Senadores tentam a todo momento incriminar o presidente Jair Bolsonaro na CPI da Covid.| Foto: Isac Nóbrega/PR
A CPI da Covid encerrou a semana ouvindo duas vezes o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Para a próxima semana está agendado para terça-feira (25) o depoimento da número três do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, e na quarta-feira (26) serão decididas as próximas convocações.
Nesta quinta-feira (20), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou que a comissão está ouvindo só um lado na tentativa incriminar o governo federal e o presidente da República. Ele lembrou que o governo enviou R$ 112 bilhões para estados e municípios no ano passado e fez transferências patrimoniais que somam R$ 40 bilhões.
O parlamentar lembrou que houve muito desvio de verba e que isso precisa ser investigado. Ele sugeriu que se chame o ex-ministro da Previdência Social no governo Dilma, Carlos Gabas, porque no momento ele é o executivo do consórcio do Nordeste que comprou centenas de respiradores que ainda não foram entregues.
Como o depoente é maltratado Para vocês terem uma ideia da falta de educação na CPI. A primeira intervenção do general Pazuello na CPI foi interrompida pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que disse: “o senhor passou 10 minutos falando e não disse nada”. Aziz está se mostrando uma espécie de promotor adjunto. Enquanto o advogado de Pazuello conversava com o ex-ministro, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) interrompeu de forma repreensiva a conversa.
Para encerrar, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) acusou o ex-ministro de espalhar o vírus pelo país ao distribuir pacientes com Covid pelo país dada a superlotação dos hospitais de Manaus. Segundo a parlamentar, foi assim que a nova cepa que surgiu no estado foi difundida e que isso é um crime.
Quando Pazuello foi responder, Gabrilli afirmou não estar interessada na resposta dele e pediu ao presidente se podia usar o tempo de réplica para fazer outra pergunta.
E o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que é delegado da Polícia Civil, chegou a falar em prender Pazuello. Parecia que o parlamentar estava em frente a um meliante tentando intimidá-lo falando em quais artigos do Código Penal ele poderia ser incluído.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que atuava como presidente naquele momento, esclareceu que nos termos do habeas corpus Contarato faltou com urbanidade e estava fazendo uma ameaça. Depois o parlamentar foi até Pazuello, talvez para pedir desculpa.
Pazuello depôs de forma muito paciente e controlada. Ele respondeu todas as perguntas e não usou o direito de ficar em silêncio garantido pelo STF.
Eu repito, parece que a sentença está pré-estabelecida. O vírus é inocente, a culpa é da cloroquina e de Bolsonaro. Acusam o presidente de provocar aglomeração, mas antes diziam que Bolsonaro não tinha público. Isso é esquisito!
Inauguração no Piauí Bolsonaro viajou para a divisa do Piauí com o Maranhão para a inauguração de uma ponte estaiada de 185 metros sobre o rio Parnaíba, unindo os dois estados e o acesso de Tocantins e Bahia à ferrovia Norte-Sul — vale dizer, ao porto de Itaqui.
O ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, anunciou uma segunda ponte, na BR 330, com a mesma finalidade. Foi um dia movimentado para o presidente, que costuma fazer essas viagens para inaugurações às quintas-feiras.
Sessão da CPI com Eduardo Pazuello, em 20/05/2021| Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
A conclusão do depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello à CPI da Covid do Senado, nesta quinta-feira (20), serviu também para finalizar um bloco de sessões tumultuadas da comissão. Em três semanas de trabalho, a CPI ouviu ex-ministros da gestão Jair Bolsonaro, o atual comandante da Saúde, o presidente da Anvisa, um executivo da farmacêutica Pfizer e se tornou um campo de batalha entre parlamentares governistas e oposicionistas.
Agora, a CPI tem apenas um depoimento confirmado — o de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão de Trabalho do Ministério da Saúde, na terça-feira (25) — e verá um “dia de balanço”. A quarta-feira (26), data geralmente utilizada para oitivas de testemunhas, será reservada para que os senadores discutam sobre requerimentos encaminhados à comissão.
Eles debaterão, por exemplo, a convocação de possíveis testemunhas cuja presença não é unânime. Aí se incluem os nomes do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, e de governadores de estado. O comparecimento de gestores estaduais é defendido principalmente pelos senadores bolsonaristas, que acreditam que as maiores falhas do poder público no combate à pandemia de coronavírus foram cometidas no âmbito dos estados e municípios, e não por parte do governo federal.
Outro indicativo de “balanço” que a CPI tomou nesta quinta-feira foi a da produção de um relatório parcial sobre os 30 primeiros dias de investigação. A ideia foi levantada pelo presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), sob a justificativa de que o relatório preliminar garantiria que o conteúdo dos depoimentos das primeiras semanas de comissão “fique vivo” para os parlamentares. “Pedi ao senador Renan Calheiros [MDB-AL] que faça um apanhado dos primeiros 30 dias de trabalhos. Um relatório preliminar para que fique vivo e não digam que a CPI está descambando”, afirmou Aziz, durante a sessão da CPI.
