sábado, 5 de junho de 2021

CBF VAI DEMITIR O SEU TREINADOR DE FUTEBOL

 

  1. Esportes 
  2. Futebol 

Relacionamento entre o treinador e o presidente da CBF se deteriorou por causa da Copa América, caso de suposto assédio sexual e críticas ao braço-direito do treinador

Redação, O Estado de S. Paulo

O técnico Tite pode pedir demissão do comando da seleção brasileira após o jogo com o Paraguai, na terça-feira, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Esta é a expectativa dentro da própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após o comportamento do treinador nos últimos dias de preparação da equipe no Rio de Janeiro. A relação entre o treinador e o presidente da entidade, Rogério Caboclo, se deteriorou por conta de vários episódios, entre eles, o apoio de Tite ao protesto dos jogadores contra a realização da Copa América no Brasil, um episódio de suposto assédio sexual envolvendo o presidente da entidade e até críticas à comissão técnica.

Fontes ouvidas pelo Estadão consideram difícil uma reaproximação de Tite. Vários fatores provocaram as desavenças entre o treinador e o dirigente. O mais recente foi o apoio do treinador à insatisfação dos jogadores com a disputa da Copa América no Brasil. A crise chegou a ser admitida pelo próprio treinador na quinta-feira, na entrevista coletiva um dia antes do jogo contra o Equador. 

Pandemia leva planejamento da seleção para 2022 por água abaixo e força correção de rota de Tite
Tite está no comanda da seleção brasileira desde 2016 Foto: Lucas Figueiredo/CBF

“Temos uma opinião muito clara e fomos lealmente, numa sequência cronológica, eu e Juninho, externando ao presidente qual a nossa opinião. Depois, pedimos aos atletas para focarem apenas no jogo contra o Equador. Na sequência, solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta. A partir daí, a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos externar isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa Data Fifa as situações vão ficar claras”, afirmou o treinador em entrevista coletiva. 

Ainda na coletiva de imprensa, questionado sobre os problemas da Copa América, o técnico da seleção não negou o impacto do tema para o time. “Tem efeito negativo sim em campo. Mas temos que superar e jogar bem. Ela te traz prejuízo. Compete a nós todos filtrarmos essa situação, fazer grande jogo e ter o resultado que a gente merecer”, respondeu Titi.

O técnico da seleção também explicou a ausência dos jogadores nos encontros com a imprensa. “Inicialmente foi pedido meu. Hoje, foi pedido e solicitação deles de não estar aqui. Em momento oportuno, eles vão se manifestar”, afirmou.

Desde a noite da última quinta-feira, a hashtag #ForaTite ganhou espaço nas redes sociais. Uma série de internautas discordaram da posição do treinador durante a entrevista coletiva e começaram a pedir a saída do treinador do comando técnico da seleção. 

Os atletas reclamam da disputa de um torneio juntamente com as Eliminatórias, competição que eles consideram mais importante neste momento. A Copa América começa no dia 13 de junho, com jogos nas cidades de Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro. Na visão dos jogadores, a temporada foi atípica e exaustiva. Jogadores mais experientes do elenco se mostraram incomodados por terem descoberto pela imprensa e pelas redes sociais que o Brasil sediará o torneio. 

Além disso, eles reclamam que não houve diálogo com a entidade sobre a mudança da sede do torneio – inicialmente, o torneio continental seria realizado na Colômbia, que desistiu por problemas políticos internos, e na Argentina, que declinou em função do agravamento da pandemia de covid-19. Tite e sua equipe se posicionaram a favor dos atletas. Reuniões com a cúpula da CBF só acentuaram as diferenças. Alguns atletas ficaram insatisfeitos com a maneira como foram tratados na reunião, como subordinados da entidade.

O descontentamento de Tite se acentuou por outras razões. Um deles é a crise institucional vivida pela CBF em função de um suposto episódio de assédio sexual envolvendo o próprio Caboclo. Uma funcionária da entidade protocolou nesta sexta-feira uma acusação de assédio moral e sexual contra o dirigente. A denúncia foi formalizada perante a Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, a quem caberá investigar os fatos.

