domingo, 16 de maio de 2021

A ORIGEM DA COVID

 


Por
Jimmy Quinn
National Review – Gazeta do Povo

| Foto: Pixabay

Por mais de um ano, um certo grupo de pesquisadores ridicularizou a ideia de que a Covid-19 pode ter inicialmente escapado de um laboratório em Wuhan, na China, tratando-a como uma teoria da conspiração. Agora, o controle deles sobre essa narrativa dentro da comunidade científica está diminuindo, à medida que um número cada vez maior de especialistas pede um olhar mais atento para essa hipótese de vazamento de laboratório.

Em uma carta publicada nesta sexta-feira na Science, 18 cientistas pedem uma investigação sobre as origens da pandemia que não descarte a possibilidade de um vazamento de laboratório. “Tanto a teoria de liberação acidental de um laboratório quanto a de transbordamento zoonótico [quando um patógeno é transmitido de animais para humanos] permanecem viáveis”, eles escrevem. “Saber como a Covid-19 surgiu é fundamental para orientar as estratégias globais de mitigação do risco de surtos futuros.”

Esses pesquisadores incluem o Dr. Ralph Baric, um importante especialista em coronavírus que tem pesquisas sobre coronavírus em morcegos com a Dra. Shi Zhengli, do Instituto de Virologia de Wuhan, e vários outros virologistas proeminentes. Eles se juntaram ao diretor-geral da OMS, autoridades de inteligência e outros especialistas do governo dos EUA para afirmar que tal vazamento continua sendo uma explicação possível, apesar das conclusões de um estudo conjunto da OMS e da China de que tal teoria é “extremamente improvável”. Assim como o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, e 13 outros países que assinaram uma declaração liderada pelos EUA após a publicação do relatório, eles levantam preocupações sobre como o painel chegou às suas conclusões.

A carta dos pesquisadores é publicada no momento em que membros do Congresso americano começam a intensificar o escrutínio de um possível vazamento de laboratório como origem do novo coronavírus. A carta dos cientistas já chamou a atenção dos legisladores americanos envolvidos nas ações de investigação da Covid. Os representantes Cathy McMorris Rodgers, Brett Guthrie e Morgan Griffith disseram em um comunicado: “Estamos ansiosos para trabalhar com eles e com todos os que seguirão a ciência para completar esta investigação”.

Jamie Metzl, consultor da OMS e membro sênior do Atlantic Council, grupo de pesquisas sobre questões internacionais, explicou o significado da carta no Twitter. “A mordaça sobre a consideração pública de um acidente de laboratório como uma possível origem da pandemia acaba de ser quebrada. Após a publicação da carta à Science, será irresponsável para qualquer periódico científico ou veículo de comunicação não representar detalhadamente esta hipótese viável”.

Os autores da carta da Science consideram que o relatório conjunto da OMS e da China é falho e avalia as probabilidades das diferentes teorias sobre a origem do vírus que o painel avaliou: “Embora não tenha havido nenhuma descoberta que corrobore claramente com o transbordamento natural e nem com um acidente de laboratório, a equipe avaliou a hipótese de transbordamento zoonótico de um hospedeiro intermediário como ‘provável a muito provável, e um incidente de laboratório como ‘extremamente improvável'”.

Os autores da carta acrescentam: “Além disso, as duas teorias não foram consideradas de maneira equilibrada. Apenas 4 das 313 páginas do relatório e seus anexos abordaram a possibilidade de um acidente de laboratório”.

A carta não afirma que a hipótese de vazamento de laboratório é mais viável do que a teoria da origem zoonótica. É significativo, no entanto, que uma carta em uma importante revista científica está colocando essas duas teorias em pé de igualdade.

O Lancet, outro periódico científico, rejeitou uma carta submetida por 14 biólogos e geneticistas em janeiro, que argumentava que “a origem de laboratório não pode ser descartada formalmente”.

Algumas figuras associadas ao Lancet descreveram o cenário de vazamento de laboratório como uma teoria da conspiração, incluindo Jeffrey Sachs, presidente da comissão de Covid da revista médica, e Peter Daszak, presidente do subcomitê sobre as origens da Covid da comissão. Daszak, cujo grupo de pesquisa sem fins lucrativos recebeu centenas de milhares de dólares dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA para estudos sobre coronavírus de morcegos no Instituto de Virologia de Wuhan, era membro do painel conjunto da OMS e da China e enfrentou acusações de que não revelou potenciais conflitos de interesse.

Richard Ebright, professor de biologia química da Rutgers University, disse ao National Review no mês passado que as iniciativas deles ajudaram a criar a falsa impressão de que existe um consenso científico contra a possibilidade de uma origem por vazamento de laboratório. “Não existia tal consenso à época. Não existe tal consenso agora”, disse ele.