Após a conclusão da reunião desta quinta, em entrevista coletiva, Calheiros disse que “se houver necessidade de esclarecimento circunstancial de alguma questão” estaria predisposto a fazer um relatório. A CPI da Covid iniciou seus trabalhos em 27 de abril e a previsão inicial de duração das atividades é de 90 dias.
Como foi o segundo dia de depoimento de Pazuello Na mesma entrevista coletiva, Calheiros declarou que Pazuello foi à CPI com o objetivo de blindar Bolsonaro em relação a erros cometidos pelo governo federal, mas não conseguiu — e acabou criando um ambiente em que tanto o ex-ministro quanto o presidente podem ser responsabilizados. “O depoimento foi o negacionismo do negacionismo”, disse o senador.
A fala de Calheiros resume o perfil da segunda parte do depoimento de Pazuello, que ocorreu no período da tarde. Ao contrário do que se viu pela manhã, quando senadores pró e contra o governo partiram para o embate em diversas ocasiões, a sessão da tarde foi marcada principalmente por manifestações unilaterais dos parlamentares. Em resumo, mais do que perguntas, o que ocorreu foram pronunciamentos dos senadores, em elogio ou crítica a Pazuello e Bolsonaro.
Um dos que elogiou o ex-ministro foi o senador Marcos do Val (Podemos-ES). Ele declarou que Pazuello “teve coragem” de assumir o Ministério da Saúde e recordou pedidos de ajuda que tem recebido ao longo dos últimos meses. Muitas das requisições, segundo o parlamentar, dizem respeito ao acesso à cloroquina, medicamento criticado pela oposição. Vanderlan Cardoso (PSD-GO) também celebrou o trabalho de Pazuello e disse que os problemas encontrados no combate à pandemia não se resumem ao que foi feito pelo governo federal.
Na mão oposta, senadores como Simone Tebet (MDB-MS), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentaram críticas ao ex-ministro e ao presidente. O senador do Espírito Santo confrontou Pazuello por um argumento que o ex-ministro apresentou em diversas ocasiões nos dois dias de depoimento — o de que as declarações públicas e postagens de Bolsonaro nas redes sociais não corresponderiam a posicionamentos oficiais do governo, e que portanto não poderiam ser atribuídas como fatores decisivos para problemas como atraso na vacinação. Contarato disse que o ordenamento jurídico brasileiro não faz, via de regra, distinção entre manifestações orais e por escrito, e portanto a interpretação de Pazuello estaria equivocada.
Já a manifestação de Vieira foi a que mais gerou controvérsia. O senador, ao término de sua intervenção, disse que considerava Pazuello uma pessoa de boa intenção, que estava preocupada apenas em cumprir seus deveres burocráticos. E disse que a descrição era a mesma de Adolf Eichmann, tenente-coronel do exército de Adolf Hitler.
NÃO SE APAVORE COM DOENÇAS POIS ELAS SÃO DESPERTADORES COM A MISSÃO DE NOS ACORDAR SENÃO SERÍAMOS DISTRAÍDOS COM AS SEDUÇÕES DO MUNDO MATERIAL
William Horta – Jornalista
Quando uma porta se fecha, outra se abre; quando um caminho termina, outro começa… nada é estático no Universo, tudo se move sem parar e tudo se transforma sempre para melhor.
Habitue-se a pensar desta forma: tudo que chega é bom, tudo que parte também. É a dança da vida… dance-a da forma como ela se apresentar, sem apego ou resistência.
Não se apavore com as doenças… elas são nossos despertadores, têm a missão de nos acordar. De outra forma permaneceríamos distraídos com as seduções do mundo material, esquecidos do que viemos fazer neste planeta. O universo nos mandou aqui para coisas mais importantes do que comer, dormir, pagar contas…
Viemos para realizar o Divino em nós. Toda inércia é um desserviço à obra divina. Há um mundo a ser transformado, seu papel é contribuir para deixá-lo melhor do que você o encontrou. Recursos para isso você tem, só falta a vontade de servir a Deus servindo aos homens.
Não diga que as pessoas são difíceis e que convivência entre seres humanos é impossível. Todos estão se esforçando para cumprir bem a missão que lhes foi confiada.
Se você já anda mais firme, tenha paciência com os seus companheiros de jornada. Embora os caminhos sejam diferentes, estamos todos seguindo na mesma direção, em busca da mesma luz.
E sempre que a impaciência ameaçar a sua boa vontade com o caminhar de um semelhante, faça o exercício da compaixão. Ele vai ajudá-lo a perceber que na verdade ninguém está atrapalhando o seu caminho nem querendo lhe fazer nenhum mal, está apenas tentando ser feliz, assim como você.
