Eu não gostaria que Lula fosse escolhido para vencer Bolsonaro nas eleições de 2022, mas o ex-presidente é um candidato natural
Laura Karpuska, O Estado de S.Paulo
No meu mundo imaginário, o bolsonarismo seria vencido por um novo candidato. Melhor, uma candidata. Ela é atual, progressista, enérgica. Não é uma outsider.
Minha candidata vê na política o caminho verdadeiro para melhorar a vida das pessoas, respeitando o peso das instituições que ela pretende representar. Ela entende que o Brasil é um país duro, onde pessoas possuem oportunidades, liberdades e permissões diferentes dependendo da cor da sua pele, de sua orientação sexual ou da sua classe socioeconômica. Ela vê o Estado como um agente ativo em combater essas diferenças, para que as pessoas possam ter uma vida digna e sejam verdadeiramente livres.
Mas ela nunca se esquece de que escolhas de políticas públicas não podem ser feitas apenas com boa vontade, mas sim com evidência, tecnicalidade e, claro, política. Ela respeita a ciência. Ela respeita os ritos políticos. Minha candidata sabe que o orçamento público não é ilimitado e que essa restrição deve ser respeitada – e melhorada, para que seja menos regressiva, mais justa e mais eficiente. Ela fala abertamente que é a favor da escolha da mulher no que diz respeito ao seu corpo, ela acha contraproducente a guerra às drogas e entende que a legalização é o melhor caminho. Seu time de ministros e secretários é colorido. Mulheres, negros, comunidade LGBTs, homens, todos representados. Todos têm um lugar à mesa no desenho da reconstrução do País. O Brasil é feito por todos mesmo.
Lula e Jair Bolsonaro são candidatos competitivos para a eleição presidencial de 2022. Foto: Antonio Cruz e Valter Campanato/Agência-Brasil
Essa minha candidata não existe. Ao menos, não como candidata. Na arena política brasileira hoje, existem dois candidatos para 2022: Bolsonaro e Lula. Bolsonaro é candidato desde que iniciou seu mandato em 2019, mesmo dizendo que não era. Lula é um político nato e fez campanha de forma ininterrupta, mesmo dentro da cadeia.
As pesquisas eleitorais recentes mostram que Lula pode vencer Bolsonaro. Huck também poderia, mas não é candidato. Eu não gostaria que Lula fosse o candidato a vencer Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.
Esse meu desejo pouco tem a ver com a minha opinião sobre Lula. Lula é rejeitado hoje por 36% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha da semana passada. 57% acham que Lula é culpado pelos crimes de que foi acusado e que estão ainda em julgamento, segundo pesquisa Datafolha de março deste ano. De que vale minha opinião sobre ele quando parcela significativa dos brasileiros não confia nele? Nada. Eu gostaria de que o vencedor do pleito contra o bolsonarismo, contra o obscurantismo e contra o ódio fosse um unificador dos brasileiros, não um divisor.
Apesar de achar isso, acho inócuo hoje direcionar o debate político no Brasil atacando Lula ou seus eleitores. Lula é um candidato natural. Sempre foi. E, muito importante, hoje é o único candidato, de fato.
O que não é natural é não existir ainda uma outra opção. Não precisaria ser aquela mulher incrível que eu descrevi parágrafos acima e que, infelizmente, não é candidata. Pode ser uma outra figura, que una os brasileiros na esperança de um País melhor com um verdadeiro projeto de governo.
Em 2018, o Brasil viu a repercussão da campanha negativa contra Bolsonaro. Foi o #EleNão. Perdeu-se ali uma oportunidade de focar no sim, independentemente de quem fossem os candidatos escolhidos pelas pessoas no primeiro turno. O foco no não deixou para trás a oportunidade para um sim. Acredito que isso tenha até mesmo fortalecido o próprio Bolsonaro, que cresce na negatividade e na violência. Vejo que estamos caminhando por um caminho parecido.
Penso que a obsessão de alguns em atacar a candidatura de Lula hoje acaba por retirar a responsabilidade de outros atores políticos que impulsionaram e ainda impulsionam o bolsonarismo, seja pelo apoio direto, seja pela incapacidade de gerar um candidato minimamente viável, que pudesse tocar o coração e a mente do povo brasileiro.