Outro episódio que contribuiu para azedar o relacionamento entre Tite e o Caboclo foi o vazamento, de uma conversa entre Caboclo e Edu Gaspar, então coordenador da seleção, depois da Copa da Rússia, em 2018. O presidente faz duros questionamentos ao trabalho de Tite e de sua comissão técnica, em especial o auxiliar Cleber Xavier, seu braço direito. Os áudios foram relevados pela ESPN.

Na entrevista coletiva de quinta-feira, Tite prometeu se manifestar mais claramente sobre a crise depois dos jogos (Equador e Paraguai). E ele afirmou que os jogadores também vão falar o que pensam sobre a Copa América. 

DIFERENÇA ENTRE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

 

Revisão por Gessica Borges

Bacharel em Publicidade e Propaganda

Qual a diferença entre publicidade e propaganda?

A publicidade e a propaganda são ferramentas promocionais, mas possuem propósitos diferentes. A publicidade é a comunicação utilizada para anunciar um produto ou serviço de uma empresa, para fins comerciais. Já a propaganda é utilizada para divulgar ideias, pensamentos e causas.


PublicidadePropaganda
ConceitoÉ a comunicação realizada por uma empresa ou organização para promover produtos, serviços e ideias, de modo a persuadir um público a desejar e comprar seus produtos.É a comunicação utilizada por organizações ou pessoas para disseminar pensamentos e doutrinas, geralmente religiosas, ideológicas ou políticas.
EtimologiaDo latim publicus, de tornar algo público.Do latim propagare, que significa propagar.
ObjetivoAtrair o consumidor com a esperança de venda ou contrato de bens e serviços.Busca adesão a uma ideologia ou mudança de atitude.
EsferaComercial.Política, ideológica e religiosa.
ExemploAnúncios de venda de casas, roupas e carros.Campanhas eleitorais ou de alistamento militar.

O que é publicidade?

A publicidade é a comunicação utilizada para anunciar produtos ou serviços com o objetivo de atrair compradores e usuários. Esta técnica está dentro dos 4Ps do marketing, e seu objetivo é principalmente comercial.

Através de textos e imagens, a publicidade promete aos consumidores que o uso dos produtos e serviços apresentados mudará suas vidas para melhor.

Técnicas utilizadas pela publicidade

A publicidade usa técnicas multimídia para promover produtos, serviços e ideias, sendo formatado para persuadir um público a desejar seus produtos.

Para isso, inclui uma série de atividades e técnicas que visam aumentar o conhecimento sobre o produto ou serviço e promover sua venda, como:

  • Spots ou anúncios de TV;
  • Publicidade em rádio;
  • Anúncios impressos em jornais;
  • Publicidade online através de Marketplaces como o da Valeon;
  • Publicidade externa (outdoors, cartazes em transporte público);
  • Colocação dos produtos em programas, filmes e novelas;
  • Publicidade no ponto de venda;
  • Amostragem ou amostras de produtos;
  • Atividades de marketing de guerrilha, como distribuição de panfletos.

O que é propaganda?

Propaganda americanaPropaganda americana incentivando o alistamento militar

A propaganda abrange as ações que visam atrair seguidores ou influenciar a atitude das pessoas. Ela busca convencer o público a adotar uma determinada atitude ou a aderir a um grupo ou crença particular.

A propaganda não está ligada ao comércio, mas principalmente a questões:

  • Política: em campanhas para voto, recrutamento de membros e apoio, etc.;
  • Ideológica: ONGs e associações;
  • Religiosa: atraindo seguidores para religiões e seitas.

Técnicas utilizadas pela Propaganda

A propaganda é semelhante à publicidade, na medida em que emprega os mesmos formatos multimídia para espalhar sua mensagem.

No entanto, ao contrário da publicidade, a propaganda não tenta incentivar a venda de um produto ou serviço. Ela é usada para mudar as atitudes do público em relação a uma determinada pessoa ou assunto.

STARTUP VALEON – CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Olá tudo bem?

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup Valeon através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

                                                             VOCÊ CONHECE A VALEON?

