domingo, 18 de abril de 2021

TECNOLOGIA BRASILEIRA SALVA VIDAS

 

 Poder360 

Um tomógrafo por impedância elétrica desenvolvido pela empresa paulista Timpel ajudou médicos do Massachusetts General Hospital, em Boston, nos Estados Unidos, a reduzir em 80% a necessidade de pacientes com insuficiência respiratória aguda e indicação de terapia de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) serem submetidos ao tratamento. A terapia é popularmente conhecida como “pulmão artificial” e adotada em casos muito graves de covid.

Tomógrafo desenvolvido por empresa paulista pode evitar uso de terapia mais invasiva em pacientes de covid com insuficiência respiratória© Foto: Reprodução/Governo do Estado de São Paulo Tomógrafo desenvolvido por empresa paulista pode evitar uso de terapia mais invasiva em pacientes de covid com insuficiência respiratória

No Brasil, o caso mais conhecido é o do ator Paulo Gustavo, que está internado com a doença e passa pelo tratamento com ECMO.

Os resultados do estudo foram descritos em artigo publicado na revista Respiratory Care.

“A equipe de resgate pulmonar desse hospital tem utilizado o equipamento que desenvolvemos desde 2016 e vem obtendo resultados espetaculares”, disse Rafael Holzhacker, em palestra apresentada durante o webinar “Empreendedorismo científico e inovação em resposta à covid-19”, realizado pela FAPESP com apoio do Global Research Council em 7.abr.2021.

O tomógrafo desenvolvido pela empresa teve apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). Faz a avaliação da resistência à passagem de uma corrente elétrica (a impedância), que varia substancialmente à medida que o paciente inspira e expira. Ao atravessar o tórax e encontrar diferentes resistências no percurso, a corrente elétrica indica a região dos pulmões por onde o ar está circulando, fornecendo uma informação vital ao médico, em tempo real, à beira do leito.

Isso permite que equipes médicas monitorem ininterruptamente e de forma não invasiva a condição do pulmão de pacientes com insuficiência respiratória. Desse modo, é possível otimizar a ventilação mecânica com o objetivo de reduzir complicações e lesões pulmonares e evitar o prolongamento desnecessário do procedimento.

“A ventilação mecânica é complexa, não intuitiva e apresenta vários perigos que não são visíveis à beira do leito. Além disso, as respostas dos pacientes são muito heterogêneas”, apontou Holzhacker.

A evolução dos pacientes durante a intubação é lenta e a estratégia de ventilação mecânica adotada em um caso pode não funcionar em outro.

“Por isso, é muito importante a equipe médica ter indicadores individualizados para visualizar a condição do pulmão de um paciente para realizar a ventilação mecânica adequadamente, com a finalidade de diminuir o tempo de dependência e, consequentemente, os efeitos colaterais da intubação”, afirmou Holzhacker.

UTILIZAÇÃO NOS EUA

Com o auxílio do equipamento, a equipe médica do Massachusetts General Hospital desenvolveu estratégias de ventilação mecânica individualizada para 15 pacientes com insuficiência respiratória aguda internados na instituição e com indicação de ECMO.

Por meio de manobras de ventilação mecânica visualizadas por meio do tomógrafo, eles conseguiram que apenas dois dos 15 pacientes com indicação de ECMO fossem submetidos ao procedimento, em que o sangue do paciente circula fora do corpo, por meio de cânulas, passa pela bomba e membrana de um equipamento que funciona como um pulmão artificial e retorna oxigenado para o corpo.

“O ECMO é um dos últimos recursos utilizados em uma UTI por ser caro e muito complexo, mas com a pandemia de covid-19 a necessidade dessa terapia foi multiplicada”, disse Holzhacker.

A mesma equipe médica do hospital americano relatou em outro estudo, publicado no início de 2020 na revista Critical Care, ter conseguido também com base na ventilação mecânica individualizada visualizada através do tomógrafo desenvolvido pela Timpel reduzir pela metade o risco de morte de pacientes obesos e com insuficiência respiratória aguda que necessitaram ser intubados.