Recentemente, em uma conversa com um colega que apoia o governo Bolsonaro, ele me perguntou: “Laura, você não gosta do presidente porque ele é burro?” Apesar de achar engraçado que uma pessoa que admira Bolsonaro o considere burro, eu discordei, pois, de fato, acho o presidente inteligente. Burros somos nós.
Em novo livro, economista cita ‘metáfora da procrastinação’ para falar do atraso das reformas na economia; ele aponta ainda que País ‘continua encalhado no mesmo banco de areia’
Entrevista com
Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e sócio da gestora Rio Bravo Investimentos
Vinicius Neder, O Estado de S.Paulo
Uma lição “amarga” que a crise da covid-19 já deixou em relação à política econômica brasileira é que os “velhos problemas” continuam aí, diz o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio da gestora Rio Bravo Investimentos.
Ao mexer com a noção de tempo, a pandemia “criou uma imensa metáfora da procrastinação” brasileira, sempre deixando para depois as reformas necessárias para deslanchar o desenvolvimento econômico, explica Franco.
A reflexão faz parte do novo livro do economista, Lições Amargas (História Real, selo da editora Intrínseca), que chega às livrarias no próximo dia 26, tomando a crise de 2020 como ponto de partida para tratar temas como reformas, tamanho do Estado e privatização.
Para economista, ‘indecisão crônica’ leva o País a ‘caminhar para trás’. Foto: Marcos Arcoverde/Estadão
A pandemia “não resolveu grandes guerras ideológicas e controvérsias” sobre a política econômica e, assim, o Brasil continua “encalhado no mesmo banco de areia de antes”, após “quatro décadas perdidas”, diz Franco. A seguir, os principais trechos da entrevista.
No livro, o sr. escreve que parece que 2020 não terminou. Quando a economia brasileira deixará a pandemia para trás?
A observação do livro tem a ver com as noções de tempo que a pandemia destruiu em todos nós. Não apenas do tempo vago, que cada um de nós fica no computador, em casa, confinado, uma espécie de tempo roubado. Cada um de nós achava que ia demorar menos o sacrifício do confinamento. Isso criou uma imensa metáfora da procrastinação que tem sido o Brasil nos últimos anos. Toda essa fase de reformas e consertos do Brasil era para já ter acabado, mas, não, continua a encrenca. Essa sensação de tempo desperdiçado, esticado, permite dizer que 2020 virou uma década perdida. E 2021 não começou ainda, vai começar em 2025.
Qual a principal lição amarga da pandemia?
É o desconforto de perceber que essa procrastinação permanente do nosso destino de glórias vai continuar. Os velhos temas continuam todos aí. A grande lição amarga é que nada foi resolvido com a pandemia. Tudo continua como estava. A pandemia não resolveu as grandes guerras ideológicas e controvérsias. Continuamos, portanto, encalhados, no mesmo banco de areia de antes.
O Brasil continuará sendo o país do futuro que nunca chega?
Já era visível, antes da pandemia, que estávamos terminando a quarta década perdida em matéria de crescimento. Falamos de década perdida nos anos 80 do século passado, mas, desde então, não tivemos nenhuma década que não fosse perdida. Estamos caminhando para trás, por causa dessa nossa indecisão crônica. As possibilidades (de desenvolvimento) continuam aí, mas a nossa incapacidade de executar as reformas que efetivamente promovam prosperidade econômica só fez se acentuar com o tempo.
Como reformar a ideia de reforma, como o sr. propõe no livro?
A ideia de reforma ocupa hoje no imaginário brasileiro o lugar que, antigamente, ocupava aquela noção mítica de desenvolvimento. Ninguém sabe o que são direito as reformas, mas, quando vierem, tudo será resolvido. Parece que tudo se resolve quando essa agenda chegar ao parlamento, e o parlamento, por bom senso, decidir aprovar. Só que não é assim. Essa mitologia vem lá de trás, da época dos choques econômicos, do Plano Real, após a queda do Muro (de Berlim, em 1989, que marcou o fim do socialismo no Leste Europeu).