O CANAL DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso propósito é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A Valeon possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A Valeon já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A Valeon além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a Valeon é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Nos orgulhamos de tê-los como parceiros esse tempo todo e contamos com o apoio e a presença de vocês também agora em 2021.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

  • Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;
  • Temos excelente custo x benefício;
  • Nossos sites: (https://valedoacoonline.com.br/ e https://valeonnoticias.com.br/) têm grande penetração no mercado consumidor com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado;
  • A nossa Plataforma Comercial Valeon permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;
  • Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;
  • O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;
  • A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;
  • Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.

Essa é uma forma de fortalecer nossa comunidade em torno de um propósito muito forte: despertar as pessoas para serem melhores e ajudarem a nossa comunidade empresarial para progredir cada vez mais com um comércio da região fortalecido e pujante.

A introdução da nossa Startup nessa grande empresa, vai assegurar modelos de negócios com métodos mais atualizados, inovadores e adaptáveis, características fundamentais em tempos de crise, porque permite que as empresas se reinventem para continuarem as suas operações.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

TITE DEVE SAIR DO COMANDO DA SELEÇÃO BRASILEIRA

 

 Poder360 

Aliados do presidente Jair Bolsonaro fizeram uma campanha nas redes sociais contra o técnico Tite na noite de 6ª feira (4.jun.2021). Com a hashtag #ForaTite, os usuários das redes pediam a saída do técnico da seleção brasileira e divulgaram imagens dele com o ex-presidente Lula (PT).Tite e Lula se encontraram em 2012; o técnico ainda não era responsável pela seleção brasileira de futebol e sim pelo Corinthians© Instituto Lula/Heinrich Aikawa Tite e Lula se encontraram em 2012; o técnico ainda não era responsável pela seleção brasileira de futebol e sim pelo Corinthians

Tite se encontrou com Lula em 2012, quando o petista não era mais presidente. O técnico treinava o Corinthians na época. O time tinha ganhado a Copa Libertadores e o técnico mostrou a taça para o ex-presidente.

Em dezembro de 2018, Tite se recusou a encontrar Bolsonaro em uma possível comemoração do título da Copa América, que seria jogada no ano seguinte no Brasil. “A minha atividade não se mistura e eu não me sinto confortável em fazer essa mistura“, respondeu ao ser questionado por jornalistas.

Na época, o encontro com Lula também foi relembrado. Em entrevista ao canal SporTV, Tite afirmou que errou ao levar a taça para Lula. “Errei lá atrás, não faria com o presidente antes da Copa e nem agora porque entendo que misturar esporte e política não é legal. Fiz errado lá atrás? Sim. Faria de novo? Não.

O técnico também afirmou na época que o Palmeiras comemorar seu título do Campeonato Brasileiro de 2018 com Bolsonaro é uma situação diferente. Desde que assumiu a seleção, o técnico evitou encontros políticos.

Tite afirma desde 2017 que não se sente confortável em misturar a seleção brasileira com política. O técnico também se recusou a se encontrar com o então presidente Michel Temer, no final de 2017. Era uma tradição o time se encontrar com o presidente antes de viajar para a sede da Copa do Mundo.

O encontro com Lula ressurgiu na 6ª feira (4.jun) por causa de uma declaração do capitão da seleção brasileira, o jogador Casemiro, no final da partida pelas Eliminatórias da Copa Mundo entre os times do Brasil e do Equador. Ao ser questionado sobre a opinião do time sobre a Copa América ser realizada no Brasil, ele respondeu que os jogadores tinham se posicionado e iriam ir à público com a questão “no momento oportuno”.

Não podemos falar do assunto, todos sabem nosso posicionamento, mas não vamos falar do assunto. Todo mundo sabe, está mais claro impossível, o Tite deixou claro o que nós pensamos”. E completou: “Não só eu nem jogadores da Europa, como rolou, falo em nome de todos os jogadores com Tite e comissão técnica, é unânime.”

As declarações indicam que os jogadores da seleção estão decididos a dizer que preferem não jogar a Copa América, que foi trazida para o país numa iniciativa do presidente Bolsonaro.

Com isso, os aliados do presidente se manifestaram contra Tite. As publicações indicavam que o técnico é contra a realização da Copa América não pela pandemia, mas por ele supostamente discordar de Bolsonaro.© Fornecido por Poder360© Fornecido por Poder360

Os aliados de Bolsonaro também comentaram o fato de as críticas serem ao campeonato ao qual a Rede Globo não tem direitos de transmissão. Os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil são da TV Globo. A Copa América, se for mesmo realizada, será transmitida pelo SBT. Logo que a competição saiu da Argentina e veio para o Brasil, vários profissionais da TV Globo foram às redes sociais criticar a decisão.