Esta última participação no debate, nas páginas de um jornal científico proeminente, mostra que as bases estão se afastando de uma narrativa vazia que tem sido muito difundida desde o início da pandemia.

©2021 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/carta-science-narrativa-origem-covid-teoria-vazamento-laboratorio/
Copyright © 2021, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

PANDEMIA AFETOU AS EMPRESAS

 

Por
Vandré Kramer – Gazeta do Povo

Segmento de viagens e turismo foi o mais afetado pela pandemia, aponta pesquisa da PwC| Foto: Skitterphoto/Pixabay

Sete em cada dez negócios no mundo foram impactados negativamente pela pandemia da Covid, aponta um estudo feito pela consultoria internacional PwC. No Brasil, o reflexo foi um pouco menor: 62% tiveram os negócios prejudicados. A pesquisa ouviu a percepção de mais de 2,8 mil executivos, de 29 setores e de 73 países – 135 dos entrevistados atuam no Brasil.

Um dos setores mais afetados foi o de viagens e hospitalidade, prejudicado pela forte exposição às políticas de distanciamento social e aos lockdowns.

A estimativa do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) é que, no ano passado, o setor tenha deixado de obter US$ 4,5 trilhões em receitas – o equivalente a três PIBs brasileiros. Cerca de 62 milhões de empregos, ou 18,5% do total, foram perdidos. O turismo doméstico encolheu 45% e o internacional, 69,2%, comparativamente a 2019.

No Brasil – onde, segundo o WTTC, as viagens e turismo responderam em 2019 por 10,3% do PIB e por um em cada dez empregos –, os serviços de alojamento e alimentação tiveram uma queda de 33,9% na sua receita, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O transporte terrestre encolheu 10,1% e o aéreo, 49,1%.

Outro segmento que teve fortes impactos negativos foi o de educação superior. A pesquisa da PwC aponta que 83% dos negócios foram impactados negativamente. “Eles foram afetados também pela política de distanciamento social, pela queda da confiança e pela queda na renda”, explica Adriano Vargas, sócio da consultoria.

A produção industrial e as montadoras de veículos completam o pódio dos impactados negativamente pela Covid. Oito em cada dez empresas foram afetadas.

No Brasil, a produção industrial caiu 4,5%, de acordo com o IBGE. Um dos segmentos mais afetados foi a indústria automobilística. Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que em 2020 as montadoras produziram 1,6 milhão de unidades, patamar próximo ao de 2003.

Como você avalia o desempenho da economia brasileira neste momento?
Está melhor que no início do ano
Está pior que no início do ano
Não melhorou nem piorou
Os principais impactos
Os principais impactos na atividade econômica foram no modelo de operação das cadeias produtivas, na forma do trabalho e na saúde financeira das empresas.

Muitas cadeias acabaram sofrendo problemas de estruturação com a queda abrupta da produção e a aceleração da demanda, passados os piores momentos da crise. No Brasil, por exemplo, o preço das matérias primas aumentou 66,6% nos 12 meses encerrados em abril, aponta a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A forma de trabalhar é um dos impactos mais evidentes das transformações registradas no último ano, aponta Vargas. “Houve uma migração, em muitos casos, da força de trabalho do ambiente presencial para o remoto. E, com isso, houve uma conjugação da vida profissional com a pessoal.”

Outro impacto relevante foi na saúde financeira e na liquidez das empresas. Receitas deixaram de entrar no caixa das empresas e, diante do aumento das incertezas, uma das estratégias adotadas, lembra o executivo, foi a suspensão e o adiamento dos investimentos.

A resposta das empresas
Segundo a pesquisa, 71% dos líderes no Brasil trabalharam com um plano de resposta a crises durante a pandemia, ante 62% dos entrevistados no mundo; e 88% dos brasileiros declararam ter reagido à crise levando em conta as necessidades físicas e emocionais dos empregados, ante 80% dos respondentes globais.

Por outro lado, apenas 54% dos líderes brasileiros modificaram a estratégia corporativa em resposta à crise, ante 77% dos entrevistados internacionais. Em um exercício de autocrítica, 98% dos líderes de negócios no Brasil afirmaram que seus recursos de gestão de crises precisam ser melhorados, índice pouco acima dos 95% observados globalmente.

A natureza da crise – inicialmente sanitária e que depois teve reflexos econômicos e políticos – acabou assustando muita gente. “Ela teve efeitos profundos sobre a estratégia das empresas”, diz Vargas.

Uma pesquisa feita pela consultoria em 2019 revelava que 95% dos executivos ouvidos pela PwC esperavam por uma crise em um horizonte de dois anos, mas uma pandemia não estava entre as principais ameaças identificadas.