A mitologia sugeria que coisas mágicas iam instaurar uma economia de mercado no mundo comunista ou aqui. Ocorre que, passadas as quatro décadas perdidas, não é bem assim. Não apenas é muito difícil passar esse tipo de reforma, como nem sei se elas existem. Podemos pegar qualquer uma das reformas e começar quebrá-la em pequenas coisas que têm que acontecer todo dia. Precisa crescer a produtividade, isso é um esforço de todo dia, não é uma reforma que vai resolver. É outro conceito, um tanto diferente da noção de que vai haver uma solução mágica para resolver o nosso problema.
Quebrar as reformas em pequenas coisas pode ser uma estratégia de governo?
Algumas coisas aprendemos com a pandemia. Uma delas é que não tem remédio mágico. A economia está cheia de cloroquinas e propostas mágicas. Há uma boa vontade inacreditável com abordagens não científicas para os assuntos da economia. Tudo é creditado à diversidade das ideias. Só que o que funciona é a “medicina tradicional” (da economia). Precisamos de uma pandemia para adquirir essa crença? Ideal seria que não. No mundo da economia, alguma coisa pode mudar para melhor com essa experiência sobre a ineficácia da mágica para resolver os problemas.
Há chance de essa lição ser aplicada ainda no atual governo?
Possível é, mas será fortuito. O presidente não é o Paulo Guedes, o presidente é Jair Bolsonaro. O que for proposto ao Congresso Nacional será já uma matéria que é meio caminho entre o presidente e o ministro. E ainda vai, no Congresso, sofrer as negociações que são próprias do parlamento. Pode acontecer qualquer coisa, inclusive aprovar coisas muito interessantes. Recentemente, por exemplo, aprovamos o marco do saneamento. Quer dizer, algumas reformas importantíssimas acabam acontecendo quando as pessoas estão distraídas fazendo outros planos. Não é que o presidente esteja convencido daquilo. As coisas acontecem porque tem muitas pessoas envolvidas no esforço e, a menos que alguém crie algum obstáculo, vão acontecendo. Mas tem risco de dar errado.
Quando a política está focada nos objetivos corretos na economia, os riscos são maiores de acertar. Não é o que temos agora. Temos a pandemia ainda em operação, e um governo muito dividido sobre o que fazer. Sem contar as encrencas que o governo arruma com a oposição, com o resto do País. É difícil ser otimista com o governo, mesmo para os otimistas com o Brasil, como eu.
Qual a lição da pandemia para a responsabilidade fiscal?
A responsabilidade fiscal é comparável, em importância, à defesa do meio ambiente. Se ocorre uma urgência, como uma guerra ou uma pandemia, não significa que, agora, não importa mais a responsabilidade fiscal, ou a defesa do meio ambiente, porque agora temos que combater a pandemia a qualquer custo. Uma urgência não significa que você tenha que abrir mão de todos seus outros valores permanentes importantes.
Outros países que lutaram guerras tiveram que encontrar equações de financiamento para a guerra consistentes com a responsabilidade fiscal, com a sustentabilidade financeira do país a médio prazo. É uma tolice completa dizer que isso não é importante. É o mesmo que dizer que o meio ambiente não é importante. Antes da pandemia, tínhamos a pobreza no Brasil, que é uma urgência também.
Para enfrentar essa urgência, não é preciso abrir mão de defesa do meio ambiente, estabilidade de preços, responsabilidade fiscal, valores também importantes, como a democracia. Não é porque temos uma pandemia que precisamos abrir mão da democracia. O cálculo (das contas públicas) é sempre limitado, e várias coisas precisam ser atendidas ao mesmo tempo. Elegemos pessoas competentes para fazerem escolhas difíceis, em nome das pessoas que as elegeram.
Mesmo com a pandemia, é preciso fazer as contas do orçamento?
Não precisamos fazer contas porque gostamos de matemática. Essas contas apenas servem para sabermos os limites, onde está o precipício. É bom saber onde está o precipício, se não, pisamos ali, caímos e nos machucamos. É por isso que precisamos fazer contas. Não é por gosto, é por precisão.
Seria ótimo que pudéssemos fazer um programa permanente de auxílio, não mais emergencial, mas rotineiro, de R$ 800 por cabeça. Por que não? Se é uma questão de generosidade, sem fazer conta, quanto mais, melhor. Só que não. A prática acaba impondo limites aos governantes, e eles acabam, de um jeito ou de outro, dimensionando seus programas sociais ao que é possível fazer.