*Elton Alisson | Agência Fapesp

SUPREMA CORTE BRASILEIRA CHEIA DE ÊRROS E CONFLITOS

 

Nem sempre o Judiciário tem atingido o objetivo de ser especialmente cuidadoso em sua atuação, para gerar confiança e segurança

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Naturalmente, as decisões judiciais suscitam críticas. É impossível que o Judiciário agrade a todas as partes. Daí decorre a importância de o Judiciário ser especialmente cuidadoso em sua atuação, para que, mesmo não agradando a todos, consiga gerar confiança e segurança. Infelizmente, parece que o Supremo Tribunal Federal (STF) nem sempre tem atingido esse objetivo.

Em março, a Segunda Turma do STF, ao avaliar a imparcialidade do juiz Sérgio Moro, deu todos os elementos possíveis para que se duvidasse de sua própria imparcialidade. Ao final do julgamento, parecia haver mais dúvidas, e não menos, se a Justiça tinha cumprido sua função de aplicar isentamente a lei.

Agora, assistiu-se a uma nova repetição do fenômeno no julgamento, no plenário da Corte, sobre a competência da 13.ª Vara da Justiça Federal de Curitiba em relação às ações penais contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De novo, o maior problema não foi o resultado em si, mas o modo como se chegou a ele.

O caso em julgamento era o Habeas Corpus (HC) 193.726, impetrado no fim de 2020, que discutia a competência de uma ação ajuizada em 2016, sentenciada em 2017, com apelação julgada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região em 2018 e recurso analisado pelo Superior Tribunal de Justiça em 2019. Em todas essas instâncias – e também no STF, nas várias vezes em que se debruçou sobre o caso –, foi aceita a competência da 13.ª Vara da Justiça Federal de Curitiba.

Registra-se que, em março de 2016, o Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou em São Paulo o ex-presidente Lula por crimes envolvendo o triplex do Guarujá. Naquele mesmo mês, a juíza da 4.ª Vara Criminal de São Paulo remeteu a denúncia à Justiça Federal de Curitiba, por entender que lá era o foro competente.

Agora, em 2021, o plenário do STF entendeu que Curitiba não é mais o foro adequado para as ações contra o ex-presidente Lula. A decisão baseou-se em um precedente de 2015 (antes da denúncia, portanto), que, ao analisar o modo como a Lava Jato vinha operando na distribuição das ações, reconheceu que “nenhum órgão jurisdicional pode-se arvorar de juízo universal de todo e qualquer crime relacionado a desvio de verbas para fins político-partidários, à revelia das regras de competência”.

Ou seja, o entendimento aplicado agora já estaria valendo desde 2015. No entanto, ao longo de cinco anos, nenhuma instância do Judiciário viu alguma objeção à competência da 13.ª Vara Federal de Curitiba – objeção essa que agora parece evidente ao plenário do Supremo.

A dificultar a confiança da população na Justiça, o plenário do STF entendeu que a 13.ª Vara da Justiça Federal de Curitiba não é competente para julgar as ações penais envolvendo o ex-presidente Lula, mas ainda não sabe qual é o foro competente: se é a Justiça Federal do Distrito Federal ou a de São Paulo.

Vale notar que a perplexidade em relação ao Supremo não se dá apenas com pessoas distantes do mundo jurídico, como se a causa do estranhamento fosse eventual desconhecimento técnico da Constituição e das leis. De forma um tanto chocante, são os próprios ministros do Supremo que relatam, em suas falas e votos, a confusão que sentem com tantas idas e vindas processuais.

Por exemplo, o ministro Gilmar Mendes lembrou que o próprio HC 193.726, que discutia o juízo natural de ações penais, teve vários juízes naturais. Num primeiro momento, o relator do caso remeteu-o ao plenário do STF. Depois, em embargos de declaração, decidiu o caso monocraticamente. Quatro dias depois da decisão, remeteu o recurso ao plenário, e não à Segunda Turma.

“Não posso deixar passar despercebido o andar trôpego desse processo no que atine a tema fundamental para a prestação jurisdicional, que é a definição do juízo natural. Veja que é um ir e vir realmente macabro, como acabo de registrar”, concluiu Gilmar Mendes.

É simplesmente impossível que o Judiciário consiga, com esse modo de atuar, exercer sua função de pacificar os conflitos sociais.

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA CIDADES SUSTENTÁVEIS

 

Estudo da ONU aponta prioridades para a elaboração de políticas públicas nas cidades

Notas&Informações, O Estado de S.Paulo

As cidades estão na linha de frente do combate ao vírus. Nos primeiros meses, 95% dos casos foram registrados nas cidades. A pandemia revelou a extensão das vulnerabilidades e desigualdades urbanas, mas também a centralidade da ação local. “O modo como as cidades emergirão terá um enorme impacto na saúde pública, coesão social, prosperidade e nossas perspectivas para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, no lançamento de um estudo da ONU Habitat sobre Cidades e Pandemia: rumo a um futuro mais justo, verde e saudável.