E muita gente foi pega desprevenida. Só 35% das organizações tinham um plano bem estruturado de resposta à crise. “A maioria não se preparou. A pesquisa convida à reflexão e propõe que todos apostem na resiliência como forma de superar tempos difíceis”, diz Leonardo Lopes, sócio da PwC Brasil.

Lições de estratégia que ficam da pandemia
As organizações que hoje estão em melhor situação têm uma probabilidade significativamente maior de terem dado atenção substancial à resiliência organizacional e planejaram como responder a interrupções significativas de seus negócios.

Segundo a pesquisa, 92% das empresas que tinham um processo de revisão de suas ações em vigor antes da Covid-19 e que realizaram uma revisão formal de sua resposta à pandemia também planejam ter um processo em vigor para crises futuras. Sete em cada dez organizações estão planejando aumentar seus investimentos na construção de resiliência e, entre líderes de risco, esse número chega a nove em cada dez.

“A crise deflagrada pela pandemia mostrou que as empresas não precisam investir em uma ‘receita de bolo’, mas em formas efetivas de resiliência operacional. Isto passa por desenvolver, como alicerce, protocolos de gestão de crises; treinamento e conscientização das pessoas e a integração desses planos à estratégia das empresas”, conclui Vargas.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/pandemia-estrategia-negocios-impacto-empresas-pwc/
Copyright © 2021, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

sábado, 15 de maio de 2021

CONSEQUÊNCIAS DO COVID 19

 

Hipótese era de que havia restos de vírus na garganta dos pacientes mesmo após a cura, mas nova explicação envolve integração do Sars-CoV-2 no genoma humano

Fernando Reinach, O Estado de S.Paulo

O método mais sensível para saber se uma pessoa está infectada pelo Sars-CoV-2 consiste em coletar uma amostra da secreção presente na garganta e nas narinas. Em seguida, se usa o PCR para detectar a presença do RNA do vírus na amostra. Se o resultado for positivo, a pessoa está infectada: é o famoso teste de PCR. O problema é que, mesmo após a pessoa estar curada, esse teste continua dando resultados positivos em muitos casos.

Isso ocorre porque fragmentos do RNA do vírus continuam presentes na garganta da pessoa por meses. Mas de onde viriam esses fragmentos se o vírus foi eliminado pelo sistema imune e a pessoa está curada? Até agora a explicação era que mesmo depois da cura sobrariam restos do vírus na garganta. Agora foi descoberto que a explicação é outra.

Fernando Reinach
O biólogo Fernando Reinach  Foto: Clayton de Souza/Estadão

O genoma do Sars-CoV-2 consiste em uma molécula de RNA recoberta por uma cápsula de onde saem os espinhos que aparecem nas fotos. Após invadir uma célula humana, o RNA presente no vírus é liberado e multiplicado, gerando um número enorme de outras moléculas de RNA que são encapsuladas, se transformando em novas partículas virais. Essa nova geração de vírus é liberada e infecta outras células. É assim que o vírus se espalha pelo corpo.

Faz muitos anos que sabemos que moléculas de RNA presentes no interior de uma célula humana podem ser transformadas em moléculas de DNA e essas moléculas de DNA ocasionalmente podem ser inseridas no DNA da célula hospedeira. 

Sabendo disso, os cientistas resolveram investigar se isso acontecia com o RNA do Sars-CoV-2. Para tanto, usaram diversos métodos que consistem em isolar o DNA de células infectadas, sequenciar esse DNA e verificar se pedaços de DNA com sequências do Sars-CoV-2 estão presentes. Não só os cientistas encontraram diversos fragmentos do vírus em diversas regiões do genoma, mas descobriram que as regiões que delimitam os locais da inserção são típicas de um mecanismo que existe em todos nós e que pode transformar moléculas de RNA em DNA e inseri-las no genoma.

Também foi possível demonstrar que esses fragmentos inseridos não são capazes de produzir novas partículas virais (e por isso a pessoa continua curada), mas produzem fragmentos de RNA que podem ser detectados nos testes de PCR. 

Essas descobertas demonstram que, em muitas pessoas, o vírus, além de invadir as células e continuar a se espalhar pelo corpo até ser combatido pelo sistema imune, também consegue inserir no genoma das células infectadas pedaços do seu genoma – que permanecem no corpo mesmo após ele estar curado. Esses fragmentos continuam a produzir pedaços de RNA e proteína enquanto essas células que foram infectadas e seus descendentes ficarem em nosso corpo. São esses fragmentos de RNA que são detectados pelo teste de PCR em pessoas já curadas.