Com início marcado para 13 de junho, a Copa América reúne 10 seleções de futebol para disputar 28 jogos. A final está agendada para 10 de julho, no Maracanã.

PAZUELLO FOI ABSOLVIDO PELO ALTO COMANDO DO EXÉRCITO

 

  1. Política 

O comandante-geral, Paulo Sérgio Nogueira, recebeu respaldo da cúpula da Força ao determinar a não punição do general da ativa por participar de ato político com Bolsonaro

Felipe Frazão, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – A decisão do comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, de livrar de punição o general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, por participar de manifestação favorável ao presidente Jair Bolsonaro recebeu o respaldo de integrantes da alta cúpula da Força Terrestre. Para eles, Paulo Sérgio tentou estancar o que poderia ser uma crise maior e resultar na segunda troca de comando em dois meses. O gesto de subserviência do Exército ao desejo do presidente, porém, despertou a preocupações de que o comando possa ceder novamente em outros tipos de pressões de Bolsonaro.

A opção por isentar Pazuello foi individual e exclusiva de Paulo Sérgio. O comandante, porém, consultou o Alto Comando antes, num sinal de busca de consenso e respaldo. Embora não fosse unanimidade entre os generais de quatro estrelas, a decisão não foi nem será contestada pela cúpula verde-oliva. Segundo um oficial, “o silêncio é fruto da disciplina” que eles desejam preservar e ajudar a recuperar a instituição de um grande dano de imagem. Os generais estão desconfortáveis com o desfecho permissivo, mas ponderam que o comandante ficou sem saída e “qualquer solução seria ruim”.

O Exército comunicou oficialmente o arquivamento do caso, mas pouco explicou acerca do entendimento do comandante-geral. E nem cogita fazê-lo, segundo oficiais consultados pela reportagem. Generais que despacham no Forte Caxias, no entanto, explicaram, sob anonimato, algumas das razões para o desfecho do caso.

Jair Bolsonaro
Comando. Paulo Sérgio (à dir.) na posse: para auxiliares, ele teria servido como espécie de anteparo à iminente escalada de crise Foto: Marcos Correa / PR

Em 23 de maio, Pazuello participou de um passeio de moto com militantes bolsonaristas no Rio, subiu em um carro de som, acenou e fez um breve discurso, ao lado do presidente e de congressistas. Ele alegou que o ato não era político-partidário ou eleitoral. O comandante acatou a justificativa.

Uma das justificativas é que aplicar uma punição a Pazuello soaria como reprimenda ao presidente, o comandante supremo das Forças Armadas. Pazuello não tinha registro de transgressões anteriores e estava ao lado de Bolsonaro, o que poderia ser interpretado, numa versão bastante controversa mesmo entre militares, como autorização para se manifestar.

Segundo auxiliares diretos, Paulo Sérgio teria sérvio como uma espécie de anteparo à iminente escalada de crise. Se punisse Pazuello, a contragosto do presidente, correria o risco de ser desautorizado e ter de entregar o cargo, abrindo espaço para Bolsonaro nomear alguém ainda mais obediente, no estilo Pazuello, em seu lugar.

Na prática, o comandante atendeu Bolsonaro, que não queria ver seu novo secretário de Estudos Estratégicos advertido ou repreendido. A decisão surpreendeu oficiais no Quartel-General, pois havia uma inclinação a punir, aplicando o Estatuto dos Militares e o Regimento Disciplinar do Exército. “Há vitórias e vitórias”, disse um general da ativa.

Apesar da sensação de derrota e do clima de constrangimento geral, oficiais que despacham no Forte Caxias descartam a possibilidade de renúncias no Alto Comando. A próxima reunião, prevista para ocorrer entre 21 e 25 de junho, discutirá promoções já programadas no generalato, o que vai acarretar em alterações na composição da cúpula verde-oliva.

