terça-feira, 6 de abril de 2021

MUDANÇAS NA LEI DE PATENTES PODE GERAR PREJUÍZOS INCALCULÁVEIS AO PAÍS

 

 Guilherme Waltenberg – Poder 360

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar na 4ª feira (7.abr.2021) um processo movido pela PGR (Procuradoria Geral da República) que pode limitar em 20 anos o tempo de exclusividade de uma patente, independentemente de atrasos no processo. STF decide em 7 de abril sobre item da Lei de Propriedade Industrial que permite extensão de patentes além do limite determinado na lei© Arquivo/Agência Brasil STF decide em 7 de abril sobre item da Lei de Propriedade Industrial que permite extensão de patentes além do limite determinado na lei

Atualmente, o prazo já é de 20 anos, mas pode ser estendido caso o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) atrase a avaliação em mais de uma década -algo comum (veja gráfico abaixo). O parágrafo único do Art. 40 da Lei da Propriedade Industrial (9.279/1996) garante essa elasticidade. Ela concede 10 anos de exclusividade após a concessão da patente. Só que o dono da patente não pode receber royalties até a aprovação.

O julgamento vai avaliar se esse dispositivo é, ou não, constitucional. O julgamento, segundo dados coletados nas plataformas do INPI, pode atingir 31.006 patentes no Brasil, que poderiam ter a validade cancelada, a depender dos resultados do julgamento.© Fornecido por Poder360

O debate em torno da legalidade da lei remonta a pelo menos 2016. No entanto, a chegada da pandemia antecipou o julgamento. Segundo dados do INPI repassados ao ministro Dias Toffoli, apenas 5 medicamentos com patentes teriam alguma função, ainda que lateral, no combate à pandemia. São eles:

  • Favipiravir – antiviral;
  • Sarilumabe – usado para artrite reumatóide;
  • Cobicistate – usado no tratamento do HIV;
  • Baricitinibe – usado para artrite reumatóide;
  • Remdesivir – antiviral.

Um exemplo de medicamento que está no centro da disputa, e nada tem a ver com a pandemia, é o Vonau, usado contra enjoos. A patente desse remédio pertence à USP e representa 90% dos ganhos da universidade com royalties. O pedido foi depositado em 2005, mas a patente foi concedida em 2018. Há quem argumente que a mudança no entendimento da lei faria a patente cair. Mas pode haver modulação no STF para manter o direito até 2025 –20 anos depois do depósito.

Argumentos pró-mudança

A tese é da economicidade para o poder público, defendido pelo TCU (Tribunal de Contas da União), pela PGR (Procuradoria Geral da União) e por empresas de genéricos, que poderiam se beneficiar da eventual quebra de patentes de 1.107 fármacos e outros 878 biofármacos.

Estudo preliminar da Fipe (íntegra) diz que poderia haver economia de R$ 50 bilhões para o SUS caso as regras atuais mudem. “Você pune a população brasileira por causa do Inpi”, avalia o ex-presidente da Anvisa Gonzalo Vecina, que defende a mudança nas regras atuais.

“A elasticidade é uma questão mortal no caso dos medicamentos. Você precisa saber exatamente quando acaba uma patente. Para produzir um medicamento, é necessário tempo de planejamento. As regras atuais impedem essa antecipação”, defendeu o presidente do grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri. Ele representa os produtores de medicamentos genéricos.

Responsável pelo setor jurídico da empresa, o advogado Gustavo Svenson diz que não há risco de todas essas patentes caírem. Ele diz que deve haver alguma modulação no julgamento do STF que não declare as patentes nulas, mas que estabeleça uma nova regra tendo como base o momento de depósito da patente.

“Não vai haver queda de todas essas patentes”, disse. Nem Gustavo, nem a FarmaBrasil, nem a PGR informaram, em suas peças, quantas patentes podem ser derrubadas caso haja mudança nas regras.

O lado que defende outras regras, porém, protocolou um parecer assinado por Clèmerson Clève em que ele defende que não haja modulação por parte do STF no julgamento. Eis a íntegra. Para o advogado especializado em patentes Otto Licks, que defende a manutenção das regras atuais, esse parecer é um dos indícios de que pode haver derrubada geral de patentes no país.

Argumentos contra a mudança

Defensores da manutenção das regras atuais avaliam que uma eventual mudança, depois de quase 25 anos de vigência da lei, aumentará a insegurança jurídica no país e pode ser um desincentivo à inovação. Além disso, empresários falam em fechamento de multinacionais e eventualmente alta no desemprego.

Representantes de laboratórios multinacionais, que são responsáveis por boa parte dos investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento de fármacos, são contrários à derrubada do artigo. Ao lado deles estão advogados que atuam com direito concorrencial e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.  