Ainda não se sabe se esse fenômeno tem alguma consequência além de gerar testes de PCR positivos, mas os cientistas sugerem que esses fragmentos produzidos podem talvez servir como um estímulo contínuo para o sistema imune ou podem estar envolvidos na presença dos sintomas que, em algumas pessoas, podem durar meses após o término da infecção (a chamada covid longa). Esse fenômeno não é único do Sars-CoV-2, ele já foi detectado em infecções por outros vírus. 

O fato é que, após nos curarmos de uma infecção, duas modificações ocorrem em nosso corpo: nosso sistema imune passa a produzir anticorpos e células capazes de combater o vírus e o genoma de parte de nossas células passa a ter fragmentos do genoma do Sars-CoV-2. Essa descoberta pode ter implicações importantes ou ser somente uma explicação de por que algumas pessoas apresentam testes de PCR positivos depois de curadas. É cedo para saber.

MAIS INFORMAÇÕES: REVERSE-TRANSCRIBED SARS-COV-2 RNA CAN INTEGRATE INTO THE GENOME OF CULTURED HUMAN CELLS AND CAN BE EXPRESSED IN PATIENT-DERIVED TISSUES. PROC. NAT. ACAD. SCI. USA https://doi.org/10.1073/pnas.2105968118

* É BIÓLOGO, PHD EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR PELA CORNELL UNIVERSITY E AUTOR DE A CHEGADA DO NOVO CORONAVÍRUS NO BRASIL; FOLHA DE LÓTUS, ESCORREGADOR DE MOSQUITO; E A LONGA MARCHA DOS GRILOS CANIBAIS

PREFEITO DE SÃO PAULO ESTÁ NAS ÚLTIMAS

 

Prefeito da capital paulista encontra-se sedado no Hospital Sírio-Libanês acompanhado de familiares e amigos; político luta contra um câncer há um ano e meio

Adriana Ferraz, Bruno Ribeiro e Pedro Venceslau, O Estado de S.Paulo

Após um ano e meio lutando contra um câncer agressivo, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), de 41 anos, teve uma piora em seu quadro de saúde e, de acordo com boletim médico, seu estado é irreversível. Nota divulgada nesta sexta-feira, 14, pelo Hospital Sírio-Libanês afirma que o tucano segue recebendo medicamentos analgésicos e sedativos cercado por parentes e amigos. “O quadro clínico é considerado irreversível pela equipe médica.” 

Auxiliares próximos, como o secretário-executivo Gustavo Pires, e o secretário de Governo, Rubens Rizek, permaneciam no hospital até as 22h para dar auxílio a familiares que estavam no quarto com Covas, sem falar com a imprensa. Ele chegou por volta das 20h40, acompanhado do padre João Paulo Rizek, seu irmão. O religioso foi contemporâneo de prefeito na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP, e foi ao hospital a convite da família. 

Covas
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, durante a campanha à reeleição Foto: Valeria Gonçalvez/Estadão

Segundo o Estadão apurou, os médicos administraram um sedativo paliativo por volta das 18h. A família havia sido avisada um dia antes de que o quadro não poderia ser revertido. Sob efeito de medicação, Covas recebeu o filho Tomás, de 15 anos, para se despedir. O jovem nunca deixou de acompanhar e incentivar o tratamento do pai.

O tucano está licenciado do cargo desde o dia 2, quando foi internado pela última vez. Logo no dia seguinte, durante a realização de um exame para descobrir a causa de uma anemia, os médicos identificaram um sangramento e o levaram para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) intubado.

Após melhora, o prefeito foi extubado e transferido para um quarto, onde chegou a receber visitas e postar mensagens de otimismo em suas redes sociais, ora acompanhado do filho ora de políticos.

Nesta semana, Covas havia sinalizado disposição e postou fotos ao lado do prefeito em exercício, Ricardo Nunes (MDB); do governador João Doria (PSDB); do presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM); e do vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB). De seu quarto no hospital, ele chegou a participar da articulação política que resultou na migração de Garcia, que antes era do DEM, para o quadro tucano. 

“O PSDB de São Paulo ganha muito com sua chegada, reforçando nosso time com sua experiência administrativa e política”, escreveu Covas, acalmando tucanos que se posicionaram contra a mudança em favor de Geraldo Alckmin – de quem o prefeito paulistano também é próximo.

Na conversa com Nunes, no cargo desde o último dia 3, Covas tratou sobre temas da cidade que seguia acompanhando mesmo do hospital. O emedebista sempre foi classificado por Covas como um aliado leal que, quando solicitado, tocava a administração conforme as diretrizes tucanas.