General intendente de três estrelas, topo da carreira, Pazuello já era considerado um “caso perdido”, por quem não valeria a pena o risco de ampliar a crise com o Palácio do Planalto. Agora, há no QG a expectativa que ele se dedique de vez à política e afaste-se do Exército, onde estava sem função específica desde março, quando foi demitido do ministério. Nas palavras de um oficial de alta patente, Pazuello não reunia mais “condições mínimas” de voltar a posições de comando perante a tropa.

Ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, o general de Exército da reserva Maynard de Santa Rosa considerou a decisão adequada. Para ele, o “incidente” foi provocado por Bolsonaro. “Não é justo transferir para o Exército a responsabilidade de julgar um incidente de natureza política insignificante para a Instituição. O Pazuello é um militar em final de carreira, que foi empregado em cargo político e não representa a Força. O incidente foi provocado pelo presidente da República, provavelmente, por ser do seu interesse”, disse Santa Rosa.

“Houve um ataque frontal à disciplina e à hierarquia, princípios fundamentais à profissão militar. Mais um movimento coerente com a conduta do presidente da República e com seu projeto pessoal de poder. A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições”, afirmou o envergonhado general de Exército da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo. “A união de todos os militares com seus comandantes continua sendo a grande arma para não deixar a política partidária, a politicagem e o populismo entrarem nos quartéis.”

O desfecho do fez lideranças políticas questionarem se as Forças Armadas teriam aderido de vez ao governo Jair Bolsonaro e até que ponto os militares de alta patente estariam dispostos a ceder às vontades de seu comandante-em-chefe. A dúvida se impôs pelo fato de o Exército ter deixado passar uma transgressão disciplinar pratica em público, fartamente documentada, e para a qual existe proibição expressa nas normas militares, rompendo com os pilares de disciplina e hierarquia.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, considera que houve um erro triplo: do presidente, do comandante e do general. Kassab afirma que o sentimento majoritário entre lideranças políticas é o de que não havia “justificativa plausível” para isentar Pazuello. Ele classifica a situação como “temerária” e questiona como as Forças Armadas irão se portar no futuro em novas “ações provocativas” de Bolsonaro.

“Como vamos ficar para daqui para frente? Os mais generosos podem até dizer que há um impasse, e os mais críticos, que a situação é temerária. Eu me incluo entre os mais críticos”, disse Kassab.  “Essa decisão é muito perigosa. Nenhum país pode prescindir de regas nas Forças Armadas. Mostrou falta de autoridade. O presidente não pode interferir muito numa organização de Estado. Não é possível que as pessoas não entendam que aquilo foi ato político. O presidente tem direito de participar, mas militares da ativa não.”

Essas questões também rondam a cabeça de generais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A grande preocupação é o que fazer em casos futuros de indisciplina. Com a proximidade das eleições e o acirramento da polarização política, almirantes dão como certo que haverá novas participações de militares em atos de viés político, a favor e contra o presidente. Há preocupação com dificuldade de punir transgressões similares no futuro, pelo “precedente Pazuello”, e abrir rachas nas bases aéreas, distritos navais e divisões de exército.

Oficiais da ativa também avaliam que Bolsonaro voltará a provocar e “esticar a corda”, testando os limites da Forças Armadas. Compõem um quadro polarizado e desfavorável ao governo a queda na popularidade, os quase 470 mil mortos na pandemia, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid e investigações sobre ministros e filhos.

Para o general reformado do Exército Paulo Chagas, a interferência de Bolsonaro serve de “estímulo e de garantia para que outros fatos, muito mais graves, venham a acontecer”. “A ausência de, pelo menos, uma advertência abre perigoso precedente que poderá, em futuro não distante, ser usado para estimular e justificar a entrada, em facções, do debate político e da indisciplina para o interior dos quartéis”, escreveu Chagas.

Do outro lado da Praça dos Três Poderes, ministros do Supremo Tribunal Federal acompanham os desdobramentos com preocupação e conversam com congressistas para avaliar as consequências da crise no Executivo. Reservadamente, um togado confidenciou a parlamentares o temor de uma “desinstitucionalização geral”, com reflexos no comportamento de policiais militares. Para ele, apesar do episódio desgastante, o Exército ainda “não patrocinou nenhuma bagunça” no País, como houve com excessos de violência e motins nas PMs.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), tentou minimizar a subserviência do Exército. Ele disse a interlocutores que Bolsonaro se sente muito credor de Pazuello e que “ele é um bom menino”.  O pensamento de Lira, porém, está desconectado com o do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que criticou a decisão do comandante.