Quando nos colocamos no lugar do outro, algo muito mágico acontece dentro de nós: o coração se abre, a generosidade se instala dentro dele e nasce a partir daí uma enorme compreensão acerca do propósito maior da existência, que é a prática do AMOR.
Quando olhamos uma pessoa com os olhos do coração, percebemos o parentesco de nossas almas.
Somos uma só energia, juntos formamos um imenso tecido de luz… Não existem as distâncias físicas. A Física Quântica já provou que é tudo uma ilusão. Estamos interligados por fios invisíveis que nos conectam ao Criador da vida. A minha tristeza contamina o bem-estar do meu vizinho, assim como a minha alegria entusiasma alguém do outro lado do mundo. É impossível ferir alguém sem ser ferido também, lembre-se disso.
O exercício diário da compaixão faz de nós seres humanos de primeira classe.
Detalhe de “Na Sala de Aula”, de Francesco Bergamini.| Foto: Reprodução
Constantemente tenho refletido acerca da minha prática pedagógica. Em outras palavras, reflito a respeito do que significa ser um bom professor. Quando digo “bom”, refiro-me evidentemente ao ideal da prática em sala de aula, que obviamente não se encastela em abstrações vazias. O professor ideal, nesse sentido, só existe mesmo dando aula, ou seja, no confronto diário das demandas pedagógicas impostas pelos seus alunos. Não usarei o termo “dialética” para evitar o pedantismo.
Na época da licenciatura, não gostava das aulas de didáticas. Eram horríveis. Minha impressão é a de que havia muita receita pronta para pouca experiência efetiva. Um bom professor se constrói no dia a dia. Não que não haja uma ciência do ensino. Se essa ciência existe, ela precisa ser compreendida na perspectiva mais ampla de “ciência prática” – e não puramente teórica. Não há teoria a priori, fora da experiência da sala da aula, para ser um bom professor.
Comecei a dar aula com 21 anos. Pisei numa sala de aula como professor pela primeira vez em 1999. Era uma turminha do 6.º ano do ensino fundamental. Fiquei nervoso, confesso. Porém, trata-se de experiência inesquecível: literalmente eu não sabia o que fazer. Não digo em relação ao conteúdo, mas ao que fazer no sentido de chamar a atenção daquela molecada mais preocupada em – na época – alimentar o Tamagotchi.
A gente aprende o que ama ou a gente ama o que aprende?
Nesse período, dei aula de Educação Artística, e minha primeira e inesquecível turma foi de Desenho Geométrico – eu realmente amava o assunto. O problema era fazer os alunos amarem também. Amarem ou aprenderem? Eu acreditava que, se eles amassem, aprenderiam da melhor forma possível. Sempre considerei essa relação entre amar e saber um tema fundamental da minha prática de ensino, como já ensinava Platão. A gente aprende o que a gente ama ou a gente ama o que aprende?
Decidi investir nesse problema. Muitas vezes me frustrei, porque acreditei ter encontrado a pedra filosofal do ensino.
Em 2003 entrei para faculdade de Filosofia. Dediquei-me integralmente a estudar e deixei de lado, provisoriamente, o sonho de ser professor. Descobri uma contradição em quem faz Filosofia. Já pararam para pensar que uma faculdade de Filosofia não forma filósofos, mas… professores de Filosofia? É isso, não cheguei a perder no “Jogo da Vida”.
Desafios filosóficos da liberdade Ao terminar minha graduação em Filosofia, fiz o que a maioria dos graduados em Filosofia faz: dar aulas de Filosofia. A outra parte vira corretor de imóveis. Estou nessa até hoje. Digo, dando aula. Fiz mestrado. Habilitei-me para dar aulas de Sociologia. E continuo professor. De 1999 até hoje, quando deixei a sala de aula, eu penso comigo: como fazer os alunos amarem o assunto? A gente aprende o que ama ou a gente ama o que aprende?
Arrisco esboçar o que considero três valores inegociáveis para um bom professor em sala de aula. Não estão dispostos em hierarquia. O primeiro não será mais importante que o terceiro. Os três formam um conjunto coerente daquilo que hoje aperfeiçoei fazendo, todos os dias, há mais de 20 anos.
Primeiro: sala de aula deve ser consagrada como espaço de reflexão. Isso significa que não se deve depositar conteúdo para cumprir tabela. Cada conceito precisa ser pensado e não meramente informado. Se o aluno não pensar junto com o professor, ele não amará esse conhecimento e, se não amar, não aprenderá. Amar, neste contexto pedagógico, tem sentido aristotélico: o homem, por natureza, deseja o conhecimento. Por qual razão? Por amor, por interesse desinteressado. Porque é legal demais saber certas coisas e superar a ignorância.