O prefeito descobriu que tinha câncer em outubro de 2019, quando exames que vinham sendo realizados para investigar o surgimento de uma trombose apontaram a existência de três tumores – um no fígado, um na cárdia (a transição entre o estômago e o esôfago) e outro nos gânglios linfáticos. Os médicos atacaram a doença com imunoterapia e quimioterapia, e dois dos três tumores chegaram a desaparecer. 

Ao longo de 2020, com o sucesso do tratamento, Covas pôde tocar seu projeto de reeleição e, mesmo com a pandemia, chegou a fazer campanha na rua e participar normalmente de debates e entrevistas presenciais ou online. 

Em novembro, obteve sua maior vitória eleitoral, vencendo Guilherme Boulos (PSOL) em segundo turno e sagrando-se prefeito da capital pelo voto de mais de 3 milhões de paulistanos. Seu avô, o ex-governador Mário Covas, também comandou a cidade, mas por escolha indireta.

Em fevereiro deste ano, no entanto, exames identificaram um novo tumor no fígado e Covas retornou à quimioterapia. Entretanto, ao longo desta nova etapa do tratamento, a doença se mostrou mais agressiva, se espalhando para mais pontos do fígado e ossos.

Quando diagnosticado já em estágio avançado, com metástase – como foi o caso da doença do prefeito –, o câncer de estômago não costuma ter um bom prognóstico e pode levar a pessoa à morte em poucos meses. O avanço das células tumorais para todo o organismo explica a agressividade da doença.

O tumor de Covas surgiu na cárdia, espécie de válvula entre o estômago e esôfago, e já tinha focos no fígado e linfonodos quando foi descoberto. Segundo o cirurgião oncológico Alexandre Ferreira Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), a sobrevida média de pacientes com esse diagnóstico é de 8 a 18 meses. 

“A chance de cura deste câncer se dá no diagnóstico precoce. Quando ele já está em fase metastática, não se pode falar em cura, mas em sobrevida”, afirmou o especialista.

O médico disse que a piora acelerada do prefeito coincide com o espalhamento da doença para regiões importantes do corpo. “Se a doença chega aos ossos, quer dizer que ela já está na corrente sanguínea e há um comprometimento sistêmico. A evolução é muito rápida porque as células tumorais começam a se disseminar com grande rapidez”, explica.

O tratamento do câncer de estômago depende, portanto, do estágio da doença. Nos casos em que não há metástase, a indicação é a cirurgia para a remoção do tumor. Na doença metastática, a opção é o controle da doença com quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

Os médicos de Covas, assim como o prefeito, lançaram mão de todas as opções de tratamento possíveis. Até o início do mês, o prefeito conseguia manter uma rotina de trabalho intensa, seja no gabinete da Prefeitura ou no hospital.

Repercussão

Líderes partidários, aliados e adversários políticos do prefeito Bruno Covas lamentaram o anúncio da piora em seu estado de saúde. Colega de partido de Covas, o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB-AM) lembrou da batalha do avô de Bruno contra a mesma doença. “Ele é valente como seu avô”, escreveu Virgílio no Twitter. “Mário Covas, junto com meu pai, foi meu maior exemplo na política. Tal avô, tal neto. Mário foi meu mestre, Bruno é meu companheiro e amigo.”

Covas também recebeu mensagens de apoio dos concorrentes nas últimas eleições, da qual ele saiu vitorioso. “Minhas orações, pensamentos e energias positivas para o prefeito”, registrou Orlando Silva (PCdoB) nas redes sociais. “Deixemos as posições políticas de lado neste momento para desejar força ao prefeito Bruno Covas e à família. Força e boas energias”, escreveu Marina Helou (Rede). 

O vereador Eduardo Suplicy (PT), o mais velho da Câmara Municipal, escreveu que ainda torcia pelo prefeito. “Dada a notícia de irreversibilidade da condição de saúde do prefeito Bruno Covas, transmito a todos a minha tristeza, oração a Deus, vontade que possa ainda ocorrer um milagre para que ele se recupere plenamente.” / COLABORARAM FABIANA CAMBRICOLI e TULIO KRUSE

MARKETPLACE E SUA IMPORTÂNCIA PARA VENDAS

 

Você já ouviu falar no conceito de marketplace? Talvez você não o conheça por esse nome, mas provavelmente já deve ter ouvido falar sobre esse tipo de estratégia na internet.

Marketplaces são ótimas ferramentas utilizadas para ajudar as lojas virtuais de pequeno ou médio porte a alavancar suas vendas e alcançar um público muito maior.

Interessado em saber mais sobre o assunto? Então continue conosco!

O que é marketplace?

Imagine uma pequena vendinha de sucos localizada em uma rua de uma cidade do interior. Apesar do pouco movimento, a vendinha consegue se sustentar, mas não obtém o lucro que gostaria.