REDUÇÃO DA ALÍQUITA DO IMPOSTO DE RENDA É PROMESSA DE BOLSONARO

 

Redução da mordida do Leão na renda é uma promessa de campanha de Bolsonaro, mas Guedes não quer abrir mão de arrecadação

Adriana Fernandes e Camila Turtelli, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Promessa da campanha eleitoral ainda não cumprida pelo presidente Jair Bolsonaro, o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) entrou forte na discussão da reforma tributária no Congresso e vai exigir da equipe do ministro da EconomiaPaulo Guedes, jogo de cintura para compensar a perda de arrecadação sem comprometer a espinha dorsal do desenho das outras mudanças previstas no sistema tributário.

Uma das preocupações entre os técnicos do Ministério Economia é de que o debate em torno do IR, sempre muito acalorado e popular, não ofusque e atrapalhe a aprovação da reforma tributária na Câmara este ano.

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes
Jair Bolsonaro, presidente da República, e Paulo Guedes, ministro da Economia Foto: Dida Sampaio/Estadão

Além da criação de um projeto que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) substituindo os impostos PIS/Cofins, a proposta de reforma fatiada inclui um projeto amplo que o governo planeja na tributação do IR tanto das empresas como das pessoas físicas, inclusive com alterações nas aplicações de investimentos de renda fixa. O projeto de reforma no IR já está em fase final de elaboração pela equipe econômica para ser validado pelo presidente. 

Com a eleição em 2022, o Congresso já deu sinais de que vai trabalhar para um aumento maior da isenção, enquanto a equipe econômica trabalha com a possibilidade de elevar para o limite um patamar até R$ 2,5 mil, considerado baixo pelos parlamentares depois de anos sem correção da tabela. Uma corrente forte no Congresso quer aumentar o limite para R$ 4 mil e outra defende um meio termo para a faixa de isenção subir para R$ 3 mil.

A última vez que a tabela do IPRF foi corrigida pela inflação ocorreu em 2015. O represamento da correção é motivo de insatisfação na população que é atingida pela mordida da Receita.

Hoje, a isenção hoje só vale para quem ganha até R$ 1.903,98 por mês. Nas eleições de 2018, Bolsonaro prometeu aumentar a faixa de desoneração para até cinco salários mínimos. O mesmo compromisso foi seguido na época pelo seu oponente, o candidato do PT na época, Fernando Haddad. Bolsonaro não quer ir para as eleições sem cumprir a promessa.

Para desonerar de um lado, o governo terá que pesar a mão em outros pontos das mudanças no IR, se não quiser perder arrecadação. Pelo projeto em discussão, a alíquota do IR cobrado das empresas deve cair de 25% para 20%, num prazo de dois anos. Para compensar, o governo deve propor a volta da tributação dos lucros e dividendos para a pessoa física.

CASO DE MORTES CONTINUA CRESCENDO NO CHILE

 

  1. Saúde 

Por que o número de casos e mortes continua crescendo no Chile, mesmo com a vacina?

Fernando Reinach*, O Estado de S.Paulo

Para entender o fim da pandemia, cientistas estão observando como o Sars-CoV-2 se comporta nos países que estão adiantados no processo de vacinação. Dados iniciais indicam que casos, internações e mortes estão sendo reduzidos rapidamente. Mas no Chile o resultado é outro. É importante entender o que está acontecendo por lá para evitar que o mesmo aconteça no Brasil.

Na figura 1, do gráfico abaixo, você pode observar o ritmo de vacinação em seis países. No eixo vertical, vemos a porcentagem da população que já recebeu duas doses da vacina e pode ser considerada imunizada. No eixo vertical, as datas em que cada nível de imunização foi atingido. Israel é o país que vacinou a maior fração de sua população (~60%). Em seguida existem três países onde aproximadamente 40% da população já foi vacinada: Chile, Estados Unidos e Inglaterra. Entre os três, foi o Chile que vacinou mais rapidamente. Mais abaixo, como comparação, estão a Alemanha com 20% e o Brasil, onde pouco mais de 10% da população foi vacinada com duas doses. Quando quadruplicarmos o número de vacinados, chegaremos ao nível de Chile, EUA e Inglaterra. 