O estudo explora quatro prioridades para a elaboração de políticas públicas. Primeiro, repensar a forma e a função da cidade, em particular como as morfologias urbanas podem ser reconfiguradas em diversas escalas não só para melhorar sua resiliência aos efeitos da pandemia e futuras doenças, mas para torná-las mais sustentáveis e produtivas. Segundo, focar na pobreza e desigualdades sistêmicas, desenhando intervenções que mitiguem os impactos desproporcionais da covid. Terceiro, reconstruir um “novo normal” para a economia urbana, desenvolvendo auxílios sob medida para pequenos negócios, trabalhadores informais e setores vulneráveis. Por fim, esclarecer a legislação urbana e os arranjos de governança, reconhecendo a necessidade de mais integração e cooperação entre as instâncias nacionais, regionais e municipais.

No Brasil, o Programa Cidades Sustentáveis, em parceria com a Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável, vinculada à ONU, lançou o Índice de Desenvolvimento Sustentável, com métricas que permitem aos municípios avaliar seu desempenho em relação aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para 2030.

“As cidades mais avançadas do ponto de vista do desenvolvimento sustentável serão mais resistentes”, disse o coordenador do programa, Jorge Abrahão. “As cidades que conseguirem erradicar a pobreza, que conseguirem permitir o acesso à saúde de qualidade, que entregarem uma educação universal pública de qualidade para a sua população, que enfrentem as questões de infraestrutura, de água e de esgotamento sanitário que não permitiram na pandemia a higiene recomendada pelos órgãos de saúde, por exemplo, essas cidades vão ser mais resistentes às crises, sejam elas econômicas, sociais, climáticas ou sanitárias.”

Das 100 cidades com melhor desempenho entre as 770 analisadas, 80 (incluindo as 23 primeiras) estão em São Paulo. As outras 20 estão no Sul e Sudeste. Por outro lado, entre as 100 cidades na lanterna, 86 estão no Norte e Nordeste. Agravando essas disparidades, o desgoverno federal tornou ainda mais importante a criação de ferramentas para ações articuladas entre os governos regionais. O emprego dos indicadores de desenvolvimento sustentável pode ajudar a criar bases comuns de cooperação não só entre as esferas do poder público, mas entre elas e a sociedade civil.

“O bom uso de objetivos, metas e indicadores de compreensão universal, um dos pilares da formulação e implementação da Agenda 2030, é uma via de mão dupla que une governos locais e cidadãos: além de permitir que governos avaliem com maior precisão e clareza o andamento das políticas públicas implementadas, dá também ao cidadão a oportunidade de entender o que está se passando em seu território”, disseram em artigo publicado no Estado os pesquisadores L.P Bresciani e V.V. Alonso. “Pode-se dizer que os ODS são uma ferramenta de prestação de contas à sociedade, e de fortalecimento da participação política cidadã.”

A implementação ou a revisão dos Planos Diretores que empenharão cidades por todo o Brasil nos próximos anos é uma oportunidade de integração dos ODS nas políticas municipais. Se incorporados de maneira conscienciosa, conforme as necessidades e condições locais, esses indicadores podem facilitar a reconfiguração das formas urbanas para reduzir os impactos econômicos, sociais e ambientais da atual epidemia e de outras futuras, construindo, ao mesmo tempo, cidades mais prósperas, verdes e justas.

FUNERAL DO PRÍNCIPE CHARLES FOI REALIZADO ONTEM NA INGLATERRA

 

Maria Amélia Ávilamvarginha@hojeemdia.com.br

Link: Theroyalfamily/ Instagram /

O funeral do príncipe Phillip, Duque de Edimburgo, marido da rainha Elizabeth II, foi neste sábado (17), no Castelo de Windsor, em Londres, na Inglaterra. Devido às restrições da pandemia da Covid-19, a cerimônia foi limitada a 30 convidados, além da família real. 

Os quatro filhos, príncipes Charles, Andrew, Edward e Anne, os netos William e Harry, acompanharam o cortejo fúnebre a pé até à Capela de São Jorge, também no castelo, onde o corpo se encontra atualmente. A rainha Elizabeth fez o trajeto de carro. 