Se o aluno não pensar junto com o professor, ele não amará esse conhecimento e, se não amar, não aprenderá
Segundo: o aluno precisa ser respeitado em sua dignidade pessoal. É uma pessoa diante de um professor. Não um objeto qualquer. Um número. Sei que parece assunto batido. Contudo, tratar um aluno pelo nome, dispor-se a ouvi-lo, faz toda a diferença. Meu sonho era ser maestro. Um maestro, quando está regendo, não toca um instrumento. Ele se põe à escuta. Conduz. Imprime ritmo. Para isso, respeita a dignidade – o timbre – de cada instrumento. Penso a sala de aula como uma orquestra, nesse sentido de que cada um tem uma voz própria.
Por fim, o terceiro princípio é o ambiente afetivo. Não se trata de pedagogia do afeto pelo afeto. Sem moralismo sentimentalista. Sem fórmulas mágicas. Digo apenas que um bom professor precisa reconhecer uma dimensão subjetiva, portanto afetiva, do ato didático. Não há robozinhos dispostos a fazer download do que ele fala. É necessário despertar o interesse pela gentileza, pelo bom humor. Um bom professor não deve usar o conteúdo de sua matéria como uma ameaça. A prova não deveria ser jamais punição.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, defendeu nesta quarta-feira (19) a competência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é subordinada à pasta, para apurar dados sobre supostos desvios de recursos destinados à pandemia de Covid-19 por parte de governadores e prefeitos.
“Isso é uma atribuição constitucional da Abin, é uma atribuição legal da Abin fazer esse tipo de investigação. É um órgão de inteligência e que pode ser solicitado pelo presidente da República para verificar o que aconteceu com as verbas destinadas aos estados e municípios. Isso não tem nada de ilegal e irregular. É perfeitamente válido que isso aconteça”, defendeu o ministro durante audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados para debater a suposta disseminação de notícias falsas sobre a pandemia propagadas em meios institucionais.
Augusto Heleno defendeu a atribuição da Abin durante audiência na Câmara dos Deputados
A Abin publicou uma nota em que também afirmou ter competência para proceder esse tipo de investigação. Na nota, a agência disse que “possui competência para planejar e executar ações relativas à obtenção e à análise de dados para a produção de conhecimentos acerca de fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental”.
Durante a audiência, o ministro negou suposto relatório elaborado pela Abin para auxiliar o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso que revelou a existência de um suposto esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Segundo reportagem publicada na revista Época, no final do ano passado, a agência teria produzido relatórios para auxiliar a defesa do senador na operação que investiga o caso. Em dezembro do ano passado, a Abin negou, por meio de nota, a existência do relatório.
Em resposta a questionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a existência do relatório, a agência disse que ocorreu “apenas realização de uma reunião, marcada para verificar ocorrência de eventual violação de segurança institucional, entre o Gabinete de Segurança Institucional, com participação do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, com a defesa de um senador e filho do presidente da República”.
Aos deputados, o ministro voltou a afirmar que não houve elaboração de relatório e disse que ocorreu um encontro involuntário.
“Eu não atendi no meu gabinete. Eu, por acaso, fui ao gabinete do presidente junto ao delegado Ramagem (Alexandre, diretor-geral da Abin) e não havia nenhum indício de que pudessem estar lá as advogadas”, disse Heleno. “Eu e o delegado Ramagem ouvimos o que elas falaram e chegamos à conclusão de que não tinha nada a ver com a Abin ou com o GSI”, afirmou.
Ao abordar o tema da produção de inteligência por parte da pasta, o ministro disse ainda que o trabalho da Abin sofreu uma transformação forte após o advento das redes sociais. De acordo com o ministro, a agência está em uma “competição desigual”, mas que está se adaptando à nova realidade.
“A inteligência de estado é fundamental em qualquer país que se preza. E não é arapongagem, espionagem. É uma inteligência que produz informação sem cunho ideológico para o Estado e isto está sendo mais difícil com o aparecimento das redes sociais, porque cada autoridade é alimentada por fontes que não existiam há 10 anos e a Abin é obrigada a competir com essas fontes. É uma competição desigual, porque a Abin tem que apresentar informação, ela não pode levar boato, fake news”, disse.
Ao final da audiência, o ministro lamentou as mortes de brasileiros pela Covid-19 e ressaltou a importância da vacina e da retomada econômica do país. “Hoje na minha opinião nós temos que ter três objetivos claros. Objetivo um: vacina. Objetivo dois: união. Objetivo três: retomada econômica. Isso aí tem que ter a cabeça de todos os brasileiros. O resto é dispensável”, disse.