Na figura 2, você pode observar o número de novos casos detectados em cada um desses países durante o mesmo período. No eixo vertical, podemos ver o número de novos casos por dia por milhão de habitantes, expressos como uma média móvel (isso permite comparar países com números diferentes de habitantes). É possível observar que o número de casos por milhão de habitantes é quase nulo em Israel (que vacinou 60% da população). Na Inglaterra e USA, onde 40% da população foi vacinada com duas doses, o número de novos casos é de 50 por dia por milhão de habitantes. E mesmo a Alemanha, com 20% da população vacinada, também está com 50 casos por dia por milhão de habitantes.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=yqwl02

O Brasil, com 10% de vacinados, ainda está longe de Alemanha, Inglaterra, EUA: estamos com 300 casos por dia por milhão de habitantes, seis vezes mais que esses países. Isso é esperado pois estamos no início do processo de vacinação e temos dificuldade em implementar medidas de distanciamento social.

O problema é o Chile. Por lá, onde mais de 40% da população foi vacinada com duas doses ainda são registrados 400 casos por dia por milhão de habitantes. Esse número vem crescendo e é muito maior que o registrado no Brasil, que, com 10% da população vacinada, tem pouco menos de 300 novos casos por dia por milhão de habitantes. Por outro lado, o número de mortos por milhão de habitantes no Chile é de 6 por dia por milhão de habitantes (comparado com 9 no Brasil e zero na Inglaterra e Israel). A questão que preocupa muitos cientistas é porque o número de casos e mortes continua crescendo no Chile.

Possíveis explicações incluem diferenças climáticas, novas cepas e o relaxamento prematuro do distanciamento social. Entretanto, uma importante diferença entre o Chile e os países em que o número de casos e mortes está caindo é o tipo de vacina utilizada. Nos EUA estão sendo usadas exclusivamente vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna). Na Inglaterra vacinas da Pfizer e da AstraZeneca foram utilizadas em proporções semelhantes. Na Alemanha 80% das doses são Pfizer e Moderna e 20% são AstraZeneca. Em Israel 100% das doses são Pfizer. Essas vacinas têm alta eficácia e efetividade. Por outro lado, no Chile, 85% das doses ministradas são de Coronavac e 15% de Pfizer. 

Uma possível explicação para as diferenças encontradas no Chile é a menor eficácia e eficiência da Coronavac. Talvez Coronavac seja capaz de reduzir internações e mortes, mas não consiga impedir completamente a propagação do vírus. Quando os resultados da fase 3 da Coronavac e do estudo em Manaus forem publicados, e os de Serrana forem terminados e avaliados, é possível que essa hipótese seja comprovada ou descartada. O tempo dirá.

Chile - vacinação
Embora o Chile esteja realizando um dos processos de imunização mais bem-sucedidos do mundo, com o qual conseguiu reduzir o número de internações de idosos, o governo ainda não foi capaz de conter a propagação do vírus  Foto: Esteban Felix/AP

No Brasil iniciamos a vacinação com a Coronavac e logo em seguida começamos a usar a vacina da AstraZeneca. Hoje estamos usando 50% de cada uma delas. Com a compra de 200 milhões de doses da Pfizer, é possível que quando chegarmos a 40% da população vacinada com duas doses, mais de 50% do total de doses ministradas seja da Pfizer e o restante seja dividido entre Coronavac e AstraZeneca.

Portanto, é pouco provável que tenhamos 85% das doses vindas da Sinovac/Butantan como ocorre no Chile. Nosso futuro talvez esteja mais próximo do que ocorre hoje na Inglaterra do que ocorre no Chile. Isso é uma boa notícia. O triste é que já poderíamos estar com ~40% da população vacinada.