A despedida foi realizada de acordo com todos os desejos do próprio príncipe que planejou a cerimônia durante 18 anos. Todos os familiares, incluindo a rainha Elizabeth, e os convidados usaram máscaras durante a cerimônia.

O príncipe Phillip morreu aos 99 anos em 9 de abril. O corpo dele ficará no jazigo real da Capela de São Jorge do Palácio de Windsor.

sábado, 17 de abril de 2021

BOLSONARO AVISA QUE SÓ DEUS TIRA ELE DA CADEIRA

 

 Douglas Rodrigues O presidente Jair Bolsonaro em live nesta 5ª feira © Jair Bolsonaro – 15.abr.2021 (via YouTube) O presidente Jair Bolsonaro em live nesta 5ª feira

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (15.abr.2021) que apenas Deus pode tirá-lo da cadeira presidencial. Ele reclamou de um prazo de 5 dias que a ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que ele explique porque não analisa os pedidos de impeachment protocolados na Casa.

“Eu não quero me antecipar e falar o que acho sobre isso aí, mas digo uma coisa: só Deus me tira da cadeira presidencial e me tira, obviamente, tirando a minha vida. Fora isso, o que estamos vendo acontecer no Brasil não vai se concretizar. Mas não vai mesmo. Não vai mesmo”, disse o presidente em live nas redes sociais.

Bolsonaro ainda disse que vai se encontrar com Lira “para discutir brevemente esse assunto”“Vamos ver qual encaminhamento o Lira vai dar no tocante a isso. Se vão abrir processo ou não”, declarou

Antes de finalizar a live, Bolsonaro disse que dormiria “tranquilíssimo” com a notícia. “Boa noite, fique tranquilo porque vou dormir tranquilíssimo essa noite e vamos ver o desenrolar dessa notícia do nosso Supremo Tribunal Federal”.

QUEREM TAXAR O USO DA ENERGIA SOLAR

 

Congresso debate se a geração distribuída deve ou não receber subsídios; o assunto, polêmico, também é estudado por outros países

Redação, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Em estudo pela Câmara, as regras para consumidores que produzem a própria energia – a chamada geração distribuída -, é um tema cercado de polêmicas. De um lado, estão deputados que dizem ser contra “taxar o sol”, de outro, estão parlamentares que querem o fim do subsídio para os painéis fotovoltaicos e que consideram que o modelo atual “taxa o pobre”, favorecendo esses consumidores em detrimento de outros.

Nos dias de hoje, a regra prevê incentivos para quem participa desse sistema de geração distribuída, entre os quais a isenção do pagamento de taxas pelo uso do sistema elétrico. A discussão, complexa, também está em estudo em outros países além do Brasil, como EspanhaAustrália e em alguns Estados americanos. Entenda, logo abaixo, os principais pontos da medida.

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Energia solar
Deputados se dizem contra ‘taxar o sol’ em projeto que debate subsídios para a energia solar. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Como funciona?

A discussão é se deve acabar o subsídio cruzado (ou seja, quando um consumidor paga a mais para permitir desconto a um outro consumidor) para quem gera a própria energia através de painéis solares, um modelo chamado de geração distribuída. Esse é um modelo diferente da geração centralizada, a forma tradicional de produção de energia, por meio de usinas de grande porte e de fontes hidrelétricas, eólicas, térmicas e, inclusive, solares. Quando um consumidor adere à geração distribuída, ele passa a produzir energia localmente na sua casa ou em uma fazenda solar localizada na área de sua distribuidora. Essa energia pode ser consumida imediatamente ou, se produzida em excesso, ser transmitida para a rede da distribuidora, gerando créditos que serão compensados depois. Nesse caso, a rede da distribuidora acaba funcionando como uma bateria para o consumidor sem que ele pague o custo por esse serviço.

Como é a regra atual?

Hoje, a regra prevê incentivos para quem participa desse sistema, entre os quais a isenção do pagamento de taxas pelo uso do sistema elétrico. A tarifa de energia é composta por vários fatores. Entre eles, estão os custos da compra de energia, de transmissão e distribuição de eletricidade, além de impostos de encargos setoriais (que são feitos para bancar programas e ações do próprio governo no setor elétrico). Esses valores, que representam mais da metade da conta de luz, hoje acabam sendo pagos apenas por quem não tem sistemas de geração distribuída. A autorização para gerar a própria energia foi dada em 2012. Em 2015, foi previsto que a norma passaria por uma revisão em 2019. 

