “Não é justo transferir para o Exército a responsabilidade de julgar um incidente de natureza política insignificante para a Instituição. O Pazuello é um militar em final de carreira, que foi empregado em cargo político e não representa a Força. O incidente foi provocado pelo presidente da República, provavelmente, por ser do seu interesse”, disse Santa Rosa.
“Houve um ataque frontal à disciplina e à hierarquia, princípios fundamentais à profissão militar. Mais um movimento coerente com a conduta do presidente da República e com seu projeto pessoal de poder. A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições”, afirmou o envergonhado general de Exército da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo. “A união de todos os militares com seus comandantes continua sendo a grande arma para não deixar a política partidária, a politicagem e o populismo entrarem nos quartéis.”
O desfecho do fez lideranças políticas questionarem se as Forças Armadas teriam aderido de vez ao governo Jair Bolsonaro e até que ponto os militares de alta patente estariam dispostos a ceder às vontades de seu comandante-em-chefe. A dúvida se impôs pelo fato de o Exército ter deixado passar uma transgressão disciplinar pratica em público, fartamente documentada, e para a qual existe proibição expressa nas normas militares, rompendo com os pilares de disciplina e hierarquia.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, considera que houve um erro triplo: do presidente, do comandante e do general. Kassab afirma que o sentimento majoritário entre lideranças políticas é o de que não havia “justificativa plausível” para isentar Pazuello. Ele classifica a situação como “temerária” e questiona como as Forças Armadas irão se portar no futuro em novas “ações provocativas” de Bolsonaro.
“Como vamos ficar para daqui para frente? Os mais generosos podem até dizer que há um impasse, e os mais críticos, que a situação é temerária. Eu me incluo entre os mais críticos”, disse Kassab. “Essa decisão é muito perigosa. Nenhum país pode prescindir de regas nas Forças Armadas. Mostrou falta de autoridade. O presidente não pode interferir muito numa organização de Estado. Não é possível que as pessoas não entendam que aquilo foi ato político. O presidente tem direito de participar, mas militares da ativa não.”
Essas questões também rondam a cabeça de generais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A grande preocupação é o que fazer em casos futuros de indisciplina. Com a proximidade das eleições e o acirramento da polarização política, almirantes dão como certo que haverá novas participações de militares em atos de viés político, a favor e contra o presidente. Há preocupação com dificuldade de punir transgressões similares no futuro, pelo “precedente Pazuello”, e abrir rachas nas bases aéreas, distritos navais e divisões de exército.
Oficiais da ativa também avaliam que Bolsonaro voltará a provocar e “esticar a corda”, testando os limites da Forças Armadas. Compõem um quadro polarizado e desfavorável ao governo a queda na popularidade, os quase 470 mil mortos na pandemia, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid e investigações sobre ministros e filhos.
Para o general reformado do Exército Paulo Chagas, a interferência de Bolsonaro serve de “estímulo e de garantia para que outros fatos, muito mais graves, venham a acontecer”. “A ausência de, pelo menos, uma advertência abre perigoso precedente que poderá, em futuro não distante, ser usado para estimular e justificar a entrada, em facções, do debate político e da indisciplina para o interior dos quartéis”, escreveu Chagas.
Do outro lado da Praça dos Três Poderes, ministros do Supremo Tribunal Federal acompanham os desdobramentos com preocupação e conversam com congressistas para avaliar as consequências da crise no Executivo. Reservadamente, um togado confidenciou a parlamentares o temor de uma “desinstitucionalização geral”, com reflexos no comportamento de policiais militares. Para ele, apesar do episódio desgastante, o Exército ainda “não patrocinou nenhuma bagunça” no País, como houve com excessos de violência e motins nas PMs.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), tentou minimizar a subserviência do Exército. Ele disse a interlocutores que Bolsonaro se sente muito credor de Pazuello e que “ele é um bom menino”. O pensamento de Lira, porém, está desconectado com o do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que criticou a decisão do comandante.