Políticos não podem remover as barreiras por sua vontade. Se fosse assim, a vida seria mais fácil. Por isso a pandemia é um desafio extraordinário, tanto para nós aqui quanto para qualquer país. Todos neste planeta enfrentamos uma dificuldade desse tipo, proporcional a cada um.
Guardadas essas proporções, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parece estar dando um passo além com o pacote de medidas do governo, não?
Eles estão, como muitos outros países, experimentando. O remédio de 2008 funcionou e, desta vez, está sendo experimentado numa dosagem muito maior. Se vai funcionar, ou não, vamos assistir. Tem muito jogo pela frente. Por ora, inclusive, a política econômica americana traz benefícios para o Brasil. Inflacionária ou não, puxou os preços das commodities (matérias-primas negociadas internacionalmente, muitas delas produzidas pelo Brasil) para cima, criou um impulso positivo para a economia americana, que nos ajuda. Se der certo, lá dentro dos Estados Unidos, nos seus próprios termos, será uma inovação.
A segunda pergunta é: o que os Estados Unidos são capazes de fazer, diante das possibilidades que têm, pode ser reproduzido aqui no Brasil? Nós podemos fazer como eles? Nós, que não temos moeda internacional de reserva, podemos emitir tanta dívida assim? Por ora, trata-se “apenas” da potência econômica global, que emite a moeda internacional de reservas, tentando tirar o máximo de proveito dessa situação em sua política fiscal. O quanto isso é transferível para outros países, vamos ver. Acho que é muito pouco.
O programa federal de concessões ao setor privado parece estar andando. Qual a lição disso?
As concessões avançam, às vezes, numa direção imprevista, e encrencam em outra. Quando se trata de privatizar os Correios, encrencou. Aí é uma corporação, com um sindicato poderosíssimo. Infelizmente, o mesmo governo que faz (as condições para conceder os serviços da) a Cedae (a estatal de saneamento do Rio), que foi um sucesso, é incapaz de privatizar a empresa do trem-bala (a Empresa de Planejamento e Logística, EPL, estatal criada nos governos do PT para coordenar projetos de infraestrutura).
O programa de concessões é um dos casos em que está sendo feita a reforma da ideia de reforma. Só por que não tem o nome de privatização, a boa vontade política é completamente diferente. Isso é privatização, é aumento da importância do setor privado em atividades onde o setor público não consegue ter bom desempenho, mas, se chamarmos de privatização, vai encrencar. É uma lição importante: muda o nome!
Alguns economistas defendem ampliar os investimentos públicos para impulsionar a retomada pós-pandemia. É possível?
A ideia de que vai ter dinheiro para fazer investimento público para a retomada no Brasil é uma fantasia total. Na prática, não tem mais dinheiro para fazer investimento público de forma relevante. E, ao mesmo tempo, relatórios do TCU (Tribunal de Contas da União) dizem que mais de um terço das obras públicas estão paradas por vícios na contratação e execução. Ou seja, além de faltar dinheiro, a capacidade de executar está seriamente comprometida.
É como diz uma frase do livro: nem (John M.) Keynes (economista britânico que formulou importantes teorias econômicas na primeira metade do século XX, frequentemente associado à defesa da ampliação dos investimentos públicos como forma de impulsionar a demanda) seria keynesiano num país assim.
Os juros baixos vieram para ficar ou a alta recente da inflação atrapalha?
O livro traz um olhar de longo prazo, comparando taxas nominais e reais que tínhamos na época da hiperinflação, nos anos 90 do século passado, e a trajetória durante todos esses anos. Tivemos uma bela pancada para baixo com o Plano Real. Ainda que os juros reais (a taxa após a inflação ser descontada) tivessem ficado bem altos nos primeiros anos do plano, depois caíram.
Os juros hoje estão em patamares civilizados, como nunca tivemos. Fomos sempre um país de juros altíssimos, por variadas razões. Isso mudou, porque ao longo de todos esses anos temos atacado o problema dos juros elevados, que tem muito que ver com dívida pública e finanças públicas. As questões do curto prazo, mais conjunturais, não vão interferir com essa tendência maior, de longo prazo, que nos colocou muito firmemente no terreno do juro de um dígito. Difícil achar alguém hoje em dia que faça algum prognóstico de juros de dois dígitos.
O desequilíbrio das contas do governo não ameaça o juro baixo?
