sexta-feira, 19 de março de 2021

CENTRÃO QUER MAIS MINISTÉRIOS DO GOVERNO BOLSONARO

 

Centrão usa crise na saúde e rejeição a Bolsonaro para elevar seu preço e pedir cinco ministérios ao Planalto

 Afonso Benites – El País

dramática crise da saúde aliada ao aumento da impopularidade do presidente Jair Bolsonaro tem assanhado a fome do Centrão por novos ministérios. Nesta quarta-feira, pesquisa Datafolha mostrou que 40% dos entrevistados acreditam que ele faz um Governo ruim ou péssimo, sua gestão da pandemia de covid-19 é reprovada por 54% das pessoas e 56% acreditam que ele não tem condições de liderar o país. Antes mesmo de ter esses números em mãos, mas calculando também o impacto da reentrada em cena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o grupo fisiológico de legendas de centro-direita já tinha aumentado o seu preço pelo apoio ao Planalto. Agora, quer a indicação para ao menos cinco pastas: Casa Civil, Secretaria de Governo, Minas e Energia, Relações Exteriores e Educação. É um avanço claro sob dois campos que são os alicerces do bolsonarismo, o militar e o ideológico. Os três primeiros ministérios são comandados por membros das Forças Armadas. Os outros dois tiveram indicações de sua base ideológica.O presidente Jair Bolsonaro em cerimônia em Brasília no dia 10.© UESLEI MARCELINO (Reuters) O presidente Jair Bolsonaro em cerimônia em Brasília no dia 10.

É uma aposta alta. Os cargos dos ministros-generais Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Governo) dificilmente serão trocados. Mas o grupo aposta na velha negociação política, pede mais do que tem chances de ganhar para depois dizer que abriu mão de algo. Além disso, os parlamentares do Centrão querem aproveitar a chegada do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para indicar substitutos para funções estratégicas de segundo e terceiro escalões que hoje são ocupadas por militares na pasta. Há ao menos 15 cargos em comissão que os deputados negociam. As informações são de três lideranças do Centrão entrevistadas pelo EL PAÍS entre terça e quarta-feira.

A gota d’água para os membros da base parlamentar de Bolsonaro foi a não nomeação da médica Ludmilla Hajjar para a Saúde. Eles entendiam que a posse dela no cargo era uma sinalização de mudança de fato no ministério. E não uma só de nome, como ocorreu com a chegada do médico Marcelo Queiroga em substituição ao general Eduardo Pazuello, com o discurso de continuidade dos trabalhos.

No Centrão, o principal padrinho de Hajjar era o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o mesmo político que viu o Planalto prometer quatro ministérios para ajudar em sua eleição em fevereiro passado. Apenas uma pasta foi entregue, a da Cidadania para o deputado João Roma (Republicanos-BA), o que na atual situação aumentou o interesse do grupo por cargos. O ministro Fábio Faria (PSD-RN) também é outro membro do Centrão no Governo Bolsonaro, mas a sua indicação teve mais caráter pessoal do que um apadrinhamento de seu partido.

Dois instrumentos de pressão devem ser usados pelos parlamentares na tentativa de ampliar os seus tentáculos na gestão: o início de um processo de impeachment contra Bolsonaro e a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a gestão da pandemia de coronavírus. O primeiro caso depende principalmente de Lira. Até o mês passado, ele sempre negava que acataria um dos 60 pedidos de impeachment contra o presidente.

Uma tímida mudança de postura de Lira ocorreu na segunda-feira, quando já se sabia que Hajjar não seria ministra. Ao invés de negar que abriria um processo de impeachment, ele afirmou que não teve tempo para analisar os processos. Lira ocupa o cargo desde 2 de fevereiro. “Não tive ainda tempo. Tempo que o presidente anterior [Rodrigo Maia] teve. Ele teve quase cinco anos de mandato, recebeu 60 pedidos e não achou nenhum tipo de motivação maior para seguir em frente.” A afirmação foi feita em debate promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

O que pesa contra uma destituição presidencial é o tempo, o calendário eleitoral e a ausência de sessões presenciais no Congresso por causa da pandemia de covid-19, que impede aglomerações, principalmente em ambientes fechados. No caso de Dilma Rousseff (PT), foram quase nove meses entre o momento em que o processo foi aceito por Eduardo Cunha (MDB-RJ) e quando o Senado votou pelo seu impeachment. E em 2022 os próprios deputados e senadores estarão empenhados nas campanhas eleitorais em que vários deles concorrerão à reeleição.