Um dia, vários outros empresários donos de vendinhas de sucos se juntam para ocupar um lugar numa praça de grande movimentação, que passa a ser conhecida como a “Praça do Suco”, cujo local é visitado por pessoas interessadas em provar os diferentes tipos de sucos da região.

A vendinha entra nesse negócio e agora ganha o dobro ou o triplo, apesar da concorrência no mesmo local.

Essa história pode ser considerada uma analogia a um marketplace. pois, basicamente, estamos falando de locais na internet que reúnem vários e-commerces e lojistas para divulgarem seus produtos para uma audiência bem maior.

Para você que está se perguntando o que é Marketplace, ele nada mais é do que um Shopping Virtual onde são encontradas diversas lojas em um único lugar.

Tipos de marketplaces

Os Marketplaces são divididos em alguns tipos e os principais são:

B2B – Business to Business

O que é Marketplace B2B? É aquele em que empresas direcionam suas vendas para outras empresas, sendo necessário o cadastro usando CNPJ.

B2C – Business to Consumer

Esse modelo de Marketplace tem o foco dos lojistas voltado ao consumidor final como pessoa física como a Valeon.

C2C – Consumer to Consumer

Esse modelo de Marketplace transforma consumidores também em vendedores e os conecta a outros consumidores, sendo Mercado Livre e OLX ótimos exemplos para esse tipo.

O Marketplace é uma grande oportunidade para os lojistas apresentarem seu produto em uma loja já estabelecida no mercado, e que já possui a confiança dos consumidores como a Valeon.

á para os consumidores, a grande vantagem é encontrar uma variedade maior de produtos e com uma concorrência grande entre os lojistas, que acaba resultando em um preço mais competitivo e melhores condições de pagamento.


Vantagens de usar os marketplaces

Agora que você já sabe o que é Marketplace, vamos as vantagens desse modelo para seu e-commerce:

Visibilidade

Com certeza, a visibilidade é a vantagem principal de se vender em Marketplaces.

Por já estarem há bastante tempo no mercado, a quantidade de visitas que recebem será bem maior do que a de um novo e-commerce, sendo assim, o investimento para atingir um público considerável é muito menor.

Como você está em uma plataforma com diversas grandes marcas, a procura por elas acaba gerando uma maior quantidade de acessos e, consequentemente, ao seu produto.

Por isso, o custo para ser encontrado pelo consumidor acaba sendo bastante reduzido e o retorno gerado é maior, considerando o baixíssimo valor investido em publicidade em relação ao necessário para se trazer essa mesma quantidade de acessos para um novo e-commerce.

Além disso, com o passar do tempo, seu produto será conhecido por ser vendido em um local de confiança e, isso pode fazer com que os consumidores confiem também em sua marca, trazendo parte desse acesso diretamente para sua loja.

Aumento das vendas

Devido a grande audiência dos marketplaces, a possibilidade de se realizar mais vendas em um menor espaço de tempo é maior para aqueles lojistas que estão presentes no mesmo, com isso, você irá conquistar um maior número de clientes e aumentar de forma mais rápida a confiança dos consumidores a respeito de sua marca.

Levando em consideração as grandes vantagens que o marketplace possui, ele irá atrair uma quantidade elevada de vendedores interessados em aderir a essa plataforma e, assim, a concorrência pelos preços mais baixos será bem acirrada, fazendo com que se especializar em seu produto e entender bem a demanda de seu cliente seja um fator a mais para driblar tal concorrência.

Agora que sabemos o que é marketplace e todo o conceito que o envolve, podemos concluir que este modelo de vendas é bastante amplo e pode ser muito explorado por diversos segmentos diferentes, fazendo com que se torne uma ótima ferramenta de vendas, principalmente quando ainda não se possui uma marca consolidada no mercado.

Então, a Startup Valeon um Marketplace da região do Valeo do Aço que criou a sua Plataforma Comercial com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos conseguindo desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

  • Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;
  • Temos excelente custo x benefício;
  • Nossos sites: (https://valedoacoonline.com.br/ e https://valeonnoticias.com.br/) têm grande penetração no mercado consumidor com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado;
  • A nossa Plataforma Comercial Valeon permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;
  • Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;
  • O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;
  • A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;
  • Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.