“Fazer esse julgamento como se tivesse qualquer coisa que ver com covid coloca uma carga emocional num julgamento exclusivamente racional. Covid não é combatida com alta ciência. Não tem remédio de cura e a medicina acessória são remédios antigos, das décadas de 40 a 50”, afirmou Eizabeth Carvalhães, presidente da Interfarma, que representa multinacionais como Roche e Pfizer.

Mandetta, que foi relator de projeto que, em 2012, tentou alterar a lei, diz que uma eventual mudança poderia trazer uma sensação de economia no curto prazo, mas seria prejudicial no médio e longo. 

“É que nem moratória. Num 1º momento, parece que tudo melhorou. Mas a classificação de risco vai lá para baixo e ninguém mais vem depositar patente aqui”, afirmou. 

Opinião semelhante tem o advogado especialista em Direito Concorrencial Luciano Timm, que fez parecer pela manutenção da lei. “Reconheço o problema do Inpi, mas você não pode punir a inovação, haverá um desincentivo”, disse.

Barroso: talvez impedido

Um dos pareceres encomendados pelos produtores de genéricos é de Eduardo Mendonça, ex-sócio e assessor do ministro Luís Roberto Barroso. Sua filha atua no mesmo escritório que ele. Leia a íntegra. Em tese, Barroso deve se declarar impedido nesse processo. Ele foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou até a última atualização.

ORÇAMENTO MAQUIADO PELA CÂMARA GERA PROBLEMAS NO GOVERNO

 

 Eduardo Rodrigues e Idiana Tomazelli – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O ministro da EconomiaPaulo Guedes, negou nesta segunda-feira, 5, que haja “um desentendimento, uma briga ou uma guerra” entre a equipe econômica e o Congresso Nacional por causa do Orçamento maquiado aprovado pelos parlamentares com subestimação de despesas obrigatórias para a abertura de mais espaço para emendas parlamentares.

“Não é este o clima, de forma alguma. É muito mais um problema de coordenação da elaboração deste Orçamento. Estivemos conversando o tempo todo. Se a subestimação de despesa obrigatória fosse um pequeno erro de R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões, R$ 4 bilhões, poderia reduzir a estimativa inicial porque deve haver resultado positivo no programa de combate a fraudes. Mas não pode ser um número muito grande, para ser crível”, afirmou, em videoconferência com a XP Investimentos.

“Alguns excessos que ocorreram precisam ser removidos. Tenho certeza de que não nada de má fé. É natural de um time que não jogou junto ainda. É natural que a soma das partes exceda o que era possível fazer. É da política. Disseram que havia desentendimento, mas estamos de acordo de que precisamos cumprir as exigências jurídica e política”, afirmou.Há 'boa vontade' em corrigir as distorções do Orçamento, disse Guedes. © Dida Sampaio/Estadao Há ‘boa vontade’ em corrigir as distorções do Orçamento, disse Guedes.

De acordo com o ministro, o eventual veto à subestimação de despesas obrigatórias para a abertura de mais espaço para emendas parlamentares no orçamento de 2021 seria “politicamente desconfortável”. Por outro lado, ele alertou que não corrigir esse problema agora pode levar a questionamentos futuros sobre as contas do governo.

“Se falarmos que vamos vetar para garantir que é juridicamente perfeito, fica blindado pelo lado jurídico e não há possibilidade de exploração pela oposição em falar sobre impeachment, mas é politicamente desconfortável. Por outro lado, seguir em frente tirando uma ou outra emenda tirando algum excesso, pode ser politicamente mais fácil, mas deixa o governo exposto juridicamente a uma eventual não aprovação de contas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Isso no próximo ano, em meio a uma disputa eleitoral, com a capacidade de atingir uma campanha presidencial representativa”, afirmou.

Ele explicou porque a equipe econômica não enviou um projeto alterando o Orçamento antes de o texto ser aprovado pelos parlamentares. “Leva-se de 20 a 30 para fazermos a emenda modificativa sobre o Orçamento. Era muito mais rápido disparar o relatório bimestral (de receitas e despesas) que já avisa esses problemas e recalibra tudo isso, sem colocar em risco parâmetros que ainda não estavam fechados. Mesmo a modificativa ainda seria equivocada”, completou.

Segundo Guedes, há “boa vontade” do relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), do presidente do SenadoRodrigo Pacheco (DEM-AC) e do presidente da CâmaraArthur Lira (PP-AL), para que haja um acordo para corrigir as distorções do Orçamento de 2021 aprovado pelo Congresso.

De acordo com o ministro, mesmo que se cortem até R$ 13 bilhões em emendas, poderia restar algum “vício de origem” no texto. Por isso, Guedes reconheceu que a correção deve levar um certo tempo, já que a peça de orçamento tem 5 mil páginas. “Imagino que vá ser resolvido no prazo estimado”, prometeu. Bittar já prometeu cortar R$ 10 bilhões em emendas de um total que ultrapassa R$ 50 bilhões. O presidente tem até o dia 22 de abril para sancionar o Orçamento.