Já no Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que tem relativa proximidade com Lira, tem se equilibrado entre rejeitar a abertura da CPI da Covid e aceitá-la. O documento pedindo a abertura do trabalho já foi assinado por 31 senadores, quatro a mais que o mínimo necessário. Antes, Pacheco dizia que seria contraproducente iniciar essa investigação neste momento. Agora, não a descarta. “Decidiremos sobre uma CPI em um momento oportuno, tão logo possamos esgotar as medidas mais urgentes: auxílio emergencial, leito de UTIs credenciados e vacinação em maior escala para a população brasileira”, afirmou no mesmo debate do qual participou o presidente da Câmara.

Os próximos passos do grupo devem ser dados nas próximas semanas, quando começarem a aparecer os resultados das primeiras ações do novo ministro Queiroga. Uma sinalização de que o pavio está curto pode ser resumida na manifestação do deputado Marcelo Ramos (PL-AM) em sua conta no Twitter. “A situação do país não permite que ministro da Saúde tenha tempo pra aprender a ser ministro. As respostas terão que ser rápidas e efetivas. Passar mensagens claras de compromisso com as políticas de prevenção e acelerar o processo de vacinação devem ser ações imediatas.” Ramos é o primeiro vice-presidente da Câmara. Tem sido uma espécie de porta-voz de seu grupo em assuntos espinhosos.

ESPANHA APROVA LEI DE EUTANÁSIA PARA ABREVIAR A MORTE

 

Espanha aprova Lei da Eutanásia

 Poder360 

A Espanha aprovou nesta 5ª feira (18.mar.2021) a Lei da Eutanásia, que descriminaliza o suicídio assistido para pessoas com doenças graves e incuráveis. Com 198 votos a favor e 142 contra, o governo leva adiante uma das grandes promessas de saúde de Pedro Sánchez durante a campanha eleitoral de 2019.Para solicitar o procedimento, é preciso comprovar a nacionalidade espanhola ou residência legal no país e a comprovação de plena capacidade e consciência ao fazer o pedido© Reprodução/pexels Para solicitar o procedimento, é preciso comprovar a nacionalidade espanhola ou residência legal no país e a comprovação de plena capacidade e consciência ao fazer o pedido

Para aqueles que amam a vida, mas aspiram ter uma lei quando precisam de um fim“, defendeu a ex-ministra de Saúde e principal defensora do projeto, María Luisa Carcedo.

O resultado foi celebrado com uma salva de palmas que durou vários minutos.

Com a nova lei, qualquer pessoa com “doença grave e incurável” ou “crônica e incapacitante” poderá solicitar o procedimento. Para isso, no entanto, é preciso comprovar a nacionalidade espanhola ou residência legal no país e a comprovação de plena capacidade e consciência ao fazer o pedido, que deve ser formalizado por escrito e reiterado 15 dias depois.

A equipe médica poderá rejeitar a solicitação se considerar que algum dos critérios não foi cumprido.

“objeção de consciência” também está prevista na lei: o profissional pode se recusar a participar do procedimento, que será financiado pela rede pública de saúde.

Partidos de direita, como o PP ou Vox (que votaram contra a aprovação), disseram que recorrerão ao Tribunal Constitucional para impedir que a lei entre em vigor. Eles acusam o PSOE, partido do governo, de implementar uma lei que pode permitir “eutanásias injustificadas“. Eles também alegam que não houve “debate social” suficiente, e que a lei foi aprovada em tempo recorde.