O próprio BC diz, na comunicação através das atas, que, se o governo não resolver o assunto fiscal, vai ter que subir os juros. A advertência é muito clara. Isso é compreendido na esfera política de forma muito mais clara do que no passado. Tanto que, hoje, muitos economistas, observadores, jornalistas especializados, todos dizem aos políticos: sendo irresponsáveis, vocês farão subir os juros, não é maldade do BC, é a irresponsabilidade dos políticos. Eles se sentem, pela primeira vez, responsáveis por uma coisa que eles achavam que pertencia ao BC.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB), tem sido o maior mineiro possível para manter a paz no plenário entre bolsonaristas e deputados do PT e PCdoB. A oposição tem exagerado na tentativa de bloquear pautas simplesmente porque alguns relatores são governistas, pedindo vistas até de acordos bilaterais – que só agora entram em pauta – assinados nas gestões de Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Alívio paraguaio O TRF do Rio de Janeiro arquivou o processo contra o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes por suposto envolvimento com o doleiro brasileiro Dario Messer.
Recluso na hacienda A Justiça brasileira emitira um mandado de prisão para Cartes, há mais de ano, mas sem efeito fora do território brasileiro. Ele ficou quieto na sua fazenda na fronteira até ontem.
Dragãozão Muita gente que fechou contrato com o índice se deu mal com o IGP-M. O acumulado dos últimos 12 meses já passou de 32%. A inflação voltou e o governo fecha os olhos.
E agora… Já está na CPI da Pandemia, instalada no Senado, um calhamaço com indícios de irregularidades na compra feita pela Prefeitura do Recife dos conhecidos 500 respiradores pulmonares testados em porcos. A autorização foi dada pelo MPF, e PF investiga o caso na Operação Apnéia.
…Renan? A chegada dos relatórios deve ter irritado muito o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB), que é contra a inclusão de Estados e Municípios na investigação. Ele é pai do governador de Alagoas, Renan Filho.
Vacina da UFRJ Apesar do corte no orçamento da UFRJ, o Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (Cenabio) conseguiu recurso da Finep para atualizar o equipamento citômetro e, assim, cumprir a exigência da Anvisa para iniciar o ensaio de fase 1 da vacina contra o Covid-19, conduzida pela professora Leda Castilho, da Coppe.
Ponta da agulha O presidente do Confies, Fernando Peregrino, pedirá hoje em sua participação na audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para garantir os testes.
Corrupção privada Tramita na Câmara o Projeto de Lei 4.480/2020, de autoria de sete deputados federais, que tipifica o crime de corrupção no setor privado e propõe prisão de dois a seis anos, além do pagamento de multa. O projeto está na CCJ e depois segue para o plenário.
Dois lados O deputado Paulo Ganime (Novo-RJ) lembra que, por lei, o combate à corrupção no Brasil, diferentemente de outros países, está apenas no setor público. “É preciso entender que a corrupção é algo muito ruim em qualquer ambiente, seja público ou privado”.
Gradil da discórdia O edital (e a licitação) da Prefeitura do Recife para a troca dos gradis da Via Mangue, por R$ 1,1 milhão, é questionado pelo advogado Otávio Lemos junto ao Tribunal de Contas de Pernambuco e ao MP estadual por suspeita de superfaturamento. Segundo ele, o valor está o dobro do praticado na praça.
Fraudes online Levantamento da Konduto, empresa de antifraude para pagamentos online, mostra que nos 15 dias que antecederam o Dia das Mães foram evitadas fraudes no total de R$ 23 milhões, ou 109% a mais do que os R$ 11 milhões registrados no ano passado.
Esplanadeira # People Club vira hub de benefícios, fecha parceria com iFood e será acelerada pela Relp Aceleradora. # Sem Parar tem carteira com mais de 5.7 milhões de clientes e responde por 73% das entregas em D+2. # Juntos Somos Mais firma parceria com grupo Bosch. # Pilotos Felipe Massa e Julio Campos falam sobre prudência no trânsito na Campanha Maio Amarelo da BR Distribuidora.
Os marketplaces são boas oportunidades para vender online. Neste conteúdo, veja como escolher o marketplace ideal para seu negócio.
Qual é o marketplace ideal para o meu negócio? Essa dúvida passa pela cabeça de qualquer vendedor que está começando.