A introdução da nossa Startup nas empresas, vai assegurar modelos de negócios com métodos mais atualizados, inovadores e adaptáveis, características fundamentais em tempos de crise, porque permite que as empresas se reinventem para continuarem as suas operações.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

COLUNA ESPLANADA DO DIA 15/05/2021

 

Leandro Mazzini – Jornal Hoje em Dia

Urna eletrônica

Foi-se o tempo em que, de posse da caneta dentro de um cubículo de papelão, o eleitor sentia-se livre para manifestar suas fantasias eleitorais. Então, ciente de que só um santo concebe um milagre e que é impossível a presença de um político metafísico neste mundo, o cidadão não titubeava em rabiscar a cédula: “Deus para presidente!”. Isso, quando não chateado pela consumação de um feriado sem graça, mandava todos os postulantes — a qualquer cargo — para um lugar comum, menos para os palácios de governo. E, quando confuso com tantos números a decorar, mandava um “Deus salve o país!”. É evidente que a implantação da urna eletrônica há 25 anos não foge à democracia. Tem-se o direito ao voto — agora pelo teclado — ou à justificativa da ausência dele, mas a máquina cheia de números suprime, de certa forma, a liberdade de pegar numa caneta e opinar no papel sobre a postura de um candidato. Mandar alguém para Brasília, democraticamente, ou para o Afeganistão, discretamente.

Bodas de prata
Nos 25 anos da urna eletrônica completados ontem, o TSE deixou recado entrelinhas, no seu portal, ao presidente Bolsonaro: de que voto impresso já era.

Lembrete
Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF e hoje advogado, ainda está filiado ao PSB – que rachou por ora entre candidatura própria ou apoio a Lula da Silva.

Troca de boton
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, vai trocar o PSD pelo Progressistas. Para não ser expulso do DEM, o deputado Luiz Miranda está correndo para o Republicanos.

Menin na FM…
A Rádio Itatiaia, a mais tradicional de Minas Gerais (BH e mais três cidades), comprada pelo empresário Rubens Menin (MRV), é tão poderosa na audiência que ajudou a eleger um senador, dois deputados federais e dois vereadores só nas últimas eleições. É até apelidada de PRI: Partido da Rádio Itatiaia.

…e no D’oro
O empreiteiro, também controlador da CNN Brasil, que ficou bilionário construindo casas e prédios populares, repetiu em Portugal o investimento de brasileiros amantes do bom vinho: adquiriu 50 hectares de uma centenária vinícula às margens do Rio D’Oro.

Mistério
É um mistério até hoje no Palácio. Nem a Secom soube responder, tampouco a agenda presidencial ditou seu perfil, como praxe para outros visitantes: ninguém sabe quem é Mariza Almeida de Souza Mendonça, que teve reunião com o presidente há três semanas, cuja pauta não foi divulgada.

Meus inimigos
Em visita a Maceió ontem, o presidente Jair Bolsonaro deixou claro que colocará a máquina do Governo a favor dos adversários do senador Renan Calheiros até as eleições do ano que vem. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o senador Fernando Collor e o prefeito de Maceió, JHC, estão na lista de prioridades.

Cerco…
Em meio à CPI da Covid, a tropa de choque de Bolsonaro na Câmara volta suas armas para o governador gaúcho Eduardo Leite, um dos pré-candidatos do PSDB à presidência da República. Na Comissão de Seguridade Social e Familia, entrou em pauta ontem um pedido do deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RS) para que a Comissão e TCU fiscalizem os recursos federais destinados à pandemia naquele estado.

...a adversários
Relator do mesmo partido e Estado do governador, Lucas Redecker (PSDB/RS) deu parecer pelo requerimento. Mas Uldorico (PROS-BA) e Benedita da Silva (PT-RJ) pedirem vistas e tiraram o assunto da pauta por pelo menos duas semanas.

Contas públicas
O Índice de Gestão Municipal Aquila, ferramenta de big data, aponta que 23% dos municípios brasileiros apresentam déficit fiscal em suas contas. Além disso, 61 cidades apresentam endividamento com comprometimento superior a um ano fiscal completo. O IGMA contempla 39 indicadores públicos de todos os 5.570 municípios brasileiros.

Esplanadeira
# Locaweb Digital Conference acontece em nos dias 26 e 27.
# Costão do Santinho Resort apresenta projeto de turismo de aventura para consumidores.
# Mercado Livre abre inscrições para 3º edição do Empreender com Impacto.
# 7ª Olimpíada de Língua Portuguesa, do Itaú Social, tem prazo de inscrições ampliado para dia 20.

BOLSONARO DEFENDE PAZUELLO

 

 Emilly Behnke – Poder 360

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (13.mai.2021) que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado ajuda o governo “politicamente“. O chefe do Executivo também afirmou que o ex-ministro Eduardo Pazuello “fez tudo certo no ano passado” em relação a aquisição das vacinas contra o novo coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, na lide desta 5ª feira (13mai)© Reprodução/Facebook O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, na lide desta 5ª feira (13mai)

É uma CPI que realmente está ajudando a gente politicamente, mas não quero ajuda politica, quero ajudar a população, ajudar com a vacina“, disse em live em suas redes sociais nesta noite. Ao citar o depoimento de Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer na América Latina, Bolsonaro disse que a “questão da vacina foi esclarecida“. Ele justificou que o Brasil adquiriu mais vacinas da farmacêutica neste ano do que foi oferecido em 2020 pela empresa.