Principal reduto petista no Nordeste e um dos maiores colégios eleitorais do país, a Bahia virou o foco do projeto eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, que segue investindo em nomes para palanques no Estado após levar para o Governo o deputado baiano João Roma como ministro dos programas sociais. Fenômeno bolsonarista no Sul da Bahia ao defender a cloroquina como tratamento precoce contra o Covid-19, a médica Raissa Soares foi convidada a se filiar ao PTB para disputar vaga de senadora ou deputada federal. Bolsonaro a convidou para um café no Palácio na segunda-feira. E ontem, ela almoçou com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que propôs a filiação ao partido para disputar o Senado ou a Câmara dos Deputados.
Caiu para cima Após cair em desgraça com o governador Rui Costa, do PT, que a exonerou do Hospital Luís Eduardo Magalhães, Raíssa foi nomeada secretária de Saúde de Porto Seguro, na nova gestão do prefeito bolsonarista Jânio Natal.
Hoje, por ora O vice de Jair Bolsonaro na chapa para disputar a reeleição, hoje, é um nome do PTB.
Na moita O assessor armado que é a sombra quase 24 horas de Ricardo Salles é chamado de Fortes, um militar reformado do Exército. Desfila com cara de poucos amigos, pago pelo gabinete do ministro do Meio Ambiente. Ele o acompanhou ontem na sede da Polícia Federal.
Na cerca O deputado federal Célio Studart (PV-CE) pediu a convocação do ministro do Meio Ambiente, alvo da PF, para explicar as denúncias envolvendo a operação Akuanduba.
No mais.. .. em qualquer país do mundo o ministro Salles já teria sido exonerado. Mas estamos no Brasil.
Mineirada conversa Em Belo Horizonte, avançam no PT articulações para que o deputado federal Reginaldo Lopes – campeão de votos em Minas Gerais há anos – sair candidato ao Senado. Assim, abre vaga na legenda para o ex-governador Fernando Pimentel se lançar a federal, numa dobradinha na chapa.
Frevo no cardápio Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão (PE), e a deputada federal Marília Arraes estão sempre almoçando ou jantando, para holofotes da mídia recifense. Conversam de tudo, menos sobre possível coligação e o mais importante: quem será o cabeça de chapa.
Nomes à mesa Por falar no Recife, segue forte o nome do secretário estadual de Fazenda, Décio Padilha, como potencial candidato ao Governo de Pernambuco. Hoje ele é o plano C, atrás do ex-prefeito Geraldo Julio e do secretário da asa Civil Joé Neto. No entanto, a preferência de Renata Campos, viúva de Eduardo que manda muito, é por Décio.
Preço do sonho A uma semana do Dia Nacional da Adoção (comemorado todo 25 de maio), a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça soltou uma sentença triste para quem luta pela consolidação do programa. A condenação dos pais a pagarem indenização de R$ 5 mil por desistirem da adoção. A então adolescente teve uma convivência conflituosa com o casal (de 55 e 85 anos) dos 9 aos 14 anos, quando voltou para o orfanato.
Eletrobra$ Mais sobre a nota do presentão na MP da privatização. Os R$ 45 bilhões recebíveis da União para a estatal não devem cair na conta da futura compradora, mas de outra estatal, da Eletronuclear. O Palácio acordou para o ‘jabuti’ na emenda do relator.
Tradição na praia O tradicional restaurante e bar La Fiorentina, no Leme no Rio, ganhou da prefeitura o selo de estabelecimento incluso no Cadastro dos Negócios Tradicionais e Notáveis. Isso dá fôlego à empresa nestes tempos de pandemia, fundada em 1957.
Esplanadeira # Composições de Luiz Castelões vão encerrar concerto internacional na Islândia, dia 29. # Marcio Martin assume vice-presidência comercial da green4T para América Latina. # Coletivo Entreartes apresenta exposição “Ressurgência”, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, a partir do dia 21. # Criada a Interoperas – Associação para Interoperabilidade na Saúde.
Essa é a avaliação de empreendedores como Cleusa Maria da Silva, da Sodiê Doces, Rony Meisler, da Reserva, e Thadeu Diz, da Zee.Dog, que participaram de live promovida por PEGN nesta sexta-feira (14/05)
Fernando Barbosa – PEGN
Os empreendedores participaram de live promovida por PEGN nesta sexta-feira (14/5) (Foto: Divulgação)
Mesmo com a segunda onda dapandemiadeCovid-19, negócios de diferentes segmentos podem – e devem – oferecer novidades aos consumidores. No entanto, do pequeno ao grande empresário, o momento atual exige uma dose dupla de cautela. A recomendação é justificada pela maior seletividade do cliente, que está fragilizado emocional e financeiramente. Por isso, é fundamental personalizar a experiência de compra e buscar atender o desejo do público-alvo no desenvolvimento de produtos.
Essa é a avaliação trazida por empreendedores brasileiros com grande bagagem e experiência no mercado, como a dona da rede de franquiasSodiê Doces,Cleusa Maria da Silva, o CEO da varejista de modaReserva,Rony Meisler, e o fundador da pet techZee.Dog,Thadeu Diz.