Vendedores mais experientes sabem que, quanto maior for a diversificação de canais de venda, maiores e melhores resultados eles terão. Contudo, começar a vender em marketplaces é sempre um desafio e essa dúvida sempre passa pela cabeça do vendedor e não para aqueles que escolheram a Startup Valeon.
Cada marketplace possui particularidades como regras de negócio, exigências, logística, categorias e principais públicos-alvos. Por conta disso, escolher equal marketplace vender e qual é o melhor para o negócio é uma importante decisão..
Muitos empreendedores(as) perdem otimingcerto de procurar um meio de comunicação que possibilite o aumento de suas vendas.. Startups de sucesso comoUber e Airbnbforam criadas estrategicamente na crise de 2008. Imagina só se os fundadores tivessem esperado mais tempo? Provavelmente outras pessoas já teriam lançado a ideia… Com esta reflexão, quero te dizer: 2021 é o momento perfeito para participardo marketplace da Startup Valeon.E, não sou eu quem está dizendo. Isso é o que todos os dados do mercado mostram:O marketplace foi responsável por78% do faturamentodo e-commerce brasileiro em 2020;66% de todas as vendas online do mundoforam feitas através de marketplaces em 2020;Marketplaces geram34% mais tráfego e vendaspara empreendedores que adotam esse modelo;Marketplaces cresceram2X maisdo que lojas virtuais em volume bruto.Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;Temos excelente custo x benefício;Nossos sites: (https://valedoacoonline.com.br/ehttps://valeonnoticias.com.br/) têm grande penetração no mercado consumidor com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado;A nossa Plataforma Comercial Valeon permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)E-MAIL:valeonbrasil@gmail.comSite: https://valedoacoonline.com.br/
Além de Salles, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, e a cúpula do órgão ambiental são suspeitos de favorecer o contrabando de produtos florestais no País.
As suspeitas, que passam por nove tipos de crime, atingem em cheio um dos principais auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, eleito com a bandeira do combate à corrupção e que costuma repetir não haver irregularidades no seu governo.
Entenda os pricipais pontos da operação
Alexandre de Moraes autorizou operação contra Salles
A operação, batizada de Akuanduba, foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na decisão, o magistrado destacou que um relatório de inteligência financeira indicou “movimentação extremamente atípica” de dinheiro, um total de R$ 14,1 milhões, envolvendo um escritório do qual Salles é sócio, em São Paulo, em transações realizadas entre 2012 e junho do ano passado.
Moraes determinou a quebra dos sigilos bancários e fiscais do ministro, assim como dos outros 22 alvos da investigação.
Salles negou irregularidades e disse que o ministro foi “induzido ao erro” ao autorizar a operação. “Faço aqui uma manifestação de surpresa com essa operação que eu entendo exagerada, desnecessária. Até porque todos, não só o ministro, como todos os demais que foram citados e foram incluídos nessa legislação (sobre mudanças na exportação de madeira) tiveram sempre à disposição para esclarecer quaisquer questões”, declarou Salles, após participar de um seminário em Brasília.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é alvo de operação da PF batizada de Akuanduba Foto: Dida Sampaio/Estadão
O ‘modus operandi’ do esquema, segundo a investigação
As investigações da PF apontam para existência de um “modus operandi” que passou a vigorar em exportações ilícitas de madeira, a partir de mudanças na legislação realizadas para facilitar a saída de material do Brasil, a pedido de madeireiros. No centro das acusações está um despacho assinado pelo presidente do Ibama, em fevereiro do ano passado, conforme revelado à época pelo Estadão.
Entre o fim de 2019 e início de 2020, o órgão ambiental havia recebido uma série de demandas de madeireiros para facilitar a exportação, mexendo nas regras de fiscalização. Na ocasião, empresas enfrentavam bloqueio de cargas, principalmente nos Estados Unidos, e procuraram a cúpula do Meio Ambiente para tentar resolver a situação.
A PF relata que Salles e a diretoria do Ibama se reuniram no dia 7 de fevereiro, em Brasília, com associações do setor, como a Associação Brasileira de Empresas Concessionárias Florestais (Confloresta), a Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará (Aimex) e Centro das Indústrias do Pará (CIP).
As entidades reclamavam de apreensões de produtos florestais exportados sem a devida documentação pelas empresas Ebata Produtos Florestais Ltda e Tradelink Madeiras Ltda, para os Estados Unidos. Menos de um mês após o encontro, no dia 25 de fevereiro do ano passado, o presidente do Ibama editou um “despacho interpretativo” que, numa canetada, anulava a necessidade de autorização específica para exportação de madeira.
O que muda com a nova instrução do Ibama
Com a nova instrução do Ibama, os produtos florestais passaram a ser acompanhados apenas do chamado Documento de Origem Florestal (DOF), algo que, como alertou a própria área técnica do órgão ambiental, não era suficiente para garantir a fiscalização. Essas observações, no entanto, foram ignoradas e a nova regra passou a vigorar.
O chamado DOF de exportação, que existe desde 2006, serve, na prática, apenas para que a madeira seja levada até o porto, ou seja, é uma licença de transporte e armazenamento, enquanto a instrução até então vigente exigia uma autorização específica para exportação. Na prática, com a mudança, uma guia de transporte emitida pelos órgãos estaduais passou a valer no lugar de uma autorização do Ibama.
A decisão chegou a ser festejada pelos madeireiros, como mostrou o Estadão. Três dias depois da mudança, o CIP enviou ao carta ao presidente do Ibama em que o agradeceu por “colocar em ordem as exportações de madeira”.
Os investigadores apontaram que, após o despacho que atendeu aos pedidos das madeireiras, “servidores que atuaram em prol das exportadoras foram beneficiados pelo ministro com nomeações para cargos mais altos, ao passo que servidores que se mantiveram firmes em suas posições técnicas, foram exonerados por ele”. Na decisão em que autorizou a operação, Moraes também determinou a suspensão da nova norma.
A ‘boiada’ de Salles; PF reproduziu fala polêmica de ministro
Ao detalhar a participação do ministro no esquema sob suspeita, a PF chegou a reproduzir falas de Salles durante reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020 no Palácio do Planalto. Na ocasião, o ministro do Meio Ambiente disse que era preciso aproveitar a “oportunidade” da pandemia do coronavírus para “ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou ontem que não foi instada a manifestar sobre a Operação Akuanduba. Em nota, o órgão chefiado por Augusto Aras diz que tal situação “em princípio, pode violar o sistema constitucional acusatório”.
Ao fim de despacho de 63 páginas em que autorizou mandados de busca e apreensão, Moraes, do STF, determinou que fosse dada “imediata ciência” à PGR após o cumprimento das diligências.
O presidente Jair Bolsonaro inaugurou nesta quinta-feira (20) a Ponte Estaiada que, ao ligar os municípios de Santa Filomena, no Piauí, e Alto Parnaíba, no Maranhão, potencializará a integração da região conhecida como Matopiba, formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, aproximando-a da Ferrovia Norte-Sul. O investimento chegou a R$ 30 milhões.
Durante o seu discurso, Bolsonaro lembrou que muitas obras inauguradas durante seu governo foram iniciadas em governos anteriores que acabaram por abandoná-las. A ponte inaugurada hoje, no entanto, foi iniciada em 2019 e terminada durante o atual governo, conforme lembrou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
O presidente da República garantiu que “não faltarão recursos para a transposição do rio São Francisco, que não é obra nossa, mas estava há mais de dez anos parada”. Sobre a ponte inaugurada hoje, ele disse que não se justifica a existência de “povo pobre em terra rica”. “Vamos aos poucos porque a velocidade não pode ser muito grande mudando o Brasil”, acrescentou.
Ponte
Com 185 metros de extensão, a ponte Estaiada encurtará a distância entre produtores regionais e a Ferrovia Norte-Sul. Ao discursar, o ministro da Infraestrutura destacou o potencial da região do Matopiba que, segundo ele, terá condições de se tornar “um celeiro para o mundo”. “[Essa região] precisava de um olhar diferenciado. A riqueza e o futuro estão aqui, e o desenvolvimento virá para cá”, disse o ministro. Ele lembrou que, com a ponte e a pavimentação de 270 quilômetros planejados para a BR-235, “a gente vai ligar essa região à Ferrovia Norte-Sul, economizando quilômetros para chegarmos ao Porto de Itaqui”.
“A logística ficará mais barata e com isso o produtor vai investir mais. Essa região vai se desenvolver muito”, acrescentou ao lembrar que, para a população local, a ponte representará uma economia dos gastos que se tinha para fazer a travessia por meio de balsa.