Eutanásia no mundo

A Holanda foi o 1º país a legalizar a eutanásia, em 2002. As condições para sua aplicação foram ampliadas e hoje quase 7.000 pessoas por ano têm a morte assistida pelo próprio sistema de saúde do país.

A Bélgica também legalizou a eutanásia em 2002. Para ter acesso ao procedimento, o paciente não precisa necessariamente estar em estado terminal.

Em 2008, Luxemburgo aprovou a Lei da Eutanásia.

No Canadá, o ato de proporcionar a morte indolor é legal desde 2016. Os requisitos estabelecidos por lei, como a incurabilidade ou morte natural razoavelmente previsível não são determinados por dados objetivos. Por isso, basta que os profissionais de saúde considerem que o prognóstico será a morte para aplicar a eutanásia.

A Colômbia é o único país latino-americano que legalizou o procedimento. Desde 2018, tem sido aplicado em pacientes em fase terminal e sem a possibilidade de tratamento. A petição deve ser aprovada por um comitê científico.

A despenalização da eutanásia é prevista em outros 5 países: Suíça, Alemanha, Japão e alguns Estados norte-americanos e 1 da Austrália.

GOVERNO QUER VENDA DE ETANOL DIRETO NOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS

 

Governo pede votação de projeto para venda direta de etanol

Projeto em tramitação na Câmara dos Deputados deve reduzir o preço do etanol nas bombas dos postos de combustível, o que pode favorecer o setor sucroalcooleiro

NOTÍCIAS DO CAMPO

Depois de um ano com baixas margens de lucro e com retração no consumo de etanol, os produtores de cana-de-açúcar podem ter boas notícias em 2021. O governo federal demonstrou o interesse de colocar em aprovação na Câmara dos Deputados o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 978/18, que autoriza as usinas produtoras a vender o combustível diretamente para os postos, sem passar pelas distribuidoras.

De acordo com informação da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), o presidente da República, Jair Bolsonaro, ligou pessoalmente para o presidente da Câmara, Arthur Lira, para solicitar a inclusão do tema em pauta. O projeto está parado desde fevereiro de 2020 na Comissão de Constituição e Justiça da casa legislativa.

A proposta tem o potencial de baratear o preço para o consumidor final, sem impactar no valor pago à indústria sucroalcooleira. Não existem dados para o impacto da medida, mas estimativas não oficiais apontam que os distribuidores são responsáveis por um acréscimo entre 16% a 22% no valor final do biocombustível.

Alta dos combustíveis

Venda direta dos produtores aos postos pode ajudar a baratear o etanol para os consumidores finais. (Fonte: Shutterstock/ThePowerPlant/Reprodução)
Venda direta dos produtores aos postos pode ajudar a baratear o etanol para os consumidores finais. (Fonte: Shutterstock/ThePowerPlant/Reprodução)

Segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços do etanol subiram mais de 28% nos postos de combustíveis, enquanto a gasolina teve alta de mais de 20% e o diesel ficou 15% mais caro desde o início do ano.

Os aumentos dos combustíveis fósseis são impulsionados pela alta do petróleo, principalmente pela restrição imposta pelos países que fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e pela desvalorização do real frente ao dólar. Já o preço do álcool, além da variação cambial e da influência do preço da gasolina, é também afetado pela valorização do açúcar e pelo período de entressafra da cana.

Novos aumentos dos combustíveis poderão ser anunciados pela Petrobras, uma vez que ainda existe uma defasagem entre os preços praticados no Brasil e os no mercado internacional. No entanto, os acréscimos devem acontecer em um ritmo menor, já que o valor do barril do petróleo está em torno dos US$ 68 desde o início de março.

Produção de etanol na próxima safra

Usinas de cana decidem pela produção de açúcar ou etanol conforme variação de preços do mercado. (Fonte: Shutterstock/celio messias silva/Reprodução)
Usinas de cana decidem pela produção de açúcar ou etanol conforme variação de preços do mercado. (Fonte: Shutterstock/celio messias silva/Reprodução)

O setor sucroalcooleiro espera produzir 665 milhões de toneladas de cana na safra 2020/21, que se inicia em abril, segundo a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa uma alta de 3,5% comparado ao período 2019/20, quando a colheita foi estimada em 642 milhões de toneladas.

Apesar disso, as usinas de cana-de-açúcar, que são as principais produtoras de etanol no Brasil, esperam uma redução da produção do biocombustível. Enquanto na safra anterior foram produzidos 35,6 milhões de litros, a previsão para o próximo período é de 32,8 milhões. 

Como a unidade de produção de cana pode alterar a estrutura de produção de etanol para açúcar de forma rápida, as usinas devem preferir o adoçante, que conta com uma valorização no mercado mundial devido a um déficit dos estoques globais.

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Fonte: Investing, Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Câmara de Deputados, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

quinta-feira, 18 de março de 2021

MORTES POR COVID-19 PODEM ATINGIR 4 MIL MORTES POR DIA EM ABRIL

 

Brasil pode ter 4 mil mortes diárias pela covid no fim de abril, diz grupo de cientistas

Fiocruz afirma que País enfrenta maior colapso sanitário da história; média de óbitos já supera dois mil

Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo

RIO – O número de mortos pela covid-19 pode chegar a 4 mil por dia até o fim de abril. A previsão é da Rede Análise Covid – que reúne especialistas de diferentes áreas para interpretar os dados oficiais sobre a pandemia. Nesta quarta-feira, 17, a média de óbitos pela doença ultrapassou pela primeira vez a marca de dois mil

A análise coincide com avaliação da Fiocruz. Em mais um boletim extraordinário, divulgado na noite de terça-feira, 16, a instituição afirmou que o Brasil vive “o maior colapso sanitário e hospitalar da história”. Para reduzir o impacto da tragédia, defendem os especialistas, medidas severas de restrição de circulação precisam ser adotadas imediatamente.

Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo.
Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão

Pela primeira vez desde o início da epidemia no País, os números de novos casos e mortes pela covid crescem exponencialmente em todos os Estados. Esse é um indicador importante de que a doença está fora de controle, segundo o coordenador da Rede Análise Covid, o cientista de dados Isaac Scharstzhaup.

“Como a doença veio de fora, ela chegou de avião, inicialmente às principais capitais e começou a se espalhar de cidade em cidade. Na metade do ano passado, muitas capitais estavam sofrendo, mas havia muitas cidades do interior em que não havia sequer um caso da doença; a distribuição dos casos era muito díspare”, explicou Scharstzhaup. “Agora, desde a virada do ano, a tendência de aumento é geral; o que muda de um Estado para o outro é apenas a velocidade de transmissão.”https://arte.estadao.com.br/uva/?id=2mAbG2

Segundo o especialista, apenas a adoção de medidas severas de restrição de mobilidade por todo o País, de forma coordenada, pode deter a pandemia. Segundo ele, ações pontuais são inócuas.

“Não adianta fazer lockdown de fim de semana, de sete dias”, explicou. “O ciclo de contágio do vírus é de 14 dias. Os países que adotaram o lockdown mais rigoroso só começaram a ver resultados a partir do décimo-quarto, décimo-quinto dia.”

O relaxamento das restrições de circulação logo que as taxas de ocupação dos hospitais começam a cair (como ocorreu no Brasil) não é o ideal, segundo o cientista de dados.

“Por isso nunca chegamos a zerar o número de casos, como a Europa conseguiu, depois da primeira onda”, afirmou. “Quando as restrições não são feitas corretamente, acabamos fazendo um platô, uma estabilização em patamar alto. O Brasil teria que fazer uma restrição forte e não ceder no momento em que os números se estabilizam, esperar a real desaceleração.”

GOVERNO REDUZ TARIFAS DE IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS, CELULARES E COMNPUTADORES

 

Máquinas, computadores e celulares têm tarifas reduzidas em 10%

Agência Brasil

A partir da próxima semana, bens de capital e equipamentos de informática e telecomunicações comprados no exterior pagarão 10% a menos de Imposto de Importação para entrarem no país. A medida foi aprovada nesta terça-feira (17) em reunião do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Camex).PublicidadePlayvolume00:01/00:59TruvidLeia mais

Os bens de capital são máquinas e equipamentos usados na produção. Em nota, o Ministério da Economia informou que a medida vai reduzir custos e aumentar a competitividade de diversos setores da economia e beneficiar os consumidores, que pagarão menos para comprar itens como computadores e celulares. Por causa da desvalorização do real no último ano, esses produtos tiveram alta considerável de preços no país.


 Máquinas

 A medida vai reduzir custos e aumentar a competitividade de diversos setores da economia 

Ao todo 1.495 produtos, incluídos os subtipos, tiveram a alíquota de importação reduzida. Por envolver bens de capital e bens de informática e de telecomunicações, a medida não dependeu de negociação com os demais parceiros do Mercosul. Como a mudança ocorreu num imposto regulatório (usado para regular a economia), o governo não precisa elevar outros impostos ou cortar gastos para compensar a perda de arrecadação, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal para os demais tipos de tributos.

Atualmente, as tarifas de importação desses produtos variam de zero a 16% para as mercadorias que pagam a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul. Com a redução, uma máquina que paga 10% de imposto para entrar no país pagará 9%. Um eletrônico tarifado em 16% passará a ser tarifado em 14,4%. Os itens tarifados em 2% terão redução maior e terão a alíquota zerada. Segundo o Ministério da Economia, a medida diminui a burocracia e facilita a vida dos importadores e dos consumidores.

O Ministério da Economia detalhou algumas reduções. Os celulares e computadores do tipo laptop terão o Imposto de Importação reduzido de 16% para 14,4%. No caso de equipamentos médicos de raio-X e microscópios ópticos, a alíquota passará de 14% para 12,6%. Outros produtos beneficiados pela medida são máquinas para panificação e fabricação de cerveja e bens de capital relacionados à construção civil, como guindastes, escavadeiras, empilhadeiras, locomotivas e contêineres, entre outros itens.https://511ed5b5b8f90afc5a4f4cce2927e0db.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

As alíquotas reduzidas entrarão em vigor sete dias depois da publicação da resolução da Camex. Segundo o Ministério da Economia, o texto deve ser publicado oficialmente nesta quinta-feira (18) no Diário Oficial da União.

Bicicletas

Em outra decisão, a Camex revogou a resolução que reduzia o Imposto de Importação de bicicletas. Anunciada no mês passado pelo presidente Jair Bolsonaro, a medida reduzia progressivamente, de 35% para 20%, a tarifa sobre as bicicletas importadas e vinha sendo criticada pelos fabricantes brasileiros, principalmente da Zona Franca de Manaus.

DESENVOLVA A SUA INTELIGÊNCIA CRIATIVA

 

Inteligência Criativa: aprenda a desenvolver essa competência

Humantech – Gestão do Conhecimento

Inteligência é a capacidade que temos de compreender a natureza e o significado das coisas e, a partir disso, encontrar soluções para problemas e construir conhecimento com base no aprendizado das experiências. Já a criatividade é um processo que gera novas ideias e soluções a partir do rompimento de padrões de pensamento. Não se pode dizer que uma coisa seja igual à outra, é verdade. Mas, e se pudéssemos reunir esses dois conceitos em um só, como seria? Não apenas seria como de fato já é: o conceito de Inteligência Criativa foi abordado pelo professor Bruce Nussbaum em seu livro Creative Intelligence, em português, Inteligência Criativa.

A diferença entre os dois termos, ambos essenciais na solução de um conflito ou criação de algo novo, está no fato de que a inteligência foca no aperfeiçoamento de ideias que já existem para atingir um objetivo, e a criatividade é responsável por criar um novo caminho ou fazer uma nova combinação com os caminhos já descobertos.

Vamos citar como exemplo uma coisa para a qual você deve estar olhando neste exato momento para ler este texto: os telefones celulares. Alguém bem criativo (até onde sabemos o nome dele é Martin Cooper) foi responsável por reinventar a experiência de falar ao telefone e lançou a telefonia móvel. E a inteligência, nesse caso, teve e tem até hoje a missão de ir aprimorando cada vez mais a tecnologia a cada aparelho lançado.

O sistema de educação que temos nos dias atuais é capaz de formar pessoas muito inteligentes, porém, na maioria das vezes, pouco criativas, já que geralmente o processo de ensino está engessado em um formato previsível e previamente construído. Podemos dizer, então, que a inteligência é mais fácil de ser ensinada, mas a criatividade já é algo mais espontâneo.

Mas ser criativo não é um dom? Não na opinião de Bruce. Segundo o pesquisador, criatividade não é só coisa para gênios: todos nós nascemos criativos e podemos aprender a ser ainda mais, pois também é o resultado de muita observação e interação social. Para ajudar pessoas e organizações a serem mais criativas, Bruce enumera cinco competências da Inteligência Criativa:

  1. Conectar informações de várias fontes de maneiras novas e inusitadas, utilizando suas próprias experiências e aspirações como um ponto de partida para sonhar com coisas diferentes;
  2. Compreender seu quadro de referência, ou seja, sua forma de ver o mundo em relação aos outros, para conseguir mudar as perspectivas de acordo com a situação que estiver vivendo;
  3. Sempre trabalhar da forma mais lúdica possível, pois esse formato nos torna mais dispostos a assumir riscos, explorar possibilidades e a caminhar pela incerteza sem ser paralisado pelo medo do fracasso;
  4. Se você gosta de reinventar produtos e processos, a hora é esta: já é possível fazer isso graças a uma série de novas tecnologias e ferramentas;
  5. Pessoas criativas de verdade não ficam só na fase das ideias, então, que tal já começar a executá-las?

Para o pesquisador, os métodos tradicionais para lidar com problemas já se tornaram ultrapassados, porque, de acordo com ele, o mundo em vivemos atualmente está submetido às forças em Vuca: volatility, uncertainly, complexity e ambiguity. Em português, volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade.

Ou seja, na maioria das vezes não sabemos nem mesmo qual é o problema exato e muito menos a resposta para dar a ele. É aí que a Inteligência Criativa entra em ação, gerando inovação ao tentar descobrir causas e soluções e resultando em habilidades para criar novos produtos e enquadrar novos problemas em novos formatos para conseguir resolvê-los.

Afinal de contas, como o próprio Einstein já dizia, “a criatividade é a inteligência se divertindo”.

Quando idealizamos a nossa Startup Valeon, estávamos pensando na divulgação das empresas, nos seus produtos, nos preços, nos pontos de vendas e nos consumidores. A nossa “Big Idea” além de ser simples e diferente, ativa a mente dos consumidores e dos empresários e é compreendida por diferentes públicos nos mais diversos locais.

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.  

 

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.   

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PREVENÇÃO AO CORONAVÍRUS E ECONOMIA NÃO SE ENTENDEM

 

É hora de abrir o olho para que as ‘boiadas’ não passem na pandemia

Não queremos a continuidade prometida pelo futuro ministro da Saúde

Adriana Fernandes*, O Estado de S.Paulo

Mesmo sob ameaças e críticas daqueles que defendem a economia acima de tudo e das mortes de brasileiros que poderiam ser evitadas, esta coluna de análise econômica vai continuar apoiando e alardeando a necessidade de adoção de medidas restritivas de isolamento para conter a transmissão acelerada da doença. E também para salvar a economia do desastre maior. Repetir e repetir.

Para um país sem vacinas suficientes para imunizar em massa a sua população, é o único caminho apontado por cientistas para conter o colapso do sistema de saúde público e privado que transformou todo o Brasil numa grande Manaus e celeiro de variantes do vírus.

Necessitamos de medidas (efetivas), bem planejadas em cada localidade, que aumentem a taxa de isolamento, e não ações de prefeitos e governadores que vão sendo desidratadas e acabam resultando em ganho muitíssimo limitado por causa da pressão econômica e política dos seus adversários. Temos de parar de verdade. É preciso coragem política e espírito humanitário para afastar interesses eleitorais neste momento de descontrole, o maior colapso sanitário e hospitalar da história do País, na definição da Fiocruz.

Pandemia
Para um país sem vacinas suficientes para imunizar a população, o isolamento é a única saída contra a covid. Foto: Miguel Schincariol/AFP

A pandemia, infelizmente, está mostrando que a maioria dos governantes, parlamentares e lideranças empresariais brasileiras não está à altura do momento para enfrentar essa guerra que mata tantos de nós e destrói a economia. Há dez dias, chocou a notícia de que morreriam 3.000 pessoas por dia no Brasil. Hoje, o número é realidade.

Os empresários que fazem agora campanha contra o isolamento daqui mais um tempo vão pedir para as medidas serem adotadas. A razão é simples. Médicos e enfermeiros não são insumos que se compram na prateleira. O caos já derruba o PIB, desorganiza a economia e afasta investidores. O BC aumenta os juros de 2% para 2,75% (na aposta mais alta) em plena queda do PIB para conter a aceleração da inflação. Sinal de que as coisas não andam bem para a economia e já na primeira reunião após a aprovação da autonomia.

Não queremos a continuidade prometida pelo futuro ministro da SaúdeMarcelo Queiroga. Em vez de ficar em Brasília para instalar seu gabinete de crise, planejar a ação e orientar a nação, preferiu ir para o Rio de Janeiro, ao lado do general Eduardo Pazuello, para receber as primeiras doses da vacina da Oxford fabricadas no País. 

Não queremos mais cerimônias de chegada e distribuição de vacinas. Se ao menos o ministro tivesse ido a um hospital para ver a fila de pessoas doentes sem leito, teria sido um alento. É tarde para o governo Jair Bolsonaro “só” falar de mudanças de hábitos, usar máscaras, manter “um grau” de afastamento social e medidas hospitalares. Os países sérios fazem planos e executam. 

Neste momento tão dramático, em que o foco tem de ser o bom combate da doença, é desconcertante para aqueles que escrevem sobre economia continuar falando sobre temas outros que não a pandemia, a crise do sistema de saúde e os relatos particulares de cada um dos brasileiros.

É necessário, porém, seguir mostrando o impacto da pandemia na economia, falar sobre câmbio, juros, inflação, gastos públicos, estimular o debate que aponte rumos, pressionar para que ações emergenciais saiam rapidamente e não se perca mais tempo.

É um absurdo governo e Congresso enrolarem por meses a aprovação do auxílio emergencial e depois de a PEC ter sido aprovada, na sexta-feira passada, o benefício só começar a ser pago em abril. Não tem desculpa que justifique tamanha crueldade e falta de planejamento.

É hora também de abrir o olho, ser vigilante, para que as “boiadas” econômicas, assim como as ambientais, não passem com a justificativa da pandemia. A derrubada de vetos garantindo perdão tributária às igrejas e mais poder de emendas aos parlamentares mostram que as boiadas passam. As falhas e a falta de atenção nessa vigilância serão cobradas no futuro. Perguntaremos: onde estávamos?  

***

A coluna de hoje é dedicada ao seu Gomes, goiano e pai da repórter Lorenna Rodrigues da sucursal de Brasília do Estadão, que morreu de covid-19 após batalha incansável da família por atendimento hospitalar, que chegou tarde demais.

*REPÓRTER ESPECIAL DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

ALTA DOS JUROS PREJUDICA A ECONOMIA

 

Forte alta dos juros básicos 

Diante da escalada da inflação e do dólar, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual ao ano, de 2% para 2,75% ao ano, dando o recado que alguém assumiu o comando de uma economia sem rumo

Celso Ming, O Estado de S.Paulo

Há quase seis anos os juros básicos (Selic) não subiam. Pois desta vez, a mordida foi valente, de 0,75 ponto porcentual ao ano, de 2% para 2,75%, porque a inflação foi longe demais. O recado foi o de que alguém assumiu o comando de uma economia sem rumo. Com seu único instrumento, a política monetária, o Banco Central teve de lidar com forças que trabalham em direções opostas. 

A mais importante dessas forças é o estouro confuso e inesperado da inflação em tempos de retração da economia. Depois de cinco anos de baixo avanço e em queda, em fevereiro a inflação medida em 12 meses (evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)saltou para 5,2%, fortemente acima da meta do ano, que é de 3,75%. A expectativa dos agentes econômicos, medida pela Pesquisa Focus, é de uma inflação anual em dezembro de 4,6%, número que tende a se encorpar.  O próprio Copom projeta para alguma coisa em torno dos 5,0%.

O Banco Central vinha perdendo as condições de ancoragem, que é a capacidade de levar os fazedores de preços a acreditar que a inflação vai para onde o Banco Central quer que vá.

Em boa medida, a estocada descontrolada da inflação é consequência da alta do dólar que, apenas em 2021, já está perto dos 8%, a despeito das intervenções agressivas do Banco Central para contê-la. O encarecimento da moeda estrangeira também puxa para cima os preços dos importados e dos produtos amarrados ao dólar, como os combustíveis e rações animais. 

A disparada da cotação do dólar, por sua vez, é o resultado de enormes lambanças do governo que produziram insegurança: é a política sanitária desastrada de controle da covid-19; a intervenção atabalhoada na Petrobrás; e a maneira flácida como administra as contas públicas. Não menos importante, o dólar também decolou com a volta de Lula ao cenário político-eleitoral.

Não falta quem atribua o avanço da inflação também ao rali das commodities, que aumentou os preços da carne, das rações animais e de grande número de alimentos. No entanto, a escalada dos preços do feijão preto e do arroz, de 51,6% e 69,8%, respectivamente, em 12 meses, não tem relação com o dólar. São produtos apenas marginalmente exportados. Tem a ver com o aumento do consumo interno que, por sua vez, é consequência da distribuição do necessário e inevitável auxílio emergencial durante a pandemia, de R$ 294 bilhões para 68,2 milhões de pessoas.

Nos relatórios das reuniões anteriores do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central vinha afirmando que a maior parte da inflação tinha origem no aumento de custos da economia. Nessa categoria poderiam entrar a desorganização dos estoques, a alta do petróleo e demais commodities no mercado internacional.

Em princípio, uma inflação de custos não se combate com alta dos juros, porque alta de juros é produzida com redução do volume de moeda na economia, recurso que não ajuda a aumentar a oferta de mercadorias e serviços. Alta dos juros funciona quando o avanço da inflação é produzido por aumento da demanda que, por sua vez, reflete mais dinheiro circulando na economia. Funciona, porque, com menos moeda em circulação, também se reduz a demanda por coisas e serviços. 

Por isso, também, o Copom preferiu apostar em que a inflação seria temporária – enquanto durasse esse aumento de custos. Por isso, não mexeu nos juros. Mas as coisas desandaram e continuar sem fazer nada poderia ser pior.

Se fosse para evitar novas altas da moeda estrangeira, talvez o Banco Central tivesse de puxar os juros para 3,0% ao ano. A intervenção a que se viu obrigado nas últimas semanas talvez tenha tido o objetivo de limitar a alta dos juros a esse 0,75 ponto porcentual.

Juros subindo assim produzem efeito colateral perverso: tendem a frear a economia num momento em que o desemprego é alto e em que a produção perde fôlego. Já havia o efeito pandemia que vai parando tudo e, agora, tem essa mordida dos juros. Por isso, comerciantes, empresários e pessoas que dependem de crédito vão multiplicar protestos e queixas contra a decisão.

O Banco Central avisou que pretende chegar a uma Selic de 4,5% neste ano e de 5,5% em 2022. Mas não tem clareza sobre a dosagem correta.

CELSO MING É COMENTARISTA DE ECONOMIA

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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