Eles estão na capa da edição da PEGNde maio e participaram nesta sexta-feira (14/5) de uma live mediada pela editora executiva da revista,Marisa Adán Gil, para sanar as dúvidas dos leitores diante da continuidade do período de restrições.
Para o CEO da Reserva, em momentos de crise, seja na pandemia ou não, osempreendedoresdevem adotar o modo “sobrevivência”. “É necessário ter responsabilidade fiscal, financeira e, principalmente, humana. Em um momento difícil, é importante ser sincero e aproximar a família do colaborador da organização”, disse.
Segundo Meisler, aReserva, que foi adquirida pela Arezzo em outubro do ano passado por R$ 715 milhões, passou por reuniões diárias para discutir o fluxo de caixa durante os 10 meses seguintes ao início da pandemia. “O empreendedor precisa diminuir ao máximo os custos e cuidar do caixa. Mas, ao mesmo tempo, sair e inovar para oferecer coisas diferentes. Isso não tem a ver com dinheiro, já que há ferramentas que podem ser usadas por todos”, explica.
Existem alternativas para ser disruptivo. Contanto, esses movimentos também requerem cuidados, opina a proprietária da SodiêDoces. “Vale observar os detalhes específicos e o dinheiro que está sendo investido no segmento de atuação. Hoje, você consegue pontos e locações muito mais viáveis (do que antes da Covid-19), porque alguns negócios, infelizmente, estão fechando”, diz. “Então, de um lado, há oportunidades, mas, de outro, isso requer cautela.”
Cleusa Maria da Silva pontua que odelivery, que tem sido uma saída para o comércio food service, vai continuar forte mesmo no mundo pós-Covid. “Mas é necessário ter identidade, ser original, e não ficar copiando as ideias dos concorrentes. Adiciono, também, que é preciso ter um capital por pelo menos seis meses, para quem está investindo agora”, explica.
No mercado pet, o crescimento é contínuo, mesmo em períodos de crise, segundo o cofundador daZee.Dog. No entanto, Thadeu Diz aproveitou a oportunidade para ressaltar que os pontos de venda físicos vão continuar importantes no futuro, mesmo com a aceleração dos canais digitais. “No varejo, experiência é tudo. Eu discordo do entendimento de que o varejo online será o futuro do offline. É apenas uma complementação da jornada do cliente. O empreendedor deve trabalhar os diferentes canais com eficiência”, diz.
Para astartupde produtos pet, o Zee.Now, plataforma de delivery com mais de 3 mil produtos, lançada em 2018, tem se mostrado interessante. “Há uma evolução no mercado online. Com o aplicativo, conseguimos fazer a entrega em 30 minutos e temos visto um crescimento grande. São essenciais as alternativas que vão diferenciar a sua marca dos demais players.”
Essa alternativa, para a Sodiê, veio de algumas formas. A marca de bolos aterrissou em Orlando, nos Estados Unidos, e franqueou a sua divisão de salgados, além da abertura de novas lojas. A primeira unidade da Sodiê Salgados Café foi lançada em setembro de 2020 e é administrada pelo filho de Cleusa, Diego Rabaneda.
A divisão de salgadinhos foi criada em 2017. “No início, como as vendas de bolos estavam fortes, começamos a vender salgadinhos de terceiros. Mas vi que não estava legal, com a qualidade que nós queríamos”, diz. A saída foi desenvolver uma linha de produção própria para oferecer os quitutes nas lojas de bolo. Na pandemia, o braço de salgados cresceu 40%.
O fundador da Reserva afirma que o erro de muitos empreendedores é focar no produto e canal de vendas e esquecer da jornada do cliente e indica algumas reflexões para melhorar o processo. “Antes, os consumidores viam publicidade em revista e jornal. Hoje, são as indicações de amigos no Google e redes sociais. Mas será que eu estou fazendo bem o boca a boca nas mídias. Será que eu estou fazendo bem o SEO e Google Ads (busca orgânica e mídia paga)? Eu estou com uma boa assessoria de imprensa? Minha logística de entrega até o cliente está bacana?”, diz.
Na avaliação de Thadeu Diz, além de testar os marketplaces, também é uma alternativa desenvolver canais de venda exclusivos, como a Plataforma Comercial da Valeon um marketplace da região do Vale do Aço que divulga as empresas ee uma maneira inovadora e disruptiva utilizando muito a sua criatividade. “Eu acredito muito em ter o próprio canal. Você entende melhor o seu cliente e isso vai te trazer um esclarecimento sobre qual a necessidade de mercado”, diz. “A pandemia não mudou o cliente em si, mas o que mudou foi a necessidade das empresas entenderem mais quem são os clientes.”