“Hoje mesmo vamos autorizar outra ponte, que é a ligação de Ribeiro Gonçalves (PI) com Tasso Fragoso (MA), porque a BR-330 também é importante para o agronegócio. Está autorizado o procedimento licitatório. Vamos contratar e entregar a próxima ponte”, anunciou o ministro.
Bolsa Família
Entre as consequências da pandemia da covid-19, o presidente destacou, também, a inflação sobre o preço dos alimentos. Diante desse cenário, ele acenou com a possibilidade de amenizar essa situação com os futuros reajustes previstos para o Bolsa Família.
“Hoje em dia, a média do Bolsa Família é de R$ 190. Estamos trabalhando para que, após o quarto mês da terceira etapa do auxílio emergencial, subamos o valor médio porque sabemos que, com esse período de pandemia, aumentou o preço da alimentação e de muitas outras coisas no Brasil. Temos de buscar soluções para que o povo recupere o seu poder aquisitivo. Mas isso passa pela não destruição de empregos; pelo não fechamento do comércio; e pela coragem de decidirmos ao lado da realidade”, argumentou o presidente.
Internet
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, presente ao evento, apresentou algumas novidades de sua pasta. “Estamos trazendo para Santa Filomena ponto de wi-fi para ter internet de graça”, disse ele, ao lembrar que, durante o atual governo, foi levada internet para 8,5 milhões de pessoas que até então não dispunham desse tipo de serviço.
“Internet é inclusão social e possibilita renda [para as pessoas]. Através do 5G [quinta geração de internet] vamos conectar os 40 milhões de brasileiros para os quais falta acesso. O Brasil tem 140 mil escolas. Destas, 48 mil vão receber internet 5G. Das escolas rurais, que são 50 mil, dez mil já receberam pontos de internet. Só restam, no Brasil, 13,5 mil escolas sem internet nas zonas rurais. Em nove meses não haverá nenhuma escola rural sem internet”, garantiu o ministro.
Um exemplo de oratória e habilidade política, ocorrido há algum tempo na ONU, fez sorrir toda a comunidade mundial ali presente.
Falava o representante de Israel na ONU:
– “Antes de começar o meu discurso, quero contar-lhes algo inédito sobre Moisés.
(todos ficaram muito curiosos)
– Quando Moisés golpeou a rocha com seu cajado e dela saiu água, pensou imediatamente”:
– “Que boa oportunidade para tomar um banho!”.
Tirou a roupa, deixou-a junto da pedra e entrou na água. Quando acabou de banhar-se e quis vestir-se, sua roupa tinha sumido! Os palestinos haviam-na roubado!!!”
Um representante da Palestina de pronto levantou-se furioso e bradou:
– “Que mentira boba e descabida! …Nem havia palestinos naquela época!!!”
O representante de Israel, então, sorriu e afirmou:
– “Muito bem… Então, agora que ficou bem claro quem chegou primeiro a este território e quem foram os invasores, posso, enfim, começar o meu discurso…”
Se um discurso semelhante fosse aplicado ao Brasil, seria mais ou menos assim:
Em 1979, os Governos Militares, depois de salvar o Brasil do comunismo, e prepará-lo para um futuro brilhante, com uma grande infraestrutura governamental, resolveram iniciar a abertura política e se retirar totalmente da área política, preparando, inclusive, uma Lei da Anistia, para perdoar até mesmo os traidores da Pátria, entre eles muitos assassinos, sequestradores e assaltantes.
Mas o PT roubou toda a minuta desses documentos!!!
Aí, com certeza, uma voz de uma petista, raivosa, diria:
– MAS, EM 1979, O PT NEM EXISTIA!!!!
Então, podemos afirmar com absoluta certeza de que o PT nada fez para a Democratização e Abertura Política do País, nem para seu desenvolvimento, muito pelo contrário,
CONDENOU-O AO ATRASO, À IGNORÂNCIA E À DESONESTIDADE ENTRE SEUS PARES !
Lembre-se sempre do seguinte:
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
Esta é uma comunicação oficial do Instituto Endireita Brasil.
Reenvie esta mensagem para todos que você considera inteligentes de sua lista, mas só para os inteligentes.