“Acabou a narrativa. Não podíamos assinar o contrato tinha muita incerteza jurídica, além da incerteza sanitária, que a Anvisa tinha que dar o aval“, declarou. “Fizemos a coisa certa, Pazuello acertou em tudo que fez ano passado. Está tudo esclarecido. Obrigado Renan Calheiros. Muito obrigado. Agora, você tem que fazer as pazes com seu eleitor lá de Alagoas, você está meio queimado“, afirmou.

Pazuello é tem oitiva marcada na CPI no próximo dia 19, mas a AGU (Advocacia Geral da União) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus para que o ex-ministro possa ficar em silêncio em seu depoimento.

Na live, Bolsonaro criticou o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), e o chamou de “falastrão“. Segundo o presidente, o relator teria se recusado a apurar na CPI os repasses da União feitos a estados e municípios durante a pandemia. O chefe do Executivo afirmou que a CPI funciona como “palanque” e que atrapalha os trabalhos do Senado e de autoridades convocadas.

Nem era para ter CPI. Ela para, em parte, o trabalho do Senado […] O ministro da Saúde teve que ficar lá um dia perdendo tempo na CPI, em vez de estar trabalhando perdeu um dia de trabalho lá na CPI“, disse.

Em seu depoimento, Carlos Murillo afirmou que o governo brasileiro recebeu 6 propostas para comprar vacinas da Pfizer contra a covid-19 até fechar contrato com a farmacêutica. O presidente voltou a repetir que o governo não tinha garantia jurídica para adquirir as vacinas ofertadas pela Pfizer no fim do ano passado.

GOVERNO E BUTANTAN DIVERGEM

 

 Por Rodrigo Viga Gaier – REUTERS

Ministro Marcelo Queiroga© Reuters/ADRIANO MACHADO Ministro Marcelo Queiroga

RIO DE JANEIRO (Reuters) -O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira que o atraso no envio do insumo farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, ao Instituto Butantan se deve a uma questão “contratual”, o que levou a entidade vinculada ao governo de São Paulo a reiterar que não há problemas no contrato com a farmacêutica, mas uma demora na autorização de exportação pelo governo da China.

Em cerimônia no Rio de Janeiro para vacinação de atletas que representarão o Brasil na Olimpíada de Tóquio neste ano, Queiroga negou ainda que existam problemas diplomáticos entre Brasil e China.

“Temos relações muito boas com todos os países, inclusive com a China, que é um parceiro comercial importante do Brasil… Já me reuni duas ou três vezes com o embaixador (da China no Brasil Yang) Wanming e não há nenhum problema diplomático do Brasil com a China”, disse Queiroga em cerimônia no Rio de Janeiro para vacinação .

“A questão do Butantan com a China é contratual e espero que o suprimento ocorra normalmente para que produção se regularize e para que tenhamos a CoronaVac como acontece desde o começo do ano”, acrescentou o ministro.

Nesta sexta, o Butantan entregou um lote de 1,1 milhão de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e paralisou sua produção devido à falta de IFA importado da China para o envase de doses.

Em nota, o Butantan negou problemas contratuais com a Sinovac e apontou as declarações recentes de autoridades do governo federal contrárias à China como possíveis responsáveis pela demora na liberação de autorização de exportação do IFA por Pequim.

“O Instituto Butantan esclarece que não há qualquer entrave relativo à disponibilização de IFA ao Butantan por parte da biofarmacêutica Sinovac”, disse o instituto em nota.

“Há mais cerca de 10 mil litros (de IFA) –correspondentes a aproximadamente 18 milhões de doses– à disposição, aguardando autorização de embarque por parte do governo chinês. Questões referentes à relação diplomática Brasil x China, incluindo recentes declarações de autoridades federais brasileiras, podem, sim, estar interferindo diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos.”

Mais cedo, em entrevista coletiva antes da fala de Queiroga, o presidente do Butantan, Dimas Covas, também afirmou que não existem problemas contratuais com a Sinovac.

“Do ponto de vista da nossa relação contratual com a Sinovac não temos nenhum problema. O problema é a liberação, que tem que ser o mais rápido possível”, afirmou na ocasião.

(Reportagem adicional de Eduardo Simões, em São PauloEdição de Alexandre Caverni e Maria Pia Palermo)

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...