domingo, 11 de abril de 2021

MUDANÇAS NOS NEGÓCIOS PARA SOBREVIVER À CRISE

 

Maria Augusta Orofino

Quando uma crise acontece, como o próprio cenário desencadeado pela pandemia do novo coronavírus, é natural que o mercado comece a analisar uma série de fatores, em conjunto com as suas lideranças, como os modelos de negócios ou a maturidade digital das suas empresas. Dentro disso, é necessário, ainda, um olhar para o hoje, para o amanhã e também para o longo prazo.

Para iniciar uma análise dos modelos de negócios mediante uma crise, Thomas Ritter e Carsten Lund Pedersen, professores e especialistas em negócios, indicam uma avaliação daquilo que chamam de as quatro principais dimensões:

  • clientes;
  • propostas de valor;
  • demonstrações de valor;
  • recursos.

Com uma avaliação das quatro dimensões, depois cabe uma outra análise, agora de como se dá a conexão entre cada uma delas. Já, como terceiro passo, os especialistas recomendam a definição de objetivos – importante enfatizar – realistas. Objetivos para durante e pós-crise.

Análise das 4 dimensões dos modelos de negócios

Para adentrarmos um pouco mais na análise das quatro dimensões dos modelos de negócios, vamos entender primeiro a questão dos clientes. Sendo assim, como ponto de partida, as empresas deverão avaliar o que a crise significa e impacta na demanda do cliente: aumentará? Diminuirá?

Outro ponto relacionado com os clientes é a questão do comportamento do consumidor e os padrões de consumo, será que estão investindo mais em um serviço do que outro? Por exemplo, estarão consumindo mais delivery do que compras físicas? É necessário considerar novos grupos de clientes? Há preocupações de segurança geradas pelo novo cenário? Como as vendas físicas serão afetadas?

Também, como dito, é fundamental que se tenha clareza sobre como será afetada a proposta de valor atrelada aos modelos de negócios. Ritter e Pedersen exemplificam a questão ao trazer o contexto do ensino superior durante a pandemia do novo coronavírus. Ou seja, as necessidades dos clientes não foram alteradas, os alunos ainda querem ser educados. Mas, se escolas e campus precisarem ficar fechados por um longo período, é essencial repensar em como criar valor como uma instituição on-line e quais podem ser os diferenciais perante os concorrentes.

Na dimensão seguinte, quando se fala em demonstração de valor dentro da análise dos modelos de negócios, estão os canais de vendas e marketing que fazem parte da empresa. Por sua vez, na crise do coronavírus, com restrições relacionadas com interações sociais e pessoais, canais típicos de demonstração de valor não puderam mais ser utilizados, como feiras, eventos e reuniões presenciais com os clientes. Dentro desse cenário, como conseguir encontrar novas maneiras de demonstrar valor?

Por último, a quarta dimensão que deve ser analisada dentro dos modelos de negócios para sobreviver à crise, os recursos de uma organização são aquilo que impulsionam uma organização, inclusive para a criação de valor para os clientes. Em uma crise, é natural que ocorra uma sobrecarga e, por isso, há igualmente a necessidade de uma repriorização das capacidades.

Por exemplo, o suporte para TI para recursos de trabalho remoto e videoconferência foi mais exigido. Além disso, os níveis de produtividade e desempenho acabaram sofrendo uma queda, pelo menos inicial, com as mudanças ocasionadas pela saída do escritório físico para o home office.

A conexão entre todas as dimensões

Por fim, após a avaliação das quatro dimensões dos modelos de negócios, é possível planejar como mudanças potenciais podem ocorrer em uma dimensão e impactar nas outras. Por exemplo, grupos de clientes que valorizam determinadas ofertas e como isso mudará por conta crise. É fundamental adotar um mindset de oportunidade. Afinal, mais do que desafios em cada uma das dimensões, haverá chances para modificá-las em si, assim como a forma que se relacionam.

La Roche-Posay: transformando o modelo de negócio

Em artigo divulgado pela própria marca, a La Roche-Posay, que integra o grupo da L’Oréal, anunciou que passou a investir fortemente em iniciativas com foco na saúde e no planeta, transformando o seu modelo de negócio por meio da sustentabilidade. De acordo com a La Roche-Posay, os alertas que vêm sendo recebidos por cientistas não são poucos e, ao mesmo tempo, bastante decisivos. Dessa maneira, é preciso mudar a forma de fazer negócios e, por sua vez, alinhá-la com o meio ambiente.

É inevitável trazer para o contexto provocado pela pandemia do coronavírus a necessidade de mudanças rápidas e expressivas nos modelos de negócios. Nesse caso, em específico, a marca traz como mote a importância das ações lideradas pelas empresas e que podem ser utilizadas de forma positiva na produção e consumo de bens. Por conta disso, utiliza como âncora para os seus princípios – e para o próprio modelo de negócio – a transformação de vidas por meio da Dermatologia. Também se conecta com o programa do grupo, o L’Oréal para o Futuro.

Em 2020, cem por cento dos produtos lançados já tiveram como pano de fundo a causa ambiental ou social em uma de suas etapas, seja na produção, na formulação, nas embalagens ou no impacto que geram na sociedade, trazendo  a “ciência verde” para dentro da marca e trabalham com ativos orgânicos e naturais e materiais de origem vegetal, sem aditivos químicos. A meta para até 2030 é ter 90% das fórmulas de higiene e limpeza completamente biodegradáveis.

A mudança no modelo de negócio e o impacto social positivo foram impulsionados pela pandemia do coronavírus. Maíra da Matta, diretora da La Roche-Posay no Brasil, afirma que como a saúde, o core do negócio, se tornando prioridade no mundo todo, observaram um agravamento em desigualdades sociais. Com isso, vieram efeitos devastadores para comunidades vulneráveis e profissionais de saúde. O que serviu como ponto de virada para a marca.

Vale sempre analisar como grandes empresas estão se portando frente a questões que envolvem cenários de crise e, da mesma forma, como lidam com as quatro dimensões dos modelos de negócios

Maria Augusta Orofino

Consultora em Inovação, Organizações Exponenciais e Metodologias Ágeis

O nosso modelo de negócios da Startup Valeon, reúne ousadia, inovação e visão de futuro na divulgação dos negócios da região do Vale do Aço.

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da Valeon.

A Plataforma Comercial da Valeon é um site moderno, responsivo, profissional, projetado para atender às necessidades dos serviços da região onde existem várias formas de busca: por cidades, por empresas, por produtos, por atividades, por município e por procura.

Para acessar a plataforma da Valeon poderá ser feita por:

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Aplicativo App: Digitar valeon no Playstore do Google

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E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

A POLÍTICA NÃO AGE E STF INTERFERE

 

 Poder 360

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli e Alexandre de Moraes saíram em defesa de decisões recentes de colegas da Corte criticadas por alguns por supostamente fazer interferência indevida na política. Lamentaram a necessidade das ações, mas avaliaram que o STF age porque “política não resolve problemas”.

Os ministros do STF Dias Toffoli (esq.) e Alexandre de Moraes© Sérgio Lima/Poder360 Os ministros do STF Dias Toffoli (esq.) e Alexandre de Moraes

“O que mais me preocupa é isso de a política não resolver os problemas. É muito ruim isso vir ao Judiciário”, disse Toffoli. “O local que essas questões deveriam estar sendo solucionadas e resolvidas é no âmbito da política, com o Legislativo e o Executivo”.

O ministro Alexandre de Moraes afirmou que no início da pandemia não houve um plano nacional e que “há um vácuo de liderança do Executivo em enfrentar problemas dificuldade de agir prontamente.”

Os ministros participaram do lançamento do Anuário da Justiça de São Paulo 2021, da revista Consultor Jurídico. Também estava presente o ministro Ricardo Lewandowski. Os 3 defenderam o Supremo depois da reação do presidente Jair Bolsonaro, de afirmar que o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, agiu com “imprópria militância política” ao mandar Senado instalar a CPI da covid.

Segundo Moraes, o STF, durante a pandemia, nada mais fez do que cumprir a Constituição Federal, consagrando o federalismo em defesa da saúde e da vida.

“Devemos muito à atuação do ministro Ricardo Lewandowski, que em janeiro deste ano determinou atuação do Ministério da Saúde. Se você não faz e não quer deixar fazer, aqueles que querem atuar geram conflitos. E esses conflitos chegam ao judiciário. E ao chegar o conflito, o STF nada mais fez que a leitura da Constituição, com a defesa da vida e da saúde”, disse Moraes.

Além da decisão de Barroso a respeito da CPI da Covid, o Supremo também foi criticado na última semana por arbitrar sobre a permissão ou não à realização de cultos e missas durante o período de agravamento da pandemia. Na 5ª feira (8.abr), a maioria dos ministros reconheceu, por 9 votos a 2, o direito de governos estaduais e municipais de decidir sobre as atividades religiosas.

O QUE PODE ACONTECER COM A CPI DA PANDEMIA

 

CPI da Pandemia: qual pode ser o resultado de comissão que vai investigar ‘ações e omissões’ do governo Bolsonaro

 BBCNEWS

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), confirmou que vai instalar na próxima semana uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as ações do governo federal no combate à pandemia de covid-19.

Requerimento para instalação de CPI defende investigação de 'ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia'© EPA Requerimento para instalação de CPI defende investigação de ‘ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia’

A declaração de Pacheco vem depois de decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que determinou que o Senado deve providenciar a instalação da CPI da Pandemia.

A criação da CPI havia sido requerida por parlamentares (veja mais detalhes abaixo), mas não fora encaminhada pela presidência da Casa. Então, os senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru (ambos do Cidadania) entraram com o mandado de segurança no STF, argumentando que o requerimento apresentado cumpria todas as exigências para a abertura de uma CPI, mas que não foi tomada medida para instalação da comissão.

Pacheco defendeu, em documento enviado ao STF, que “a definição do momento adequado para instalar a investigação parlamentar cabe ao presidente da casa legislativa”.

No entanto, segundo a decisão de Barroso, a Constituição estabelece que as CPIs devem ser instaladas quando três requisitos forem cumpridos (assinatura de um terço dos integrantes da Casa; indicação de fato determinado a ser apurado; e definição de prazo para duração), não cabendo “omissão ou análise de conveniência política por parte da Presidência da Casa Legislativa”.

Barroso afirmou ainda que preferia levar o tema ao plenário do STF para que a decisão fosse colegiada, e não monocrática — o que foi impossibilitado pela agenda da corte. Com a decisão liminar, porém, o tema foi liberado para julgamento no plenário virtual do STF, e pode entrar na pauta para julgamento definitivo nos próximos dias.

Depois da decisão do ministro, Pacheco confirmou que a instalação ocorrerá na próxima semana, mas voltou a se posicionar contra a investigação neste momento.

“A CPI poderá ter um papel de antecipação de discussão eleitoral de 2022, de palanque político, o que é absolutamente inapropriado para este momento da nação. [Pode] gerar uma instabilidade jurídica para a contratação de vacinas e insumos. É a situação que buscávamos evitar”.

Pacheco disse que vai instalar na próxima semana a CPI para apurar ações do governo federal no combate à pandemia© REUTERS/Adriano Machado Pacheco disse que vai instalar na próxima semana a CPI para apurar ações do governo federal no combate à pandemia

O presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão do ministro do Supremo, em entrevista à CNN, e disse que “não há dúvida de que há uma interferência do Supremo em todos os poderes”. Também citou pedidos de impeachment de ministros da Corte que estão no Senado e defendeu que fossem apreciados.

“Por que a CPI? É CPI para investigar as ações do governo federal. Por que não bota estadual e municipal? Nós fizemos a nossa parte. O (ex-ministro da Saúde Eduardo) Pazuello comprou vacinas no ano passado”, disse Bolsonaro. “Está na hora, em vez de ficar procurando responsáveis, unir o Supremo, o Executivo e o Legislativo na busca de soluções. Em que vai levar a abertura de uma possível CPI?”

Uma CPI tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e pode realizar as diligências que julgar necessárias, como “convocar ministros de Estado, tomar o depoimento de qualquer autoridade, inquirir testemunhas, sob compromisso, ouvir indiciados, requisitar de órgão público informações ou documentos de qualquer natureza, bem como requerer ao Tribunal de Contas da União a realização de inspeções e auditorias que entender necessárias”.

O que diz o requerimento de CPI

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou, no início de fevereiro, requerimento no Senado para instalação de uma CPI para apurar “ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas, com a ausência de oxigênio para os pacientes internados”.

O documento tinha, até esta sexta-feira (9/4), a assinatura de 32 senadores, mais que o mínimo exigido, de 27 assinaturas. O total ainda pode mudar porque, após a leitura no plenário e até a publicação, podem ser retiradas ou acrescentadas assinaturas (em geral, isso é possível até a meia-noite do dia da leitura).

O pedido prevê a composição da CPI por 11 membros titulares e sete suplentes e um limite de despesas de R$ 90 mil, com um prazo inicial de 90 dias, que depois pode ser prorrogado.

Na justificativa do pedido, o senador diz que o governo federal “tem, sistematicamente, violado os direitos básicos de toda a população brasileira à vida e à saúde” e que “deixou de seguir as orientações científicas de autoridades sanitárias de caráter mundial, incluindo a Organização Mundial da Saúde”.

O texto diz ainda que o governo federal “tentou impedir que os entes federados pudessem tomar medidas para diminuir o ritmo de propagação do vírus” e afirma que houve “grave omissão” do governo, “que foi alertado de que faltaria oxigênio nos hospitais de Manaus quatro dias antes da crise, mas nada fez para prevenir o colapso do SUS”.

Próximos passos

Abertura de CPI exige apoio de pelo menos um terço dos senadores (27 dos 81)© REUTERS/Adriano Machado Abertura de CPI exige apoio de pelo menos um terço dos senadores (27 dos 81)

Se o requerimento para criação da CPI for lido na primeira sessão deliberativa do Senado na próxima semana, como disse Pacheco, isso permitirá que os partidos indiquem seus representantes.

Aí, após publicado o requerimento e feito o cálculo da proporcionalidade partidária, o presidente do Senado solicita aos líderes que indiquem os membros da CPI.

Segundo a Agência Senado, a comissão só pode ser designada quando mais de 50% dos indicados estiverem determinados pelos líderes. Depois disso, o integrante mais idoso do colegiado convoca a reunião de instalação para eleição do presidente e vice-presidente, além da escolha do relator da CPI.

Quando o trabalho de uma CPI é concluído, a comissão envia relatório e conclusões à Mesa do Senado. Se for o caso, as conclusões são remetidas ao Ministério Público para que promova a responsabilização civil e criminal dos infratores.

PRESIDENTE AMERICANO QUER REFORMAR A SUPREMA CORTE

 

 Poder360 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nessa 6ª feira (9.abr.2021), a criação de uma comissão de especialistas para estudar a reforma na Suprema Corte, uma das instituições mais poderosas do país e cujo funcionamento é alvo de constantes críticas.

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cria comissão para reforma da Suprema Corte, que hoje tem maioria conservadora© Reprodução/Instagram Joe Biden Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cria comissão para reforma da Suprema Corte, que hoje tem maioria conservadora

A análise de propostas para expandir o número de juízes do Tribunal ou estabelecer limites de mandatos foi promessa de Biden na campanha à Casa Branca.

O democrata também sofre pressão depois de o ex-presidente Donald Trump ter nomeado 3 juízes durante seu mandato, como a ultraconservadora Amy Coney Barrett, confirmada pelo Senado para substituir Ruth Bader Ginsburg poucos dias antes da eleição presidencial realizada no ano passado.

Ginsburg morreu aos 87 anos, em setembro de 2020, dando ao republicano a chance de expandir a maioria conservadora no Tribunal –de 5 a 4 para 6 a 3.

Biden assinou na 6ª feira (9.abr) um decreto para iniciar o funcionamento da comissão que terá duração de 6 meses e que depois emitirá suas recomendações.

Esse grupo de especialistas bipartidários analisará os assuntos que estão em debate sobre uma possível reforma da Corte: a duração do mandato dos juízes (atualmente é vitalício), a quantidade de magistrados, a forma como a instituição seleciona os assuntos sobre os quais se pronuncia e suas regras e práticas.

A Suprema Corte tem a decisão final em assuntos legais fundamentais, que podem incluir os direitos das minorias e da comunidade LGBTQA+, o aborto, o racismo, a pena de morte e disputas eleitorais.

“Essa iniciativa faz parte do compromisso do governo de estudar medidas para melhorar a Justiça federal”, explicou a Casa Branca, em comunicado.

Uma das principais funções do painel será produzir “uma análise dos principais argumentos no debate público contemporâneo a favor e contra a reforma da Suprema Corte”, indica a ordem executiva divulgada pelo governo norte-americano.

A medida de Biden foi criticada por congressistas republicanos. A líder da bancada republicana no Senado, Mitch McConnell, disse que a maioria dos norte-americanos se opõe a uma reforma da Corte.

McConnell disse que o presidente faz um “ataque direto” ao Poder Judiciário. “Esse falso estudo acadêmico, de um problema inexistente, encaixa-se perfeitamente na campanha de anos dos liberais para politizar a Corte, intimidar seus membros e subverter a sua independência”.

O juiz Stephen Breyer sugeriu nesta semana que a ideia de ampliar o número de integrantes do Tribunal poderia diminuir a confiança dos norte-americanos no Judiciário. Alguns ativistas fazem campanha para que Breyer, membro mais velho da Corte, retire-se para dar ao presidente Biden a oportunidade de nomear um jovem progressista.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a comissão avaliará “os prós e contras” de uma ampliação do Tribunal. O Congresso aumentou e reduziu o tamanho da Corte várias vezes em meados do século 19. Desde 1869, o Tribunal é integrado por 9 membros.

ELIÇÕES NO EQUADOR E NO PERU HOJE

 

Tema central – pandemia

Com o número de mortes e de novos casos de covid aumentando, debate político nos dois países ignora a pandemia e se concentra em velhos problemas, como a luta entre o correísmo e a oposição equatoriana e o escândalo de corrupção da Lava Jato peruana

Fernanda Simas, O Estado de S.Paulo

Com o número de mortes e de novos casos de covid aumentando, peruanos e equatorianos vão às urnas neste domingo, 11, sem ter a pandemia como centro da disputa. Velhos problemas tomam conta da vida política local, como a disputa entre correísmo e oposição, no Equador, e o escândalo de corrupção da Lava Jato, no Peru.

O Peru, que vota em primeiro turno, está há mais de 360 dias em estado de emergência, impondo quarentena a quem chega e setores da educação fechados, além do comércio não essencial. O país registra 1,5 mil mortes por milhão de habitantes e relata uma média de 8.020 novas infecções por dia. Mesmo assim, os candidatos têm saído para comícios e causado aglomerações

Eleições no Peru
Peru se prepara para eleição de domingo; soldado recebe urnas de votação em meio à pandemia  Foto: Martin Mejia / AP

“A pandemia é a grande preocupação no Peru, mas nenhum candidato apresentou uma ideia, tanto em saúde quanto em economia, que se destacasse. Todos dizem apenas: ‘Vou fazer melhor’. Os peruanos queriam escutar propostas claras, mas, no fim, a pandemia serviu para eliminar candidaturas, e não para promover um ou outro”, disse o analista peruano Carlos Melendez. 

Segundo Meléndez, a pandemia só foi motivo de destaque eleitoral com o escândalo do “Vacinagate”, no qual políticos furaram a fila para receber a vacina contra a covid. “O escândalo causou uma grande decepção, porque envolvia políticos importantes, como o ex-presidente Martín Vizcarra, que era muito popular, havia se candidatado ao Congresso e estava fazendo uma boa campanha.”

Sete candidatos podem chegar na frente no primeiro turno e nenhum deles possui mais de 15% das intenções de voto, segundo as últimas pesquisas. “Passamos para um cenário de minicandidatos. O esquema da Lava Jato marca um antes e um depois na política peruana, porque leva à queda de partidos do establishment. O maior exemplo é o fujimorismo. Em 2016, Keiko (filha do ex-presidente Alberto Fujimori) teve cerca de 40% dos votos e hoje aparece com 8%”, disse Melendez. 

Para a doutora em ciências políticas, especializada em temas latino-americanos, Lucia Dammert, é essa falta de partidos consolidados que “torna a disputa uma luta pelas características pessoais, com candidatos propondo coisas impossíveis”. “Novamente, vamos falar muito mais de lideranças populistas, em vez de lideranças de esquerda ou direita”.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=zwokLz

No Equador, a disputa entre Andrés Arauz, herdeiro político do ex-presidente Rafael Correa, e Guillermo Lasso está acirrada e as pesquisas de intenção de voto indicam empate técnico no segundo turno. 

Após a crise sanitária em Guayaquil, com cenas de corpos jogados nas ruas diante do colapso do sistema funerário na pandemia, esperava-se uma discussão sobre o combate à doença e como melhorar o sistema de saúde. Mas, quem protagonizou o debate foi a velha disputa entre os seguidores de Correa e o empresariado de direita. 

O Equador vive hoje o fechamento parcial do comércio, de escolas e registra uma média de 940 mortes por milhão de pessoas. Segundo dados do Ministério da Saúde, são registrados em média 1.604 novas infecções por covid por dia, mas o tema sanitário só apareceu com força na última semana.

Eleição no Equador
Pacientes com covid entram em hospital de campanha em Quito; Equador vive aumento de casos da doença e terá segundo turno presidencial neste domingo Foto: REUTERS/Santiago Arcos

“A eleição do Equador se parece muito com a do Peru em 2016: não está lá o Rafael Correa, mas um herdeiro político, Arauz. E, do outro lado, tem um antigo conhecido da direita empresarial equatoriana (Lasso). No Peru de 2016, não tínhamos Alberto Fujimori, mas Keiko. E, do outro lado, Pedro Pablo Kuczynski, velho conhecido da direita empresarial peruana”, disse Meléndez.

PORTOS AMAZÔNICOS VÃO TRANSPORTAR MAIS GRÃOS QUE OS DO SUL

 

Localizados em cidades como Barcarena (PA) e Porto Velho (RO), os terminais do ‘Arco Norte’ já respondem por 50% do escoamento da produção de soja e milho e vão superar volume dos portos das regiões Sudeste e Sul, como Paranaguá e Santos, este ano

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Todos os olhos se voltam para o Norte. Pela primeira vez, os portos do chamado “Arco Norte”, localizados na região amazônica, desbancaram a preferência dos gigantes do Sudeste e Sul do País e se igualaram como destino dos grãos, com 50% cada, se considerada a movimentação portuária verificada em 2020 pelo agronegócio. A expectativa é que, neste ano, a movimentação nesses portos ultrapasse a do restante do País, já que a média de avanço anual tem sido de 4%. 

Até dez anos atrás, terminais portuários de cidades como Itaituba, Santarém e Barcarena (PA), Santana (AP), Itacoatiara (AM) e Porto Velho (RO) eram tratados como “experiências” logísticas pela maior parte dos produtores de Mato Grosso, dada a precariedade – ou mesmo a inexistência – da infraestrutura de acesso aos terminais. Hoje, esses endereços se consolidaram como alternativa aos terminais de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Porto de Barcarena
. Porto de Barcarena, no Pará: exportação pela região Norte reduz à metade custo do frete de produtores de MT, maior produtor de soja do País Foto: Chico Anastásio/ Estadão

As informações da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) apontam que, em 2010, a movimentação nos portos do Arco Norte respondiam por apenas 23% da produção nacional de soja e milho. Em 2015, essa participação já tinha saltado para 31%, até atingir 50% no ano passado. A maior parte dos grãos é exportada para a Ásia, seguida por Europa.

Não é difícil entender por que o mapa logístico do agronegócio virou de ponta cabeça. Na última década, após sucessivos atrasos, o governo federal conseguiu, finalmente, dar condições razoáveis de trafegabilidade à BR-163, estrada que sai do Mato Grosso e segue até o Pará, onde passou a se ligar com a hidrovia do rio Tapajós. Melhorias também foram feitas na BR-364, que segue até Rondônia, para se conectar à hidrovia do Rio Madeira. 

A partir dessas duas rotas que unem estrada e rios, a produção passou a acessar os terminais portuários amazônicos. O que mais pesou, porém, foram os aportes da iniciativa privada, que tratou de pôr dinheiro em estruturas de armazenamento, transporte e transbordo de grãos. O resultado foi imediato: redução da distância e do custo do transporte.

É o que mostram os dados medidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão ligado ao Ministério da Agricultura. Hoje, o produtor que embarca a sua carga em um caminhão em Sorriso (MT), por exemplo, e despacha para o porto de Santos, tem que fazer uma viagem de 2.171 km de extensão e pagar R$ 300 por tonelada de grão transportada. Ele pode até dividir esse percurso com o uso de uma ferrovia, a partir de Rondonópolis (MT), mas não verá o preço de seu frete mudar quase nada.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=zxr7BQ

Agora, se este mesmo produtor de Sorriso escolhe como destino o terminal portuário erguido em Miritituba, no município de Itaituba, no Pará, verá a sua distância encolher para 1.017 km até chegar à hidrovia do Tapajós, com um preço de R$ 160 por tonelada. É praticamente metade do preço e da distância. A partir de Miritituba, a produção entra em barcaças e, pela hidrovia, ao porto de Vila do Conde (PA) para, então, ganhar o mundo.

Com mais alternativas de escoamento, o preço do frete caiu de forma geral. Em janeiro de 2020, uma tonelada de grãos que saía de Campo Novo (MT) para viajar 2.210 km até o porto de Santos custava R$ 310. Um ano depois, essa mesma tonelada custa R$ 290. O mesmo comportamento de queda é visto em relação aos principais polos de produção do Mato Grosso, como Primavera, Rondonópolis e Querência.

No Arco Norte, os preços caíram de forma ainda mais acentuada. Entre janeiro de 2020 e de 2021, a tonelada de grãos transportada de Sorriso a Miritituba viu seu frete reduzir em 16%, de R$ 190 para R$ 160. Quem partiu de Sorriso a Santarém (PA) pagou R$ 245 no ano passado, mas agora desembolsa R$ 220.

“É uma mudança muito forte no setor, algo que já era esperado há algum tempo e que veio pra ficar. Os portos do Norte estão trazendo mais competição e opções de saída, que são nosso maior gargalo hoje”, diz Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja).

Prazo

Tarso Veloso, analista da consultoria agrícola AgResource Brasil, sediada em Chicago (EUA), chama a atenção para o encurtamento dos prazos. “Vemos redução no valor e no tempo de viagem dos grãos que saem do Norte do Brasil, em comparação com as ofertas do Golfo dos Estados Unidos, que é o principal ponto de saída das exportações americanas. Com investimentos na infraestrutura, o Brasil vai continuar a ser o principal produtor agrícola mundial pelas próximas décadas, levando em conta a área agrícola já disponível e o clima propício.”

A construção de uma nova ferrovia que ligue o Mato Grosso ao Pará, a chamada “Ferrogrão”, é vista pelos produtores como o passo crucial para ampliação do escoamento, dado o volume de produção do Mato Grosso previsto para os próximos anos. O projeto enfrenta resistências por causa de impactos ambientais e dentro do próprio setor ferroviário. Hoje, a única rota de saída ferroviária da produção se dá por meio das ferrovias da Rumo Logística, que controla a Malha Norte e Malha Paulista, trilhos que ligam o sul mato-grossense ao porto de Santos.

sábado, 10 de abril de 2021

GOVERNO TENTAR CONTER CPI DA COVID

 

Acusação de interferência política do STF e tom de ameaça de Bolsonaro confirmam escalada de tensões entre o Executivo e Judiciário, que se deterioraram a partir de derrotas de teses do governo na Corte.

Ministro Roberto Barroso:  aval à CPI da Covid é visto no Planalto como interferência política
Foto: Roberto Jayme/ASCOM/TSE

Ministro Roberto Barroso: aval à CPI da Covid é visto no Planalto como interferência política Foto: Roberto Jayme/ASCOM/TSE

ROBERTO JAYME/ASCOM/TSE

A determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Roberto Barroso, de instalação da CPI da Covid, a partir de provocação de dois parlamentares do Cidadania, articuladores do Planalto e apoiadores do Congresso deslancharam desde a noite desta quinta-feira frentes de ação para barrar a investigação parlamentar junto ao Congresso e ao STF. A CPI é vista como palanque político para a exploração da maior fragilidade do governo Bolsonaro: a gestão da pandemia do coronavírus.

Uma das mobilizações visa impedir a instalação da comissão de inquérito, retirando as condições técnicas para isso. Uma delas é a pressão para a retirada das assinaturas de apoio à investigação, o que pode ser feito até horas antes da leitura do requerimento em plenário pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), ato que formaliza a criação da CPI. O senador, que é aliado ao Planalto, já se declarou contra a instalação da comissão, mas anunciou que cumprirá a decisão do STF. No entanto, sem o cumprimento das regras regimentais para isso, Pacheco fica dispensado da tarefa.https://a6396194fb11b07056b017b355d7f1b3.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Para que seja instalada, a CPI também depende da indicação partidária de seus integrantes, titulares e suplentes, por parte dos partidos.  Esta etapa costuma ser utilizada como forma de retardar ou até barrar o início da investigação. O apoio parlamentar ao presidente Bolsonaro, no entanto, é mais frágil no senado, Casa que tem pressionado o Planalto a mudar aspectos de sua gestão, inclusive com troca de ministros. A atuação independente de vários senadores, com dinâmica oposta à da Câmara, também se torna um desafio para a articulação governista.

Junto ao STF, esta prevista a mediação de interlocutores tradicionais do governo, como o general Ramos e o titular da AGU, André Mendonça, que serão escalados para a tarefa. Um dos esforços do Planalto buscará levar o tema ao pleno, para que seja apreciado pelos 11 ministros.

A missão torna-se mais complicada diante do ambiente conflagrado causado pelas declarações do próprio presidente nesta sexta-feira. Além da acusação de interferência política, Bolsonaro adotou tom de ameaça, ao lembrar que há pedidos de impeachment contra ministros do STF, e ao declarar que “falta coragem moral” ao ministro Barroso. O método, já utilizado em outras ocasiões, tende a aglutinar os ministros na defesa da Corte, o que dificulta as articulações para eventual reversão da decisão do magistrado.

SEQUELAS DEIXADAS PELO COVID

 

Resultados de estudos demonstram que custo emocional e financeiro para a saúde da população, durante e após a pandemia, é muito maior do que o custo das vidas perdidas.

Fernando Reinach*, O Estado de S.Paulo

Sars-CoV-2 mata entre 0,5% e 1% das pessoas que infecta. No Brasil já matou quase 350 mil pessoas, o que significa que já infectou entre 17,5 milhões e 35 milhões (13,2 milhões foram diagnosticados). Se o número de mortos é inaceitável, o futuro dos que sobreviveram é ainda desafiador. Um estudo publicado nesta semana demonstrou que 33% dos sobreviventes são diagnosticados com doenças neurológicas e psiquiátricas nos seis meses seguintes. 

Caso esse estudo, feito com 236.379 pessoas que se curaram da covid nos EUA, seja representativo do que está ocorrendo no Brasil, por volta de 10 milhões de brasileiros já estão fadados a serem diagnosticados com doenças neurológicas e psiquiátricas nos próximos meses.

Hospitais da Grande São Paulo estão com alta ocupação de leitos em UTI em enfermaria
Hospitais da Grande São Paulo estão com alta ocupação de leitos em UTI e enfermaria Foto: Miguel Schincariol/AFP

O estudo foi feito usando uma base de dados da TriNetX com os prontuários eletrônicos de 81 milhões de pacientes nos EUA. Prontuários eletrônicos nada mais são que as folhas de papel onde os médicos anotam os diagnósticos, os medicamentos e os exames realizados em seus pacientes. Guardados na forma digital, eles não revelam a identidade do paciente.

Os cientistas localizaram no banco de dados da TriNetX todos os pacientes que tiveram diagnóstico positivo de covid após 20 de janeiro de 2020 e que ainda estavam vivos em 13 de dezembro. O estudo analisou o que ocorreu com esses pacientes nos seis meses seguintes. Só foram incluídos os com mais de 10 anos. Foram identificados 236.379 pacientes, sendo 190.077 não hospitalizados e 46.302 hospitalizados. Destes, 8.945 foram internados em UTIs. Esses pacientes com covid foram comparados com um grupo de 105.579 pacientes diagnosticados com influenza e outros 236.038 diagnosticados com qualquer tipo de infecção respiratória que nunca tiveram covid.

A comparação entre esses três grupos é importante pois os cientistas tinham como objetivo determinar o risco adicional de o paciente ser diagnosticado com doenças neurológicas ou psiquiátrica, comparado com pessoas que não tiveram covid. Os resultados mostraram que 33,62% dos pacientes diagnosticados com covid tiveram um diagnóstico de doença neurológica ou psiquiátrica nos seis meses seguintes. Sendo esse número 38,73% nos pacientes internados e 46,42% nos que estiveram nas UTIs. 

Mas como os diagnósticos de doenças neurológicas e psiquiátricas podem ocorrer também nas pessoas que não tiveram covid, o importante é saber qual o risco adicional de ter um desses diagnósticos, nas pessoas que tiveram covid, quando comparadas com os dois grupos controle. A quantidade de resultados apresentados é enorme.

A chance de uma pessoa que teve covid é 3,75 vezes maior de ter uma hemorragia intracraniana, 2,82 vezes maior de ter um derrame isquêmico, 7,76 vezes maior de ter uma doença neuromuscular, 2,77 vezes de ter uma doença psicótica e 1,55 vez de ter crises da ansiedade. A lista dos possíveis diagnósticos inclui 22 doenças. Esses são os números para os pacientes não hospitalizados. Eles aumentam entre os hospitalizados e ainda mais entre os que foram à UTI. Por exemplo o risco de doenças neuromusculares sobe de 7,76 vezes em pacientes não internados para 11,53 nos internados.

Esses resultados demonstram que, para cada pessoa que a covid mata, 33 pessoas entre as que se curam terão diagnósticos de doenças psiquiátricas ou neurológicas nos seis meses seguintes. Vale notar que esse estudo só analisou doenças psiquiátricas e neurológicas. Isso demonstra que o custo emocional e financeiro para a saúde da população, durante e após a pandemia, é muito maior do que o custo das vidas perdidas. Se você é contra o lockdown, contra máscaras e a favor de medicamentos inúteis, pense nisso. Esses dados mostram quão importante é se vacinar, praticar o distanciamento social e estancar o espalhamento do vírus.

MAIS INFORMAÇÕES: 6-MONTH NEUROLOGICAL AND PSYCHIATRIC OUTCOMES IN 236 379 SURVIVORS OF COVID-19: A RETROSPECTIVE COHORT STUDY USING ELECTRONIC HEALTH RECORDS. LANCET PSYCHIATRY. HTTPS://DOI.ORG/10.1016/ S2215-0366(21)00084-5 (2021)

* É BIÓLOGO, PHD EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR PELA CORNELL UNIVERSITY E AUTOR DE A CHEGADA DO NOVO CORONAVÍRUS NO BRASIL; FOLHA DE LÓTUS, ESCORREGADOR DE MOSQUITO; E A LONGA MARCHA DOS GRILOS CANIBAIS

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