Mais informações: ourworldindata.org/covid-vaccinations

*É BIÓLOGO, PHD EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR PELA CORNELL UNIVERSITY E AUTOR DE A CHEGADA DO NOVO CORONAVÍRUS NO BRASIL; FOLHA DE LÓTUS, ESCORREGADOR DE MOSQUITO; E A LONGA MARCHA DOS GRILOS CANIBAIS

VACINA COM EFICÁCIA DE 50% SÓ PROTEGE 50% DOS VACINADOS E O RESTANTE?

 

  1. Saúde 

Antes de discutir terceira dose, é preciso terminar de imunizar a população-alvo desta primeira vacinação

Gonzalo Vecina*, O Estado de S.Paulo

Esta pandemia tem sido reveladora. Para aprovar as vacinas, construímos uma regra que diz que elas devem ter eficácia acima de 50%. Realizamos as pesquisas clínicas e aprovamos os imunizantes. Um deles, da chinesa Coronavac, revelou uma eficácia de 50,3%. Outros atributos em relação a proteger contra casos graves foram apresentados de forma confusa por ocasião da publicidade dos dados. E essa confusão não foi positiva e necessitou de explicações adicionais. Mas a regra combinada mundialmente dos 50% foi aceita e a vacina recebeu o aval da Anvisa.

Agora está em discussão a efetividade. A eficácia é um fenômeno individual e a da vacina em questão é de 50,3%. Ou seja, dos vacinados essa é a porcentagem dos que desenvolverão anticorpos e proteção contra a doença. E os restantes? Serão protegidos pelos vacinados! Esse é um conhecimento prévio e reconhecido desde que começamos a vacinar nossas populações e é conhecido como efetividade. Alguns teóricos insistem em falar que a efetividade tem a ver com um mundo real não alcançado pelo conceito de eficácia. Mas na verdade estamos falando de dois fenômenos – o individual é a eficácia e o coletivo é a efetividade. E o conceito é que a efetividade fala da imunidade coletiva. Se a população for coberta pela vacina, ela estará protegida, foi alcançada a efetividade, dada a eficácia inicialmente planejada e a cobertura da população vacinada. E é isso que buscamos com outras vacinas como a da gripe, que também tem uma baixa e conhecida eficácia. Nenhuma vacina é 100% eficaz, mas dada uma ampla cobertura do processo de vacinação, ela protege a população.

Mudança em novo lote de insumos da Coronavac reduz expectativa de produção em 2 milhões de doses
Instituto Butantan retoma produção da Coronavac após chegada do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Mas neste momento da pandemia estamos começando a analisar os dados produzidos sobre o que vacinamos. E nos encontramos com o conhecido fenômeno da imunossenescência. Sim, nosso sistema imune envelhece e se torna menos competente, como de resto todas nossas outras funções. E identificamos em estudos de eficácia que indivíduos com média de idade de 76 anos apresentam proteção em apenas 42% dos vacinados! Os idosos não estão protegidos? Individualmente não estão, porém coletivamente estarão quando a população estiver vacinada! Durante todo o tempo temos a consciência de que a vacina não é a bala de prata. Que a doença continua a circular e podem aparecer novas variantes que sejam inclusive resistentes às vacinas existentes hoje. Necessitamos manter os comportamentos seguros de isolamento, uso de máscaras e higiene. Só com a população vacinada e com a redução da circulação do vírus poderemos mudar comportamentos.

O que deve ser feito então? Com todo respeito aos cientistas que têm opinião diferente, antes de discutir terceira dose, é preciso terminar de imunizar a população-alvo desta primeira vacinação. Qualquer medida diferente, a meu ver, significaria furar a fila de uma política pública que, no meio da balbúrdia em que o País se transformou, foi aprovada pelo SUS.

Neste momento, temos de ter coerência com o conhecimento que acumulamos sobre vacinação. E, sim, continuar aprendendo e estudando e pesquisando alternativas diferentes que sejam mais efetivas. Não se justifica sair negando as difíceis alternativas que conseguimos construir para garantir acesso à imunização em um momento de escassez de vacinas. Por vezes perdemos a capacidade de analisar fenômenos complexos como o da efetividade e como consequência levamos insegurança a população. Não se trata de esconder ou maquiar dados. E sim de procurar levar o melhor conhecimento a todos.

*É MÉDICO SANITARISTA E PROFESSOR DA FACULDADE DE SAÚDE PUBLICA DA USP

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...