Como ficaria com a mudança proposta pela Aneel? E a mudança proposta pelo Congresso?

Com a mudança proposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), depois de um período de transição, o consumidor passará a pagar pelo uso da rede da distribuidora e também pelos encargos cobrados na conta de luz. Já o projeto que tramita no Congresso Nacional mantém o subsídio atual por um período maior, proíbe a cobrança da taxa de transmissão e isenta o pagamento de encargos setoriais.

E as fazendas solares?

Por esse modelo, os consumidores se reúnem em uma espécie de condomínio, gerando energia em locais distantes de seus prédios, usando a rede da distribuidora para transportar a energia. É possível gerar energia em uma fazenda e usar os créditos no local e em um apartamento a quilômetros de distância, por exemplo. O problema, diz a Aneel, é que nesse sistema não há pagamento pelo uso da rede. Na prática, além de usar todo o sistema elétrico brasileiro à noite e em dias de chuva, como todos os que possuem painéis em suas próprias residências, neste caso o usuário também utiliza a rede no momento da geração, já que está a quilômetros do painel que é seu (na prática, é de uma empresa que o “aluga”).

Qual é o custo desse benefício?

Segundo dados do Ministério da Economia, o sistema de compensação atualmente em vigor para a geração distribuída custaria ao sistema elétrico mais de R$ 56 bilhões entre 2020 e 2035, uma despesa que será paga por aqueles que não possuem painéis solares. Em estudo, o ministério argumenta que a medida não compromete o crescimento da geração solar no País: “O que está em jogo não é a fonte solar, e sim a manutenção dos privilégios de um determinado segmento da fonte solar”.

Esta é uma discussão que existe apenas no Brasil?

Esta é uma discussão que ocorre também em outros países, mas que já efetuam a cobrança pelo uso da rede, como os Estados americanos de Nova YorkCalifórnia e a Espanha e a Austrália. Esses locais têm focado suas ações no desenvolvimento de uma estrutura tarifária que remunere o valor da produção que ocorra além do consumo, estimulando com isso a instalação de baterias no local.

CÂMARA DOS DEPUTADOS DISCUTE ENERGIA SOLAR

 

Deputados devem debater na semana que vem as novas regras para os consumidores que produzem a própria energia, a chamada geração distribuída; polêmica envolve os subsídios para os painéis fotovoltaicos

Anne Warth, Marlla Sabino e Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo

Câmara deve debater na semana que vem um tema que levanta amor e ódio no setor elétrico: as regras para consumidores que produzem a própria energia, a chamada geração distribuída. De um lado, estão deputados que dizem ser contra “taxar o sol”, mas a reação surgiu e já há parlamentares que querem o fim do subsídio para os painéis fotovoltaicos e que consideram que o modelo atual “taxa o pobre”.

A revisão das normas para a geração distribuída se arrasta desde 2019, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou uma proposta para rever a resolução que criou um incentivo para o setor. Em 2015, o órgão regulador ampliou o alcance da medida e incluiu a modalidade de geração distribuída remota – as fazendas solares. Com o aumento do custo da energia bem acima da inflação nos últimos anos e os custos mais baixos dos equipamentos e do crédito, a geração distribuída atingiu crescimento exponencial.

A discussão, no entanto, foi interditada pelo presidente Jair Bolsonaro, que passou a defender publicamente que não houvesse cobrança de encargos para consumidores que geram a própria energia e enquadrou a diretoria da agência reguladora. Apesar de deter autonomia, a Aneel abandonou o problema que ela mesma criou e decidiu deixar a decisão para o Congresso.

Painel solar
Deputados vão discutir manutenção de subsídios para consumidores que produzem sua própria energia. Foto: Felipe Rau/Estadão

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que o tema deve ser pautado em breve. A proposta que deve ser analisada pelos deputados, de Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), traz um período de transição de 25 anos para que haja mudanças de regras para quem que já possui geração distribuída, o que permitiria mais “previsibilidade e segurança jurídica”. Já para novos consumidores, os encargos seriam cobrados ao longo de dez anos. O texto é semelhante à primeira proposta apresentada pela Aneel , que foi considerada muito tímida por especialistas.