E mesmo para os que preferem investir em franquias consolidadas, é preciso estar à frente dos negócios. “Tem que trabalhar muito e trabalhar sério. Você precisa cuidar da gestão de pessoas, o que é um pouco mais difícil. Você precisa cuidar do caixa, se não você quebra, seja sozinho ou como uma franquia”, esclarece a dona da Sodiê. “A franquia ajuda, mas o sucesso depende mais do franqueado. É preciso ter identificação, seja com o mercado pet, alimentação ou roupa.”, seja com o mercado pet, alimentação ou roupa.”
Cuidado com os colaboradores
Mas nem só de negócios vivem os empreendedores. Eles ressaltaram os cuidados com a saúde mental dos colaboradores que trabalham para a construção das empresas.
Na Zee.Dog, os funcionários têm folga toda quarta-feira. “É um experimento. Mas a gente chegou à conclusão de que produtividade não é tudo em uma empresa. A gente fala muito em lucro e EBITDA, mas menos em qualidade de vida. Quando você oferece isso, eleva de forma automática a produtividade dos funcionários”, afirma o cofundador da marca. “Muitas vezes, as pessoas passam entre 60% a 70% do tempo na empresa e se sentem gratas por atitudes como essa.”
A Reserva, por sua vez, criou a licença paternidade para funcionários héteros e homossexuais. A ideia surgiu com o nascimento do filho mais velho de Meisler, Nick, há 8 anos. O CEO tirou 30 dias de folga para cuidar da família. Hoje, o benefício está em 45 dias.
Outra iniciativa é a concretização de três desejos realizáveis dos funcionários, como pular de asa-delta ou pilotar um carro de luxo, por exemplo. “Não quero oferecer sonhos utópicos. Mas empresas grandes são provas de teses, porque você não cria consumidores, mas seguidores quando estes precisarem fazer suas escolhas de consumo”, diz Meisler.
Na Sodiê, existe a distribuição de prêmios para as lojas, que beneficiam os franqueados, assim como os funcionários. O tratamento com os colaboradores também é algo que fez a diferença durante a pandemia, afirma a dona da marca. “Nós não conseguimos dar folga sempre, mas tratamos os colaboradores com muito carinho. Se a sua equipe estiver do lado, vai ser muito mais fácil superar essa caminhada”, diz
Para Cleusa Maria da Silva, o novo coronavírus escancarou as desigualdades sociais no país. “Não é verdade que a pandemia igualou todo mundo. Quem era rico, está ainda mais, e quem é pobre, teve ainda mais dificuldades. Mas a pandemia mostrou que precisamos ser ainda mais humanos e tirar alguma coisa de boa disso.”
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O que esperar da segunda parte do depoimento de Pazuello à CPI da Covid Por Gazeta do Povo Brasília
Depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello durou cerca de seis horas nesta quarta-feira (19)| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
A CPI da Covid vai retomar nesta quinta-feira (20), a partir das 9h, o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Depois de quase sete horas de questionamentos nesta quarta-feira (19), a reunião da comissão teve de ser suspensa devido às votações no plenário do Senado. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), avisou que ainda estão inscritos 24 senadores para fazer perguntas ao ex-ministro. Por isso, a opção foi por adiar os trabalhos e retomá-los no dia seguinte
“A gente não sabia a que hora ia terminar a sessão [do plenário] do Senado. Acho que não atrapalha. Temos amanhã [quinta-feira] o dia todo para conversar com o ex-ministro Pazuello”, disse Aziz. Contribuiu para essa tomada de decisão também o fato de o ex-ministro da Saúde ter se sentido mal após a interrupção da sessão da CPI. Embora ele próprio tenha dito que não foi nada demais e que poderia voltar a responder às perguntas, a presidência da comissão achou por bem deixar a continuidade da sessão para quinta-feira.
Na avaliação do presidente da CPI, Pazuello se esquivou de algumas perguntas, mas terá mais cinco ou seis horas na frente dos senadores. Aziz opinou não ver necessidade de quebrar os sigilos do ex-ministro.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmaram que Pazuello mentiu várias vezes aos senadores, além de omitir informações.
Para Randolfe, as contradições do depoimento mostram que Pazuello terá de ser acareado com outros depoentes da CPI. Para Renan, Pazuello estava “fingindo responder” e negou as próprias declarações que fez anteriormente.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, explicou que Pazuello teve um pequeno mal-estar e foi atendido, mas logo se recuperou. “É a chamada síndrome vago-vagal, que acontece muito com pessoas que passam por momentos tensos e ficam muito tempo sem se alimentar. Pode acontecer com qualquer pessoa. Ele se recuperou logo”, explicou.
Em defesa do depoente, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou que Pazuello respondeu a todas as perguntas e não se esquivou de questionamentos. “Na minha avaliação, as respostas do ex-ministro em relação à sua gestão no Ministério da Saúde traz luz aos fatos e sepulta as acusações infundadas feitas até aqui com relação ao enfrentamento da pandemia. (…) Foi um depoimento absolutamente esclarecedor; não joga uma pá de cal, joga uma pá de concreto sobre as acusações da oposição em relação a eventuais crimes do Poder Executivo federal”, disse.