“O TCU tem uma certa jurisprudência estabelecida e nem sempre explicita respostas a perguntas específicas. O TCU deixa um certo grau de liberdade. Isso poderia ser desagradável para o governo, se o clima político for diferente lá na frente, a interpretação pode ser para um lado e para outro”. Como mostrou o Estadão, o Orçamento de 2021 será analisado junto com as contas deste ano pelo TCU. Uma provável reprovação das contas deste ano em 2022 pelo TCU, e confirmada pelo Congresso, pode deixar Bolsonaro inelegível.

Segundo Guedes, sempre que há dúvidas, o governo procura o TCU para pedir orientação. Em alguns casos, porém, o órgão não responde a casos específicos. “O governo já está conversando e sempre conversa com o TCU. Certamente do presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estão conversando com o TCU. Todo mundo quer fazer a coisa certa”, acrescentou. “Devemos prosseguir, não vamos ficar focados no barulho”, completou.

MILITARES BRASILEIROS NÃO ESQUEÇAM DE SEUS COMPROMISSOS COM A PÁTRIA

 

Que não se esqueçam de seus compromissos com a Pátria, que juraram defender

Antonio Hamilton Martins Mourão, O Estado de S.Paulo

É bom que os brasileiros se preocupem com o que fazem, ou podem fazer, as suas Forças Armadas. Afinal, a sua segurança e, em última instância, a garantia da lei e da ordem dependem delas, para não falar no enfrentamento de situações de crise que ultrapassam a capacidade das agências governamentais e requerem o emprego da competência logística e organizacional das Forças singulares: Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Aeronáutica.

Hoje, no entanto, a sociedade brasileira espera algo mais de seus militares.

Desde antes da pandemia de covid-19, o Brasil vem enfrentando uma situação difícil causada pela postergação de reformas imprescindíveis – a tributária, a administrativa e a política – e pelo desvirtuamento da administração pública, atingida em cheio pela corrupção e pelo clientelismo político. Nas eleições de 2018 o País fez uma clara escolha pela condenação do maior caso de corrupção da História, pelas reformas que promovam a retomada do desenvolvimento e pelo combate à violência, compromissos deste governo com a sociedade brasileira.

Os militares que foram chamados a trabalhar no governo que se iniciou em janeiro de 2019 vieram tão somente participar – como cidadãos no pleno exercício de seus direitos e como profissionais de Estado capazes – do esforço de racionalização, efetividade e moralização da administração pública, em prol do soerguimento do País.

Para tarefa de tal monta pode parecer pouco o mero aporte de valores caros à profissão militar, como lealdade e probidade, e de competência técnica, requerida para qualquer função no serviço público. Mas é muito para um país que teve sua máquina administrativa aparelhada pela política partidária e, não raro, pela ideologia.

E é esse pouco, que é muito em termos de contribuição à administração pública, porventura tido por excessivo em termos numéricos, mas que, na verdade, é ínfimo se comparado às bateladas de cargos comissionados ou simplesmente inventados que incharam a máquina administrativa nos últimos governos, que vem prejudicando o entendimento do papel dos militares no Brasil, neste e em outros momentos.

Não é a presença de militares no governo que o define. Sempre houve e continuará a haver militares no governo. Estejam onde eles estiverem, na ativa ou na reserva, nos quartéis ou em repartições, os militares são cumpridores de suas obrigações e seus deveres. Se assim não fosse, o País viveria uma anarquia armada, incompatível com a democracia. E os militares simplesmente não seriam militares. A questão é outra.

As Forças Armadas são instituições de Estado, porque são regulares, permanentes, nacionais e se destinam à defesa da Pátria e à garantia dos Poderes constitucionais, estando sob a autoridade do presidente da República, que é responsável perante os demais Poderes e a Nação pelas ordens que transmite a elas.

No que diz respeito aos militares, em qualquer país do mundo o que distingue as democracias das ditaduras são as ordens que lhes são dadas e, o mais importante, como eles lhes obedecem. Nas democracias, as ordens são legais e emitidas por quem de direito, sendo integralmente cumpridas na forma da lei. Fora disso, transita-se perigosamente entre a desordem e o autoritarismo. Políticos e soldados profissionais das grandes democracias já sabem disso.

Recentemente o mundo assistiu, com alguma perplexidade, à Junta de Chefes de Estado-Maior dos Estados Unidos, os comandantes das Forças Armadas norte-americanas, virem a público garantir a transição presidencial na maior democracia do mundo, em meio a contestações do processo eleitoral e aos tumultos que atingiram a sede do Legislativo em Washington, DC. Nenhuma democracia está livre de crises e os seus militares fazem parte da sua superação.

O presente ordenamento constitucional do Brasil é fruto de uma longa evolução desde a Independência, cujo bicentenário comemoraremos no ano que vem. Deixamos para trás um regime que não mais atendia às aspirações da cidadania, uma República calcada na fraude eleitoral, um federalismo de oligarquias e seguidas revoltas, revoluções, autoritarismos e ditadura que envolveram os militares. Goste-se ou não, foi o regime instalado em 1964 que fortaleceu a representação política pela legislação eleitoral, que deu coerência à União e afastou os militares da política, legando ao atual regime, inaugurado em 1985 e escoimado de instrumentos de exceção, uma República federativa à altura do Brasil.

Uma compreensão mais equilibrada e menos passional do passado do País pode nos ajudar a entender o presente e os caminhos que se abrem à nossa frente. Por tudo o que aconteceu ao longo da História do Brasil, a sociedade brasileira sabe que as Forças Armadas continuarão a cumprir rigorosamente suas missões constitucionais. Mas neste momento de dificuldades por que passa o País ela espera mais. Ela conta que seus militares, da ativa e da reserva, não se esqueçam dos seus compromissos com a Pátria que juraram defender, servindo-lhe com ou sem uniforme, ciosos de sua cidadania, orgulhosos do que fizeram e confiantes no que podem fazer de bom para o bem do País.

É o que os brasileiros esperam de suas Forças Armadas.

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

CRISE HÍDRICA - 80% DA ENERGIA BRASILEIRA É HÍDRICA

 

As variações climáticas são uma realidade incontornável. Em princípio, está afastado o risco maior de um apagão, mas a pressão na conta de luz é inevitável

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Diz-se que “a primeira coisa que a chuva leva é a memória da seca”. Inversamente, a primeira coisa que a seca traz é a memória da chuva. Há um ano o País testemunhou as chuvas avassaladoras na Região Sudeste que, entre enchentes e desmoronamentos, levaram dezenas de vidas. Anos antes, em 2014, o Sistema Cantareira, que abastece metade da Região Metropolitana de São Paulo, atingiu pela primeira vez o volume morto, afetando o abastecimento de água e a geração de energia com grande impacto socioeconômico. No primeiro trimestre deste ano, o volume de chuva na região do Cantareira foi o mais baixo desde 2016, e o volume de água nos reservatórios de São Paulo é menor do que em 2013. É um reflexo da estiagem que afeta o País, especialmente suas grandes “caixas d’água”, o Sudeste e o Centro-Oeste.

Em princípio, está afastado o risco maior de um apagão, como o de 2001. Desde então, o País investiu em sistemas de compensação, sobretudo nas usinas termoelétricas. Mas a pressão na conta de luz é inevitável. Estima-se que o reajuste médio nas tarifas residenciais possa chegar a 17%.

É consenso no setor elétrico que as mudanças climáticas estão deteriorando as condições hidrológicas brasileiras. Num futuro previsível os períodos de seca tendem a ser mais severos e frequentes. Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura, entre 2016 e 2020, o fluxo das represas de hidrelétricas ficou abaixo da média registrada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em quase 90 anos: 85,6% no Sudeste/Centro-Oeste; 49,3% no Nordeste; 88,4% no Sul; e 76,2% no Norte. Desde 2013, enquanto a inflação foi de 47,7%, a tarifa média da energia subiu 105,2%. 

A escassez hídrica afeta não só a energia, mas a navegação, a indústria e a agricultura. Isso exigirá tanto adaptações de curto prazo quanto estratégias de longo prazo. Não há saída única. Em estudo sobre o problema, o Ipea aponta que será preciso implementar uma composição de soluções que envolverão necessariamente tecnologias relacionadas com captação e reservatórios de armazenamento; tratamento de água e esgoto; monitoramento e gestão da quantidade e qualidade da água nos mananciais; estações elevatórias, adutoras e redes de distribuição; e controle de consumo.

O equilíbrio entre custos e benefícios é delicado. No setor elétrico, em particular, muitos apostam na construção de novos reservatórios. Mas a contrapartida é o alagamento de grandes áreas, eventualmente inviável ante os novos paradigmas de proteção ambiental. Uma solução mais imediata e evidente é investir mais na contratação de termoelétricas. As térmicas podem funcionar ininterruptamente e servem como uma espécie de bateria que compensa as intermitências do sistema hidrelétrico, dando-lhe mais resiliência e permitindo um melhor gerenciamento dos reservatórios. O problema é que elas funcionam à base de combustíveis fósseis, como derivados de petróleo ou carvão mineral, com óbvios impactos ambientais. 

A longo prazo, é possível apostar em parques eólicos e solares. Hoje a participação dessas matrizes no Brasil é de 12%, mas estima-se que possa chegar a 50%. Ainda assim, por mais promissoras que sejam, as fontes renováveis ainda são relativamente caras e o desenvolvimento das tecnologias é incerto. De resto, elas também são intermitentes, e ainda será preciso contar, ao menos num futuro próximo, com as termoelétricas como base de estabilização do sistema. Uma boa notícia é que a aprovação do Novo Marco do Gás deve impulsionar a importação, produção e distribuição do gás natural, mais barato e menos poluente.

O fato é que as variações climáticas são hoje uma realidade incontornável. “Chamar a atenção para este fato não se trata de postura catastrófica”, advertiu em artigo no Estado o pesquisador do Instituto Democracia e Sustentabilidade Guilherme Checco, “mas sim de atitude preventiva para a construção de uma nova cultura de cuidado com a água capaz de se adaptar a este cenário de escassez hídrica, com o devido planejamento para evitar situações extremas de criticidade e potencial colapso dos sistemas de abastecimento.”

segunda-feira, 5 de abril de 2021

MOVIMENTAR COMO MARIPOSAS

 

Mariposas

Byvaleon

 ABR 5, 2021

Quero me movimentar como mariposa hipnotizada, ao redor de boa luz

Leandro Karnal, O Estado de S.Paulo

Há mariposas ao redor de cada fonte brilhante na escuridão. Dizem que as borboletas noturnas derivam seu nome do espanhol: “Maria Pousa”. São atraídas para a luz por um fenômeno chamado fototaxia. As causas são controversas. Mudam seu voo em direção a ela e, por vezes, morrem se debatendo contra um vidro quente de uma luminária externa.    

Haveria humanos assim? Talvez. José Dias é magro, já passado dos 50 anos. Anda lentamente. Quem o olha imagina que tem o passo dos preguiçosos. Erro! Move-se de forma calculada e deduzida. Se fosse um estudante de lógica, o caminhar dele seria um silogismo completo: a premissa antes da consequência, a consequência antes da conclusão.

Ele é comum e pretensioso. Usa muitos superlativos. “Era um modo de dar feição monumental às ideias; não as havendo, servia a prolongar as frases.” Estou descrevendo e usando as tintas de Machado para a personagem do “agregado” da família de Bentinho. Sabemos: o autor é genial na descrição da fauna da nossa espécie. O tipo de José Dias, com gramáticas variadas, vagava pela Corte no século 19 e é filmado no Big Brother até hoje. Sabe-se observado e depende da boa vontade das pessoas ao redor para continuar ali. Age para o público. Busca a luz, apesar de ser alguém das sombras. Depende do holofote (e da comida) de outrem.

José Dias não é mau. Mentiu ao se anunciar médico homeopata. Se eliminarmos quem já mentiu no mundo, provavelmente a Terra será devolvida aos animais como no quinto dia da criação: sem pessoas. Era um “agregado”, algo que um romano antigo chamaria de cliente. Fazia pequenos serviços, elogiava a dona da casa, ajudava de quando em vez, orientava com conselhos, advertia sobre os riscos da vizinha Capitu. A grande questão é que, sendo dependente, não tinha autonomia moral para agir fora do esquadro. Também, querendo ser beneficiado com a hipótese de Bentinho ir para a Europa estudar, estimulava essa opção. Seria venal? Eu creio apenas humano, misturando sabedoria a interesses pessoais. Agia como quase todos agimos. Não aconselhava algo para a ruína do filho único; orientava de tal forma que ambos fossem beneficiados.

Após uma vida com a família, o homem dos superlativos faleceu. A cena tem pinceladas de intimidade e de alguma emoção. O narrador, o próprio Dom Casmurro, diz sobre os minutos finais: “Abrimos a janela. Realmente, estava um céu azul e claro. José Dias soergueu-se e olhou para fora; após alguns instantes, deixou cair a cabeça, murmurando: Lindíssimo! Foi a última palavra que proferiu neste mundo. Pobre José Dias! Por que hei de negar que chorei por ele?”.

Machado de Assis
O escritor Machado de Assis, autor de ‘Dom Casmurro’ Foto: Biblioteca Nacional

Redime-se parte da personagem pelo final. Causou lágrimas. Elaborou certa poesia ao contemplar o firmamento. Seu último superlativo era um louvor à Natureza. Sim, aumentava as palavras porque tinha poucas ideias. Seria como o pregador que berra porque o argumento é fraco. Baseado no latim, o chamado superlativo “absoluto sintético” é ainda mais impressionante. Livre em grau máximo? Libérrimo. Algo muito comum? Contumacíssimo. Busca a fama a qualquer custo? Anseia por se tornar celebérrimo. Crescem as palavras no deserto da criatividade.

A boa literatura é um exercício duplo interno. Por um lado, vemos personagens que ilustram as possibilidades dos seres humanos. São exemplos ficcionais de pensamentos concretos e existentes no mundo real. José Dias personifica a subserviência do agregado. Iago encarna as maquinações da inveja rancorosa, como Otelo, a obsessão dos ciúmes. Os riscos da avareza demasiada? Shylock (O Mercador de Veneza, Shakespeare), Harpagon (O Avarento, Molière) e  Ebenezer Scrooge (Um Conto de Natal, Dickens) mostram muitas possibilidades. Quem nunca encontrou um Conselheiro Acácio (O Primo Basílio, de Eça) com sua pompa extrema e conhecimento raso?  Citador de frases perdidas, de vida moral duvidosa, porém amante da glória do mundo? Em Herman Melville, eu descobri que o risco de uma ideia fixa pode levar ao fim, como o capitão Ahab. No mesmo autor, uma das figuras mais surpreendentes na sua excêntrica mediocridade: o escriturário Bartleby.

O outro aspecto positivo da boa literatura é nosso transporte empático para as dores das personagens e das suas experiências. Acho um exercício muito bom eu ser capaz de sentir a angústia de Fantine n’Os Miseráveis (Victor Hugo). Paixão cega? O casal Simão e Teresa (Amor de Perdição, Camilo Castelo Branco) é uma advertência ainda mais forte do que Romeu e Julieta. Com mais talento e carisma do que Bartleby, amei a datilógrafa Macabéa (A Hora da Estrela, Clarice Lispector).

Tendo vivido as angústias e alegrias de personagens variadas, na literatura e no cinema, exercitei a identidade, a compaixão, a diversidade e a capacidade empática. Alguém pode me dizer: mas você é tão racional e até distante, Leandro. Bem, um pouco menos do que pareço, porém, imagine se eu não tivesse feito o exercício de amálgama e transposição com o limite da ficção e do real?

Em resumo, querida leitora e estimado leitor: concluo que somos todos José Dias. Meu único consolo? Quero me movimentar como mariposa hipnotizada, ao redor de boa luz. Os grandes livros são lumes fortes e perenes. Imerso na banalidade cotidiana, espero, ao menos, que eu possa me debater no lampião de Machado e de Clarice… Como Goethe, ao terminar tudo, gritarei por “mais luz”! Boa semana para borboletas felizes, lagartas famintas e mariposas iludidas.

É HISTORIADOR E ESCRITOR, AUTOR DE ‘O DILEMA DO PORCO-ESPINHO’, ENTRE OUTROS

BOLSONARO E LULA DOIS EXTREMOS NA POLÍTICA

 

Polarizar afetivamente com os dois extremos é a alternativa para o centro

Carlos Pereira, O Estado de S.Paulo

Estudos de psicologia política e social sugerem que a polarização política se expressa cada vez menos a partir de diferenças ideológicas, mas, fundamentalmente, por meio de conexões afetivas. A construção de identidades não requer a concordância com valores ou atitudes políticas; basta simplesmente uma sensação de inclusão a um determinado grupo e de exclusão de outro.

Assim como democratas e republicanos nos EUA, lulistas e bolsonaristas cada vez mais desgostam uns dos outros, chegando mesmo a se odiar. Esses grupos polares identificam, antes de tudo, quem somos “nós” e quem são “eles”. Os membros de cada um dos grupos se consideram superiores aos membros do grupo rival e esse julgamento está baseado em conexões de identidade e pertencimento, e não em ideologias ou políticas específicas.

Em estudo recente, mostro que eleitores que reprovaram o desempenho do governo Bolsonaro na pandemia se opuseram ao programa de auxílio emergencial quando perceberam que tal política iria beneficiar Bolsonaro. Vale salientar que a avaliação negativa da política de transferência de renda foi contraditoriamente mais forte entre eleitores de esquerda, que, a princípio, seriam favoráveis a políticas de proteção social. Por outro lado, os apoiadores do presidente, que ideologicamente seriam contrários a políticas de transferência de renda, mostram grande suporte ao programa quando perceberam que Bolsonaro dele poderia se beneficiar. 

Até 2018, a polarização tinha se cristalizado em torno das identidades do petismo e do antipetismo. Com a volta de Lula à disputa eleitoral de 2022, o petismo, que já se confundia com o lulismo, tende a ser completamente absorvido por este. O antipetismo, por outro lado, que vinha sendo incorporado pelo PSDB, foi apropriado pelo bolsonarismo na campanha à Presidência. O perfil belicoso de Bolsonaro, caracterizado pelo confronto com as instituições, consolidou o antibolsonarismo. A polarização afetiva no Brasil passou a ter, portanto, dois novos pêndulos de desafeto: Lula e Bolsonaro. 

Vários aspectos explicam os sentimentos anti-Lula e anti-Bolsonaro. Em relação a Lula, uma das principais imagens que compõem seu desafeto é, sem sombra de dúvida, a corrupção. O esquema ilegal de recompensas a parceiros políticos, exposto no escândalo de mensalão, e as cifras bilionárias do escândalo do petrolão cristalizaram o antilulismo. Já quanto a Bolsonaro, um dos principais elementos de desafeto tem sido a irresponsabilidade com a vida durante a pandemia, revelada pela negação da gravidade da doença e descaso com as medidas de isolamento social, culminando com a completa ineficiência na aquisição de vacinas. 

O que resta, então, a partidos de centro fazer neste ambiente afetivamente polarizado? 

Como é provável que para muitos eleitores de centro, entre o “bandido” e o “genocida” não exista mal menor, o candidato que ambicione obter esses votos deve jogar afetivamente contra esses dois polos extremos. A oportunidade para uma candidatura de centro não seria se apresentar como uma plataforma autossuficiente, mas, sim, como uma alternativa reativa à corrupção e ao achincalho à gestão da pandemia.

Ou seja, para se tornar competitivo, não basta ao centro polarizar apenas com Bolsonaro, como sinalizado em manifesto recente pela consciência democrática. Terá também de polarizar com Lula para ser uma alternativa atraente para os antilulistas. 

É esperado que Lula e Bolsonaro sinalizem compromissos ao centro para tentar capturar seus eleitores. Porém, esses movimentos só serão críveis se os partidos e candidatos de centro deixarem que esses eleitores esqueçam os motivos que motivaram seus desafetos.

*CIENTISTA POLÍTICO E PROFESSOR TITULAR DA ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS (FGV EBAPE)

CULTURA DA INOVAÇÃO EM GERAL

 

Todos os colaboradores devem perceber a sua importância

PEDRO BOGGIONE COSTA – jornal o tempo – Mundo Novo 99

A competição sempre fez parte do ambiente empresarial. Com a chegada das novas tecnologias e com os consumidores se tornando cada vez mais exigentes, as empresas buscam se diferenciar no mercado. Por isso, a busca por implementar uma cultura de inovação tem se tornado mais frequente.

Esse termo pode ser definido como uma forma de criar um ambiente em que os colaboradores se sintam confortáveis para compartilhar suas ideias e contribuir para que a empresa tenha melhor desenvolvimento. Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 86% das 132 organizações entrevistadas acreditam que o incentivo à cultura de inovação em processos internos e externos dará mais destaque para a empresa.

No entanto, para que funcione efetivamente, a cultura de inovação deve fazer parte do DNA da empresa, ou seja, todos os colaboradores devem perceber a sua importância para que a empresa se diferencie no mercado. Por isso, para as empresas tradicionais, estimular a inovação deve ser um processo gradual que aos poucos transformará a cultura organizacional.

A primeira etapa é estimular o diálogo e o feedback entre os profissionais. Oferecer um espaço nas reuniões para todos participarem e apontarem diferentes visões sobre uma ideia ou projeto é uma forma de estimular a criatividade e a busca por soluções inovadoras.

Além disso, é importante pensar em ações que estimulem a criatividade. Seminários, cursos e eventos são formas de incentivar os colaboradores a sair da caixa e diversificar. Priorizar o coletivo, ou seja, o crescimento da equipe em conjunto, também é importante para que a cultura de inovação seja eficaz.

A rede Magazine Luiza, por exemplo, promove um ambiente de inovação para todos os seus colaboradores. Em outubro do ano passado, a empresa comprou uma plataforma de cursos voltados para o e-commerce, em que os seus funcionários podem aprimorar seus conhecimentos e expandir as habilidades. Além disso, a organização possui o Luizalbas, um laboratório de tecnologia e inovação que busca criar produtos, serviços e otimizar processos da empresa.

Os gestores também possuem um papel fundamental na cultura de inovação. A liderança deve apontar quais são os resultados esperados obtidos por meio da busca pela inovação. Com isso, toda a equipe se torna consciente e pode tomar decisões de forma mais estratégica.

Para que a cultura de inovação tenha bons resultados, é necessário um esforço coletivo, pois é um processo que leva tempo. Entretanto, os resultados dessa ação são positivos para as empresas. O estudo do Ipea destaca que, apesar de apenas 1,7% das organizações brasileiras se preocuparem com a cultura de inovação, essas empresas são responsáveis por 25,9% do faturamento da indústria no país. Dessa forma, a inovação empresarial contribui para um ambiente criativo e gera profissionais engajados.

O Que É A Cultura Da Inovação?

A cultura da inovação pode ser entendida como uma nova forma de trabalhar e de enxergar os processos internos e externos de uma empresa. Vai muito além de ter novas e boas ideias e tem a ver com a capacidade de aplicar um pensamento inovador em todas as áreas da organização.

Para funcionar efetivamente, essa cultura deve fazer parte do DNA da empresa. Ou seja, deve ser um objetivo de todos os colaboradores, que percebem a sua importância para uma diferenciação no mercado e para conquistas cada vez mais importantes.

Afinal, um ambiente fértil para o surgimento de novas ideias é sempre muito mais promissor e relevante, não é mesmo? A abertura para uma postura mais questionadora e corajosa traz, eventualmente, resultados surpreendentes para a empresa.

Como Implementar A Cultura Da Inovação Na Empresa?

Implementar essa cultura dentro da empresa deve ser um objetivo comum a todos os gestores. Assim, será possível adotar mudanças na rotina e algumas posturas que serão estratégicas para a construção de um ambiente mais propício à inovação.

Acompanhe as dicas abaixo e se prepare para uma empresa mais ousada e surpreendente em todos os sentidos!

1. Dê Espaço Para Novas Ideias

A cultura da inovação precisa de um ambiente propício para acontecer, o que significa que a empresa deve oferecer todas as condições necessárias para que os colaboradores busquem a inovação.

Trata-se de uma postura que deve ir muito além do discurso: incentive os colaboradores a expressarem as suas ideias, celebre as conquistas, mostre os resultados de posturas inovadoras. Enfim, construa um espaço onde o diálogo é bem-vindo e todos se sentem convidados a expressarem os seus pensamentos.

2. Use E Abuse Dos Aplicativos

Inovação tem tudo a ver com tecnologia. Uma empresa que busca se destacar pelo seu pensamento contemporâneo e ousado precisa saber aproveitar o melhor dos avanços tecnológicos, que nos surpreendem a cada dia.

E, nesse cenário, uma das questões mais importantes são os aplicativos, que podem ser de grande ajuda para diminuir as burocracias dentro da empresa, deixando mais tempo para que os funcionários repensem seus processos, escolhas e formas de trabalho.

3. Acompanhe As Tendências Do Mercado

Ao mesmo tempo em que inovação tem tudo a ver com originalidade, ela também está relacionada à habilidade dos gestores de acompanhar as tendências e principais acontecimentos do mercado.

Por isso, informação é tudo! Reserve um espaço no seu dia de trabalho para se informar, buscando compreender quais são as estratégias e soluções que têm funcionado para outras empresas, refletindo sobre como elas podem ser úteis também no seu universo. Se inspire no mundo para deixar a sua empresa cada vez melhor.

4. Incentive A Criação Coletiva

Pode ter certeza: a cultura da inovação só acontece em um espaço em que as pessoas sabem e gostam de trabalhar em equipe. Inovar significa, entre outras coisas, ter a capacidade de unir ideias diferentes em busca de um objetivo comum.

Incentive os seus colaboradores a trabalharem juntos, trocando ideias e opiniões num contexto em que os resultados vão ser benéficos para todos os envolvidos. Uma coisa é certa: é impossível inovar sozinho.

5. Dê O Exemplo

Um dos pontos mais importantes para a implementação da cultua de inovação é o exemplo. Os gestores devem atuar como lideranças no processo, adotando eles próprios uma postura inovadora e questionadora sempre.

Lembre-se de que os colaboradores de uma empresa vão seguir as posturas e modelos mentais de seus líderes. Portanto, de nada adianta pregar a inovação se ela não estiver presente em suas escolhas, das menores e mais triviais até aquelas mais significativas dentro da organização.

6. Faça Todo Dia Um Pouco

O processo de construção e implementação de uma cultura da inovação deve ser contínuo e não pode parar. Enquanto gestor, lembre-se de que é sua responsabilidade manter os colaboradores motivados e engajados com esse objetivo. Então, a cada dia busque trazer uma nova ideia ou conceito para a empresa, mostrando ao time como a inovação pode e deve acontecer.

7. Determine Os Objetivos E Avalie Os Resultados

Toda mudança na organização deve acontecer com um objetivo por trás. Afinal, mudar por mudar não leva ninguém a lugar nenhum, não é mesmo? É justamente por isso que, ao implementar a cultura da inovação na sua empresa, é importante determinar os objetivos daquela transformação.

Pode ser aumentar o número de clientes, diminuir os gastos fixos ou ampliar a percepção da marca em um contexto cada vez mais competitivo. Enfim, as possibilidades são múltiplas: o importante é ter consciência do que se busca.

Depois disso, é fundamental também avaliar os resultados, para ter um acompanhamento e uma avaliação. Questione se as mudanças efetuadas estão trazendo os resultados esperados para a empresa. Em caso positivo, celebre as conquistas com a sua equipe e, em caso negativo, não desanime. Continue buscando soluções inovadoras para a sua empresa. Uma hora os resultados vão aparecer!

8. Não Tenha Medo De Errar

Para inovar, é preciso coragem. Nem sempre você e o seu time vão acertar nas escolhas, mas o importante é perceber que o erro também faz parte do processo. O desafio aqui é corrigir a rota, recuperando os resultados e saindo mais forte do processo. Não tenha medo: seja ousado, criativo e inovador e prepare-se para colher os frutos dessa decisão.

A cultura da inovação é, sem dúvida um grande diferencial competitivo das empresas nos dias atuais. Agora que você já sabe como colocar essa mudança em prática dentro da sua organização, é só se preparar para colher os bons resultados!

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