Contra

Pela primeira vez, no entanto, lideranças da Câmara se posicionaram publicamente contra o projeto – entre elas o vice-presidente da Casa, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ramos afirmou ser “contra taxar o pobre para pagar a energia de rico” – isso porque a instalação de painéis solares exige um alto investimento, além de espaço, seja um telhado, seja um terreno. “Não é justo que o usuário que não tem geração distribuída subsidie a conta de quem tem. Isso é uma aberração, é um ‘Robin Hood’ às avessas com um discurso falso e mentiroso de taxar o sol”, afirmou. Ramos diz ser um entusiasta da energia limpa, mas reitera que qualquer subsídio deve ser pago com recursos da União.

“Energia solar é bom e devemos investir nisso, mas não às custas da classe média e dos mais pobres ”, afirmou Maia. “Esse projeto concentra ainda mais os subsídios nas mãos dos mais ricos. Para mim, não tem problema se o governo quiser subsidiar, desde que isso seja transparente e esteja no Orçamento. Mas no Brasil os subsídios são escondidos para não mostrar que os ricos recebem.”

No mundo, especialistas citam que estados norte-americanos como Nova YorkCalifórnia, e países como Espanha e Austrália já cobram taxas pelo uso da rede para reduzir o subsídio cruzado. Eles também estão aperfeiçoando os mecanismos já existentes que valorizam o excedente da produção deste tipo de energia no momento que ela ocorre. Segundo eles, isso abre espaço para que se estimule a entrada de baterias no sistema de geração, uma vez que hoje a rede da distribuidora é usada de graça como se fosse uma “bateria”. 

A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) também é contrária à manutenção dos subsídios ao setor. 

Judicialização do setor

Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) argumenta que o crescimento da geração de energia pelos consumidores até 2035 deve gerar um benefício líquido de R$ 50 bilhões. “O marco legal é relevante, pois vai trazer segurança jurídica, previsibilidade e estabilidade para os consumidores. Cria um mecanismo que permite aos consumidores que estavam participando do sistema ter suas regras mantidas antes de qualquer mudança, o que é fundamental, pois há contratos de longo prazo assinados”, afirmou o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia. Ele avalia que uma proposta com um menor prazo de transição ou que afete os contratos de forma retroativa poderia gerar uma onda de judicialização no setor, como em outros países.

Por sua vez, a perspectiva das distribuidoras é a de que a manutenção dos benefícios vai gerar um custo bilionário em subsídios cruzados. “Não faz sentido permanecer com subsídio por 25 anos, como está no projeto de lei do deputado Lafayette de Andrada. A proposta amplia ainda mais o benefício, que já deveria ter terminado em 2019”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira.

Caso o projeto de Andrada seja aprovado da forma como está, o impacto na conta de luz nos próximos 30 anos será de pelo menos R$ 135 bilhões em subsídios acumulados, estimam as consultorias PSR SiglaSul. Em valores nominais, o valor chegaria a cerca de R$ 500 bilhões até 2050, sem contar os impostos. O montante equivale a quatro anos do Bolsa Família para 15 milhões de brasileiros ou valor suficiente para pagar um auxílio emergencial de R$ 258 para 46 milhões por três anos. 

Para o deputado Édio Lopes (PL-RR), presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara, “a energia solar tem grandes vantagens das quais não podemos abrir mão e temos que incentivar”. Mas, de acordo com o parlamentar, hoje esse tipo de energia é economicamente autossuficiente. 

Segundo o parlamentar, hoje, o mundo está retirando subsídios que foram dados para que ela se desenvolvesse. “Quando Aneel editou a resolução em 2012 (que prevê os subsídios atuais) fez-se um trabalho espetacular. Com as regras, apareceram investimentos, tecnologias. Mas hoje a energia solar é auto rentável. Onde está a nossa discordância: é que o pobre, o baixa renda, continua absolutamente fora desse benefício. Ele é quem está pagando a conta do incentivo desse setor. Não podemos fazer isso.”

O relator, Lafayette, se diz tranquilo: “Existe oposição ao projeto, nenhum projeto que é aprovado na Câmara é por unanimidade. Mas percebemos uma ampla maioria favorável ao projeto.”

EMPREENDEDORISMO COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO

 

Telma Padilha Custódio

O tema abordado nesse texto é mostrar a importância do empreendedorismo no desenvolvimento das estratégias de negócios em uma empresa. O crescimento da competitividade no mundo dos negócios exige das empresas estratégias de negócios como o empreendedorismo, estratégia esta que pode levá-las a se destacar no mercado. O empreendedorismo busca a visualização de oportunidades de negócios, onde existe uma busca incessante por inovações, assumindo riscos calculados com a intenção de obter renda, reconhecimento e crescimento no mercado. De acordo com Dornelas (2003), empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar, de forma incessante, novas oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor. O empreendedorismo não é um tema novo tendo surgido assim que surgiu a primeira ação inovadora. No Brasil começou a se desenvolver na década de 90 e não parou de crescer mais. O empreendedor é um empresário que possui perseverança, tem energia, fixa metas e faz de tudo para alcançá-las. É inovador e criativo e principalmente conhece e gosta do que faz. Segundo Sebrae (2007), hoje os empreendedores já não são vistos apenas como provedores de mercadorias desinteressantes e que são movidos unicamente por lucro a curto prazo. Ao contrário, são energizadores que assumem riscos necessários em uma economia em crescimento e produtiva. São eles os geradores de empregos, que introduzem inovações e estimulam o crescimento econômico. O empreendedorismo desempenha um papel importante na empresa sendo relevante no planejamento, tomada de decisões quanto a aquisições de equipamentos e na visão de futuro, levando em consideração o presente e as metas traçadas.11 Com isso os objetivos desta pesquisa foram: verificar a importância do empreendedorismo como ferramenta de inovação e crescimento para o desenvolvimento das estratégias de negócios na empresa, analisar os benefícios que o perfil empreendedor traz para a empresa, conhecer as ferramentas utilizadas por empreendedores de sucesso e destacar as vantagens que o empreendedorismo proporciona à empresa Fênix Locações e Eventos.

Atualmente o mundo dos negócios está cada vez mais competitivo e sofre mudanças constantemente. Para enfrentar estas mudanças e manter-se competitivo no mercado as empresas utilizam-se cada vez mais do empreendedorismo como estratégia de negócios que visa a exploração de oportunidades e a satisfação das necessidades dos clientes de uma forma criativa e inovadora, assumindo riscos de forma calculada, ou seja, ter coragem para enfrentar desafios e escolher novos caminhos de forma consciente. Para Leite (2000), empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma ideia por meio da aplicação da criatividade, capacidade de transformar e o desejo de tomar aquilo que comumente se chamaria de risco. Segundo Menezes (2003) o empreendedor é o indivíduo de iniciativa que promove o empreendimento a partir de um comportamento criativo e inovador, que sabe transformar contextos, estimular a colaboração, criar relacionamentos pessoais, gerar resultados, fazendo o que gosta de fazer, com entusiasmo, dedicação, autoconfiança, otimismo e necessidade de realização. O empreendedor deve ter visão e percepção para identificar as oportunidades. Suas atitudes empreendedoras devem focar as pessoas e não somente as empresas, atitudes estas que são fundamentais para o sucesso ou o fracasso da empresa. “Um estereótipo comum do empreendedor enfatiza características como uma enorme necessidade de realização, uma disposição para assumir riscos moderados e uma forte autoconfiança”. (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 2004, p.9). Existem diversas características que são fundamentais em um empreendedor, dentre elas destaca-se: auto-confiança, foco em oportunidade, 13 conhecer muitas pessoas, saber calcular e minimizar riscos, poder de persuasão e principalmente paixão pelo que faz.

A palavra empreendedor é derivada da palavra francesa entrepeneur, que foi usada pela primeira vez em 1725 pelo economista irlandês Richard Cantillon para designar o indivíduo que assumia riscos.

Conforme Longenecker; Moore; Petty (2004), os empreendedores são heróis populares da moderna vida empresarial. Eles fornecem empregos, introduzem inovações e estimulam o crescimento econômico. A presença do empreendedor torna-se cada vez mais fundamental para as organizações, quando as mesmas avaliam a necessidade cotidiana de criatividade, do trabalho eficiente, da inserção de novas possibilidades, da criação de uma nova postura de trabalho, fazendo com que a empresa tenha um centro espontaneamente criativo, gerando soluções rápidas, constantes e funcionais a estas organizações. “Atualmente os empreendedores são reconhecidos como componentes essenciais para mobilizar capital, agregar valor aos recursos naturais, produzir bens e administrar os meios para administrar o comércio”. (SEBRAE, 2007, p.2). O empreendedorismo é importante para a empresa, pois permite que a mesma mantenha-se competitiva no mercado, através de atitudes inovadoras.