Em sua opinião, nenhum dos depoentes da CPI, até agora, afirmou que houve interferência indevida do presidente da República no Ministério da Saúde. Para Marcos Rogério, não houve mentiras nem contradições nas falas de Pazuello aos senadores.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) reclamou que o relator da CPI teria cometido excessos e teria direcionado algumas respostas do depoente. Girão disse esperar que, a partir de agora, a comissão passe a investigar também “os bilhões de reais repassados pela União a estados e municípios durante a pandemia”.
Segundo ele, a Polícia Federal teve mais de 60 operações em 2020 contra denúncias de irregularidades no uso desse dinheiro por alguns estados e municípios. Girão quer “seguir o dinheiro”, pois há denúncias de respiradores superfaturados e hospitais de campanha desativados, por exemplo.
“Tem muita coisa pra gente explicar. Desvio de verba pública em época de pandemia, definitivamente, não é apenas corrupção, é assassinato” afirmou Girão. Pazuello nega pressão de Bolsonaro em defesa da cloroquina 24 senadores estão na lista para fazer perguntas a Pazuello A segunda parte do depoimento de Pazuello deverá ser, novamente, de questionamentos árduos ao ex-ministro. Estão inscritos 24 senadores, e a maior parte deles não integra a base de apoio ao governo Bolsonaro. Os parlamentares que devem fazer perguntas a Pazuello são:
Eduardo Braga, que teve sua fala interrompida nesta quarta por conta da suspensão da sessão; Marcos Rogério (DEM-RO) Otto Alencar (PSD-BA) Ciro Nogueira (PP-PI) Randolfe Rodrigues (Rede-AP) Eduardo Girão (Podemos-CE) Jorginho Mello (PL-SC) Marcos do Val (Podemos-ES) Angelo Coronel (PSD-BA) Alessandro Vieira (Cidadania-SE) Simone Tebet (MDB-MS) Rogério Carvalho (PT-SE) Fernando Bezerra (MDB-PE) Luis Carlos Heinze (PP-RS) Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) Jorge Kajuru (Podemos-GO) Leila Barros (PSB-DF) Zenaide Maia (Pros-RN) Izalci Lucas (PSDB-DF) Vanderlan Cardoso (PSD-GO) Giordano (PSL-SP) Fabiano Contarato (Rede-ES) Roberto Rocha (PSDB-MA) Jean Paul Prates (PT-RN)
Como o depoimento de Pazuello será retomado nesta quinta-feira, acabou sendo adiada a audiência com a médica Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde e defensora do tratamento precoce e do uso da cloroquina em pacientes de Covid-19. O testemunho de Mayra foi remarcado para a próxima terça-feira (25).
CPI vota requerimentos antes de retomar depoimento de Pazuello Antes de dar continuidade ao depoimento de Pazuello, a CPI da Covid deve votar uma série de requerimentos nesta quinta. Entre os 27 pedidos na pauta estão a convocação do empresário Carlos Wizard, apontado como integrante de um suposto conselho paralelo de saúde, além de executivos da empresa White Martins, que fornece oxigênio para hospitais.
No requerimento de convocação de Carlos Wizard, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) lembra que Wizard é apontado como um dos integrantes de uma espécie de “ministério paralelo” da saúde, que teria atuado junto ao governo federal na defesa de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. O requerimento é o único de convocação na pauta. Os outros pedidos de oitiva estão na forma de convite.
Entre esses requerimentos estão os que pedem depoimentos de dois executivos da empresa White Martins: Paulo Barauna e Christiano Cruz. Autor dos requerimentos, o senador Eduardo Braga lembra depoimento de Christiano Cruz ao Ministério Público Federal. O executivo relatou que a White Martins só conseguiu se reunir com integrantes do Ministério da Saúde para relatar pessoalmente o grave problema na disponibilidade de oxigênio no Amazonas às vésperas do colapso. Nesta quarta-feira Pazuello disse à CPI que a pasta não foi comunicada pela White Martins sobre a falta de oxigênio em Manaus.
Os senadores podem votar ainda requerimentos de convite a especialistas em saúde e medicina. Podem ser chamados a depor Natalia Pasternak Taschner, fundadora do Instituto Questão de Ciência (IQC); Fernando Zasso Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS); José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde; Cláudio Maierovitch, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Clovis Arns da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia; e Zeliete Zambom, presidente da Sociedade Brasileira Medicina de Família.
Também há pedidos de audiência pública com o virologista Átila Iamarino e com representantes do Conselho Nacional de Saúde. Os requerimentos de convite foram apresentados pelos senadores Marcos do Val (Podemos-ES), Alessandro Vieira, Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL).