terça-feira, 6 de abril de 2021

CRISE HÍDRICA - 80% DA ENERGIA BRASILEIRA É HÍDRICA

 

As variações climáticas são uma realidade incontornável. Em princípio, está afastado o risco maior de um apagão, mas a pressão na conta de luz é inevitável

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Diz-se que “a primeira coisa que a chuva leva é a memória da seca”. Inversamente, a primeira coisa que a seca traz é a memória da chuva. Há um ano o País testemunhou as chuvas avassaladoras na Região Sudeste que, entre enchentes e desmoronamentos, levaram dezenas de vidas. Anos antes, em 2014, o Sistema Cantareira, que abastece metade da Região Metropolitana de São Paulo, atingiu pela primeira vez o volume morto, afetando o abastecimento de água e a geração de energia com grande impacto socioeconômico. No primeiro trimestre deste ano, o volume de chuva na região do Cantareira foi o mais baixo desde 2016, e o volume de água nos reservatórios de São Paulo é menor do que em 2013. É um reflexo da estiagem que afeta o País, especialmente suas grandes “caixas d’água”, o Sudeste e o Centro-Oeste.

Em princípio, está afastado o risco maior de um apagão, como o de 2001. Desde então, o País investiu em sistemas de compensação, sobretudo nas usinas termoelétricas. Mas a pressão na conta de luz é inevitável. Estima-se que o reajuste médio nas tarifas residenciais possa chegar a 17%.

É consenso no setor elétrico que as mudanças climáticas estão deteriorando as condições hidrológicas brasileiras. Num futuro previsível os períodos de seca tendem a ser mais severos e frequentes. Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura, entre 2016 e 2020, o fluxo das represas de hidrelétricas ficou abaixo da média registrada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em quase 90 anos: 85,6% no Sudeste/Centro-Oeste; 49,3% no Nordeste; 88,4% no Sul; e 76,2% no Norte. Desde 2013, enquanto a inflação foi de 47,7%, a tarifa média da energia subiu 105,2%. 

A escassez hídrica afeta não só a energia, mas a navegação, a indústria e a agricultura. Isso exigirá tanto adaptações de curto prazo quanto estratégias de longo prazo. Não há saída única. Em estudo sobre o problema, o Ipea aponta que será preciso implementar uma composição de soluções que envolverão necessariamente tecnologias relacionadas com captação e reservatórios de armazenamento; tratamento de água e esgoto; monitoramento e gestão da quantidade e qualidade da água nos mananciais; estações elevatórias, adutoras e redes de distribuição; e controle de consumo.

O equilíbrio entre custos e benefícios é delicado. No setor elétrico, em particular, muitos apostam na construção de novos reservatórios. Mas a contrapartida é o alagamento de grandes áreas, eventualmente inviável ante os novos paradigmas de proteção ambiental. Uma solução mais imediata e evidente é investir mais na contratação de termoelétricas. As térmicas podem funcionar ininterruptamente e servem como uma espécie de bateria que compensa as intermitências do sistema hidrelétrico, dando-lhe mais resiliência e permitindo um melhor gerenciamento dos reservatórios. O problema é que elas funcionam à base de combustíveis fósseis, como derivados de petróleo ou carvão mineral, com óbvios impactos ambientais. 

A longo prazo, é possível apostar em parques eólicos e solares. Hoje a participação dessas matrizes no Brasil é de 12%, mas estima-se que possa chegar a 50%. Ainda assim, por mais promissoras que sejam, as fontes renováveis ainda são relativamente caras e o desenvolvimento das tecnologias é incerto. De resto, elas também são intermitentes, e ainda será preciso contar, ao menos num futuro próximo, com as termoelétricas como base de estabilização do sistema. Uma boa notícia é que a aprovação do Novo Marco do Gás deve impulsionar a importação, produção e distribuição do gás natural, mais barato e menos poluente.

O fato é que as variações climáticas são hoje uma realidade incontornável. “Chamar a atenção para este fato não se trata de postura catastrófica”, advertiu em artigo no Estado o pesquisador do Instituto Democracia e Sustentabilidade Guilherme Checco, “mas sim de atitude preventiva para a construção de uma nova cultura de cuidado com a água capaz de se adaptar a este cenário de escassez hídrica, com o devido planejamento para evitar situações extremas de criticidade e potencial colapso dos sistemas de abastecimento.”

segunda-feira, 5 de abril de 2021

MOVIMENTAR COMO MARIPOSAS

 

Mariposas

Byvaleon

 ABR 5, 2021

Quero me movimentar como mariposa hipnotizada, ao redor de boa luz

Leandro Karnal, O Estado de S.Paulo

Há mariposas ao redor de cada fonte brilhante na escuridão. Dizem que as borboletas noturnas derivam seu nome do espanhol: “Maria Pousa”. São atraídas para a luz por um fenômeno chamado fototaxia. As causas são controversas. Mudam seu voo em direção a ela e, por vezes, morrem se debatendo contra um vidro quente de uma luminária externa.    

Haveria humanos assim? Talvez. José Dias é magro, já passado dos 50 anos. Anda lentamente. Quem o olha imagina que tem o passo dos preguiçosos. Erro! Move-se de forma calculada e deduzida. Se fosse um estudante de lógica, o caminhar dele seria um silogismo completo: a premissa antes da consequência, a consequência antes da conclusão.

Ele é comum e pretensioso. Usa muitos superlativos. “Era um modo de dar feição monumental às ideias; não as havendo, servia a prolongar as frases.” Estou descrevendo e usando as tintas de Machado para a personagem do “agregado” da família de Bentinho. Sabemos: o autor é genial na descrição da fauna da nossa espécie. O tipo de José Dias, com gramáticas variadas, vagava pela Corte no século 19 e é filmado no Big Brother até hoje. Sabe-se observado e depende da boa vontade das pessoas ao redor para continuar ali. Age para o público. Busca a luz, apesar de ser alguém das sombras. Depende do holofote (e da comida) de outrem.

José Dias não é mau. Mentiu ao se anunciar médico homeopata. Se eliminarmos quem já mentiu no mundo, provavelmente a Terra será devolvida aos animais como no quinto dia da criação: sem pessoas. Era um “agregado”, algo que um romano antigo chamaria de cliente. Fazia pequenos serviços, elogiava a dona da casa, ajudava de quando em vez, orientava com conselhos, advertia sobre os riscos da vizinha Capitu. A grande questão é que, sendo dependente, não tinha autonomia moral para agir fora do esquadro. Também, querendo ser beneficiado com a hipótese de Bentinho ir para a Europa estudar, estimulava essa opção. Seria venal? Eu creio apenas humano, misturando sabedoria a interesses pessoais. Agia como quase todos agimos. Não aconselhava algo para a ruína do filho único; orientava de tal forma que ambos fossem beneficiados.

Após uma vida com a família, o homem dos superlativos faleceu. A cena tem pinceladas de intimidade e de alguma emoção. O narrador, o próprio Dom Casmurro, diz sobre os minutos finais: “Abrimos a janela. Realmente, estava um céu azul e claro. José Dias soergueu-se e olhou para fora; após alguns instantes, deixou cair a cabeça, murmurando: Lindíssimo! Foi a última palavra que proferiu neste mundo. Pobre José Dias! Por que hei de negar que chorei por ele?”.

Machado de Assis
O escritor Machado de Assis, autor de ‘Dom Casmurro’ Foto: Biblioteca Nacional

Redime-se parte da personagem pelo final. Causou lágrimas. Elaborou certa poesia ao contemplar o firmamento. Seu último superlativo era um louvor à Natureza. Sim, aumentava as palavras porque tinha poucas ideias. Seria como o pregador que berra porque o argumento é fraco. Baseado no latim, o chamado superlativo “absoluto sintético” é ainda mais impressionante. Livre em grau máximo? Libérrimo. Algo muito comum? Contumacíssimo. Busca a fama a qualquer custo? Anseia por se tornar celebérrimo. Crescem as palavras no deserto da criatividade.

A boa literatura é um exercício duplo interno. Por um lado, vemos personagens que ilustram as possibilidades dos seres humanos. São exemplos ficcionais de pensamentos concretos e existentes no mundo real. José Dias personifica a subserviência do agregado. Iago encarna as maquinações da inveja rancorosa, como Otelo, a obsessão dos ciúmes. Os riscos da avareza demasiada? Shylock (O Mercador de Veneza, Shakespeare), Harpagon (O Avarento, Molière) e  Ebenezer Scrooge (Um Conto de Natal, Dickens) mostram muitas possibilidades. Quem nunca encontrou um Conselheiro Acácio (O Primo Basílio, de Eça) com sua pompa extrema e conhecimento raso?  Citador de frases perdidas, de vida moral duvidosa, porém amante da glória do mundo? Em Herman Melville, eu descobri que o risco de uma ideia fixa pode levar ao fim, como o capitão Ahab. No mesmo autor, uma das figuras mais surpreendentes na sua excêntrica mediocridade: o escriturário Bartleby.

O outro aspecto positivo da boa literatura é nosso transporte empático para as dores das personagens e das suas experiências. Acho um exercício muito bom eu ser capaz de sentir a angústia de Fantine n’Os Miseráveis (Victor Hugo). Paixão cega? O casal Simão e Teresa (Amor de Perdição, Camilo Castelo Branco) é uma advertência ainda mais forte do que Romeu e Julieta. Com mais talento e carisma do que Bartleby, amei a datilógrafa Macabéa (A Hora da Estrela, Clarice Lispector).

Tendo vivido as angústias e alegrias de personagens variadas, na literatura e no cinema, exercitei a identidade, a compaixão, a diversidade e a capacidade empática. Alguém pode me dizer: mas você é tão racional e até distante, Leandro. Bem, um pouco menos do que pareço, porém, imagine se eu não tivesse feito o exercício de amálgama e transposição com o limite da ficção e do real?

Em resumo, querida leitora e estimado leitor: concluo que somos todos José Dias. Meu único consolo? Quero me movimentar como mariposa hipnotizada, ao redor de boa luz. Os grandes livros são lumes fortes e perenes. Imerso na banalidade cotidiana, espero, ao menos, que eu possa me debater no lampião de Machado e de Clarice… Como Goethe, ao terminar tudo, gritarei por “mais luz”! Boa semana para borboletas felizes, lagartas famintas e mariposas iludidas.

É HISTORIADOR E ESCRITOR, AUTOR DE ‘O DILEMA DO PORCO-ESPINHO’, ENTRE OUTROS

BOLSONARO E LULA DOIS EXTREMOS NA POLÍTICA

 

Polarizar afetivamente com os dois extremos é a alternativa para o centro

Carlos Pereira, O Estado de S.Paulo

Estudos de psicologia política e social sugerem que a polarização política se expressa cada vez menos a partir de diferenças ideológicas, mas, fundamentalmente, por meio de conexões afetivas. A construção de identidades não requer a concordância com valores ou atitudes políticas; basta simplesmente uma sensação de inclusão a um determinado grupo e de exclusão de outro.

Assim como democratas e republicanos nos EUA, lulistas e bolsonaristas cada vez mais desgostam uns dos outros, chegando mesmo a se odiar. Esses grupos polares identificam, antes de tudo, quem somos “nós” e quem são “eles”. Os membros de cada um dos grupos se consideram superiores aos membros do grupo rival e esse julgamento está baseado em conexões de identidade e pertencimento, e não em ideologias ou políticas específicas.

Em estudo recente, mostro que eleitores que reprovaram o desempenho do governo Bolsonaro na pandemia se opuseram ao programa de auxílio emergencial quando perceberam que tal política iria beneficiar Bolsonaro. Vale salientar que a avaliação negativa da política de transferência de renda foi contraditoriamente mais forte entre eleitores de esquerda, que, a princípio, seriam favoráveis a políticas de proteção social. Por outro lado, os apoiadores do presidente, que ideologicamente seriam contrários a políticas de transferência de renda, mostram grande suporte ao programa quando perceberam que Bolsonaro dele poderia se beneficiar. 

Até 2018, a polarização tinha se cristalizado em torno das identidades do petismo e do antipetismo. Com a volta de Lula à disputa eleitoral de 2022, o petismo, que já se confundia com o lulismo, tende a ser completamente absorvido por este. O antipetismo, por outro lado, que vinha sendo incorporado pelo PSDB, foi apropriado pelo bolsonarismo na campanha à Presidência. O perfil belicoso de Bolsonaro, caracterizado pelo confronto com as instituições, consolidou o antibolsonarismo. A polarização afetiva no Brasil passou a ter, portanto, dois novos pêndulos de desafeto: Lula e Bolsonaro. 

Vários aspectos explicam os sentimentos anti-Lula e anti-Bolsonaro. Em relação a Lula, uma das principais imagens que compõem seu desafeto é, sem sombra de dúvida, a corrupção. O esquema ilegal de recompensas a parceiros políticos, exposto no escândalo de mensalão, e as cifras bilionárias do escândalo do petrolão cristalizaram o antilulismo. Já quanto a Bolsonaro, um dos principais elementos de desafeto tem sido a irresponsabilidade com a vida durante a pandemia, revelada pela negação da gravidade da doença e descaso com as medidas de isolamento social, culminando com a completa ineficiência na aquisição de vacinas. 

O que resta, então, a partidos de centro fazer neste ambiente afetivamente polarizado? 

Como é provável que para muitos eleitores de centro, entre o “bandido” e o “genocida” não exista mal menor, o candidato que ambicione obter esses votos deve jogar afetivamente contra esses dois polos extremos. A oportunidade para uma candidatura de centro não seria se apresentar como uma plataforma autossuficiente, mas, sim, como uma alternativa reativa à corrupção e ao achincalho à gestão da pandemia.

Ou seja, para se tornar competitivo, não basta ao centro polarizar apenas com Bolsonaro, como sinalizado em manifesto recente pela consciência democrática. Terá também de polarizar com Lula para ser uma alternativa atraente para os antilulistas. 

É esperado que Lula e Bolsonaro sinalizem compromissos ao centro para tentar capturar seus eleitores. Porém, esses movimentos só serão críveis se os partidos e candidatos de centro deixarem que esses eleitores esqueçam os motivos que motivaram seus desafetos.

*CIENTISTA POLÍTICO E PROFESSOR TITULAR DA ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS (FGV EBAPE)

CULTURA DA INOVAÇÃO EM GERAL

 

Todos os colaboradores devem perceber a sua importância

PEDRO BOGGIONE COSTA – jornal o tempo – Mundo Novo 99

A competição sempre fez parte do ambiente empresarial. Com a chegada das novas tecnologias e com os consumidores se tornando cada vez mais exigentes, as empresas buscam se diferenciar no mercado. Por isso, a busca por implementar uma cultura de inovação tem se tornado mais frequente.

Esse termo pode ser definido como uma forma de criar um ambiente em que os colaboradores se sintam confortáveis para compartilhar suas ideias e contribuir para que a empresa tenha melhor desenvolvimento. Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 86% das 132 organizações entrevistadas acreditam que o incentivo à cultura de inovação em processos internos e externos dará mais destaque para a empresa.

No entanto, para que funcione efetivamente, a cultura de inovação deve fazer parte do DNA da empresa, ou seja, todos os colaboradores devem perceber a sua importância para que a empresa se diferencie no mercado. Por isso, para as empresas tradicionais, estimular a inovação deve ser um processo gradual que aos poucos transformará a cultura organizacional.

A primeira etapa é estimular o diálogo e o feedback entre os profissionais. Oferecer um espaço nas reuniões para todos participarem e apontarem diferentes visões sobre uma ideia ou projeto é uma forma de estimular a criatividade e a busca por soluções inovadoras.

Além disso, é importante pensar em ações que estimulem a criatividade. Seminários, cursos e eventos são formas de incentivar os colaboradores a sair da caixa e diversificar. Priorizar o coletivo, ou seja, o crescimento da equipe em conjunto, também é importante para que a cultura de inovação seja eficaz.

A rede Magazine Luiza, por exemplo, promove um ambiente de inovação para todos os seus colaboradores. Em outubro do ano passado, a empresa comprou uma plataforma de cursos voltados para o e-commerce, em que os seus funcionários podem aprimorar seus conhecimentos e expandir as habilidades. Além disso, a organização possui o Luizalbas, um laboratório de tecnologia e inovação que busca criar produtos, serviços e otimizar processos da empresa.

Os gestores também possuem um papel fundamental na cultura de inovação. A liderança deve apontar quais são os resultados esperados obtidos por meio da busca pela inovação. Com isso, toda a equipe se torna consciente e pode tomar decisões de forma mais estratégica.

Para que a cultura de inovação tenha bons resultados, é necessário um esforço coletivo, pois é um processo que leva tempo. Entretanto, os resultados dessa ação são positivos para as empresas. O estudo do Ipea destaca que, apesar de apenas 1,7% das organizações brasileiras se preocuparem com a cultura de inovação, essas empresas são responsáveis por 25,9% do faturamento da indústria no país. Dessa forma, a inovação empresarial contribui para um ambiente criativo e gera profissionais engajados.

O Que É A Cultura Da Inovação?

A cultura da inovação pode ser entendida como uma nova forma de trabalhar e de enxergar os processos internos e externos de uma empresa. Vai muito além de ter novas e boas ideias e tem a ver com a capacidade de aplicar um pensamento inovador em todas as áreas da organização.

Para funcionar efetivamente, essa cultura deve fazer parte do DNA da empresa. Ou seja, deve ser um objetivo de todos os colaboradores, que percebem a sua importância para uma diferenciação no mercado e para conquistas cada vez mais importantes.

Afinal, um ambiente fértil para o surgimento de novas ideias é sempre muito mais promissor e relevante, não é mesmo? A abertura para uma postura mais questionadora e corajosa traz, eventualmente, resultados surpreendentes para a empresa.

Como Implementar A Cultura Da Inovação Na Empresa?

Implementar essa cultura dentro da empresa deve ser um objetivo comum a todos os gestores. Assim, será possível adotar mudanças na rotina e algumas posturas que serão estratégicas para a construção de um ambiente mais propício à inovação.

Acompanhe as dicas abaixo e se prepare para uma empresa mais ousada e surpreendente em todos os sentidos!

1. Dê Espaço Para Novas Ideias

A cultura da inovação precisa de um ambiente propício para acontecer, o que significa que a empresa deve oferecer todas as condições necessárias para que os colaboradores busquem a inovação.

Trata-se de uma postura que deve ir muito além do discurso: incentive os colaboradores a expressarem as suas ideias, celebre as conquistas, mostre os resultados de posturas inovadoras. Enfim, construa um espaço onde o diálogo é bem-vindo e todos se sentem convidados a expressarem os seus pensamentos.

2. Use E Abuse Dos Aplicativos

Inovação tem tudo a ver com tecnologia. Uma empresa que busca se destacar pelo seu pensamento contemporâneo e ousado precisa saber aproveitar o melhor dos avanços tecnológicos, que nos surpreendem a cada dia.

E, nesse cenário, uma das questões mais importantes são os aplicativos, que podem ser de grande ajuda para diminuir as burocracias dentro da empresa, deixando mais tempo para que os funcionários repensem seus processos, escolhas e formas de trabalho.

3. Acompanhe As Tendências Do Mercado

Ao mesmo tempo em que inovação tem tudo a ver com originalidade, ela também está relacionada à habilidade dos gestores de acompanhar as tendências e principais acontecimentos do mercado.

Por isso, informação é tudo! Reserve um espaço no seu dia de trabalho para se informar, buscando compreender quais são as estratégias e soluções que têm funcionado para outras empresas, refletindo sobre como elas podem ser úteis também no seu universo. Se inspire no mundo para deixar a sua empresa cada vez melhor.

4. Incentive A Criação Coletiva

Pode ter certeza: a cultura da inovação só acontece em um espaço em que as pessoas sabem e gostam de trabalhar em equipe. Inovar significa, entre outras coisas, ter a capacidade de unir ideias diferentes em busca de um objetivo comum.

Incentive os seus colaboradores a trabalharem juntos, trocando ideias e opiniões num contexto em que os resultados vão ser benéficos para todos os envolvidos. Uma coisa é certa: é impossível inovar sozinho.

5. Dê O Exemplo

Um dos pontos mais importantes para a implementação da cultua de inovação é o exemplo. Os gestores devem atuar como lideranças no processo, adotando eles próprios uma postura inovadora e questionadora sempre.

Lembre-se de que os colaboradores de uma empresa vão seguir as posturas e modelos mentais de seus líderes. Portanto, de nada adianta pregar a inovação se ela não estiver presente em suas escolhas, das menores e mais triviais até aquelas mais significativas dentro da organização.

6. Faça Todo Dia Um Pouco

O processo de construção e implementação de uma cultura da inovação deve ser contínuo e não pode parar. Enquanto gestor, lembre-se de que é sua responsabilidade manter os colaboradores motivados e engajados com esse objetivo. Então, a cada dia busque trazer uma nova ideia ou conceito para a empresa, mostrando ao time como a inovação pode e deve acontecer.

7. Determine Os Objetivos E Avalie Os Resultados

Toda mudança na organização deve acontecer com um objetivo por trás. Afinal, mudar por mudar não leva ninguém a lugar nenhum, não é mesmo? É justamente por isso que, ao implementar a cultura da inovação na sua empresa, é importante determinar os objetivos daquela transformação.

Pode ser aumentar o número de clientes, diminuir os gastos fixos ou ampliar a percepção da marca em um contexto cada vez mais competitivo. Enfim, as possibilidades são múltiplas: o importante é ter consciência do que se busca.

Depois disso, é fundamental também avaliar os resultados, para ter um acompanhamento e uma avaliação. Questione se as mudanças efetuadas estão trazendo os resultados esperados para a empresa. Em caso positivo, celebre as conquistas com a sua equipe e, em caso negativo, não desanime. Continue buscando soluções inovadoras para a sua empresa. Uma hora os resultados vão aparecer!

8. Não Tenha Medo De Errar

Para inovar, é preciso coragem. Nem sempre você e o seu time vão acertar nas escolhas, mas o importante é perceber que o erro também faz parte do processo. O desafio aqui é corrigir a rota, recuperando os resultados e saindo mais forte do processo. Não tenha medo: seja ousado, criativo e inovador e prepare-se para colher os frutos dessa decisão.

A cultura da inovação é, sem dúvida um grande diferencial competitivo das empresas nos dias atuais. Agora que você já sabe como colocar essa mudança em prática dentro da sua organização, é só se preparar para colher os bons resultados!

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PROGRAMAÇÃO DE COMPUTADORES E MOTIVOS PARA APRENDER

 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Programação é o processo de escrita, teste e manutenção de um programa de computador. O programa é escrito em uma linguagem de programação, embora seja possível, com alguma dificuldade, o escrever diretamente em linguagem de máquina. Diferentes partes de um programa podem ser escritas em diferentes linguagens.

Diferentes linguagens de programação funcionam de diferentes modos. Por esse motivo, os programadores podem criar programas muito diferentes para diferentes linguagens; muito embora, teoricamente, a maioria das linguagens possa ser usada para criar qualquer programa.

Há várias décadas se debate se a programação é mais semelhante a uma arte (Donald Knuth), a uma ciência, à matemática (Edsger Dijkstra), à engenharia (David Parnas), ou se é um campo completamente novo.

Índice

Algoritmos

Um algoritmo é uma sequência lógica finita de passos para realizar uma tarefa ou resolver um problema. Em nosso dia a dia utilizamos algoritmos para realizar nossas atividades, definindo a sequência de atividades que devemos fazer para atingir um objetivo. Um exemplo simples é uma receita. Um algoritmo é, num certo sentido, um programa abstrato — dizendo de outra forma, um programa é um algoritmo concretizado. Os programas são visualizados mais facilmente como uma coleção de algoritmos menores combinados de um modo único — da mesma forma que uma casa é construída a partir de componentes.[1]

Dessa forma, um algoritmo é uma descrição passo a passo de como o computador irá executar uma operação específica, como, por exemplo, uma ordenação. Um programa, por outro lado, é uma entidade que na verdade implementa uma ou mais operações de forma que seja útil para as pessoas que o utilizam.[1]

Engenharia de software

A criação de um programa de computador consiste de cinco passos principais:

  1. Reconhecer a necessidade de um programa para resolver um problema ou fazer alguma coisa
  2. Planejar o programa e selecionar as ferramentas necessárias para resolver o problema
  3. Escrever o programa na linguagem de programação escolhida
  4. Compilação: tradução do código fonte legível pelo homem em código executável pela máquina, o que é feito através de compiladores e outras ferramentas
  5. Testar o programa para ter a certeza de que funciona; se não, regressar ao passo 3

Estes cinco passos são colectivamente conhecidos como engenharia de software. A programação põe ênfase nos passos 2, 3 e 4. A codificação põe ênfase no passo 3. O termo coder, por vezes usado como sinônimo para programador, pode tornar-se aviltante porque ignora as capacidades necessárias para lidar com os outros quatro passos.

História

Heron de Alexandria no século primeiro inventou teatros automatizados que usavam programação análoga para controlar os fantoches, portas, luzes e efeitos de som.

A mais antiga programadora de computadores que se conhece é Ada Lovelace, filha de Anabella e de Lord Byron (o poeta). Ao serviço do matemático Charles Babbage, traduziu e expandiu uma descrição da sua máquina analítica. Muito embora Babbage nunca tenha completado a construção de nenhuma das suas máquinas, o trabalho que ele e Ada desenvolveram sobre elas, garantiu a Ada o título de primeira programadora de computadores do mundo (veja as notas de Ada Byron sobre a máquina analítica).[2] A linguagem de programação Ada recebeu o seu nome em homenagem à Ada.[3]

Um dos primeiros programadores que se tem notícia de ter completado todos os passos para a computação sem auxílio, incluindo a compilação e o teste, é Wallace J. Eckert. O trabalho deste homem antecede a ascensão das linguagens de computador, porque ele usou a linguagem da matemática para solucionar problemas astronômicos. No entanto, todos os ingredientes estavam lá: ele trabalhou um laboratório de computação para a Universidade de Colúmbia com equipamentos fornecidos pela IBM, completos com uma divisão de serviço de atendimento ao cliente, e consultores de engenharia para propósitos especiais, na cidade de Nova York, na década de 1930, usando cartões perfurados para armazenar os resultados intermediários de seus cálculos, e então formatando os cartões perfurados para controlar a impressão das respostas, igual ao trabalho para os censos décadas antes. Tinha técnicas de debug tais como códigos de cores, bases cruzadas, verificação e duplicação. Uma diferença entre Eckert e os programadores dos dias de hoje é que o exemplo do seu trabalho influenciou o projeto Manhattan. Seu trabalho foi reconhecido por astrônomos do Observatório da Universidade de Yale, Observatório da Universidade de PrincetonObservatório da Marinha dos EUA, Observatório da Faculdade Harvard, Observatório dos estudantes da Universidade da Califórnia, Observatório Ladd da Universidade de Brown e Observatório Sproul da Faculdade de Swarthmore.

Alan Turing é frequentemente encarado como o pai da ciência de computadores e, por afinidade, da programação. Ele foi responsável por ajudar na elaboração e programação de um computador destinado a quebrar o código alemão ENIGMA durante a Segunda Guerra Mundial — ver Máquina Enigma.

Lista de linguagens

Existem várias linguagens de programação; de acordo com o Índice Tiobe, as 20 mais populares são:

  1. Java
  2. C
  3. C++
  4. Python
  5. C#
  6. JavaScript
  7. Visual Basic .NET
  8. R
  9. PHP
  10. MATLAB
  11. Swift
  12. Objective-C
  13. Assembly
  14. Perl
  15. Ruby
  16. Delphi / Object Pascal
  17. Go
  18. Scratch
  19. PL/SQL
  20. Visual Basic

Aprendizagem da Programação

A aprendizagem da programação tem enfrentado vários desafios. Por ser de difícil aprendizagem, vários estudos propõe soluções para ajudar no processo de aprendizagem da programação, quer a nível do ensino secundário, quer universitário por diversas razões. De entre as soluções, destacam-se sistemas de apoio[9], uns que permitem que os estudantes visualizem de imediato o resultado do código que vão escrevendo, outros estudos também sugerem o uso de artefatos como a robótica para que os alunos interajam com algo tangível como o robot, melhorando a interação e motivando ao mesmo tempo[]. Foram realizados estudos que provam que o uso da gamificação em contextos de aprendizagem da programação, produziu resultados com sucesso, aumentando o nível de interação dos alunos, bem como a motivação para continuar a aprender.

A Startup Valeon um marketplace da região do Vale do Aço que tem a responsabilidade de levar o cliente até às empresas, lança um desafio aos leitores da Valeon Notícias para se interessarem e aprenderem Programação de Computadores e descubra os motivos pelos quais você deve aprender isso. (https://valedoacoonline.com.br/)

Descubra como que aprender a programar pode impactar a sociedade e o desenvolvimento das pessoas.

“Todo mundo deveria aprender a programar um computador, porque isso ensina você a pensar”. A famosa frase de Steve Jobs sobre aprender programação, ficou conhecida em 2013 pela campanha da Code.org, e resume bem por que aprender a programar é tão importante para a sociedade e para o próprio desenvolvimento das pessoas.

Não é à toa que instituições como a Code incentivam o ensino da ciência da computação desde a infância. Especialistas da área ditam que programação é a nova alfabetização e que as escolas terão esta matéria com regular em suas grades tradicionais, nas próximas décadas.

Mas, “de volta do futuro”, indo para o hoje, quem está começando nesta área, pode esbarrar com alguns desafios durante seu processo de aprendizagem. Essa área de conhecimento é ampla (diversas linguagens) e exige aprendizado constante.

Motivos para aprender a programar

Para te ajudar na compreensão dos primeiros passos dentro da programação, separamos algumas dicas que vão te ajudar a dar o start nessa área que só cresce.

A importância da programação nos dias atuais

A razão mais óbvia para aprender a linguagem dos computadores é estar preparado para o mercado de trabalho, seja para atuar como programador atendendo a uma demanda crescente por este profissional, com salários que vão de 3 mil a quase 9 mil reais, ou áreas relacionadas ao digital.

Os softwares já estão por toda parte e a expectativa para o futuro do trabalho é que a tecnologia esteja ainda mais presente, por meio de chips programáveis, do conceito de Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial.

A digitalização e a robotização devem eliminar várias profissões que existem hoje. Segundo a consultoria Ernst & Young, serão pelo menos 10 até 2025. E mesmo as que permanecerem serão profundamente modificadas, pois todas as áreas farão uso de tecnologia. Ou seja, os profissionais que a dominarem se destacarão.

Aprender a programar te ajuda a pensar

Assim como Steve Jobs afirmou, para João Vilhete, professor e pesquisador da Unicamp, ensinar programação é o mesmo que ensinar a pensar.

Ele se dedica há anos à robótica pedagógica, tendo inserido em escolas ambientes de aprendizagem baseados em dispositivos robóticos que permitem a construção do conhecimento nas diferentes áreas das ciências.

Na transição da era da informação para a era do conhecimento, “aprender a aprender” é um diferencial.

O conhecimento passa a ser construído e saber pensar é o caminho para se tornar um autodidata, o que, com certeza, faz toda a diferença, não só na profissão, mas na vida.

Por que é importante aprender a programar?

Programação é a nova alfabetização

Você pode não querer virar um escritor profissional, ainda assim, deve achar essencial aprender a ler e a escrever. Essa deve ser a nova lógica para o aprendizado da linguagem de programação.

Por isso, a disciplina tida como uma das habilidades essenciais do século 21 já é vista como a nova alfabetização ou o novo inglês. Segundo Resnick, em entrevista publicada no Portal Exame, “em um mundo repleto de tecnologia, quem não aprender a programar será programado”.

A falta de letramento digital também é preocupante. Para Ali Partrovi, um dos criados do Code.org, é uma questão de sobrevivência, uma necessidade para continuarmos conectados ao mundo.

“Tudo o que fazemos responde a um algoritmo. É hora de que todos entendam como e por quê”, disse em entrevista ao jornal El País. Ou seja, a programação não é, necessariamente, um fim, mas com certeza é um meio.

Aprenda várias disciplinas ao mesmo tempo

Aprender programação é se desenvolver multidisciplinarmente, já que requer colocar em prática uma série de teorias ensinadas em física, matemática e química, alguns idiomas, como o inglês, além de várias linguagens de programação.

Há até quem chame essa forma específica de raciocinar de “pensamento computacional”, que atribui os fundamentos da computação nas mais diversas áreas do conhecimento, combinando matemática, lógica e algoritmos, em uma nova forma de pensar sobre o mundo.

Ou seja, conhecimento de codificação diz que você é fluente digitalmente. No atual mercado de trabalho, esse é um grande benéfico e diferencial.

Desenvolve a habilidade de resolver problemas

O pensamento computacional traz, inclusive, a metodologia para solucionar problemas, que parte da divisão da questão em uma sequência de partes menores. Afinal, não tem como fugir: tomar decisões e resolver problemas são ações quase que obrigatórias em nossas vidas.

E programar é, no fundo, exatamente isso. O processo de aprendizagem tem mais a ver com o processo de superar problemas do que criar algoritmos complicados. Aliás, a própria definição de algoritmos mostra essa relação, já que eles são uma série de instruções que buscam resolver um problema e gerar um resultado.

É também a busca por soluções que viabiliza a criação de recursos que facilitam o dia a dia das pessoas, como o DropBox, por exemplo, criado a partir do problema de seu criador, Drew Houston, que sempre esquecia o pendrive.

Não é só uma questão de máquinas, nem números, tem a ver com humanidade

É difícil imaginarmos a vida sem uma série de facilidades que a tecnologia nos trouxe. Aprender a programar é ter nas mãos o “poder” de melhorar ou facilitar a vida das pessoas, por meio da criação de softwares e aplicativos que possam resolver problemas reais da sociedade e tornar o mundo um lugar melhor para se viver.

“É a coisa mais próxima que existe de ter superpoderes”, como citou Houston. Nas palavras de Gabe Newell, criador da Valve, “os programadores são os magos do futuro”.

Trabalha a persistência e a capacidade de superação

Se a sensação de criar uma solução que pode estar disponível para bilhões de pessoas é a de superpoderes, o processo criativo, por outro lado, não tem nada de mágico.

Como qualquer habilidade, é preciso muito treino, dedicação e persistência. Antes de chegar à resolução de cada problema, há uma sequência de erros e tentativas, muito mais presentes até que os acertos. E quando você pensa que aprendeu o bastante, percebe que precisa melhorar suas habilidades em programação.

Estimula a criatividade

Para Resnick “programar estimula você a praticar sua criatividade e a desenvolver novas formas de se expressar”. É dar vida às ideias, a universos até então inexistentes, a soluções até então impensáveis.

Como acreditava Albert Einstein, a imaginação é mais importante que o conhecimento. E a programação é um dos meios possíveis de transformá-la em realidade e fazer a diferença no mundo.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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