Muitas vezes o termo empreendedor e o termo empresário são usados como sinônimos no dia-a-dia, porém existem diferenças conceituais e prática entre eles. Nem todo empreendedor é empresário, enquanto nem todo empresário é empreendedor, no entanto, o ideal é ser empresário empreendedor, o que certamente facilita a sobrevivência no mundo dos negócios. O empreendedor costuma ter boas ideias, não somente quando cria uma empresa, mas durante toda a existência dela, tendo a iniciativa de renová-la sempre. Já o empresário é sinônimo de cautela. Ele consegue a empresa porque a montou, comprou ou herdou, mas sua atuação limita-se a administrála da maneira em que ela está montada. Possui um estilo conservador. O empreendedor tem a capacidade de enxergar objetivos com clareza e traçar planos para atingi-los em prazo pré-estabelecido, tendo a capacidade de identificar oportunidades nos locais mais improváveis. Ele sabe montar um projeto e ainda colocá-lo em prática, mesmo que, para isso, ele corra riscos, o que exige tolerância às frustrações e motivação diante dos desafios. Segundo Dornelas (2005), os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Um empresário com personalidade empreendedora é de fundamental importância para a empresa, porque para momentos em que seja necessário dar equilíbrio à mesma ou depois de uma mudança na organização, certamente suas características como empresário não criaria nenhum tipo de instabilidade, além de poder contar com a criatividade e inovação pertinentes aos empreendedores em momentos de dificuldades.

De acordo com SEBRAE (2007), observando o modo como agem, as características dos empreendedores são as seguintes: a) Iniciativa: agir espontaneamente antes de ser forçado pelas circunstâncias; b) Busca de oportunidades: reconhecer e saber aproveitar oportunidades novas e pouco comuns, precisa estar atento e capaz de perceber, no momento certo, as oportunidades de negócio que o mercado oferece; c) Persistência: não desistir diante das dificuldades encontradas, nunca deixar de ter esperança e lutar para ver seus projetos realizados; d) Busca de informação: valorizar a informação e buscá-la pessoalmente para elaborar um plano ou tomar decisões, buscar conhecimentos em livros, cursos ou até mesmo com pessoas que tenham experiência no setor; e) Preocupação com a alta qualidade do trabalho: interesse em manter um alto nível de qualidade nos produtos ou serviços prestados; f) Eficiência: preocupação em reduzir o custo, os recursos necessários e o tempo para realizar as tarefas; g) Autoconfiança: Acreditar na própria habilidade e capacidade; h) Persuasão: habilidade de convencimento diante dos demais; i) Uso de estratégias de influência: tendência a pensar e definir formas para influenciar os demais; j) Reconhecimento das próprias limitações: admitir suas limitações aprendendo com os próprios erros;23 k) Comprometimento com os contratos de trabalho: comprometimento pessoal para cumprir contratos firmados; l) Assertividade: apresentar os problemas aos outros de forma direta e tomar decisões fortes no papel de oposição; m) Monitoramento: acompanhamento do trabalho dos outros para assegurar que o trabalho satisfaz as expectativas relativas a procedimento, planejamento e qualidade; n) Perícia: experiência ou capacitação prévia em áreas relacionadas ao próprio negócio, pois quanto mais dominar o ramo em que atua, maiores serão as chances de êxito; o) Planejamento Sistemático: uso de análise lógica para desenvolver planos específicos para a tomada de decisões; p) Resolução de problemas: habilidade para mudar de estratégia quando se torna necessário identificar novas soluções para os problemas.

A Startup Valeon é uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.

Quando idealizamos a nossa Startup Valeon, estávamos pensando na divulgação das empresas, nos seus produtos, nos preços, nos pontos de vendas e nos consumidores. A nossa “big idea” além de ser simples e compreendida por diferentes públicos nos mais diversos locais, temos uma grande penetração no mercado consumidor da região com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado.

Somos uma Startup daqui de Ipatinga que desenvolveu a Plataforma Comercial VALEON um Marketplace com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos conseguindo desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

A introdução da nossa Startup na sua empresa, vai assegurar modelos de negócios com métodos mais atualizados, inovadores e adaptáveis, características fundamentais em tempos de crise, porque permite que as empresas se reinventem para continuarem as suas operações.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

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DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

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